1. “TIL” – um folhetim
(1871-72)
Muitas Enredo Suspense,
persona- Vários dinâmico Segredos, tensão
gens núcleos (ação intrigas
rápida)
Heroísmo, Muitas Fundo
idealização mortes “tragédias Moral “grand
gregas” finale”
2. Romance regionalista
“Cerca de uma légua abaixo da confluência do Atibaia com o Piracicaba, e
à margem deste último rio, estava situada a fazenda das Palmas.
Ficava no seio de uma bela floresta virgem, porventura a mais vasta e
frondosa, das que então contava a província de São Paulo, e foram
convertidas a ferro e fogo em campos de cultura. Daquela que borda as
margens do Piracicaba, e vai morrer nos campos de Ipu, ainda restam
grandes matas, cortadas de roças e cafezais.”
Como no caso do romance histórico, não é a
realidade, a verdade em si, que atrai o romancista,
e sim o tema que possibilite dar larga fantasia, ao
seu estilo épico e ao desejo de lançar os
fundamentos de uma literatura nacional.
3. “Estashistórias de leitura rápida eram
publicadas nos jornais em espaços
determinados e destinados ao
entretenimento; era o folhetim,
gênero que ocasionou a criação de
inúmeros jornais diários, encontrou
amplo espaço de publicação na capital
do Império e no interior do país.
A leitura das publicações de romances
de folhetim e muitos outros costumes
influenciaram de uma maneira
marcante a formação da identidade
nacional brasileira, que assimilava os
modelos europeus e os adaptava ao
nosso cotidiano, em um momento de
construção de estilo de vida que estava
sendo adotado pelo povo brasileiro.
4. Estilo do Autor
Sentimentalismo
Envolvimento
emocional exagerado
Termos
regionais Muitas
descrições
Adjetivação
Neologismos farta
6. Espaço
Principal:
Santa Bárbara
d’Oeste
Menções:
Recursos
Campinas, It
particulares:
u, Vila de
Ave-
Piracicaba, Fa
Maria, florest
zenda do
a, Bacorinho
Limoeiro
7. Predominantemente
TEMPO
psicológico.
Conforme a chegada de
cada personagem na
trama, o tempo é
manejado pelo narrador
que torna o tempo
passado sempre presente.
8. Visão da mulher: TIL = flor
Til Til Til Til
“Eram dois, ele e ele, ambos na flor da beleza e mocidade.”
(cap. I)
“Como as flores que nascem nos despenhadeiros e algares,
onde não penetram os esplendores da natureza, a alma de
Berta fora criada para perfumar os abismos da miséria, que
se cavam nas almas, subvertidas pela desgraça.” (cap. XXXI)
10. DUALIDADE ROMÂNTICA, típica de Alencar
anjo e menina e
demônio mulher
BERTA
frágil e forte flor-botão e
flor-aberta
12. Enfoque da vida do caipira do
interior de SP, no séc. XIX
Linguístico
(vocabulário Cultural
regional, fala (costumes, fest
do caipira, do as,danças)
escravo)
Comporta
Social mental
(capangas, escr (educação,
avos, pobres, ri namoro,
cos) segredos
familiares)
14. A idealização romântica
Eram dois, ele e ela, ambos na flor da beleza e da mocidade.
O viço da saúde rebentava-lhes no encarnado das faces, mais aveludadas que a
açucena escarlate recém aberta ali com os orvalhos da noite. No fresco sorriso
dos lábios, como nos olhos límpidos e brilhantes, brotava-lhes a seiva d’alma.
Ela, pequena, esbelta, ligeira, buliçosa, saltitava sobre a relva, gárrula e
cintilante do prazer de pular e correr; saciando-se na delícia inefável de se
difundir pela criação e sentir-se flor no regaço daquela natureza luxuriante.
Ele, alto, ágil, de talhe robusto e bem conformado, calcando o chão sob
o grosseiro soco da bota com a bizarria de um príncipe que pisa as ricas
alfombras, seguia de perto a gentil companheira, que folgava pelo campo, a
volutear e fazendo-lhe mil negaças, como a borboleta que zomba dos esforços
inúteis da criança para a colher.
Caminhavam por uma brecha, bordada de ilhas de mato, que emergiam
aqui e ali do verde gramado. Pela ramagem frondente das árvores e renovos que
abrolhavam, percebia-se a proximidade de uma grande manancial, e entre as
crepitações da brisa nas folhas, como um tom opaco desse arpejo da
solidão, ouvia-se o murmure soturno do Piracicaba, que leva ao Tietê o tributo
caudal de suas águas.