O documento discute os conceitos de clima e elementos climáticos. Ele explica que o clima é definido pela sucessão habitual do tempo em um local, enquanto o tempo refere-se às condições atmosféricas de um momento. O documento também descreve os principais fatores que influenciam o clima, como a temperatura, umidade, ventos, relevo e latitude.
4. DEFINIÇÕES:
Tempo (meteorológico): são condições atmosféricas de um determinado
lugar em um dado momento.
Clima: é a sucessão habitual dos tipos de tempo num determinado lugar
da superfície terrestre.
O estudo do clima implica o conhecimento e a análise de inúmeros
elementos e fatores:
Elementos:
Temperatura atmosférica, chuvas, umidade, pressão atmosférica.
Fatores:
Relevo, vegetação, massas líquidas, latitude, altitude, massas de ar e
continentalidade .
5. ATMOSFERA E SEUS
FENÔMENOS
A atmosfera é a camada gasosa que envolve o
planeta Terra, fundamental para a manutenção
da vida.
Dentre as suas funções, destacam-se:
– Filtragem: responsável por filtrar os
raios nocivos à vida em nosso planeta, graças ao
ozônio encontrado na camada denominada
estratosfera.
6. – Proteção: proteger a superfície terrestre de
qualquer corpo que entre em rota de colisão com
nosso planeta, por exemplo, os meteoros.
– Conservação: conservar o calor recebido do
Sol durante o dia, desprendendo-o gradativamente
à noite,(efeito estufa). Com a elevada emissão de
gases estufa, esta função vem sendo ampliada,
aumentando assim, a temperatura média da
atmosfera .
Além dessas funções, a atmosfera guarda a
quantidade necessária de oxigênio para a
manutenção da vida.
7. Composição do ar atmosférico
A composição atual da atmosfera apresenta
78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% dos
demais gases.
representa a ascensão de magma através
de fissuras ou fendas da crosta, quase
sempre em regiões de contacto entre as
placas rígidas que compõem a litosfera.
9. – Altitude: nas maiores altitudes, as
temperaturas são menores, porque o ar se apresenta
mais rarefeito e, assim, absorve menor quantidade de
calor.
12. – Latitude:quanto maior a latitude, menor é a
temperatura, porque os raios solares incidem de
forma perpendicular sobre a região equatorial. À
medida que aumenta a latitude, vai aumentando a
inclinação dos raios solares e, portanto, aquecendo
menos a atmosfera.
15. Troposfera
É a camada da atmosfera em que vivemos e
respiramos. Ela vai do nível do mar até 12 km de
altura. É nesta camada que ocorrem os fenômenos
climáticos (chuvas, formação de nuvens). É também
na troposfera que ocorre a poluição do ar. Os aviões
de transporte de cargas e passageiros voam nesta
camada.
As temperaturas nesta camada podem variar de 40°C
até –60°C. Quanto maior a altitude menor a
temperatura.
CAMADAS DA ATMOSFERA
16. Estratosfera
Esta camada ocupa uma faixa que vai do fim da troposfera
(12 km de altura) até 50 km acima do solo. As temperaturas
variam de –5°C a –70°C. Na estratosfera localiza-se a
camada de ozônio, que funciona como uma espécie de filtro
natural do planeta Terra, protegendo-a dos raios
ultravioletas do Sol. Aviões supersônicos e balões de medição
climática podem atingir esta camada.
Mesosfera
Esta camada tem início no final da estratosfera e vai até 80
km acima do solo. A temperatura na mesosfera varia entre –
10°C até –100°C . A temperatura é extremamente fria, pois
não há gases ou nuvens capazes de absorver a energia solar.
17. Termosfera
Tem início no final da mesosfera e vai até 500
km do solo. É a camada atmosférica mais
extensa. É uma camada que atinge altas
temperaturas, pois nela há oxigênio atômico,
gás que absorve a energia solar em grande
quantidade. As temperaturas na termosfera
podem atingir os 1.000°C.
18. Exosfera
É a camada que antecede o espaço sideral. Vai do
final da termosfera até 800 km do solo. Nesta camada
as partículas se desprendem da gravidade do planeta
Terra. As temperaturas podem atingir 1.000°C. É
formada basicamente por metade de gás hélio e
metade de hidrogênio.
Na exosfera ocorre o fenômeno da aurora boreal e
também permanecem os satélites de transmissão de
informações e também telescópios espaciais.
19. + de 80° C
+ de 15° C
0° C
- 60° C
- 80° C
Aumento de
temperatura
Camadas da atmosfera
21. TIPOS DE CHUVAS
CONVECTIVAS:
RESULTAM DA
ASCENÇÃO VERTICAL
DO AR.
FRONTAIS: resultam do
encontro de uma frente fria
e uma frente quente.
Orográfica ou de Relevo:
resultam do deslocamento
horizontal do ar, que, ao
entrar em contato com as
regiões elevadas, sofre
condensação e
consequentemente
precipitação.
24. O que são ventos?
São deslocamentos de ar das zonas de alta pressão para
zonas de baixa pressão.
Os ventos desempenham um papel muito importante na
vida dos seres vivos, pois são eles que levam para longe o
ar viciado que nós respiramos e trazem até nós o ar puro,
com bastante oxigênio, tão importante para o nosso
organismo.
Os ventos podem ser constantes, ou regulares, periódicos,
variáveis, ou irregulares, e locais.
Vamos conhecer os principais tipos de ventos:
VENTOS
25. Ventos constantes
Alísio – São ventos que sopram constantemente dos
trópicos para o Equador e que por serem muitos úmidos,
provocam chuvas nesses arredores onde ocorre o encontro
desses ventos. Por isso, a zona equatorial é a região das
calmarias equatoriais chuvosas.
Contra-alísios – São ventos secos, responsáveis pelas
calmarias tropicais secas. Sopram do Equador para os
trópicos, em altitudes elevadas.
32. Brisas marítimas
Como as massas de terra são aquecidas pelo sol mais
rapidamente do que o oceano, o ar em cima delas
ascende e cria uma baixa de pressão no solo que atrai o ar
mais fresco do mar: o que se chama uma brisa marítima.
Ao cair da noite, há muitas vezes um período de calmaria
durante o qual a temperatura em terra e no mar são iguais.
De noite, como o oceano arrefece mais lentamente, a brisa
sopra de terra, na direção oposta, mas é geralmente mais
fraca porque a diferença de temperaturas é menor.
34. As monções são um fenômeno típico da
região sul e sudeste da Ásia, onde o clima é
condicionado por massas de ar que ora
viajam do interior do continente para a
costa, monção continental, ora da costa
para o continente, monção marítima.
VENTOS DE MONÇÕES
36. Ventos Periódicos:
Monções – São os ventos que, durante o verão, sopram do Índico
para a Ásia Meridional e durante o inverno, sopram da Ásia Meridional
Para o oceano Índico.
As monções são classificadas da seguinte forma:
Monções Marítimas : Sopram do oceano Índico para o
continente e provocam fortes chuvas na Ásia Meridional, causando
enchentes e inundações.
Monções Continentais : Sopram do continente para o
oceano Índico provocando secas no sul da Ásia.
Brisas – São ventos repetitivos que sopram do mar para o
continente durante o dia e do continente para o mar durante a
noite.
37. Devido às diferenças de temperatura e pressão das
massas de ar sobre o continente e o mar o clima de países
como a Índia e o Paquistão, é inteiramente afetado pelo
regime das monções.
38. Durante o verão, que vai de junho a agosto, o calor
aquece rapidamente terra do continente que absorve
calor bem mais rápido do que o oceano (a terra pode
chegar a 45ºC). Com o aquecimento da terra, as massas
de ar sobre o continente também ficam mais quentes e
sobem dando lugar a uma rajada de ventos vindos do
oceano Índico, que, como toda massa de ar que se
forma sobre os oceanos, vem carregada de umidade.
Essa umidade é despejada (praticamente toda a taxa de
precipitação anual) sobre o continente em chuvas
torrenciais que podem durar dias. Esse é o período das
monções marítimas que todo ano causam enchentes
nessas regiões.
39. Após essa fase úmida, no inverno, ocorre o
inverso, as massas de ar do continente esfriam
mais que as massas oceânicas e é a vez dos
ventos vindos das cordilheiras do Himalaia,
descerem rapidamente em direção ao Índico,
empurrando as massas úmidas do oceano para
longe e ocasionando um longo período de
estiagem que chega a ceifar centenas de vidas.
Essas são as monções continentais que acabam
influenciando também o clima da Oceania.
42. Ventos locais e variáveis
O vento local se desloca numa certa região em determinadas
épocas. No Brasil, um bom exemplo de vento local é o noroeste,
massa de ar que, saindo do Amazonas, alcança o Estado de São
Paulo entre agosto e outubro. No deserto do Saara, ocorre um
vento extremamente forte conhecido como simum, que provoca
enormes tempestades de areia. Já os ventos variáveis, são massas
de ar irregulares que varrem uma determinada área de maneira
inesperada.
As diferenças das zonas anticiclonal e ciclonal determinam a
velocidade do vento.
A velocidade do vento é medida em metros por segundo, por um
aparelho chamado anemômetro. Para indicar a direção e o sentido
do vento utiliza-se a biruta, ou anemoscópio.
O tipo de vento mais perigoso é o ciclone, que consiste numa
combinação de ventos e nuvens formadas nos oceanos das regiões
tropicais.
43. •Ventos Perigosos
Ciclone : é o nome genérico para
ventos circulares, como tufão,
furacão, tornado e willy-willy.
Caracteriza-se por uma tempestade
violenta que ocorre em regiões
tropicais ou subtropicais, produzida
por grandes massas de ar em alta
velocidade de rotação. Os ventos os
superam 50 km/h.
44. Furacão : vento circular forte, com velocidade igual
ou superior a 108 km/h. Os furacões são os ciclones
que surgem no mar do Caribe (oceano Atlântico) ou
nos EUA. Os ventos precisam ter mais de 119 km/h
para uma tempestade ser considerada um furacão.
Giram no sentido horário (no hemisfério Sul) ou anti-
horário (no hemisfério Norte) e medem de 200 km a
400 km de diâmetro. Sua curva se assemelha a uma
parabólica.
45. A umidade do ar diz respeito à quantidade de vapor de água
presente na atmosfera - o que caracteriza se o ar é seco ou
úmido - e varia de um dia para o outro. A alta quantidade de
vapor de água na atmosfera favorece a ocorrência de chuvas.
Já com a umidade do ar baixa, é difícil chover.
Quando falamos de umidade relativa, comparamos a umidade
real, que é verificada por aparelhos como o higrômetro, e o
valor teórico, estimado para aquelas condições. A umidade
relativa pode variar de 0% (ausência de vapor de água no ar)
a 100% (quantidade máxima de vapor de água que o ar pode
dissolver, indicando que o ar está saturado).
Em regiões onde a umidade relativa do ar se mantém muito
baixa por longos períodos, as chuvas são escassas. Isso
caracteriza uma região de clima seco.
UMIDADE DO AR: RELATIVA E ABSOLUTA
47. As massas de ar são extensas “bolsas” de ar que
realizam deslocamentos ao longo da troposfera,
possuem características particulares de
temperatura, pressão e umidade relativamente
uniforme. Tais características são adquiridas do
lugar onde as massas se originam (exemplo: massa
polar), porém, ao se deslocarem, interferem no
clima e no tempo de distintos lugares por onde
passam.
MASSAS DE AR
48. O que difere uma massa de ar de outra massa são
a temperatura (quente ou fria) e a umidade (seca
ou úmida). Quanto à temperatura, elas podem ser
equatoriais/ tropicais (quentes) ou polares (frias).
Já em relação à umidade, as massas podem ser
marítimas (úmidas) ou continentais (secas), exceto
quando se formam em regiões de florestas
equatoriais, onde há grande umidade em virtude
do processo de evapotranspiração.
49. De acordo com o deslocamento, as massas de ar vão sendo
destituídas de suas características originais, que acontece quando
ocorre o encontro de duas massas distintas, fato que dá origem às
frentes.
As frentes podem ser frias ou quentes, as frias se formam a partir do
contato de uma massa de ar fria com uma quente, sendo que a
primeira empurra a segunda. Quando isso acontece, o ar frio eleva a
massa de ar quente - que sofre um resfriamento - e a água que se
encontra nas nuvens se reverte em chuvas. São nas frentes frias que
ocorrem vendavais, temporais e chuvas de granizo.
As frentes quentes acontecem a partir do encontro de uma massa de
ar quente com uma fria, de modo que a primeira empurra a
segunda. Esse tipo de frente também produz chuvas, no entanto, sem
ventos de grande velocidade, granizo, etc
50. Frentes frias
(linhas azuis com
triângulos) e
frentes
quentes (linhas
vermelhas com
semi-círculos).
"B" = região de
baixa pressão
atmosférica.
"A" = região de
alta pressão
atmosférica.
As linhas brancas
finasindicam
regiões de
mesma pressão
atmosférica.
57. Correntes Oceânicas
As águas de superfície dos oceanos estão em constante
movimento. As águas oceânicas que possuem em seu
movimento uma direção razoavelmente constante
fazem parte das chamadas correntes oceânicas. O
sentido das correntes oceânicas é determinado por
diversos fatores, dentre estes a interferência de ventos
e a diferenciação entre densidades e salinidade das
águas de certas regiões oceânicas
58. As correntes também variam de acordo com
a localidade em que se apresentam no globo.
As correntes situadas abaixo da linha do
Equador possuem sentido anti-horário,
opostamente às correntes situadas acima da
linha do Equador. Já nas regiões oceânicas
adjacentes a esta linha, as correntes
direcionam-se em sentidos opostos. As
temperaturas das correntes oceânicas podem
variar de acordo com sua origem. Assim,
correntes que se orientam dos pólos até as
regiões mais próximas ao Equador possuem
temperaturas mais baixas, e correntes que
partem do Equador para os pólos são
correntes quentes.
67. PRESSÃO
ATMOSFÉRICA
A atmosfera terrestre é composta por vários
gases, que exercem uma pressão sobre a
superfície da Terra. Essa pressão, denominada
pressão atmosférica, depende da altitude do
local, pois à medida que nos afastamos da
superfície do planeta, o ar se torna cada vez mais
rarefeito, e, portanto, exercendo uma pressão
cada vez menor.