Radiação: conceito, histórico, aplicações e prevenção.
Radiacao ionizante
1. Piracicaba, 01 de Junho de 2013
Ref.: Material para divulgação no site DDS ON LINE
Contribuição: André Maurício Colombera / Assistente de Processo
Empresa: OJI Papeis Especiais Ltda / Piracicaba-SP
Assunto: Radiação Ionizante – segurança radiológica na indústria
Muitas são as fontes radioativas utilizadas na industrialização de produtos. As fontes
radioativas são consideradas fontes de radiação ionizante que se não utilizada com
segurança podem causar danos biológicos ao ser humano. As fontes radioativas são
fontes criadas pelo homem. Desta forma temos que seguir procedimentos de
segurança radiológica. As fontes radioativas são gerenciadas pelo órgão federal
CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear). O assunto a seguir não representa
situação como existente em uma unidade que contenha um **reator nuclear**.
Este órgão rege todos os procedimentos válidos para aquisição, transporte, manuseio,
descarte de fontes radioativas utilizadas nas indústrias. As analises efetuadas pela
CNEN leva em consideração os aspectos de exposição à radiação ionizante que
possam colocar em risco a saúde de indivíduos ocupacionalmente expostos e do
público, bem como o impacto radiológico sobre o meio ambiente.
O que é radiação ionizante ou radiação?
Radiação na forma de partículas ou radiação eletromagnética, que podem causar
ionização direta ou indiretamente. Exemplos de radiação ionizante incluem partículas
alfa, beta, raios gama, raio-X e nêutrons. A medida que a radiação ionizante atravessa
a matéria, são produzidos ions ao longo de sua trajetória. Os ions produzidos neste
processo permitem a detecção da radiação.
Todas as indústrias que utilizam radiação ionizante para a industrialização de seus
produtos devem possuir a Autorização para Operação concedida pelo órgão CNEN.
O que é radiação não ionizante?
Radiação que não tem energia suficiente para ionizar um átomo. A radiação não
ionizante pode também ser capaz de provocar danos biológicos. Exemplos de
radiação não ionizante são ondas de radar, ondas de rádio, micro-ondas, radiação
cósmica (Sol) e luz visível.
2. Medição nuclear:
Denominamos de Medição Nuclear o método no qual são empregados dispositivos
e/ou equipamentos especiais, que através da emissão de feixes de Radiação Ionizante
sobre determinados tipos de material, possibilitam a quantificação de grandezas
físicas, tais como: espessura, gramatura, densidade, além de controles como: nível e
concentração de massa, revelando assim aspectos analíticos fundamentais para a
produção e qualidade. Tal método vem sendo aplicado em diversos segmentos
industriais e em larga escala, visto sua versatilidade, precisão, confiabilidade e baixo
custo operacional.
Origens das radiações:
As radiações ionizantes, por sua vez são geradas e/ou emitidas por substâncias
radioativas ou radioisótopos (exemplo: Césio-137, Cobalto-60, Amerício-241,
Criptônio-85, Estrôncio-90, Promécio-147, Ferro-55, etc), ou por dispositivos geradores
como: aparelhos de raio-X e aceleradores de partículas. Das radiações ionizantes
conhecidas, podemos destacar aquelas utilizadas na indústria convencional, tais
como:
BETA: Radiação na forma de partícula e muito empregada nas medições de
espessura e gramatura de baixa densidade como: papel, filme flexível, madeira, etc
GAMA: Radiações eletromagnética de alta energia, é empregada em medições de
densidade de nível de materiais como: cavaco, celulose, metais, líquidos em geral, etc.
RAIO-X: Versátil devido sua regulagem de intensidade, pode ser adaptado a qualquer
tipo de análise.
O controle das doses nos trabalhadores deve considerar três fatores:
Tempo – Distância e Blindagem
1. Tempo:
A dose recebida é proporcional ao tempo de exposição e à velocidade da dose D = t x
velocidade da dose.
2. Distância:
A intensidade da radiação decresce com o quadrado da distância D1/D2 = (d1/d2)2.
3. Blindagem:
A espessura da blindagem depende do tipo de radiação, da atividade da fonte e da
velocidade de dose aceitável após a blindagem.
Apesar da denominação *nuclear*, os medidores industriais não apresentam riscos
comprometedores ao meio ambiente e seus usuários, estando praticamente limitado
ao risco de exposição não controlada e/ou desejada analisando tecnicamente o projeto
dos medidores nucleares, podem afirmar que:
3. Ø Não explodem e nem entram em combustão espontânea.
Ø Não apresentam formas de auto-degradação.
Ø Apresentam segurança física e radiológica comprovada e certificada.
Ø Não comprometem os materiais ou produtos por eles analisados.
Ø São seguros e confiáveis, quando seguidas orientações especificadas pelo
fabricante.
Radiação: Espécie de energia como a luz e o calor que se propaga sob a forma de
onda eletromagnética.
As interações da radiação com o corpo humano são:
Fase 1 – Fenômeno físico (ionização e excitação dos átomos).
Fase 2 – Fenômeno químico (ruptura de ligação das moléculas).
Fase 3 – Fenômeno bioquímico e fisiológico (Após um período aparecem as
lesões).
Nossas fontes radioativas utilizadas em equipamentos de produção industrial são
consideradas seguras e apresentam segurança radiológica continuada.
Toda fonte radioativa instalada em equipamentos industrial devem estar
devidamente sinalizadas. A sinalização deve ser de solo e com identificação das
características da fonte.
O EPI utilizado em segurança radiológica é o dosimetro de tórax (dosímetro
analisado mensalmente por laboratório credenciado pelo CNEN e que avalia as
doses recebidas por um indivíduo durante um período – as doses recebidas não
podem ultrapassar 5 Sv/ano) e equipamento específico para leitura da radiação
onde esta instalado a fonte radioativa. O mais importante em radioproteção é a
INFORMAÇÃO. Quando temos a informação sobre os riscos, podemos fazer a
prevenção e trabalhar com segurança continuada.
Toda pessoa física que possui fonte radioativa em sua instalação deve manter
procedimento de segurança radiológica e ter uma equipe técnica devidamente
treinada para possíveis situações de emergência.