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Ascensão e Queda da URSS
Prof. Eustáquio Lagoeiro Castelo Branco
Após a Primeira Guerra, os EUA tornara se potência mundial e após a
Segunda, A URSS, uma segunda potência mundial, compondo um novo perfil
mundial, uma Nova Ordem Internacional
A Primeira Guerra Mundial havia esfacelado os países europeus já que
a maior parte dos ataques e movimentos armados ocorreram dentro
desse continente.
Os EUA, apesar de ter participado dessa guerra não teve muitas
seqüelas, pelo contrário, aproveitou a situação para otimizar um
desenvolvimento econômico que o levaria a se tornar uma potência
mundial em substituição á Inglaterra até então aquela nação
que dava as cartas nas relações políticas e econômicas mundiais.
Durante a guerra, os EUA, participava disponibilizando capitais aos países beligerantes, principalmente,
da Tríplice Entente (Inglaterra, França, etc.). Claro, a juros, senão exorbitantes, pelos menos
compensadores.
Após a guerra, continuou abastecendo com financiamentos a reconstrução dos países europeus,
bem como, exportando produtos manufaturados para esse mercado consumidor
carente no momento.
Já, com a Segunda Guerra Mundial, a URSS, recuperada dos problemas causados pela
Revolução de 1917, e não sofrendo muitos problemas com a Crise do capitalismo em 1929,
vinha a pleno vapor, colhendo frutos em sua política de desenvolvimento, rivalizando com os EUA.
Essa política Russa priorizava não só os aspectos relacionados ao crescimento interno e
atendimento á população, mas também, no relativo á sua indústria bélica, numa
disputa
com os EUA na questão da tecnologia nuclear e espacial.
Em decorrência dos fatos acima, avaliamos e concluímos: após a Primeira
Guerra, Os EUA tornara se potência mundial e após a Segunda, A URSS,
uma segunda potência mundial, compondo um novo perfil mundial,
uma Nova Ordem Internacional
Devido essas, possuírem ideologias diferentes e antagônicas, objetivos idênticos
no que se refere a cooptar áreas de influências e difusão de suas idéias político-
econômicas, torna o planeta bipolarizado entre duas
tendências opostas degladiando-se por conquistas de espaços.
Isto gera um período de tensão mundial que ficou conhecido como Guerra Fria, tornando o
mundo, por mais de 40 anos, um campo de batalha sem batalha contrapondo os dois maiores
arsenais bélicos até então existentes.
A URSS, colhe sucessos, influência ideológica, parceiros econômicos em todos os quadrantes da terra,
progresso interno e externo.
A corrida espacial pende para o lado russo ao lançar a primeira nave não tripulada (Sputnik),
o primeiro ser vivo ( a cadela Laika) e o primeiro cosmonauta (Yuri Gagarin).
O OCASO RUSSO
Essa situação de poderio bélico, crescimento interno e melhorias sociais começa a sofrer
retrocessos e abalos á partir da década de 70.
Os primeiros sintomas se faz internamente. No campo agrícola a produção e produtividade
decresce; a produção de bens de consumo diminui e é questionada principalmente no
relativo
á qualidade e preço; as importações aumentam com produtos até de países capitalistas
como os EUA.
Diante das dificuldades, os dirigentes russos, ainda componentes da velha guarda, tentam
redirecionar suas estratégias visando retornar aos áureos tempos.
O comunista, Leonid Brezehnev (presidente de 1964 a 1982), inicialmente com
uma política de atraso procura acomodar lideranças comunistas mumificadas reinstalando um imenso
aparato burocrático de Estado, abrindo as portas á corrupção, a inépcia e aos erros administrativos.
Os gastos exagerados com o programa espacial e militar coloca a URSS á beira
do abismo. Soma-se a isto, o envolvimento na Guerra do Afeganistão e acusações
na tentativa de assassinato do Papa João Paulo II em 1981.
No final de seu governo, Brezehnev, tenta uma última cartada, assinando com os EUA vários acordos
para redução da fabricação de mísseis, plano este denominado de acordos
SALT (em inglês, Strategic Arms Limitation Talks) ou seja, um Acordo Para Limitação
de Armas Estratégicas.
A finalidade era direcionar para o setor civil parte do desenvolvimento obtido na indústria
bélica e esvaziar a corrida armamentista.
Mas, a sorte estava lançada, agravada pelo confronto constante com o governo americano de Ronald
Reagan, que, considerava a URSS um inimigo perigoso a ser combatido sem tréguas.
Os EUA, tira proveito da situação e, juntamente com a Inglaterra, ajudam a treinar as guerrilhas afegãs
que passam a desafiar a União Soviética provocando um desgaste violento.
Nesta época, ainda, a indústria de guerra americana começa a desenvolver um sistema de
defesa espacial antimísseis, que ficou conhecido como “Guerra nas Estrelas”.
Isto foi um baque tremendo na estrutura militar soviética.
Quando Brezehnev morre em 1982, a União Soviética já estava na bancarrota.
O predecessor, Yuri Andropov, morre dois anos depois, bem como seu substituto Constantin
Tchernenko, que falece um ano após.
É, praticamente o fim dos "dinossauros" da cúpula política russa.
MIKHAIL GORBATCHEV: A Perestroika e a Glasnost
Novas caras se sobressai, e uma delas, Mikhail Gorbatchev assume o poder.
Representava uma espécie de renovação e prometia uma nova dinâmica na direção dos rumos
administrativos da nação soviética.
A Rússia agora passa a ter uma liderança emergente que não participara da Revolução Russa
ou da II Guerra Mundial, que fizera carreira dentro das universidades soviéticas, e
participara
do governo anterior, como Ministro da Agricultura, tendo alguma intimidade com os
problemas que a URSS vinha enfrentando.
Gorbatchev estará ligado as significativas mudanças ocorridas na União
Soviética na segunda metade da década de 90: a Perestroika (reestruturação)
e a Glasnost (transparência).
Ao assumir o governo, coloca em prática um pacote de medidas que tinha por finalidade reestruturar o
socialismo em seu aspecto econômico. A economia
soviética em seu marasmo caminhava para o abismo e essas medidas tinha como alvo
uma dinamização na sua estrutura.
A administração nas empresas russas (fabricas, minas, agrícolas) foi reformulada dotando-as de
independência, o que antes era inconcebível, dando ênfase uma economia mista
composta de indústrias estatal-privadas, reduzindo os monopólios do Estado.
Complementando essas reformas, procurava transferir os maciços recursos da
indústria bélica
e dos custos exagerados do Serviço secreto russo, a KGB, para aqueles setores da
economia
mais ligados ás necessidades internas, tais como, o saneamento, educação,
transportes, habitação, etc.
O Estado- proprietário continuaria com o controle em suas mãos, mas seria permitida a
propriedade privada em setores secundários de produção de bens de consumo, comércio
varejista e serviços não-essenciais. Na agricultura admitir-se-ia o arrendamento de terras
estatais e cooperativas por grupos familiares e indivíduos.
Segundo Gorbatchev, havia um descompasso. Seu país possuía indústria inferiores ás de
terceiro mundo, enquanto construía satélites e instrumentos de alta tecnologia.
A esse conjunto de procedimentos para a reconstrução
econômica é o que chamamos de Perestroika, Movimento
Geral de desestalinização.
Já a Glasnost (transparência) é uma segunda proposta de Gorbatchev.
Diante dos resultados relativos da Perestroika, opta-se, paralelamente, por esse outro projeto que visa
uma mudança de mentalidade, uma liturgia política menos conservadora e uma renovação na vida
pública do país. A Glasnost viria para complementar e agilizar a estratégia da Perestroika.
Era indispensável combater a burocracia e motivar dirigentes no empenho á concretização das reformas
propostas.
O fim da perseguição aos dissidentes políticos foi outro objetivo trabalhado com a reabilitação
de ideólogos vitimados por Stálin entre 1936-1938, entre estes, Nikolai Bukharin
e Alexei Rykov, etc.
O retorno do exílio, em 1986, do físico Andrei Sakharov marca simbolicamente e com êxito,
o inicio dessa empreitada.
Campanhas contra a corrupção e a ineficiência administrativa foram implementadas com apoio
tanto da população quanto dos meios de comunicação.
Aplausos, também, mereceu a campanha de abertura cultural que procurou a liberação de obras
proibidas, permitindo críticas ao regime e a liberdade de imprensa. Inúmeros jornais, revistas e
publicações foram consentidas.
A permissão para o funcionamento de milhares de sociedades culturais para discussão de
problemas políticos, das quais participam historiadores, economistas, cientistas e escritores conhecidos.
No somatório geral, a Glasnost representou importantes mudanças e colheu alguns frutos significativos.
combateu de forma sistemática a pobreza da população, abriu as portas ao debate político, permitiu, sem
represálias, alguns movimentos populares, realizou eleições no país, o que
não acontecia desde 1917.
Gorbatchev ainda, abriu conversações diplomáticas com a China concluindo um acordo que
encerrou as tensões com aquele país, convenceu muitos lideres comunistas da Europa Oriental
a adotar doutrinas similares à glasnost, etc.
Mas, apesar de seu empenho em mudar o perfil russo no campo político e econômico, não
conseguiu conciliar os interesses das classes políticas, principalmente aqueles ligados ao Partido
comunista. Militares e a cúpula do partido entram em rota de colisão com Gorbatchev.
Queriam um processo de abertura mais lento e gradual.
O PIB do país encolheu 4% em 1990 e a agitação política aumentou.
Uma liderança, que surgia nos bastidores, Boris Yeltsin, ex-prefeito de Moscou, insatisfeito demonstra
um certo desconforto com a política de Gorbatchev e faz aberta e ferrenha oposição
ao líder soviético.
Para agravar a situação, nessa fase, começa a sobressair a reação de algumas nacionalidades
aliadas á URSS, que demonstravam desejar a independência.
Diante desse quadro, percebe-se uma crescente insatisfação popular e política. Aproveitando a situação,
em agosto d e 1991, conservadores do Partido comunista, promovem um golpe contra Gorbatchev que é
preso, em domicílio, em uma casa de campo na Criméia.
Os golpista, continuam sua maratona, divulgam o retorno da URSS á sua antiga estrutura administrativa-
ideológica e apelam ao povo e ás forças armadas um voto de confiança.
Sem sucesso, lideranças contrárias, acionam um contragolpe liderado por Boris Yeltsin e com
auxílio de presidentes de algumas repúblicas soviéticas, prendem os líderes reacionários do PC, libertam
Gorbatchev, dissolvem e proíbem o funcionamento do PC. A KGB, o poderoso serviço secreto soviético,
teve sua cúpula dissolvida. Yeltsin e os outros presidentes passaram a
governar na prática o império soviético.
É o arremate do desmoronamento da URSS.
Em 4 de setembro de 1991, Gorbatchev, como presidente da União Soviética, Boris Yeltsin, na qualidade
de presidente da Rússia, e mais os líderes de outras repúblicas soviéticas, propõe um plano de transição
para criar um novo Parlamento, um Conselho de Estado e uma Comissão Econômica que estabelecesse
uma nova união entre as diversas repúblicas.
Proposta esta que acabou sendo aprovada.
Em dezembro de 1991, o colapso do bloco soviético é selado fazendo surgir 15 novos países
independentes: Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, Moldávia, Geórgia, Armênia, Azerbaijão, Casaquistão,
Turcomenistão, Tajiquistão, Uzbequistão, Quirguistão, Estônia, Letônia e Lituânia.
Em 26 de dezembro de 1991, a União Soviética deixou de existir oficialmente.
A URSS, que surgiu triunfante mas com as mãos sujas do sangue de milhões de pessoas, é
extinta sem grandes violências e sem deixar saudades.
Gorbatchev é comunicado, em 17 de dezembro, de que a União Soviética desapareceria
oficialmente na passagem de Ano Novo.
No lugar da URSS, foi criada uma nova organização, uma espécie de confederação, onde
mantinha-se a independência política de cada uma das repúblicas, permanecendo
a união econômica.
Essa organização, a CEI, Comunidade dos Estados Independentes, logo, recebeu o apoio de
12 das antigas repúblicas soviéticas, que adotavam como orientação econômica
o sistema capitalista.
A CEI
A CEI, embora não seja um país, é mais do que uma simples comunidade econômica de
nações.
Não obstante, cada um dos Estados-membros serem politicamente soberano, tem forças
armadas centralizadas, a moeda principal circulante nas repúblicas é o rublo embora os
países membros estejam criando gradualmente suas próprias moedas.
Outro problema sério entre as repúblicas, diz respeito a problemas fronteiriços, étnicos e políticos. Esta
situação, torna a ex-URSS um quebra cabeça de reivindicações.
A Rússia impõe uma certa lideranças sobre elas mas, debatem-se em divergências variáveis. Conflitos
em relação ao controle da frota do mar Negro e do arsenal nuclear; discordância com determinadas
cláusulas do Tratado de desarmamento (Start) assinado com os EUA, ainda, pela extinta URSS em 1991.
Alem disso varias lutas separatistas tornam a situação interna um tanto quanto conturbada:
A disputa entre Rússia e Ucrânia pela região da Criméia; a Armênia e o Azerbaijão não se entendendo
em relação a posse da Nagorno-Karabakh; a Geórgia, que não pertence á CEI, tem litígios com as
repúblicas-membros em relação a Ossétia do do sul e esta, com a Ossétia do norte;
a Tartária que luta pela sua independência, tem pendências diversas com outras regiões próximas como a
Lakutia, a Buriatia, o distrito da Niénetz, as repúblicas de Komi e Tuva, etc. etc....
Em todos esses casos, encontram forte resistência dos russos que, na possibilidade de um
insucesso, perderia o controle sobre o petróleo tártaro, as jazidas de ouro buriatas e de gás
natural nenétsio, o cobalto tuvânio, os diamantes iakútios.....
Por aí, se vê que os laços entre o membros da CEI são, no mínimo, comprometedores.
Mas, a desagregação da URSS, não afetou somente as repúblicas que a compunham.
Aqueles países que giravam na órbita soviética também passaram por problemas correlatos e
generalizados: o desmonte da Iugoslávia trouxe sérios problemas para a região onde etnias, mulçumanos,
sérvios, croatas, bósnios se envolve em conflitos para definir, da maneira mais favorável suas respectivas
áreas de influência.
Na vizinha Croácia, persiste a tensão entre o governo nacional e as milícias formadas pela
minoria sérvia, que controlam um terço do território do país.
A desativação do sistema de produção socialista implicou o fim das benesses que mantinham
Cuba em evidência.
Esse passar de um sistema econômico em que o Estado é responsável por toda a economia para
um sistema em que a iniciativa é livre não é um processo fácil e, nos países recém-emancipados,
e naqueles da chamada "Cortina de Ferro" a situação tornou-se caótica.
Yeltsin, que governou de 1991 á 1999, foi uma figura contraditória. Teve relativo destaque na abertura
política que levou ao fim do comunismo, mas, uma vez no poder, adotou atitudes absolutistas e quase
ditatoriais e acabou responsável pela derrocada econômica
da Rússia, com aumento do desemprego e da inflação.
A corrupção contaminou as estruturas do Estado. A fome foi uma constante em
todas as setores sociais.
Nunca se preocupou com os cerimoniais do cargo, chegando a assumir uma
atitude provocante e debochada. Diante das câmeras de tevê, ele beliscava secretárias. Ironizava a
imprensa e cometia gafes de todos os tipos.
Yeltsin gostava de beber em excesso e talvez, por isso, sua saúde era debilitada.
Em finais da década de 90, com a saúde comprometida e desacreditado pelas potências mundiais, lutava
para se manter no poder, mas com o conceito comprometido por crises financeiras
recorrentes após 1998, abatido pelo desânimo, Yeltsin renunciou repentinamente antes do fim
de seu mandato, no dia 31 de dezembro de 1999, propondo como seu sucessor o atual
presidente, Vladimir Putin.
O país entregue a Putin estava em completa desordem, mais uma "anarquia" que a democracia
pretendida.
TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS
Á partir de 2000, a Rússia começa a se recompor. Vladimir Putin será eleito presidente por uma
população desesperançada, que esperava dele a redenção, corrigindo as mazelas dos governos anteriores
devolvendo á Rússia o status de grande potência respeitada internacionalmente.
A principio, cumpre bem este papel trazendo alento e esperança á população.
A seu favor, pode ser contabilizado um crescimento econômico real com inflação reduzida a
20% por ano e um retorno ao cenário político internacional.
Mas, está longe de ser aquele líder perfeito.
Se a luta parceira com os EUA contra o terrorismo rendeu-lhe dividendos em termos de popularidade,
por outro lado, assume posições autoritárias e inquietantes bem ao estilo dos populistas latino-
americanos, sacrificando os direitos e as liberdades individuais.
Putim, goza ainda de uma popularidade respeitável: quase 70% da população esta a seu favor.
Mas, até quando?
Conseguirá resolver o problema da Chechênia? contornar a crise com o setor militar
que o
critica pela reforma do exercito em moldes considerados inadequados? controlar a fuga
de capitais? harmonizar-se com os oposicionistas destemperados e insatisfeitos?
Sanear a burocracia e o apetite insaciável dos burocratas, que conseguiram fazer com
que, somente em 2005, a Rússia figurasse no 32.º lugar do ranking dos "países mais
corruptos do mundo"?
E a distribuição da riqueza, outro problema que agrava a polarização social?
De acordo análises e pesquisas internas e externas, a renda dos membros mais ricos da
sociedade russa é 15 vezes superior à dos mais pobres — um dos mais elevados níveis de desigualdade
social no mundo.
Com a proximidade de eleições parlamentares e presidenciais a tensão e o descontentamento
contra Putin tem aumentado. Os confrontos internos, ocorridos principalmente em Moscou e
São Petersburgo são preocupantes.
Perfil Geográfico
Extensão do território russo : 17.075.400 km2
População aproximada: 150.000.000
Capital: Moscou (8,5 milhões)
Outras cidades importantes: São Petersburgo (4,2 milhões), Novgorod (1,4 milhões),
Novosibirsk (1,4 milhões)
Religiões: cristãos 46% (ortodoxos 40%, protestantes 4,66%, católicos 1%)
islâmicos (10%)
Os outros se declaram ateus.
Língua oficial: russo
Renda per capita: US$ 2300
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Ascensão e queda da urss marcos

  • 1. Ascensão e Queda da URSS Prof. Eustáquio Lagoeiro Castelo Branco Após a Primeira Guerra, os EUA tornara se potência mundial e após a Segunda, A URSS, uma segunda potência mundial, compondo um novo perfil mundial, uma Nova Ordem Internacional A Primeira Guerra Mundial havia esfacelado os países europeus já que a maior parte dos ataques e movimentos armados ocorreram dentro desse continente. Os EUA, apesar de ter participado dessa guerra não teve muitas seqüelas, pelo contrário, aproveitou a situação para otimizar um desenvolvimento econômico que o levaria a se tornar uma potência mundial em substituição á Inglaterra até então aquela nação
  • 2. que dava as cartas nas relações políticas e econômicas mundiais. Durante a guerra, os EUA, participava disponibilizando capitais aos países beligerantes, principalmente, da Tríplice Entente (Inglaterra, França, etc.). Claro, a juros, senão exorbitantes, pelos menos compensadores. Após a guerra, continuou abastecendo com financiamentos a reconstrução dos países europeus, bem como, exportando produtos manufaturados para esse mercado consumidor carente no momento. Já, com a Segunda Guerra Mundial, a URSS, recuperada dos problemas causados pela Revolução de 1917, e não sofrendo muitos problemas com a Crise do capitalismo em 1929, vinha a pleno vapor, colhendo frutos em sua política de desenvolvimento, rivalizando com os EUA. Essa política Russa priorizava não só os aspectos relacionados ao crescimento interno e atendimento á população, mas também, no relativo á sua indústria bélica, numa disputa com os EUA na questão da tecnologia nuclear e espacial. Em decorrência dos fatos acima, avaliamos e concluímos: após a Primeira Guerra, Os EUA tornara se potência mundial e após a Segunda, A URSS, uma segunda potência mundial, compondo um novo perfil mundial, uma Nova Ordem Internacional Devido essas, possuírem ideologias diferentes e antagônicas, objetivos idênticos no que se refere a cooptar áreas de influências e difusão de suas idéias político- econômicas, torna o planeta bipolarizado entre duas tendências opostas degladiando-se por conquistas de espaços. Isto gera um período de tensão mundial que ficou conhecido como Guerra Fria, tornando o mundo, por mais de 40 anos, um campo de batalha sem batalha contrapondo os dois maiores arsenais bélicos até então existentes. A URSS, colhe sucessos, influência ideológica, parceiros econômicos em todos os quadrantes da terra, progresso interno e externo. A corrida espacial pende para o lado russo ao lançar a primeira nave não tripulada (Sputnik), o primeiro ser vivo ( a cadela Laika) e o primeiro cosmonauta (Yuri Gagarin). O OCASO RUSSO Essa situação de poderio bélico, crescimento interno e melhorias sociais começa a sofrer retrocessos e abalos á partir da década de 70. Os primeiros sintomas se faz internamente. No campo agrícola a produção e produtividade decresce; a produção de bens de consumo diminui e é questionada principalmente no relativo á qualidade e preço; as importações aumentam com produtos até de países capitalistas como os EUA. Diante das dificuldades, os dirigentes russos, ainda componentes da velha guarda, tentam redirecionar suas estratégias visando retornar aos áureos tempos.
  • 3. O comunista, Leonid Brezehnev (presidente de 1964 a 1982), inicialmente com uma política de atraso procura acomodar lideranças comunistas mumificadas reinstalando um imenso aparato burocrático de Estado, abrindo as portas á corrupção, a inépcia e aos erros administrativos. Os gastos exagerados com o programa espacial e militar coloca a URSS á beira do abismo. Soma-se a isto, o envolvimento na Guerra do Afeganistão e acusações na tentativa de assassinato do Papa João Paulo II em 1981. No final de seu governo, Brezehnev, tenta uma última cartada, assinando com os EUA vários acordos para redução da fabricação de mísseis, plano este denominado de acordos SALT (em inglês, Strategic Arms Limitation Talks) ou seja, um Acordo Para Limitação de Armas Estratégicas. A finalidade era direcionar para o setor civil parte do desenvolvimento obtido na indústria bélica e esvaziar a corrida armamentista. Mas, a sorte estava lançada, agravada pelo confronto constante com o governo americano de Ronald Reagan, que, considerava a URSS um inimigo perigoso a ser combatido sem tréguas. Os EUA, tira proveito da situação e, juntamente com a Inglaterra, ajudam a treinar as guerrilhas afegãs que passam a desafiar a União Soviética provocando um desgaste violento. Nesta época, ainda, a indústria de guerra americana começa a desenvolver um sistema de defesa espacial antimísseis, que ficou conhecido como “Guerra nas Estrelas”. Isto foi um baque tremendo na estrutura militar soviética. Quando Brezehnev morre em 1982, a União Soviética já estava na bancarrota. O predecessor, Yuri Andropov, morre dois anos depois, bem como seu substituto Constantin Tchernenko, que falece um ano após. É, praticamente o fim dos "dinossauros" da cúpula política russa. MIKHAIL GORBATCHEV: A Perestroika e a Glasnost Novas caras se sobressai, e uma delas, Mikhail Gorbatchev assume o poder. Representava uma espécie de renovação e prometia uma nova dinâmica na direção dos rumos administrativos da nação soviética. A Rússia agora passa a ter uma liderança emergente que não participara da Revolução Russa ou da II Guerra Mundial, que fizera carreira dentro das universidades soviéticas, e participara do governo anterior, como Ministro da Agricultura, tendo alguma intimidade com os problemas que a URSS vinha enfrentando. Gorbatchev estará ligado as significativas mudanças ocorridas na União Soviética na segunda metade da década de 90: a Perestroika (reestruturação) e a Glasnost (transparência). Ao assumir o governo, coloca em prática um pacote de medidas que tinha por finalidade reestruturar o socialismo em seu aspecto econômico. A economia soviética em seu marasmo caminhava para o abismo e essas medidas tinha como alvo uma dinamização na sua estrutura. A administração nas empresas russas (fabricas, minas, agrícolas) foi reformulada dotando-as de
  • 4. independência, o que antes era inconcebível, dando ênfase uma economia mista composta de indústrias estatal-privadas, reduzindo os monopólios do Estado. Complementando essas reformas, procurava transferir os maciços recursos da indústria bélica e dos custos exagerados do Serviço secreto russo, a KGB, para aqueles setores da economia mais ligados ás necessidades internas, tais como, o saneamento, educação, transportes, habitação, etc. O Estado- proprietário continuaria com o controle em suas mãos, mas seria permitida a propriedade privada em setores secundários de produção de bens de consumo, comércio varejista e serviços não-essenciais. Na agricultura admitir-se-ia o arrendamento de terras estatais e cooperativas por grupos familiares e indivíduos. Segundo Gorbatchev, havia um descompasso. Seu país possuía indústria inferiores ás de terceiro mundo, enquanto construía satélites e instrumentos de alta tecnologia. A esse conjunto de procedimentos para a reconstrução econômica é o que chamamos de Perestroika, Movimento Geral de desestalinização. Já a Glasnost (transparência) é uma segunda proposta de Gorbatchev. Diante dos resultados relativos da Perestroika, opta-se, paralelamente, por esse outro projeto que visa uma mudança de mentalidade, uma liturgia política menos conservadora e uma renovação na vida pública do país. A Glasnost viria para complementar e agilizar a estratégia da Perestroika. Era indispensável combater a burocracia e motivar dirigentes no empenho á concretização das reformas propostas. O fim da perseguição aos dissidentes políticos foi outro objetivo trabalhado com a reabilitação de ideólogos vitimados por Stálin entre 1936-1938, entre estes, Nikolai Bukharin e Alexei Rykov, etc. O retorno do exílio, em 1986, do físico Andrei Sakharov marca simbolicamente e com êxito, o inicio dessa empreitada. Campanhas contra a corrupção e a ineficiência administrativa foram implementadas com apoio tanto da população quanto dos meios de comunicação. Aplausos, também, mereceu a campanha de abertura cultural que procurou a liberação de obras proibidas, permitindo críticas ao regime e a liberdade de imprensa. Inúmeros jornais, revistas e publicações foram consentidas. A permissão para o funcionamento de milhares de sociedades culturais para discussão de problemas políticos, das quais participam historiadores, economistas, cientistas e escritores conhecidos. No somatório geral, a Glasnost representou importantes mudanças e colheu alguns frutos significativos. combateu de forma sistemática a pobreza da população, abriu as portas ao debate político, permitiu, sem represálias, alguns movimentos populares, realizou eleições no país, o que não acontecia desde 1917. Gorbatchev ainda, abriu conversações diplomáticas com a China concluindo um acordo que encerrou as tensões com aquele país, convenceu muitos lideres comunistas da Europa Oriental
  • 5. a adotar doutrinas similares à glasnost, etc. Mas, apesar de seu empenho em mudar o perfil russo no campo político e econômico, não conseguiu conciliar os interesses das classes políticas, principalmente aqueles ligados ao Partido comunista. Militares e a cúpula do partido entram em rota de colisão com Gorbatchev. Queriam um processo de abertura mais lento e gradual. O PIB do país encolheu 4% em 1990 e a agitação política aumentou. Uma liderança, que surgia nos bastidores, Boris Yeltsin, ex-prefeito de Moscou, insatisfeito demonstra um certo desconforto com a política de Gorbatchev e faz aberta e ferrenha oposição ao líder soviético. Para agravar a situação, nessa fase, começa a sobressair a reação de algumas nacionalidades aliadas á URSS, que demonstravam desejar a independência. Diante desse quadro, percebe-se uma crescente insatisfação popular e política. Aproveitando a situação, em agosto d e 1991, conservadores do Partido comunista, promovem um golpe contra Gorbatchev que é preso, em domicílio, em uma casa de campo na Criméia. Os golpista, continuam sua maratona, divulgam o retorno da URSS á sua antiga estrutura administrativa- ideológica e apelam ao povo e ás forças armadas um voto de confiança. Sem sucesso, lideranças contrárias, acionam um contragolpe liderado por Boris Yeltsin e com auxílio de presidentes de algumas repúblicas soviéticas, prendem os líderes reacionários do PC, libertam Gorbatchev, dissolvem e proíbem o funcionamento do PC. A KGB, o poderoso serviço secreto soviético, teve sua cúpula dissolvida. Yeltsin e os outros presidentes passaram a governar na prática o império soviético. É o arremate do desmoronamento da URSS. Em 4 de setembro de 1991, Gorbatchev, como presidente da União Soviética, Boris Yeltsin, na qualidade de presidente da Rússia, e mais os líderes de outras repúblicas soviéticas, propõe um plano de transição para criar um novo Parlamento, um Conselho de Estado e uma Comissão Econômica que estabelecesse uma nova união entre as diversas repúblicas. Proposta esta que acabou sendo aprovada. Em dezembro de 1991, o colapso do bloco soviético é selado fazendo surgir 15 novos países independentes: Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, Moldávia, Geórgia, Armênia, Azerbaijão, Casaquistão, Turcomenistão, Tajiquistão, Uzbequistão, Quirguistão, Estônia, Letônia e Lituânia. Em 26 de dezembro de 1991, a União Soviética deixou de existir oficialmente. A URSS, que surgiu triunfante mas com as mãos sujas do sangue de milhões de pessoas, é extinta sem grandes violências e sem deixar saudades. Gorbatchev é comunicado, em 17 de dezembro, de que a União Soviética desapareceria oficialmente na passagem de Ano Novo. No lugar da URSS, foi criada uma nova organização, uma espécie de confederação, onde mantinha-se a independência política de cada uma das repúblicas, permanecendo a união econômica. Essa organização, a CEI, Comunidade dos Estados Independentes, logo, recebeu o apoio de 12 das antigas repúblicas soviéticas, que adotavam como orientação econômica o sistema capitalista.
  • 6. A CEI A CEI, embora não seja um país, é mais do que uma simples comunidade econômica de nações. Não obstante, cada um dos Estados-membros serem politicamente soberano, tem forças armadas centralizadas, a moeda principal circulante nas repúblicas é o rublo embora os países membros estejam criando gradualmente suas próprias moedas. Outro problema sério entre as repúblicas, diz respeito a problemas fronteiriços, étnicos e políticos. Esta situação, torna a ex-URSS um quebra cabeça de reivindicações. A Rússia impõe uma certa lideranças sobre elas mas, debatem-se em divergências variáveis. Conflitos em relação ao controle da frota do mar Negro e do arsenal nuclear; discordância com determinadas cláusulas do Tratado de desarmamento (Start) assinado com os EUA, ainda, pela extinta URSS em 1991. Alem disso varias lutas separatistas tornam a situação interna um tanto quanto conturbada: A disputa entre Rússia e Ucrânia pela região da Criméia; a Armênia e o Azerbaijão não se entendendo em relação a posse da Nagorno-Karabakh; a Geórgia, que não pertence á CEI, tem litígios com as repúblicas-membros em relação a Ossétia do do sul e esta, com a Ossétia do norte; a Tartária que luta pela sua independência, tem pendências diversas com outras regiões próximas como a Lakutia, a Buriatia, o distrito da Niénetz, as repúblicas de Komi e Tuva, etc. etc.... Em todos esses casos, encontram forte resistência dos russos que, na possibilidade de um insucesso, perderia o controle sobre o petróleo tártaro, as jazidas de ouro buriatas e de gás natural nenétsio, o cobalto tuvânio, os diamantes iakútios..... Por aí, se vê que os laços entre o membros da CEI são, no mínimo, comprometedores. Mas, a desagregação da URSS, não afetou somente as repúblicas que a compunham. Aqueles países que giravam na órbita soviética também passaram por problemas correlatos e generalizados: o desmonte da Iugoslávia trouxe sérios problemas para a região onde etnias, mulçumanos, sérvios, croatas, bósnios se envolve em conflitos para definir, da maneira mais favorável suas respectivas áreas de influência. Na vizinha Croácia, persiste a tensão entre o governo nacional e as milícias formadas pela minoria sérvia, que controlam um terço do território do país. A desativação do sistema de produção socialista implicou o fim das benesses que mantinham Cuba em evidência. Esse passar de um sistema econômico em que o Estado é responsável por toda a economia para um sistema em que a iniciativa é livre não é um processo fácil e, nos países recém-emancipados, e naqueles da chamada "Cortina de Ferro" a situação tornou-se caótica. Yeltsin, que governou de 1991 á 1999, foi uma figura contraditória. Teve relativo destaque na abertura política que levou ao fim do comunismo, mas, uma vez no poder, adotou atitudes absolutistas e quase ditatoriais e acabou responsável pela derrocada econômica da Rússia, com aumento do desemprego e da inflação. A corrupção contaminou as estruturas do Estado. A fome foi uma constante em todas as setores sociais.
  • 7. Nunca se preocupou com os cerimoniais do cargo, chegando a assumir uma atitude provocante e debochada. Diante das câmeras de tevê, ele beliscava secretárias. Ironizava a imprensa e cometia gafes de todos os tipos. Yeltsin gostava de beber em excesso e talvez, por isso, sua saúde era debilitada. Em finais da década de 90, com a saúde comprometida e desacreditado pelas potências mundiais, lutava para se manter no poder, mas com o conceito comprometido por crises financeiras recorrentes após 1998, abatido pelo desânimo, Yeltsin renunciou repentinamente antes do fim de seu mandato, no dia 31 de dezembro de 1999, propondo como seu sucessor o atual presidente, Vladimir Putin. O país entregue a Putin estava em completa desordem, mais uma "anarquia" que a democracia pretendida. TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS Á partir de 2000, a Rússia começa a se recompor. Vladimir Putin será eleito presidente por uma população desesperançada, que esperava dele a redenção, corrigindo as mazelas dos governos anteriores devolvendo á Rússia o status de grande potência respeitada internacionalmente. A principio, cumpre bem este papel trazendo alento e esperança á população. A seu favor, pode ser contabilizado um crescimento econômico real com inflação reduzida a 20% por ano e um retorno ao cenário político internacional. Mas, está longe de ser aquele líder perfeito. Se a luta parceira com os EUA contra o terrorismo rendeu-lhe dividendos em termos de popularidade, por outro lado, assume posições autoritárias e inquietantes bem ao estilo dos populistas latino- americanos, sacrificando os direitos e as liberdades individuais. Putim, goza ainda de uma popularidade respeitável: quase 70% da população esta a seu favor. Mas, até quando? Conseguirá resolver o problema da Chechênia? contornar a crise com o setor militar que o critica pela reforma do exercito em moldes considerados inadequados? controlar a fuga de capitais? harmonizar-se com os oposicionistas destemperados e insatisfeitos? Sanear a burocracia e o apetite insaciável dos burocratas, que conseguiram fazer com que, somente em 2005, a Rússia figurasse no 32.º lugar do ranking dos "países mais corruptos do mundo"? E a distribuição da riqueza, outro problema que agrava a polarização social? De acordo análises e pesquisas internas e externas, a renda dos membros mais ricos da sociedade russa é 15 vezes superior à dos mais pobres — um dos mais elevados níveis de desigualdade social no mundo. Com a proximidade de eleições parlamentares e presidenciais a tensão e o descontentamento contra Putin tem aumentado. Os confrontos internos, ocorridos principalmente em Moscou e São Petersburgo são preocupantes. Perfil Geográfico
  • 8. Extensão do território russo : 17.075.400 km2 População aproximada: 150.000.000 Capital: Moscou (8,5 milhões) Outras cidades importantes: São Petersburgo (4,2 milhões), Novgorod (1,4 milhões), Novosibirsk (1,4 milhões) Religiões: cristãos 46% (ortodoxos 40%, protestantes 4,66%, católicos 1%) islâmicos (10%) Os outros se declaram ateus. Língua oficial: russo Renda per capita: US$ 2300 Regime político: presidencialismo LEIA TAMBÉM A Revolução Russa de 1917 Inviabilidade de uma sociedade baseada no princípio Marxista Bálcãs Eterna Instabilidade Político-Geográfico Esquerda Volver: Origem da classificação ideológica dos partido Terrorismo e Focos de tensões Mundiais A Segunda Guerra Mundial A Crise Econômica de 1929 Civilização e barbárie Ensaio sobre a nova ordem mundial Leituras Recomendadas - Click no Título DOSSIÊ MOSCOU Geneton Morais Neto PERESTROIKA, NOVAS IDÉIAS PARA O MEU PAÍS E O MUNDO Mikhail Gorbachev REVOLUÇÃO RUSSA: CONSTRUÇÃO E DESCONSTRUÇÃO Adhemar Marques e Nilse Ostermann GUIA TEÓRICO DO ALFABETIZADOR Miriam Lemle - Ática A COMUNA DE PARIS Karl Marx e F. Engels
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