Durante séculos, os colonos portugueses no Brasil sofreram sob o domínio de Portugal e suas políticas mercantilistas. Isso levou a vários movimentos de insatisfação e revolta, como a Guerra dos Mascates em Pernambuco no início do século XVIII e a Inconfidência Mineira em Minas Gerais na década de 1780, que buscavam maior autonomia e liberdade econômica.
2. A colônia sob o arrocho de
Portugal
• Durante pouco mais de 3 séculos, as
relações entre a colônia e a
metrópole portuguesa foram
pautadas por uma rigorosa politica
mercantilista de modo geral, o
governo português não se
preocupava em oferecer incentivos
econômicos e financeiros aos que se
mudavam para sua colônia américa,
Portugal procurou também garantir o
monopólio do comercio de todos os
produtos que entravam e saiam da
colônia.
3. Revolta no Maranhão
• A utilização de mão de obra indígena
escrava era uma constante nos
engenhos do maranhão, apesar da
oposição que a ela fazia os jesuítas.
• A medida provocou revolta entre os
donos de engenho maranhenses, que se
viram sem mão de obra em suas
lavouras.
• No decorrer desse período , ela deveria
abastecer a região todos os anos com
quinhentos escravos vendidos a preços
prefixados.
• Tudo isso contribuiu para aumentar a
insatisfação dos colonos, que passaram
a se reunir na casa do senhor de
engenho Manuel Beckman para discutir
o assunto.
4. A Guerra dos Mascates
• Sede da capitania de Pernambuco, onde florescia a economia
açucareira, Olinda foi uma das vilas mais ricas da colônia portuguesa
durante os séculos XVI e XVII.
• Entre 1630 e 1654 época em que parte do nordeste esteve sob domínio
holandês. esses senhores de engenho contrariam enormes dividas junto
a companhia das índias ocidentais.
• Com o tempo , os comerciantes portugueses se transformaram na
principal liderança que até então pertencera aos senhores de engenho
de Olinda.
• Apesar disso , quando os donos de terras viam-se em apuros
financeiros, recorriam aos "mascates" para obter novos empréstimos.
5. A ascensão do Recife
• Em 1709 á revelia dos olindenses , o rei dom Joao v
elevou o recife a categoria de vila.
• A reação dos senhores de engenho de Olinda ocorreu em
novembro, quando uma tropa de mil homens a seu
serviço invadiu o recife e destruiu o pelourinho.
• Os recifenses contra- atacaram. bem armados chegaram
a prender o bispo governador e alguns lideres olindenses.
6. Revolta nas Minas Gerais
• Revolta de Filipe dos Santos (1720), Minas Gerais
ou a revolta de Vila Rica.
• A revolta de Vila Rica ou de Filipe dos Santos em
Minas Gerais aconteceu por causa dos crescentes
tributos aplicado à mineração.
• Quando o governo português, para controlar a
produção aurífera construiu as casas de fundição,
proibindo a circulação de ouro em pó, transferindo
todo o ouro explorado para as casas de fundição,
mais de 2.000 mineradores se rebelaram contra o
governador Assumar. Prontamente, o governador
sem força de resistência atendeu o pedido dos
mineradores quando invadiram a casa
governamental. Mas quando reuniu tropas
suficientes colocou os Dragões da Cavalaria contra
os revoltosos de Vila Rica. Queimou casas e
prendeu Filipe dos Santos, condenando-o à morte.
Foi enforcado e esquartejado para servir de
exemplo.
7. Revolta nas Minas Gerais
• Até o final do século XVII, Olinda era a principal cidade de Pernambuco. Nela moravam ricos
senhores de engenho, que por muito tempo pensaram que sua fortuna nunca acabaria. Mas foi
exatamente isso o que aconteceu, devido à queda do preço do açúcar no mercado europeu
causada pela concorrência do açúcar antilhano.
• Com a queda dos preços do açúcar, os senhores de engenho de Olinda começaram a pedir
dinheiro emprestado aos comerciantes do povoado do Recife, que cobravam juros altos pelo
empréstimo. Enquanto os comerciantes do Recife progrediam em seus negócios, os senhores
de engenho ficavam cada vez mais pobres e endividados.
• Aos poucos, foram surgindo ódios e conflitos entre eles. Em tom de provocação, os senhores de
engenho apelidaram os comerciantes de mascates.
8. Revolta nas Minas Gerais
• Conscientes de sua importância, os comerciantes pediram ao
rei de Portugal D.João V, que seu povoado fosse elevado à
categoria de vila. Queriam ver Recife independente de Olinda,
sem ter de pagar-lhe impostos ou obedecer a suas ordens.
• D.João V atendeu ao pedido dos comerciantes, mas os
senhores de engenho não aceitaram a sua decisão.
Organizaram uma rebelião e, liderados pelo proprietário de
engenho Bernardo Vieira de Melo, invadiram Recife. Sem
condições de resistir, os comerciantes mais ricos fugiram para
não serem capturados. Esse luta, em 1710 ficou conhecida
como guerra dos mascates.
• Em 1711, o governo português interveio na região, reprimindo
duramente os revoltosos. Bernardo Vieira de Melo e outros
lideres foram presos e condenados ao exílio. Os mascates
reassumiram suas posições, e Recife tornou-se a capital de
Pernambuco.
9. A colônia e o Iluminismo
• Novas ideias começaram a circular pela
colônia portuguesa. O Iluminismo.
• Essas ideias eram difundida entre os jovens
da elite econômica de cidades como
Salvador, Vila Rica, Recife e Rio de Janeiro,
sendo levados por seus pais para estudar na
Europa, voltando com ideias republicanas e
rejeição ao absolutismo.
• Logo, muitos habitantes começaram a
divulgar atingindo também a classes
populares e muitas pessoas começaram a se
reunir para discutir textos e leis.
• Nesses encontros a população se reuniu e
formaram vários movimentos, sendo os
principais a Inconfidência Mineira e a
Conjuração Baiana.
10. A Inconfidência Mineira
• Ao assumir o trono português, dom José I escolheu o
marquês de pombal para fazer diversas mudanças
administrativas. Como instalação de empresas na colônia
e mudou a capital de Salvador para Rio de Janeiro.
• Foi criado a lei o quinto, onde 20% ou um quinto do ouro
recolhido iria ao rei.
• Logo depois criou a derrama, caso não atingissem a meta
a população deveria arcar com os custos.
• Em 1788 , em Minas Gerais havia uma grande dívida
com a metrópole.
• A coroa Portuguesa trocou o governador da capitania. E
isso só fez haver uma conspiração contra a coroa
portuguesa.
11. Os Inconfidentes
• Os inconfidentes eram todos homens ricos de 40 a 50 anos, que tinham
cargos publicos
• Entre eles também haviam proprietários de terras, militares, poetas e
religiosos.
• Entre os militares estava o Joaquin José da Silva Xavier que trabalhava
como dentista, de onde vem o apelido Tiradentes, que foi o único a ser
executado.
• Eles tinham planejado tomar o poder quando o visconde de Barbacena
decretasse a derrama. A ideia era apoiar o descontentamento do povo,
prender e executa-lo, para poder ter a independência.
12. A devassa
• O visconde adiou a derrama, com isso
os inconfidentes ficaram sem ação.
• O governador intimou os devedores e
para um deles conseguir o perdão da
dívidas entregou o nome dos
inconfidentes, sendo todos presos.
• Quando foram presos , Tiradentes
assumiu sozinho a iniciativa da
rebelião.
• 10 inconfidentes foram condenados a
morte, mas só Tiradentes foi morto
realmente.
• 100 anos depois na proclamação da
república, Tiradentes foi escolhido
como principal herói.
13. A Conjuração Bahiana
• No final do século XVIII, Salvador era uma cidade de grandes
contrastes. Sua população de quase 60 mil habitantes era
composta, em boa medida, de negros pobres que sentiam na
pele as mazelas da escravidão e da discriminação étnica. Os
pardos livres eram proibidos de ascender na carreira militar ou
ocupar postos na administração pública.
• Em 1763 a cidade não era mais a capital da colônia, mas
ainda funcionava como um centro econômico de importância.
Entretanto, seus habitantes sofriam com a falta de alimentos
devido ao aumento dos impostos e preços dos produtos. Por
causa disso não eram surpresa os saques em pontos de
abastecimento, o governo baiano temia que os escravos se
unissem e fizessem uma revolta, muitos jovens da elite local
que haviam estudado na Europa voltavam de lá defendendo a
igualdade para todos e exigindo o livre comércio e o fim do
domínio português.
14. Liberdade, igualdade, fraternidade
• Em novembro de 1796 chegou a salvador o capitão Antoine René Larcher.
Durante o tempo em que ficou na Bahia, Larcher divulgou intensamente os
princípios iluministas, propagando os ideais de liberdades, igualdade e
fraternidade. Em 1797 alguns membros da elite que haviam se juntado a
Larcher, criaram uma sociedade secreta conhecida como Cavaleiros da Luz,
para fazer um movimento republicano na Bahia.
• As idéias iluministas conquistaram pequenos comerciantes, militares,
alfaiates e os grupos mais pobres como negros, brancos sem recursos e
escravos.
• Essas pessoas defendiam um projeto de emancipação que levasse ao fim da
escravidão e à criação de uma Republica baseada em igualdade.
15. Derrota e repressão
• Após as idéias serem divulgadas, começaram
a circular criticas ao governo e ao alto preço
dos alimentos, e na madrugada de 12 de
agosto de 1798, vários panfletos foram
distribuídos, alguns deles dizendo sobre a
chegada da revolução e outros considerando
os impostos nulos.
Assustado, o governador da Bahia, Fernandes
José de Portugal, mandou prender o soldado
Luís Gonzaga das Virgens, identificado pela
letra como o autor dos manuscritos, em
resposta os lideres da conspiração disseram
que iriam resgatar o militar da cadeia e fazer
uma revolta no dia 26 de agosto. Ao final deste
dia, foram 41 presos ao total, muitos sofreram
pena de morte e tiveram seus corpos expostos
para exemplo à população.
16. A presença negra na Bahia
• A Bahia é o estado brasileiro com maior presença de negros na
população. Cerca de três quartos de seus de seus habitantes são
afrodescendentes, a influência da cultura afro-brasileira na sociedade
baiana é muito marcante e facilmente verificável.
• A cidade Cachoeira é conhecida por reunir o mais importante acervo
arquitetônico no estilo barroco do estado, é também palco da Festa
de Nossa Senhora da Boa Morte além de ter muitas comidas
tradicionais diferentes: peixes e frutos do mar, feijoada, cozido e
caruru. Muitos desses pratos são de origem africana, como o Acarajé
• As mulheres costumam se vestir de forma sofisticada, com saias
rodadas e colares nas cores de seus orixás, a maioria delas é adepta
do candomblé.
• A Bahia é reduto de pelo menos dois outros patrimônios
reconhecidos internacionalmente: o samba de roda e a região central
da cidade de Salvador. Muitos dizem que o samba de roda da Bahia
estaria na origem carioca. a região da praia Forte, Garcia D'Avila
construiu um castelo semelhante aos castelos medievais europeus,
exemplar único das Américas.