O documento discute a gestão de armazéns, incluindo tópicos como logística, armazenamento, layout de armazéns, processos de picking e um caso prático da Jerónimo Martins. Aborda conceitos como receção, arrumação, tipos de armazéns e sistemas para melhorar a produtividade no armazenamento e picking de pedidos.
2. INTRODUÇÃO
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LOGISTICA
ARMAZÉM E ARMAZENAGEM
LAYOUT DE ARMAZÉNS
PROCESSO DE ORDER- PICKING
CASO PRÁTICO: JERÓNIMO MARTINS
A armazenagem tem um papel importante nas empresas, no caso de ser bem gerida, os seus processos são melhorados e as suas atividades bem desempenhadas.
3. LOGÍSTICA
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Antigamente era
utilizada na guerra
como a área que
cuidava do
planeamento dos
vários setores,
como o
armazenamento,
distribuição e
manutenção dos
vários materiais.
Com a evolução
histórica da logística, a
utilização de técnicas
aumentou muito ao
longo dos últimos anos
graças ao crescimento
da tecnologia e
disponibilidade dos
dados e da potência dos
computadores tratarem
os problemas reais.
A logística atualmente é a
arte e ciência, dedicada a
fazer o que for preciso
para entregar os produtos
certos, no local e tempo
adequados, tendo
um papel cada vez mais
importante para muitas
empresas, tanto na área
da produção de bens,
como serviços.
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A logística faz o
gerenciamento do fluxo
dos produtos, desde o
ponto do fornecimento
até ao ponto de consumo,
tendo sempre como
objetivo satisfazer as
necessidades dos clientes
ao menor custo possível.
5. OPERAÇÕES BÁSICAS DE ARMAZENAMENTO
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Receção Put Away Order Picking Cross Docking
• Identificar o material
recebido;
• Fazer a análise dos
documentos fiscais;
• Comparar o recebimento
com o pedido;
• Fazer a sua inspeção e
tomar as atitudes
necessárias;
Atividade onde
acontece a
paletização ,
repaletização,
aplicação de
produtos extra,
embalamentos em
plásticos,
colocação de
etiquetas
Atividade na qual
um trabalhador
faz a recolha de
todos os
produtos,
destinados a um
único cliente;
Atividade de
ordenação de uma
carga de
mercadorias na sua
totalidade e
carregamento desta
para uma ou mais
transportadoras que
estejam a partir;
6. DEFINIÇÃO E RAZÕES PARA ARMAZENAR
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Necessidade de compensação de diferentes capacidades das fases de produção.
Equilíbrio sazonal.
Garantia da continuidade da produção.
Custos e especulação.
Redução dos custos de mão-de-obra.
Redução das perdas de materiais por avarias.
Melhoria na organização e controle da armazenagem.
Melhoria nas condições de segurança de operação do depósito.
Aumento da velocidade na movimentação.
Descongestionamento das áreas de movimentação.
7. LOCALIZAÇÃO DE PRODUTOS
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Localização Dedicada: onde é reservado um espaço fixo para cada item;
Localização Aleatória: onde a mercadoria ocupa qualquer espaço vazio sem estar planeado um
local específico para o efeito;
Localização de Classe Básica: onde os produtos são agrupados e é reservado um espaço fixo para
cada classe e a mercadoria é dividida dentro desse espaço por classe e escoamento de stock;
Para melhorar a eficácia do armazém é preciso estudar melhor a localização dos produtos, e para isso
existem três Sistemas de Localização distintos:
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Figura - à esquerda está representado a disposição do Layout em Fluxo Direcionado
e à direita o Layout em Fluxo Quebrado
Layout do armazém deve ter como principais objetivos a minimização da distância total percorrida
pelos funcionários. As deslocações dentro do armazém são originadas por diferentes atividades, tais
como: o manuseamento dos artigos nas atividades de receção, na arrumação, o Picking, ou na
preparação e de envio dos artigos.
Existem duas formas de fazer disposição do armazém do Layout em Fluxo Direcionado e Layout em
Fluxo Quebrado.
O método ABC é fundamental e muito utilizado para classificar a importância de cada artigo.
LAYOUT DE ARMAZÉNS
10. TIPOS DE ARMAZÉNS
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• Armazém de matérias-primas e componentes
• Armazém de produtos em processo (work-in-process)
• Armazém de produto acabado (apa)
• Centro de distribuição
• Pequenos centros de distribuição
• Armazém local
• Armazém de valor agregado
11. ESCOLHA DE UM MELHOR LAYOUT
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Tipo de material
que se irá
armazenar
Nível de stock
Padrão de
organização
das
mercadorias
Consideração
do espaço
Zona especifica
para a
realização e
organização de
encomendas
12. METODOLOGIA ABC
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Nem todos os artigos tem o mesmo grau de importância para a empresa. Por isso, a análise ABC consiste na
classificação dos artigos em stock. Essa classificação permite dividir os produtos em três classes e os stocks
desses produtos serão tanto mais controlados, quanto maior for o seu valor de uso.
Estes artigos devem ser controlados frequentemente. Assim, os custos e consumos devem ser
revistos à data de encomenda, para calcular cuidadosamente quantidades e datas de
abastecimento. Assim, devem ser estabelecidos níveis de serviço mais elevados.
Os artigos podem ser controlados de forma mais mecanizada, e os dados e os parâmetros
devem ser revistos 3 ou 4 vezes ao ano.
A revisão de stocks é pouco frequente. A quantidade a encomendar devem cobrir 6 a 12
meses, podendo-se fazer um registo simples das entradas em armazém.
Classe A
Classe B
Classe C
13. AMPLIAÇÃO DO ARMAZÉM
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Uma empresa que não queira investir num armazém para a sua empresa, pode sempre alugar um espaço
que satisfaça as necessidades que precisa. Assim, com o aluguer, as empresas não precisam de ter
problemas em ampliar o armazém se necessário pois já consegue, previamente encontrar o espaço que
satisfaça as suas necessidades.
Uma empresa que tenha o seu próprio armazém e que no futuro precise de armazenar mais produtos, se
não previrem o seu alargamento no futuro, a empresa pode-se ver confrontada com a falta de espaço, o
que faz com que as ultimas opções que sobrariam seriam mudar de instalações ou a ampliação, o que
acarreta custos muito elevados.
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PROCESSO DE ORDER-PICKING
O processo de order-picking
é uma atividade praticada
dentro dos armazéns, e não
só, que consiste na
preparação de pedidos,
seleção e preparação das
melhores mercadorias,
seleção dos produtos
corretos em quantidades
corretas que irão de acordo
com as encomendas
pretendidas.
16. TIPOS DE ORDER-PICKING
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Picking Discreto: consiste em recolher todos os artigos relativos a uma encomenda, para isso, o
operador percorre todo o armazém até que a encomenda esteja completa. A recolha de artigos
também pode ser efetuada, simultaneamente, para uma série de encomendas, na qual os
operadores colocam os artigos de cada cliente num compartimento específico.
Picking por Lote: consiste em recolher em apenas uma “viagem”, a quantidade total de cada artigo
e agrupá-los em lotes. No final, os artigos são separados de acordo com os pedidos dos clientes.
Picking por Zona: neste caso, o armazém é dividido em diferentes zonas, com operadores
específicos dedicados a cada uma.
Picking por Onda: geralmente este tipo de recolha é utilizada para coordenar as funções da
separação e envio de encomendas.
Os principais métodos de Picking podem ser divididos em quatro categorias:
17. MÉTODOS DE PREPARAÇÃO DE PEDIDOS
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No processo de preparação dos pedidos, existe uma ampla gama de tecnologias de suporte (sistemas de
informação/equipamentos) que podem ser utilizados para obter elevados níveis de produtividade e precisão.
Na operação dos mesmos, é apresentada uma categorização para esses métodos, na qual podemos verificar
que pode ser realizada através de sistemas automatizados ou recursos humanos.
Uso de Recursos Humanos:
• Picking-to-Parts
• Put System
• Parts-to-Picker
Uso de Máquinas:
• Picking automático
• Picking com robôs
19. APRESENTAÇÃO DO GRUPO JERÓNIMO MARTINS
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Distribuição alimentar
Retalho Especializado
20. Enquadramento do armazém na logística nacional do grupo
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A logística do grupo Jerónimo Martins está geograficamente dividida em dois pólos:
Norte - abastece até Leiria
Sul - abastece de Leiria ao Algarve
No sul os armazéns encontram-se dispersos pelas zonas geográficas: Azambuja, Alcochete e Vila Nova da Rainha
No norte os armazéns encontram-se dispersos pelas zonas geográficas: Guardeiras, Modivas e Laúndos.
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ZONAS DO ARMAZÉM
Zonas do armazém da Jerónimo Martins
Zona de carga e descarga;
Zona das devoluções;
Zona das águas de marca própria;
Zona de armazenamento:
• Constituída por 22 corredores. Sendo, 21
corredores constituídos com estantes dos
dois lados e 1 secundário (perpendicular
aos anteriores) apenas com estante de um
dos lados.
Existem 4 zonas neste armazém:
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Portas de receção: O armazém dispõe de 6 portas de receção
Portas de expedição: O armazém dispõe de 24 portas de expedição
Portas secundárias: O
armazém dispões de 4
portas secundárias
ZONA DE CARGA E DESCARGA
23. SISTEMAS E EQUIPAMENTOS DE ARMAZENAGEM
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São utilizados no armazém três tipos de unidades de carga:
Paletes standard
Meias paletes
Skates
A mercadoria que chega ao armazém está em grande parte em paletes standard (97,7%) e de seguida nas meias
paletes, seguidamente dos skates.
Nas operações de arrumação são utilizados os mesmos métodos menos as meias paletes, pois não sofrem
execução manual.
25. CARACTERIZAÇÃO DE ESPAÇO DE PICKING
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Ao nível do chão os corredores podem conter
stock de picking para a execução manual ou
então stock de reserva para meias paletes.
Utilizar o chão para o stock de meias paletes
trás duas vantagens, por um lado, não é
necessária a adaptação do aéreo para receber
meias paletes, por outro, facilita a execução por
parte dos operadores de máquina. Atualmente
não há stock de reserva de paletes inteiras ao
nível chão das estruturas.
26. CONCLUSÃO
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Após a análise de várias questões que nos foram desafiadas chegamos ao consenso de que existem
várias formas de gerir um armazém e que uma boa gestão não depende apenas do que se passa
dentro dos mesmos, são fatores bastante relevantes como o número de mercadorias que a empresa
recebe diariamente, o volume das mesmas, o nível de stock, a rapidez com que o mesmo esgota, se
irá passar por mais algum fornecedor ou se o armazém a o qual a mercadoria chegou passará dali
para o consumidor final. Após saber-se todos estes atributos da mercadoria é necessário que o
armazém tenha a dimensão necessária para receber a mesma e que nele estejam bem definidas as
suas áreas de armazenamento.