O documento descreve a evolução do comércio moderno, desde as origens do escambo até o surgimento dos supermercados. Detalha como os armazéns gerais, as vendas por catálogo e as lojas de departamento transformaram o varejo ao longo do tempo, centralizando estoques e aumentando a variedade de produtos oferecidos. Também discute fatores logísticos e hábitos de consumo que contribuíram para o surgimento dos supermercados.
2. As origens do comércio moderno
Consumidor – é o objetivo final do processo;
Varejo – é o negócio final em um canal de
comercialização de produtos, canal esse que liga
os fabricantes e seus fornecedores a atacadistas e
varejistas, e estes ao consumidor final;
Fabricantes – Os que adquirem matéria-prima e
componentes dos fornecedores. E vendem seus
produtos a atacadistas e ou a varejistas, se existem
atacadistas atuando no canal de comercialização,
estes vendem os produtos aos varejistas.
3. As origens do comércio moderno
Moedas não tinham credibilidade financeira para serem
universalmente aceitas;
Tipo de Comércio = Escambo.
Escambo = Escambo, permuta , troca direta ou,
simplesmente, troca é a transação ou contrato em que
cada uma das partes entrega um bem ou presta um serviço
para receber da outra parte um bem ou serviço em retorno
em forma de Crédito, sem que um dos bens seja moeda.
Isto é, sem envolver dinheiro ou qualquer aplicação
monetária aceita ou em circulação. Por exemplo, um
agricultor com um marceneiro pratica escambo trocando
dois cestos de frutas por uma cadeira, ou pela instalação de
uma cerca em seu terreno
4. FASE COLONIAL
Pensando no Oeste norte-americano como exemplo, e
os pioneiros que se aventuravam por aquela região,
podemos imaginar que as necessidades de
mercadorias eram grandes.
Nessa época, os armazéns gerais (general stores), que
operavam de acordo com certas práticas, eram os
grandes centros de consumo que existiam e
podemos destacar:
5. FASE COLONIAL
A comercialização que era feita basicamente a
dinheiro;
A oferta de mercadorias que era extensiva, com
produtos alimentícios não perecíveis,
ferramentas, roupa, sapatos etc.;
O comerciante que encomendava os itens que
achava ser de interesse para seus clientes;
A mercadoria que permanecia na prateleira até
ser vendida. Não havia retorno dos produtos
encalhados aos fornecedores, tampouco
promoções para liquidação de estoques;
Não havia variedade de produtos, traduzida em
qualidade diferente, marcas diversas etc.
6. LOCALIZAÇÃO DOS
ARMAZÉNS
RODOVIÁRIAS E AO LONGO DA REDE
DE TRANSPORTE, ENTRONCAMENTO
NO CAMINHO DE CARAVANAS;
ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS;
ALGUNS DESTES LOCAIS SE
TRANSFORMARAM EM VILAS E AOS
POUCOS PEQUENOS POVOADOS QUE
HOJE SÃO CIDADES.
7. COMO ERA O SUPORTE LOGÍSTICO, NESTA FASE PRIMITIVA?
Os pedidos eram feitos por caixeiros-
viajantes, que visitavam os pontos de vendas
numa longa sequência, que podia durar dias
ou mesmo semanas, após organizar os
pedidos e retornar às suas bases, transmitiam
as encomendas aos fornecedores, que
providenciavam então as remessas.
8. As mercadorias eram encaixotadas e despachadas
pela estrada de ferro;
Mercado era caracterizado pela escassez de oferta;
Poucas instalações comerciais;
Número pequeno de tipos e variedades de produtos;
Produtos encalhados sem troca;
Longo ciclo que visita do caixeiro viajante, por tanto
longo ciclo do pedido e a grande oscilação nos
tempos de distribuição das mercadorias acabavam
por elevar os custos de comercialização.
Por outro lado a falta de competitividade e o
pioneirismo dessa fase possibilitavam a absorção
desses custos pelos consumidores sem grandes
problemas.
10. EXERCÍCIOS
Qual é a função da Logística Empresarial?
Como você define Logística?
Descreva em poucas palavras a evolução do conceito
de Logística:
1.Antes dos anos 50;
2.No período de 50 a 80;
3.Durante e após os anos 80.
O que você entende por atividades primárias? Dê
exemplos.
E por atividades de apoio? Dê exemplos.
Descreva em poucas palavras uma Cadeia Produtiva.
O que é Commodities?
Quais são as principais commodities produzidas pelo
Brasil?
11. COMERCIALIZAÇÃO POR
CATÁLOGOS
Aos poucos o estilo de comercialização dos
armazéns foram saturando, e os
consumidores queriam maior variedade e
produtos mais sofisticados, roupa, sapatos,
produtos de toucador e objetos de decoração
de casa. Também é verdade que não foi
especificamente o preço final dos produtos
que levou os consumidores a buscarem
outras fontes de comercialização.
12. Como sempre, fatores tecnológicos (técnicos, no
caso) acabaram trazendo em seu bojo novas
oportunidades de negócio. Neste caso
específico, foi o sistema postal norte-
americano que deu impulso a um novo tipo de
comercialização de produtos. Além de o
correio atender razoavelmente bem às regiões
do interior, o governo americano criou um
incentivo especial às zonas rurais, com tarifas
postais subsidiadas, objetivando afixação do
homem no campo. Essas facilidades e
incentivos abriram espaços para o sistema de
comercialização de produtos por catálogos e
encomendas postais.
13. 1872 – MONTGOMERY WARD
1886 – Richard Sears – também entra na
comercialização por catálogos e a logística dá um de
seus primeiros saltos de qualidade. A centralização
dos estoques em alguns pontos do território
possibilitava:
Maior rapidez na distribuição dos produtos ao
consumidor final;
Maior variedade de tipos, marcas, cores e
tamanhos;
Eliminação de intermediários (caixeiros viajantes,
lojistas);
Possibilidade de redução de preços e a consequente
absorção de maior fatia do mercado.
14. VENDAS POR CATÁLOGO
A aquisição por catálogo não substituía e não
substituí plenamente a compra pessoal. A
visualização do produto através de desenhos
e fotos, por melhor que seja, não pode ser
substituída pelo contato direto. ( roupas,
sapatos, etc.).
“SATISFAÇÃO GARANTIDA OU SEU
DINHEIRO DE VOLTA” - Sears
15. PROBLEMAS LOGÍSTICOS DAS VENDAS POR
CATÁLOGO
1. Entrega do produto do varejista ao
consumidor, através do correio ou de uma
transportadora, exige confiabilidade
elevada;( se o produto chegar quebrado,
faltando partes ou se há extravios
frequentes, o sistema caí em descrédito.
16. 2. Neste tipo de comercialização é o retorno da
mercadoria devolvida ao varejista. É
necessário estabelecer um canal de
devolução confiável e prático. Se a
devolução for complicada, com burocracia e
dificuldades diversas, o sistema cairá em
descrédito.
3. Outro fator importante para o bom
funcionamento da venda por catálogo é a
estabilidade da moeda. (tendência de
crescimento).
17. ESPECIALIZAÇÃO DO VAREJO
Em paralelo à comercialização das vendas por
catálogo surgiram as lojas especializadas
numa linha específica de produtos (limited
line stores). (açougue, sapataria etc.)
• Localização geográfica centralizada;
• Século XIX – o boticário (farmacêutico),
aproveita seus conhecimentos de química e
passa a manipular produtos de beleza e de
toucador . ( origem – drugstore)
18. Em fins do século XIX e início do século XX, se
tornaram populares, nos Estados Unidos, as lojas
de departamentos (departament stores). São
estabelecimentos varejistas, na época localizados
apenas no centro comercial das cidades, e que
congregam, num único prédio, setores diversos
(departamentos), especializados na venda de
diversos produtos, como eletrodomésticos,
móveis, roupas, calçados, brinquedos. A ideia por
trás desse tipo de varejo é a de incorporar, às
vantagens de especialização, as economias de
escala obtidas com os expressivos volumes de
negócio trazidos por tais investimentos.
19. ARMAZÉM X LOJA DE
DEPARTAMENTO
ARMAZÉM LOJA DE DEPARTAMENTO
Mercadorias misturadas Mercadorias classificadas e arrumadas
separadas.
Mercado Popular (produtos de Mercado elitizado
carregação)
Pouca importância a logística (a critério Transporte adequado
do cliente)
20. Supermercado
Ocorreu o mesmo fenômeno que ocorreu com os
armazéns e as lojas de departamento, contudo,
não com a mesma rapidez. No caso dos
produtos alimentícios de primeira necessidade,
pequenas vendas e empórios, os açougues e as
padarias de bairro eram os estabelecimentos
típicos de varejo de produtos de primeira
necessidade até as décadas de 1940 / 1950.
21. FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA O
SURGIMENTO DO SUPERMERCADO
1. Hábitos domésticos tradicionais, destacando-se as
compras fiadas com a “caderneta”;
2. Uso restrito da geladeira no âmbito doméstico:
somente as famílias ricas podiam se dar ao luxo de
possuir um exemplar;
3. O pequeno acesso ao automóvel, o deslocamento das
pessoas até os pontos de varejo ficava assim restrito a
pequenas distâncias, em decorrência da elevada
frequência das viagens, de um lado, e das pequenas
quantidades consumidas , de outro.