O documento discute a importância do desenvolvimento da oralidade em sala de aula. Apresenta algumas habilidades comunicativas que os alunos devem adquirir, como ampliar o vocabulário, argumentar e falar de modo claro. Também aborda atividades que podem ser realizadas para trabalhar a oralidade, como rodas de conversa, pesquisas sobre variação linguística e análise de textos orais.
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Oralidade e gêneros orais: um olhar sobre as práticas orais em sala de aula
1. Oralidade e
gêneros orais
Um olhar sobre
as práticas orais
em sala de aula
O desenvolvimento da linguagem oral é
algo que precisa ser objeto de trabalho
intencional e sistemático no processo de
alfabetização. A criança necessita ampliar
seu vocabulário, aprender a redizer,
aprender a argumentar, falar de modo
claro sobre o que pensa, dentre outras
capacidades a serem desenvolvidas.
porDeniseClaudeteB.deOliveira–ProfessoraFormadora
PACTOESTADUALPELAALFABETIZAÇÃONAIDADECERTA-2015
2. Por que trabalhar a
oralidade em sala
de aula?
Quais habilidades
e competências os
alunos devem
desenvolver?
Para que
trabalhar a
oralidade em
sala de aula?
Como trabalhar a
oralidade em sala
de aula?
3. Participar das interações cotidianas
em sala de aula
“... os alunos devem aprender a escutar
com atenção e compreensão, a dar
respostas, opiniões e sugestões
pertinentes nas discussões abertas em sala
de aula, falando de modo a serem
entendidos, respeitando colegas e
professores(as), sendo respeitados por
eles.”
(Pró-Letramento, Fascículo 1. p. 54.)
4. Respeitar a diversidade das formas
de expressão oral
“Faz parte da formação linguística do cidadão
reconhecer a existência das diversas
variedades da língua, exigir respeito para com
a maneira de falar que aprendeu com sua
família e seus conterrâneos, mas também, em
contrapartida, saber respeitar as variedades
diferentes da sua.”
(Pró-Letramento, Fascículo 1. p. 55.)
5. Usar a língua falada em diferentes
situações escolares, buscando
empregar a variedade linguística
adequada
“Saber adequar o modo de falar às diferentes
interações é uma capacidade linguística de
valor e utilidade na vida do cidadão e por isso
é que deve ser desenvolvida na escola.”
(Idem)
6. 1. As capacidades
comunicativas dos alunos;
(Conhecimentos prévios)
2. O oferecimento de
referências
modelizadoras;
(Ambiente leitor)
3. Os
parâmetros
da situação
de
comunicação;
(A língua
como prática
social)
4. A progressão
coerente dos
conteúdos;
(Planejamento
da rotina de
trabalho)
5. A reintrodução dos componentes
em novas atividades. (Introduzir,
Trabalhar sistematicamente e
Consolidar).
Práticas orais
envolvem:
7. EIXO ESTRUTURANTE ORALIDADE
Objetivos de Aprendizagem:
1º
Ano
2º
Ano
3º
Ano
Participar de interações orais em sala de aula, questionando, sugerindo,
argumentando e respeitando os turnos de fala.
I/A A/C C
Escutar, com atenção, textos de diferentes gêneros, sobretudo os mais formais,
comuns em situações públicas, analisando-os criticamente.
I/A A/C A/C
Planejar intervenções orais em situações públicas: exposição oral, debate,
contação de histórias.
I A/C C
Produzir textos orais de diferentes gêneros, com diferentes propósitos,
sobretudo os mais formais, comuns em instâncias públicas (debate, entrevista,
exposição, notícia, propaganda, dentre outros).
I I/A A/C
Analisar a pertinência e a consistência de textos orais, considerando as
finalidades e características dos gêneros.
I A A/C
Reconhecer a diversidade linguística, valorizando as diferenças culturais entre
variedades regionais, sociais, de faixa etária, de gênero, dentre outras.
I A A/C
Relacionar fala e escrita, tendo em vista a apropriação do sistema de escrita, as
variantes linguísticas e os diferentes gêneros textuais.
I A C
Valorizar os textos de tradição oral, reconhecendo-os como manifestações
culturais.
I/A/C A/C A/C
LEGENDA: I – Introduzir; A – Aprofundar; C – Consolidar.
8. COMPETÊNCIAS/HABILIDADES 1º 2º 3º
Usar a língua falada em diferentes situações escolares,
buscando empregar a variedade linguística adequada
I/TS TS C
Observar o uso da língua falada feito pelos seus pares e
por outros
Dialogar com frequência a fim de pôr em uso a língua
falada
Relacionar as diferentes formas, ritmos e sonoridades
de língua falada
Relacionar diferentes falares/idiomas e seus países de
origem
Planejar a fala em situações formais I/TS TS/C C
Preparar-se para situações em que necessite ouvir e
entender, para depois falar
Listar situações formais em que se necessite o uso da
fala, justificando a necessidade desse uso
Associar audição atenta ao uso da fala
Eixo 1 - Conhecimento Linguístico/Oralidade
9. COMPETÊNCIAS/HABILIDADES 4º 5º
Dominar a oralidade para se expressar adequadamente segundo o
contexto/situação, os argumentos e os pontos de vista
Expressar hipóteses elaboradas a partir de situações problematizadas em uma grande
diversidade de gêneros textuais
Produzir textos orais que apresentem sentido e significado (interação verbal entre
interlocutores)
Realizar narrativas considerando os aspectos que lhes são pertinentes (fato causa, tempo,
consequência, ambiente, modo, personagem, clímax, desfecho, narrador etc.)
Respeitar as variedades linguísticas culturais e regionais (com suas especificidades e
regularidades) no cotidiano
Descrever pessoas, acontecimentos e objetos, considerando os aspectos que lhes são
pertinentes (impessoalidade, uso de adjetivos, local, tempo etc.)
TS TS/C
Construir narrativas considerando o ambiente social do estudante
Analisar narrativas onde constem acontecimentos diversos e cotidianos
Dramatizar textos construídos coletivamente em sala de aula
Jogar com diferentes materiais impressos onde se descreva o que vê
10. Aprimorar a comunicação entre os interlocutores
TS TS/C
Perceber a importância do discurso claro e coeso
Respeitar as variedades linguísticas culturais e regionais no cotidiano (os
dialetos com suas especificidades e regularidades)
Utilizar diferentes formas de linguagem (oral, corporal, musical etc.) para
transmitir uma mensagem
Pesquisar jogos de linguagens, refletindo sobre os mesmos
Fazer uso da escuta atenta como processo indispensável à comunicação oral
Comunicar hipóteses elaboradas a partir de situações problemas e gêneros textuais
orais
TS TS/C
Criar textos orais coletivos com uma determinada finalidade
Pesquisar diferentes gêneros textuais escritos e recontá-los oralmente
Extrair ideias centrais de textos e empregá-las com sentido em outras situações
Refletir sobre a música e a poesia como forma de comunicação
Utilizar a fala para expor opiniões, argumentos e pontos de vista TS TS/C
Desenvolver debates sobre temáticas distintas
Analisar a linguagem empregada em diferentes gêneros textuais
Produzir diferentes tipos de discurso
Argumentar acerca de temas estudados em sala
12. O professor(a) deverá
orientar os alunos:
* Oferecendo e discutindo
roteiros e critérios de
avaliação e auto avaliação;
* Sugerindo o uso de
recursos auxiliares que
podem facilitar a
compreensão dos ouvintes,
como cartazes, figuras, data
show etc.
Deve-se levar em conta
no planejamento da fala:
* Os objetivos de
quem fala;
* As expectativas e
disposições de quem
ouve;
* O ambiente em que
acontecerá a fala.
13. O desenvolvimento da oralidade inclui
não apenas a capacidade de falar mas
também a capacidade de ouvir com
compreensão.
Na escola, promover a escuta
implica em:
1. Escuta orientada de textos em
situações autênticas de interlocução,
com o apoio de roteiros orientadores
para registro de informações;
2. Escuta orientada de diferentes textos
de um mesmo gênero, produzidos em
circunstâncias diferentes.
14. “Ensinar língua oral deve significar para a escola possibilitar acesso a usos
da linguagem mais formalizados e convencionais, que exijam controle
mais consciente e voluntário da enunciação, tendo em vista a importância
que o domínio da palavra pública tem no exercício da cidadania.”
(PCN, 1998. p. 67.)
Prática de escuta de textos orais / PCN
15. Que atividades com a
modalidade oral você
realiza em sala de
aula? Práticas de
oralidade de ou
oralização?
17. Assim como Marcuschi, Dolz e Schneuwly
(2004) sinalizam que há dois tipos de oral:
O oral “espontâneo” – fala improvisada
em situação de comunicação.
A “escrita oralizada” – produções orais
com base em textos escritos. “Trata-se,
portanto, de toda palavra lida ou
recitada” (p. 132).
18. Dolz & Schneuwly (2004, p. 134) chamam
a atenção para o fato de que:
“a comunicação oral não se esgota
somente na utilização de meios linguísticos
ou prosódicos; vai utilizar também signos
de sistemas semióticos não linguísticos,
desde que codificados, isto é,
convencionalmente reconhecidos como
significantes ou sinais de uma atitude.”
19. Dolz & Schneuwly (2004, p. 134) destacam os meios não-
linguísticos:
meios paralinguísticos: qualidade da voz, melodia, ritmo, risos,
sussurros, respiração etc.;
meios cinésicos: postura física, movimentos de braços ou pernas,
gestos, olhares, mímicas faciais etc.;
posição dos locutores: ocupação de lugares, espaço pessoal,
distâncias, contato físico etc.;
aspecto exterior: roupas, disfarces, penteado, óculos, limpeza etc.; -
disposição dos lugares: lugares, disposição, iluminação, disposição
das cadeiras, ordem, ventilação, decoração etc.
20. Dolz e Schneuwly (2004) destacam
que, em sala de aula, o oral:
é objeto de avaliações e de normas
sociais que estão sempre referenciadas
na escrita” (p. 135);
é trabalhado como “percurso de
passagem para a aprendizagem da
escrita” (p. 139).
21. “Então o que
faço com um
aluno que diz
‘nós vai’?”
“A questão não é de
correção da forma, mas
de sua adequação às
circunstâncias de uso, ou
seja, de utilização da
linguagem.” (PCN, p. 16)
23. DOMÍNIOS
DISCURSIVOS
MODALIDADE ORAL DE USO DA LÍNGUA
EXEMPLOS DE GÊNEROS
INSTITUCIONAL Conferências; debates; aulas expositivas; exames orais.
JORNALÍSTICO Entrevistas; reportagens ao vivo; programa radiofônico.
RELIGIOSO Sermões; confissões, rezas; orações.
SAÚDE Consulta; entrevista médica; conselho médico.
COMERCIAL Publicidade de feira; refrão de feira; refrão de carro de venda de rua.
INDUSTRIAL Ordens.
JURÍDICO Depoimento; inquérito; ordem de prisão.
PUBLICITÁRIO Publicidade na TV, publicidade no rádio.
LAZER Fofocas; piadas; adivinhas.
INTERPESSOAL Recados; telefonemas; bate-papo virtual.
MILITAR Ordem do dia.
FICCIONAL Fábulas, contos; lendas; poemas.
FONTE: MARCUSCHI, 2008, p. 194-196. Adaptado
25. Sugestões
didáticas:
Levantamento do
repertório de textos
orais da
comunidade;
Rodas de
conversa;
Histórias
malucas;
Pesquisas sobre
variação linguística;
Registro da fala
de alunos.
IN: PICCOLI; CAMINI,
2012, p. 59-63.
Análise de textos
multimodais;
Sarau literário;
26. PICOLLI, Luciana; CAMINI, Patrícia. Práticas pedagógicas em Alfabetização: espaço, tempo e
corporeidade. Erechim: Edelbra, 2012. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
BÁSICA. Pró-Letramento: Programa de Formação Continuada de Professores dos Anos/Séries
Iniciais do Ensino Fundamental: Alfabetização e Linguagem. Fascículo do Tutor. Brasília, 2007.
BAHIA. Secretaria de Educação. Superintendência de Desenvolvimento da Educação Básica.
Orientações Curriculares e Subsídios Didáticos para a Organização do Trabalho Pedagógico no
Ensino Fundamental de Nove Anos. Salvador: Secretaria de Educação, 2013.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Elementos conceituais e
metodológicos para definição dos direitos de aprendizagem e do desenvolvimento do ciclo de
alfabetização (1º, 2º e 3º Anos) do Ensino Fundamental. Brasília, 2012
CHAER, Mirela Ribeiro, GUIMARÃES Edite da Glória Amorim. A importância da oralidade na
Educação Infantil e séries iniciais do ensino Fundamental. Disponível em:
http://pergaminho.unipam.edu.br/documents/43440/43870/a-importancia.pdf. Acesso em:
27/08/2015.
DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2004.
p. 95-128.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:
Parábola Editorial, 2008. (Educação Linguística; 2)
Referências: