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Lição 9 – Não Adulterarás
1 de Março de 2015
A fidelidade é a marca maior da vida
conjugal.
Texto Áureo
• “Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a
cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.” (Mt 5.28)
Verdade Prática
O sétimo mandamento diz respeito à pureza sexual e à proteção da
sagrada instituição da família, assim como o mandamento anterior
fala sobre a proteção à vida.
Objetivo Geral
• Apresentar o sétimo mandamento, ressaltando o intento de Deus em
favor da família.
Objetivos específicos
1. Tratar a abrangência e o objetivo do sétimo mandamento.
2. Mostrar o real significado da infidelidade.
3. Relacionar alguns pecados sexuais segundo a lei divina.
4. Analisar o ensino de Jesus acerca do sétimo mandamento.
Introdução
• Dando continuidade ao estudo dos Dez Mandamentos, iremos estudar
nessa lição o sétimo mandamento: “Não Adulterarás”.
• Por alguns, esse mandamento é considerado o segundo mandamento da
segunda tábua.
• Podemos fazer um correlacionamento deste mandamento com o segundo
mandamento da primeira tábua, tendo em vista que o segundo
mandamento da primeira tábua é não farás imagens de esculturas, que é
considerado um “adultério espiritual”.
• Assim como os filhos devem honrar seus pais (Êx. 20.12), e como os pais
devem honrar seus filhos (Ef. 6.4), assim também os cônjuges devem
honrar-se mutuamente. Isso faz parte de uma estrutura social que
prospera, pelo que faz parte da segunda tábua dos Dez Mandamentos
I. O sétimo mandamento
1. Abrangência
• O adultério é a relação sexual de um homem casado com uma mulher que não é sua esposa e
vice-versa. Para muitos, tal prática pode parecer normal, mas a Palavra de DEUS declara: "Não
adulterarás" (Êx 20.14; Dt 5.18). Isso vai muito além da cópula extraconjugal. É a proibição de
toda a forma de prostituição; é DEUS dizendo "não" a todas as concupiscências desnaturais,
imaginações e pensamentos impuros e lascivos (Mt 5.27, 28).
• O quinto mandamento resguarda a vida familiar de ruptura interna. Mas aqui o sétimo
mandamento requer um relacionamento de amor e fidelidade entre marido e mulher. É isso o que
DEUS espera de todos os casais. Na verdade, são ideais provenientes da criação (Gn 2.24).
• No A. Testamento. Contato sexual de uma mulher casada ou comprometida com alguém que não
seja seu marido ou noivo. Ou de um homem casado com uma mulher que não fosse sua esposa.
Todavia, o concubinato era extremamente comum no Antigo Testamento, pelo que um homem
casado podia ter muitas mulheres, contanto que não fossem casadas, e se houvesse contratos
apropriados, sob forma escrita, estipulando as condições segundo as quais o relacionamento
deveria ocorrer. Outrossim, a poligamia era uma prática comum. A poliandria (vários maridos
para uma só mulher), todavia, nunca foi reconhecida na lei e nos costumes dos judeus. Os
versículos que proíbem o adultério incluem Ex, 20:14; Lv. 18:20; Mt. 19:3-12; Gl. 5:19-21.
• O sétimo mandamento, não adulterarás, diz respeito à profanação da
santidade do casamento pelo adultério (20:14). No AT, esse ato é
considerado, primeiramente, um pecado contra o próximo. o homem
adúltero peca contra sua esposa e o marido enganado, e a mulher
adúltera peca contra seu marido e a esposa enganada. A descrição feita
por José do adultério como um pecado “contra DEUS” (Gn 39:9 -
mulher de Potifa) mostra que, de longa data, esse ato era considerado
uma transgressão da vontade de DEUS.
• O castigo para o adultério é estipulado em outras passagens do
Pentateuco (cf. Lv 20:10; Dt 22:22 no contexto do casamento; cf. Dt
22:13-21 quando a mulher não é casada). Em geral, o termo
“adultério” se refere a uma relação sexual envolvendo infidelidade
conjugal.
2. Objetivo
• O objetivo deste mandamento é conservar a sacralidade da família que foi instituída por
DEUS por meio do casamento no jardim do Éden (Gn 2.18-24). A santidade desse
relacionamento familiar deve ser mantida. Esta lei servia também para Israel manter a
pureza sexual e evitar as práticas da cultura egípcia, de onde os israelitas saíram, e da
cultura Cananeia, para onde o povo se dirigia. Os preceitos pertinentes estão descritos
com abundância de detalhes no sistema mosaico (Lv 18.6-30; 20.10-21).
• Pelo fato de a aliança de DEUS com Israel, às vezes, ser descrita como um casamento (cf.
Is 54.5,6; Jr 3.14,20; 31.32; Ez 16.32; Os 2.16), a infidelidade nesse relacionamento, por
parte de Israel, não era nada menos que adultério (cf. Os 4.15; 7.4; Jr 3.8; 5.7; 9.2; 13-27;
Ez 6.9; 16.32; 23.37-45).
• Nesse caso, o outro parceiro são os ídolos e deuses das nações com os quais Israel flertava
e para os quais, vez após outra, ela sucumbiu através de sua história. Jeremias registra o
triste lamento do Senhor que pergunta: “Você viu o que fez Israel, a infiel? Subiu todo
monte elevado e foi para debaixo de toda árvore verdejante para prostituir-se” (Jr 3.6).
Contudo, Judá não era melhor e, depois de ver o comportamento adúltero de sua irmã,
“também se prostituiu, sem temor algum. E por ter feito pouco caso da imoralidade, Judá
contaminou a terra, cometendo adultério com ídolos de pedra e madeira” (v. 8,9).
3. Contexto
• O sétimo mandamento proíbe o adultério. Base original da monogamia. O trecho de Mt.
19:4-8 registra as declarações de JESUS em favor da monogamia e contra o divórcio. Ele
alicerçou o Seu ensino na narrativa da criação do homem. Podemos supor, pois, que,
apesar da permissividade do Antigo Testamento em relação ao concubinato e à
poligamia (para os homens somente era normal), a monogamia é o ideal espiritual.
• A poligamia, como uma relação legalizada entre o homem e várias esposas e concubinas
a ele subordinadas, era permitida na época do AT, mas proibida no NT (por exemplo, 1
Tm 3.2,12). Ela não envolvia o pecado do adultério.
• Apesar das rigorosas proibições bíblicas, o adultério foi amplamente difundido em
diferentes épocas e tornou-se particularmente ofensivo como parte do culto cananeu de
adoração aos Baalins, que incluía a prostituição "sagrada". Indicações de uma lassidão
moral são encontradas em referências como Jó 24.15; 31.9; Provérbios 2.16-19; 7.5-22;
Jeremias 23.10-14. O caso de Davi foi especialmente notório e deu aos inimigos de DEUS
ocasião para blasfemar (2 Sm 11.2-5; 12.14). Essa lassidão moral generalizada prevaleceu
durante o NT e pode ser claramente observada em Marcos 8.38; Lucas 18.11; 1 Coríntios
6.9; Gálatas 5.19; Hebreus 13.4 e em mais de 50 referências feitas no NT ao conceito de
fornicação (porneia, porneuo, porne, pomos).
• Êx 20.14. adultério, como definido por nossas leis, é de dois tipos; dupla
quando entre duas pessoas casadas; único, quando uma das partes é
casado e outra solteiro. Uma parte principal da criminalidade de adultério
consiste na sua injustiça.
1. Ele rouba um homem santo, tomando-lhe a afeição de sua esposa.
2. Ele faz dele um falso pai e o obrigá a manter em sua própria prole um
falso filho um que não é seu. O ato em si, e cada coisa que conduz ao
ato, é proibido por este mandamento. O Senhor diz: Mesmo aquele que
olhar para uma mulher para a cobiçar, já cometeu adultério com ela em
seu coração. E não só o adultério (o sexo ilegal entre duas pessoas
casadas) é proibido aqui, mas também a prostituição e todo tipo de
impureza mental e sensual. Todos os impuros filmes, livros, fotos,
músicas, pinturas, que tendem a inflamar e corromper a mente, são
contra esta lei, bem como uma outra espécie de impureza, por conta de
que o leitor é referido.
II. Infidelidade
1. Adultério
• O verbo hebraico nã’ph, "adulterar, cometer adultério", não apresenta problema
linguístico neste mandamento, diferentemente do que pensam alguns expositores
bíblicos. O termo aparece trinta e quatro vezes no Antigo Testamento, nove vezes em
Jeremias, sete em Ezequiel, seis em Oseias, seis no Pentateuco e quatro na literatura
sapiencial. O verbo ocorre no Decálogo, em Êxodo e em Deuteronômio como lo ’ tinã
’ph,'m "Não adulterarás" (Êx 20.14; Dt 5.18). As outras quatro vezes aparece em
Levítico, que traz de maneira clara e inconfundível a definição de adultério no
contexto da época: "Também o homem que adulterar com a mulher de outro,
havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e
a adúltera" (Lv 20.10). Esse conceito é aprofundado no Novo Testamento. O
cristianismo restaura a monogamia originalmente estabelecida pelo Criador, visto
que a estrutura da sociedade do Antigo Testamento era polígama. A lei se aplica se o
ato envolver uma mulher casada ou comprometida (Dt 22.22-26). Mas, se a mulher
for solteira, o homem será obrigado a se casar com ela e nunca mais poderá se
divorciar, além de pagar uma indenização ao pai da moça (Dt 22.28, 29). Na nova
aliança, não há nada disso; o sétimo mandamento é adaptado à graça, e o assunto é
levado à esfera espiritual e não jurídica ou legal (Jo 8.1-11). Os adúlteros contumazes
e inveterados perdem o direito à vida eterna no céu (1 Co 6.10; Ef 5.5;Ap 22.15).
• Os termos hebraicos para adultério são ni’uph, que só aparece duas vezes no
Antigo Testamento (Jr 13.27; Ez 23.43) e na’ãphüph, que só aparece uma vez (Os
2.2 [4]). Essas três ocorrências estão no plural. A Septuaginta traduz as duas
palavras por moicheia, o mesmo termo usado no Novo Testamento grego, onde
só aparece três vezes (Mt 15.19; Mc 7.22; Jo 8.3).
• Na Bíblia Sagrada, o termo adultério (em hebraico na'aph e em grego moicheia) é
muitas vezes utilizado como uma metáfora para representar a idolatria ou
apostasia da nação e do povo comprometido com DEUS. Exemplos disso podem
ser encontrados em Jeremias 3.8,9; Ezequiel 23.26,43; Oséias 2.2-13; Mateus
12.39; Tiago 4.4. Esse uso está baseado na analogia do relacionamento entre
DEUS e o seu povo, que é semelhante ao relacionamento entre o marido e a sua
esposa, uma característica comum tanto do AT (Jr 2.2; 3.14; 13.27; Os 8.9) como
do NT (Jo 3.29; Ap 19.8,9; 21.2,9). O casamento, que envolve ao mesmo tempo
um pacto legal e um vínculo de amor, representa um símbolo muito adequado do
relacionamento entre CRISTO e a sua igreja (Ef 5.25-27).
2. Sexo antes do casamento
• Embora a palavra sexo não seja mencionada na Bíblia, o tema ocupa um espaço
muito amplo nessa coleção de documentos, e tudo o que há de bom e de ruim
relacionado a isso é descrito de forma explícita. Os hebreus não eram um povo
puritano. Na verdade, eram um povo do vinho, das mulheres e da canção.
Confinar o sexo dentro do casamento exigia a instituição do concubinato, que, de
modo geral, tinha regras muito frouxas, portanto o ideal (da Criação) de um
homem para uma mulher na prática quase nunca teve efeito. Apenas as mulheres
estavam limitadas a um único homem. O ideal original de Gn. 1.26-28 era que
houvesse uma união entre um homem e uma mulher e que essa união tivesse o
propósito da procriação, pois era obrigação deles “frutificar e multiplicar”. JESUS
aprovou o plano original como sendo parte do esforço contra o abuso (Mt.
19.4.8).
• A virgindade antes do casamento era fator crucial para mulheres no Antigo
Testamento, mas aparentemente não era respeitada para homens. Isso ajudava a
evitar a confusão das linhagens familiares e, em sua essência, servia aos mesmos
propósitos das leis contra o adultério.
• Virgem no Antigo Testamento
• O termo hebraico bethulah, "virgem” é cognato do ugarítico btit, um termo, com
frequência, usado como um dos títulos da deusa Anate. Em outras línguas
também havia cognatos, como o acádico batultu e o no assírio, batussu. Esse era
o termo específico para a ideia de “virgem intacta”, da mulher que não tivesse
tido seu hímen violado em um primeiro contato sexual.
• A virgindade é uma virtude na ordem da criação dos seres vivos, especialmente
no caso da mulher, por três razões básicas:
• a. a relação matrimonial precisava ser mantida inviolável, dentro do sistema de
casamentos monógamos (um homem e uma mulher) (ver Êx. 22).
• b. O casamento de um homem com uma mulher virgem garantia a pureza da
herança, que era fundamentalmente importante ao oficio sacerdotal de grupos
específicos dentro da nação de Israel (ver Lv. 21:14).
• c. A virgindade, por si mesma, era reputada como uma condição desejável (ver Et.
2:2). Esse ponto de vista é refletido até no Novo testamento, nos escritos
paulinos, onde ele diz: “E assim quem casa a sua filha virgem faz bem; quem não
a casa faz melhor” (1 Co. 7:38).
• De acordo com essa atitude judaica, a perda da virgindade deveria ocorrer dentro das relações
matrimoniais. Qualquer perda de virgindade, por ato de violência, era duplamente lamentada
(ver, por exemplo, II Sam. 13:13,14). Em Gênesis 24:16, encontramos um detalhe interessante.
Lemos ali: “A moça era mui formosa de aparência, virgem, a quem nenhum homem havia
possuído. O detalhe é que além de Rebeca ser declarada virgem, foram acrescentadas as palavras
a quem nenhum homem havia possuído, como segurança para se entender que não havia
qualquer dúvida quanto à virgindade dela, embora ela fosse classificada como virgem (no
hebraico, bethulah).
• No Antigo Testamento, por várias vezes a palavra “virgens” era usada para indicar a comunidade
das “virgens”, como representante de um estado ou nação.
• Geralmente, as virgens formavam o grupo humano mais protegido e recluso da nação. É, por isso
mesmo, a felicidade delas (ver Ct. 6:8), o escárnio com que fossem tratadas (ver II Reis 19:21; Is.
37:22) ou a miséria delas (ver Is. 46: 11) indicavam a rigidez e a segurança do povo a que
pertenciam. Assim é que a posição de virgindade, por muitas vezes, é comparada com a pureza da
adoração a Yahweh, por parte do povo de Israel. Esse conceito tem o seu devido reflexo no Novo
Testamento, na idéia de que a Igreja é a pura Noiva de CRISTO (A Igreja - Noiva Virgem). Por outro
lado, a idolatria do povo de Israel, sempre que se manifestou, é retratada no Antigo Testamento
como as raias da depravação sexual.
• Virgem no Novo Testamento - Conforme já demos a entender, todos
os ensinamentos acerca da virgindade e da moralidade, que há no
Antigo Testamento, passam intactos e até são elaborados no Novo
Testamento. Em nenhuma das quinze ocorrências do termo grego
párthenos, "virgem”, há qualquer menção a outra coisa senão a
virgens.
3. Fornicação
• O verbo hebraico zãnãh, "cometer fornicação, praticar prostituição", designa
primariamente um relacionamento sexual fora de uma união formal. O particípio do
verbo zãnãh é zonãh, e se refere à mulher que se entrega a tal prática. A isso comumente
se chama "fornicação", mas se um dos envolvidos tiver já assumido união formal com
outra pessoa este ato será considerado adultério. O verbo zãnãh e os substantivos
derivados zenumm, zenut, e taznüt, "fornicação, prostituição", são sinônimos quase
perfeitos. Zenüním aparece onze vezes (Gn 38.24; 2 Rs 9.22; Ez 23.11 [duas vezes]; 23.29;
Os 1.2 [duas vezes]; 2.3[4], 4[6]; 4.12; 5.4; Na 3.4 [duas vezes]; zenüt ocorre nove vezes
(Nm 14.33; Jr 3.2, 9; 13.27; Ez 23.27; 43.7, 9; Os 4.11; 6.10) e taznüt só aparece em dois
capítulos de Ezequiel: no capítulo 16, nove vezes, e, no capítulo 23, onze vezes. A
Septuaginta emprega o termo pornê,m "prostituta, meretriz".
• O substantivo porneia e o verbo porneuõ aparecem na Bíblia para designar orgia (Nm
25.1; 1 Co 10.8), incesto (1 Co 5.1) e práticas homossexuais (Jd 7). O termo porneia, às
vezes, aparece junto com adultério e, outras vezes, como sinônimo, mas é um termo
genérico e indica "prostituição, incastidade, fornicação, adultério, imoralidade, práticas
homossexuais", ao passo que moicheia é usado especificamente para adultério e nunca
se aplica à prostituição.
• O Antigo Testamento emprega todos esses termos também de forma metafórica para descrever a
apostasia de Israel e sua infidelidade a Javé, seu DEUS. O profeta Ezequiel, no capítulo 16,
descreve a apostasia de Israel como prostituição e revela a diferença entre nã ’ph e zãnãh.
• A "meretriz", zonãh, substantivo derivado do verbo zãnãh, é a mulher que recebe pagamento por
favores sexuais (Ez 16.31b). Esse conceito é reiterado nos versículos 33 e 34. A "mulher adúltera",
é a que recebe estranhos em vez do marido (Ez 16.32). O Antigo Testamento nunca emprega naph
para designar a prostituta profissional. Essa diferença é verificada em Provérbios, quando afirma
que a zonãh é a mulher que se oferece por um pedaço de pão, "prostituta" (Pv 6.26), ao passo
que no ’êph, "adúltera", é a mulher que tem marido mas se entrega a outro homem (Pv 6.32-34).
• O sétimo mandamento inclui também a proibição da prática homossexual. É o próprio DEUS
quem chama o comportamento homossexual de abominação, e a lei aplica a pena de morte
contra os que cometerem tal pecado (Lv 18.22; 20.13). Era a prática do culto cananeu que
envolvia a chamada "prostituição sagrada" (1 Rs 24.24; 15.12). O sodomita e a rameira são
colocados na mesma categoria (Dt 23.17). A prática é proibida em toda a Bíblia (Rm 1.24-28; 1 Tm
1.10), mas a nova aliança leva o assunto para a esfera espiritual, implicando a salvação e não a
pena capital (1 Co 6.10). O ensino de JESUS é: "Vai-te e não peques mais" (Jo 8.11).
III. OUTROS PECADOS SEXUAIS
1. ESTUPRO.
• A sedução é uma espécie de violação, embora reconhecida como menos séria que "a violação forçada, ou
estupro. Contudo, a sedução também envolve violência, embora do tipo mental e psicológico. Algumas
vezes, envolve o poder do dinheiro, ou alguma vantagem qualquer, capaz de convencer a mulher a ceder.
Porém, também se reconhece que uma.mulher pode querer ser seduzida, embora nunca o declare.
Outrossim, as mulheres convidam à sedução mediante a maneira como se vestem e agem. Ademais,
algumas vezes a mulher é que seduz o homem. Por causa dessa variedade de fatores, a sedução é
considerada menos séria que a violação. Porém, a sedução contra uma mulher casada era considerada
adultério, pelo que ambos os envolvidos estavam sujeitos à pena de morte. A violação era punida com a
morte do homem culpado (Deu. 22:25-27). Se um homem seduzisse uma virgem (que não estivesse noiva)
que consentisse com o ato, então ele poderia corrigir o erro casando-se com ela legalmente, além de pagar
uma multa a seu pai. Se o pai não permitisse o casamento, a jovem não se casava, e o culpado tinha de
pagar uma importância adicional. Se um sedutor se casasse com a jovem a quem seduzira, nunca poderia
divorciar-se dela (Deu. 22:29).
• Se um homem violasse forçosamente uma mulher solteira fora de casa (longe da proteção da casa), ele
devia ser morto, sem qualquer pena sendo atribuída à mulher (Dt 22.25-27). O estupro de uma mulher que
era casada ou noiva era considerado como adultério e, portanto, sujeito à pena de morte. Se um homem
seduzisse uma virgem com o consentimento dela, não sendo ela noiva, então ele devia pagar ao pai dela
uma alta indenização de cinquenta moedas de prata, e levá-la para sua casa como sua esposa legal, a menos
que o pai se recusasse completamente permitir que ele se casasse com ela (Êx 22.16,17; Dt 22.28,29). Neste
caso a esposa não estava sujeita ao divórcio até o fim de sua vida (22.29).
2. INCESTO.
• Todas as variedades de incesto requeriam a pena de morte (Lev. 20:11). Relações sexuais com a
própria sogra ou com a mãe de uma concubina eram punidas com a execução na fogueira.
• Irmão e irmã, sobrinho e tia, cunhado e cunhada são outros casos especificamente mencionados.
Ver as referências abaixo, onde são mencionados os vários casos: Lev. 20:11,12,17; 19:21 e
Deut.27:33. Entretanto, um homem podia casar-se com a viúva de um seu irmão e até mesmo
estava nessa obrigação, se seu irmão e aquela mulher não tivessem tido filhos.
• A tentativa de casamento ou relação sexual entre parentes próximos constituía um crime capital;
Levíticos 20.11 assim especifica no caso de um filho que se deitasse com a esposa de seu pai, ou
um sogro com a esposa do filho. A morte pelo fogo era indicada para o que dormiu com a mãe de
sua esposa (ou amante, Lv 20.14); todos os três deviam ser assim executados. Também incluídos
como incesto estão: irmão e irmã, sobrinho e tia, cunhado e cunhada (Lv 20.11,12,17,19-21 —
exceto no caso do casamento levirato (onde um irmão sobrevivente se casa com a esposa sem
filhos do irmão morto — Dt 25.5-10). Semelhantemente incestuosa é a união entre um homem e
sua sogra (Dt 27.23) e, aparentemente, também o casamento de duas irmãs (Lv 18.18 — uma
passagem que alguns consideram como uma proibição a toda poligamia, entendendo “irmã”
como equivalente a “outra mulher”, de acordo com um uso hebraico comum). As uniões entre
mãe ou madrasta e o filho, entre avós e netos, entre um homem e sua meio-irmã, são
adicionadas à lista (18.7-18).
3. BESTIALIDADE.
• Um vocábulo que indica a prática de contato sexual entre seres humanos e outras formas de vida animal. O
Antigo Testamento condena a prática, chamando-a de «abominação. (Lev. 18:23; Deu. 27:21). O épico de
Gilgamés retrata Enkidu, o caçador de feras, a praticar atos sexuais com as feras. É possível que a expressão
usada por Paulo em Rom. 1: 18-27, «imundícia», inclua tais práticas antinaturais,
• Práticas Modernas. O famoso relatório Kinsey, que estudou estatisticamente o comportamento sexual do
povo norte-americano, afirma que entre quarenta e cinquenta por cento dos varões daquele pais, que
residem em áreas rurais, têm contatos sexuais ocasionais, não-habituaís, com animais das fazendas.
• Entre as mulheres. a porcentagem é menor que dois por cento. Nas cidades, a porcentagem de varões
envolvidos na prática cai para cerca de quatro por cento. Tal prática é proibida por lei em 49 dos 50 estados
norte-americanos. Se fôssemos fazer um estudo semelhante no Brasil, provavelmente as taxas encontradas
não seriam muito diferentes disso.
• A Moralidade Cristã. A Igreja cristã sempre assumiu a posição do Antigo Testamento, condenando tal prática.
Os psicólogos afirmam que o senso de culpa que os culpados adquirem é algo muito injurioso ao bem-estar
e a tranquilidade deles.
• Um uso sinônimo do termo «bestialidade» indica qualquer ato cruel, degradante e vil, ,praticado por
indivíduos que agem como se fossem irracionais.
IV, O ENSINO DE JESUS
1. O SÉTIMO MANDAMENTO NOS EVANGELHOS.
• O Senhor JESUS, no Sermão do Monte, depois de falar sobre o sexto
mandamento, seguiu a mesma ordem do Decálogo, mencionando a proteção da
vida e a preservação da família. Ele reiterou o que DEUS disse no princípio da
criação sobre o casamento, que se trata de uma instituição divina, uma união
estabelecida pelo próprio DEUS (Mt 19.4-6).
• "Não adulterarás" é citado no Sermão do Monte e para o moço rico (Mt 5.27;
19.18; Mc 10.19; Lc 18.20). JESUS corrigiu com autoridade e muita propriedade o
pensamento equivocado dos líderes religiosos dos seus dias. Os escribas e
fariseus haviam reduzido o mandamento "Não adulterarás” ao próprio ato físico
e, desconhecendo o espírito da lei, apegavam-se à letra da lei (2 Co 3.6). Assim,
como é possível cometer assassinato sem o ato concreto, mas apenas com a
cólera ou palavras insultuosas, da mesma forma é possível cometer adultério só
no pensamento. Parece que os rabis daquela época não davam a devida atenção
ao décimo mandamento que ordena não cobiçar a mulher do próximo.
2. O PROBLEMA DOS ESCRIBAS E FARISEUS.
• O adultério começa na mente contaminada pela cobiça e termina no
corpo pela prática física (Mt 15.34; Tg 1.15). O ensino de JESUS é mais
profundo e vai à raiz do problema. Ele disse que nem é preciso o
homem se deitar com uma mulher para cometer adultério; basta
olhar e cobiçar uma mulher que não seja sua esposa, e já cometeu
adultério com ela (Mt 5.28). É o adultério da mente que é consumado
no corpo; não se restringe somente à prática do ato, mas também ao
pensamento. E a sanção contra o referido pecado é de caráter
espiritual e se distingue do sistema mosaico.
3. A CONCUPISCÊNCIA.
• Não é proibido olhar para uma mulher e vice-versa, pois há diferença entre olhar e cobiçar. O pecado é o olhar concupiscente. O
sexo é santo aos olhos de DEUS, desde que dentro do casamento, nunca fora dele. A Palavra de DEUS ressalta: "Venerado seja
entre todos o matrimônio e o leito sem mácula" (Hb 13.4). O termo grego para "venerado" é tímios, "honrado". A Versão Almeida
Atualizada traduz por: "Digno de honra"; e a Tradução Brasileira por: "Seja honrado". Que os votos de fidelidade do casamento
sejam mantidos e da mesma maneira seja puro o relacionamento matrimonial. O livro de Cantares de Salomão mostra que o sexo
não é apenas para procriação, mas também para o prazer e a felicidade dos seres humanos. JESUS não está tratando disso, não
está questionando o sexo, mas combatendo a impureza sexual e o sexo ilícito, a prostituição. O ensino dele é que qualquer prática
imoral no ato é igualmente condenada no olhar, no pensamento e na imaginação (Mt 5.27). JESUS disse que os adultérios
procedem do coração humano (Mt 15.19).
• Cabe aqui uma breve reflexão sobre o divórcio. Trata-se de um dos temas mais polêmicos da Igreja. Essas controvérsias já existiam
mesmo antes do nascimento de JESUS. O divórcio permitido por Moisés previa novas núpcias, e a base para a sua legitimidade
nunca ficou clara no Antigo Testamento:
• Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa
feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Se ela, pois, saindo da sua casa, for e se casar
com outro homem... (Dt 24.1,2).
• O "escrito de repúdio" significa "termo de divórcio" (ARA). A mulher não era considerada adúltera se contraísse novo casamento,
mesmo tendo o seu primeiro marido encontrado nela "coisa feia". Não se sabia o que a lei queria dizer com tal expressão "coisa
feia" ou "indecente" (ARA). Havia muita discussão entre as principais escolas rabínicas no período de Herodes, o Grande, Hillel e
Shammai. O primeiro era liberal, e o segundo, conservador. Para Hillel e seus seguidores, "coisa feia" era qualquer coisa que o
marido considerasse como tal. Mas, para Shammai e seus discípulos, o termo se referia aos pecados sexuais.
CONCUPISCÊNCIA
• Precisamos levar em conta três palavras hebraicas e quatro palavras gregas, a saber:
1. Nephesh, «alma», «respiração», «desejo». Essa palavra hebraica é de ocorrência comum, mas
com o sentido de «concupiscência» aparece somente por duas vezes: Êx. 15:9; Sl. 78:18.
2. Sheriruth, «teimosia», «inimizade», «imaginação». Palavra hebraica usada por dez vezes,
embora apenas por uma vez com o sentido de «concupiscência»: Sl. 81:12.
3. Taavah, «objeto de desejo». Palavra hebraica usada por quinze vezes. Por exemplo: Sl.
78:29,30; 112:10; Pv. 10:24; 21:15; Is. 26:8.
4. Epithumía, «desejo forte», «concupiscência». Palavra grega usada por trinta e sete vezes.
Alguns exemplos são: Mc. 4:19; Lc. 22:15; Jo 8:44; Rm. 1:24; Gl. 5:16,24; Ef. 2:3; Fl. 1:23; Cl.3:5.
5. Hedoné, «prazer», «doçura». Palavra grega usada por cinco vezes: Lc. 8:14; Tt 3:3; Tg. 4:1,3; II
Pe. 2:13. É desse termo que nos vem o vocábulo português «hedonismo» (que vide).
6. Óreksis, «desejo ansioso». Palavra grega usada por somente uma vez: Rm. 1:27.
7. Páthos, «sofrimento», «afeto». Palavra grega usada por três vezes: Rm. 1:26; Cl. 3:5; I Ts. 4:5.
Conclusão
• A questão da sexualidade é uma das mais tormentosas em nossos
dias e não é para ser diferente, pois estamos a viver dias similares aos
dias de Noé, estamos vivendo dias de apostasia espiritual, dias de
rebeldia contra Deus e este é um tema relevantíssimo da moral
estatuída pelo Senhor. Que Deus nos dê graça para que nos
mantenhamos separados de toda esta circunstância contrária à
vontade de Deus e que saibamos manter os nossos corpos em
santificação, fugindo da imoralidade sexual (I Ts.4:3-5). Amém!

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Lição 9 – Não Adulterarás

  • 1. Lição 9 – Não Adulterarás 1 de Março de 2015 A fidelidade é a marca maior da vida conjugal.
  • 2. Texto Áureo • “Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.” (Mt 5.28)
  • 3. Verdade Prática O sétimo mandamento diz respeito à pureza sexual e à proteção da sagrada instituição da família, assim como o mandamento anterior fala sobre a proteção à vida.
  • 4. Objetivo Geral • Apresentar o sétimo mandamento, ressaltando o intento de Deus em favor da família.
  • 5. Objetivos específicos 1. Tratar a abrangência e o objetivo do sétimo mandamento. 2. Mostrar o real significado da infidelidade. 3. Relacionar alguns pecados sexuais segundo a lei divina. 4. Analisar o ensino de Jesus acerca do sétimo mandamento.
  • 6. Introdução • Dando continuidade ao estudo dos Dez Mandamentos, iremos estudar nessa lição o sétimo mandamento: “Não Adulterarás”. • Por alguns, esse mandamento é considerado o segundo mandamento da segunda tábua. • Podemos fazer um correlacionamento deste mandamento com o segundo mandamento da primeira tábua, tendo em vista que o segundo mandamento da primeira tábua é não farás imagens de esculturas, que é considerado um “adultério espiritual”. • Assim como os filhos devem honrar seus pais (Êx. 20.12), e como os pais devem honrar seus filhos (Ef. 6.4), assim também os cônjuges devem honrar-se mutuamente. Isso faz parte de uma estrutura social que prospera, pelo que faz parte da segunda tábua dos Dez Mandamentos
  • 7. I. O sétimo mandamento 1. Abrangência • O adultério é a relação sexual de um homem casado com uma mulher que não é sua esposa e vice-versa. Para muitos, tal prática pode parecer normal, mas a Palavra de DEUS declara: "Não adulterarás" (Êx 20.14; Dt 5.18). Isso vai muito além da cópula extraconjugal. É a proibição de toda a forma de prostituição; é DEUS dizendo "não" a todas as concupiscências desnaturais, imaginações e pensamentos impuros e lascivos (Mt 5.27, 28). • O quinto mandamento resguarda a vida familiar de ruptura interna. Mas aqui o sétimo mandamento requer um relacionamento de amor e fidelidade entre marido e mulher. É isso o que DEUS espera de todos os casais. Na verdade, são ideais provenientes da criação (Gn 2.24). • No A. Testamento. Contato sexual de uma mulher casada ou comprometida com alguém que não seja seu marido ou noivo. Ou de um homem casado com uma mulher que não fosse sua esposa. Todavia, o concubinato era extremamente comum no Antigo Testamento, pelo que um homem casado podia ter muitas mulheres, contanto que não fossem casadas, e se houvesse contratos apropriados, sob forma escrita, estipulando as condições segundo as quais o relacionamento deveria ocorrer. Outrossim, a poligamia era uma prática comum. A poliandria (vários maridos para uma só mulher), todavia, nunca foi reconhecida na lei e nos costumes dos judeus. Os versículos que proíbem o adultério incluem Ex, 20:14; Lv. 18:20; Mt. 19:3-12; Gl. 5:19-21.
  • 8. • O sétimo mandamento, não adulterarás, diz respeito à profanação da santidade do casamento pelo adultério (20:14). No AT, esse ato é considerado, primeiramente, um pecado contra o próximo. o homem adúltero peca contra sua esposa e o marido enganado, e a mulher adúltera peca contra seu marido e a esposa enganada. A descrição feita por José do adultério como um pecado “contra DEUS” (Gn 39:9 - mulher de Potifa) mostra que, de longa data, esse ato era considerado uma transgressão da vontade de DEUS. • O castigo para o adultério é estipulado em outras passagens do Pentateuco (cf. Lv 20:10; Dt 22:22 no contexto do casamento; cf. Dt 22:13-21 quando a mulher não é casada). Em geral, o termo “adultério” se refere a uma relação sexual envolvendo infidelidade conjugal.
  • 9. 2. Objetivo • O objetivo deste mandamento é conservar a sacralidade da família que foi instituída por DEUS por meio do casamento no jardim do Éden (Gn 2.18-24). A santidade desse relacionamento familiar deve ser mantida. Esta lei servia também para Israel manter a pureza sexual e evitar as práticas da cultura egípcia, de onde os israelitas saíram, e da cultura Cananeia, para onde o povo se dirigia. Os preceitos pertinentes estão descritos com abundância de detalhes no sistema mosaico (Lv 18.6-30; 20.10-21). • Pelo fato de a aliança de DEUS com Israel, às vezes, ser descrita como um casamento (cf. Is 54.5,6; Jr 3.14,20; 31.32; Ez 16.32; Os 2.16), a infidelidade nesse relacionamento, por parte de Israel, não era nada menos que adultério (cf. Os 4.15; 7.4; Jr 3.8; 5.7; 9.2; 13-27; Ez 6.9; 16.32; 23.37-45). • Nesse caso, o outro parceiro são os ídolos e deuses das nações com os quais Israel flertava e para os quais, vez após outra, ela sucumbiu através de sua história. Jeremias registra o triste lamento do Senhor que pergunta: “Você viu o que fez Israel, a infiel? Subiu todo monte elevado e foi para debaixo de toda árvore verdejante para prostituir-se” (Jr 3.6). Contudo, Judá não era melhor e, depois de ver o comportamento adúltero de sua irmã, “também se prostituiu, sem temor algum. E por ter feito pouco caso da imoralidade, Judá contaminou a terra, cometendo adultério com ídolos de pedra e madeira” (v. 8,9).
  • 10. 3. Contexto • O sétimo mandamento proíbe o adultério. Base original da monogamia. O trecho de Mt. 19:4-8 registra as declarações de JESUS em favor da monogamia e contra o divórcio. Ele alicerçou o Seu ensino na narrativa da criação do homem. Podemos supor, pois, que, apesar da permissividade do Antigo Testamento em relação ao concubinato e à poligamia (para os homens somente era normal), a monogamia é o ideal espiritual. • A poligamia, como uma relação legalizada entre o homem e várias esposas e concubinas a ele subordinadas, era permitida na época do AT, mas proibida no NT (por exemplo, 1 Tm 3.2,12). Ela não envolvia o pecado do adultério. • Apesar das rigorosas proibições bíblicas, o adultério foi amplamente difundido em diferentes épocas e tornou-se particularmente ofensivo como parte do culto cananeu de adoração aos Baalins, que incluía a prostituição "sagrada". Indicações de uma lassidão moral são encontradas em referências como Jó 24.15; 31.9; Provérbios 2.16-19; 7.5-22; Jeremias 23.10-14. O caso de Davi foi especialmente notório e deu aos inimigos de DEUS ocasião para blasfemar (2 Sm 11.2-5; 12.14). Essa lassidão moral generalizada prevaleceu durante o NT e pode ser claramente observada em Marcos 8.38; Lucas 18.11; 1 Coríntios 6.9; Gálatas 5.19; Hebreus 13.4 e em mais de 50 referências feitas no NT ao conceito de fornicação (porneia, porneuo, porne, pomos).
  • 11. • Êx 20.14. adultério, como definido por nossas leis, é de dois tipos; dupla quando entre duas pessoas casadas; único, quando uma das partes é casado e outra solteiro. Uma parte principal da criminalidade de adultério consiste na sua injustiça. 1. Ele rouba um homem santo, tomando-lhe a afeição de sua esposa. 2. Ele faz dele um falso pai e o obrigá a manter em sua própria prole um falso filho um que não é seu. O ato em si, e cada coisa que conduz ao ato, é proibido por este mandamento. O Senhor diz: Mesmo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já cometeu adultério com ela em seu coração. E não só o adultério (o sexo ilegal entre duas pessoas casadas) é proibido aqui, mas também a prostituição e todo tipo de impureza mental e sensual. Todos os impuros filmes, livros, fotos, músicas, pinturas, que tendem a inflamar e corromper a mente, são contra esta lei, bem como uma outra espécie de impureza, por conta de que o leitor é referido.
  • 12. II. Infidelidade 1. Adultério • O verbo hebraico nã’ph, "adulterar, cometer adultério", não apresenta problema linguístico neste mandamento, diferentemente do que pensam alguns expositores bíblicos. O termo aparece trinta e quatro vezes no Antigo Testamento, nove vezes em Jeremias, sete em Ezequiel, seis em Oseias, seis no Pentateuco e quatro na literatura sapiencial. O verbo ocorre no Decálogo, em Êxodo e em Deuteronômio como lo ’ tinã ’ph,'m "Não adulterarás" (Êx 20.14; Dt 5.18). As outras quatro vezes aparece em Levítico, que traz de maneira clara e inconfundível a definição de adultério no contexto da época: "Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera" (Lv 20.10). Esse conceito é aprofundado no Novo Testamento. O cristianismo restaura a monogamia originalmente estabelecida pelo Criador, visto que a estrutura da sociedade do Antigo Testamento era polígama. A lei se aplica se o ato envolver uma mulher casada ou comprometida (Dt 22.22-26). Mas, se a mulher for solteira, o homem será obrigado a se casar com ela e nunca mais poderá se divorciar, além de pagar uma indenização ao pai da moça (Dt 22.28, 29). Na nova aliança, não há nada disso; o sétimo mandamento é adaptado à graça, e o assunto é levado à esfera espiritual e não jurídica ou legal (Jo 8.1-11). Os adúlteros contumazes e inveterados perdem o direito à vida eterna no céu (1 Co 6.10; Ef 5.5;Ap 22.15).
  • 13. • Os termos hebraicos para adultério são ni’uph, que só aparece duas vezes no Antigo Testamento (Jr 13.27; Ez 23.43) e na’ãphüph, que só aparece uma vez (Os 2.2 [4]). Essas três ocorrências estão no plural. A Septuaginta traduz as duas palavras por moicheia, o mesmo termo usado no Novo Testamento grego, onde só aparece três vezes (Mt 15.19; Mc 7.22; Jo 8.3). • Na Bíblia Sagrada, o termo adultério (em hebraico na'aph e em grego moicheia) é muitas vezes utilizado como uma metáfora para representar a idolatria ou apostasia da nação e do povo comprometido com DEUS. Exemplos disso podem ser encontrados em Jeremias 3.8,9; Ezequiel 23.26,43; Oséias 2.2-13; Mateus 12.39; Tiago 4.4. Esse uso está baseado na analogia do relacionamento entre DEUS e o seu povo, que é semelhante ao relacionamento entre o marido e a sua esposa, uma característica comum tanto do AT (Jr 2.2; 3.14; 13.27; Os 8.9) como do NT (Jo 3.29; Ap 19.8,9; 21.2,9). O casamento, que envolve ao mesmo tempo um pacto legal e um vínculo de amor, representa um símbolo muito adequado do relacionamento entre CRISTO e a sua igreja (Ef 5.25-27).
  • 14. 2. Sexo antes do casamento • Embora a palavra sexo não seja mencionada na Bíblia, o tema ocupa um espaço muito amplo nessa coleção de documentos, e tudo o que há de bom e de ruim relacionado a isso é descrito de forma explícita. Os hebreus não eram um povo puritano. Na verdade, eram um povo do vinho, das mulheres e da canção. Confinar o sexo dentro do casamento exigia a instituição do concubinato, que, de modo geral, tinha regras muito frouxas, portanto o ideal (da Criação) de um homem para uma mulher na prática quase nunca teve efeito. Apenas as mulheres estavam limitadas a um único homem. O ideal original de Gn. 1.26-28 era que houvesse uma união entre um homem e uma mulher e que essa união tivesse o propósito da procriação, pois era obrigação deles “frutificar e multiplicar”. JESUS aprovou o plano original como sendo parte do esforço contra o abuso (Mt. 19.4.8). • A virgindade antes do casamento era fator crucial para mulheres no Antigo Testamento, mas aparentemente não era respeitada para homens. Isso ajudava a evitar a confusão das linhagens familiares e, em sua essência, servia aos mesmos propósitos das leis contra o adultério.
  • 15. • Virgem no Antigo Testamento • O termo hebraico bethulah, "virgem” é cognato do ugarítico btit, um termo, com frequência, usado como um dos títulos da deusa Anate. Em outras línguas também havia cognatos, como o acádico batultu e o no assírio, batussu. Esse era o termo específico para a ideia de “virgem intacta”, da mulher que não tivesse tido seu hímen violado em um primeiro contato sexual. • A virgindade é uma virtude na ordem da criação dos seres vivos, especialmente no caso da mulher, por três razões básicas: • a. a relação matrimonial precisava ser mantida inviolável, dentro do sistema de casamentos monógamos (um homem e uma mulher) (ver Êx. 22). • b. O casamento de um homem com uma mulher virgem garantia a pureza da herança, que era fundamentalmente importante ao oficio sacerdotal de grupos específicos dentro da nação de Israel (ver Lv. 21:14). • c. A virgindade, por si mesma, era reputada como uma condição desejável (ver Et. 2:2). Esse ponto de vista é refletido até no Novo testamento, nos escritos paulinos, onde ele diz: “E assim quem casa a sua filha virgem faz bem; quem não a casa faz melhor” (1 Co. 7:38).
  • 16. • De acordo com essa atitude judaica, a perda da virgindade deveria ocorrer dentro das relações matrimoniais. Qualquer perda de virgindade, por ato de violência, era duplamente lamentada (ver, por exemplo, II Sam. 13:13,14). Em Gênesis 24:16, encontramos um detalhe interessante. Lemos ali: “A moça era mui formosa de aparência, virgem, a quem nenhum homem havia possuído. O detalhe é que além de Rebeca ser declarada virgem, foram acrescentadas as palavras a quem nenhum homem havia possuído, como segurança para se entender que não havia qualquer dúvida quanto à virgindade dela, embora ela fosse classificada como virgem (no hebraico, bethulah). • No Antigo Testamento, por várias vezes a palavra “virgens” era usada para indicar a comunidade das “virgens”, como representante de um estado ou nação. • Geralmente, as virgens formavam o grupo humano mais protegido e recluso da nação. É, por isso mesmo, a felicidade delas (ver Ct. 6:8), o escárnio com que fossem tratadas (ver II Reis 19:21; Is. 37:22) ou a miséria delas (ver Is. 46: 11) indicavam a rigidez e a segurança do povo a que pertenciam. Assim é que a posição de virgindade, por muitas vezes, é comparada com a pureza da adoração a Yahweh, por parte do povo de Israel. Esse conceito tem o seu devido reflexo no Novo Testamento, na idéia de que a Igreja é a pura Noiva de CRISTO (A Igreja - Noiva Virgem). Por outro lado, a idolatria do povo de Israel, sempre que se manifestou, é retratada no Antigo Testamento como as raias da depravação sexual.
  • 17. • Virgem no Novo Testamento - Conforme já demos a entender, todos os ensinamentos acerca da virgindade e da moralidade, que há no Antigo Testamento, passam intactos e até são elaborados no Novo Testamento. Em nenhuma das quinze ocorrências do termo grego párthenos, "virgem”, há qualquer menção a outra coisa senão a virgens.
  • 18. 3. Fornicação • O verbo hebraico zãnãh, "cometer fornicação, praticar prostituição", designa primariamente um relacionamento sexual fora de uma união formal. O particípio do verbo zãnãh é zonãh, e se refere à mulher que se entrega a tal prática. A isso comumente se chama "fornicação", mas se um dos envolvidos tiver já assumido união formal com outra pessoa este ato será considerado adultério. O verbo zãnãh e os substantivos derivados zenumm, zenut, e taznüt, "fornicação, prostituição", são sinônimos quase perfeitos. Zenüním aparece onze vezes (Gn 38.24; 2 Rs 9.22; Ez 23.11 [duas vezes]; 23.29; Os 1.2 [duas vezes]; 2.3[4], 4[6]; 4.12; 5.4; Na 3.4 [duas vezes]; zenüt ocorre nove vezes (Nm 14.33; Jr 3.2, 9; 13.27; Ez 23.27; 43.7, 9; Os 4.11; 6.10) e taznüt só aparece em dois capítulos de Ezequiel: no capítulo 16, nove vezes, e, no capítulo 23, onze vezes. A Septuaginta emprega o termo pornê,m "prostituta, meretriz". • O substantivo porneia e o verbo porneuõ aparecem na Bíblia para designar orgia (Nm 25.1; 1 Co 10.8), incesto (1 Co 5.1) e práticas homossexuais (Jd 7). O termo porneia, às vezes, aparece junto com adultério e, outras vezes, como sinônimo, mas é um termo genérico e indica "prostituição, incastidade, fornicação, adultério, imoralidade, práticas homossexuais", ao passo que moicheia é usado especificamente para adultério e nunca se aplica à prostituição.
  • 19. • O Antigo Testamento emprega todos esses termos também de forma metafórica para descrever a apostasia de Israel e sua infidelidade a Javé, seu DEUS. O profeta Ezequiel, no capítulo 16, descreve a apostasia de Israel como prostituição e revela a diferença entre nã ’ph e zãnãh. • A "meretriz", zonãh, substantivo derivado do verbo zãnãh, é a mulher que recebe pagamento por favores sexuais (Ez 16.31b). Esse conceito é reiterado nos versículos 33 e 34. A "mulher adúltera", é a que recebe estranhos em vez do marido (Ez 16.32). O Antigo Testamento nunca emprega naph para designar a prostituta profissional. Essa diferença é verificada em Provérbios, quando afirma que a zonãh é a mulher que se oferece por um pedaço de pão, "prostituta" (Pv 6.26), ao passo que no ’êph, "adúltera", é a mulher que tem marido mas se entrega a outro homem (Pv 6.32-34). • O sétimo mandamento inclui também a proibição da prática homossexual. É o próprio DEUS quem chama o comportamento homossexual de abominação, e a lei aplica a pena de morte contra os que cometerem tal pecado (Lv 18.22; 20.13). Era a prática do culto cananeu que envolvia a chamada "prostituição sagrada" (1 Rs 24.24; 15.12). O sodomita e a rameira são colocados na mesma categoria (Dt 23.17). A prática é proibida em toda a Bíblia (Rm 1.24-28; 1 Tm 1.10), mas a nova aliança leva o assunto para a esfera espiritual, implicando a salvação e não a pena capital (1 Co 6.10). O ensino de JESUS é: "Vai-te e não peques mais" (Jo 8.11).
  • 20. III. OUTROS PECADOS SEXUAIS 1. ESTUPRO. • A sedução é uma espécie de violação, embora reconhecida como menos séria que "a violação forçada, ou estupro. Contudo, a sedução também envolve violência, embora do tipo mental e psicológico. Algumas vezes, envolve o poder do dinheiro, ou alguma vantagem qualquer, capaz de convencer a mulher a ceder. Porém, também se reconhece que uma.mulher pode querer ser seduzida, embora nunca o declare. Outrossim, as mulheres convidam à sedução mediante a maneira como se vestem e agem. Ademais, algumas vezes a mulher é que seduz o homem. Por causa dessa variedade de fatores, a sedução é considerada menos séria que a violação. Porém, a sedução contra uma mulher casada era considerada adultério, pelo que ambos os envolvidos estavam sujeitos à pena de morte. A violação era punida com a morte do homem culpado (Deu. 22:25-27). Se um homem seduzisse uma virgem (que não estivesse noiva) que consentisse com o ato, então ele poderia corrigir o erro casando-se com ela legalmente, além de pagar uma multa a seu pai. Se o pai não permitisse o casamento, a jovem não se casava, e o culpado tinha de pagar uma importância adicional. Se um sedutor se casasse com a jovem a quem seduzira, nunca poderia divorciar-se dela (Deu. 22:29). • Se um homem violasse forçosamente uma mulher solteira fora de casa (longe da proteção da casa), ele devia ser morto, sem qualquer pena sendo atribuída à mulher (Dt 22.25-27). O estupro de uma mulher que era casada ou noiva era considerado como adultério e, portanto, sujeito à pena de morte. Se um homem seduzisse uma virgem com o consentimento dela, não sendo ela noiva, então ele devia pagar ao pai dela uma alta indenização de cinquenta moedas de prata, e levá-la para sua casa como sua esposa legal, a menos que o pai se recusasse completamente permitir que ele se casasse com ela (Êx 22.16,17; Dt 22.28,29). Neste caso a esposa não estava sujeita ao divórcio até o fim de sua vida (22.29).
  • 21. 2. INCESTO. • Todas as variedades de incesto requeriam a pena de morte (Lev. 20:11). Relações sexuais com a própria sogra ou com a mãe de uma concubina eram punidas com a execução na fogueira. • Irmão e irmã, sobrinho e tia, cunhado e cunhada são outros casos especificamente mencionados. Ver as referências abaixo, onde são mencionados os vários casos: Lev. 20:11,12,17; 19:21 e Deut.27:33. Entretanto, um homem podia casar-se com a viúva de um seu irmão e até mesmo estava nessa obrigação, se seu irmão e aquela mulher não tivessem tido filhos. • A tentativa de casamento ou relação sexual entre parentes próximos constituía um crime capital; Levíticos 20.11 assim especifica no caso de um filho que se deitasse com a esposa de seu pai, ou um sogro com a esposa do filho. A morte pelo fogo era indicada para o que dormiu com a mãe de sua esposa (ou amante, Lv 20.14); todos os três deviam ser assim executados. Também incluídos como incesto estão: irmão e irmã, sobrinho e tia, cunhado e cunhada (Lv 20.11,12,17,19-21 — exceto no caso do casamento levirato (onde um irmão sobrevivente se casa com a esposa sem filhos do irmão morto — Dt 25.5-10). Semelhantemente incestuosa é a união entre um homem e sua sogra (Dt 27.23) e, aparentemente, também o casamento de duas irmãs (Lv 18.18 — uma passagem que alguns consideram como uma proibição a toda poligamia, entendendo “irmã” como equivalente a “outra mulher”, de acordo com um uso hebraico comum). As uniões entre mãe ou madrasta e o filho, entre avós e netos, entre um homem e sua meio-irmã, são adicionadas à lista (18.7-18).
  • 22. 3. BESTIALIDADE. • Um vocábulo que indica a prática de contato sexual entre seres humanos e outras formas de vida animal. O Antigo Testamento condena a prática, chamando-a de «abominação. (Lev. 18:23; Deu. 27:21). O épico de Gilgamés retrata Enkidu, o caçador de feras, a praticar atos sexuais com as feras. É possível que a expressão usada por Paulo em Rom. 1: 18-27, «imundícia», inclua tais práticas antinaturais, • Práticas Modernas. O famoso relatório Kinsey, que estudou estatisticamente o comportamento sexual do povo norte-americano, afirma que entre quarenta e cinquenta por cento dos varões daquele pais, que residem em áreas rurais, têm contatos sexuais ocasionais, não-habituaís, com animais das fazendas. • Entre as mulheres. a porcentagem é menor que dois por cento. Nas cidades, a porcentagem de varões envolvidos na prática cai para cerca de quatro por cento. Tal prática é proibida por lei em 49 dos 50 estados norte-americanos. Se fôssemos fazer um estudo semelhante no Brasil, provavelmente as taxas encontradas não seriam muito diferentes disso. • A Moralidade Cristã. A Igreja cristã sempre assumiu a posição do Antigo Testamento, condenando tal prática. Os psicólogos afirmam que o senso de culpa que os culpados adquirem é algo muito injurioso ao bem-estar e a tranquilidade deles. • Um uso sinônimo do termo «bestialidade» indica qualquer ato cruel, degradante e vil, ,praticado por indivíduos que agem como se fossem irracionais.
  • 23. IV, O ENSINO DE JESUS 1. O SÉTIMO MANDAMENTO NOS EVANGELHOS. • O Senhor JESUS, no Sermão do Monte, depois de falar sobre o sexto mandamento, seguiu a mesma ordem do Decálogo, mencionando a proteção da vida e a preservação da família. Ele reiterou o que DEUS disse no princípio da criação sobre o casamento, que se trata de uma instituição divina, uma união estabelecida pelo próprio DEUS (Mt 19.4-6). • "Não adulterarás" é citado no Sermão do Monte e para o moço rico (Mt 5.27; 19.18; Mc 10.19; Lc 18.20). JESUS corrigiu com autoridade e muita propriedade o pensamento equivocado dos líderes religiosos dos seus dias. Os escribas e fariseus haviam reduzido o mandamento "Não adulterarás” ao próprio ato físico e, desconhecendo o espírito da lei, apegavam-se à letra da lei (2 Co 3.6). Assim, como é possível cometer assassinato sem o ato concreto, mas apenas com a cólera ou palavras insultuosas, da mesma forma é possível cometer adultério só no pensamento. Parece que os rabis daquela época não davam a devida atenção ao décimo mandamento que ordena não cobiçar a mulher do próximo.
  • 24. 2. O PROBLEMA DOS ESCRIBAS E FARISEUS. • O adultério começa na mente contaminada pela cobiça e termina no corpo pela prática física (Mt 15.34; Tg 1.15). O ensino de JESUS é mais profundo e vai à raiz do problema. Ele disse que nem é preciso o homem se deitar com uma mulher para cometer adultério; basta olhar e cobiçar uma mulher que não seja sua esposa, e já cometeu adultério com ela (Mt 5.28). É o adultério da mente que é consumado no corpo; não se restringe somente à prática do ato, mas também ao pensamento. E a sanção contra o referido pecado é de caráter espiritual e se distingue do sistema mosaico.
  • 25. 3. A CONCUPISCÊNCIA. • Não é proibido olhar para uma mulher e vice-versa, pois há diferença entre olhar e cobiçar. O pecado é o olhar concupiscente. O sexo é santo aos olhos de DEUS, desde que dentro do casamento, nunca fora dele. A Palavra de DEUS ressalta: "Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula" (Hb 13.4). O termo grego para "venerado" é tímios, "honrado". A Versão Almeida Atualizada traduz por: "Digno de honra"; e a Tradução Brasileira por: "Seja honrado". Que os votos de fidelidade do casamento sejam mantidos e da mesma maneira seja puro o relacionamento matrimonial. O livro de Cantares de Salomão mostra que o sexo não é apenas para procriação, mas também para o prazer e a felicidade dos seres humanos. JESUS não está tratando disso, não está questionando o sexo, mas combatendo a impureza sexual e o sexo ilícito, a prostituição. O ensino dele é que qualquer prática imoral no ato é igualmente condenada no olhar, no pensamento e na imaginação (Mt 5.27). JESUS disse que os adultérios procedem do coração humano (Mt 15.19). • Cabe aqui uma breve reflexão sobre o divórcio. Trata-se de um dos temas mais polêmicos da Igreja. Essas controvérsias já existiam mesmo antes do nascimento de JESUS. O divórcio permitido por Moisés previa novas núpcias, e a base para a sua legitimidade nunca ficou clara no Antigo Testamento: • Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Se ela, pois, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem... (Dt 24.1,2). • O "escrito de repúdio" significa "termo de divórcio" (ARA). A mulher não era considerada adúltera se contraísse novo casamento, mesmo tendo o seu primeiro marido encontrado nela "coisa feia". Não se sabia o que a lei queria dizer com tal expressão "coisa feia" ou "indecente" (ARA). Havia muita discussão entre as principais escolas rabínicas no período de Herodes, o Grande, Hillel e Shammai. O primeiro era liberal, e o segundo, conservador. Para Hillel e seus seguidores, "coisa feia" era qualquer coisa que o marido considerasse como tal. Mas, para Shammai e seus discípulos, o termo se referia aos pecados sexuais.
  • 26. CONCUPISCÊNCIA • Precisamos levar em conta três palavras hebraicas e quatro palavras gregas, a saber: 1. Nephesh, «alma», «respiração», «desejo». Essa palavra hebraica é de ocorrência comum, mas com o sentido de «concupiscência» aparece somente por duas vezes: Êx. 15:9; Sl. 78:18. 2. Sheriruth, «teimosia», «inimizade», «imaginação». Palavra hebraica usada por dez vezes, embora apenas por uma vez com o sentido de «concupiscência»: Sl. 81:12. 3. Taavah, «objeto de desejo». Palavra hebraica usada por quinze vezes. Por exemplo: Sl. 78:29,30; 112:10; Pv. 10:24; 21:15; Is. 26:8. 4. Epithumía, «desejo forte», «concupiscência». Palavra grega usada por trinta e sete vezes. Alguns exemplos são: Mc. 4:19; Lc. 22:15; Jo 8:44; Rm. 1:24; Gl. 5:16,24; Ef. 2:3; Fl. 1:23; Cl.3:5. 5. Hedoné, «prazer», «doçura». Palavra grega usada por cinco vezes: Lc. 8:14; Tt 3:3; Tg. 4:1,3; II Pe. 2:13. É desse termo que nos vem o vocábulo português «hedonismo» (que vide). 6. Óreksis, «desejo ansioso». Palavra grega usada por somente uma vez: Rm. 1:27. 7. Páthos, «sofrimento», «afeto». Palavra grega usada por três vezes: Rm. 1:26; Cl. 3:5; I Ts. 4:5.
  • 27. Conclusão • A questão da sexualidade é uma das mais tormentosas em nossos dias e não é para ser diferente, pois estamos a viver dias similares aos dias de Noé, estamos vivendo dias de apostasia espiritual, dias de rebeldia contra Deus e este é um tema relevantíssimo da moral estatuída pelo Senhor. Que Deus nos dê graça para que nos mantenhamos separados de toda esta circunstância contrária à vontade de Deus e que saibamos manter os nossos corpos em santificação, fugindo da imoralidade sexual (I Ts.4:3-5). Amém!