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BREVE INTRODUÇÃO
        
 Pouco se sabe acerca dos povos que terão habitado a Península
  Hispânica antes da chegada dos romanos (séc. III a. C.). Nesses
  povos incluem-se, entre outros, os Iberos , os Celtas , os
  Fenícios , os Gregos e os Cartagineses .
 A Península fora habitada, em tempos muito remotos, pelos
  Iberos, povo agrícola e pacífico. Por volta do século VI antes de
  Cristo, este território foi invadido pelos Celtas, um povo
  turbulento e guerreiro. E a prolongada permanência provocou
  o cruzamento entre os dois povos, dando origem à
  denominação de Celtiberos .
 Depois, os Fenícios, os Gregos e os Cartagineses estabeleceram
  colónias comerciais em vários pontos da Península.
 Como os últimos pretendiam apoderar-se de todo o solo
  peninsular, os Celtiberos pediram socorro aos Romanos – E a
  “AVENTURA” começa…
Os Romanos invadem a Península, no século III antes de Cristo, com o
intuito de travar a expansão dos seus poderosos inimigos chefiados por
Aníbal, os Cartagineses, dado que estes constituíam uma séria ameaça
      ao domínio do mundo mediterrâneo pretendido por Roma.

                               
ROMANIZAÇÃO DA
PENÍNSULA IBÉRICA
       
 Vencidos os Cartagineses, seguiram-se as lutas contra
  os povos peninsulares.
 Por volta de 194 a. C. deu-se o primeiro confronto com
  os Lusitanos. Entre os chefes destes sobressaíam
  Viriato e Sertório. A conquista da Península iria
  demorar até 19 a. C., no tempo de Augusto, dada a
  enorme resistência dos povos peninsulares ao assédio
  romano. A conquista foi-se estendendo do sul para o
  norte, mais montanhoso, onde era mais fácil resistir.
 Os Romanos acabaram por dominar toda a
  Península, tanto no
 aspecto político-militar como no aspecto
  cultural, nomeadamente no que respeita à língua.

 Galba, com esta traição, pensava que a sua vitória seria bem recebida
  em Roma e que com a violência do seu acto tivesse destruído para
  sempre a resistência dos Lusitanos. No entanto, esta traição ia contra
  os conceitos estabelecidos pelas autoridades romanas, que davam
  muito valor às vitórias militares mas exigiam lealdade e respeito pelos
  inimigos. Quando souberam que Galba tinha mentido e assassinado
  homens desarmados que tinham confiado na palavra de um chefe
  romano, chamaram-no a Roma e julgaram-no em tribunal.
 Os Lusitanos, ao contrário do esperado por Galba,formaram um
  exército de milhares de homens vindos de vários castros e
  desencadearam ataques sucessivos contra os Romanos, alcançando
  muitas vitórias sobre o comando desse grande herói do povo Lusitano
  que só à traição seria eliminado - Viriato.
GALBA E OS
                 LUSITANOS
1.                   
      Em 151 a.C., os chefes Lusitanos, que se encontravam nos
       castros (povoações rodeadas por muralhas) nos montes
       Hermínios, após muitas lutas contra os romanos, decidiram
       propor a paz. Em troca de terras férteis na
       planície, abandonariam a luta. As conversações sobre a
       intenção dos Lusitanos tiveram como interlocutor um chefe
       romano de seu nome Galba que fingiu aceitar a proposta
       oferecendo-lhes um local esplêndido. Em troca teriam que
       entregar as armas.
      Quando os lusitanos se encontravam espalhados por uma
       zona sem hipóteses de defesa, Galba cercou-os, matando
       milhares de Lusitanos. Aprisionou e enviou para a
       Gália, como escravos, outros tantos. Porém, alguns
       conseguiram escapar, entre os quais, Viriato.

                     1. E 2. ≈ CASTROS
                                                 2.
VIRIATO
                
 Chefe militar lusitano do século II a. C.
 Dedicou-se à pastorícia, como era comum aos
  homens do seu povo, e veio a assumir a chefia dos
  Lusitanos contra o exército romano
  invasor, vencendo-o por sucessivas vezes. Ao fim
  de oito anos (147-139 a. C.) de resistência bem
  sucedida, Viriato morreu assassinado por
  traidores, que se venderam a troco de
  recompensa.
MORTE DE VIRIATO

 Sobre os lusitanos há que referir que tiveram grande
  influência celtibera. Eram ágeis, vigorosos e frugais.
  Dormiam na terra dura, usavam compridos e soltos
  cabelos, como os das mulheres. Apreciavam muito os
  sacrifícios e tiravam prognósticos do exame das
  entranhas das vítimas. Eram disciplinados e hábeis
  na arte da guerra.

 Em suma,
 existe uma pequena filiação entre os portugueses de hoje e
  as tribos que inicialmente habitaram a região, embora os
  portugueses desde sempre se considerem, eles
  próprios, descendentes dos Lusitanos, um povo celta que
  veio para a região depois de 1000 a.C.
 Os Lusitanos tinham como sua região chave a Serra da
  Estrela. Sob o comando de Viriato (Século II a.C.) e
  Sertório (Século I a.C.) resistiram à ocupação romana.

 Após a morte de Sertório, os lusitanos
  desintegraram-se, o que foi aproveitado por
  Pompeu para os derrotar.
 Mas a influência romana já se fazia sentir através
  de Sertório no ensino, no direito, na educação da
  juventude e no movimento artístico. A partir daí
  foi a integração completa.

 Algumas tribos, como os Cónios no
  Algarve, submeteram-se a Roma mais facilmente.
 Os habitantes do sul e do sudeste assimilaram
  prontamente a cultura dos romanos, mas os povos do
  norte e do interior sofreram uma influência menor.
 Júlio César e Augustus completaram a conquista da
  área,nascendo assim a Lusitânia , província
  romana. A sociedade romana dominou e do Latim
  derivou a língua portuguesa.
LEGADO POLÍTICO E
CULTURAL ROMANO
       
 Durante cerca de 200 anos deu-se a adaptação ao modo de
  vida romano por parte das sociedades conquistadas –
  romanização.
 A romanização supõe uma mudança de vida em aspectos
  tão elementares como a língua, o ensino, os costumes, a
  religião, o urbanismo, o comércio, a administração...
 Consequentemente, a sua língua, o Latim, tornou-se
  indispensável e obrigatória, suplantando os idiomas já
  existentes e funcionando como factor de ligação e de
  comunicação entre os vários povos.

 O latim teve logicamente variantes regionais - em
  Portugal, o latim vulgar deu origem ao galaico-
  português que redundou na língua actualmente
  falada, eliminando os entraves linguísticos que se
  colocavam ao comércio, à implantação de colonos e à
  unidade no seio do Império.
 As línguas românicas derivam do latim (que tem este
  nome por ser o idioma falado pelos habitantes do
  Lácio - núcleo inicial da cidade de Roma).

 Após a conquista da Península
  Ibérica pelos Romanos, estes
  dividem-na em três grandes
  províncias:
  Tarraconense, Lusitânia e Bética.
 A Lusitânia tinha três conventos
  jurídicos: Emérita (Mérida), Pax
  Iulia (Beja) e Scallabis (Santarém).

 As povoações, até aí
  predominantemente nas
  montanhas, passaram a surgir nos vales
  ou planícies, habitando casas de tijolo
  cobertas com telha.
 Como exemplo de cidades que
  surgiram com os Romanos, temos
  Braga (Bracara Augusta) , Beja (Pax
  Iulia) , Conímbriga e Chaves (Aquae
  Flaviae) .
 A divisão administrativa e judicial foi
  feita à moda de Roma, com a divisão da
  Península em três províncias
  (Tarraconense, Lusitânia, Bética) e com
  a criação dos conventos jurídicos.
DIORAMAS DA VIDA
    ROMANA
      


Messines


                          
 Ora, o processo de romanização só era possível devido à
  existência de uma boa rede de comunicações entre os distintos
  pontos do Império. Deste modo, e tomando como ponto de
  partida a própria Roma, começaram a construir-se as primeiras
  vias ou estradas e as calçadas, elemento chave para o
  desenvolvimento do Império, e que facilitaram tanto o
  transporte de mercadorias como o imparável avanço das
  legiões. Os romanos chegaram a dispor de 85.000 km de
  Calçadas, que percorriam o Império do Norte a Sul, de Este a
  Oeste.
 Daquelas infra-estruturas restam ainda alguns troços. Sobre
  elas foram sendo construídas muitas das actuais estradas.



                            Fornos de Algodres

 Neste âmbito entra ainda a arquitectura civil e
  religiosa, desde os aquedutos, as pontes e as
  represas à estrutura da malha urbana e aos
  templos.
 As divisões administrativas romanas estão na
  origem também das actuais, desde a demarcação
  de países (então denominados províncias) aos
  conventus (colónias romanas de província, onde
  residiam cidadãos).


                    Calçada do Torrão





Ponte Romana de Monforte – Alto Alentejo

 Os Aquedutos garantiam o abastecimento regular de águas às cidades.
  A sua construção implicava a condução da água desde as fontes fora
  das cidades. A estrutura, que era em sua maior parte
  subterrânea, corria com uma ligeira inclinação e era visível somente
  perto das cidades. O Aqueduto terminava num colector, a partir do
  qual uma rede de tubos distribuía a água por vários pontos da cidade.
 A construção dos Complexos Termais reflectia um duplo desejo dos
  governantes romanos:
 embelezar a cidade e passarem para a posteridade como benfeitores do
  povo, uma vez que alguns dos magníficos recintos de banhos e higiene
  foram disponibilizados àquele e incorporaram-se na vida quotidiana;
  neles untavam-se com óleos perfumados, recebiam medalhas,faziam
  exercício ou tomavam alguma bebida.





Termas - Conímbriga





Ruínas de S. Cucufate

 A indústria desenvolveu-se, sobretudo a olaria, as minas, a
  tecelagem e as pedreiras, o que ajudou a desenvolver
  também o comércio, surgindo feiras e mercados, com
  circulação da moeda.
 A influência romana fez-se sentir também na religião e nas
  manifestações artísticas.
 A arte romana subsistiu em diversas vertentes técnicas e
  temáticas, desde a arquitectura à escultura e pintura, depois
  de ter criado as suas raízes no ideal da arte praticada pelos
  helenos.





Mosaicos Romanos - Conímbriga





Conímbriga
DIREITO ROMANO
        
 É uma das mais grandiosas criações do povo romano e, no
  processo de romanização, uma das suas mais valiosas
  contribuições para a civilização ocidental.
 O mais apelativo do Direito Romano, em relação a outros
  Direitos nacionais, é não ter desaparecido quando desapareceu
  o poder político de Roma.
 Desde a Idade Média, onde foi acolhido e assimilado pelos
  povos bárbaros, passando para a Modernidade, até ao século
  XIX - com o Código de Napoleão -, o Direito Romano não só
  sobreviveu como se estendeu a outros continentes.
 O sistema jurídico deixado por Roma constitui, hoje em dia, o
  núcleo do Direito de todo o mundo Ocidental.
CIDADES
    COMTEMPORÂNEAS DOS
         ROMANOS
   Aeminium – Coimbra
                                       
   Aquae Flaviae – Chaves
   Bracara Augusta – Braga
   Conímbriga
   Ebora Liberalitas Julia – Évora
   Egitânia – Idanha-a-Velha
                                           1.
   Interamniense-Viseo – Viseu
   Miróbriga – Santiago do Cacém
   Myrtilis – Mértola
   Olisipo Felicitas Julia – Lisboa
   Ossonoba – Faro
   Pax Julia – Beja
   Portucale-Castrum Novum – Porto        2.
   Salatia – Alcácer do Sal
   Scallabis – Santarém
   Sellium – Tomar
   Tróia



         1.≈Coimbra 2.≈Chaves 3.≈Braga     3.
IMPÉRIO ROMANO
       




     ≈ IMPÉRIO ROMANO
PRINCIPAIS ROTAS
COMERCIAIS DO IMPÉRIO
      ROMANO
         
PRINCIPAIS ESTRADAS
DO IMPÉRIO ROMANO
        
PLACA COM
INSCRIÇÕES EM LATIM
        
VÁRIOS TIPOS DE
MOEDA ROMANA
      

   Investigador:
   Diogo José Gonçalves Mota
   Ano/Turma:
   7º B
   Número:
   9
   Discplina:
   História
   Professora:
   Rosário Miranda
   Data de realização:
   Fevereiro de 2011

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  • 1.
  • 2. BREVE INTRODUÇÃO   Pouco se sabe acerca dos povos que terão habitado a Península Hispânica antes da chegada dos romanos (séc. III a. C.). Nesses povos incluem-se, entre outros, os Iberos , os Celtas , os Fenícios , os Gregos e os Cartagineses .  A Península fora habitada, em tempos muito remotos, pelos Iberos, povo agrícola e pacífico. Por volta do século VI antes de Cristo, este território foi invadido pelos Celtas, um povo turbulento e guerreiro. E a prolongada permanência provocou o cruzamento entre os dois povos, dando origem à denominação de Celtiberos .  Depois, os Fenícios, os Gregos e os Cartagineses estabeleceram colónias comerciais em vários pontos da Península.  Como os últimos pretendiam apoderar-se de todo o solo peninsular, os Celtiberos pediram socorro aos Romanos – E a “AVENTURA” começa…
  • 3. Os Romanos invadem a Península, no século III antes de Cristo, com o intuito de travar a expansão dos seus poderosos inimigos chefiados por Aníbal, os Cartagineses, dado que estes constituíam uma séria ameaça ao domínio do mundo mediterrâneo pretendido por Roma. 
  • 4. ROMANIZAÇÃO DA PENÍNSULA IBÉRICA   Vencidos os Cartagineses, seguiram-se as lutas contra os povos peninsulares.  Por volta de 194 a. C. deu-se o primeiro confronto com os Lusitanos. Entre os chefes destes sobressaíam Viriato e Sertório. A conquista da Península iria demorar até 19 a. C., no tempo de Augusto, dada a enorme resistência dos povos peninsulares ao assédio romano. A conquista foi-se estendendo do sul para o norte, mais montanhoso, onde era mais fácil resistir.  Os Romanos acabaram por dominar toda a Península, tanto no  aspecto político-militar como no aspecto cultural, nomeadamente no que respeita à língua.
  • 5.   Galba, com esta traição, pensava que a sua vitória seria bem recebida em Roma e que com a violência do seu acto tivesse destruído para sempre a resistência dos Lusitanos. No entanto, esta traição ia contra os conceitos estabelecidos pelas autoridades romanas, que davam muito valor às vitórias militares mas exigiam lealdade e respeito pelos inimigos. Quando souberam que Galba tinha mentido e assassinado homens desarmados que tinham confiado na palavra de um chefe romano, chamaram-no a Roma e julgaram-no em tribunal.  Os Lusitanos, ao contrário do esperado por Galba,formaram um exército de milhares de homens vindos de vários castros e desencadearam ataques sucessivos contra os Romanos, alcançando muitas vitórias sobre o comando desse grande herói do povo Lusitano que só à traição seria eliminado - Viriato.
  • 6. GALBA E OS LUSITANOS 1.   Em 151 a.C., os chefes Lusitanos, que se encontravam nos castros (povoações rodeadas por muralhas) nos montes Hermínios, após muitas lutas contra os romanos, decidiram propor a paz. Em troca de terras férteis na planície, abandonariam a luta. As conversações sobre a intenção dos Lusitanos tiveram como interlocutor um chefe romano de seu nome Galba que fingiu aceitar a proposta oferecendo-lhes um local esplêndido. Em troca teriam que entregar as armas.  Quando os lusitanos se encontravam espalhados por uma zona sem hipóteses de defesa, Galba cercou-os, matando milhares de Lusitanos. Aprisionou e enviou para a Gália, como escravos, outros tantos. Porém, alguns conseguiram escapar, entre os quais, Viriato. 1. E 2. ≈ CASTROS 2.
  • 7. VIRIATO   Chefe militar lusitano do século II a. C.  Dedicou-se à pastorícia, como era comum aos homens do seu povo, e veio a assumir a chefia dos Lusitanos contra o exército romano invasor, vencendo-o por sucessivas vezes. Ao fim de oito anos (147-139 a. C.) de resistência bem sucedida, Viriato morreu assassinado por traidores, que se venderam a troco de recompensa.
  • 9.   Sobre os lusitanos há que referir que tiveram grande influência celtibera. Eram ágeis, vigorosos e frugais. Dormiam na terra dura, usavam compridos e soltos cabelos, como os das mulheres. Apreciavam muito os sacrifícios e tiravam prognósticos do exame das entranhas das vítimas. Eram disciplinados e hábeis na arte da guerra.
  • 10.   Em suma,  existe uma pequena filiação entre os portugueses de hoje e as tribos que inicialmente habitaram a região, embora os portugueses desde sempre se considerem, eles próprios, descendentes dos Lusitanos, um povo celta que veio para a região depois de 1000 a.C.  Os Lusitanos tinham como sua região chave a Serra da Estrela. Sob o comando de Viriato (Século II a.C.) e Sertório (Século I a.C.) resistiram à ocupação romana.
  • 11.   Após a morte de Sertório, os lusitanos desintegraram-se, o que foi aproveitado por Pompeu para os derrotar.  Mas a influência romana já se fazia sentir através de Sertório no ensino, no direito, na educação da juventude e no movimento artístico. A partir daí foi a integração completa.
  • 12.   Algumas tribos, como os Cónios no Algarve, submeteram-se a Roma mais facilmente.  Os habitantes do sul e do sudeste assimilaram prontamente a cultura dos romanos, mas os povos do norte e do interior sofreram uma influência menor.  Júlio César e Augustus completaram a conquista da área,nascendo assim a Lusitânia , província romana. A sociedade romana dominou e do Latim derivou a língua portuguesa.
  • 13. LEGADO POLÍTICO E CULTURAL ROMANO   Durante cerca de 200 anos deu-se a adaptação ao modo de vida romano por parte das sociedades conquistadas – romanização.  A romanização supõe uma mudança de vida em aspectos tão elementares como a língua, o ensino, os costumes, a religião, o urbanismo, o comércio, a administração...  Consequentemente, a sua língua, o Latim, tornou-se indispensável e obrigatória, suplantando os idiomas já existentes e funcionando como factor de ligação e de comunicação entre os vários povos.
  • 14.   O latim teve logicamente variantes regionais - em Portugal, o latim vulgar deu origem ao galaico- português que redundou na língua actualmente falada, eliminando os entraves linguísticos que se colocavam ao comércio, à implantação de colonos e à unidade no seio do Império.  As línguas românicas derivam do latim (que tem este nome por ser o idioma falado pelos habitantes do Lácio - núcleo inicial da cidade de Roma).
  • 15.   Após a conquista da Península Ibérica pelos Romanos, estes dividem-na em três grandes províncias: Tarraconense, Lusitânia e Bética.  A Lusitânia tinha três conventos jurídicos: Emérita (Mérida), Pax Iulia (Beja) e Scallabis (Santarém).
  • 16.   As povoações, até aí predominantemente nas montanhas, passaram a surgir nos vales ou planícies, habitando casas de tijolo cobertas com telha.  Como exemplo de cidades que surgiram com os Romanos, temos Braga (Bracara Augusta) , Beja (Pax Iulia) , Conímbriga e Chaves (Aquae Flaviae) .  A divisão administrativa e judicial foi feita à moda de Roma, com a divisão da Península em três províncias (Tarraconense, Lusitânia, Bética) e com a criação dos conventos jurídicos.
  • 17. DIORAMAS DA VIDA ROMANA 
  • 18.
  • 19.
  • 20. Messines   Ora, o processo de romanização só era possível devido à existência de uma boa rede de comunicações entre os distintos pontos do Império. Deste modo, e tomando como ponto de partida a própria Roma, começaram a construir-se as primeiras vias ou estradas e as calçadas, elemento chave para o desenvolvimento do Império, e que facilitaram tanto o transporte de mercadorias como o imparável avanço das legiões. Os romanos chegaram a dispor de 85.000 km de Calçadas, que percorriam o Império do Norte a Sul, de Este a Oeste.  Daquelas infra-estruturas restam ainda alguns troços. Sobre elas foram sendo construídas muitas das actuais estradas. Fornos de Algodres
  • 21.   Neste âmbito entra ainda a arquitectura civil e religiosa, desde os aquedutos, as pontes e as represas à estrutura da malha urbana e aos templos.  As divisões administrativas romanas estão na origem também das actuais, desde a demarcação de países (então denominados províncias) aos conventus (colónias romanas de província, onde residiam cidadãos). Calçada do Torrão
  • 22.  Ponte Romana de Monforte – Alto Alentejo
  • 23.   Os Aquedutos garantiam o abastecimento regular de águas às cidades. A sua construção implicava a condução da água desde as fontes fora das cidades. A estrutura, que era em sua maior parte subterrânea, corria com uma ligeira inclinação e era visível somente perto das cidades. O Aqueduto terminava num colector, a partir do qual uma rede de tubos distribuía a água por vários pontos da cidade.  A construção dos Complexos Termais reflectia um duplo desejo dos governantes romanos:  embelezar a cidade e passarem para a posteridade como benfeitores do povo, uma vez que alguns dos magníficos recintos de banhos e higiene foram disponibilizados àquele e incorporaram-se na vida quotidiana; neles untavam-se com óleos perfumados, recebiam medalhas,faziam exercício ou tomavam alguma bebida.
  • 25.  Ruínas de S. Cucufate
  • 26.   A indústria desenvolveu-se, sobretudo a olaria, as minas, a tecelagem e as pedreiras, o que ajudou a desenvolver também o comércio, surgindo feiras e mercados, com circulação da moeda.  A influência romana fez-se sentir também na religião e nas manifestações artísticas.  A arte romana subsistiu em diversas vertentes técnicas e temáticas, desde a arquitectura à escultura e pintura, depois de ter criado as suas raízes no ideal da arte praticada pelos helenos.
  • 27.  Mosaicos Romanos - Conímbriga
  • 29. DIREITO ROMANO   É uma das mais grandiosas criações do povo romano e, no processo de romanização, uma das suas mais valiosas contribuições para a civilização ocidental.  O mais apelativo do Direito Romano, em relação a outros Direitos nacionais, é não ter desaparecido quando desapareceu o poder político de Roma.  Desde a Idade Média, onde foi acolhido e assimilado pelos povos bárbaros, passando para a Modernidade, até ao século XIX - com o Código de Napoleão -, o Direito Romano não só sobreviveu como se estendeu a outros continentes.  O sistema jurídico deixado por Roma constitui, hoje em dia, o núcleo do Direito de todo o mundo Ocidental.
  • 30. CIDADES COMTEMPORÂNEAS DOS ROMANOS  Aeminium – Coimbra   Aquae Flaviae – Chaves  Bracara Augusta – Braga  Conímbriga  Ebora Liberalitas Julia – Évora  Egitânia – Idanha-a-Velha 1.  Interamniense-Viseo – Viseu  Miróbriga – Santiago do Cacém  Myrtilis – Mértola  Olisipo Felicitas Julia – Lisboa  Ossonoba – Faro  Pax Julia – Beja  Portucale-Castrum Novum – Porto 2.  Salatia – Alcácer do Sal  Scallabis – Santarém  Sellium – Tomar  Tróia 1.≈Coimbra 2.≈Chaves 3.≈Braga 3.
  • 31. IMPÉRIO ROMANO  ≈ IMPÉRIO ROMANO
  • 32. PRINCIPAIS ROTAS COMERCIAIS DO IMPÉRIO ROMANO 
  • 36.   Investigador:  Diogo José Gonçalves Mota  Ano/Turma:  7º B  Número:  9  Discplina:  História  Professora:  Rosário Miranda  Data de realização:  Fevereiro de 2011