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ADAPTAÇÕES
LITERARIAS
 QUADRINHOS
EM
SUMÁRIO



                                                Introdução                        4
                                                Aplicação na Educação             5
Arte e Diagramação: Dayane Deise Silva Santos   Adaptação                         6
                                                Adaptações Brasileiras            7
                                                O Alienista                       8
                                                O Pagador de Promessas            9
                                                O Cortiço                         10
                                                Dom Casmurro                      11
                                                O Guarani                         12
                                                Memórias Póstumas de Brás Cubas   13
                                                Adaptações Estrangeiras           14
                                                Dom Quixote                       15
                                                O Pequeno Principe                16
                                                Hamlet                            17
                                                O Corcunda de Notre Dame          18
                                                A Baleia Branca                   19
                                                A Princesa e o Sapo               20
INTRODUÇÃO
       Os quadrinhos sempre foram consid-
    erados uma forma secundaria de leitu-
    ra, por muito tempo sem muito credito
    na literatura. Eles trazem uma dinâmica
    forte, levando o leitor a mergulhar nas
    histórias através das imagens.
       Nos últimos anos, os quadrinhos
    veem conquistando um novo espaço,
    sendo utilizado na área educacional
    com adaptações para obras literárias.
    Muitos sucessos literários já foram
    adaptados e trouxeram grande aceita-
    ção às histórias contadas.
       A aceitação é grande, mas ainda hoje,
    existe um grande preconceito com os
    quadrinhos, por criticas defenderem
    que afastam os leitores da obras origi-      APLICAÇÃO NA
                                                       EDUCAÇÃO
    nais.
       Aqui serão apresentadas famosas
    adaptações, revelando arte sequencial
    se unindo com a arte literal.
                                                  É possível usar as histórias em quadrinhos na salas de aula? Ex-
      “Para definir histórias em quadrinhos,   istem professores que dizem sim para esta pergunta. Um exemplo é
    não basta usar do senso comum e dizer      o professor Elydio, pois o uso destas adaptações traz grade interesse
    que são desenhos acompanhados de           para os alunos, levando-os à reflexão e auto conhecimento.
    palavras, pois nem sempre temos desen-        “A leitura dos quadrinhos favorece um desenvolvimento mais
    hos e palavras ao mesmo tempo em um        harmonioso entre as tarefas de analisar racionalmente e o trabalho
    quadrinho”. (Lielson Zeni)                 de ler o mundo com sensibilidade. Quero lembrar também que o
                                               próprio Ministério da Educação sugere a utilização das histórias em
                                               quadrinhos no trabalho escolar”, diz o diretor.


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Adaptações
           Adaptação                                                            Brasileiras
       Segundo alguns especialistas, como Lielson Zeni, mestre em Estu-      Muitas adaptações brasileiras foram feitas
    dos Literários pela Universidade Federal do Paraná, com o estudo “A    de grandes obras primas da literaturas, de
    Metamorfose da Linguagem: Análise de Kafka em Quadrinhos”, não         grandes mestres, Machado de Assis, Dias
    há uma fórmula que garanta a qualidade de uma adaptação.               Gomes, Aluisio Azevedo, José de Alencar
       “Quando se está escrevendo, o mundo que você cria está nas          entre outros.
    palavras e na imaginação do leitor, enquanto nos quadrinhos você         Os quadrinhos são de diferentes estilos
    tem que mostrar tudo aquilo. Se você tiver um número de páginas        gráficos, com um roteiro forte e simples,
    limitado, você terá que escolher melhor as imagens para caber tudo     dando ao leitor grande compreensão na
    isso dentro da história”, explica Fábio Moon, que também cita vanta-   complexa linguagem literária que esse
    gens.                                                                  grandes autores trazem.




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O PAGADOR
                                                                              OP
                                                                             DE PROMESSAS
                                                                                DE PROMESSAS

                        O ALIENISTA                                              Adaptar uma obra já é, por si só, uma en-
                                                                              crenca. Imagina então adaptar uma que, do
                                                                              texto para teatro original, já virou até filme
       A missão de transformar em quadrinhos um dos contos mais fa-           vencedor de Palma de Ouro.
    mosos de Machado de Assis coube aos gêmeos Fábio Moon e Gabri-               Guazzelli apostou num roteiro simples,
    el Bá. E o resultado ficou excelente. “Nossa intenção era preservar ao    correto e acessível, sem deslumbramentos
    máximo o texto original, o jeito que Machado de Assis escrevia. Mas,      e rococós - como, aliás, é o trabalho de Dias
    ao mesmo tempo, queríamos que fosse uma história em quadrinhos,           Gomes.
    não uma história ilustrada”, declarou Moon.                                  É na arte que Guazzelli mata a pau.
       “Acho que é uma oportunidade legal para alguns fãs de HQs                 Sua opção é a de fazer uma arte singela,
    conhecerem essa obra tão importante; e de leitores de Machado de          simples, mas profundamente tocante.
    Assis lerem uma história em quadrinhos”, ressalta Moon. Essa tese,           O trabalho de Guazzelli é primoroso. Das
    aliás, é endossada pelo escritor Flávio Moreira Costa, que assina o       diversas adaptações de literatura brasileira
    prefácio da edição.                                                       para HQ que vêm sendo publicadas nos últi-
                                                                              mos anos, é uma das mais brilhantes.
8                                                                                                                              9
O CORTIÇO
       HQ tem roteiro e adaptação de Ronaldo
     Antonelli, desenhos de Francisco L. Vilachã e
     cores de Fernando A. A. Rodrigues.
       A obra O Cortiço, de Aluísio de Azevedo,
     faz parte da coleção Literatura Brasileira em
     Quadrinhos.
       O personagem principal deste livro não é
     de carne e osso.
       Nem mesmo João Romão, o português


                                                             DOM
     bronco e ambicioso que explora até a última
     gota de sangue da escrava trabalhadeira
     Bertoleza...
       A negra também não serve de heroína,
     nem a sensual Rita Baiana.
       A vida contada no livro é a do próprio
     cortiço, personagem de um mundo sem leis,
                                                     CASMURRO
     valores, nem moral.
                                                        Dom Casmurro é um dos principais clás-
                                                     sicos de nossa literatura e foi transportada
                                                     numa fiel adaptação para os quadrinhos por
                                                     dois autores de destaque das HQs brasileiras,
                                                     Wellington Srbek e José Aguiar.
                                                        O roteirista Welington Srbek consegue
                                                     preservar toda a riqueza do texto mach-
                                                     adiano, reunindo os 148 capítulos curtos que
                                                     integram a obra original em 20 partes.
                                                        O realismo que caracteriza a obra é tam-
                                                     bém transposto nos traços dos desenhos em
                                                     preto e branco de José Aguiar, que trazem
                                                     dois estilos para diferenciar a narração feita
                                                     por Casmurro dos fatos que ele narra.
10                                                                                                    11
MEMÓRIAS      POSTUMAS
                                                      DE   BRÁS CUBAS
                                                           “Memórias Póstumas de Brás Cubas” é
                                                        Considerada por muitos a obra máxima da
                                                        literatura brasileira, Memórias póstumas de
                                                        Brás Cubas inaugura o Realismo no Brasil.
                                                        Nela, Machado de Assis narra, com extrema



     O GUARANI
                                                        maestria, a vida e a morte de Brás Cubas,
                                                        membro da alta sociedade carioca da se-
                                                        gunda metade do século XIX. A publicação,
                                                        lançada pela Escala Educacional é escrita e
                                                        ilustrada pelo quadrinista Sebastião Seabra;
                                                        a mesma possui 48 paginas.
        O trabalho editorial competente coroa a
     ótima adaptação. O roteiro é assinado por
     Ivan Jaf, que captura o essencial da longa
     obra de Alencar, suprimindo algumas passa-
     gens de menor importância. Sem as longas
     narrativas da literatura romântica, a história
     cresce em emoção e diversão, cativando o
     leitor com muita ação e relacionamentos
     amorosos.
        Mas o principal motivo para regozijo de
     quem gosta de quadrinhos é a arte de Luiz
     Gê. O desenhista estava afastado das HQs
     havia muito tempo, deixando órfãos os fãs
     do seu trabalho. Talvez por isso, supondo
     que ele tenha desenhado primeiro as pá-
     ginas inicias, a arte demora um pouco a
     engrenar. É possível perceber que Gê estava
     “enferrujado”.
12                                                                                                     13
DOM QUIXOTE
                                                                             Will Eisner usa a linguagem da história em quadrinhos para apre-
                                                                          sentar aos leitores jovens um dos maiores clássicos da literatura
                                                                          mundial: Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes (1547-
                                                                          1616). Em ritmo movimentado, ele conta as aventuras do sonhador
                                                                          que era visto como um velho maluco e mostra de que maneira os
                                                                          sonhos de Dom Quixote acabaram sendo eternizados.
                                                                             Para narrar a história do “cavaleiro de triste figura”, Will Eisner, o
                                                                          criador do Spirit, usa todo o seu poder de síntese. Tanto no plano
                                                                          das imagens como no plano do texto, cada quadrinho é altamente
                                                                          informativo.




         ADAPTAÇÕES
       ESTRANGEIRAS
        As adaptações estrangeiras são bem antigas, com diverças series
     de grandes obras, com grandes nomes como: Miguel de Cervantes,
     Antonie de Saint-Exupéri, Willian Shakespear, Herman Melville e
     muitoa outros.
        Os exemplos aqui apresentados, destacam o grande Will Eisner
     entre outro diferentes estilos de arte, com grande roteiros, que
     visam sempre a fidelidade a obra original.



14                                                                                                                                                    15
O PEQUENO
          PRINCIPE
       O livro de Sfar, que sai no Brasil pela edi-
     tora Agir, não é uma versão fiel do clássico
     infantil, mas uma nova obra, daí seu brilho. A
     revista francesa Lire, aliás, chegou a eleger “O
     pequeno príncipe” (Agir, cor, 112 pgs., R$ 34)
     em quadrinhos como a melhor HQ do ano.

       Mérito de Sfar, que ao inserir na história
     o autor, Saint-Exupéry, obviamente como o
     aviador que narra a HQ, mostrou um novo ol-
     har: “Acho que cada um tem sua história com
     ‘O pequeno príncipe’. Para mim, foi o livro em
     que aprendi o que era a morte e também as
     aquarelas”, chegou a dizer Sfar na época do
     lançamento, na França.

                                                                                 HAMLET
                                                          Adaptação de Steven Grant como roteirista de Tom Mandrake
                                                        com a arte.
                                                          Hamlet é uma tragédia de William Shakespeare, escrita entre 1599
                                                        e 1601. A peça, situada na Dinamarca, reconta a história de como
                                                        o Príncipe Hamlet tenta vingar a morte de seu pai Hamlet, o rei,
                                                        executando seu tio Cláudio, que o envenenou e em seguida tomou
                                                        o trono casando-se com a mãe de Hamlet. A peça traça um mapa do
                                                        curso de vida na loucura real e na loucura fingida — do sofrimento
                                                        opressivo à raiva fervorosa — e explora temas como a traição, vin-
                                                        gança, incesto, corrupção e moralidade.

16                                                                                                                           17
A BALEIA BRANCA
                                                           Will Eisner contou com a popularidade da
                                                        história ao criar a sua versão em quadrinhos:
                                                        certo de que bem ou mal o leitor faz idéia de
                                                        que vai acompanhar a luta de morte entre
                                                        um homem e uma baleia, ele pôde montar
                                                        uma seqüência narrativa feita quase exclu-
                                                        sivamente de momentos tensos. Com seu
                                                        traço ao mesmo tempo realista e expres-
                                                        sionista, com suas cores fortes que tomam
                                                        conta de cada quadrinho, Eisner recompõe a
                                                        obsessão do capitão Ahab em destruir o ser


         ONOTREDAME
          CORCUNDA
                                                        monstruoso que já lhe arrancara uma perna.
     O
         DE
            P                                           Sem medir conseqüências, Ahab lança-se
                                                        mar afora para encontrar a grande baleia
           DE     PROMESSAS                             branca e, nessa busca, arrasta junto a tripula-
                                                        ção. Moby Dick, encarnação do mal, encon-
                                                        tra a morte, mas é esse também o destino de
            Em O Corcunda de Notre Dame, o número       seus perseguidores.
         2 da coleção, vivendo recluso na Catedral de
         Notre Dame, o forte e estranho Quasímodo
         é tratado por todos como um monstro, até
         que encontra a gentil cigana Esmeralda e se
         torna um surpreendente herói ao salvá-la
         de uma injusta sentença de morte. Clássico
         de Victor Hugo, adaptado por L. L. Owens e
         ilustrado por Greg Rebis.




18                                                                                                        19
A PRINCESA
       E O SAPO
        Esta versão de um dos mais famosos con-
     tos de fada dos irmãos Grimm é uma dessas
     empreitadas que está muito longe de ser
     um trabalho “menor” na carreira de Eisner.
     Mesmo narrando uma história universal-
     mente conhecida, o autor dá mostras de sua
     genialidade inserindo elementos marcantes
     no texto e no desenho.
        O estilo teatral do desenho e da narrativa
     visual de Eisner dá um forte ar dramático à
     história, que chega a parecer uma peça de
     William Shakespeare.



20
Adaptaçãos literarias para quadrinhos

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Adaptaçãos literarias para quadrinhos

  • 2. SUMÁRIO Introdução 4 Aplicação na Educação 5 Arte e Diagramação: Dayane Deise Silva Santos Adaptação 6 Adaptações Brasileiras 7 O Alienista 8 O Pagador de Promessas 9 O Cortiço 10 Dom Casmurro 11 O Guarani 12 Memórias Póstumas de Brás Cubas 13 Adaptações Estrangeiras 14 Dom Quixote 15 O Pequeno Principe 16 Hamlet 17 O Corcunda de Notre Dame 18 A Baleia Branca 19 A Princesa e o Sapo 20
  • 3. INTRODUÇÃO Os quadrinhos sempre foram consid- erados uma forma secundaria de leitu- ra, por muito tempo sem muito credito na literatura. Eles trazem uma dinâmica forte, levando o leitor a mergulhar nas histórias através das imagens. Nos últimos anos, os quadrinhos veem conquistando um novo espaço, sendo utilizado na área educacional com adaptações para obras literárias. Muitos sucessos literários já foram adaptados e trouxeram grande aceita- ção às histórias contadas. A aceitação é grande, mas ainda hoje, existe um grande preconceito com os quadrinhos, por criticas defenderem que afastam os leitores da obras origi- APLICAÇÃO NA EDUCAÇÃO nais. Aqui serão apresentadas famosas adaptações, revelando arte sequencial se unindo com a arte literal. É possível usar as histórias em quadrinhos na salas de aula? Ex- “Para definir histórias em quadrinhos, istem professores que dizem sim para esta pergunta. Um exemplo é não basta usar do senso comum e dizer o professor Elydio, pois o uso destas adaptações traz grade interesse que são desenhos acompanhados de para os alunos, levando-os à reflexão e auto conhecimento. palavras, pois nem sempre temos desen- “A leitura dos quadrinhos favorece um desenvolvimento mais hos e palavras ao mesmo tempo em um harmonioso entre as tarefas de analisar racionalmente e o trabalho quadrinho”. (Lielson Zeni) de ler o mundo com sensibilidade. Quero lembrar também que o próprio Ministério da Educação sugere a utilização das histórias em quadrinhos no trabalho escolar”, diz o diretor. 4 5
  • 4. Adaptações Adaptação Brasileiras Segundo alguns especialistas, como Lielson Zeni, mestre em Estu- Muitas adaptações brasileiras foram feitas dos Literários pela Universidade Federal do Paraná, com o estudo “A de grandes obras primas da literaturas, de Metamorfose da Linguagem: Análise de Kafka em Quadrinhos”, não grandes mestres, Machado de Assis, Dias há uma fórmula que garanta a qualidade de uma adaptação. Gomes, Aluisio Azevedo, José de Alencar “Quando se está escrevendo, o mundo que você cria está nas entre outros. palavras e na imaginação do leitor, enquanto nos quadrinhos você Os quadrinhos são de diferentes estilos tem que mostrar tudo aquilo. Se você tiver um número de páginas gráficos, com um roteiro forte e simples, limitado, você terá que escolher melhor as imagens para caber tudo dando ao leitor grande compreensão na isso dentro da história”, explica Fábio Moon, que também cita vanta- complexa linguagem literária que esse gens. grandes autores trazem. 6 7
  • 5. O PAGADOR OP DE PROMESSAS DE PROMESSAS O ALIENISTA Adaptar uma obra já é, por si só, uma en- crenca. Imagina então adaptar uma que, do texto para teatro original, já virou até filme A missão de transformar em quadrinhos um dos contos mais fa- vencedor de Palma de Ouro. mosos de Machado de Assis coube aos gêmeos Fábio Moon e Gabri- Guazzelli apostou num roteiro simples, el Bá. E o resultado ficou excelente. “Nossa intenção era preservar ao correto e acessível, sem deslumbramentos máximo o texto original, o jeito que Machado de Assis escrevia. Mas, e rococós - como, aliás, é o trabalho de Dias ao mesmo tempo, queríamos que fosse uma história em quadrinhos, Gomes. não uma história ilustrada”, declarou Moon. É na arte que Guazzelli mata a pau. “Acho que é uma oportunidade legal para alguns fãs de HQs Sua opção é a de fazer uma arte singela, conhecerem essa obra tão importante; e de leitores de Machado de simples, mas profundamente tocante. Assis lerem uma história em quadrinhos”, ressalta Moon. Essa tese, O trabalho de Guazzelli é primoroso. Das aliás, é endossada pelo escritor Flávio Moreira Costa, que assina o diversas adaptações de literatura brasileira prefácio da edição. para HQ que vêm sendo publicadas nos últi- mos anos, é uma das mais brilhantes. 8 9
  • 6. O CORTIÇO HQ tem roteiro e adaptação de Ronaldo Antonelli, desenhos de Francisco L. Vilachã e cores de Fernando A. A. Rodrigues. A obra O Cortiço, de Aluísio de Azevedo, faz parte da coleção Literatura Brasileira em Quadrinhos. O personagem principal deste livro não é de carne e osso. Nem mesmo João Romão, o português DOM bronco e ambicioso que explora até a última gota de sangue da escrava trabalhadeira Bertoleza... A negra também não serve de heroína, nem a sensual Rita Baiana. A vida contada no livro é a do próprio cortiço, personagem de um mundo sem leis, CASMURRO valores, nem moral. Dom Casmurro é um dos principais clás- sicos de nossa literatura e foi transportada numa fiel adaptação para os quadrinhos por dois autores de destaque das HQs brasileiras, Wellington Srbek e José Aguiar. O roteirista Welington Srbek consegue preservar toda a riqueza do texto mach- adiano, reunindo os 148 capítulos curtos que integram a obra original em 20 partes. O realismo que caracteriza a obra é tam- bém transposto nos traços dos desenhos em preto e branco de José Aguiar, que trazem dois estilos para diferenciar a narração feita por Casmurro dos fatos que ele narra. 10 11
  • 7. MEMÓRIAS POSTUMAS DE BRÁS CUBAS “Memórias Póstumas de Brás Cubas” é Considerada por muitos a obra máxima da literatura brasileira, Memórias póstumas de Brás Cubas inaugura o Realismo no Brasil. Nela, Machado de Assis narra, com extrema O GUARANI maestria, a vida e a morte de Brás Cubas, membro da alta sociedade carioca da se- gunda metade do século XIX. A publicação, lançada pela Escala Educacional é escrita e ilustrada pelo quadrinista Sebastião Seabra; a mesma possui 48 paginas. O trabalho editorial competente coroa a ótima adaptação. O roteiro é assinado por Ivan Jaf, que captura o essencial da longa obra de Alencar, suprimindo algumas passa- gens de menor importância. Sem as longas narrativas da literatura romântica, a história cresce em emoção e diversão, cativando o leitor com muita ação e relacionamentos amorosos. Mas o principal motivo para regozijo de quem gosta de quadrinhos é a arte de Luiz Gê. O desenhista estava afastado das HQs havia muito tempo, deixando órfãos os fãs do seu trabalho. Talvez por isso, supondo que ele tenha desenhado primeiro as pá- ginas inicias, a arte demora um pouco a engrenar. É possível perceber que Gê estava “enferrujado”. 12 13
  • 8. DOM QUIXOTE Will Eisner usa a linguagem da história em quadrinhos para apre- sentar aos leitores jovens um dos maiores clássicos da literatura mundial: Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes (1547- 1616). Em ritmo movimentado, ele conta as aventuras do sonhador que era visto como um velho maluco e mostra de que maneira os sonhos de Dom Quixote acabaram sendo eternizados. Para narrar a história do “cavaleiro de triste figura”, Will Eisner, o criador do Spirit, usa todo o seu poder de síntese. Tanto no plano das imagens como no plano do texto, cada quadrinho é altamente informativo. ADAPTAÇÕES ESTRANGEIRAS As adaptações estrangeiras são bem antigas, com diverças series de grandes obras, com grandes nomes como: Miguel de Cervantes, Antonie de Saint-Exupéri, Willian Shakespear, Herman Melville e muitoa outros. Os exemplos aqui apresentados, destacam o grande Will Eisner entre outro diferentes estilos de arte, com grande roteiros, que visam sempre a fidelidade a obra original. 14 15
  • 9. O PEQUENO PRINCIPE O livro de Sfar, que sai no Brasil pela edi- tora Agir, não é uma versão fiel do clássico infantil, mas uma nova obra, daí seu brilho. A revista francesa Lire, aliás, chegou a eleger “O pequeno príncipe” (Agir, cor, 112 pgs., R$ 34) em quadrinhos como a melhor HQ do ano. Mérito de Sfar, que ao inserir na história o autor, Saint-Exupéry, obviamente como o aviador que narra a HQ, mostrou um novo ol- har: “Acho que cada um tem sua história com ‘O pequeno príncipe’. Para mim, foi o livro em que aprendi o que era a morte e também as aquarelas”, chegou a dizer Sfar na época do lançamento, na França. HAMLET Adaptação de Steven Grant como roteirista de Tom Mandrake com a arte. Hamlet é uma tragédia de William Shakespeare, escrita entre 1599 e 1601. A peça, situada na Dinamarca, reconta a história de como o Príncipe Hamlet tenta vingar a morte de seu pai Hamlet, o rei, executando seu tio Cláudio, que o envenenou e em seguida tomou o trono casando-se com a mãe de Hamlet. A peça traça um mapa do curso de vida na loucura real e na loucura fingida — do sofrimento opressivo à raiva fervorosa — e explora temas como a traição, vin- gança, incesto, corrupção e moralidade. 16 17
  • 10. A BALEIA BRANCA Will Eisner contou com a popularidade da história ao criar a sua versão em quadrinhos: certo de que bem ou mal o leitor faz idéia de que vai acompanhar a luta de morte entre um homem e uma baleia, ele pôde montar uma seqüência narrativa feita quase exclu- sivamente de momentos tensos. Com seu traço ao mesmo tempo realista e expres- sionista, com suas cores fortes que tomam conta de cada quadrinho, Eisner recompõe a obsessão do capitão Ahab em destruir o ser ONOTREDAME CORCUNDA monstruoso que já lhe arrancara uma perna. O DE P Sem medir conseqüências, Ahab lança-se mar afora para encontrar a grande baleia DE PROMESSAS branca e, nessa busca, arrasta junto a tripula- ção. Moby Dick, encarnação do mal, encon- tra a morte, mas é esse também o destino de Em O Corcunda de Notre Dame, o número seus perseguidores. 2 da coleção, vivendo recluso na Catedral de Notre Dame, o forte e estranho Quasímodo é tratado por todos como um monstro, até que encontra a gentil cigana Esmeralda e se torna um surpreendente herói ao salvá-la de uma injusta sentença de morte. Clássico de Victor Hugo, adaptado por L. L. Owens e ilustrado por Greg Rebis. 18 19
  • 11. A PRINCESA E O SAPO Esta versão de um dos mais famosos con- tos de fada dos irmãos Grimm é uma dessas empreitadas que está muito longe de ser um trabalho “menor” na carreira de Eisner. Mesmo narrando uma história universal- mente conhecida, o autor dá mostras de sua genialidade inserindo elementos marcantes no texto e no desenho. O estilo teatral do desenho e da narrativa visual de Eisner dá um forte ar dramático à história, que chega a parecer uma peça de William Shakespeare. 20