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Mito e mitologia
Mitos são histórias tradicionais, quase sempre sobre deuses, heróis ou criaturas
do mundo animal, que explicam por que o mundo é do jeito que é.
Pessoas de todos os tempos e de todos os tipos de cultura constataram que a
vida está repleta de mistérios. Por exemplo: qual é a origem do mundo, por que
o sol se movimenta atravessando o firmamento, o que faz as coisas crescerem,
por que as plantas morrem no inverno e renascem na primavera, de que modo
ocorrem as marés, por que há terremotos, para onde vão as pessoas quando
morrem, se é que vão para algum lugar?
Na tentativa de responder a perguntas como essas, o homem criou narrativas ,
histórias, que transcendem a existência comum e cotidiana e que se enraizaram
em diferentes culturas.
Dessa maneira, as respostas para as mais complicadas indagações
da vida foram transmitidas de geração para geração, na forma de
mitos. Em geral havia semelhanças entres as histórias contadas em
sociedade marcadamente distintas, como nas Mitologias da Grécia
Antiga e dos Nórdicos, nas quais aparecem temas universais como
a vida após a morte e a origem do mundo.
Os mitos eram bem mais do que o simples contar história. Cada
cultura possuía cerimônias e rituais próprios associados aos mitos.
Essa associação implicava representar histórias exemplares ou
oferecer sacrifícios aos deuses, na esperança de receber alguma
benção em troca, como uma boa safra ou a vitória em uma
batalha.
Tipos de mito
• Mitos cosmogônicos
Dentre as grandes interrogações que o homem permanece incapaz
de responder, apesar de todo o conhecimento experimental e
analítico está à origem da humanidade e do mundo que habita.
É como resposta a essa interrogação que surgem os mitos
cosmogônicos. As explicações oferecidas por esses mitos podem
ser reduzidas a alguns poucos modelos, elaborados por diferentes
povos.
É comum encontrar nas várias mitologias a figura de um criador
que, por ato próprio e autônomo, estabeleceu ou fundou o mundo
em sua forma atual.
Os mitos desse tipo costumam mencionar uma matéria já existente
a toda a criação: o oceano, o caos ou a terra.
A criação a partir do nada, unicamente pela palavra de Deus,
aparece claramente no livro bíblico do Gênesis
• Mitos escatológicos
Ao lado da preocupação com o enigma da origem, figura para o
homem, como grande mistério, a morte individual, associada ao
temor da extinção de todo o povo e mesmo do desaparecimento
do universo inteiro.
Para a mitologia, a morte não aparece como fato natural, mas
como elemento estranho à criação original, algo que necessita de
uma justificativa, de uma solução em outro plano de realidade.
Algumas explicações predominam nas diversas mitologias. Há
mitos que falam de um primeiro período em que a morte não
existia e contam como ela sobreveio por efeito de um erro, de um
castigo ou para evitar a superpopulação.
Outros mitos, geralmente presentes em tradições culturais mais
elaboradas, fazem referência à condição original do homem como
ser imortal e habitante de um paraíso terreno, e apresentam a
perda dessa condição e a expulsão do paraíso como tragédia
especificamente humana.
A função dos Mitos
A narração mitológica envolve basicamente acontecimentos
supostos, relativos a épocas primordiais, ocorridos antes do
surgimento dos homens (história dos deuses) ou com os
"primeiros" homens (história ancestral).
O verdadeiro objeto do mito, contudo, não são os deuses nem os
ancestrais, mas a apresentação de um conjunto de ocorrências
fabulosas com que se procura dar sentido ao mundo.
O mito aparece e funciona como intervenção simbólica entre o
sagrado e o seu oposto (o profano), condição necessária à ordem
do mundo e às relações entre os seres.
As semelhanças com a religião mostram que o mito se refere - ao
menos em seus níveis mais profundos - a temas e interesses que
ultrapassam a experiência imediata, o senso comum e a razão:
Deus, a origem, o bem e o mal, o comportamento ético e a
escatologia (destino último do mundo e da humanidade).
O mito, portanto, é uma linguagem apropriada para a religião. Isso
não significa que a religião, tampouco o mito, conte uma história
falsa, mas que ambos traduzem numa linguagem de descrições e
narrações uma realidade que ultrapassa o senso comum e a
racionalidade humana e que, portanto, não cabe em meros
conceitos analíticos.
Religião e mito discordam, não quanto à verdade ou falsidade
daquilo que narram, mas quanto ao tipo de mensagem que
transmitem.
• Mito e arte
Pelo caráter simbólico que reveste, o mito pode ser considerado
como uma forte manifestação artística e geradora de arte.
Em cada povo e civilização, os mitos são fonte de inspiração para
as mais diversas obras de arte como esculturas, pinturas,
inscrições, monumentos, construções de templos e até mesmo a
disposição dos túmulos em cemitérios.
Hoje em vários museus do mundo existem quadros e esculturas
representando os antigos personagens que fizeram parte da
mitologia.
Mitos de transformação e de transição
Numerosos mitos narram mudanças cósmicas, produzida ao
término de um tempo primordial anterior à existência humana e
graças às quais teriam surgido condições favoráveis à formação de
um mundo habitável.
Outras grandes transformações e inovações, como a descoberta
do fogo e da agricultura, estão associadas aos mitos dos grandes
fundadores culturais.
Nos mitos, são frequentes as transformações temporárias ou
definitivas dos personagens, seja em outras figuras humanas ou em
animais, plantas, astros, rochas e outros elementos da natureza.
As mudanças e transformações que se dão nos momentos críticos
da vida individual e social são objetos de particular interesse
mitológicos e rituais: nascimento, ingresso na vida adulta,
casamento, morte - acontecimentos marcantes para a pessoa e
sua comunidade - são interpretados como atualizações de
processos cósmicos ou de realidades míticas.
Resumindo, o mito:
• Tem caráter explicativo ou simbólico.
• Relaciona-se com uma data ou com uma religião.
• Procura explicar as origens do mundo e do homem por meio de personagens
sobrenaturais como deuses ou semideuses.
• Ao contrário da explicação filosófica, que se utiliza da argumentação lógica
para explicar a realidade, o mito explica a realidade através de suas histórias
sagradas, que não possuem nenhum tipo de embasamento para serem aceitas
como verdades.
• Alguns acontecimentos históricos podem se tornar mitos, desde que as
pessoas de determinada cultura agreguem uma simbologia que tornem o fato
relevante para as suas vidas.
• Todas as culturas possuem seus mitos. Alguns assuntos, como a criação do
mundo, são bases para vários mitos diferentes.
• Mito não é o mesmo que fábula, conto de fadas ou lenda.
Formas de propagação
do mito
Como
escrita, em
templos e
edifícios.
Em livros
sagrados.
Em blocos de
pedra ou papiros.
Pela narrativa oral.
Através de
rituais
religiosos.

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Origem dos mitos e mitologia

  • 2. Mitos são histórias tradicionais, quase sempre sobre deuses, heróis ou criaturas do mundo animal, que explicam por que o mundo é do jeito que é. Pessoas de todos os tempos e de todos os tipos de cultura constataram que a vida está repleta de mistérios. Por exemplo: qual é a origem do mundo, por que o sol se movimenta atravessando o firmamento, o que faz as coisas crescerem, por que as plantas morrem no inverno e renascem na primavera, de que modo ocorrem as marés, por que há terremotos, para onde vão as pessoas quando morrem, se é que vão para algum lugar? Na tentativa de responder a perguntas como essas, o homem criou narrativas , histórias, que transcendem a existência comum e cotidiana e que se enraizaram em diferentes culturas.
  • 3. Dessa maneira, as respostas para as mais complicadas indagações da vida foram transmitidas de geração para geração, na forma de mitos. Em geral havia semelhanças entres as histórias contadas em sociedade marcadamente distintas, como nas Mitologias da Grécia Antiga e dos Nórdicos, nas quais aparecem temas universais como a vida após a morte e a origem do mundo.
  • 4. Os mitos eram bem mais do que o simples contar história. Cada cultura possuía cerimônias e rituais próprios associados aos mitos. Essa associação implicava representar histórias exemplares ou oferecer sacrifícios aos deuses, na esperança de receber alguma benção em troca, como uma boa safra ou a vitória em uma batalha.
  • 5. Tipos de mito • Mitos cosmogônicos Dentre as grandes interrogações que o homem permanece incapaz de responder, apesar de todo o conhecimento experimental e analítico está à origem da humanidade e do mundo que habita. É como resposta a essa interrogação que surgem os mitos cosmogônicos. As explicações oferecidas por esses mitos podem ser reduzidas a alguns poucos modelos, elaborados por diferentes povos.
  • 6. É comum encontrar nas várias mitologias a figura de um criador que, por ato próprio e autônomo, estabeleceu ou fundou o mundo em sua forma atual. Os mitos desse tipo costumam mencionar uma matéria já existente a toda a criação: o oceano, o caos ou a terra. A criação a partir do nada, unicamente pela palavra de Deus, aparece claramente no livro bíblico do Gênesis
  • 7. • Mitos escatológicos Ao lado da preocupação com o enigma da origem, figura para o homem, como grande mistério, a morte individual, associada ao temor da extinção de todo o povo e mesmo do desaparecimento do universo inteiro. Para a mitologia, a morte não aparece como fato natural, mas como elemento estranho à criação original, algo que necessita de uma justificativa, de uma solução em outro plano de realidade.
  • 8.
  • 9. Algumas explicações predominam nas diversas mitologias. Há mitos que falam de um primeiro período em que a morte não existia e contam como ela sobreveio por efeito de um erro, de um castigo ou para evitar a superpopulação. Outros mitos, geralmente presentes em tradições culturais mais elaboradas, fazem referência à condição original do homem como ser imortal e habitante de um paraíso terreno, e apresentam a perda dessa condição e a expulsão do paraíso como tragédia especificamente humana.
  • 10.
  • 11. A função dos Mitos A narração mitológica envolve basicamente acontecimentos supostos, relativos a épocas primordiais, ocorridos antes do surgimento dos homens (história dos deuses) ou com os "primeiros" homens (história ancestral). O verdadeiro objeto do mito, contudo, não são os deuses nem os ancestrais, mas a apresentação de um conjunto de ocorrências fabulosas com que se procura dar sentido ao mundo.
  • 12. O mito aparece e funciona como intervenção simbólica entre o sagrado e o seu oposto (o profano), condição necessária à ordem do mundo e às relações entre os seres. As semelhanças com a religião mostram que o mito se refere - ao menos em seus níveis mais profundos - a temas e interesses que ultrapassam a experiência imediata, o senso comum e a razão: Deus, a origem, o bem e o mal, o comportamento ético e a escatologia (destino último do mundo e da humanidade).
  • 13. O mito, portanto, é uma linguagem apropriada para a religião. Isso não significa que a religião, tampouco o mito, conte uma história falsa, mas que ambos traduzem numa linguagem de descrições e narrações uma realidade que ultrapassa o senso comum e a racionalidade humana e que, portanto, não cabe em meros conceitos analíticos. Religião e mito discordam, não quanto à verdade ou falsidade daquilo que narram, mas quanto ao tipo de mensagem que transmitem.
  • 14. • Mito e arte Pelo caráter simbólico que reveste, o mito pode ser considerado como uma forte manifestação artística e geradora de arte. Em cada povo e civilização, os mitos são fonte de inspiração para as mais diversas obras de arte como esculturas, pinturas, inscrições, monumentos, construções de templos e até mesmo a disposição dos túmulos em cemitérios. Hoje em vários museus do mundo existem quadros e esculturas representando os antigos personagens que fizeram parte da mitologia.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22. Mitos de transformação e de transição Numerosos mitos narram mudanças cósmicas, produzida ao término de um tempo primordial anterior à existência humana e graças às quais teriam surgido condições favoráveis à formação de um mundo habitável. Outras grandes transformações e inovações, como a descoberta do fogo e da agricultura, estão associadas aos mitos dos grandes fundadores culturais.
  • 23. Nos mitos, são frequentes as transformações temporárias ou definitivas dos personagens, seja em outras figuras humanas ou em animais, plantas, astros, rochas e outros elementos da natureza. As mudanças e transformações que se dão nos momentos críticos da vida individual e social são objetos de particular interesse mitológicos e rituais: nascimento, ingresso na vida adulta, casamento, morte - acontecimentos marcantes para a pessoa e sua comunidade - são interpretados como atualizações de processos cósmicos ou de realidades míticas.
  • 24. Resumindo, o mito: • Tem caráter explicativo ou simbólico. • Relaciona-se com uma data ou com uma religião. • Procura explicar as origens do mundo e do homem por meio de personagens sobrenaturais como deuses ou semideuses. • Ao contrário da explicação filosófica, que se utiliza da argumentação lógica para explicar a realidade, o mito explica a realidade através de suas histórias sagradas, que não possuem nenhum tipo de embasamento para serem aceitas como verdades. • Alguns acontecimentos históricos podem se tornar mitos, desde que as pessoas de determinada cultura agreguem uma simbologia que tornem o fato relevante para as suas vidas. • Todas as culturas possuem seus mitos. Alguns assuntos, como a criação do mundo, são bases para vários mitos diferentes. • Mito não é o mesmo que fábula, conto de fadas ou lenda.
  • 28. Em blocos de pedra ou papiros.