O documento discute o desenvolvimento da oralidade em crianças, destacando a importância de ampliar o vocabulário, aprender a argumentar e falar claramente. Também apresenta atividades que podem ser realizadas em sala de aula para promover a oralidade, como ouvir e contar histórias, dramatizações e explicar processos.
2. Linguagem oral
O desenvolvimento da linguagem oral é algo que precisa ser objeto de
trabalho intencional e sistemático no processo de alfabetização. A
criança necessita ampliar seu vocabulário, aprender a
redizer, aprender a argumentar, falar de modo claro sobre o que
pensa, dentre outras capacidades a serem desenvolvidas.
3. Dialogando com os PCN
“... ensinar a produzir textos orais
significa, sobretudo, organizar situações que possibilitem o
desenvolvimento de preparação prévia e monitoramento da
fala..” (PCN, p. 74.)
Observando:
1. As capacidades comunicativas dos alunos;
(Conhecimentos prévios)
2. O oferecimento de referências modelizadoras;
(Ambiente leitor)
3. Os parâmetros da situação de comunicação;
(A língua como prática social)
4. A progressão coerente dos conteúdos;
(Planejamento da rotina de trabalho)
5. A reintrodução dos componentes em novas atividades
(Introduzir, Trabalhar sistematicamente e Consolidar).
4.
5. Participar das interações cotidianas em sala de aula
“... os alunos devem aprender a escutar com atenção e compreensão, a dar
respostas, opiniões e sugestões pertinentes nas discussões abertas em sala
de aula, falando de modo a serem entendidos, respeitando colegas e
professores(as), sendo respeitados por eles.” (Fascículo 1. p. 54.)
Respeitar a diversidade das formas de expressão oral
“Faz parte da formação linguística do cidadão reconhecer a existência das
diversas variedades da língua, exigir respeito para com a maneira de falar que
aprendeu com sua família e seus conterrâneos, mas também, em
contrapartida, saber respeitar as variedades diferentes da sua.” (Fascículo 1. p. 55.)
Usar a língua falada em diferentes situações escolares, buscando
empregar a variedade linguística adequada
“Saber adequar o modo de falar às diferentes interações é uma capacidade
linguística de valor e utilidade na vida do cidadão e por isso é que deve ser
desenvolvida na escola.” (Idem)
6. Planejar a fala em situações formais
É necessário aprender a planejar a fala.
O professor (a) deverá orientar os alunos:
* Oferecendo e discutindo roteiros e critérios de avaliação e autoavaliação;
* Sugerindo o uso de recursos auxiliares que podem facilitar a compreensão dos
ouvintes, como cartazes, figuras, transparências em retroprojetores, data show etc.
Deve-se levar em conta no planejamento da fala:
* Os objetivos de quem fala;
* As expectativas e disposições de quem ouve;
* O ambiente em que acontecerá a fala.
Propostas lúdicas:
# Simulação de jornais falados, entrevistas e debates na TV e no rádio;
# Realização de entrevistas com pessoas da comunidade escolar ou extraescolar;
# Apresentações em eventos escolares que envolvam outras turmas e até outros turnos
(festas, torneios esportivos, desfiles, sorteios, campanhas).
(Fascículo 1, p. 56.)
7. Realizar com pertinência tarefas cujo desenvolvimento
dependa de escuta atenta e compreensão
O desenvolvimento da oralidade inclui não apenas a capacidade de falar mas
também a capacidade de ouvir com compreensão. Essa capacidade é crucial para
a plena participação do cidadão na sociedade: é preciso saber ouvir e entender
os jornais da TV e do rádio, as entrevistas e declarações de políticos e
governantes, as demandas e explicações dos companheiros e superiores no
trabalho.
(Fascículo 1, p.56.)
8. Prática de escuta de textos orais / PCN
“Ensinar língua oral deve significar para a escola possibilitar acesso a usos da
linguagem mais formalizados e convencionais, que exijam controle mais consciente
e voluntário da enunciação, tendo em vista a importância que o domínio da palavra
pública tem no exercício da cidadania.”
(PCN, 1998. p. 67.)
POSSIBILIDADES:
1. Escuta orientada de textos em situações autênticas de interlocução, com o apoio de
roteiros orientadores para registro de informações;
2. Escuta orientada de diferentes textos de um mesmo gênero, produzidos em
circunstâncias diferentes.
9. Atividades que podem ser
desenvolvidas
nas salas de aula
1. Ouvir e compreender
narrativas, contos, notícias, poemas, causos, etc.
.
2. Reconstrução oral de contos e narrações.
3. Cantar, recitar poemas e parlendas, de
memória, observando o ritmo, a entonação e a
pronúncia das palavras.
4. Reprodução oral de histórias, poesias, causos,
experiências pessoais, programas de TV, etc.
5. Relato de
filmes, desenhos, brincadeiras, jogos, histórias
familiares e do cotidiano.
6. Exploração de ritmo, da rima das palavras e
aliterações.
7. Transmissão oral de recados, avisos e
informações.
10. 8. Domínio progressivo da língua padrão -
mediante exploração vocabular, estrutural e
semântica de textos.
9. Sequencia lógica na exposição de ideias
na narrativa ou em reprodução de notícias e
de situações vividas pelas crianças.
10. Dramatização e mímicas.
11. Reprodução oral de textos
informativos, poéticos, jornalísticos e
publicitários.
12. Leitura de gravuras e situações do
cotidiano;
13. Explicação de textos, dos passos de
uma brincadeira, de como de realiza
determinada tarefa, etc.
14. Recitação de poesias;
15. Falar de si mesmo e dos outros.
11. Acidente
Atirei o pau no gato,
mas o gato
não morreu,
porque o pau pegou no rato
que eu tentei salvar do gato
e o rato
(que chato!)
foi quem morreu...
José Paulo Paes
Material elaborado por:
Denise Claudete B. de Oliveira
Professora Formadora
PROGRAMA PRÓ-LETRAMENTO BAHIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
JULHO, 2012.