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Evidência, Araxá, v. 8, n. 8, p. 157-164, 2012
Práticas de leitura na sala de aula
Juliana de Oliveira Corrêa1
Resumo: Esse estudo bibliográfico tem como objetivo discutir as estratégias de leitura nas
Escolas do Ensino Fundamental. O poder público percebeu a necessidade de desenvolver
ações para intensificar a leitura no meio escolar, pois só assim, as Escolas vão melhorar a
qualidade do Ensino. É fundamental investir no material humano, pois o aluno só aprende
a ler, se tiver um professor que saiba ler, que lhe sirva como modelo. O texto apresenta
conceitos e opiniões relativos à leitura como Freire (1993, p.29), que pontua a leitura
como uma “operação inteligente, difícil, exigente e gratificante”; Solé (2008, p.22), que
define a leitura como “ um processo de interação entre o leitor e o texto”; Ausebel (apud
SOLÉ, 2008, p.45) que vê a leitura como “o ato de ler, o leitor deve ler para aprender,
gerando uma aprendizagem significativa e implica em atribuir significado ao conteúdo em
questão”. Essa aprendizagem enleia habilidades de compreensão, leitura, decodificação,
procedimentos, estratégias cognitivas que nos levam a entender o conteúdo do texto. Ain-
da apresenta algumas estratégias que o leitor deve utilizar para ajudá-lo na compreensão
do texto.
Palavras chave: leitura, conhecimento, estratégias.
1.Introdução
O investimento na prática de leitura tem se intensificado nos últimos
anos no meio escolar. O poder público percebeu que sem o incentivo à leitura,
não há desenvolvimento adequado da compreensão, interpretação e produção de
textos. Algumas ações capitaneadas fazem parte desse investimento, como proje-
tos, programas, atividades e eventos implementados pelo governo federal e com
a participação da sociedade, cujo objetivo é levar a leitura para o dia- a- dia do
brasileiro (LINARDI, 2008).
O incentivo à leitura visa melhorar a qualidade de Ensino nas Escolas.
Mas é fundamental que essas políticas de incentivo à leitura, venham “investir em
material humano, com a formação de mediadores de ler, professores e bibliote-
cários capazes de semear o prazer de leitura por todo o país” (LINARDI, 2008,
p.8). O aluno só aprende a ler, se tiver um professor que saiba ler, que lhe sirva
como modelo, que leia para ele. O momento de leitura é um momento de fruição,
de prazer.
1
Pedagoga, Mestre em Educação pela Universidade Católica de Brasília. É supervisora da Escola
Municipal Professor Nelson Gomes (Araxá-MG) e atualmente, exerce o cargo de Diretora da mesma
escola. Trabalha no Centro Universitário do Planalto de Araxá.
158
Evidência, Araxá, v. 8, n. 8, p. 157-164, 2012
2. O que é Leitura?
Leitura, para Solé (2008, p.22) “é um processo de interação entre o leitor
e o texto”. É um momento único em que o leitor deve examinar detalhadamente
o texto, identificando as ideias principais, a mensagem que o autor quer passar.
Nesse processo, “não quer dizer que o significado que o escrito tem para
o leitor não é uma réplica do significado que o autor quis lhe dar, mas uma cons-
trução que envolve o texto, os conhecimentos prévios do leitor que o aborda e
seus objetivos.” (SOLÉ, 1998, p.22).
Esse significado vai sendo construído paulatinamente, por meio do con-
tato com o texto, da leitura e da compreensão de quem lê o texto.
Para Stefani (1997, p.17), a leitura é uma arte. Existe a “arte de ler e a
arte de escrever, as quais abrigam entre si as mesmas questões que todo processo
criativo e artístico enfrenta”. A autora ainda comenta acerca da utilização de uma
estrutura sustentada por três apoios, por três palavras chaves:
produzir
contextualizar apreciar
‡ apreciar: enxerga as oportunidades do aluno ler e apreciar obras de
arte de diferentes linguagens.
‡ produzir: a expressão de cada indivíduo se manifesta em produções
próprias.
‡ contextualizar: possibilita a contextualização das obras, tendo acesso
à vida e obra de artistas.
O trabalho que se preocupa com esses três momentos, denomina-se lei-
tura criativa. (STEFANI, 1997). Nesse tipo de leitura, o aluno desenvolve sua
autonomia, torna-se livre para expressar seus sentimentos, participando de forma
interina na construção do seu conhecimento.
A leitura ativa, como afirma Stefani (1997) tem boa repercussão entre os
alunos, pois os envolve de corpo e alma. Eles encontram diferentes oportunidades
de expressão, fechando o triângulo e criando um espiral, em que o estágio seguin-
te é mais amplo que o anterior.
Freire (1993, p.29) pontua a leitura como uma “operação inteligente, di-
fícil, exigente e gratificante”. Por isso a leitura é considerada um “estado de arte”.
159
Evidência, Araxá, v. 8, n. 8, p. 157-164, 2012
Por meio dela, o homem consegue entender o mundo das palavras.
A leitura de verdade é aquela na qual nós mesmos mandamos: relendo,
parando para saboreá-la ou para refletir sobre ela, pulando parágrafos[...] uma
leitura íntima e individual. (SOLÉ, 2008).
No ato de ler, o leitor deve ler para aprender, gerando uma aprendizagem
significativa, que para Ausubel (apud SOLÉ, 2008, p.45), “implica em atribuir
significado ao conteúdo em questão”.
Essa aprendizagem enleia habilidades de compreensão, leitura, decodifi-
cação, procedimentos, estratégias cognitivas que nos levam a entender o conteúdo
do texto.
Solé (2008) faz duas afirmações em relação ao procedimento de leitura:
a) O leitor que compreende o que lê, está aprendendo, pois a leitura nos
aproxima de múltiplas culturas.
b) Inúmeras vezes lemos com uma finalidade clara de aprender. E quando
isso acontece, utilizamos uma série de estratégias de leitura.
1.1 Estratégias de Leitura
A leitura é uma prática social proveniente de atitudes, hábitos, que deve-
riam ser iniciados no meio familiar ou em outros meios em que a escrita circunda.
Para o Ministério da Educação (2008, p.39), a “leitura se insere num con-
texto social e envolve disposições atitudinais, capacidades à decifração do código
escrito e capacidades relativas à compreensão, à produção de sentido”.
O Ministério da Educação (MEC, 2007) apresenta algumas capacidades2
essenciais à compreensão dos textos lidos:
a) Desenvolver atitudes e disposições favoráveis à leitura: após a leitura,
o leitor determina suas escolhas, servindo de contraponto para outras
leituras. O adulto deve ser seu modelo de leitura.
b) Desenvolver capacidades de decifração:
‡ Saber decodificar palavras: identificar relações entre grafemas e
fonemas.
‡ Saber ler reconhecendo globalmente as palavras: favorece uma lei-
tura rápida e permite que o leitor não se detenha em fragmentos
como “sons” e nomes de letras.
c) Desenvolver fluência em leitura.
‡ Compreende textos:
‡ Identificar finalidades e funções da leitura em função do reconheci-
mento do suporte, do gênero e da contextualização do texto – pro-
porcionar a familiaridade com gêneros textuais diversos.
2
O termo capacidades está associado aos “conhecimentos e atitudes”.
160
Evidência, Araxá, v. 8, n. 8, p. 157-164, 2012
‡ Antecipar conteúdos de textos: antecipação de conteúdo com ela-
boração de hipóteses.
‡ Levantar e confirmar hipóteses do texto: prever o que o texto vai
dizer e verificar se as previsões se confirmam.
‡ Buscar pistas textuais, intertextuais para ler nas entrelinhas – bus-
car pistas auxiliares para fazer uma leitura expressiva e completa
do texto.
‡ Compreensão global do texto: produzir uma visão global do texto,
identificando o assunto.
Para ajudar na consolidação dessas capacidades propostas pelo MEC, Solé
(2008) sugere estratégias de leitura, as quais define como procedimentos que
o leitor deve utilizar para ajudá-lo na compreensão do texto. Muitas vezes, os
leitores experientes utilizam as estratégias de forma inconsciente, pois o processa-
mento da informação escrita se dá de forma automática (piloto automático). Mas
quando o leitor encontra alguma palavra ou frase incompreensível, o estado de
‘piloto automático’ é abandonado. Neste momento, entramos em estado estraté-
gico. Estamos conscientes daquilo que queremos, buscando novas estratégias de
leitura. Buscamos recursos para aprender a aprender.
A mesma autora ainda afirma que o professor tem a função de guia, prin-
cipalmente porque exerce o papel de mediador na construção do conhecimento.
Este é um processo de construção conjunta, denominado por Rogoff (1984, apud
SOLÉ, 2008, p.75) como participação guiada. Existe uma semelhança entre a
participação guiada e o processo de “andaimes” descrito por Bruner.
Para Bruner (apud LINS, 2003, p.79) “ o aprendiz através de etapas apro-
priadas de aprendizagem funciona como uma espécie de ‘scaffold’ (andaime), que
eleva o conhecimento do aprendiz do nível desenvolvimento real até o nível de
desenvolvimento potencial.
Solé (2008, p.76), explica a metáfora do andaime, afirmando que a sua
localização está um pouco “acima do edifício que contribuem para construir os
desafios do ensino, devem estar um pouco além do que a criança é capaz de fazer.
Após a construção, o andaime é retirado sem a queda do edifício”. Dessa forma,
na medida em que o aluno for adquirindo a competência necessária para controlar
a sua própria aprendizagem, garantindo a sua autonomia, o professor retira os
“andaimes”.
Vygostky (apud ANTUNES, 2001, p.28) aborda os andaimes como
ZDP (Zona de Desenvolvimento Proximal), que pode ser definida “como a dis-
tância entre o nível de resolução de uma tarefa que uma pessoa pode alcançar com
a ajuda de outra pessoa (pai, professor, colega, etc.) mais experiente nessa tarefa.”
O ZDP ajuda o aluno desenvolver outras maneiras de pensar, ou de bus-
car novas estratégias que irão colaborar na construção do seu conhecimento.
As estratégias propostas por Solé (2008) vêm auxiliar o aluno no desen-
volvimento de suas habilidades para o processo da leitura. Ela propõe, primeira-
161
Evidência, Araxá, v. 8, n. 8, p. 157-164, 2012
mente, que o professor incentive o aluno, desafiando-o com leituras desconheci-
das, prática de leitura fragmentada, lendo duas páginas por dia.
A segunda proposta da autora é traçar objetivos de leitura. O leitor preci-
sa saber os motivos que o levaram a ler aquele determinado texto. Os bons leitores
não leem qualquer texto da mesma maneira, pois cada leitura vai depender do seu
objetivo. Haverá inúmeros objetivos em diferentes situações e momentos. Dentre
eles, destacam-se alguns, segundo Solé (2008):
Ler para:
a) Obter uma informação precisa;
b) Seguir instruções;
c) Obter uma informação de caráter geral;
d) Aprender;
e) Para revisar um escrito próprio.
f) Por prazer;
g) Comunicar um texto a um auditório;
h) Praticar a leitura em voz alta;
i) Verificar o que se compreendeu.
Assim, os alunos terão contato com a linguagem escrita, por meio de
variados textos que lhes oportunizem o gosto e o prazer de ler; precisam ser
estimulados desde as séries iniciais. O professor deve ser o principal agente incen-
tivador do contato dos alunos com o livro.
Conforme a pesquisa realizada na rede municipal de Araxá (2009), os
alunos do Ensino Fundamental, anos iniciais, leem mais que os alunos do Funda-
mental II, ou seja, quanto mais alto o nível de escolaridade dos alunos, menor o
hábito de leitura, conforme indica a tabela I.
Quantidade de livros lidos
por indicação da escola
REDE
Ensino fundamental I Ensino Fundamental II
Até 4 16% 30%
De 5 a 9 21% 36%
Mais de 10 63% 34%
Tabela 1 – Livros lidos pelos alunos da rede pública de Araxá.
Fonte: INADE, 2009, p.40.
Analisando a tabela, observa-se que 63% dos alunos do Fundamental
I já leram mais de 10 livros, enquanto aqueles que cursam o Fundamental II,
leram apenas 34 %. Isso mostra a preocupação dos professores das séries iniciais
em despertar nos alunos o gosto pela leitura, proporcionando-lhes um ambiente
diferenciado, acolhedor, disponibilizando livros e momentos para essa atividade.
162
Evidência, Araxá, v. 8, n. 8, p. 157-164, 2012
A terceira proposta indicada por Solé (2008) é ativar o conhecimento
prévio (O que eu sei sobre este texto?). Se o leitor possuir conhecimento sobre o
assunto, terá muitas possibilidades de atribuir-lhe significado. A seguir, algumas
orientações que podem auxiliar o aluno a atualizar o conhecimento prévio:
a) Explicar o que será lido, indicando a temática aos alunos para relacio-
ná-la a aspectos da sua experiência prévia.
b) Estimular os alunos a prestarem atenção a determinados aspectos do
texto que podem ativar seu conhecimento prévio, como ilustrações,
títulos, subtítulos, enumerações, sublinhados, palavras chaves.
c) Incentivar os alunos a exporem o que já sabem sobre o tema. Deixar os
alunos falarem, reconduzir as informações e centrá-las no tema discutido.
A quarta proposta de Solé é estabelecer previsões sobre o que sucede no
texto. Segundo o Ministério da Educação (2008), “antes de começar a leitura
são produtivos alguns procedimentos ligados à antecipação de conteúdos, como e
elaboração de hipóteses (Este texto trata de que assunto? É uma história? É uma
notícia? É triste? É engraçado?).
Dessa forma, o aluno irá refletir a respeito do texto e sua curiosidade será
aguçada. Por outro lado, é importante fazer previsões e exigir que a criança corra
riscos. “É preciso ter certeza de que isso é possível, ou seja, que ninguém vai ser
sancionado por ter se aventurado,” por ter se arriscado. (SOLÉ, 2008, p.108).
Até o leitor iniciante pode tentar adivinhar o que o texto diz, através da
suposição de alguma coisa que está escrita, pelo conhecimento do seu suporte,
pelo título e ilustrações. (MEC, 2008).
Esta prática deve estar presente desde o início da trajetória escolar, prin-
cipalmente quando o professor lê em voz alta para as crianças, até a conclusão do
Ensino Fundamental.
A quinta e última proposta de Solé (2008) é promover perguntas dos
alunos a respeito do texto. Esta estratégia opera durante toda a leitura e auxilia o
aluno a melhorar a velocidade do processamento do texto, a “ler em compreensão,
com envolvimento, prevendo o que o texto vai dizer e verificando se as previsões
se confirmam ou não” (MEC, 2008, p.45).
Considerações Finais
Desde a mais tenra idade, as pessoas são desafiadas a ler o mundo. Tanto o mun-
do que as rodeia, quanto o que existe além do seu próprio entorno (IRELAND, 2007).
A família, e posteriormente o professor, exercem um papel fundamental
neste processo. Ao professor, cabe tornar o “hábito de leitura uma prática praze-
rosa no dia- a -dia da criança” (CARVALHO; MENDONÇA, 2006, p. 180). É
um desafio guiar a criança para tornar-se um leitor ativo.
Este estudo ajudará o professor a refletir e buscar procedimentos dife-
renciados para exercer o papel de guia, construir andaimes, auxiliar o aluno a
adquirir hábitos de leitura e de aprender a aprender.
163
Evidência, Araxá, v. 8, n. 8, p. 157-164, 2012
Referências:
ANTUNES, Celso. Vygotsky, quem diria?! Em minha sala de aula. 2.ed. Petrópolis, Vo-
zes, 2002.
CARVALHO, Antonio Sergio Lins de. Transferindo conhecimento Tácito: uma aborda-
gem construtivista. Rio de Janeiro: e-papers, 2003. 126 p.
CARVALHO, Maria Angelica Freire de; MENDONÇA, Rosa Helena (org.). Práticas de
Leitura e Escrita. Brasília: Mec, 2006. 180 p.
FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Loyola,
1993. 127 p.
INADE. Boletim da Escola. Araxá, 2009. 76 p.
IRELAND, Vera (coord.) et al. Repensando a escola: um estudo sobre os desafios de
aprender, ler e escrever. Brasília: Unesco, 2007. 351 p.
LINARDI, Fred. O X da questão. Leitura. n. 18, 2008, p. 7-9.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Pró letramento: alfabetização e lingua-
gem. Brasília: [s.n.], 2008.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.194 p.
STEFANI, Rosaly. Leitura: que espaço é esse? São Paulo: Paulus, 1997. 31 p.
Abstract: This bibliographic study aims at discussing reading strategies at Elementary
Schools. The government perceived the need to develop actions in order to encourage re-
ading at schools, as it is the only way to improve the quality of education. It is paramount
to invest in human resources because students will only get into the habit of reading if they
have a teacher who reads and will, therefore, serve as a model. The text presents concepts
and opinions on reading. Freire (1993, p.29) takes reading as an “intelligent, difficult,
demanding and rewarding process”; Solé (2008, p.22) defines reading as “a process of in-
teraction between the reader and the text”; Ausebel (apud SOLE, 2008, p.45) sees reading
as “the act of reading, the reader must read to learn by generating meaningful learning. It
also involves understanding the meaning of the text in question. “This learning involves
reading and comprehension skills, procedures and cognitive strategies that lead us to un-
derstand the content of the text. There are also some strategies that the readers should use
to help them understand a text.
* Juliana de Oliveira Corrêa
Currículo: http://lattes.cnpq.br/6138120112275388
164
Evidência, Araxá, v. 8, n. 8, p. 157-164, 2012

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  • 1. 157 Evidência, Araxá, v. 8, n. 8, p. 157-164, 2012 Práticas de leitura na sala de aula Juliana de Oliveira Corrêa1 Resumo: Esse estudo bibliográfico tem como objetivo discutir as estratégias de leitura nas Escolas do Ensino Fundamental. O poder público percebeu a necessidade de desenvolver ações para intensificar a leitura no meio escolar, pois só assim, as Escolas vão melhorar a qualidade do Ensino. É fundamental investir no material humano, pois o aluno só aprende a ler, se tiver um professor que saiba ler, que lhe sirva como modelo. O texto apresenta conceitos e opiniões relativos à leitura como Freire (1993, p.29), que pontua a leitura como uma “operação inteligente, difícil, exigente e gratificante”; Solé (2008, p.22), que define a leitura como “ um processo de interação entre o leitor e o texto”; Ausebel (apud SOLÉ, 2008, p.45) que vê a leitura como “o ato de ler, o leitor deve ler para aprender, gerando uma aprendizagem significativa e implica em atribuir significado ao conteúdo em questão”. Essa aprendizagem enleia habilidades de compreensão, leitura, decodificação, procedimentos, estratégias cognitivas que nos levam a entender o conteúdo do texto. Ain- da apresenta algumas estratégias que o leitor deve utilizar para ajudá-lo na compreensão do texto. Palavras chave: leitura, conhecimento, estratégias. 1.Introdução O investimento na prática de leitura tem se intensificado nos últimos anos no meio escolar. O poder público percebeu que sem o incentivo à leitura, não há desenvolvimento adequado da compreensão, interpretação e produção de textos. Algumas ações capitaneadas fazem parte desse investimento, como proje- tos, programas, atividades e eventos implementados pelo governo federal e com a participação da sociedade, cujo objetivo é levar a leitura para o dia- a- dia do brasileiro (LINARDI, 2008). O incentivo à leitura visa melhorar a qualidade de Ensino nas Escolas. Mas é fundamental que essas políticas de incentivo à leitura, venham “investir em material humano, com a formação de mediadores de ler, professores e bibliote- cários capazes de semear o prazer de leitura por todo o país” (LINARDI, 2008, p.8). O aluno só aprende a ler, se tiver um professor que saiba ler, que lhe sirva como modelo, que leia para ele. O momento de leitura é um momento de fruição, de prazer. 1 Pedagoga, Mestre em Educação pela Universidade Católica de Brasília. É supervisora da Escola Municipal Professor Nelson Gomes (Araxá-MG) e atualmente, exerce o cargo de Diretora da mesma escola. Trabalha no Centro Universitário do Planalto de Araxá.
  • 2. 158 Evidência, Araxá, v. 8, n. 8, p. 157-164, 2012 2. O que é Leitura? Leitura, para Solé (2008, p.22) “é um processo de interação entre o leitor e o texto”. É um momento único em que o leitor deve examinar detalhadamente o texto, identificando as ideias principais, a mensagem que o autor quer passar. Nesse processo, “não quer dizer que o significado que o escrito tem para o leitor não é uma réplica do significado que o autor quis lhe dar, mas uma cons- trução que envolve o texto, os conhecimentos prévios do leitor que o aborda e seus objetivos.” (SOLÉ, 1998, p.22). Esse significado vai sendo construído paulatinamente, por meio do con- tato com o texto, da leitura e da compreensão de quem lê o texto. Para Stefani (1997, p.17), a leitura é uma arte. Existe a “arte de ler e a arte de escrever, as quais abrigam entre si as mesmas questões que todo processo criativo e artístico enfrenta”. A autora ainda comenta acerca da utilização de uma estrutura sustentada por três apoios, por três palavras chaves: produzir contextualizar apreciar ‡ apreciar: enxerga as oportunidades do aluno ler e apreciar obras de arte de diferentes linguagens. ‡ produzir: a expressão de cada indivíduo se manifesta em produções próprias. ‡ contextualizar: possibilita a contextualização das obras, tendo acesso à vida e obra de artistas. O trabalho que se preocupa com esses três momentos, denomina-se lei- tura criativa. (STEFANI, 1997). Nesse tipo de leitura, o aluno desenvolve sua autonomia, torna-se livre para expressar seus sentimentos, participando de forma interina na construção do seu conhecimento. A leitura ativa, como afirma Stefani (1997) tem boa repercussão entre os alunos, pois os envolve de corpo e alma. Eles encontram diferentes oportunidades de expressão, fechando o triângulo e criando um espiral, em que o estágio seguin- te é mais amplo que o anterior. Freire (1993, p.29) pontua a leitura como uma “operação inteligente, di- fícil, exigente e gratificante”. Por isso a leitura é considerada um “estado de arte”.
  • 3. 159 Evidência, Araxá, v. 8, n. 8, p. 157-164, 2012 Por meio dela, o homem consegue entender o mundo das palavras. A leitura de verdade é aquela na qual nós mesmos mandamos: relendo, parando para saboreá-la ou para refletir sobre ela, pulando parágrafos[...] uma leitura íntima e individual. (SOLÉ, 2008). No ato de ler, o leitor deve ler para aprender, gerando uma aprendizagem significativa, que para Ausubel (apud SOLÉ, 2008, p.45), “implica em atribuir significado ao conteúdo em questão”. Essa aprendizagem enleia habilidades de compreensão, leitura, decodifi- cação, procedimentos, estratégias cognitivas que nos levam a entender o conteúdo do texto. Solé (2008) faz duas afirmações em relação ao procedimento de leitura: a) O leitor que compreende o que lê, está aprendendo, pois a leitura nos aproxima de múltiplas culturas. b) Inúmeras vezes lemos com uma finalidade clara de aprender. E quando isso acontece, utilizamos uma série de estratégias de leitura. 1.1 Estratégias de Leitura A leitura é uma prática social proveniente de atitudes, hábitos, que deve- riam ser iniciados no meio familiar ou em outros meios em que a escrita circunda. Para o Ministério da Educação (2008, p.39), a “leitura se insere num con- texto social e envolve disposições atitudinais, capacidades à decifração do código escrito e capacidades relativas à compreensão, à produção de sentido”. O Ministério da Educação (MEC, 2007) apresenta algumas capacidades2 essenciais à compreensão dos textos lidos: a) Desenvolver atitudes e disposições favoráveis à leitura: após a leitura, o leitor determina suas escolhas, servindo de contraponto para outras leituras. O adulto deve ser seu modelo de leitura. b) Desenvolver capacidades de decifração: ‡ Saber decodificar palavras: identificar relações entre grafemas e fonemas. ‡ Saber ler reconhecendo globalmente as palavras: favorece uma lei- tura rápida e permite que o leitor não se detenha em fragmentos como “sons” e nomes de letras. c) Desenvolver fluência em leitura. ‡ Compreende textos: ‡ Identificar finalidades e funções da leitura em função do reconheci- mento do suporte, do gênero e da contextualização do texto – pro- porcionar a familiaridade com gêneros textuais diversos. 2 O termo capacidades está associado aos “conhecimentos e atitudes”.
  • 4. 160 Evidência, Araxá, v. 8, n. 8, p. 157-164, 2012 ‡ Antecipar conteúdos de textos: antecipação de conteúdo com ela- boração de hipóteses. ‡ Levantar e confirmar hipóteses do texto: prever o que o texto vai dizer e verificar se as previsões se confirmam. ‡ Buscar pistas textuais, intertextuais para ler nas entrelinhas – bus- car pistas auxiliares para fazer uma leitura expressiva e completa do texto. ‡ Compreensão global do texto: produzir uma visão global do texto, identificando o assunto. Para ajudar na consolidação dessas capacidades propostas pelo MEC, Solé (2008) sugere estratégias de leitura, as quais define como procedimentos que o leitor deve utilizar para ajudá-lo na compreensão do texto. Muitas vezes, os leitores experientes utilizam as estratégias de forma inconsciente, pois o processa- mento da informação escrita se dá de forma automática (piloto automático). Mas quando o leitor encontra alguma palavra ou frase incompreensível, o estado de ‘piloto automático’ é abandonado. Neste momento, entramos em estado estraté- gico. Estamos conscientes daquilo que queremos, buscando novas estratégias de leitura. Buscamos recursos para aprender a aprender. A mesma autora ainda afirma que o professor tem a função de guia, prin- cipalmente porque exerce o papel de mediador na construção do conhecimento. Este é um processo de construção conjunta, denominado por Rogoff (1984, apud SOLÉ, 2008, p.75) como participação guiada. Existe uma semelhança entre a participação guiada e o processo de “andaimes” descrito por Bruner. Para Bruner (apud LINS, 2003, p.79) “ o aprendiz através de etapas apro- priadas de aprendizagem funciona como uma espécie de ‘scaffold’ (andaime), que eleva o conhecimento do aprendiz do nível desenvolvimento real até o nível de desenvolvimento potencial. Solé (2008, p.76), explica a metáfora do andaime, afirmando que a sua localização está um pouco “acima do edifício que contribuem para construir os desafios do ensino, devem estar um pouco além do que a criança é capaz de fazer. Após a construção, o andaime é retirado sem a queda do edifício”. Dessa forma, na medida em que o aluno for adquirindo a competência necessária para controlar a sua própria aprendizagem, garantindo a sua autonomia, o professor retira os “andaimes”. Vygostky (apud ANTUNES, 2001, p.28) aborda os andaimes como ZDP (Zona de Desenvolvimento Proximal), que pode ser definida “como a dis- tância entre o nível de resolução de uma tarefa que uma pessoa pode alcançar com a ajuda de outra pessoa (pai, professor, colega, etc.) mais experiente nessa tarefa.” O ZDP ajuda o aluno desenvolver outras maneiras de pensar, ou de bus- car novas estratégias que irão colaborar na construção do seu conhecimento. As estratégias propostas por Solé (2008) vêm auxiliar o aluno no desen- volvimento de suas habilidades para o processo da leitura. Ela propõe, primeira-
  • 5. 161 Evidência, Araxá, v. 8, n. 8, p. 157-164, 2012 mente, que o professor incentive o aluno, desafiando-o com leituras desconheci- das, prática de leitura fragmentada, lendo duas páginas por dia. A segunda proposta da autora é traçar objetivos de leitura. O leitor preci- sa saber os motivos que o levaram a ler aquele determinado texto. Os bons leitores não leem qualquer texto da mesma maneira, pois cada leitura vai depender do seu objetivo. Haverá inúmeros objetivos em diferentes situações e momentos. Dentre eles, destacam-se alguns, segundo Solé (2008): Ler para: a) Obter uma informação precisa; b) Seguir instruções; c) Obter uma informação de caráter geral; d) Aprender; e) Para revisar um escrito próprio. f) Por prazer; g) Comunicar um texto a um auditório; h) Praticar a leitura em voz alta; i) Verificar o que se compreendeu. Assim, os alunos terão contato com a linguagem escrita, por meio de variados textos que lhes oportunizem o gosto e o prazer de ler; precisam ser estimulados desde as séries iniciais. O professor deve ser o principal agente incen- tivador do contato dos alunos com o livro. Conforme a pesquisa realizada na rede municipal de Araxá (2009), os alunos do Ensino Fundamental, anos iniciais, leem mais que os alunos do Funda- mental II, ou seja, quanto mais alto o nível de escolaridade dos alunos, menor o hábito de leitura, conforme indica a tabela I. Quantidade de livros lidos por indicação da escola REDE Ensino fundamental I Ensino Fundamental II Até 4 16% 30% De 5 a 9 21% 36% Mais de 10 63% 34% Tabela 1 – Livros lidos pelos alunos da rede pública de Araxá. Fonte: INADE, 2009, p.40. Analisando a tabela, observa-se que 63% dos alunos do Fundamental I já leram mais de 10 livros, enquanto aqueles que cursam o Fundamental II, leram apenas 34 %. Isso mostra a preocupação dos professores das séries iniciais em despertar nos alunos o gosto pela leitura, proporcionando-lhes um ambiente diferenciado, acolhedor, disponibilizando livros e momentos para essa atividade.
  • 6. 162 Evidência, Araxá, v. 8, n. 8, p. 157-164, 2012 A terceira proposta indicada por Solé (2008) é ativar o conhecimento prévio (O que eu sei sobre este texto?). Se o leitor possuir conhecimento sobre o assunto, terá muitas possibilidades de atribuir-lhe significado. A seguir, algumas orientações que podem auxiliar o aluno a atualizar o conhecimento prévio: a) Explicar o que será lido, indicando a temática aos alunos para relacio- ná-la a aspectos da sua experiência prévia. b) Estimular os alunos a prestarem atenção a determinados aspectos do texto que podem ativar seu conhecimento prévio, como ilustrações, títulos, subtítulos, enumerações, sublinhados, palavras chaves. c) Incentivar os alunos a exporem o que já sabem sobre o tema. Deixar os alunos falarem, reconduzir as informações e centrá-las no tema discutido. A quarta proposta de Solé é estabelecer previsões sobre o que sucede no texto. Segundo o Ministério da Educação (2008), “antes de começar a leitura são produtivos alguns procedimentos ligados à antecipação de conteúdos, como e elaboração de hipóteses (Este texto trata de que assunto? É uma história? É uma notícia? É triste? É engraçado?). Dessa forma, o aluno irá refletir a respeito do texto e sua curiosidade será aguçada. Por outro lado, é importante fazer previsões e exigir que a criança corra riscos. “É preciso ter certeza de que isso é possível, ou seja, que ninguém vai ser sancionado por ter se aventurado,” por ter se arriscado. (SOLÉ, 2008, p.108). Até o leitor iniciante pode tentar adivinhar o que o texto diz, através da suposição de alguma coisa que está escrita, pelo conhecimento do seu suporte, pelo título e ilustrações. (MEC, 2008). Esta prática deve estar presente desde o início da trajetória escolar, prin- cipalmente quando o professor lê em voz alta para as crianças, até a conclusão do Ensino Fundamental. A quinta e última proposta de Solé (2008) é promover perguntas dos alunos a respeito do texto. Esta estratégia opera durante toda a leitura e auxilia o aluno a melhorar a velocidade do processamento do texto, a “ler em compreensão, com envolvimento, prevendo o que o texto vai dizer e verificando se as previsões se confirmam ou não” (MEC, 2008, p.45). Considerações Finais Desde a mais tenra idade, as pessoas são desafiadas a ler o mundo. Tanto o mun- do que as rodeia, quanto o que existe além do seu próprio entorno (IRELAND, 2007). A família, e posteriormente o professor, exercem um papel fundamental neste processo. Ao professor, cabe tornar o “hábito de leitura uma prática praze- rosa no dia- a -dia da criança” (CARVALHO; MENDONÇA, 2006, p. 180). É um desafio guiar a criança para tornar-se um leitor ativo. Este estudo ajudará o professor a refletir e buscar procedimentos dife- renciados para exercer o papel de guia, construir andaimes, auxiliar o aluno a adquirir hábitos de leitura e de aprender a aprender.
  • 7. 163 Evidência, Araxá, v. 8, n. 8, p. 157-164, 2012 Referências: ANTUNES, Celso. Vygotsky, quem diria?! Em minha sala de aula. 2.ed. Petrópolis, Vo- zes, 2002. CARVALHO, Antonio Sergio Lins de. Transferindo conhecimento Tácito: uma aborda- gem construtivista. Rio de Janeiro: e-papers, 2003. 126 p. CARVALHO, Maria Angelica Freire de; MENDONÇA, Rosa Helena (org.). Práticas de Leitura e Escrita. Brasília: Mec, 2006. 180 p. FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Loyola, 1993. 127 p. INADE. Boletim da Escola. Araxá, 2009. 76 p. IRELAND, Vera (coord.) et al. Repensando a escola: um estudo sobre os desafios de aprender, ler e escrever. Brasília: Unesco, 2007. 351 p. LINARDI, Fred. O X da questão. Leitura. n. 18, 2008, p. 7-9. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Pró letramento: alfabetização e lingua- gem. Brasília: [s.n.], 2008. SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.194 p. STEFANI, Rosaly. Leitura: que espaço é esse? São Paulo: Paulus, 1997. 31 p. Abstract: This bibliographic study aims at discussing reading strategies at Elementary Schools. The government perceived the need to develop actions in order to encourage re- ading at schools, as it is the only way to improve the quality of education. It is paramount to invest in human resources because students will only get into the habit of reading if they have a teacher who reads and will, therefore, serve as a model. The text presents concepts and opinions on reading. Freire (1993, p.29) takes reading as an “intelligent, difficult, demanding and rewarding process”; Solé (2008, p.22) defines reading as “a process of in- teraction between the reader and the text”; Ausebel (apud SOLE, 2008, p.45) sees reading as “the act of reading, the reader must read to learn by generating meaningful learning. It also involves understanding the meaning of the text in question. “This learning involves reading and comprehension skills, procedures and cognitive strategies that lead us to un- derstand the content of the text. There are also some strategies that the readers should use to help them understand a text. * Juliana de Oliveira Corrêa Currículo: http://lattes.cnpq.br/6138120112275388
  • 8. 164 Evidência, Araxá, v. 8, n. 8, p. 157-164, 2012