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Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
                     Educação a Distância da UFSM - EAD
                  Projeto Universidade Aberta do Brasil – UAB

          Especialização em Tecnologias da Informação e da Comunicação
                              Aplicadas à Educação
                            PÓLO: São João do Polêsine
                     DISCIPLINA: Elaboração de Artigo Científico
             PROFESSOR ORIENTADOR: Luiz Antônio dos Santos Neto
                                    26/11/2010




                               TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO:
                        Utilizando Filmes e Vídeos na Sala de Aula

                             TECHNOLOGY AND EDUCATION
                         Using Films and Videos in the Classroom


                           SEIBERT, Maiane Bitencourt da Silva.
               Graduada em Pedagogia - Universidade Federal de Santa Maria/RS




RESUMO
A introdução de tecnologias audiovisuais na vida cotidiana cresce de maneira bastante rápida em
todas as esferas da sociedade. Na educação a utilização de recursos tecnológicos também au-
menta, na medida em que cresce o contato dos alunos com tais instrumentos facilitadores da a-
prendizagem desde cedo. Sendo assim, a proposta deste trabalho é verificar como os professores
estão trabalhando com tecnologias aplicadas à educação, em específico com a utilização de fil-
mes e vídeos em sala de aula; verificar como selecionam esses materiais, e se estão preparados
para desenvolver atividades utilizando tais recursos. Também pretendemos verificar como os alu-
nos estão sendo envolvidos por esse trabalho, como percebem e reagem frente ao uso desse
recurso. Para tanto, foram aplicados questionários de ordem qualitativa para os professores e alu-
nos. Assim, constatamos que a maioria dos educadores não possui formação adequada para em-
pregar tecnologias no seu trabalho em sala de aula. Contudo, se esforçam para selecionar filmes
e vídeos que correspondam aos conteúdos do programa da escola e aos interesses dos alunos, o
que tem gerado resultados positivos no aprendizado dos mesmos. Alguns destes, os mais adian-
tados, por sua vez, também percebem que há um propósito nesse trabalho.

Palavras-chave: Educação, Tecnologias, Audiovisuais
ABSTRACT
The introduction of audiovisual technologies on the everyday life increases rapidly in all the
spheres of society. In education, the use of technological resources also increases as grows the
early students’ contact with tools that facilitates the learning. Therefore, this work aims to verify
how the teachers are working with technologies applied to education, specifically to the use of
movies and videos in the classroom, verify how these materials are selected, and if they are pre-
pared to develop activities using these resources. We also intend to verify how the students are
being involved in this work, how they realize and react to the use of this resource.
To do so, it was applied qualitative questionnaires to the teachers and students. It was found that
most of educators do not have appropriate training to employ technologies in their work in the
classroom. However, they strive to select movies and videos that can match the subjects of the
school program and the students’ interest, this have been generated positive results on their learn-
ing. Some of them also realize that there is a purpose on this work.


Key-words: Education, Technology, Audiovisual




INTRODUÇÃO
       A utilização de tecnologias audiovisuais na vida diária cresce consideravelmente,
pois facilita a realização de muitas de nossas tarefas. A televisão, presente em quase to-
dos os lares brasileiros, ao mesmo tempo em que traz novas informações, nos proporcio-
na lazer e entretenimento. Na educação, não poderia ser diferente, inclusive com o uso de
mídias tecnológicas, como a televisão, que vem sendo utilizada nas escolas do Brasil
desde os anos 50, sendo uma medida para suprir necessidades, como a falta de profes-
sores. No entanto, atualmente, a utilização de audiovisuais em sala de aula se configura
como uma nova perspectiva: atrair a atenção dos alunos motivados pelo crescente au-
mento de tecnologias no cotidiano contribuindo com sua aprendizagem.
       Em todo o país, observa-se um notável aumento da utilização de tecnologias audio-
visuais nas salas de aula das escolas, tanto públicas quanto privadas. Esse aumento vem
ao encontro da necessidade de se modernizar a educação no país, tornando-a mais atraen-
te para o aluno e aumentando sua eficácia e eficiência. E se deve, ainda por se tratar de
uma tecnologia com baixo custo, facilitando o acesso pela maioria das escolas.
       Verifica-se então, que a utilização de filmes e vídeos em sala de aula faz parte deste
novo rumo que a educação toma, contudo é preciso considerar que a utilização de recursos
tecnológicos como a televisão, por exemplo, por si só não garantem a aprendizagem. As
relações que se estabelecem com os recursos é que podem fazer a diferença, como nos
explica Tornaghi (2008), quando diz que o que educa “não são os objetos em si, não são os


                                                                                                   2
elementos da rede per si, mas as relações que são criadas entre eles (...)”. Isto exige que o
professor esteja preparado para extrair o que de melhor este recuso tem a oferecer.
      A partir desta realidade, a proposta deste trabalho, é discutir a relação existente
entre educação e tecnologias audiovisuais, verificando como os professores dos anos
iniciais do ensino fundamental fazem uso do recurso tecnológico televisão (filme e vídeo),
e como os alunos destes mesmos anos percebem essa utilização em suas aulas.
      A metodologia utilizada para a coleta dos dados foi de ordem qualitativa, usando pa-
ra isso instrumentos como questionários. A pesquisa ocorreu em duas escolas municipais
de ensino fundamental, sendo que foram participantes 11 professores dos anos iniciais e
12 alunos. Dos professores colaboradores, 8 possuem formação de nível superior em Pe-
dagogia e a grande maioria possui pós-graduação, em nível de especialização, na área da
educação.
      Assumindo a hipótese de que as tecnologias audiovisuais podem colaborar com a
aprendizagem, pois podem despertar um maior interesse pelas aulas por parte dos alu-
nos, é importante que o professor esteja apto a planejar e utilizar adequadamente tais
recursos em seu trabalho para que este possa ser realmente aprimorado causando o efei-
to desejado nos estudantes.
      Dessa forma, a pesquisa também deseja saber se o professor está adequadamen-
te preparado para o uso de Tecnologias da Informação e da Comunicação aplicadas à
educação no seu trabalho pedagógico.


TECNOLOGIAS AUDIOVISUAIS NA VIDA E NA SALA DE AULA
      Tecnologias fazem parte da vida de todas as pessoas, de umas mais, de outras
menos, mas mesmo na vida das mais carentes, as tecnologias estão presentes de algu-
ma forma. Segundo Moran (2008) “Tecnologias são todos os instrumentos que nos aju-
dam a realizar o que precisamos”. Dentro do que chamamos de tecnologias, encontramos
a televisão, o filme e o vídeo como instrumentos de diversão e aprendizado.
      Nossas crianças e jovens passam muito tempo assistindo televisão, filmes e vídeos,
pois essa ação está diretamente ligada ao lazer e ao entretenimento. A imagem televisiva
está presente no cotidiano das pessoas e invadiu também a prática pedagógica, uma vez
que as mensagens transmitidas por esses recursos são influentes, requerendo que seus
conteúdos sejam refletidos e trabalhados inclusive em sala de aula. Assim, entende-se que
a escola deve estar preparada para trabalhar com essa tecnologia. Para Moran (1995)


                                                                                           3
Vídeo, na cabeça dos alunos, significa descanso e não “aula”, o que
                                modifica a postura, as expectativas em relação ao seu uso. Precisa-
                                mos aproveitar essa expectativa positiva para atrair o aluno para os
                                assuntos do nosso planejamento pedagógico. (MORAN, 1995, p.1)



      Entende-se então, que o trabalho com esses recursos na sala de aula não deve limi-
tar-se apenas a uma simples ocupação de tempo com filme e vídeos, ou simplesmente fazer
uma atividade diferente. Se não houver um bom planejamento, a ação pedagógica poderá
ficar até prejudicada. Ainda segundo Moran (1995) “o vídeo ajuda a um bom professor, atrai
os alunos, mas não modifica substancialmente a relação pedagógica”. Daí a necessidade da
prática do educador estar aliada a uma qualificação adequada para o uso tecnologias apli-
cadas à educação. A esse respeito Prado (2005) argumenta que


                                (...) o professor que, confortavelmente, desenvolvia sua ação peda-
                                gógica tal como havia sido preparado durante a sua vida acadêmica e
                                em sua experiência em sala de aula, se vê frente a uma situação que
                                implica novas aprendizagens e mudanças na prática pedagógica.
                                (Prado, 2005, p. 8)


      A utilização de recursos tecnológicos como vídeos e filmes nas escolas é defendida
por muitos estudiosos que verificam a necessidade de se trabalhar com outras formas de
leitura e outras linguagens que permeiam a vida na atual sociedade, principalmente com
as imagens que nos cercam diariamente. A esse respeito Garcez (2005) sinaliza que


                                (...) a imagem está em nossa vida, faz parte de nosso dia-a-dia e ne-
                                cessitamos dela como forma especial de compreensão e de conhe-
                                cimento do mundo que nos cerca. Mas precisamos de uma educação
                                para o convívio com a imagem (Garcez, 2005, p. 107)



      Kenski (2005) aponta para uma mídia televisiva cada vez mais presente no cotidiano
das pessoas, aproximando-se “(...) cada vez mais da realidade cotidiana”. Ainda segundo
Kenski (2005) a mídia televisiva “Não é mais vista como uma tecnologia, mas como com-
plemento, como companhia, como continuação do espaço de vida das pessoas.”
      Dessa forma, a utilização da televisão, de vídeos e filmes como recursos tecnológi-
cos em sala de aula, assume singular importância em todas as esferas educacionais, des-
de a educação infantil até (e principalmente) a formação continuada de professores.
      Para tanto, a necessidade de preparação por parte do educador é de fundamental im-
portância, como já foi anteriormente mencionado. O significado e a importância da mídia tele-


                                                                                                   4
visiva na vida das pessoas, inclusive dos estudantes sinaliza para que não deixemos de lado
esse recurso na educação, sob pena de estarmos perdendo em termos de aprendizagem.
      A questão que se coloca é como tirar proveito, como utilizar de maneira adequada
tais recursos, uma vez que não é mais possível imaginar educação sem tecnologias. Há
décadas a mídia invadiu a esfera educacional; pais e professores reclamam do seu poder
e influência na formação dos filhos e comportamento dos alunos. Nesse sentido, Moran
(2005) enfatiza que


                                 (...) nós, educadores costumamos contrapor a diferença de funções e
                                 da missão da televisão e da escola. A TV somente entretém enquanto
                                 que a escola educa. Justamente porque a televisão não diz que edu-
                                 ca o faz de forma mais competente. (...)(Moran, 2005, p. 97)



      Diante disto, nos preocupamos também em saber quais critérios são utilizados por
professores ao selecionarem os filmes e vídeos para trabalharem frente aos alunos, pois a
escolha bem planejada poderá gerar resultados positivos no aprendizado dos educandos.
      É observável que muitos educadores, ao tentarem incorporar tecnologias audiovi-
suais na suas salas de aula, acabam agregando atividades tradicionais de suas práticas
escolares com a utilização de recursos tecnológicos. A esse respeito Prado (2005) argu-
menta que


                                 São procedimentos que revelam intenções e tentativas de integração
                                 de mídias na prática pedagógica. Revelam, também, um processo de
                                 transição entre a prática tradicional e as novas possibilidades de re-
                                 construções. No entanto, neste processo de transição, pode ocorrer
                                 muito mais uma justaposição (ação ou efeito de justapor = pôr junto,
                                 aproximar) das mídias na prática pedagógica do que a integração.
                                 (Prado, 2005, p. 8)


      No entanto, nem toda prática que inclui a utilização de filmes e vídeos nas escolas é vá-
lida. Moran (1995) descreve cinco formas de uso inadequado do vídeo em sala de aula:


                                 Vídeo-tapa buraco: colocar vídeo quando há um problema inespera-
                                 do, como ausência do professor. Usar este expediente eventualmente
                                 pode ser útil, mas se for feito com freqüência, desvaloriza o uso do ví-
                                 deo e o associa –na cabeça do aluno- a não ter aula.
                                 Vídeo-enrolação: exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria. O
                                 aluno percebe que o vídeo é usado como forma de camuflar a aula.
                                 Pode concordar na hora, mas discorda do seu mau uso.
                                 Vídeo-deslumbramento: O professor que acaba de descobrir o uso do
                                 vídeo costuma empolgar-se e passa vídeo em todas as aulas, esque-


                                                                                                       5
cendo outras dinâmicas mais pertinentes. O uso exagerado do vídeo
                                 diminui a sua eficácia e empobrece as aulas.
                                 Vídeo-perfeição: Existem professores que questionam todos os vídeos
                                 possíveis porque possuem defeitos de informação e estéticos. Os vídeos
                                 que apresentam conceitos problemáticos podem ser usados para desco-
                                 bri-los, junto com os alunos e questioná-los.
                                 Só vídeo: não é satisfatório didaticamente exibir o vídeo sem discuti-
                                 lo, sem integrá-lo com o assunto da aula, sem voltar e mostrar alguns
                                 momentos mais importantes. (Moran, 1995, p. 3)



      Percebe-se que utilizar estes recursos sem uma preparação adequada pode sim-
plesmente não contribuir em nada na aprendizagem dos educandos, bem como prejudicar,
provocando uma diminuição do interesse dos alunos diante da aula. Nesse sentido, Moran
(2008) aponta para os desafios encontrados pelos professores de hoje e salienta que “O
professor não precisa repetir o que já está nos livros, nos vídeos, mas ser um orientador de
processos significativos de aprendizagem (...)”.
      Ainda segundo Moran (2008) “O professor precisa hoje adquirir a competência da
gestão dos tempos à distância combinados com o presencial.” Para tanto, a formação
continuada dos educadores para o uso de recursos tecnológicos (filmes e vídeos) em sala
de aula passa ser fator decisivo para garantir o bom aprendizado dos estudantes.


IMPLICAÇÕES PRÁTICAS
      A aplicação dos questionários permitiu a análise das respostas dos educadores e
dos educandos. Através das respostas foi possível verificar o que os professores enten-
dem por uso de tecnologias na educação; suas vantagens e desvantagens; os critérios
que usam para escolher os filmes que utilizam em seu trabalho frente aos alunos, e tam-
bém se têm formação para trabalhar com esse elemento.
      Foi possível também verificar o esforço dos professores no intuito de utilizar as tec-
nologias, em especial filmes da melhor maneira possível para garantir a melhora da apren-
dizagem dos alunos. Com relação aos alunos, também foi possível fazer uma análise de
como estes percebem a utilização de filmes e vídeos pelos professores.
      Para realizar a pesquisa, as duas escolas participantes foram procuradas pessoal-
mente pelo sujeito pesquisador, os questionários foram levados impressos e aplicados um
a um para os alunos. Aos professores possibilitou-se levar os questionários para casa e
trazer em outro momento previamente combinado. Intencionou-se realizar a pesquisa em
mais escolas, contudo, as outras escolas procuradas negaram-se a participar. As questões
utilizadas nos questionário encontram-se em anexo.

                                                                                                     6
Dados coletados dos professores
      Ao serem questionados sobre o que entendem como o uso de tecnologias na edu-
cação, cerca de 6 professores responderam que faz parte da utilização de recursos tecno-
lógicos na educação o uso da televisão, de filmes e de vídeos em sala de aula. Respostas
que evidenciam a facilitação da aprendizagem e propiciam um maior interesse por parte
dos alunos também foram encontradas, como nas seguintes colocações:


                               “É o uso de recursos tecnológicos na escola para facilitar a a-
                               prendizagem: computador, Internet, câmera digital, até o tele-
                               fone celular, TV, vídeo, jornais, revista, xerox”.
                               “Recursos que utilizamos para desenvolver melhor um assunto,
                               pois o uso de vídeos na sala de aula atrai mais atenção e pro-
                               voca maior interesse por parte dos alunos”.


      Outra questão importante que os professores responderam foi com relação aos cri-
térios que fazem com que escolham um filme ou vídeo para trabalhar com sua turma. Pa-
ra esta pergunta, 7 respondentes colocaram que procuram um filme ou vídeo que esteja
em acordo com os conteúdos que estão sendo desenvolvidos e de acordo com a idade e
interesse dos alunos, como é possível perceber nas respostas abaixo:


                               “De acordo com os conteúdos trabalhados em sala de aula e o
                               interesse dos alunos”.
                               “Procuro observar qual a linguagem, a qualidade do vídeo, a
                               adequação a idade dos alunos, a relação com o conteúdo e o
                               objetivo do mesmo”.
                               “De acordo com a idade dos alunos, do interesse e do conteú-
                               do. (...)”.


      Após a análise das respostas acima se percebe que os professores esforçam-se
para utilizar o recurso tecnológico vídeo e filme de maneira adequada aos conteúdos e ao
interesse dos estudantes, fator que contribui consideravelmente para um resultado positi-
vo na aprendizagem dos alunos. Podemos entender essa forma de trabalho com filmes e
vídeos, dos professores colaboradores de duas formas, segundo Moran (1995)


                               Vídeo como SENSIBILIZAÇÃO
                               É, do meu ponto de vista, o uso mais importante na escola. Um bom
                               vídeo é interessantíssimo para introduzir um novo assunto, para des-

                                                                                                 7
pertar a curiosidade, a motivação para novos temas. Isso facilitará o
                                desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar o assunto do vídeo e
                                da matéria.
                                Vídeo como CONTEÚDO DE ENSINO
                                Vídeo que mostra determinado assunto, de forma direta ou indireta.
                                De forma direta, quando informa sobre um tema específico orientando
                                a sua interpretação. De forma indireta, quando mostra um tema, per-
                                mitindo abordagens múltiplas, interdisciplinares. (Moran, 1995, p. 3)



      Vemos que as respostas fornecidas pelos professores colaboradores revelam a uti-
lização de tecnologias como filmes e vídeos em sala de aula, de maneira bastante próxi-
ma ao referido por Moran. As respostas sinalizam para o empenho e o esforço dos edu-
cadores para trabalhar de maneira satisfatória utilizando filmes e vídeos.


      Percebemos que os professores participantes consideram-se sem formação ade-
quada para trabalhar com TIC aplicadas à educação quando responderam à questão: Vo-
cê possui formação para o uso de recursos tecnológicos em sala de aula? Qual? A gran-
de maioria dos professores colaboradores respondeu que não possui formação para reali-
zar atividades em sala de aula ligadas às novas tecnologias, e isso os impede, muitas
vezes, de utilizar tais recursos, por medo de errar, como é possível perceber através da
seguinte colocação:


                                “Não e justamente por não ter esta formação é que não correria
                                o risco de inovar, de integrar esses novos recursos tecnológi-
                                cos à sala de aula”.


      O despreparo dos professores se verifica com o gráfico abaixo, representativo da
capacitação dos professores participantes para o uso de TIC em sala de aula.




                                                                                                   8
8
       1-
             6
             4
             2
             0

            1- Número de professores:
                       Sem formação                   Com formação



                      GRÁFICO: Professores x Capacitação para o uso de TIC's


      Observa-se no gráfico acima, que a maioria dos professores participantes alega não
ter formação adequada para trabalhar fazendo uso de tecnologias no seu fazer pedagógi-
co, o que gera, muitas vezes, a recorrência apenas ao quadro negro e ao giz.
      Aos professores, também se levou a questão das vantagens e desvantagens da uti-
lização de tecnologias na educação. Destacamos algumas respostas significativas a esse
respeito:


                                 “É um grande desafio a ser vencido conseguir dominar essa
                                 tecnologia ou segurança para usá-la cada vez mais. Como van-
                                 tagens: os alunos e os professores estarão continuamente a-
                                 prendendo pois usarão essa ferramenta (Internet) mesmo à
                                 distância, estarão interligados e conectados por mais tempo.
                                 Inserir atividades ON-LINE. Gravar e filmar atividades, mudar
                                 as dinâmicas das aulas e do aprendizado. Como desvanta-
                                 gens: fica mais fácil para o aluno o VER e OUVIR e assim ele
                                 lê (livros e revistas) e escreve cada vez menos. Quem sabe: A
                                 substituição do professor pela máquina?.”
                                 “As vantagens são muitas, pois são recursos que chamam
                                 mais atenção dos alunos e quase que raramente se recusam a
                                 realizar uma atividade que venha acompanhada deles. Desvan-
                                 tagens acontecem quando algum computador estraga, ou
                                 “tranca”; quando falta luz e temos todo o planejamento depen-
                                 dendo desse recurso.”
                                 “As vantagens é que as novas tecnologias hoje fazem parte do
                                 nosso dia-a-dia. Os meios de comunicação estão aí e os nos-
                                 sos alunos por mais carentes que sejam tem acesso a eles. A
                                 desvantagem é que essas mudanças ocorrem tão rapidamente
                                 que tanto nós professores quanto os alunos estamos desprepa-
                                 rados”.


                                                                                            9
“Se não virar rotina, apenas para matar o tempo, é uma ótima
                                ferramenta para o professor, auxilia na aprendizagem, além de
                                ser um recurso atual”.


      As respostas acima citadas revelam que os professores identificam vantagens e des-
vantagens referentes a utilização de recursos tecnológicos em sala de aula, mas também
sugerem a falta de preparação dos professores para realizar um trabalho eficaz e eficiente
perante seus alunos utilizando as tecnologias como meio de promover a aprendizagem.
Nesse sentido, o educador precisa entender, conforme destaca Tornaghi (2008) que


                                Não somos mais quem traz informação para nossos estudantes, os
                                meios de informação fazem isso de forma muito mais ágil e completa.
                                Mas nem sempre a informação é correta ou, mesmo quando correta
                                nos chega de forma que nos seja útil.
                                Nosso novo papel é o de junto com nossos alunos aprender a anali-
                                sar essas informações, selecionar as que podem ser úteis ao nosso
                                trabalho e produzir conhecimento localmente. É o de aprender a
                                transformar informação em conhecimento. (Tornaghi, 2008, p. 23)



      A falta de preparo colocado por alguns colaboradores revela o receio de inovar, o
receio da rotina, mas principalmente, a incerteza de como o aluno vai perceber e reagir a
esse recurso no seu aprendizado. A partir do empenho em identificar filmes e vídeos que
estejam mais adequados ou não ao conteúdo e ao interesse e idades dos alunos, o uso
deste recurso vai concorrer para a melhora gradativa da aprendizagem de todos, profes-
sores e educandos.


Dados coletados dos alunos
      Os 12 alunos que participaram da pesquisa são todos estudantes dos anos iniciais
(segundo ao quinto ano do ensino fundamental). A eles foram feitas várias perguntas de
ordem qualitativa que procuraram desvendar como os alunos percebem e reagem diante
da utilização de filmes e vídeos na escola.
      Uma das questões colocadas foi a seguinte: Você gosta quando ela (a professora)
passa filme? Por quê? A grande maioria respondeu que sim, como podemos observar nas
colocações abaixo:


                                “Por que é muito divertido”.
                                “Por que é muito legal”.
                                “Sim por que nós aprendemos mais coisas”

                                                                                                10
“Sim, porque eles passam uma mensagem educativa”.
                               “Sim, porque eu adoro aprender coisas novas!”.


      Verifica-se que as respostas dadas pelos educandos acerca da pergunta se gostam
de assistir filmes demonstra que realmente a utilização desse recurso cativa o aluno e
aumenta seu interesse na aula. Contudo, alguns alunos não sabem o porquê de sua
professora trabalhar filmes na turma deles. Isso fica evidente nas seguintes colocações a
respeito da pergunta: Por quê você acha que ela passa filme para a turma de vocês?


                               “Por que a gente é criança”.
                               “Pra não incomodar”.
                               ”Para nos divertir um pouco”.
                               “Para ver quando não tem nada para fazer”.


      Embora haja bastante empenho, por parte dos professores para a boa utilização
dos filmes em sala de aula, como a preocupação em relacionar com os conteúdos desen-
volvidos na aula, as respostas acima expostas sinalizam para falta de compreensão des-
sa relação por parte dos alunos. Isso nos remete, mais uma vez, à fala de Moran, quando
diz que os alunos entendem o vídeo, como não ter aula.
      No entanto, alguns alunos já percebem e identificam a relação dos filmes com o a-
prender algo mais nas aulas, conforme revelam as seguintes respostas dadas por alguns
alunos para a mesma questão:


                               “Pra gente fazer alguma coisa”.
                               “Para nós aprender mais”.
                               “Para a gente aprender. Quando precisamos fazer trabalhos”.
                               “Para complementar a nossa educação”.
                               “Por que é pra gente fazer trabalhos e conhecer as coisas do
                               mundo”.


      Tais respostas apontam para um reconhecimento, por parte dos alunos, sobre o
papel desempenhado pelos recursos tecnológicos filmes e vídeos. Esse reconhecimento
vai ao encontro dos esforços realizados pelos professores, que mesmo sem capacitação
adequada para o trabalho com tecnologias, como foi possível verificar nos questionários



                                                                                         11
respondidos, promovem a inserção dos filmes e vídeos em sala de aula, procurando a
melhor adequação em relação ao que se está sendo trabalhando no momento.
      Aos alunos também foi questionado se eles lembravam de alguns filmes ou vídeos
que assistiram na escola. Alguns deles responderam positivamente, inclusive relatando so-
bre o que era o filme, como podemos observar nos fragmentos abaixo:


                                “Era sobre ciências, português... ensino religioso e comporta-
                                mento”.
                                “Caroline e o mundo mágico, era sobre acreditar em si mesmo
                                (...)”.
                                “(...) de onde vem o papel que vem da árvore (...)”.
                                “Alvin e os Esquilos: falava de animais e de ter amigos”.


      As respostas citadas acima expressam que estes alunos já começaram a perceber
os temas centrais dos filmes, identificando neles o motivo pelo qual os professores estão
passando determinado filme para a turma.
      Esse movimento reflete, além da compreensão por parte dos alunos, que o empe-
nho dos professores tem gerado bons resultados nos estucandos, pois o educador tem
conseguido atingir seu objetivo de melhorar a aprendizagem dos alunos, uma vez que
com a utilização de recursos tecnológicos como filmes e vídeos, o professor consegue
envolver seu aluno de maneira mais profunda.
      O aluno, por sua vez, retém melhor o conteúdo quando este vem acompanhado de
imagens, sons, movimentos, como o que se apresenta quando trabalhamos utilizando
filmes e vídeos.




CONCLUSÃO
      Percebemos as facilidades que as tecnologias trazem para a nossa vida não são,
de modo algum, dispensáveis. Em casa, na rua, no parque, no shopping, em todas as
esferas da sociedade as tecnologias como computador, Internet, telefone celular, câmera
digital, filmes, vídeos, e muitas outras estão cada vez mais presentes.
      Nas escolas, os recursos tecnológicos também se fazem presentes e necessitam
serem trabalhados de maneira a contribuir com a aprendizagem dos educandos, e isso
mostra-nos o incremento do aprendizado, o que se revelou na opinião dos professores e
dos alunos.

                                                                                            12
A pesquisa realizada aponta para uma carência de preparo dos profissionais da e-
ducação, pois indica que a maioria dos professores participantes não possui formação
para o uso de TIC aplicadas à educação no seu trabalho frente aos alunos. A formação
adequada poderia viabilizar a utilização dos recursos tecnológicos já disponíveis nas es-
colas, transformando o trabalho educativo.
      Segundo Prado (2005), “o fato de utilizar diferentes mídias na prática escolar nem
sempre significa integração entre as mídias e a atividade pedagógica”. Compreende-se
então, que é preciso mais do que ter e saber utilizar as tecnologias. Não basta a escola
dispor de televisão e DVD ou vídeo, é preciso entender e então realmente integrar as tec-
nologias na educação a fim de que isso se constitua também em um processo de cons-
trução de saberes.
      Contudo, para que isso ocorra de forma inteligente, o professor necessita estar pre-
parado, para que possa incluir em seu planejamento diário a utilização de recursos tecno-
lógicos e não apenas dispor deles sem planejamento, sem objetivos previamente estabe-
lecidos.
      Faz-se necessária uma política de formação continuada para os educadores que,
também são alunos, quando o assunto é tecnologias aplicadas à educação. Com essa
proposta, os resultados com certeza serão cada vez mais positivos e todos têm a ganhar,
os professores, os alunos e principalmente, a sociedade como um todo.




REFERÊNCIAS
GARCEZ, L. H. do. C. A leitura da imagem. In: Salto para o Futuro - Integração das Tec-
  nologias na Educação. Brasília, 2005. p. 106-111.
MORAN, J. M. TV digital e integração com outras mídias In: Salto para o Futuro - Mídias
  Digitais. Boletim 23. Brasília, Nov 2007. p.12-17. ISSN 1982-0283.
___. O vídeo na sala de aula. Artigo publicado na revista Comunicação & Educação.
   São Paulo, ECA-Ed. Moderna. [2]: 27 a 35, jan./abr. 1995.
___. Formação para educadores. In: Salto para o Futuro – Educação digital e tecnologi-
   as da informação e da comunicação. Boletim 18. Brasília, Setembro/Outubro 2008, p.
   40-48. ISSN 1982-0283
KENSKI, V. As tecnologias invadem nosso cotidiano. In: Salto para o Futuro - Integração
  das Tecnologias na Educação. Brasília, 2005. p. 90-94.



                                                                                       13
PRADO, M. E. B. B. Integração de tecnologias com as mídias digitais. In: Salto para o
  Futuro: Integração de tecnologias, linguagens e representações. Boletim 05. Brasília,
  Maio 2005. p. 8-14.
TORNAGHI, A. Formação para educadores. In: Salto para o Futuro – Educação digital e
  tecnologias da informação e da comunicação. Boletim 18. Brasília, Setembro/Outubro
  2008, p. 16-24. ISSN 1982-0283
___. Uma rede que aprende e ensina: Uma rede chamada escola. In: Salto para o Futu-
   ro – Educação digital e tecnologias da informação e da comunicação. Boletim 18. Bra-
   sília, Setembro/Outubro 2008, p. 25-39. ISSN 1982-0283


Site: http://www.tvbrasil.org.br/saltoparaofuturo/



Autora: Maiane Bitencourt da Silva Seibert, maianeseibert@gmail.com

Orientador: Prof. Me. Luiz Antônio dos Santos Neto, l_asantos@brturbo.com.br




                                                                                    14
Anexos




         15
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

                     CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO À DISTÂNCIA EM TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E
                COMUNICAÇÃO APLICADAS A EDUCAÇÃO

Especializanda: Maiane Bitencourt da Silva Seibert
      Senhor(a) Professor(a)
      Solicitamos sua colaboração para responder o presente questionário. Os dados co-
letados servirão de subsídio para a elaboração do trabalho final do Curso de Especializa-
ção em Tecnologias da Informação e da Comunicação aplicadas à Educação. O objetivo
é verificar como os professores percebem a utilização de vídeos e filmes em sala de aula
e quais critérios utilizam na escolha dos vídeos e filmes.
      Salientamos que ao responder o questionário você estará autorizando a divulgação
e publicação de parte ou totalidade de suas respostas. No entanto, não serão divulgados
nomes nem contatos dos colaboradores.
      Destacamos a importância da sua colaboração e contamos com o seu pronto aten-
dimento.
      Muito Obrigada!


1) Qual sua formação?


2) O que você entende como: uso de tecnologias na educação?


3) No seu trabalho frente aos seus alunos você costuma fazer uso de tecnologias?


4) Você possui formação para o uso de recursos tecnológicos em sala de aula? Qual?


5) Como você percebe o uso de filmes e vídeos nas escolas?


6) Você costuma fazer uso de filmes e vídeos em sua sala de aula?


7) Como você seleciona (que critérios utiliza) os filmes e vídeos para serem trabalhados
em sua sala de aula?

8) Que vantagens e desvantagens você percebe em relação ao uso de tecnologias na
educação?

                                                                                           16
Questionário para os Alunos


1) Qual série/ano você está estudando?




2) A sua professora passa filme para sua turma?




3)Você gosta quando ela passa filme? Por quê?




4) Que tipo de filme ela passa para vocês assistirem?




5) Por que você acha que ela passa filme para a turma de vocês?




6) Você pode me dizer os nomes de alguns filmes que você viu na aula? Estes que você lembra e-
ram sobre o que?




                                                                                                 17

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  • 1. Universidade Federal de Santa Maria - UFSM Educação a Distância da UFSM - EAD Projeto Universidade Aberta do Brasil – UAB Especialização em Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação PÓLO: São João do Polêsine DISCIPLINA: Elaboração de Artigo Científico PROFESSOR ORIENTADOR: Luiz Antônio dos Santos Neto 26/11/2010 TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO: Utilizando Filmes e Vídeos na Sala de Aula TECHNOLOGY AND EDUCATION Using Films and Videos in the Classroom SEIBERT, Maiane Bitencourt da Silva. Graduada em Pedagogia - Universidade Federal de Santa Maria/RS RESUMO A introdução de tecnologias audiovisuais na vida cotidiana cresce de maneira bastante rápida em todas as esferas da sociedade. Na educação a utilização de recursos tecnológicos também au- menta, na medida em que cresce o contato dos alunos com tais instrumentos facilitadores da a- prendizagem desde cedo. Sendo assim, a proposta deste trabalho é verificar como os professores estão trabalhando com tecnologias aplicadas à educação, em específico com a utilização de fil- mes e vídeos em sala de aula; verificar como selecionam esses materiais, e se estão preparados para desenvolver atividades utilizando tais recursos. Também pretendemos verificar como os alu- nos estão sendo envolvidos por esse trabalho, como percebem e reagem frente ao uso desse recurso. Para tanto, foram aplicados questionários de ordem qualitativa para os professores e alu- nos. Assim, constatamos que a maioria dos educadores não possui formação adequada para em- pregar tecnologias no seu trabalho em sala de aula. Contudo, se esforçam para selecionar filmes e vídeos que correspondam aos conteúdos do programa da escola e aos interesses dos alunos, o que tem gerado resultados positivos no aprendizado dos mesmos. Alguns destes, os mais adian- tados, por sua vez, também percebem que há um propósito nesse trabalho. Palavras-chave: Educação, Tecnologias, Audiovisuais
  • 2. ABSTRACT The introduction of audiovisual technologies on the everyday life increases rapidly in all the spheres of society. In education, the use of technological resources also increases as grows the early students’ contact with tools that facilitates the learning. Therefore, this work aims to verify how the teachers are working with technologies applied to education, specifically to the use of movies and videos in the classroom, verify how these materials are selected, and if they are pre- pared to develop activities using these resources. We also intend to verify how the students are being involved in this work, how they realize and react to the use of this resource. To do so, it was applied qualitative questionnaires to the teachers and students. It was found that most of educators do not have appropriate training to employ technologies in their work in the classroom. However, they strive to select movies and videos that can match the subjects of the school program and the students’ interest, this have been generated positive results on their learn- ing. Some of them also realize that there is a purpose on this work. Key-words: Education, Technology, Audiovisual INTRODUÇÃO A utilização de tecnologias audiovisuais na vida diária cresce consideravelmente, pois facilita a realização de muitas de nossas tarefas. A televisão, presente em quase to- dos os lares brasileiros, ao mesmo tempo em que traz novas informações, nos proporcio- na lazer e entretenimento. Na educação, não poderia ser diferente, inclusive com o uso de mídias tecnológicas, como a televisão, que vem sendo utilizada nas escolas do Brasil desde os anos 50, sendo uma medida para suprir necessidades, como a falta de profes- sores. No entanto, atualmente, a utilização de audiovisuais em sala de aula se configura como uma nova perspectiva: atrair a atenção dos alunos motivados pelo crescente au- mento de tecnologias no cotidiano contribuindo com sua aprendizagem. Em todo o país, observa-se um notável aumento da utilização de tecnologias audio- visuais nas salas de aula das escolas, tanto públicas quanto privadas. Esse aumento vem ao encontro da necessidade de se modernizar a educação no país, tornando-a mais atraen- te para o aluno e aumentando sua eficácia e eficiência. E se deve, ainda por se tratar de uma tecnologia com baixo custo, facilitando o acesso pela maioria das escolas. Verifica-se então, que a utilização de filmes e vídeos em sala de aula faz parte deste novo rumo que a educação toma, contudo é preciso considerar que a utilização de recursos tecnológicos como a televisão, por exemplo, por si só não garantem a aprendizagem. As relações que se estabelecem com os recursos é que podem fazer a diferença, como nos explica Tornaghi (2008), quando diz que o que educa “não são os objetos em si, não são os 2
  • 3. elementos da rede per si, mas as relações que são criadas entre eles (...)”. Isto exige que o professor esteja preparado para extrair o que de melhor este recuso tem a oferecer. A partir desta realidade, a proposta deste trabalho, é discutir a relação existente entre educação e tecnologias audiovisuais, verificando como os professores dos anos iniciais do ensino fundamental fazem uso do recurso tecnológico televisão (filme e vídeo), e como os alunos destes mesmos anos percebem essa utilização em suas aulas. A metodologia utilizada para a coleta dos dados foi de ordem qualitativa, usando pa- ra isso instrumentos como questionários. A pesquisa ocorreu em duas escolas municipais de ensino fundamental, sendo que foram participantes 11 professores dos anos iniciais e 12 alunos. Dos professores colaboradores, 8 possuem formação de nível superior em Pe- dagogia e a grande maioria possui pós-graduação, em nível de especialização, na área da educação. Assumindo a hipótese de que as tecnologias audiovisuais podem colaborar com a aprendizagem, pois podem despertar um maior interesse pelas aulas por parte dos alu- nos, é importante que o professor esteja apto a planejar e utilizar adequadamente tais recursos em seu trabalho para que este possa ser realmente aprimorado causando o efei- to desejado nos estudantes. Dessa forma, a pesquisa também deseja saber se o professor está adequadamen- te preparado para o uso de Tecnologias da Informação e da Comunicação aplicadas à educação no seu trabalho pedagógico. TECNOLOGIAS AUDIOVISUAIS NA VIDA E NA SALA DE AULA Tecnologias fazem parte da vida de todas as pessoas, de umas mais, de outras menos, mas mesmo na vida das mais carentes, as tecnologias estão presentes de algu- ma forma. Segundo Moran (2008) “Tecnologias são todos os instrumentos que nos aju- dam a realizar o que precisamos”. Dentro do que chamamos de tecnologias, encontramos a televisão, o filme e o vídeo como instrumentos de diversão e aprendizado. Nossas crianças e jovens passam muito tempo assistindo televisão, filmes e vídeos, pois essa ação está diretamente ligada ao lazer e ao entretenimento. A imagem televisiva está presente no cotidiano das pessoas e invadiu também a prática pedagógica, uma vez que as mensagens transmitidas por esses recursos são influentes, requerendo que seus conteúdos sejam refletidos e trabalhados inclusive em sala de aula. Assim, entende-se que a escola deve estar preparada para trabalhar com essa tecnologia. Para Moran (1995) 3
  • 4. Vídeo, na cabeça dos alunos, significa descanso e não “aula”, o que modifica a postura, as expectativas em relação ao seu uso. Precisa- mos aproveitar essa expectativa positiva para atrair o aluno para os assuntos do nosso planejamento pedagógico. (MORAN, 1995, p.1) Entende-se então, que o trabalho com esses recursos na sala de aula não deve limi- tar-se apenas a uma simples ocupação de tempo com filme e vídeos, ou simplesmente fazer uma atividade diferente. Se não houver um bom planejamento, a ação pedagógica poderá ficar até prejudicada. Ainda segundo Moran (1995) “o vídeo ajuda a um bom professor, atrai os alunos, mas não modifica substancialmente a relação pedagógica”. Daí a necessidade da prática do educador estar aliada a uma qualificação adequada para o uso tecnologias apli- cadas à educação. A esse respeito Prado (2005) argumenta que (...) o professor que, confortavelmente, desenvolvia sua ação peda- gógica tal como havia sido preparado durante a sua vida acadêmica e em sua experiência em sala de aula, se vê frente a uma situação que implica novas aprendizagens e mudanças na prática pedagógica. (Prado, 2005, p. 8) A utilização de recursos tecnológicos como vídeos e filmes nas escolas é defendida por muitos estudiosos que verificam a necessidade de se trabalhar com outras formas de leitura e outras linguagens que permeiam a vida na atual sociedade, principalmente com as imagens que nos cercam diariamente. A esse respeito Garcez (2005) sinaliza que (...) a imagem está em nossa vida, faz parte de nosso dia-a-dia e ne- cessitamos dela como forma especial de compreensão e de conhe- cimento do mundo que nos cerca. Mas precisamos de uma educação para o convívio com a imagem (Garcez, 2005, p. 107) Kenski (2005) aponta para uma mídia televisiva cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, aproximando-se “(...) cada vez mais da realidade cotidiana”. Ainda segundo Kenski (2005) a mídia televisiva “Não é mais vista como uma tecnologia, mas como com- plemento, como companhia, como continuação do espaço de vida das pessoas.” Dessa forma, a utilização da televisão, de vídeos e filmes como recursos tecnológi- cos em sala de aula, assume singular importância em todas as esferas educacionais, des- de a educação infantil até (e principalmente) a formação continuada de professores. Para tanto, a necessidade de preparação por parte do educador é de fundamental im- portância, como já foi anteriormente mencionado. O significado e a importância da mídia tele- 4
  • 5. visiva na vida das pessoas, inclusive dos estudantes sinaliza para que não deixemos de lado esse recurso na educação, sob pena de estarmos perdendo em termos de aprendizagem. A questão que se coloca é como tirar proveito, como utilizar de maneira adequada tais recursos, uma vez que não é mais possível imaginar educação sem tecnologias. Há décadas a mídia invadiu a esfera educacional; pais e professores reclamam do seu poder e influência na formação dos filhos e comportamento dos alunos. Nesse sentido, Moran (2005) enfatiza que (...) nós, educadores costumamos contrapor a diferença de funções e da missão da televisão e da escola. A TV somente entretém enquanto que a escola educa. Justamente porque a televisão não diz que edu- ca o faz de forma mais competente. (...)(Moran, 2005, p. 97) Diante disto, nos preocupamos também em saber quais critérios são utilizados por professores ao selecionarem os filmes e vídeos para trabalharem frente aos alunos, pois a escolha bem planejada poderá gerar resultados positivos no aprendizado dos educandos. É observável que muitos educadores, ao tentarem incorporar tecnologias audiovi- suais na suas salas de aula, acabam agregando atividades tradicionais de suas práticas escolares com a utilização de recursos tecnológicos. A esse respeito Prado (2005) argu- menta que São procedimentos que revelam intenções e tentativas de integração de mídias na prática pedagógica. Revelam, também, um processo de transição entre a prática tradicional e as novas possibilidades de re- construções. No entanto, neste processo de transição, pode ocorrer muito mais uma justaposição (ação ou efeito de justapor = pôr junto, aproximar) das mídias na prática pedagógica do que a integração. (Prado, 2005, p. 8) No entanto, nem toda prática que inclui a utilização de filmes e vídeos nas escolas é vá- lida. Moran (1995) descreve cinco formas de uso inadequado do vídeo em sala de aula: Vídeo-tapa buraco: colocar vídeo quando há um problema inespera- do, como ausência do professor. Usar este expediente eventualmente pode ser útil, mas se for feito com freqüência, desvaloriza o uso do ví- deo e o associa –na cabeça do aluno- a não ter aula. Vídeo-enrolação: exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria. O aluno percebe que o vídeo é usado como forma de camuflar a aula. Pode concordar na hora, mas discorda do seu mau uso. Vídeo-deslumbramento: O professor que acaba de descobrir o uso do vídeo costuma empolgar-se e passa vídeo em todas as aulas, esque- 5
  • 6. cendo outras dinâmicas mais pertinentes. O uso exagerado do vídeo diminui a sua eficácia e empobrece as aulas. Vídeo-perfeição: Existem professores que questionam todos os vídeos possíveis porque possuem defeitos de informação e estéticos. Os vídeos que apresentam conceitos problemáticos podem ser usados para desco- bri-los, junto com os alunos e questioná-los. Só vídeo: não é satisfatório didaticamente exibir o vídeo sem discuti- lo, sem integrá-lo com o assunto da aula, sem voltar e mostrar alguns momentos mais importantes. (Moran, 1995, p. 3) Percebe-se que utilizar estes recursos sem uma preparação adequada pode sim- plesmente não contribuir em nada na aprendizagem dos educandos, bem como prejudicar, provocando uma diminuição do interesse dos alunos diante da aula. Nesse sentido, Moran (2008) aponta para os desafios encontrados pelos professores de hoje e salienta que “O professor não precisa repetir o que já está nos livros, nos vídeos, mas ser um orientador de processos significativos de aprendizagem (...)”. Ainda segundo Moran (2008) “O professor precisa hoje adquirir a competência da gestão dos tempos à distância combinados com o presencial.” Para tanto, a formação continuada dos educadores para o uso de recursos tecnológicos (filmes e vídeos) em sala de aula passa ser fator decisivo para garantir o bom aprendizado dos estudantes. IMPLICAÇÕES PRÁTICAS A aplicação dos questionários permitiu a análise das respostas dos educadores e dos educandos. Através das respostas foi possível verificar o que os professores enten- dem por uso de tecnologias na educação; suas vantagens e desvantagens; os critérios que usam para escolher os filmes que utilizam em seu trabalho frente aos alunos, e tam- bém se têm formação para trabalhar com esse elemento. Foi possível também verificar o esforço dos professores no intuito de utilizar as tec- nologias, em especial filmes da melhor maneira possível para garantir a melhora da apren- dizagem dos alunos. Com relação aos alunos, também foi possível fazer uma análise de como estes percebem a utilização de filmes e vídeos pelos professores. Para realizar a pesquisa, as duas escolas participantes foram procuradas pessoal- mente pelo sujeito pesquisador, os questionários foram levados impressos e aplicados um a um para os alunos. Aos professores possibilitou-se levar os questionários para casa e trazer em outro momento previamente combinado. Intencionou-se realizar a pesquisa em mais escolas, contudo, as outras escolas procuradas negaram-se a participar. As questões utilizadas nos questionário encontram-se em anexo. 6
  • 7. Dados coletados dos professores Ao serem questionados sobre o que entendem como o uso de tecnologias na edu- cação, cerca de 6 professores responderam que faz parte da utilização de recursos tecno- lógicos na educação o uso da televisão, de filmes e de vídeos em sala de aula. Respostas que evidenciam a facilitação da aprendizagem e propiciam um maior interesse por parte dos alunos também foram encontradas, como nas seguintes colocações: “É o uso de recursos tecnológicos na escola para facilitar a a- prendizagem: computador, Internet, câmera digital, até o tele- fone celular, TV, vídeo, jornais, revista, xerox”. “Recursos que utilizamos para desenvolver melhor um assunto, pois o uso de vídeos na sala de aula atrai mais atenção e pro- voca maior interesse por parte dos alunos”. Outra questão importante que os professores responderam foi com relação aos cri- térios que fazem com que escolham um filme ou vídeo para trabalhar com sua turma. Pa- ra esta pergunta, 7 respondentes colocaram que procuram um filme ou vídeo que esteja em acordo com os conteúdos que estão sendo desenvolvidos e de acordo com a idade e interesse dos alunos, como é possível perceber nas respostas abaixo: “De acordo com os conteúdos trabalhados em sala de aula e o interesse dos alunos”. “Procuro observar qual a linguagem, a qualidade do vídeo, a adequação a idade dos alunos, a relação com o conteúdo e o objetivo do mesmo”. “De acordo com a idade dos alunos, do interesse e do conteú- do. (...)”. Após a análise das respostas acima se percebe que os professores esforçam-se para utilizar o recurso tecnológico vídeo e filme de maneira adequada aos conteúdos e ao interesse dos estudantes, fator que contribui consideravelmente para um resultado positi- vo na aprendizagem dos alunos. Podemos entender essa forma de trabalho com filmes e vídeos, dos professores colaboradores de duas formas, segundo Moran (1995) Vídeo como SENSIBILIZAÇÃO É, do meu ponto de vista, o uso mais importante na escola. Um bom vídeo é interessantíssimo para introduzir um novo assunto, para des- 7
  • 8. pertar a curiosidade, a motivação para novos temas. Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar o assunto do vídeo e da matéria. Vídeo como CONTEÚDO DE ENSINO Vídeo que mostra determinado assunto, de forma direta ou indireta. De forma direta, quando informa sobre um tema específico orientando a sua interpretação. De forma indireta, quando mostra um tema, per- mitindo abordagens múltiplas, interdisciplinares. (Moran, 1995, p. 3) Vemos que as respostas fornecidas pelos professores colaboradores revelam a uti- lização de tecnologias como filmes e vídeos em sala de aula, de maneira bastante próxi- ma ao referido por Moran. As respostas sinalizam para o empenho e o esforço dos edu- cadores para trabalhar de maneira satisfatória utilizando filmes e vídeos. Percebemos que os professores participantes consideram-se sem formação ade- quada para trabalhar com TIC aplicadas à educação quando responderam à questão: Vo- cê possui formação para o uso de recursos tecnológicos em sala de aula? Qual? A gran- de maioria dos professores colaboradores respondeu que não possui formação para reali- zar atividades em sala de aula ligadas às novas tecnologias, e isso os impede, muitas vezes, de utilizar tais recursos, por medo de errar, como é possível perceber através da seguinte colocação: “Não e justamente por não ter esta formação é que não correria o risco de inovar, de integrar esses novos recursos tecnológi- cos à sala de aula”. O despreparo dos professores se verifica com o gráfico abaixo, representativo da capacitação dos professores participantes para o uso de TIC em sala de aula. 8
  • 9. 8 1- 6 4 2 0 1- Número de professores: Sem formação Com formação GRÁFICO: Professores x Capacitação para o uso de TIC's Observa-se no gráfico acima, que a maioria dos professores participantes alega não ter formação adequada para trabalhar fazendo uso de tecnologias no seu fazer pedagógi- co, o que gera, muitas vezes, a recorrência apenas ao quadro negro e ao giz. Aos professores, também se levou a questão das vantagens e desvantagens da uti- lização de tecnologias na educação. Destacamos algumas respostas significativas a esse respeito: “É um grande desafio a ser vencido conseguir dominar essa tecnologia ou segurança para usá-la cada vez mais. Como van- tagens: os alunos e os professores estarão continuamente a- prendendo pois usarão essa ferramenta (Internet) mesmo à distância, estarão interligados e conectados por mais tempo. Inserir atividades ON-LINE. Gravar e filmar atividades, mudar as dinâmicas das aulas e do aprendizado. Como desvanta- gens: fica mais fácil para o aluno o VER e OUVIR e assim ele lê (livros e revistas) e escreve cada vez menos. Quem sabe: A substituição do professor pela máquina?.” “As vantagens são muitas, pois são recursos que chamam mais atenção dos alunos e quase que raramente se recusam a realizar uma atividade que venha acompanhada deles. Desvan- tagens acontecem quando algum computador estraga, ou “tranca”; quando falta luz e temos todo o planejamento depen- dendo desse recurso.” “As vantagens é que as novas tecnologias hoje fazem parte do nosso dia-a-dia. Os meios de comunicação estão aí e os nos- sos alunos por mais carentes que sejam tem acesso a eles. A desvantagem é que essas mudanças ocorrem tão rapidamente que tanto nós professores quanto os alunos estamos desprepa- rados”. 9
  • 10. “Se não virar rotina, apenas para matar o tempo, é uma ótima ferramenta para o professor, auxilia na aprendizagem, além de ser um recurso atual”. As respostas acima citadas revelam que os professores identificam vantagens e des- vantagens referentes a utilização de recursos tecnológicos em sala de aula, mas também sugerem a falta de preparação dos professores para realizar um trabalho eficaz e eficiente perante seus alunos utilizando as tecnologias como meio de promover a aprendizagem. Nesse sentido, o educador precisa entender, conforme destaca Tornaghi (2008) que Não somos mais quem traz informação para nossos estudantes, os meios de informação fazem isso de forma muito mais ágil e completa. Mas nem sempre a informação é correta ou, mesmo quando correta nos chega de forma que nos seja útil. Nosso novo papel é o de junto com nossos alunos aprender a anali- sar essas informações, selecionar as que podem ser úteis ao nosso trabalho e produzir conhecimento localmente. É o de aprender a transformar informação em conhecimento. (Tornaghi, 2008, p. 23) A falta de preparo colocado por alguns colaboradores revela o receio de inovar, o receio da rotina, mas principalmente, a incerteza de como o aluno vai perceber e reagir a esse recurso no seu aprendizado. A partir do empenho em identificar filmes e vídeos que estejam mais adequados ou não ao conteúdo e ao interesse e idades dos alunos, o uso deste recurso vai concorrer para a melhora gradativa da aprendizagem de todos, profes- sores e educandos. Dados coletados dos alunos Os 12 alunos que participaram da pesquisa são todos estudantes dos anos iniciais (segundo ao quinto ano do ensino fundamental). A eles foram feitas várias perguntas de ordem qualitativa que procuraram desvendar como os alunos percebem e reagem diante da utilização de filmes e vídeos na escola. Uma das questões colocadas foi a seguinte: Você gosta quando ela (a professora) passa filme? Por quê? A grande maioria respondeu que sim, como podemos observar nas colocações abaixo: “Por que é muito divertido”. “Por que é muito legal”. “Sim por que nós aprendemos mais coisas” 10
  • 11. “Sim, porque eles passam uma mensagem educativa”. “Sim, porque eu adoro aprender coisas novas!”. Verifica-se que as respostas dadas pelos educandos acerca da pergunta se gostam de assistir filmes demonstra que realmente a utilização desse recurso cativa o aluno e aumenta seu interesse na aula. Contudo, alguns alunos não sabem o porquê de sua professora trabalhar filmes na turma deles. Isso fica evidente nas seguintes colocações a respeito da pergunta: Por quê você acha que ela passa filme para a turma de vocês? “Por que a gente é criança”. “Pra não incomodar”. ”Para nos divertir um pouco”. “Para ver quando não tem nada para fazer”. Embora haja bastante empenho, por parte dos professores para a boa utilização dos filmes em sala de aula, como a preocupação em relacionar com os conteúdos desen- volvidos na aula, as respostas acima expostas sinalizam para falta de compreensão des- sa relação por parte dos alunos. Isso nos remete, mais uma vez, à fala de Moran, quando diz que os alunos entendem o vídeo, como não ter aula. No entanto, alguns alunos já percebem e identificam a relação dos filmes com o a- prender algo mais nas aulas, conforme revelam as seguintes respostas dadas por alguns alunos para a mesma questão: “Pra gente fazer alguma coisa”. “Para nós aprender mais”. “Para a gente aprender. Quando precisamos fazer trabalhos”. “Para complementar a nossa educação”. “Por que é pra gente fazer trabalhos e conhecer as coisas do mundo”. Tais respostas apontam para um reconhecimento, por parte dos alunos, sobre o papel desempenhado pelos recursos tecnológicos filmes e vídeos. Esse reconhecimento vai ao encontro dos esforços realizados pelos professores, que mesmo sem capacitação adequada para o trabalho com tecnologias, como foi possível verificar nos questionários 11
  • 12. respondidos, promovem a inserção dos filmes e vídeos em sala de aula, procurando a melhor adequação em relação ao que se está sendo trabalhando no momento. Aos alunos também foi questionado se eles lembravam de alguns filmes ou vídeos que assistiram na escola. Alguns deles responderam positivamente, inclusive relatando so- bre o que era o filme, como podemos observar nos fragmentos abaixo: “Era sobre ciências, português... ensino religioso e comporta- mento”. “Caroline e o mundo mágico, era sobre acreditar em si mesmo (...)”. “(...) de onde vem o papel que vem da árvore (...)”. “Alvin e os Esquilos: falava de animais e de ter amigos”. As respostas citadas acima expressam que estes alunos já começaram a perceber os temas centrais dos filmes, identificando neles o motivo pelo qual os professores estão passando determinado filme para a turma. Esse movimento reflete, além da compreensão por parte dos alunos, que o empe- nho dos professores tem gerado bons resultados nos estucandos, pois o educador tem conseguido atingir seu objetivo de melhorar a aprendizagem dos alunos, uma vez que com a utilização de recursos tecnológicos como filmes e vídeos, o professor consegue envolver seu aluno de maneira mais profunda. O aluno, por sua vez, retém melhor o conteúdo quando este vem acompanhado de imagens, sons, movimentos, como o que se apresenta quando trabalhamos utilizando filmes e vídeos. CONCLUSÃO Percebemos as facilidades que as tecnologias trazem para a nossa vida não são, de modo algum, dispensáveis. Em casa, na rua, no parque, no shopping, em todas as esferas da sociedade as tecnologias como computador, Internet, telefone celular, câmera digital, filmes, vídeos, e muitas outras estão cada vez mais presentes. Nas escolas, os recursos tecnológicos também se fazem presentes e necessitam serem trabalhados de maneira a contribuir com a aprendizagem dos educandos, e isso mostra-nos o incremento do aprendizado, o que se revelou na opinião dos professores e dos alunos. 12
  • 13. A pesquisa realizada aponta para uma carência de preparo dos profissionais da e- ducação, pois indica que a maioria dos professores participantes não possui formação para o uso de TIC aplicadas à educação no seu trabalho frente aos alunos. A formação adequada poderia viabilizar a utilização dos recursos tecnológicos já disponíveis nas es- colas, transformando o trabalho educativo. Segundo Prado (2005), “o fato de utilizar diferentes mídias na prática escolar nem sempre significa integração entre as mídias e a atividade pedagógica”. Compreende-se então, que é preciso mais do que ter e saber utilizar as tecnologias. Não basta a escola dispor de televisão e DVD ou vídeo, é preciso entender e então realmente integrar as tec- nologias na educação a fim de que isso se constitua também em um processo de cons- trução de saberes. Contudo, para que isso ocorra de forma inteligente, o professor necessita estar pre- parado, para que possa incluir em seu planejamento diário a utilização de recursos tecno- lógicos e não apenas dispor deles sem planejamento, sem objetivos previamente estabe- lecidos. Faz-se necessária uma política de formação continuada para os educadores que, também são alunos, quando o assunto é tecnologias aplicadas à educação. Com essa proposta, os resultados com certeza serão cada vez mais positivos e todos têm a ganhar, os professores, os alunos e principalmente, a sociedade como um todo. REFERÊNCIAS GARCEZ, L. H. do. C. A leitura da imagem. In: Salto para o Futuro - Integração das Tec- nologias na Educação. Brasília, 2005. p. 106-111. MORAN, J. M. TV digital e integração com outras mídias In: Salto para o Futuro - Mídias Digitais. Boletim 23. Brasília, Nov 2007. p.12-17. ISSN 1982-0283. ___. O vídeo na sala de aula. Artigo publicado na revista Comunicação & Educação. São Paulo, ECA-Ed. Moderna. [2]: 27 a 35, jan./abr. 1995. ___. Formação para educadores. In: Salto para o Futuro – Educação digital e tecnologi- as da informação e da comunicação. Boletim 18. Brasília, Setembro/Outubro 2008, p. 40-48. ISSN 1982-0283 KENSKI, V. As tecnologias invadem nosso cotidiano. In: Salto para o Futuro - Integração das Tecnologias na Educação. Brasília, 2005. p. 90-94. 13
  • 14. PRADO, M. E. B. B. Integração de tecnologias com as mídias digitais. In: Salto para o Futuro: Integração de tecnologias, linguagens e representações. Boletim 05. Brasília, Maio 2005. p. 8-14. TORNAGHI, A. Formação para educadores. In: Salto para o Futuro – Educação digital e tecnologias da informação e da comunicação. Boletim 18. Brasília, Setembro/Outubro 2008, p. 16-24. ISSN 1982-0283 ___. Uma rede que aprende e ensina: Uma rede chamada escola. In: Salto para o Futu- ro – Educação digital e tecnologias da informação e da comunicação. Boletim 18. Bra- sília, Setembro/Outubro 2008, p. 25-39. ISSN 1982-0283 Site: http://www.tvbrasil.org.br/saltoparaofuturo/ Autora: Maiane Bitencourt da Silva Seibert, maianeseibert@gmail.com Orientador: Prof. Me. Luiz Antônio dos Santos Neto, l_asantos@brturbo.com.br 14
  • 15. Anexos 15
  • 16. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO À DISTÂNCIA EM TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO APLICADAS A EDUCAÇÃO Especializanda: Maiane Bitencourt da Silva Seibert Senhor(a) Professor(a) Solicitamos sua colaboração para responder o presente questionário. Os dados co- letados servirão de subsídio para a elaboração do trabalho final do Curso de Especializa- ção em Tecnologias da Informação e da Comunicação aplicadas à Educação. O objetivo é verificar como os professores percebem a utilização de vídeos e filmes em sala de aula e quais critérios utilizam na escolha dos vídeos e filmes. Salientamos que ao responder o questionário você estará autorizando a divulgação e publicação de parte ou totalidade de suas respostas. No entanto, não serão divulgados nomes nem contatos dos colaboradores. Destacamos a importância da sua colaboração e contamos com o seu pronto aten- dimento. Muito Obrigada! 1) Qual sua formação? 2) O que você entende como: uso de tecnologias na educação? 3) No seu trabalho frente aos seus alunos você costuma fazer uso de tecnologias? 4) Você possui formação para o uso de recursos tecnológicos em sala de aula? Qual? 5) Como você percebe o uso de filmes e vídeos nas escolas? 6) Você costuma fazer uso de filmes e vídeos em sua sala de aula? 7) Como você seleciona (que critérios utiliza) os filmes e vídeos para serem trabalhados em sua sala de aula? 8) Que vantagens e desvantagens você percebe em relação ao uso de tecnologias na educação? 16
  • 17. Questionário para os Alunos 1) Qual série/ano você está estudando? 2) A sua professora passa filme para sua turma? 3)Você gosta quando ela passa filme? Por quê? 4) Que tipo de filme ela passa para vocês assistirem? 5) Por que você acha que ela passa filme para a turma de vocês? 6) Você pode me dizer os nomes de alguns filmes que você viu na aula? Estes que você lembra e- ram sobre o que? 17