1. Ação Colaborativa da
Enfermagem na Administração
de Medicamentos
SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA
Prof. Priscila Cristina O. Zignani Pimentel
2. CONCEITO
• MEDICAMENTO é toda substância que,
introduzida no organismo, vai atender a
uma finalidade terapêutica;
3. FINALIDADES DO
MEDICAMENTO
• PREVENTIVA: quando evita o aparecimento de
doenças ou diminui a gravidade das mesmas. Ex.: vacinas;
• PALIATIVA: quando alivia determinados sintomas de
uma doença, destacando-se entre eles a dor.
Ex.: analgésico;
• CURATIVA: quando remove o agente causal das
doenças. Ex.: antibiótico;
• SUBSTITUTIVA: quando repõe outra substância
normalmente encontrada no organismo, mas que por um
desequilíbrio orgânico, está em quantidade insuficiente ou
mesmo ausente. Ex.: insulina.
4. CLASSIFICAÇÃO
• NATURAL: produtos de origem animal e
vegetal.
• SINTÉTICO: substâncias preparadas em
laboratórios por processos químicos.
5. TIPO DE AÇÃO
• LOCAL: agem no local de aplicação;
• GERAL OU SISTÊMICA: circulam na
corrente sanguínea e seu efeito atinge
determinados órgãos, tecidos ou todo o
organismo;
8. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS PELA
EQUIPE DE ENFERMAGEM
• Ao atender pacientes/clientes, uma das
habilidades mais decisivas que levamos
até ele é a nossa capacidade de
administrar a medicação.
9. ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
Dos pontos de vista legal, ético e prático,
a administração de medicamentos é muito
mais que um simples serviço de entrega e
ato, trata-se de conhecimento, habilidade
e técnica.
10. ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
• Para administrar a medicação com eficácia,
você necessita conhecer:
– A terminologia dos medicamentos;
– As vias de administração dos medicamentos;
– Os efeitos que os medicamentos produzem
depois que penetram no organismo.
11. CUIDADOS IMPORTANTES NO PREPARO E
ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS
Quanto a sala de preparo de medicamentos:
• Deve ser bem iluminada;
• Deve ter boa ventilação;
• As janelas devem ter telas de proteção contra
insetos;
• Deve ter bancadas com gavetas, pia, lixo e
coletores de materiais perfuro cortantes;
• As bancadas devem ser limpas com água e
sabão ou com álcool 70% a cada turno ou
sempre que se fizer necessário;
• O local deve ser tranqüilo.
12. CUIDADOS IMPORTANTES NO PREPARO E
ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS
• Quanto a prescrição médica:
• Nome do paciente com o número do quarto e do
leito;
• Data da prescrição;
• Nome do medicamento, dose a ser
administrada, via de administração e o horário;
• Nome de quem prescreveu – nº do CRM e
assinatura.
13. CUIDADOS IMPORTANTES NO PREPARO E
ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS
• Quanto ao medicamento:
• Observar o aspecto da substância (cor,
turvação, depósitos e outros);
• Validade;
• Concentração do medicamento e a
prescrição;
• Materiais e acessórios para seu preparo e
administração.
14. CUIDADOS IMPORTANTES NO PREPARO E
ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS
• Lavar as mãos;
• Nunca administrar medicamentos em
dúvida, que podem estar relacionadas a:
letra ilegível, dosagem, rótulo e nomes
diferentes da prescrição;
• Não retornar a medicação ao frasco se
esta não for utilizada;
• Não desprezar medicações em lugares
acessíveis a outras pessoas;
15. CUIDADOS IMPORTANTES NO PREPARO E
ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS
• Evitar distrações utilizando as “três leituras certas da
medicação”:
1) ao pegar o frasco ou ampola confira o rótulo pela primeira vez;
2) ao aspirar a medicação confira o rótulo pela segunda vez;
3) ao desprezar o frasco leia o rótulo pela terceira vez.
• Preparar
o
medicamento
separadamente;
de
cada
paciente
• Não tocar no medicamento com as mãos;
• Não administrar medicamentos preparados por outras
pessoas.
16. CUIDADOS IMPORTANTES NO PREPARO E
ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS
• Verificar a existência de alergias;
• Jamais recolocar medicamentos líquidos
nos frasco original;
• Não deixar a bandeja na enfermaria;
• Registrar e checar após a administração
do medicamento;
• Nas emergências o medicamento
poderá ser prescrito de forma verbal.
17. “OS CINCO CERTOS DA
MEDICAÇÃO”
1. MEDICAÇÃO CERTA
2. A DOSE CERTA
3. A VIA CERTA
4. A HORA CERTA
5. O PACIENTE CERTO
18. NÃO SE ESQUEÇA DE CHECAR
• Cheque o horário da medicação que você
administrou, pois ele será o registro legal
dos medicamentos que o paciente/cliente
recebeu durante a sua internação.
• Caso não seja possível administrar o
medicamento por algum motivo ou por
recusa do paciente não se esqueça de
também registrar no prontuário.
19. ERROS NA MEDICAÇÃO
• É definido como qualquer erro ocorrido durante
o processo de medicação do cliente, nas fases
de prescrição, dispensação, administração e
monitoramento;
O que fazer em caso de erro?
• O enfermeiro deve aceitar a responsabilidade
de suas ações, reconhecendo o erro e
comunicando o mais rápido possível o médico.
20. ERROS NA MEDICAÇÃO
• Deve-se registrar qualquer ocorrências que
venham a ocorrer durante o procedimento
de administração de medicamentos.
• Se o erro foi realizado por aluno, o mesmo deve
relatá-lo o mais rápido possível ao seu supervisor.
Neste caso o aluno não deve e não pode ter
medo, a vida do paciente/cliente é o mais
importante.
21. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
• Via Enteral – envolve a administração de
medicamentos por via sublingual, via oral
e via retal.
22. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
• Via Parenteral – indica a administração de
medicamentos por qualquer via que não a
oral e a retal. As medicações por via
parental são administradas através de
agulhas e como há risco de infecções, é
necessário o uso de materiais estéril, bem
como de soluções estéreis.
23. ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
• A via parenteral tem a vantagem de uma
absorção mais rápida do que a oral. A
desvantagem é que uma vez ministrada, são
absorvidas rapidamente, podendo haver lesões
consideráveis, se a medicação for
erroneamente administrada.
• Aplicação Tópica – as medicações são
aplicadas na pele e mucosas (nasal, brônquica,
vagina, etc.) geralmente visando um efeito local
ou sistêmico.
24. INSTILANDO
MEDICAÇÕES
OFTÁLMICAS
• Para instilar colírios, puxe a pálpebra inferior
para baixo para expor a bolsa conjuntival;
• Mantenha o cliente olhando para cima e para o
lado externo e instile o número prescrito de
gotas dentro da bolsa conjuntival;
• Libere a pálpebra e oriente o cliente a piscar;
25. INSTILANDO MEDICAÇÕES
OFTÁLMICAS
• Para aplicar pomada oftálmica, coloque
suavemente uma fina faixa da medicação
ao longo da bolsa túnica conjuntiva a
partir da face interna para a externa;
• Libere a pálpebra e oriente o cliente a
movimentar o globo ocular com os olhos
fechados;
26. INSTILANDO MEDICAÇÕES
OTOLÓGICAS
• Antes de instilar medicamento na orelha, coloque o
cliente deitado de lado. Distenda o meato acústico
externo da orelha do paciente/cliente para facilitar
que a medicação alcance o tímpano.
• No adulto, puxe suavemente para cima e para trás.
• Na criança, puxe para baixo e para trás.
• Instrua o paciente/cliente para permanecer nessa
posição por 5 a 10 minutos.
• Se ordenado comprima um chumaço de algodão;
27. ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS POR VIA
NASAL
• Para alcançar os seios etmoidais e esfenoidal,
deite o paciente em decúbito dorsal com a nuca
hiperestendida e a cabeça inclinada para trás
além do limite da cama. Apóie a cabeça com a
sua mão para evitar a distensão da coluna
cervical.
28. ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS POR VIA NASAL
• Para administrar gotas que aliviam a congestão nasal
simples, ajude o paciente/cliente a reclinar ou a ficar em
uma posição de decúbito dorsal. Direcione o conta-gotas
para cima, em direção ao olho do paciente/cliente em vez
de direcioná-lo para baixo, em posição a orelha.
• Para alcançar os seios mandibulares e frontais, deixe o
paciente se deitar sobre as costas com a sua cabeça
levemente pendurada. Peça que gire a cabeça lateralmente
após a hiperestensão e deixe a cabeça apoiar em sua mão
para impedir a distensão da coluna cervical.
29. ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAÇÃO POR VIA ORAL
• Via muito utilizada;
• A absorção ocorre no trato intestinal,
atingindo assim a circulação sistêmica;
• Contra - indicada a pacientes com vômito
e diarréia;
30. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO
POR VIA ORAL
• Para administrar um medicamento por via
oral, é necessário:
– Que o enfermeiro tenha sempre em mãos a
prescrição médica;
– Lave sempre as mãos antes de iniciar o
procedimento;
• Em algumas situações será necessário
transformar gotas em ml.
31. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO
POR VIA ORAL
Portanto preste atenção:
1ml = 20 gotas.
Tenho que administrar 40 gotas de dipirona VO, e não
tenho conta-gotas então:
40
1ml _______ 20 gotas
X = _____ = 2ml
Xml _______ 40 gotas
20
20 . x = 40
• Pronto, basta aspirar 2 ml do frasco e administrar VO;
32. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO
POR VIA ORAL
• Prepare e deixe à mão os seguintes materiais: prescrição
médica, dosador, medicamento, copo descartável, adesivo e
bandeja;
• Não esqueça dos cinco certos da medicação;
• Evite tocar no medicamento;
• Ao retirar o medicamento do dispensário lembre-se das três
leituras certas da medicação;
• Utilize os medidores graduados para retirar a dosagem
correta de frascos de xaropes tais como: copos graduados,
seringas, colheres graduadas e conta gotas. Transfira para os
copos descartáveis, quando utilizar os copos graduados de
vidro ou as colheres plásticas graduadas, que acompanham
os frascos de medicamentos;
33. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO
POR VIA ORAL
• Identifique a medicação após o preparo,
utilizando fita adesiva e checando os cinco
certos;
LEITO 06
Keflex 500mg VO
JOSÉ DA SILVA
10h
34. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO
POR VIA ORAL
• Caso seja necessário amassar os comprimidos,
utilize o pilão e o cadinho, principalmente se
forem administrados à crianças;
• Se não tiver
esse dispositivo, coloque o
medicamento em um copinho com água e
aguarde o mesmo dissolver.
35. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO
POR VIA ORAL
• OBSERVAÇÃO – para evitar amassar o
comprimido, o ideal é verificar se a
medicação não é disponível na forma
líquida.
• Fique atento e pergunte antes de fazer o
procedimento.
• Qualquer medicação de cobertura entérica
ou liberação gradual e cápsulas de
gelatina não devem ser esmagadas.
36. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO
POR VIA ORAL
• Leve a medicação preparada na bandeja ou em uma cuba rim. Não
deixe o medicamento com o paciente, pois ele não pode ser o
responsável pela sua alto medicação, o responsável é você;
• Registre o procedimento checando o horário da medicação
administrada;
•
Deixe em ordem o local de preparo da medicação e lave novamente
suas mãos;
•
•
•
•
•
•
FIQUE DE OLHO NAS REGRAS
Não misture medicamentos;
Preste atenção as dosagens;
Fique atento as reações do medicamento;
Direitos do paciente;
Sabores desagradáveis.
37. VIA SUBLINGUAL
• A medicação que é prescrita por via sublingual não
deve ser engolida. Estas medicações agem
rapidamente devido à abundante vascularização da
mucosa oral. Exemplo: Isordil.
• Você deverá posicionar o paciente e colocar o
medicamento sob a língua do mesmo e pedir para
que ele o mantenha lá até que tenha sido
totalmente absorvido.
38. ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS POR SNG
• A administração de medicamentos por
SNG
é
muito
utilizada
em
pacientes/clientes que por algum motivo
estão impossibilitados de deglutir.
• Antes de realizar o procedimento é
necessário que se teste a sonda, pois a
mesma poderá estar em local impróprio, e
com isso podemos causar um dano maior
sobre a saúde do paciente.
39. ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS POR SNG
PROCEDIMENTO:
• Ajudar o paciente/cliente a ficar em posição de
Fowler;
• Testar a sonda;
• Se comprimido , dissolvê-lo antes;
• O medicamento deverá ser injetado de forma
lenta. Após a administração, injetar de 30 a 50
ml de água. Se for criança, somente de 15 a 30
ml;
• Após a administração fechar a sonda.
40. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
POR VIA PARENTERAL
• Via muito utilizada, principalmente em
hospitais e unidades de saúde;
• Precisamos saber manipular muito bem as
seringas, saber sua capacidade e
graduação;
• 1cc = 1ml
41. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
POR VIA PARENTERAL
• SERINGA DE 20 ML
• Ela é dividida em 20 risquinhos que
representam a escala desta seringa;
• Portanto cada risquinho equivale 1 ml, ela
é dividida em números inteiros;
42. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
POR VIA PARENTERAL
• SERINGA DE 10 ML
• Ela é dividida em 50 risquinhos, isso
significa que entre um risquinho e outro
equivale 0,2 ml, ela não é dividida em
número inteiro;
43. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
POR VIA PARENTERAL
• SERINGA DE 5ML
• Ela foi dividida em 25 risquinhos, portanto cada
espaço entre os risquinhos vale 0,2 ml;
• SERINGA DE 3ML
• Foi dividida em 30 risquinhos, portanto cada
espaço entre os risquinhos equivale a 0,1 ml;
44. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
POR VIA PARENTERAL
• SERINGA DE 1ML
• Pode ser graduada em ml ou UI;
• Em ml cada risquinho corresponde a
0,02ml pois ela foi dividida em 50;
• Em UI cada risquinho corresponde 2 UI
45. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
POR VIA PARENTERAL
• Principais abreviaturas:
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
cc ou ml ou cm3= centímetro cúbico ou mililitro;
UI= unidades internacionais;
gt.= gota;
cgt= conta-gota;
mgt = microgota;
g= grama;
mg= miligrama;
cp ou comp= comprimido;
amp= ampola.
1ml= 1cc= 1 cm3= 100UI
46. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
POR VIA PARENTERAL
• Padronizações de cor do
canhão das agulhas mais
utilizadas:
Cor do canhão
rosa
Calibre da agulha
40x12
verde
25x8, 30x8, 40x8
preto
roxo
25x7, 30x7, 40x7
25x5,5
marrom
13x4,5
47. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
POR VIA PARENTERAL
O PREPARO DO MATERIAL É REALIZADO DA
SEGUINTE FORMA:
1 - Abra a seringa no local indicado;
48. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
POR VIA PARENTERAL
2- Reserve a seringa. Abra a agulha utilizando a
mesma técnica;
3- Acople o canhão da agulha ao bico da seringa.
Empurre o êmbolo no sentido do bico da
seringa, para facilitar o manejo.
49. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR
VIA PARENTERAL
4 – Faça a desinfecção do gargalo da
ampola, utilizando uma bola de algodão
embebida em álcool 70%.
50. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR
VIA PARENTERAL
5 – Para abrir a ampola, proteja o gargalo
com uma gaze e force para trás para
quebrar.
51. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR
VIA PARENTERAL
6 – Retire o protetor da agulha e o deixe
sobre a embalagem. Faça a aspiração do
medicamento.
7 – Aspire o conteúdo do medicamento
contido na agulha, retire o ar e bolhas.
Troque a agulha pela agulha correta de
aplicação, e proceda a aplicação.
53. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR
VIA PARENTERAL
• OBSERVAÇÕES:
• Qualquer injeção dói e ninguém gosta de
tomá-las;
• Respeite a reação do paciente;
• Solicite auxilio para contenção de
crianças;
• Deixe o cliente participar escolhendo o
local;
55. VIA INTRADÉRMICA
• A solução deve ser introduzida na derme;
• Por ser a derme pouco extensível,
devemos tomar cuidado com o volume,
administrando no máximo 0,5 ml, sendo
normalmente administrado 0,1ml.
• Usada para reações de hipersensibilidade,
como provas de ppd (tuberculose) e
sensibilidade de algumas alergias.
56. VIA INTRADÉRMICA
• É utilizada para aplicação de BCG, sendo
de uso mundial a aplicação ao nível da
inserção inferior do músculo deltóide.
• Para as demais aplicações, em adultos, o
local mais apropriado é a face anterior do
antebraço, devido ser pobre em pelos, com
pouca pigmentação, pouca vascularização
e de fácil acesso para leitura.
57. VIA INTRADÉRMICA
• TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO:
• Lavar as mãos;
• Conferir a prescrição médica;
• Reunir os materiais na bandeja: medicamento
ou vacina, seringa de 1ml, agulha para
aspiração de calibre superior, agulha para
aplicação (13 x 4,5), bolas de algodão com
álcool e secas e uma cuba rim;
• Proceda a aspiração do medicamento ou da
vacina utilizando a técnica;
• Oriente e posicione o paciente;
58. VIA INTRADÉRMICA
• Distenda a pele do local utilizando os dedos
polegar e indicador da mão esquerda;
• Não realize a anti-sepsia, pois pode possibilitar
reações falso positivas nos testes e redução da
atividade das vacinas administradas;
• Se necessário lave bem local antes do
procedimento e seque-o sem esfregar;
• Segure a seringa, e mantenha o bisel da agulha
para cima,introduza suavemente até 1/3 da agulha
usando um ângulo de 10 a 15º;
• Aspire para verificar se nenhum vaso foi atingido e
logo após injetar lentamente a solução;
59. VIA INTRADÉRMICA
• Caso algum vaso seja atingido acidentalmente, prepare
nova solução e despreze a anterior;
• Observe a formação de uma pápula, após a injeção total
da solução, retire a agulha e não faça massagem. Se
apresentar sangramento no local, comprima
suavemente com uma bola de algodão seca;
• Observe as reações do paciente. Se tudo ocorrer sem
anormalidades, coloque ordem nos materiais utilizados,
desprezando agulhas e seringas em recipientes
apropriados;
• Lave as mãos e proceda anotações.
60. VIA INTRADÉRMICA
ATENÇÃO:
• A derme pode ser lesada, se a introdução do
medicamento for rápida;
• Podem ocorrer dor, prurido e desconforto após a
aplicação da solução. Oriente o paciente para não
manipular o local da aplicação;
• Podem ocorrer reações decorrentes do uso de
antissépticos antes da execução da técnica;
• Úlceras com necrose do tecido, podem ser observadas
no local de aplicação quando medicamentos contra
indicados para essa via são utilizados.
62. VIA SUBCUTÂNEA
• A absorção do medicamento por esta via é mais
lenta e gradual, pois é realizada através dos
capilares.
• Esta via é indicada principalmente na
administração de vacinas, anticoagulantes e
hipoglicemiantes.
• A solução é introduzida na tela subcutânea
(camada de gordura), também chamada de
tecido subcutâneo (hipoderme).
63. VIA SUBCUTÂNEA
• As medicações e as soluções para administração
subcutânea são injetadas através de uma agulha
relativamente curta.
• O volume máximo para esta via é de 2ml, usualmente
1 ml;
• Teoricamente toda área subcutânea poderia ser utilizada,
mas alguns locais são mais recomendados:
•
•
•
•
•
Face externa e porção superior do braço;
Face anterior da coxa;
Tecido frouxo do abdome inferior;
Região glútea;
Dorso superior.
65. VIA SUBCUTÂNEA
TÉCNICA:
• Lave as mãos;
• Prepare os materiais;
• Reúna os seguintes materiais: bolas de algodão
com álcool, seringas de 1ml ou de 3ml, agulhas
para aspiração e para aplicação, medicamento
ou vacina;
• Proceda a aspiração com técnica asséptica;
• Oriente o paciente;
66. VIA SUBCUTÂNEA
• Após escolher o local, fazer a anti-sepsia da região,
utilizando uma bola de algodão com álcool;
• Pinçar o tecido subcutâneo, utilizando dedo indicador e o
polegar, mantendo a região firme, para que a agulha
penetre no mesmo.
• Introduzir a agulha com bisel voltado para cima, com
firmeza e rapidez;
• Solte a prega e mantenha a agulha no tecido e aspire
para verificar se acidentalmente você não puncionou
nenhum vaso;
• Caso acidentalmente tenha atingido um vaso sanguíneo,
troque a agulha e reinicie o procedimento. As soluções
oleosas ou em suspensão, se administradas por via
venosa (acidental), podem causar embolias;
67. VIA SUBCUTÂNEA
• Caso não houver sangue, introduzir o
medicamento. Retire a seringa e não faça
massagem no local, pois a massagem pode
acelerar a absorção do medicamento.
– Se a agulha for hipodérmica (13x4,5mm ou
13x3,8mm): ângulo de 90 graus;
– Indivíduos normais e magros usar a agulha
hipodérmica;
– Agulhas mais longas como 25x5,5: ângulo de 45
graus.
68. VIA SUBCUTÂNEA
ATENÇÃO
• Podem ocorrer infecções inespecíficas ou
abscessos;
• Pode ocorrer lesão de nervos;
• Se administrado medicamentos que não
seja específico desta via, poderá ocorrer
úlceras ou necroses de tecidos;
• Podem ocorrer embolias;
• Formação de tecido fibrótico.
70. VIA INTRAMUSCULAR
• A via intramuscular é muito utilizada, pois a velocidade de
absorção da solução administrada é rápida.
• A solução deve ser administrada no tecido muscular,
obedecendo rigorosamente a técnica.
• O tecido muscular está localizado logo abaixo da tela
subcutânea.
• São vários os músculos do nosso corpo, porém nem todos
podem ser utilizados para a administração de
medicamentos.
71. VIA INTRAMUSCULAR
• O músculo escolhido deve ser bem desenvolvido, ser de
fácil acesso e não possuir vasos de grosso calibre e nervos
superficiais.
• O volume máximo que devemos administrar pela Via
Intramuscular deve ser compatível com a estrutura
muscular.
ATENÇÃO:
Região do Deltóide – 2 ml;
Região Glútea – 4 ml;
Região da Coxa – 3 ml;
Região Ventroglútea – até 5 ml.
72. VIA INTRAMUSCULAR
QUAL AGULHA DEVEMOS UTILIZAR?
Faixa
etária
Espessura
subcutânea
Solução
Aquosa
Solução Oleosa
ou
Suspensão
Adulto
Magro
Normal
Obeso
25x7mm
30x7mm
40x7mm
25x8mm
30x8mm
40x8mm
Criança
Magro
Normal
Obeso
20x6mm
25x7mm
30x7mm
20x7mm
25x8mm
30x8mm
74. IM - DELTÓIDE
• TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO
• Segure a bola de algodão entre os dedos da
mão esquerda e retire o protetor da agulha;
• Faça localização exata da aplicação (mais ou
menos quatro dedos abaixo da articulação do
ombro) ;
• Introduza a agulha, obedecendo em ângulo de
90º, na parte central;
• Aspire, para verificar se acidentalmente você
não puncionou um vaso;
75. IM - DELTÓIDE
• Ao aspirar, se não retornar sangue, injete
o medicamento em velocidade moderada;
• Retire a agulha e pressione o local com a
bola de algodão com álcool.
AS COMPLICAÇÕES PODEM SER:
– Vasculares – causando lesão de vaso;
– Nervosas – causando lesão de nervos.
76. IM - DELTÓIDE
•
•
•
•
•
Está contra-indicada em:
Criança de 0 a 10 anos;
Desenvolvimento muscular inadequado;
Injeções consecutivas;
Clientes vítimas de AVC com parestesia
ou paralisia dos braços;
• Pacientes submetidos a mastectomia.
78. IM – REGIÃO DORSOGLÚTEA
• Região bastante inervada – CIÁTICO
• O ponto de inserção da agulha deve ser
no quadrante superior externo;
79. IM – REGIÃO DORSOGLÚTEA
Durante a aplicação, a posição de decúbito
ventral, é a mais aconselhada para o
paciente, uma vez que ocorre um maior
relaxamento dos músculos da região.
80. IM – REGIÃO DORSOGLÚTEA
O paciente deverá ser orientado a permanecer em
decúbito ventral, com os braços ao longo do
corpo e os pés virados para dentro, o que
promoverá um relaxamento dos músculos
glúteos.
81. IM – REGIÃO DORSOGLÚTEA
Decúbito lateral não é mais adequado porque, nesta
posição, ocorre distorção dos limites anatômicos da
região, o que pode levar a punções mal localizadas da
agulha.
Essa posição é permitida desde que o joelho esteja
flexionado para proporcionar maior relaxamento no
músculo glúteo.
82. IM – REGIÃO DORSOGLÚTEA
A posição em pé é a menos aconselhada,
uma vez que os músculos se encontram
contraídos. Caso este decúbito seja
necessário, posicione o paciente como na
figura abaixo:
83. IM – REGIÃO DORSOGLÚTEA
•
•
•
•
•
TÉCNICA:
Lave as mãos;
Confira a prescrição médica;
Reúna os materiais;
Oriente o paciente sobre o procedimento
a ser realizado;
• Posicione o paciente;
• Delimite o ângulo e o quadrante externo;
84. IM – REGIÃO DORSOGLÚTEA
• Faça a anti-sepsia do local com
movimentos de cima para baixo, como
mostra a figura abaixo;
• Segure a bola de algodão com a mão
esquerda e retire o protetor da agulha;
85. IM – REGIÃO DORSOGLÚTEA
• Faça a punção, utilizando um ângulo de 90º;
• Puxe o êmbolo; caso não haja sangue, injete o
medicamento em velocidade média;
• Retire a agulha e faça compressão no local,
utilizando movimentos circulares.
• Despreze agulha e seringa em recipientes
apropriados para materiais pérfuro-cortantes,
sem reencapar as agulhas e lave as mãos;
• Faça as anotações que se fizerem necessárias
e cheque o horário prescrito.
86. IM – REGIÃO DORSOGLÚTEA
QUANDO NÃO DEVEMOS UTILIZAR ESTA
VIA:
• Crianças menores de 2 anos;
• Pessoas que possuem atrofia dos músculos
desta região;
• Pessoas que possuem parestesia ou paralisia
dos membros inferiores;
• Pessoas que possuem lesões vasculares dos
membros inferiores.
88. REGIÃO VENTROGLÚTEA
Esta técnica foi introduzida em 1954, pelo
anatomista suíço Von Hochstetter. É
utilizado um outro local da região glútea, a
região ventroglútea, formada pelos glúteos
médio e mínimo, não apresenta contraindicações e é bastante segura para
qualquer faixa etária, uma vez que a
irrigação e a inervação desta região
localizam-se a uma certa profundidade.
89. REGIÃO VENTROGLÚTEA
• Veja como localizar o local exato da punção, utilizando a
região ventroglútea esquerda.
• Localização em adultos: com o dedo indicador localizar
a espinha ilíaca ântero-superior e o dedo médio à crista
ilíaca, espalmando a mão sobre a base do grande
trocânter do fêmur, formando um triângulo invertido, isto
é, com a base para cima.
90. REGIÃO VENTROGLÚTEA
Localização em crianças – região
ventroglútea esquerda.
Utilizando a mão direita, colocar o espaço
interdigital dos dedos médio e indicador
na saliência do grande trôcanter.
91. REGIÃO VENTROGLÚTEA
• TÉCNICA DE APLICAÇÃO
• Decúbito do paciente: poderá permanecer em qualquer decúbito
(sentado, lateral, ventral, dorsal, de pé);
• Lavar as mãos;
• Preparar o material;
• Orientar o paciente quanto ao procedimento;
• Delimitar o local da aplicação;
• Fazer anti-sepsia do local, usando bolas de algodão;
• Posicionar a seringa ligeiramente na direção da crista ilíaca
(praticamente em ângulo de 90°);
• Puxar o êmbolo da seringa. Se houver sangue, fazer nova punção
• Após retirar a agulha, fazer massagem no local, utilizando
movimentos circulares.
92. REGIÃO VENTROGLÚTEA
Vantagens:
• A região VG é indicada para todas as
faixas etárias e, em especial, para clientes
magros; podendo ser acessada em
qualquer decúbito: ventral, dorsal, lateral,
sentado e em pé.
94. REGIÃO VASTO LATERAL DA
COXA
O músculo vasto lateral, é o maior dos que
compõem o músculo quadríceps femoral,
localizado na face anterolateral da coxa, é
desprovido de grandes nervos ou vasos,
diminuindo assim as complicações após a
aplicação.
95. REGIÃO VASTO LATERAL DA
COXA
REALIZAÇÃO DA TÉCNICA
• Lave bem as mãos;
• Prepare o material;
• Atenção ao cumprimento da agulha veja: recémnascido (13x4,5, 25x5,5), lactentes (25x5,5,
25x7) e crianças até 10 anos (25x7, 25x8),
crianças maiores de 10 anos, adolescente e
adultos (25x8, 30x8, 40x8) - o importante é
avaliar a estrutura física da pessoa!!!
• Oriente e posicione o paciente;
96. REGIÃO VASTO LATERAL DA
COXA
Deixe o paciente o mais confortável
possível. Observe e delimite bem o
local da aplicação.
Dividir a região em três partes,
utilize o terço médio do vasto
lateral.
97. REGIÃO VASTO LATERAL DA
COXA
Faça a anti-sepsia com bolas de
algodão com álcool, obedecendo
movimentos de cima para baixo.
Faça prega muscular para fazer
a punção obedecendo um ângulo
de 45º para lactentes e crianças
jovens, posicionando a agulha
inclinada em direção podálica.
Para adultos, usar ângulo de 90°.
98. REGIÃO VASTO LATERAL DA
COXA
• Aspire, se não refluir sangue injetar o
medicamento lentamente;
• Retire a agulha e faça pressão no local;
• Coloque ordem no ambiente;
• Lave as mãos;
• Checar o medicamento no prontuário do
paciente.
ATENÇÃO: A posição ideal é com o paciente
sentado ou em decúbito dorsal com os MMII em
extensão.
99. BIBLIOGRAFIA
• GIOVANI, A. M. M. Enfermagem cálculo e
administração de medicamentos; São
Paulo: Scrinium, 2006.