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ANATOMIA GLOBO OCULAR
 Bulbo ocular:
- 3 Túnicas: Interna, externa e média
- 2 Segmentos: Segmento anterior e Segmento posterior
BULBO OCULAR - TÚNICAS
Túnica fibrosa:
- Esclera
- Córnea
Túnica Vascular:
Coroide
- Úvea Corpo ciliar
Íris
Túnica interna:
- Retina
Diâmetro ÂP: 23-24mm
BULBO OCULAR - SEGMENTOS
SEGMENTO POSTERIOR
Compreende os 2/3 posteriores do olho, delimitado
anteriormente pelo cristalino e envolvendo humor
vítreo, retina, coroide e nervo óptico.
CORPO VÍTREO
- Composição: 90% H2O, fibras
colágenas, ácido hialurônico,
4,5ml, aspecto de “clara de ovo”
- Ocupa toda a cavidade posterior
ao cristalino
- Hialócitos: são pouco
numerosas, apresentando
função fagocitária e de síntese
do material extracelular.
CORÓIDE
- Porção posterior da úvea
- Vasos camada coriocapilar: Irrigação
parte da retina
- Membrana de Bruch: separa coróide
da retina
- Vascularização: artérias ciliar
posteriores curtas
- Inervação: N. ciliares
RETINA
- Porção interna do globo ocular
- 9 camadas neurossensoriais:
fotorreceptora, membrana limitante
externa, nuclear externa, plexiforme
externa, nuclear interna, plexiforme
interna, de células ganglionares, de
fibras nervosas e membrana
limitante interna
- Vascularização: artéria central da
retina; 1/3 interno artéria coroidiana;
2/3 externos; veia central da retina
RETINA – CONES E BASTONETES
- Camada fotorreceptora: formada pelas porções receptoras dos cones e dos
bastonetes: 120 milhões bastonetes e 7 milhões de cones
- 10 camadas c/ 3 componentes celulares: cones/bastonetes, cels bipolares,
cels ganglionares
- Cones e bastonetes: São elementos para percepção de luz em intensidade
normal, permitindo visão a cores e com nitidez. Os bastonetes (maior nº) tem
maior funcionalidade para visão no escuro ou em movimento.
- Retina periférica x retina central (mácula): divisão baseada pela diferença
de proporções cones/bastonetes. Periférica > quantidade de bastonetes em
relação a de cones; Fovéola apenas cones.
NERVO ÓPTICO
- Constituído por cerca de 1 milhão de
axônios das células ganglionares da
retina.
- Emerge nasalmente ao polo posterior do
olho, atingindo a cavidade craniana
através do canal óptico.
- Une-se ao nervo óptico contralateral
formando o quiasma óptico.
- Suas fibras fazem sinapse com o corpo
geniculado lateral, terminando no córtex
visual primário do lobo occipital.
FUNDOSCOPIA DIRETA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
- Reconhecer a importância da fundoscopia direta para o médico generalista;
- Aprender a técnica da fundoscopia direta;
- Reconhecer um fundo de olho normal;
- Reconhecer alterações patológicas em um fundo de olho.
RELEVÂNCIA DA FUNDOSCOPIA DIRETA
A possibilidade de analisar estruturas terminais do sistema circulatório e uma
porção exteriorizada do sistema nervoso (nervo óptico) é suficiente para tornar a
fundoscopia um exame único, podendo ser reconhecidos importantes sinais que
orientam diagnósticos e tratamentos. Justifica-se, assim, a importância do
domínio e da prática do exame não somente pelo oftalmologista, mas também
por todo médico responsável por cuidados gerais, sempre correlacionando com
a história clínica. Apesar da existência de métodos mais avançados de avaliar o
fundo de olho, a fundoscopia direta é um exame simples que pode ser de grande
valia, quando realizada por um médico. Ela é feita usando-se um oftalmoscópio
direto.
FUNDOSCOPIA DIRETA
- Aparelho: Oftalmoscópio direto
- Exame: visualização da retina e seus componentes: vasos,
disco óptico, mácula.
- Técnica: com ou sem dilatação pupilar; pede-se ao paciente que fixe
um ponto à sua frente, ao longe, e o examinador deve se aproximar com
o oftalmoscópio tão perto quanto possível da pupila do paciente,
procurando ver a retina, vasos, disco óptico e mácula, ajustando o foco
no botão lateral do aparelho.
- Colírio midriático de curta duração: fenilefrina 10% colírio ou
tropicamide 0,5% colírio: 1 gota 15/15’ 3x aguardar 30’
- C.I colírio midriático: glaucoma agudo de ângulo fechado (GAAF) e
fatores de risco para câmara anterior rasa (hipermetropia, nanoftalmo,
H.fam glaucoma agudo, idade avançada, uso de α1-adrenérgicos,
anticolinérgicos)
OFTALMOSCÓPIO DIRETO
O oftalmoscópio direito possui duas estruturas principais: uma abertura, através da qual
podemos enxergar o que há do outro lado e uma fonte de luz possibilitando a iluminação
e a visualização do FO. A abertura é dotada de um conjunto de lentes que permitem,
quando necessário, correção refrativa. Na fonte luminosa, há diafragmas e filtros que
regulam quantidade e cor de luz emitida pelo oftalmoscópio.
OFTALMOSCÓPIO DIRETO
OFTALMOSCÓPIO DIRETO
FUNDO DE OLHO
FUNDO DE OLHO
- Disco Óptico: identificando-se uma veia deve-se seguir seu trajeto em direção
proximal, localizando então, o disco óptico, local onde as veias retínicas saem do
globo ocular. O disco óptico deve ser avaliado quanto a coloração, nitidez de seu
limite, tamanho e aspecto da escavação central.
FUNDO DE OLHO NORMAL
FUNDO DE OLHO NORMAL
FO – DOENÇAS SISTÊMICAS
- HAS
- DM
- EM
RETINOPATIA HIPERTENSIVA
- Fatores predisponentes:
• Idade
• HAS
• Discrasias Sangüíneas
• Pressão Ocular Elevada
• Hipermetropia
• Flebites (Sarcoidose, Behçet)
• Trombose de ramo ou de veia central da retina
• Oclusão de artéria central da retina
• Macroaneurismas arteriais retinianos
• Neuropatia óptica isquêmica
• Paralisias oculares motoras
RETINOPATIA HIPERTENSIVA
- As arteríolas retinianas podem ser avaliadas pelo FO. Seu comprometimento
pela HAS “espelha” o acometimento vascular de outros órgãos (cérebro,
rim...)
- FO:
• GRAU 1: Esrtreitamento arteriolar
• GRAU 2: Cruzamento arteriovenoso patológico
• GRAU 3: Hemorragias e/ou exsudatos retinianos, reflexo em fio de cobre,
cruzamentos patológicos médios
• GRAU 4: Papiledema, reflexo em fio de prata, cruzamentos patológicos
graves
HAS
(A) Estreita/ arteriolar
generalizado
(B) GRAU II estreitam/
arteriolar +
cruzamento
patológico AV
(C) GRAU III:
estreitam/
arteriolar +
hemorragias, +
exsudatos
(D) GRAU IV:
Papiledema
HAS – GRAU 2
Cruzamento AV Patológico
HAS – GRAU 4
Edema
De
papila
HAS
ESTRELA
MACULAR
HAS
HEMORRAGIA EM “CHAMA DE VELA”
Hemorragia na camada de fibras
nervosas
DIABETES MELITO
É um distúrbio metabólico comum caracterizado pela hiperglicemia
constante.
Podendo ser classificada em dois tipos:
• Diabetes tipo I: 10 a 20 anos de idade; QC: polidpsia, poliúria, nictúria e
perda de peso.
• Diabetes tipo 2: 50 a 70 anos de idade; QC: assintomático na > das vezes;
pode se apresentar com infecções recorrentes e raramente com
complicações tais como hemorragia vítrea.
COMPLICAÇÕES DO DM
C O M P L I C A Ç Õ E S
D I S T Ê M I C A S
1. Renal
2. Vascular
3. Neurológica
4. Cutânea
C O M P L I C A Ç Õ E S
O F T A L M O L Ó G I C A S
• Retinopatia;
• Iridopatia;
• Refração instavél;
• Hordeolos recorrentes;
• Xantelasma;
• Catarata senil;
• Paralisia dos oculomotores;
• Papilopatia;
• Dentre outras menos
comuns.
EVOLUÇÃO RETINOPATIA DIABÉTICA
1 - Retinopatia não proliferativa
2 - Retinopatia Pré-proliferativa
3 - Retinopatia Proliferativa
RETINOPATIA DIABÉTICA
1) RD não proliferativa/ de fundo:
- Leve: microaneurismas capilares
- Moderada: hemorragia, exsudatos duros, flebopatia leve
- Severa: hemorragia, exsudatos duros, flebopatia +++
DM
Exsudatos Duros:
Resíduos de edema,
resíduos de macrófagos
e produtos
de degeneração de
células gliais e neuronais
resultando em depósitos
lipídicos em camadas
profundas da retina
DM
Exsudatos
duros
RETINOPATIA DIABÉTICA NÃO PROLIFERATIVA
- Exudat.Duros
- Hemorragias
RETINOPATIA PRÉ PROLIFERATIVA
2) RD pré proliferativa
- Constrição arteriolar, flebopatia, exsudatos algodonosos (áreas de infarto
retiniano), hemorragia em borrão
RETINOPATIA DIABÉTICA PRÉ PROLIFERATIVA
. Edema macular
. Exsudatos duros
. Hemorragias
RETINOPATIA DIABÉTICA PROLIFERATIVA
- Neovascularização do disco óptico e neovascularização do vítreo
- Hemorragia vítrea
- Fibrose e traves vítreas
- Descolamento de retina
RETINOPATIA DIABÉTICA PROLIFERATIVA
- Hemorragia vítrea
- Neovascularização DO
e vítreo
ESCLEROSE MULTIPLA
- A Neurite Optica (NO) é uma inflamação desmielinizante do nervo óptico, que
pode estar associada ou não a doenças sistêmicas, sendo a EM a mais
comum
- Ocasionalmente a NO pode sobrevir de um processo infeccioso da órbita ou
dos seios paranasais ou no curso de uma virose.
ESCLEROSE MÚLTIPLA
- Achados clínicos:
• Borramento visual ou perda da visão
• Dor aguda/subaguda unilateral, acentuada pelo movimento ocular; acometimento
bilateral é raro
• Perda parcial da visão central
• FO pode ser normal se lesão retrobulbar
- 90% dos casos: recuperação total após o surto
- Dx: Exame oftalmológico completo; RNM – investiga sinais de dç desmielinizante
no cérebro
- FO:
• Comuns: Neurite óptica, oftalmoplegia internuclear, nistagmo
• Raros: uveiíe intermediária e perifeblite retiniana
FO ESCLEROSE MÚLTIPLA
RNM ESCLEROSE MÚLTIPLA
DOENÇAS HEMATOLÓGICAS
- Leucemia
- Anemia Falciforme
LEUCEMIA
- Malignidade das células-tronco hematopoiéticas caracterizadas por
proliferação anormal dos leucócitos.
- Agudas: substituição da MO por céls imaturas (blastos). Envolvimento ocular
mais comumente observado do que nas formas crônicas.
- Crônicas: leucócitos bem diferenciados (maduros).
- FO:
• hemorragias retinianas, manchas algodonosas e hemorragias retinianas com
centros brancos (manchas de Roth): leucemia agudas
• Neovascularização retiniana periférica: rara, leucemias mieloide crônica
• Depósitos coroideanos na leucemia crônica dando origem a aparência de
“pele de leopardo”
• Infiltração do nervo óptico: pode causar edema e perda visual
LEUCEMIAS AGUDAS
Hemorragias retinianas, manchas algodonosas e
manchas de Roth (setas)
LEUCEMIA CRÔNICA
Aparência de “pele de leopardo” em
razão da infiltração da coroide
ANEMIA FALCIFORME
- Doenças hereditárias, autossômicas; substituição do ácido glutâmico por valina
na posição 6 da cadeia da globina beta
- Hemoglobinas anormais (HbS) induzem as hemácias a adotar uma forma
anômala (drepanócitos) que são mais rígidas e podem impactar nos vasos e
obstruí-los
- FO:
• Estágio 1: oclusão arterial e isquemia periférica
• Estágio 2: anastomoses arteriovenosas periféricas de canais capilares dilatados
• Estágio 3: Brotamento de neovasos das anastomoses; configuração em sea-fan,
nutridos por uma única arteríola e drenador por uma única veia; 30-40% dos sea-
fans involuem espontaneamente como resultado de auto-infarto e tornam-se
lesões fibrovasculares acinzentadas
• Estágio 4: Tufos neovasculares podem continuar a proliferar e sangrar no vítreo
• Estágio 5: proliferação fibrovascular extensa e descolamento da retina
ANEMIA FALCIFORME
Anastomose arteriovenosa
periférica
Neovascularização em sea-
fan
ANEMIA FALCIFORME
Involução espontânea de tufo
neovascular
Hemorragia decorrente da
tração
ANEMIA FALCIFORME
Proliferação fibrovascular
extensa
Descolamento periférico
de retina
FO - OFTALMOPEDIATRIA
- Rubéola Congênita
- Toxoplasmose
- Retinoblastoma
RUBÉOLA CONGÊNITA
- Febre exantemática benigna: “ sarampo germânico”;
- Transmissão transplacentária
- Normalmente ocorre durante o primeiro trimestre da gravidez.
- QC ocular: catarata, microftalmia, glaucoma, ceratopatia e erros de refração
incomumente elevados; Uveíte anterior: pode haver atrofia da íris;
- FO:
• Retinopatia: alteração pigmentar em “ sal e pimenta”( pontilhada) envolvendo
a periferia;
RUBÉOLA CONGÊNITA
TOXOPLASMOSE
- A toxoplasmose é transmitida ao feto através da placenta quando uma
mulher grávida é infectada. Se a mãe for infectada antes da gravidez, o feto
será poupado;
- A gravidade do envolvimento depende do momento da infecção materna, por
exemplo se ocorrer no fim da gravidez, pode resultar em convulsões,
paralisia, hidrocefalia e doença visceral.
- FO:
• Lesões retinianas, que lembram a coriorrenite por T.gondii.
TOXOPLASMOSE
RETINOBLASTOMA
- TU intra-ocular maligno primário + comum da infância;
- 1:34.000 nascidos vivos
- Não há predisposição por raça, por sexo ou pelo olho D ou E
- Bilateral 30-40% dos casos
- QC: Leucocoria (reflexo pupilar branco), estrabismo, inflamação ocular e,
menos frequente, heterocromia da íris, hifema, celulite orbitária, glaucoma,
proptose, hipópio.
- Dx: Teste do reflexo vermelho, realizado com o oftalmoscópio: verifica a
permeabilidade dos meios oculares a passagem de luz. TU bilaterais são
reconhecidos em média aos 14 meses e os unilaterais aos 24 meses de
idade. 90% dx até os 3 anos.
95% cura com dx precoce e tto eficiente
RETINOBLASTOMA
FUNDO DE OLHO:
- Tumores intra-retinianos translúcidos, cinzas ou brancos, nutridos e
drenados por vasos retinianos dilatados e tortuosos. Casos avançados, um
grande tumor esbranquiçado pode preencher grande parte do olho e
geralmente produz leucocoria. O reflexo branco é resultado da reflexão da
luz na massa branca atrás do cristalino.
- Crescimento endofítico: crescem da retina para a cavidade vítrea,
caracterizados por uma massa branca, opaca, sem vasos na sua superfície.
- Crescimento exofíticos: crescem da retina para o espaço sub-retiniano.
Vasos retinianos são aparentes na superfície e aparecem dilatados e
tortuosos. Produzem um descolamento de retina progressivo.
RETINOBLASTOMA
Leucocoria e estrabismo
RETINOBLASTOMA
(A) Retinoblastoma endofítico (B) Retinoblastoma exofítico
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Fundoscopia direta

  • 1.
  • 2.
  • 3. ANATOMIA GLOBO OCULAR  Bulbo ocular: - 3 Túnicas: Interna, externa e média - 2 Segmentos: Segmento anterior e Segmento posterior
  • 4. BULBO OCULAR - TÚNICAS Túnica fibrosa: - Esclera - Córnea Túnica Vascular: Coroide - Úvea Corpo ciliar Íris Túnica interna: - Retina Diâmetro ÂP: 23-24mm
  • 5. BULBO OCULAR - SEGMENTOS
  • 6. SEGMENTO POSTERIOR Compreende os 2/3 posteriores do olho, delimitado anteriormente pelo cristalino e envolvendo humor vítreo, retina, coroide e nervo óptico.
  • 7. CORPO VÍTREO - Composição: 90% H2O, fibras colágenas, ácido hialurônico, 4,5ml, aspecto de “clara de ovo” - Ocupa toda a cavidade posterior ao cristalino - Hialócitos: são pouco numerosas, apresentando função fagocitária e de síntese do material extracelular.
  • 8. CORÓIDE - Porção posterior da úvea - Vasos camada coriocapilar: Irrigação parte da retina - Membrana de Bruch: separa coróide da retina - Vascularização: artérias ciliar posteriores curtas - Inervação: N. ciliares
  • 9. RETINA - Porção interna do globo ocular - 9 camadas neurossensoriais: fotorreceptora, membrana limitante externa, nuclear externa, plexiforme externa, nuclear interna, plexiforme interna, de células ganglionares, de fibras nervosas e membrana limitante interna - Vascularização: artéria central da retina; 1/3 interno artéria coroidiana; 2/3 externos; veia central da retina
  • 10. RETINA – CONES E BASTONETES - Camada fotorreceptora: formada pelas porções receptoras dos cones e dos bastonetes: 120 milhões bastonetes e 7 milhões de cones - 10 camadas c/ 3 componentes celulares: cones/bastonetes, cels bipolares, cels ganglionares - Cones e bastonetes: São elementos para percepção de luz em intensidade normal, permitindo visão a cores e com nitidez. Os bastonetes (maior nº) tem maior funcionalidade para visão no escuro ou em movimento. - Retina periférica x retina central (mácula): divisão baseada pela diferença de proporções cones/bastonetes. Periférica > quantidade de bastonetes em relação a de cones; Fovéola apenas cones.
  • 11. NERVO ÓPTICO - Constituído por cerca de 1 milhão de axônios das células ganglionares da retina. - Emerge nasalmente ao polo posterior do olho, atingindo a cavidade craniana através do canal óptico. - Une-se ao nervo óptico contralateral formando o quiasma óptico. - Suas fibras fazem sinapse com o corpo geniculado lateral, terminando no córtex visual primário do lobo occipital.
  • 12. FUNDOSCOPIA DIRETA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: - Reconhecer a importância da fundoscopia direta para o médico generalista; - Aprender a técnica da fundoscopia direta; - Reconhecer um fundo de olho normal; - Reconhecer alterações patológicas em um fundo de olho.
  • 13. RELEVÂNCIA DA FUNDOSCOPIA DIRETA A possibilidade de analisar estruturas terminais do sistema circulatório e uma porção exteriorizada do sistema nervoso (nervo óptico) é suficiente para tornar a fundoscopia um exame único, podendo ser reconhecidos importantes sinais que orientam diagnósticos e tratamentos. Justifica-se, assim, a importância do domínio e da prática do exame não somente pelo oftalmologista, mas também por todo médico responsável por cuidados gerais, sempre correlacionando com a história clínica. Apesar da existência de métodos mais avançados de avaliar o fundo de olho, a fundoscopia direta é um exame simples que pode ser de grande valia, quando realizada por um médico. Ela é feita usando-se um oftalmoscópio direto.
  • 14. FUNDOSCOPIA DIRETA - Aparelho: Oftalmoscópio direto - Exame: visualização da retina e seus componentes: vasos, disco óptico, mácula. - Técnica: com ou sem dilatação pupilar; pede-se ao paciente que fixe um ponto à sua frente, ao longe, e o examinador deve se aproximar com o oftalmoscópio tão perto quanto possível da pupila do paciente, procurando ver a retina, vasos, disco óptico e mácula, ajustando o foco no botão lateral do aparelho. - Colírio midriático de curta duração: fenilefrina 10% colírio ou tropicamide 0,5% colírio: 1 gota 15/15’ 3x aguardar 30’ - C.I colírio midriático: glaucoma agudo de ângulo fechado (GAAF) e fatores de risco para câmara anterior rasa (hipermetropia, nanoftalmo, H.fam glaucoma agudo, idade avançada, uso de α1-adrenérgicos, anticolinérgicos)
  • 15. OFTALMOSCÓPIO DIRETO O oftalmoscópio direito possui duas estruturas principais: uma abertura, através da qual podemos enxergar o que há do outro lado e uma fonte de luz possibilitando a iluminação e a visualização do FO. A abertura é dotada de um conjunto de lentes que permitem, quando necessário, correção refrativa. Na fonte luminosa, há diafragmas e filtros que regulam quantidade e cor de luz emitida pelo oftalmoscópio.
  • 19. FUNDO DE OLHO - Disco Óptico: identificando-se uma veia deve-se seguir seu trajeto em direção proximal, localizando então, o disco óptico, local onde as veias retínicas saem do globo ocular. O disco óptico deve ser avaliado quanto a coloração, nitidez de seu limite, tamanho e aspecto da escavação central.
  • 20. FUNDO DE OLHO NORMAL
  • 21. FUNDO DE OLHO NORMAL
  • 22. FO – DOENÇAS SISTÊMICAS - HAS - DM - EM
  • 23. RETINOPATIA HIPERTENSIVA - Fatores predisponentes: • Idade • HAS • Discrasias Sangüíneas • Pressão Ocular Elevada • Hipermetropia • Flebites (Sarcoidose, Behçet) • Trombose de ramo ou de veia central da retina • Oclusão de artéria central da retina • Macroaneurismas arteriais retinianos • Neuropatia óptica isquêmica • Paralisias oculares motoras
  • 24. RETINOPATIA HIPERTENSIVA - As arteríolas retinianas podem ser avaliadas pelo FO. Seu comprometimento pela HAS “espelha” o acometimento vascular de outros órgãos (cérebro, rim...) - FO: • GRAU 1: Esrtreitamento arteriolar • GRAU 2: Cruzamento arteriovenoso patológico • GRAU 3: Hemorragias e/ou exsudatos retinianos, reflexo em fio de cobre, cruzamentos patológicos médios • GRAU 4: Papiledema, reflexo em fio de prata, cruzamentos patológicos graves
  • 25. HAS (A) Estreita/ arteriolar generalizado (B) GRAU II estreitam/ arteriolar + cruzamento patológico AV (C) GRAU III: estreitam/ arteriolar + hemorragias, + exsudatos (D) GRAU IV: Papiledema
  • 26. HAS – GRAU 2 Cruzamento AV Patológico
  • 27. HAS – GRAU 4 Edema De papila
  • 29. HAS HEMORRAGIA EM “CHAMA DE VELA” Hemorragia na camada de fibras nervosas
  • 30. DIABETES MELITO É um distúrbio metabólico comum caracterizado pela hiperglicemia constante. Podendo ser classificada em dois tipos: • Diabetes tipo I: 10 a 20 anos de idade; QC: polidpsia, poliúria, nictúria e perda de peso. • Diabetes tipo 2: 50 a 70 anos de idade; QC: assintomático na > das vezes; pode se apresentar com infecções recorrentes e raramente com complicações tais como hemorragia vítrea.
  • 31. COMPLICAÇÕES DO DM C O M P L I C A Ç Õ E S D I S T Ê M I C A S 1. Renal 2. Vascular 3. Neurológica 4. Cutânea C O M P L I C A Ç Õ E S O F T A L M O L Ó G I C A S • Retinopatia; • Iridopatia; • Refração instavél; • Hordeolos recorrentes; • Xantelasma; • Catarata senil; • Paralisia dos oculomotores; • Papilopatia; • Dentre outras menos comuns.
  • 32. EVOLUÇÃO RETINOPATIA DIABÉTICA 1 - Retinopatia não proliferativa 2 - Retinopatia Pré-proliferativa 3 - Retinopatia Proliferativa
  • 33. RETINOPATIA DIABÉTICA 1) RD não proliferativa/ de fundo: - Leve: microaneurismas capilares - Moderada: hemorragia, exsudatos duros, flebopatia leve - Severa: hemorragia, exsudatos duros, flebopatia +++
  • 34. DM Exsudatos Duros: Resíduos de edema, resíduos de macrófagos e produtos de degeneração de células gliais e neuronais resultando em depósitos lipídicos em camadas profundas da retina
  • 36. RETINOPATIA DIABÉTICA NÃO PROLIFERATIVA - Exudat.Duros - Hemorragias
  • 37. RETINOPATIA PRÉ PROLIFERATIVA 2) RD pré proliferativa - Constrição arteriolar, flebopatia, exsudatos algodonosos (áreas de infarto retiniano), hemorragia em borrão
  • 38. RETINOPATIA DIABÉTICA PRÉ PROLIFERATIVA . Edema macular . Exsudatos duros . Hemorragias
  • 39. RETINOPATIA DIABÉTICA PROLIFERATIVA - Neovascularização do disco óptico e neovascularização do vítreo - Hemorragia vítrea - Fibrose e traves vítreas - Descolamento de retina
  • 40. RETINOPATIA DIABÉTICA PROLIFERATIVA - Hemorragia vítrea - Neovascularização DO e vítreo
  • 41. ESCLEROSE MULTIPLA - A Neurite Optica (NO) é uma inflamação desmielinizante do nervo óptico, que pode estar associada ou não a doenças sistêmicas, sendo a EM a mais comum - Ocasionalmente a NO pode sobrevir de um processo infeccioso da órbita ou dos seios paranasais ou no curso de uma virose.
  • 42. ESCLEROSE MÚLTIPLA - Achados clínicos: • Borramento visual ou perda da visão • Dor aguda/subaguda unilateral, acentuada pelo movimento ocular; acometimento bilateral é raro • Perda parcial da visão central • FO pode ser normal se lesão retrobulbar - 90% dos casos: recuperação total após o surto - Dx: Exame oftalmológico completo; RNM – investiga sinais de dç desmielinizante no cérebro - FO: • Comuns: Neurite óptica, oftalmoplegia internuclear, nistagmo • Raros: uveiíe intermediária e perifeblite retiniana
  • 46. LEUCEMIA - Malignidade das células-tronco hematopoiéticas caracterizadas por proliferação anormal dos leucócitos. - Agudas: substituição da MO por céls imaturas (blastos). Envolvimento ocular mais comumente observado do que nas formas crônicas. - Crônicas: leucócitos bem diferenciados (maduros). - FO: • hemorragias retinianas, manchas algodonosas e hemorragias retinianas com centros brancos (manchas de Roth): leucemia agudas • Neovascularização retiniana periférica: rara, leucemias mieloide crônica • Depósitos coroideanos na leucemia crônica dando origem a aparência de “pele de leopardo” • Infiltração do nervo óptico: pode causar edema e perda visual
  • 47. LEUCEMIAS AGUDAS Hemorragias retinianas, manchas algodonosas e manchas de Roth (setas)
  • 48. LEUCEMIA CRÔNICA Aparência de “pele de leopardo” em razão da infiltração da coroide
  • 49. ANEMIA FALCIFORME - Doenças hereditárias, autossômicas; substituição do ácido glutâmico por valina na posição 6 da cadeia da globina beta - Hemoglobinas anormais (HbS) induzem as hemácias a adotar uma forma anômala (drepanócitos) que são mais rígidas e podem impactar nos vasos e obstruí-los - FO: • Estágio 1: oclusão arterial e isquemia periférica • Estágio 2: anastomoses arteriovenosas periféricas de canais capilares dilatados • Estágio 3: Brotamento de neovasos das anastomoses; configuração em sea-fan, nutridos por uma única arteríola e drenador por uma única veia; 30-40% dos sea- fans involuem espontaneamente como resultado de auto-infarto e tornam-se lesões fibrovasculares acinzentadas • Estágio 4: Tufos neovasculares podem continuar a proliferar e sangrar no vítreo • Estágio 5: proliferação fibrovascular extensa e descolamento da retina
  • 51. ANEMIA FALCIFORME Involução espontânea de tufo neovascular Hemorragia decorrente da tração
  • 53. FO - OFTALMOPEDIATRIA - Rubéola Congênita - Toxoplasmose - Retinoblastoma
  • 54. RUBÉOLA CONGÊNITA - Febre exantemática benigna: “ sarampo germânico”; - Transmissão transplacentária - Normalmente ocorre durante o primeiro trimestre da gravidez. - QC ocular: catarata, microftalmia, glaucoma, ceratopatia e erros de refração incomumente elevados; Uveíte anterior: pode haver atrofia da íris; - FO: • Retinopatia: alteração pigmentar em “ sal e pimenta”( pontilhada) envolvendo a periferia;
  • 56. TOXOPLASMOSE - A toxoplasmose é transmitida ao feto através da placenta quando uma mulher grávida é infectada. Se a mãe for infectada antes da gravidez, o feto será poupado; - A gravidade do envolvimento depende do momento da infecção materna, por exemplo se ocorrer no fim da gravidez, pode resultar em convulsões, paralisia, hidrocefalia e doença visceral. - FO: • Lesões retinianas, que lembram a coriorrenite por T.gondii.
  • 58. RETINOBLASTOMA - TU intra-ocular maligno primário + comum da infância; - 1:34.000 nascidos vivos - Não há predisposição por raça, por sexo ou pelo olho D ou E - Bilateral 30-40% dos casos - QC: Leucocoria (reflexo pupilar branco), estrabismo, inflamação ocular e, menos frequente, heterocromia da íris, hifema, celulite orbitária, glaucoma, proptose, hipópio. - Dx: Teste do reflexo vermelho, realizado com o oftalmoscópio: verifica a permeabilidade dos meios oculares a passagem de luz. TU bilaterais são reconhecidos em média aos 14 meses e os unilaterais aos 24 meses de idade. 90% dx até os 3 anos. 95% cura com dx precoce e tto eficiente
  • 59. RETINOBLASTOMA FUNDO DE OLHO: - Tumores intra-retinianos translúcidos, cinzas ou brancos, nutridos e drenados por vasos retinianos dilatados e tortuosos. Casos avançados, um grande tumor esbranquiçado pode preencher grande parte do olho e geralmente produz leucocoria. O reflexo branco é resultado da reflexão da luz na massa branca atrás do cristalino. - Crescimento endofítico: crescem da retina para a cavidade vítrea, caracterizados por uma massa branca, opaca, sem vasos na sua superfície. - Crescimento exofíticos: crescem da retina para o espaço sub-retiniano. Vasos retinianos são aparentes na superfície e aparecem dilatados e tortuosos. Produzem um descolamento de retina progressivo.
  • 61. RETINOBLASTOMA (A) Retinoblastoma endofítico (B) Retinoblastoma exofítico
  • 63. “The eye, if not the window of de soul is the mirror reflecting the body’s health” (F. Clifford Rose)
  • 64. 13 DE DEZEMBRO 2014 Prevenção ao Glaucoma Congênito do HMP com Lions Club Sernambetiba Contribua com a LOFTY doando brinquedos até 10 de Dezembro de 2014