4. O sistema biliar pode ser afetado por
inflamação,obstrução,infecção e carcinoma.
Os cálculos podem formar-se em qualquer parte do sistema biliar.
Colelitíase
Podendo originar
coleciste
Inflamação aguda ou crônica
5. A vesícula biliar, localizada na face inferior do
fígado, é uma espécie de bolsa lateral ao canal
biliar. Tem parede muscular e a mucosa, sua
camada mais interna, tem capacidade de
absorver água.
6. O fígado produz bile constantemente. No intervalo das
refeições, ela se acumula dentro dos canais biliares.
Como o esfíncter de Oddi permanece fechado
aumenta progressivamente a pressão da bile dentro
dos canais biliares, enchendo gradativamente também
a vesícula biliar. Essa, no intervalo das refeições,
absorve água e concentra a bile que está em seu
interior. Logo após refeições, quando o alimento
chega ao duodeno, ocorre um estimulo hormonal,
abre-se o esfíncter de Oddi e simultaneamente
contrai-se a vesícula biliar, devido a sua parede
muscular esguichando bile para o intestino. Esta tem
papel relevante no processo digestivo, especialmente
das gorduras.
7. Não. Quando a vesícula biliar deixa de funcionar
por doença ou é extraída cirurgicamente, os
canais biliares intra e extra-hepáticos dilatam
para conter mais bile. Após as refeições, o
esfíncter de Oddi se abre e a bile, com pressão
aumentada, escorre para o intestino. Sem a
vesícula, embora o esguicho seja menor, a
quantidade de bile é suficiente para desempenhar
sua função digestiva.
8. *10% dos homens dos homens com idades > a
55 anos,apresentam cálculos biliares 20 a 25 milhões
de adultos têm cálculos biliares
*São diagnosticados anualmente 1 milhão de casos
novos.Muitos, se não a maioria dos pacientes são
assintomáticos e teoriza-se que um grande numero de
casos se mantenham sem diagnostico.
*10% de pessoas com cálculos biliares desenvolveram
sintomas ao fim de 5 anos após o diagnostico.
*Mais de 500 000 cirurgias são realizadas anualmente.
9. A etiologia exata dos cálculos é desconhecida .
Colesterol em
excesso
Cálculos
biliares
Cirrose,doença
hemolítica
crônica ...
pigmentos
pretos castanhos
colesterol
Hipersaturação da bílis
São constituídos por
80% 20%
10. Os fatores de risco dos cálculos biliares incluem varias
situações clinicas associadas ao excesso de colesterol.
perda rápida de peso
Meia idade obesidade
Gravidez sexo
Hipercolesterolemia doença do íleon
alterações na formação e na excreção do colesterol
Fatores de
risco
12. Ausência de ruídos intestinais
Distenção abdominal
Hipersensibilidade aguda abdominal
vesícula biliar tensa/aumentada
Contagem leucocitária elevada
ligeira elevação dos níveis de bilirrubina sérica
ligeira elevação da fosfatase alcalina
Respiração profunda
dor a apalpação
descompressão
sinal de Murphy +
Tosse profunda
13. TRATAMENTO MÉDI
CO tRATAMENTO CIRÚRGIC
O
HOSPITALIZAÇÃO
MEDICAMENTOS
Remissão dos
sintomas agudos
complicações
da colecistite
aguda
Recorrência da
doença
1 a 6
anos
imediato
dentro de75%dos
casos
dos
casos
2 a 7 dias 25%dos
casos
+
14. Utrasonografia
O diagnóstico é estabelecido com base em...
Anamnese
Exame físico
Leucocitose-10 000 a 15 000 células/ mm³
Bilirrubina elevada-<5 mg/dl
Aminotransferases séricas elevadas 5 vezes+ o
normal
Cintilografia biliar com radionuclídios
+Colecistografia(PO ou EV)
Não visualização
da vesícula
20. Colecistectomia Laparoscópica de emergência
Suspeita/confirmação de umas das complicações da colecistite
aguda (empiema, colecistite enfisematosa ou perfuração).
Tratamento clínico apropriado, e a progressão da crise ou o
aparecimento de complicação adicional determinam a realização
precoce da cirurgia em( 24 a 72 horas)
21. O paciente é operado com Anestesia Geral.
Inicialmente, é realizada uma pequena
incisão, em torno de 1 cm, na região do
umbigo, por onde é introduzida uma agulha
(Agulha de Veress), através da qual será
insuflado um gás especial para encher a
cavidade abdominal até uma determinada
pressão (até 12 mmHg), monitorada através
de aparelhos. A intenção é criar um espaço
real para que se possa proceder a cirurgia.
25. Após isto, são realizados mais três pequenos cortes –
portais – por onde são colocados outros trocáteres ( 5 e 10
mm) e introduzidas as pinças que são utilizadas durante o
procedimento cirúrgico pelo cirurgião.
Trocáteres em posição, prontos para o procedimento
26. A cirurgia é realizada com pinças, tesoura, um gancho ligado ao
eletrocautério, sendo as estruturas ligadas com pequenos clips
metálicos que ficam no paciente.
Vesícula biliar no leito hepático, sendo erguida.
27.
28. Terminado o procedimento principal, os cortes são fechados –
suturados - com um a três pontos na aponeurose e na pele, com os
respectivos curativos. Eventualmente, em alguns casos, pode-se
deixar um dreno de látex (Penrose) para drenagem externa, o qual é
retirado em 24 h, normalmente.
29. A CIRURGIA POR VIA LAPAROSCÓPICA É SEMPRE REALIZADA?
Embora raro, num pequeno número de pacientes este
procedimento não é possível de ser realizado. Isto pode ocorrer,
geralmente, devido a dificuldades anatômicas locais e/ou
técnicas do paciente, do grau de inflamação e/ou sangramento
que podem ocorrer no local, devido à doença da vesícula ou
mesmo do paciente. Nestes casos, quando o cirurgião resolve
converter uma cirurgia – nome dado a esta atitude de abrir a
barriga do paciente - significa pensar em prol da segurança, não
se considerando, este fato, uma complicação, mas sim, como um
julgamento cirúrgico (bom senso, de fato). Fatores que podem
levar a conversão da cirurgia fechada para aberta incluem, além
daqueles mencionados acima, também, a obesidade excessiva,
história de cirurgia abdominal prévia, sangramento de difícil
controle, entre outros. Nunca se deve esquecer de que a
Videocirurgia é apenas mais uma via possível de procedimento
cirúrgico.
30. TEMPO DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR
A grande maioria dos pacientes submetidos à
Colecistectomia Videolaparoscópica
permanece internado em torno de 24 horas.
Em alguns casos, o paciente é operado no
começo da manhã, podendo ser liberado na
noite do mesmo dia. Em outros, entretanto,
excepcionalmente, pode permanecer até 48-
72 h.
31. RISCOS DA CIRURGIA VIDEOLAPAROSCÓPICA
É uma cirurgia normalmente tranqüila e
segura. Entretanto, complicações podem
ocorrer como em qualquer outro
procedimento cirúrgico de médio ou grande
porte.
32. COLECISTECTOMIA ABERTA
A retirada da vesícula de forma tradicional ou cirurgia
aberta, também, ainda, é realizada com freqüência,
especialmente, no interior. Em Hospitais de pequeno
porte onde não se dispõe de aparelhagem de Vídeo
Cirurgia. Em Augusto Pestana, por exemplo, cidade de 8
mil habitantes, distante 15 km de Ijuí, onde trabalhamos,
realizamos este procedimento de rotina, por não dispor
de Equipamento para Videolaparoscopia.
Tecnicamente, consiste em realizar uma incisão - corte -
no lado direito do abdômen, abaixo das costelas,
geralmente em torno de 10 a 20 cm, conforme a situação
e o porte físico do paciente (foto abaixo).
Incisão abdominal
33. Posteriormente a isto, o procedimento é o mesmo da cirurgia Videolaparoscópica.
Ao invés de clips, entretanto, usamos fios inabsorvíveis para fazer as ligaduras (amarras)
das estruturas – vasos e ducto cístico. Não realizamos Colangiografia trans-operatória (RX
com contraste) de rotina. Somente naqueles casos onde há uma história clínica de icterícia
(amarelão) prévia ou que tenham provas de função hepática alteradas
Vesícula biliar sendo retirada
O fechamento da parede abdominal é realizado através de sutura com
fios absorvíveis ou não. A pele é fechada com fios de mononylon.
38. A Colecistite é uma inflamação do sistema biliar com uma frequência bastante significativa.
A cirurgia é o tratamento de eleição, permitindo uma melhor qualidade de vida ao doente.
Se o diagnóstico e tratamento forem precoces, a doença não evolui para a cronicidade,
evitando-se as complicações inerentes a esta condição.
A enfermagem tem um papel muito importante na prevenção da doença, incentivando hábitos
de vida saudáveis. Quando a doença já existe cabe a enfermagem o cuidar holístico e
individualizado do doente e respectivo ensino para a saúde
39. COLECISTITE AGUDA E CRÓNICAPHIPPS, Wilma, et. al. (2003) Enfermagem
Médico-cirurgica; Conceitos e prática clínica; 6ª edição; vol. III; Lusociência;
ISBN: 972-8383-65-7.DAMBRO, M. (1995), Consulta Médica em 5 minutos –
Diagnóstico e tratamento; Editora Guanabara Koogan; Rio de Janeiro.
SMELTZER, S. e BARE, B. (1998); Brunner & Suddarth, Tratado de Enfermagem
Médico-Cirúrgico Guanabara Koogan S.A; volume I; 8ª edição
http://www.drcelsomello.com.br/visicula.htm