O documento descreve a experiência do autor com a oração pela cura de sua mãe do câncer. Apesar das orações, ela faleceu. Anos depois, o Senhor explicou que a escolha dela foi ficar com Ele, e que as orações não foram em vão. Isso levou o autor a entender que os caminhos de Deus são mais altos, e a encontrar consolo em confiar nisso.
2. Como acontece com cada aspeto da nossa
caminhada com o Senhor, a oração é e sempre será
uma experiência de aprendizado. Se há algo que
uma vida de oração tem me ensinado é que os
caminhos de Deus são verdadeiramente mais altos
que os nossos. Geralmente O buscamos em oração
achando que temos uma boa ideia do que queremos
ou precisamos. Muitas vezes é verdade, e recebemos
exatamente o que pedimos. Mas e as outras vezes
quando pedimos algo e a resposta é justo o oposto?
Quando isso me aconteceu me senti mal por um bom
tempo, e isso fez a minha vida de oração despencar.
Mas Jesus, em Sua fidelidade, clareou tudo como
mais ninguém consegue.
3. Tudo começou quando eu tinha 13 anos. Nossa
família vivia nos EUA com vários outros obreiros
da fé. Um deles, uma querida mulher que
chamarei de M., foi diagnosticada com um caso
avançado de câncer. Suas chances de sobreviver
eram mínimas. Minha família e eu, como também
muitos outros, fizemos vigílias de oração
desesperada diariamente pela sua cura. Ela foi
curada milagrosamente e está viva até hoje.
4. Quando minha mãe foi diagnosticada com o
mesmo tipo de câncer vários anos depois e não
recebeu nenhuma esperança de sobreviver, M.
foi uma fonte constante de encorajamento para
ela. Ela nos assegurava constantemente que, se
fosse o plano de Deus, era simples Ele curar a
minha mãe. Suas palavras me davam muita
coragem e esperança.
5. Um dia, quando estávamos todos reunidos para
orarmos pela cura da minha mãe, o Senhor
trouxe à lembrança de M. um versículo ao qual
ela tinha se agarrado enquanto estava doente, e
que foi maravilhosamente cumprido. Era uma
declaração de Jesus em João 11:4, quando Ele
teve a notícia de que Lázaro estava doente: ―Esta
enfermidade não é para a morte, mas para a
glória de Deus, para que o Filho de Deus seja
glorificado por ela.‖
6. Esta promessa me encheu de esperança. Eu me
agarrei a ela, até quando minha mãe ficou com
um coágulo de sangue no Dia de Ação de Graças
e só lhe deram 24 horas de vida. Quando ela
estabilizou um pouco e ficou internada, continuei
tendo esperanças. Eu me agarrei a essa
esperança até o último minuto, quando ela
finalmente faleceu dois meses depois.
7. Durante o difícil período de luto, consegui
permanecer bastante firme exteriormente. Mas
por dentro eu estava confuso e perdido, sem uma
explicação com relação ao rumo que as coisas
tomaram. Não nos foi dito que a doença de
mamãe ―não era para a morte?‖. E todas as
orações pela sua cura? Foram em vão?
8. Passaram-se várias semanas até eu ter coragem
de fazer essas perguntas ao Senhor e buscar as
Suas respostas. Finalmente resolvi pelo menos
tentar e comecei a derramar o meu coração para
Jesus. Esperei em silêncio. Não demorou muito e
a Sua presença começou a inundar meu quarto e
senti Suas palavras falando ao meu coração.
9. Ele disse que à minha mãe foi apresentada uma
escolha difícil entre permanecer conosco ou estar
com o Senhor. Havia lhe sido dito que o último
seria o mais benéfico para todos no longo prazo,
apesar de parecer a escolha mais difícil no
momento. Ela havia se submetido à vontade
suprema de Deus e, portanto, estava agora com
Ele. Fui ao mesmo tempo assegurado de que
nem uma única oração que fizemos por ela
deixou de ser ouvida por Jesus.
10. Vim a entender como o Senhor é maravilhoso em
nos permitir a liberdade de tomar decisões e
operarmos segundo o que escolhemos, tal como
aconteceu à cidade de Nínive na história de
Jonas. Quando Jonas foi enviado para avisar
Nínive de sua destruição iminente, ele obedeceu,
mas não contou com a possibilidade do povo
escolher se arrepender e largar os seus
caminhos ímpios. Quando fizeram isso, Deus
mudou de ideia e os poupou, o que desagradou a
Jonas. Mas naquele dia ele viu um lado de Deus
que, aparentemente, não conhecia.
11. Também fui lembrado das palavras de Deus em
Isaias; 55:8–9: ―Porque os meus pensamentos
não são os vossos pensamentos, nem os vossos
caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.
Porque assim como os céus são mais altos do
que a terra, assim são os meus caminhos mais
altos do que os vossos caminhos, e os meus
pensamentos mais altos do que os vossos
pensamentos.‖
12. Apesar de saber sem sombra de dúvidas que as
respostas que recebi eram verdadeiras, foi
preciso muita renúncia da minha parte para
acreditar e aceitar. Para ser sincero, esse
processo levou um total de oito anos. Mas
quando finalmente aceitei tudo o que aconteceu
e aprendi a dar graças a Jesus pelo acontecido,
o túmulo perdeu sua vitória e a morte o seu
aguilhão. Além disso, Jesus me deu o dom de
cura, renovando assim minha fé para orar pelos
doentes e confiar nEle quanto às respostas. E
Ele continua usando esse dom para a Sua glória.
13. A nova atitude que recebi—de gratidão e
aceitação de que os caminhos de Deus são mais
altos—é claramente expressado em uma canção
que ouvi recentemente pela primeira vez. É de
Steven Curtis Chapman e se chama ―Higher
Ways‖ (―Caminhos Mais Altos‖).
Editor: Você encontrará a letra em inglês na
íntegra aqui. E este é um link doYouTube para
ouvir a canção.
http://www.youtube.com/watch?v=z0Dg-InE8VQ
14. Seus caminhos mais altos me ensinam a confiar em
Você.
Seus caminhos mais altos não são como os meus.
Seus caminhos mais altos são os caminhos do Pai
Que abriga Seus filhos em Seu amor.
Um dia vou voar e
Talvez então Você me chame a um canto
E me mostre o quadro maior.
Mas até eu estar com Você,
Aqui estarei com um coração sincero
E uma alma que descansa em
Seus caminhos mais altos.
Tradução Denise Oliveira. Revisão Hebe Rondon
Flandoli. @thefamilyinternational