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Os Descobrimentos Portugueses
   Sendo as necessidades de expansão comuns
    a toda a Europa, porque foi Portugal o
    primeiro país a levar a bom termo esta
    aventura dos descobrimentos?
 Portugal fica situado no extremo ocidental da
  Europa, perto da costa de África e dos
  arquipélagos atlânticos. Possui, além disso, uma
  boa fachada marítima e bons portos naturais.
 Devido ao comércio a longa distância existiam
  em Portugal marinheiros experientes capazes de
  constituir as tripulações nas viagens de
  descoberta.
 Além disso, no século XV Portugal gozava de paz
  e, com a revolução de 1383/1385 dera-se o
  reforço do poder régio e uma renovação dos
  quadros dirigentes.
 Ao longo dos séculos as culturas muçulmana e
  judaica, que passaram pelo país, transmitiram os
  seus conhecimentos e técnicas de domínio da
  navegação.
 No século XIV foram introduzidos em Portugal a
  bússola, o quadrante e o astrolábio, divulgados
  pelos Muçulmanos. O uso de instrumentos
  como o astrolábio e o quadrante exigiam bons
  conhecimentos de matemática que foram
  transmitidos por sábios judeus e muçulmanos.
   Bússola
   Quadrante
   Astrolábio
   No domínio da construção naval, em Portugal
     aperfeiçoou-se na construção da caravela -
    uma embarcação de leme fixo à popa e vela
    triangulares, o que permite ao barco navegar
    na presença de ventos contrários.
 A expansão portuguesa
  iniciou-se em 1415 com a
  conquista de Ceuta, cidade
  Muçulmana do Norte de
  África, que se tratava de um
  ponto estratégico para as
  rotas do comércio
  internacional e de transporte
  de cereais.
 Os portugueses pretendiam,
  igualmente, expandir a fé
  cristã num território
  muçulmano.
   Ceuta não era a cidade que os portugueses
    idealizavam pois as rotas do comércio foram
    desviadas pelos Muçulmanos e a cidade já se
    encontrava vandalizada pelos seus sucessivos
    ataques. Nasceu o desejo de atingir não as
    rotas de cereais mas as rotas do ouro. E é
    aqui que começa a verdadeira aventura dos
    descobrimentos!
 Foi o Infante D. Henrique I,
  filho de D. João I, um grande
  impulsionar dos
  descobrimentos que, em 1416
  a 1460 se realizaram, em
  especial, à costa africana.
 As primeiras viagens foram
  realizadas à vista da costa e
  não exigiam, por isso, grandes
  conhecimentos. No entanto, à
  medida que se viajava para sul,
  as viagens tornavam-se cada
  vez mais longas e difíceis.
 Foi numa das viagens em direcção à Costa de
  África que os portugueses localizaram os
  arquipélagos da Madeira (em 1419) e dos Açores
  (cerca de 1427).
 Algumas ilhas desses arquipélagos já aparecem
  representadas em mapas do Século XIV. Não se
  trata de uma descoberta mas de um
  reconhecimento.
 Foram os portugueses que no século XV
  procederam à ocupação e povoamento dos
  AÇORES e da MADEIRA.
 Até à chegada dos portugueses os arquipélagos
  dos Açores e da Madeira eram desabitados.
 Na Madeira a criação de condições para a
  agricultura implicou o abate de densa floresta
  que a cobria e a construção de canais de água, a
  partir das suas abundantes nascentes. Além da
  produção de cereais foi introduzida a produção
  de cana de açúcar e da vinha. Para trabalhar
  nessas culturas, em especial na cultura do açúcar
  vieram escravos de Marrocos e da costa africana.
 Com o clima húmido dos Açores apostaram na
  produção de cereais e na criação de gado.
Machim era um jovem inglês que se terá apaixonado por uma
rapariga da sua idade, mas nobre e muito rica. Seus pais
queriam casá-la com um rapaz da mesma condição social.
Vendo os seus amores contrariados os dois jovens decidiram
fugir para França. No entanto, o navio em que viajavam,
apanhado por uma tempestade, foi parar às proximidades da
ilha da Madeira, que era, então, uma ilha desconhecida. A
rapariga, que se sentia doente, pediu para desembarcar. O
namorado concordou e ambos chegaram à costa num bote.
Entretanto a tempestade levou o navio para a costa africana,
sendo que os seus tripulantes foram feitos reféns pelos Mouros
e os dois jovens ficaram sozinhos na ilha deserta. A jovem
sucumbiu à doença e três dias depois acabou por morrer.
Machim sepultou-a na ilha, colocando uma cruz sobre a
sepultura. O rapaz pouco tempo sobreviveu. Terá sido Machim
que derivou o actual nome da vila da Madeira – Machico.
 Ao mesmo tempo que se
  procedia à colonização dos
  Açores e da Madeira, procedia-se
  à exploração da costa africana.
 Em 1434 foi ultrapassado o Cabo
  Bojador por Gil Eanes, que até
  então o último ponto navegado
  pelos europeus
 As viagens realizadas nos anos seguintes não foram
  vantajosas pois, para além do solo ser estéril, as terras
  estavam despovoadas.
 A situação alterou-se com a passagem do Cabo
  Branco, em 1441, pelo navegador Nuno Tristão. A
  partir daí começava uma região fértil e populosa,
  onde os portugueses puderam comerciar escravos e,
  finalmente, ouro.
 Em 1460 a expansão portuguesa já tinha ultrapassado
  a Guiné e chegara à serra leoa. Houve, porém, a partir
  de então, um abrandamento, por causa da morte do
  Infante D. Henrique e o desinteresse do rei Afonso V.
 Após a morte do Infante D. Henrique a aventura dos
  descobrimentos ficou entregue à iniciativa particular.
 Em contrapartida, pressionado pelos interesses dos
  nobres, Afonso V promoveu várias expedições ao norte de
  África. Desta forma, foram conquistadas no litoral
  marroquinho, as cidades de Alcácer Ceguer (1458) e de
  Arzila e Tânger (1471).
 Em 1469 o comércio africano foi arrendado por cinco anos
  a Fernão Gomes, um rico mercador de Lisboa. Em troca,
  além do pagamento em dinheiro, este comprometi-se a
  descobrir, cada ano, cem léguas de costa. Essa obrogação
  foi cumprida. Durante esse contrato (1469-1474) foi
  explorado todo o golfo da Guiné, entre a Serra Leoa e o
  Cabo de Santa Catarina, incluindo a costa da Mina, onde
  abundava o ouro.
   D. João II só se tornou rei em 1481, no entanto,
    já desde 1474 era responsável pela expansão.
    Sob a sua orientação a expansão traçou o
    objectivo claro de atingir a Índia, contornando o
    continente africano. O ouro que alcançariam
    podia permitir a D. João II a manutenção das
    viagens. Além disso, os conhecimentos acerca
    da geografia e astronomia que foram sendo
    desenvolvidos permitiam cada vez mais
    segurança e estabilidade nas expedições.
   Com este espírito, Diogo Cão, com duas
    expedições chegou em, 1482-1483/
    1485-1486 à actual Namíbia.
   Bartolomeu Dias navegado
    com três caravelas foi além do
    limite que Diogo Cão chegara
    e continuou ao longo da costa.
    Depois de uma violenta
    tempestade ultrapassou em
    1488 o Cabo da Boa
    Esperança. Estabelecia-se,
    assim, a ligação entre os
    oceanos Atlântico e Índico e
    com ela a esperança de chegar
    à Índia.
 A competição entre Portugal e Castela, pela posse dos
  territórios começou ainda no século XIV, com a
  disputa acerca do arquipélago das Canárias. Mais
  tarde os castelhanos quiseram participar no comércio
  com a costa de África o que provocou um demorado
  conflito.
 Em 1479 o tratado de Alcáçovas estabeleceu o
  primeiro entendimento entre os dois países: Portugal
  desistia de qualquer pretensão das Ilhas Canárias e
  Castela cedia a exclusividade dos territórios sul
  daquelas ilhas. No entanto, voltou a complicar-se por
  causa da descoberta da América por Cristóvão
  Colombo.
• Colombo era um mercador
genovês que viveu muito
tempo em Portugal onde
recolheu muitas informações
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Com esses dados e sabendo-
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elaborou um plano para
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   D. João II não mostrou interesse neste
    projecto. Foi então oferecer os seus serviços
    a Castela que, depois de muitas hesitações
    lhe concederam uma frota de três pequenos
    navios. Em 1492, ao atingir terras
    desconhecidas, pensou ter chegado à Índia
    mas, apenas tinha chegado às Antilhas, um
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 A quem pertenciam as novas terras descobertas por
  Colombo? O rei de Portugal, fazendo a sua
  interpretação do Tratado de Alcáçovas considerava
  que deveriam ser portuguesas. Posição contrária
  tinham os reis de Espanha.
 Em 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas, sob a
  égide do Papa, a autoridade máxima conhecida,
  estabelecendo a divisão do mundo em dois
  hemisférios.
 As terras e os mares descobertos ou a descobrir para
  oriente dessa linha ficariam para Portugal; os que
  estivessem para Ocidente ficariam para Espanha.
 Depois de obtido o consentimento com o
  Tratado de Tordesilhas, D. João II iniciou a
  preparação da expedição para a Índia.
 Os portugueses já tinham recolhido informação
  sobre os ventos e desenvolvido novas artes de
  navegação. Os cartógrafos desenvolveram
  novas cartas de náuticas que, de forma rigorosa
  traçavam os contornos da costa e as linhas de
  rumo.
 Contudo, o Rei D. João II morreu em 1495, antes
  de ver concretizado o seu projecto. Segue a
  missão pelo seu sucessor D. Manuel I.
Para comandar a
expedição foi escolhido
Vasco da Gama, que
tinha, então, menos de 30
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saiu do Restelo, em
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    conhecedor dos mares do índico. Chegaram
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enviado Pedro Álvares Cabral,
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domínio português no
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    navios fizeram um grande
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    1500 foi avistada terra.
    Estava descoberto,
    oficialmente, o Brasil. Oito
    dias depois a expedição
    seguiu o seu rumo. Contudo,
    há quem considere que o
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Descobrimentos portugueses mip

  • 2. Sendo as necessidades de expansão comuns a toda a Europa, porque foi Portugal o primeiro país a levar a bom termo esta aventura dos descobrimentos?
  • 3.  Portugal fica situado no extremo ocidental da Europa, perto da costa de África e dos arquipélagos atlânticos. Possui, além disso, uma boa fachada marítima e bons portos naturais.  Devido ao comércio a longa distância existiam em Portugal marinheiros experientes capazes de constituir as tripulações nas viagens de descoberta.  Além disso, no século XV Portugal gozava de paz e, com a revolução de 1383/1385 dera-se o reforço do poder régio e uma renovação dos quadros dirigentes.
  • 4.  Ao longo dos séculos as culturas muçulmana e judaica, que passaram pelo país, transmitiram os seus conhecimentos e técnicas de domínio da navegação.  No século XIV foram introduzidos em Portugal a bússola, o quadrante e o astrolábio, divulgados pelos Muçulmanos. O uso de instrumentos como o astrolábio e o quadrante exigiam bons conhecimentos de matemática que foram transmitidos por sábios judeus e muçulmanos.
  • 5. Bússola  Quadrante  Astrolábio
  • 6. No domínio da construção naval, em Portugal aperfeiçoou-se na construção da caravela - uma embarcação de leme fixo à popa e vela triangulares, o que permite ao barco navegar na presença de ventos contrários.
  • 7.  A expansão portuguesa iniciou-se em 1415 com a conquista de Ceuta, cidade Muçulmana do Norte de África, que se tratava de um ponto estratégico para as rotas do comércio internacional e de transporte de cereais.  Os portugueses pretendiam, igualmente, expandir a fé cristã num território muçulmano.
  • 8. Ceuta não era a cidade que os portugueses idealizavam pois as rotas do comércio foram desviadas pelos Muçulmanos e a cidade já se encontrava vandalizada pelos seus sucessivos ataques. Nasceu o desejo de atingir não as rotas de cereais mas as rotas do ouro. E é aqui que começa a verdadeira aventura dos descobrimentos!
  • 9.  Foi o Infante D. Henrique I, filho de D. João I, um grande impulsionar dos descobrimentos que, em 1416 a 1460 se realizaram, em especial, à costa africana.  As primeiras viagens foram realizadas à vista da costa e não exigiam, por isso, grandes conhecimentos. No entanto, à medida que se viajava para sul, as viagens tornavam-se cada vez mais longas e difíceis.
  • 10.  Foi numa das viagens em direcção à Costa de África que os portugueses localizaram os arquipélagos da Madeira (em 1419) e dos Açores (cerca de 1427).  Algumas ilhas desses arquipélagos já aparecem representadas em mapas do Século XIV. Não se trata de uma descoberta mas de um reconhecimento.  Foram os portugueses que no século XV procederam à ocupação e povoamento dos AÇORES e da MADEIRA.
  • 11.  Até à chegada dos portugueses os arquipélagos dos Açores e da Madeira eram desabitados.  Na Madeira a criação de condições para a agricultura implicou o abate de densa floresta que a cobria e a construção de canais de água, a partir das suas abundantes nascentes. Além da produção de cereais foi introduzida a produção de cana de açúcar e da vinha. Para trabalhar nessas culturas, em especial na cultura do açúcar vieram escravos de Marrocos e da costa africana.  Com o clima húmido dos Açores apostaram na produção de cereais e na criação de gado.
  • 12. Machim era um jovem inglês que se terá apaixonado por uma rapariga da sua idade, mas nobre e muito rica. Seus pais queriam casá-la com um rapaz da mesma condição social. Vendo os seus amores contrariados os dois jovens decidiram fugir para França. No entanto, o navio em que viajavam, apanhado por uma tempestade, foi parar às proximidades da ilha da Madeira, que era, então, uma ilha desconhecida. A rapariga, que se sentia doente, pediu para desembarcar. O namorado concordou e ambos chegaram à costa num bote. Entretanto a tempestade levou o navio para a costa africana, sendo que os seus tripulantes foram feitos reféns pelos Mouros e os dois jovens ficaram sozinhos na ilha deserta. A jovem sucumbiu à doença e três dias depois acabou por morrer. Machim sepultou-a na ilha, colocando uma cruz sobre a sepultura. O rapaz pouco tempo sobreviveu. Terá sido Machim que derivou o actual nome da vila da Madeira – Machico.
  • 13.  Ao mesmo tempo que se procedia à colonização dos Açores e da Madeira, procedia-se à exploração da costa africana.  Em 1434 foi ultrapassado o Cabo Bojador por Gil Eanes, que até então o último ponto navegado pelos europeus
  • 14.  As viagens realizadas nos anos seguintes não foram vantajosas pois, para além do solo ser estéril, as terras estavam despovoadas.  A situação alterou-se com a passagem do Cabo Branco, em 1441, pelo navegador Nuno Tristão. A partir daí começava uma região fértil e populosa, onde os portugueses puderam comerciar escravos e, finalmente, ouro.  Em 1460 a expansão portuguesa já tinha ultrapassado a Guiné e chegara à serra leoa. Houve, porém, a partir de então, um abrandamento, por causa da morte do Infante D. Henrique e o desinteresse do rei Afonso V.
  • 15.
  • 16.  Após a morte do Infante D. Henrique a aventura dos descobrimentos ficou entregue à iniciativa particular.  Em contrapartida, pressionado pelos interesses dos nobres, Afonso V promoveu várias expedições ao norte de África. Desta forma, foram conquistadas no litoral marroquinho, as cidades de Alcácer Ceguer (1458) e de Arzila e Tânger (1471).  Em 1469 o comércio africano foi arrendado por cinco anos a Fernão Gomes, um rico mercador de Lisboa. Em troca, além do pagamento em dinheiro, este comprometi-se a descobrir, cada ano, cem léguas de costa. Essa obrogação foi cumprida. Durante esse contrato (1469-1474) foi explorado todo o golfo da Guiné, entre a Serra Leoa e o Cabo de Santa Catarina, incluindo a costa da Mina, onde abundava o ouro.
  • 17. D. João II só se tornou rei em 1481, no entanto, já desde 1474 era responsável pela expansão. Sob a sua orientação a expansão traçou o objectivo claro de atingir a Índia, contornando o continente africano. O ouro que alcançariam podia permitir a D. João II a manutenção das viagens. Além disso, os conhecimentos acerca da geografia e astronomia que foram sendo desenvolvidos permitiam cada vez mais segurança e estabilidade nas expedições.
  • 18.
  • 19. Com este espírito, Diogo Cão, com duas expedições chegou em, 1482-1483/ 1485-1486 à actual Namíbia.
  • 20. Bartolomeu Dias navegado com três caravelas foi além do limite que Diogo Cão chegara e continuou ao longo da costa. Depois de uma violenta tempestade ultrapassou em 1488 o Cabo da Boa Esperança. Estabelecia-se, assim, a ligação entre os oceanos Atlântico e Índico e com ela a esperança de chegar à Índia.
  • 21.
  • 22.  A competição entre Portugal e Castela, pela posse dos territórios começou ainda no século XIV, com a disputa acerca do arquipélago das Canárias. Mais tarde os castelhanos quiseram participar no comércio com a costa de África o que provocou um demorado conflito.  Em 1479 o tratado de Alcáçovas estabeleceu o primeiro entendimento entre os dois países: Portugal desistia de qualquer pretensão das Ilhas Canárias e Castela cedia a exclusividade dos territórios sul daquelas ilhas. No entanto, voltou a complicar-se por causa da descoberta da América por Cristóvão Colombo.
  • 23. • Colombo era um mercador genovês que viveu muito tempo em Portugal onde recolheu muitas informações sobre a possível existência de terras a ocidente dos Açores. Com esses dados e sabendo- se já que a terra era redonda, elaborou um plano para atingir a Índia navegando para Ocidente.
  • 24. D. João II não mostrou interesse neste projecto. Foi então oferecer os seus serviços a Castela que, depois de muitas hesitações lhe concederam uma frota de três pequenos navios. Em 1492, ao atingir terras desconhecidas, pensou ter chegado à Índia mas, apenas tinha chegado às Antilhas, um arquipélago da América Central.
  • 25.  A quem pertenciam as novas terras descobertas por Colombo? O rei de Portugal, fazendo a sua interpretação do Tratado de Alcáçovas considerava que deveriam ser portuguesas. Posição contrária tinham os reis de Espanha.  Em 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas, sob a égide do Papa, a autoridade máxima conhecida, estabelecendo a divisão do mundo em dois hemisférios.  As terras e os mares descobertos ou a descobrir para oriente dessa linha ficariam para Portugal; os que estivessem para Ocidente ficariam para Espanha.
  • 26.  Depois de obtido o consentimento com o Tratado de Tordesilhas, D. João II iniciou a preparação da expedição para a Índia.  Os portugueses já tinham recolhido informação sobre os ventos e desenvolvido novas artes de navegação. Os cartógrafos desenvolveram novas cartas de náuticas que, de forma rigorosa traçavam os contornos da costa e as linhas de rumo.  Contudo, o Rei D. João II morreu em 1495, antes de ver concretizado o seu projecto. Segue a missão pelo seu sucessor D. Manuel I.
  • 27. Para comandar a expedição foi escolhido Vasco da Gama, que tinha, então, menos de 30 anos. A armada era composta por quatro navios e 150 homens e saiu do Restelo, em Lisboa, a 8 de Julho de 1497.
  • 28. Os portugueses não foram bem acolhidos nos vários portos da costa oriental africana, cujo comércio era dominado pelos muçulmanos. Excepto em Melinde, onde contaram com a colaboração de um piloto conhecedor dos mares do índico. Chegaram finalmente em 20 de Maio de 1498, sendo o desembarque efectuado em Calecute, um importante porto indiano.
  • 29. Um ano depois da expedição de Vasco da Gama foi enviado Pedro Álvares Cabral, numa poderosa frota, com o objectivo de assegurar o domínio português no Oriente e trazer o primeiro grande carregamento de especiarias.
  • 30. Contudo, a dada altura os navios fizeram um grande desvio e, em 22 de Abril de 1500 foi avistada terra. Estava descoberto, oficialmente, o Brasil. Oito dias depois a expedição seguiu o seu rumo. Contudo, há quem considere que o Brasil já havia sido descoberto antes de 1494 e que este desvio terá sido propositado.