O documento descreve a história dos caminhos de ferro em Portugal e a evolução dos comboios de mercadorias. Aborda a rede ferroviária portuguesa gerida pela REFER, as características dos vagões de mercadorias, os operadores CP Carga e Takargo, e as vantagens e desvantagens do transporte ferroviário de mercadorias em relação ao rodoviário, como maior capacidade de carga e menor impacto ambiental.
Anexos: Estratégia Europa 2020 Ponto de Situação das Metas em Portugal
Comboios de Mercadorias em Portugal
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Comboios de Mercadorias
em Portugal
Projecto FEUP
2010
Equipa CIV209
1. Caminhos-de-ferro e a História Portuguesa
2. Evolução dos Comboios em Portugal
3. Caracterização dos vagões de mercadorias que circulam em Portugal
4. REFER
4.1 Rede ferroviária principal
4.2 Velocidades
5. Operadores
5.1. CP Carga
5.2. Takargo
6. Os Comboios de Mercadorias em Portugal
7. Vantagens e desvantagens do Transporte Ferroviário de Mercadorias
Índice
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1. Caminhos-de-ferro e a História Portuguesa
• Na tentativa de modernizar o país, os elementos da elite política propõem a entrada de
vias de comunicação em Portugal. Contudo, devido ás guerras civis, não foi possível a
sua introdução no país, uma vez que Portugal não possuía verbas para tal investimento;
• Após a criação da Companhia das Obras Públicas em Portugal, é proposta a construção
do caminho de ferro entre Lisboa e a fronteira espanhola;
• O primeiro troço é inaugurado em 1856, o qual liga Lisboa ao Carregado. Nesse mesmo
ano, a tarde de 28 de Outubro ficou para a História como o início da circulação de
comboios em Portugal;
• Durante os anos oitenta, a construção dos caminhos de Ferro em Portugal não evolui,
uma vez que todas as verbas dadas ao estado eram incrementadas para a construção de
estradas, vias rápidas e auto-estradas.
• É apenas nos anos noventa que se verifica uma evolução dos caminhos de ferro quer ao
nível da electrificação das redes quer ao nível da modernização das vias de comunicação.
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2. Evolução dos Comboios em Portugal
• Em 1804, Richard Trevithick, construiu uma locomotiva a
vapor, contudo, esta locomotiva não teve grande sucesso, uma
vez que era bastante pesada e apresentava avarias constantes;
• John, em 1812, construiu uma locomotiva que usava dois cilindros verticais que
movimentavam dois eixos, assim como, usava carris de ferro fundido que vieram substituir
definitivamente os trilhos de madeira.
• Contudo, George Stephenson, foi quem contribui mais para o desenvolvimento das
locomotivas e consequentemente dos comboios. Este inglês, construiu uma locomotiva que se
destinava ao transporte de materiais provenientes das minas.
•No início do século XIX, verificam-se alterações ao nível da mecânica dos comboios;
• James Watt, contribui significativamente para a evolução dos comboios assim como dos
caminhos de ferro pois na metade do século XIX já existiam milhares de vias férreas
construídas por todo o mundo;
• Mais tarde, as locomotivas a vapor passam para as locomotivas eléctricas. Estas locomotivas,
são apresentadas numa Exposição Mundial de Berlim por Werner Von Siemens;
•No fim do século XIX, Rudolf Diesel, inventa o motor de injecção a diesel. Estas
locomotivas a diesel, foram retiradas de Portugal em 1977;
• Mais recentemente, foram desenvolvidos as locomotivas a gás e com elas chegamos aos
comboios de alta velocidade.
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3. Caracterização dos vagões de mercadorias
que circulam em Portugal
Vagões: Caracterização:
• Série “TDGS 4194 074”;
• Capacidade para transportar uma carga máxima
de 26200kg;
• Vagão destinado para o transporte de cereais e
adubo agrícola.
• Série “TADGS 3294 082”;
• Vagão que possui tecto móvel;
• Utilizado para o transporte de cereais.
• Série “GABS 8194 181” ;
• Capacidade de carga máxima -50 900kg;
• Vagão fechado com portas de correr.
Vagões: Caracterização:
• Série “FALLS 3194 668” ;
• Capacidade de carga -56600kg;
• Vagão utilizado para o transporte de inertes;
• A abertura e fecho das portas é accionado por
quatro cilindros pneumáticos.
• Série “FACS 8194 694”;
•Capacidade de carga máxima- 59400kg. Apresenta
uma aréa de 23 m2.
• Vagão utilizado para transporte de minério e é
caracterizado por ter apoios laterais fixos.
Série “LGMMS 8194 469”
• Capacidade máxima de 12 toneladas;
• Vagão que se destina ao transporte de automóveis,
e é caracterizado por ter dois pisos.
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4. REFER
A REFER (Rede Ferroviária Nacional) é a empresa
pública portuguesa que gere as infra-estruturas
ferroviárias.
Nos últimos anos, introduziu avançados sistemas
de sinalização electrónica e de telecomunicações,
contribuindo para a melhoria do desempenho na
exploração da rede.
Mapa Ferroviário Português
Em Portugal, a rede ferroviária principal
desenvolve-se, no sentido longitudinal, em função
de um corredor litoral que percorre o país de norte
a sul, cobrindo as áreas dos principais portos,
aeroportos, plataformas logísticas, capitais de
distrito do litoral e ainda a ligação à fronteira
espanhola, complementada por corredores
transversais à linha norte-sul.
4.1 Rede ferroviária principal
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Terminais portugueses e linhas ou ramais onde se inserem
Terminal Linha ou ramal
em que se inserem
Darque Minho
Tadim/Aveleda Braga
Leixões Leixões
Cacia Norte
TVT(Entroncamento) Norte
MSC (Entroncamento) Norte
Bobadela Norte
Mangualde Beira Alta
Guarda Beira Alta
Fundão Beira Baixa
Leiria Oeste
PraiasSado Sul
Vale da Rosa Sul
Siderurgia Nacional Sul
Poceirão Alentejo
Loulé Algarve
Fontela Oeste
Sta. Apolónia
AlcântaraTerra
Nortecintura
Setúbal Mar Sul
Porto de Sines Sines
Aveiro Norte
Portos próximos de estações ferroviárias
Leixões
Figueira da Foz
Lisboa
Setúbal
Sines
Aveiro
4.2 Velocidades
Os comboios de mercadorias em Portugal
circulam, em média, a 70 km/h.
Locomotivas que
circulam em Portugal
Velocidades máximas
(km/h)
Locomotiva Diesel 1151-1186 58
Locomotiva Diesel 1401-1467 105
Locomotiva Diesel 1551-1570 120
Locomotiva Eléctrica 2601-
2612
160
Locomotiva Diesel 1961-1973 120
Locomotiva Diesel 1901-1913 100
Locomotiva Diesel 1931-1947 120
Locomotiva Eléctrica 2621-
2629
160
Locomotiva Eléctrica 5601-
5630
220
Locomotiva Eléctrica 4701-
4725
140
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5. Operadores
Empresa pública: CP (CP Carga);
Empresa privada: Takargo.
Os operadores são responsáveis
pelo serviço de transporte
ferroviário de mercadorias.
5.1. CP Carga
Até 1997, era detentora de todo o sector.
A partir desse ano, passa a ser apenas responsável pelo serviço de transporte ferroviário.
A CP Carga, constituída em Agosto de 2009, passa a dirigir o transporte de mercadorias.
Desenvolve a sua actividade na Península Ibérica.
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5.2. Takargo
Em 2008, tornou-se o primeiro operador privado.
A sua origem deveu-se a uma nova legislação imposta pela União Europeia.
Detém locomotivas, vagões e maquinistas próprios.
6. Os Comboios de Mercadorias em Portugal
• Os transportes ferroviários têm sofrido algumas alterações ao longo do tempo. Com
esta evolução houve a necessidade de criar vagões uma vez que, estes possibilitam o
transporte de mercadorias;
• No transporte de mercadorias são tabelados preços ao qual se dá o nome de tarifa;
• Para comprovar o transporte da mercadoria é emitida uma declaração de expedição. Se
a circulação de mercadorias é feita entre diferente países é necessária que a mercadoria
se faça acompanhar por um documento identificativo denominado por CIM;
• Em relação ao transporte de mercadorias consideradas como perigosas, estas têm
associado um regulamento- RPF.
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7. Vantagens e desvantagens do Transporte
Ferroviário de Mercadorias
O transporte ferroviário é um meio de transporte que facilita as trocas comerciais
bem como o crescimento económico. É um tipo de transporte, com uma elevada capacidade de
carga e energeticamente eficiente, embora careça de flexibilidade e exija uma contínua
aplicação de verbas.
Assim, as principais vantagens e desvantagens da sua utilização em relação ao
transporte rodoviário são:
Vantagens:
• Seguro e rápido o que permite uma redução acentuada da distância-tempo;
• Baixo consumo energético por unidade transportada o que permite reduzir a poluição;
• Maior capacidade de carga em relação aos transportes rodoviários;
• Menor ocupação do espaço pelas vias férreas comparativamente às estradas (menos impacto
ambiental);
• Progressiva especialização dos serviços prestados.
Desvantagens:
• Horários rígidos;
• Carácter fixo dos itinerários – necessidade de transbordo;
• Elevados investimentos na manutenção e funcionamento de todo o sistema;
• A natureza da sua estrutura implica fraca flexibilidade.
O transporte ferroviário é o modo de transporte terrestre mais económico no transporte
de mercadorias pesadas e volumosas a longas e médias distâncias.
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"para transportar 60 contentores de 20 pés são precisos 30 camiões e de
apenas um comboio"
Ana Marisa Alonso
Emanuel Mendes
Joana Castro
Pedro Torres
Trabalho realizado por: