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A ESCOLA DE BAUHAUS<br />URBANISMO E MOBILIDADE<br />CULTURA, LINGUA E COMUNICAÇÃO<br />WALTER GROPIUS<br />No fim do séc. XVIII e início do séc. XIX, a Europa assistiu a um grande avanço tecnológico, resultado da Revolução Industrial e da cultura iluminista. Foram descobertas novas formas construtivas e estruturais, e também novos materiais, como o betão e o metal, que passaram a substituir a madeira e a pedra. Em simultâneo os arquitectos passaram a rejeitar a estética anterior e o luxo do barroco. Pretendia-se antes uma forma mais racional e objectiva.<br />Com o crescimento das cidades, surge a necessidade do controle do espaço urbano e assim o urbanismo revela-se como disciplina escolar.<br />Todo o séc. XIX assistirá a uma série de crises estéticas. <br />“Arts & Crafts”, ou “Artes e Ofícios”, proposto por John Ruskin e Willian Morris, é um movimento que vê o artesão como uma figura importante na área industrial e transformar-se no seu elemento de produção.<br />Logo no início do séc. XIX existe uma corrente de arquitectos ligados á tradição, e outra, vanguardista, proposta por determinados arquitectos e principalmente pela actuação dos arquitectos da fundação Bauhaus na Alemanha, a Vanguarda Russa na União Soviética e por Frank Lloyd Wright nos EUA.<br />De uma forma geral, os artistas vêem na indústria, a manifestação máxima de todo o trabalho artístico: artificial, racional, moderno.<br />O campo da arquitectura moderna abarca todo o campo social e estético, renovando o ambiente da vida do homem.<br />A escola de Bauhaus surge assim na busca de uma sociedade mais moderna, universal, funcionalista.<br />Walter Gropius, nascido m Berlim em 1883, estuda em Munique e em Berlim, sua terra natal, antes de trabalhar no estúdio de Peter Beherns, arquitecto iniciador do modernismo em 1907, onde completa sua formação de arquitectura.<br />Influenciado pelo mestre, surge em 1911, a “Fábrica Fagus”, seu primeiro projecto que já indicia as linhas que vão caracterizar a sua obra: estrutura independente, fechamentos em vidro, volumetria pura.<br />Após a I Guerra em 1919, Gropius sucede a Henry Van de Velde, na direcção da “Escola de Artes aplicadas” <br />De Weimar. É esta escola que Gropius vai transformar na Bauhaus.<br />Inicialmente, a intenção era fazer de Bauhaus uma escola combinada de arquitectura, artesanato, e uma academia de artes.<br />Gropius pressentiu que começava um novo período da história com o fim da I Guerra Mundial e achou que se devia criar um novo estilo arquitectónico que reflectisse essa nova época.<br />O seu estilo, tanto na arquitectura, como na criação de bens de consumo primava pela funcionalidade, custo reduzido e orientação para produção em massa. Este estilo tomou o nome de “funcionalismo” e rapidamente começou a marcar, com as suas construções simples dos bairros das cidades europeias.<br />Gropius queria unir novamente os campos da arte e artesanato, criando produtos funcionais.<br />Dizia ele que, “O propósito final de toda a actividade plástica é a construção. Adorná-la era, anteriormente, a tarefa mais nobre das artes plásticas, componentes inseparáveis da arquitectura. Arquitectos, pintores e escultores devem novamente chegar a conhecer e compreender a estrutura multiforme da construção, na totalidade e nas suas partes. Só então as suas obras estarão outra vez plenas de espírito arquitectónico, que se perdeu nas artes de salão”. <br />A Bauhaus combatia a arte pela arte e estimulava a livre criação com a finalidade de ressaltar a personalidade do homem. O ensino era uma tarefa conjunta de artistas, mestres de oficina e alunos. Para Gropius, a unidade arquitectónica devia incluir diferentes tipos de criação como pintura, música, dança, fotografia e teatro.<br />A escola mudou-se em 1925, para Dessau, onde ficou até ao inicio do nazismo. Para o efeito, Gropius, projectou e construiu um conjunto de edifícios, que eram em si mesmo, um manifesto de arquitectura moderna e uma das mais extraordinárias obras da década de 1920. Após várias actividades, como lançamento de publicações e organização de exposições, Gropius passou a direcção da escola em 1928 para o suíço Hannes Meyer.<br />A nova direcção deu maior destaque á arquitectura, e á influência do construtivismo russo.<br />Em 1930 Meyer é substituído pelo arquitecto alemão Mies Van Der Roche.<br />Com a chegada do nazismo ao poder, a Bauhaus transferiu-se para Berlim, onde continuou a sua actividade até ao seu encerramento em 1933.<br />Devido á perseguição nazista, os grandes mestres da escola emigram para outros países, principalmente para os Estados Unidos e Inglaterra.<br />Gropius passou a leccionar em Harvard e vários outros mestres acabariam a leccionar nas principais escolas de arte de diferentes países, difundindo e fundamentando o seu ensino nas conquistas de Bauhaus, propagando as suas ideias e influenciando arquitectos de todo o mundo.<br />                                                                         Irene Reis<br />                                                                       Turma B- nr. 8<br />                                                                 15 de Janeiro de 2010<br />
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