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Esta apostila tem a finalidade de introduzir o desenho arquitetônico no curso de
graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), servindo de material para a primeira unidade da disciplina Desenho II, onde é
abordado o desenho em grafite.
Procurando fazer uma introdução ao projeto arquitetônico, abordaremos os
instrumentos, os tipos de desenhos, os materiais e técnicas utilizados no
desenvolvimento de projeto arquitetônico, proporcionando ao aluno de Engenharia Civil
a capacidade de se expressar através do desenho arquitetônico, bem como ler e
interpretar projetos.
Este foi um trabalho realizado durante o Programa de Monitoria através do
Projeto ADEQUAÇÃO DA ÁREA DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO CURSO DE
ENGENHARIA CIVIL AO USO DE DESENHO AUXILIADO POR COMPUTADOR, pela
aluna Girlene Gomes, monitora do mencionado Projeto, sob a orientação do Professor
Luiz Alessandro P. da Câmara.
2
PREFÁCIO......................................................................................................................04
CAPÍTULO 1: INSTRUMENTOS DE DESENHO............................................................05
CAPÍTULO 2: ESCALAS.................................................................................................06
2.1 - ESCALA NUMÉRICA.... . ..................................................................................06
2.2 - ESCALA GRÁFICA ........ ..................................................................................07
2.3 -UNIDADE DE ESCALA ................... ..................................................................07
CAPÍTULO 3: MATERIAIS, TRAÇO E TÉCNICAS........................................................08
3.1- PAPÉIS .............................................................................................................08
3.2 - TRAÇO.............................................................................................................09
3.2.1 -TIPOS DE LINHAS..............................................................................09
3.3 – DIMENSIONAMENTO......................................................................................10
CAPÍTULO 4: FINALIDADES E TIPOS DE DESENHO.................................................11
4.1- INTRODUÇÃO AO PROJETO ARQUITETÔNICO ...........................................11
4.2- PROGRAMA DE NECESSIDADES ..................................................................11
4.3- ESBOÇOS OU CROQUIS ................................................................................11
4.4- ESTUDO PRELIMINAR ....................................................................................11
4.5- ANTEPROJETO.............................................. .................................................12
4.6- PROJETO EXECUTIVO (OU DE EXECUÇ ÃO)...............................................12
4.7 - PROJETO DE PREFEITURA...........................................................................12
CAPÍTULO 5: PRANCHAS - DIMENSÕES E FORMATOS DO PAPEL........................13
5.1.- BREVECONCEITUAÇÃO SOBRE NORMAS TÉCNICAS ...............................13
5.2 - CLASSIFICAÇÃO DAS PRANCHAS ...............................................................13
5.3 - DESIGNAÇÃO .................................................................................................13
5.4 - DIMENSÕES E FORMATOS............................................................................14
5.4.1 – DOBRAGEM.......................................................................................15
CAPÍTULO 6: ETAPAS DO DESENHO..........................................................................17
6.1 - SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO.. ..............................................................17
6.2 -.PLANTAS BAIXAS...........................................................................................17
6.2.1- ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO ............................................18
3
6.3- CORTES ...........................................................................................................20
6.3.1 -ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO.. .. .......................................21
6.4- DESENHO À TINTA...........................................................................................22
6.5- FACHADAS (OU ELEVAÇÕES) .......................................................................23
6.5.1 -ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO ..................... ......................24
6.6 - PLANTA DE.LOCAÇÃO E COBERTURA ........................................................25
6.7 – PLANTA DE SITUAÇÃO .................................................................................26
CAPÍTULO 7: SÍMBOLOS E CONVENÇÕES GRÁFICAS.............................................27
7.1 - ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS................................................................27
7.2 - CONVENÇÕES E SÍMBOLOS GRÁFICOS .....................................................29
CAPÍTULO 8: CIRCULAÇÃO, ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO .....................................30
8.1 - ILUMINAÇÃO ZENITAL....................................................................................30
8.2 – JANELAS............................................................................... ..........................30
8.3- PORTAS............................................................................................................32
8.4 - NBR 9050....................................... .................................................................33
8.5 - ESCADAS ........................................................................................................34
8.5.1 - ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO DE UMA ESCADA............35
8.5.2 - ESCADAS CIRCULARES ....................................................................36
8.5.3- ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO DE UMA ESCADA CIRCULAR....37
8.6 – RAMPAS..........................................................................................................38
CAPÍTULO 9: COBERTURAS - TIPOS E APLICAÇÔES...............................................40
9.1 - SISTEMAS DE COBERTURA......................................................................40
9.2 – TIPOS DE COBERTURA............................................................................41
9.3 – TIPOS DE TELHADOS................................................................................43
9.3.1 - PARTES QUE COMPÕEM UM TELHADO..........................................44
9.3.2- ESTRUTURA DO TELHADO................................................................45
9.4 – INCLINAÇÃO DOS TELHADOS..................................................................45
9.5- CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS..............................................................46
BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................47
ANEXOS.........................................................................................................................48
4
O desenho está ligado à necessidade fundamental do espírito humano de
conhecimento e transformação do mundo. O homem - desde a pré-história - aprendeu a
realizar representações da realidade que o cercava através da linguagem gráfica. As
primeiras formas de escrita da humanidade foram desenvolvidas com fortes vínculos às
imagens visuais, isto é, influenciadas pelas formas as quais o homem percebia sua
realidade e a representava através do desenho para se comunicar.
"Desenho, por definição, é a arte de reproduzir sobre uma superfície
bidimensional e por meio de linhas, objetos, idéias ou emoções". É considerada uma
arte básica, pois precede não só as linguagens verbais, mas também a Pintura, a
Escultura e a Arquitetura. É básico em todas as ciências.
Existem diversos tipos de desenho, de acordo com a finalidade a que se
destinam. Esta variação é encontrada nas diversas áreas de conhecimento a que a
linguagem gráfica se aplica, tanto nas artes quanto nas disciplinas técnicas. Assim,
encontramos, tanto na Pintura, Escultura, Desenho Industrial, quanto nos projetos de
Engenharia e Arquitetura, as mesmas fases que vão do simples esboço ou croqui
utilizado para fixar idéias ou impressões iniciais e a serem mais tarde aproveitadas - até
o produto final, obra acabada ou o projeto completo e detalhado. Isto porque, o
desenho, enquanto linguagem, faz parte de um processo complexo de raciocínio.
Cada um dos tipos de desenho presta-se em momentos diferentes do
desenvolvimento de uma idéia, a auxiliar a visualização daquilo que imaginamos;
permite selecionar, eliminar e sintetizar produtos de nossa imaginação criadora. É ele
que, aliado a conhecimentos técnico-científicos, oferece suporte à capacidade de
inventar e transformar o mundo como o conhecemos. Ou seja, é uma forma de
conhecimento; uma linguagem universal, no espaço e no tempo.
5
1.1- Prancheta:
A prancheta é composta por tampo de madeira (0,90m x 1,20 m ou 1,00m x 1,50m) e
pé de madeira ou de ferro.
1.2- Régua T
A régua T é composta por uma cabeça fixa
e uma haste. Ela serve para traçar linhas
horizontais paralelas no sentido do comprimento
da prancheta, e também para apoiar os esquadros
para traçar paralelas verticais ou paralelas
inclinadas.
1.3- Régua paralela
A régua paralela veio substituir as régua T. A
régua paralela desliza sobre a prancheta sendo
presa por fios paralelos nas borda superior e inferior
do tampo.
1.4- Esquadros
Utilizamos para traçados de retas
perpendiculares às horizontais traçadas com a
régua paralela. O par de esquadros é formado por
um menor cujos ângulos são de 45° e o maior
possui ângulos de 30°e 60°
.
1.5- Compasso
Esse instrumento serve para traçar circunferências ou arcos.
1.6- Escalímetro
Possui 3 faces e 6 escalas. Facilita a medição de desenhos em escalas
diferentes.
1.7- Transferidor
Servem para medir ângulos, sendo geralmente graduados de 0° a 180° ou 0° a
360°
.
1.8- Curva francesa
Utilizados para traçados de curvas.
1.9- Gabarito
Chapas perfuradas com símbolos relativos a eletricidade, móveis, peças
sanitárias e outras.
6
2 - ESCALAS
Para que o desenho de um objeto retrate fielmente o objeto real, deve-se reduzir
ou ampliar todas as suas medidas seguindo uma razão. Esta proporção entre as
medidas e a distância de um desenho e as medidas (ou distâncias) reais
correspondentes é denominada Escala.
Se imaginarmos um lote de um terreno com 15m x 30m, e o desenharmos
substituindo a distância de 1 metro por 1 centímetro, o resultado será um retângulo de
15cm x 30cm. De acordo com esta convenção, onde cada metro do desenho vale
um centímetro e, sabendo-se que 1 cm é a centésima parte de 1 m, conclui-se,
então, que o desenho é 100 vezes menor do que o lote na realidade. Ou seja, este
valor adimensional é quem diz quantas vezes o desenho é menor do que o objeto real.
Isto é:
1:100 ou 1/100 ou
100
1
No exemplo acima citado, lê-se um para cem. As escalas mais utilizadas são:
1:10, 1:20, 1:25, 1:50, 1:100, 1:200, 1:250, 1:500, 1:1000, 1:5000
Medida do desenho = medida real x
100
1
2.1 - ESCALA NUMÉRICA
Existem dois tipos de escala, cada um com um objetivo diferente: escalas
numéricas e escalas gráficas. A Escala Numérica pode ser de redução ou de
ampliação. A Escala de Redução é utilizada quando um objeto é muito grande para ser
representado em seu tamanho real, reduzindo-se a sua escala, como por exemplo, a
planta de uma casa, o projeto de um automóvel, etc, sendo, as mais comuns, 1/5, 1/10,
1/20, 1/25, 1/50, 1/75, 1/100, 1/200, 1/500, 1/100, e são sempre escritas com o
numerador igual a 1. A Escala de Ampliação, ao contrário da escala de redução, é
utilizada quando o objeto é muito pequeno para ser representado em seu tamanho real,
quer seja para aumentar peças ou detalhes de plantas, como por exemplo, uma jóia, ou
a borda da bancada de uma cozinha.
o
7
2.2 - ESCALA GRÁFICA
Define-se como Escala Gráfica como uma figura geométrica, uma reta dividida
ou uma régua graduada que serve para determinar sem cálculos, imediatamente, a
distância real, conhecendo-se a distância gráfica ou vice-versa. Ou seja, ao colocarmos
uma escala gráfica em 1:20 sobre um desenho na escala de 1:20, poderemos ler
diretamente todas as suas medidas. Isto é, quanto mais próximo de uma unidade for o
denominador da escala, o desenho estará mais próximo do tamanho natural.
2.3 - UNIDADE DE ESCALA
Unidade da escala é o comprimento utilizado para representar a unidade linear
escolhida. Deve-se representar a unidade de escala à esquerda do zero inicial - ou
origem - e fraciona-Ia em dez partes iguais denominada talão da escala. Por exemplo:
construção de uma escala gráfica para um título de 1:500.
200
1m
= 0,002m = 2mm
Traça-se, então, uma linha horizontal indefinida OA, onde se marcam 11 vezes
2mm, que é a unidade de escala. Logo após, marca-se uma altura B qualquer (2
vezes), dividindo a linha anterior numa faixa dupla. Então, numera-se da esquerda para
a direita da seguinte forma: 1, O, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10. Logo após, constrói-se o
talão da escala dividindo-se a faixa inferior do espaço à esquerda do zero em 10 partes
iguais, no qual a linha vertical entre a quinta e a sexta divisão deste espaço deve ser
prolongada para cima dividindo em duas partes a faixa superior. Finalmente, divide-se a
faixa inferior ao meio de cada uma das outras divisões obtendo, assim, a metade de
cada unidade escalar.
"O nível de qualidade de um desenho está diretamente ligado ao material e
instrumentos utilizados e a forma como estes são manuseados. Para se obter um bom
desenho e um bom traço são exigidos certos cuidados indispensáveis".
0
1m 2m 4m 8m
ESCALA GRÁFICA
8
3.1- PAPÉIS
A escolha da técnica adequada ao suporte utilizado - no caso, o papel - é
fundamental para se chegar a um bom resultado. É muito grande a variedade de
papéis existentes no mercado: brancos, coloridos, opacos, transparentes, texturizados,
espessos, finos, etc.
Os papéis opacos são ao mais utilizados em Anteprojetos e Projetos para
Apresentação, por permitirem, de maneira geral, a aplicação de técnicas mais
diversificadas, como o guache, a aquarela, a ecoline, o giz, o pastel, dentre outros,
sendo as marcas mais comuns: Fabriano, Canson, Ingres, Vergê, Schoeller, Madeira e
Sulfite.
É muito importante escolher a técnica adequada às texturas e à granulação de
cada tipo de papel. Em geral, os mais lisos suportam melhor a tinta nanquim e a tinta
hidrográfica. Os papeis mais texturizados permitem explorar um numero maior de
opções: lápis de cor, lápis cera, giz pastel seco, giz pastel oleoso, grafites, crayon,
carvão, etc. algumas técnicas, como o guache e a aquarela necessitam de maior
cuidado - devido à maior quantidade de água exigida para a sua aplicação - a fim de
evitar que o papel utilizado deforme (ou enrugue). Já nos papéis mais finos aconselha-
se esticá-Ios previamente da seguinte maneira: molha-se o papel, secando-o logo em
seguida (colocando-o entre um pano macio); depois coloca-se o papel sobre uma
prancha ou mesa, prendendo suas bordas com fita crepe e espera até que seque;
aplica-se, então, as técnicas desejadas e, ao término do desenho, retira-se a fita
crepe.
A forma mais comum de arquivamento de projetos reproduzidos em papel
opaco é através de pastas suspensas para arquivos de gavetas, onde todas as
pranchas são devidamente dobradas de acordo com a respectiva Norma Brasileira.
Os papéis transparentes - como o Vegetal ou o Poliéster - são muito utilizados
para a elaboração de originais de Projetos de Prefeitura e Executivos. Aceitam bem a
tinta nanquim, o hidrocor, a ecoline, a graxa e o grafite. Em geral, as técnicas de colorir
são aplicadas no verso da folha, utilizando fita crepe para assegurar limites. As
diferentes texturas encontradas em mercado permitem a escolha daquela que suporte
bem as correções e raspagens (com laminas, borrachas especiais, etc). Há, também, o
papel tipo Manteiga ou Papel Arroz (este tipo de papel não é o mesmo papel brilhante
utilizado para embrulhar presunto em culinária, ou para fazer pacotes). Este tipo de
papel é muito fino, o que o torna ideal para o uso de grafites na fase de esboços
preliminares, quer seja do projeto em si, quer seja de seus detalhes construtivos. Uma
de suas características mais importantes é que eles não podem ser dobrados,
devendo ser guardados em mapotecas ou em rolos.
9
O Papel Heliográfico possui textura opaca e é usado na reprodução de projetos
executados em papeis transparentes. Devido ao processo químico envolvido na
execução deste papel e na forma de reproduzir, é possível obter cópias nas cores,
preto, vermelho e azul. Também é possível, posteriormente à reprodução da copia,
trabalhar na aplicação de técnicas como grafite, hidrocor, lápis de cor, etc, valorizando,
ainda mais, a apresentação do desenho.
Outra forma de reprodução de originais é através de fotocópias (tipo xerox). A
vantagem desta opção é permitir a reprodução de originais executados em papel
opaco. Entretanto, no caso de uso de cores nestes originais, é preciso considerar a
possibilidade de alteração de tonalidades nas fotocópias comuns (não coloridas).
3.2 - TRAÇO
Como já citado anteriormente, um bom desenho depende do correto uso dos
materiais e instrumentos (lápis, lapiseiras, grafites, réguas T ou paralelas, compasso,
esquadros, escalímetros, borrachas, etc). A preocupação com o traço é fundamental
para um bom resultado gráfico. Ele depende, principalmente, do manuseio adequado
do lápis. Considera-se um bom traço aquele que possui uma legibilidade clara,
continuidade e uniformidade. Para isto, faz-se necessário segurar corretamente o lápis,
além de estar bem apontado, bem como a escolha certa do grafite, quanto as suas
dureza e espessura.
Os traços diferem de acordo com o tipo de desenho, como, por exemplo, os
esboços à mão livre, os quais são executados com grafites mais macios e espessos;
os desenhos a instrumento, executados com grafites mais duros e menos espessos,
etc. Faz-se necessário salientar que um bom traço depende também de um maior
controle ao manusear o lápis, sabendo quando exercer maior ou menor pressão, ter
mais firmeza e segurança no desenvolvimento de uma linha, obtida, apenas, através
da experiência.
As diferenças entre espessuras de linha permitem separar o que está mais
perto do que está mais longe, acentuando a sensação de profundidade.
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3.2.1 -TIPOS DE LINHAS
3.3 - DIMENSIONAMENTO
Cotas são os números que correspondem às medidas. Portanto qualquer que
seja a escala do desenho, as cotas representam a verdadeira grandeza das dimensões.
Por isso devemos prestar bastante atenção colocação da cotas no desenhos
porque qualquer medida errada ou mal indicada dará sempre prejuízos e
aborrecimentos.
DICAS IMPORTANTES:
1- Os algarismos das cotas são colocados ACIMA da linha de cotas.
2- As linhas de cotas NÃO INTERCEPTAM linhas auxiliares.
3- As linhas de cotas paralelas devem ser espaçadas igualmente.
4- Evitar repetição de cotas
5- Todas as cotas necessária devem ser indicadas
6- Não traçar linhas de cotas como continuação de linha de figura.
7- Colocar linhas de cota de PREFERÊNCIA fora da figura.
8- Indicar a cota total.
EVITE ESTES ERROS!!!
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24
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4.1- INTRODUÇÃO AO PROJETO ARQUITETÓNICO
A palavra Projeto - cuja definição genérica significa intento, desígnio,
empreendimento, etc - configura, em sua definição técnica, um conjunto de ações pré-
definidas e quantificadas em suas metas. Apesar de que, neste sentido, esteja
aplicado a diversos campos de atividade, em cada um, o projeto se apresenta de forma
específica a fim de atender suas finalidades.
A finalidade principal do Projeto Arquitetônico é a execução e posterior
construção da obra idealizada pelo Arquiteto. Essa obra deverá atender às solicitações
do meio no qual o Arquiteto atua e responder às necessidades do cliente.
4.2 - PROGRAMA DE NECESSIDADES
Para se iniciar um Projeto Arquitetônico, são necessárias algumas informações
básicas que irão orientar e direcionar a proposta de projeto a ser elaborada pelo
profissional capacitado, em função de determinado cliente. É o momento de se
constatar quais são suas necessidades, em função da edificação a ser construída ou
reformada, ao tipo do terreno (condicionantes topográficas, localização no lote,
entorno, etc), o tipo de meio urbano no qual o terreno está inserido, às condicionantes
climáticas da região, às exigências legais e técnicas, aos materiais construtivos e às
condições financeiras do cliente. A partir dessas informações, o Arquiteto elabora um
Programa de Necessidades, o qual define metodicamente, dentro dos objetivos,
prazos e recursos, o objeto do projeto, em relação à sua função, atividades que serão
desenvolvidas na edificação, pré-dimensionamento e padrões de qualidade.
4.3 - ESBOÇOS OU CROQUIS
Naturalmente, a partir daí, as idéias vão ''tomando forma", ou seja, o partido
arquitetônico irá se definir quer seja através de esboços ou croquis. Estas serão as
primeiras tentativas de expressão e de síntese de pensamento e, por isto, serão
executadas com bastante liberdade gráfica. Em geral, usa-se lápis grafite bastante
macios e espessos em papel transparente (papel manteiga, por exemplo), permitindo,
assim, a sobreposição de esboços. Nesta fase não serão utilizados os instrumentos de
desenho técnico e não existem maiores preocupações com escalas - é o pensamento
criativo aliado ao traço à mão livre.
4.4 - ESTUDO PRELIMINAR
Progressivamente as idéias irão se estruturando de uma melhor forma até que se
consiga uma proposta que mereça ser submetida a uma apresentação mais elaborada:
o Estudo Preliminar. Ele constitui a configuração inicial da construção proposta,
atendendo às principais exigências contidas no Programa de Necessidades, sendo
apresentado em nível suficiente de informação para que seja possível permitir ao cliente
aprovar a solução proposta. Este tipo de desenho está ainda muito próximo dos
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esboços iniciais quanto ao seu nível de elaboração, apesar de serem exigidos maiores
cuidados na organização das pranchas e no uso da escala.
A partir desta etapa, as definições do projeto irão se aprofundar à medida que o
nível do desenho, chegando-se aos Anteprojeto e Projeto Executivo.
4.5 - ANTEPROJETO
O Anteprojeto é a fase na qual o projetista procura observar com mais precisão
as dimensões e proporções do edifício a ser construído, bem como suas possíveis
soluções estruturais e viabilidades construtivas, antecipando decisões para problemas
de composição formal, instalações em geral, projetos complementares, etc; tomando
possível a quantificação de áreas parciais e totais e a elaboração de estimativas de
custos e prazos de execução dos serviços da obra; e possibilitar ao cliente a perfeita
compreensão da obra a ser executada.
Afinal, o Anteprojeto constitui a configuração definitiva da edificação proposta,
atendendo a todas as exigências contidas no Programa de Necessidades e
incorporando todos os elementos básicos e complementares do Estudo Preliminar
outrora aprovado pelo cliente. Também deve ser apresentado com nível suficiente de
informação, permitindo, assim, a aprovação final do cliente, antes da elaboração do
Projeto Executivo.
4.6 - PROJETO EXECUTIVO (OU DE EXECUÇÃO)
O Projeto Executivo - ou de Execução - consiste no desenvolvimento e
detalhamento do Anteprojeto (já aprovado pelo cliente), de tal modo que seja possível
fornecer todas as informações arquitetônicas necessárias à sua construção.
Geralmente, é apresentado em escala de 1:50, 1:75 ou 1:100 (se for um grande projeto,
como um hospital, hotel, etc), com todos os pormenores necessários para coordenar e
orientar os projetos e cálculos complementares - Projetos de Estruturas, Instalações
Hidráulicas e de Incêndio, Instalações Elétricas, Ambientação, Paisagismo, dentre
outros. Deve possuir, detalhadamente, técnicas e materiais construtivos escolhidos,
detalhamento de esquadrias, cobertura e tudo o que se fizer necessário para um melhor
entendimento dos demais profissionais a executarem o projeto. O detalhamento pode
ser realizado na escala de 1:25 até 1:1, conforme a complexidade dos elementos a
serem demonstrados.
4.7 - PROJETO DE PREFEITURA
Há, também, o Projeto de Prefeitura, o qual compreende a fase de produção de
desenho, geralmente na escala de 1:1 00, e memoriais técnicos exigidos por lei,
relativos aos diversos órgãos públicos nos quais o Projeto, conforme sua natureza,
deverá ser submetido para análise e posterior aprovação: Semurb, Vigilância Sanitária,
Corpo de Bombeiros, Cetesb, etc.
13
5.1 - BREVE CONCEITUAÇÃO SOBRE NORMAS TÉCNICAS
O conhecimento exato dos formatos usuais do papel é importante para os
desenhistas de Arquitetura e Engenharia. Mas existem normas que ditam as dimensões
e o formato do papel utilizado em desenho arquitetônico, padronizando a sua utilização
nos escritórios de projeto. A Norma Técnica para desenho é a NT - 003/73 de 27 de
novembro de 1973.
As Normas Gráficas objetivam uniformizar a linguagem arquitetônica,
introduzindo caracteres que possibilitem transmitir as diversas informações pertinentes
a cada etapa do Projeto. A padronização, porém, não exclui a flexibilidade necessária,
desde que justificada, podendo ser utilizada de duas formas nos Estudos de
Implantação, fornecendo ao projeto o nível de apresentação necessário ao seu perfeito
entendimento e compreensão por parte do cliente; e nas demais etapas, possibilitando
o esclarecimento através de recursos adicionais os detalhes que - representados de
acordo com as convenções existentes - se façam necessário.
5.2 - CLASSIFICAÇÃO DAS PRANCHAS
As pranchas de desenhos dos projetos são divididas em duas categorias:
Apresentação contém o resultado final de uma etapa de trabalho, a serem
apresentadas ao cliente e que, no caso de um Projeto Executivo, deverá servir
como documento para a construção da edificação;
Estudos sem caráter de documento, utilizada apenas para consulta pelos
clientes, pelos responsáveis pelos projetos complementares, firmas
fornecedoras, dentre outros.
5.3 - DESIGNAÇÃO
A designação de cada prancha deve ser descrita no carimbo e deve possuir
uma numeração referente à prancha atual e outra referente ao total de pranchas do
projeto:
14
5.4 - DIMENSÕES E FORMATOS
Para cada etapa do trabalho, a partir do Estudo Preliminar, determina-se um
tamanho único de prancha a ser utilizado nos demais projetos - Paisagismo, Estruturas,
Instalações Elétricas e Hidráulicas. Este tamanho é escolhido tendo em vista as
dimensões e características da edificação em projeto. A padronização não se aplica
apenas ao Estudo de Implantação, dado às necessidades de apresentação e paginação
de cada caso específico. É importante definir que as pranchas devem apresentar fácil
dobradura e corte, dentro da dimensão padrão escolhida.
A Norma utilizada atualmente é a DIN, cujo autor é o Dr. Portsmann, e que foi
desenvolvido a partir de um retângulo harmônico, cuja superficie é:
x . y = 1m2
1189 cm2
x 841 cm2
= 10.000 cm2
= 1m2
O formato inicial é o AO -lê-se "A" zero - cuja superficie é de 1m2. O formato A1
corresponde ao AO dividido ao meio, ou seja, cuja superfície é de 0,5m2. Já o formato
A2 corresponde ao formato A1 pela metade e sua superficie é de 0,25m2; e assim por
diante até o formato A5. Isto é, todos os formatos são semelhantes e resultam da
multiplicação ou divisão do formato básico por 2.
15
5.4.1 – DOBRAGEM
FORMATO DIMENSÕES MARGEM (esq.:25)
AO 84 I x 1189 10
AI 594 x 84 I 10
A2 420 x 594 10
A3 297 x 420 10
A4 210 x 297 10 ou 5
A5 148 x 210 5
(MEDIDA5 EM MM)
/
567 87759 0
16
..
7/
:96 8567 0
/
6 8:96 0
; / 9< 86 0
17
6.1 - SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO
É sabido que o objeto da Arquitetura e da Engenharia é a edificação e que ela
possui uma forna tridimensional. O desenho de projetos, por sua vez, consiste em
representar as 3 dimensões do volume da edificação em apenas 2 dimensões do papel.
Faz-se, então, necessário utilizar um sistema de projeções ortogonais, no qual a linha
de visada do observador é perpendicular ao plano de projeção e à superficie do volume
nele representada, e o plano de projeção paralelo à superficie a ser representada.
O Desenho Arquitetônico é a representação geométrica das diferentes
proporções, vistas e seções de uma edificação ou apenas parte dela. Para isto, existem
convenções que uniformizam e facilitam a leitura do desenho e sua posterior execução.
A este conjunto de projeções fazem parte as Plantas de Situação, Locação e Cobertura;
Plantas Baixas; Cortes; Elevações ou Fachadas; e Detalhamento.
6.2 - PLANTAS BAIXAS
As Plantas Baixas informam sobre o interior
da edificação através de uma vista superior. São
cortes horizontais que permitem remover a parte
superior (vide desenho ao lado), deixando a parte
inferior, ou planta baixa, visível. O que fica acima
da linha de corte ( que passa a 1,50m do nível do
piso da edificação) deve ser representado por
linhas tracejadas. A mobília é usada para dar a
sensação de escala e auxiliar na definição das
diferentes áreas de uso nas fases iniciais do
projeto (anteprojeto, projeto de apresentação), não
sendo usada em projetos executivos. Em geral as
plantas baixas são feitas em 1:50 ou 1:100.
18
6.2.1- ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO (PLANTAS BAIXAS)
ETAPA 1: Traços finos e a lápis.
Marca-se o contorno externo do projeto;
Desenha-se a espessura das paredes internas;
Desenha-se as principais divisões internas;
ETAPA 2: Traços finos e a lápis.
Desenham-se as portas e as janelas. As portas são desenhadas abertas (nas
plantas) e fechadas (em cortes e fachadas);
Desenham-se os equipamentos: balcão, bidê, bacia, chuveiros, etc;
Apagam-se os excessos das linhas traçadas;
Desenham-se as projeções de cobertura.
19
ETAPA 3: Traços definitivos.
Desenham-se as linhas tracejadas (projeção do beiral, projeção das janelas altas, etc);
Diferenciação dos traços através da espessura (grosso, médio e fino), como por
exemplo, paredes, portas, piso, etc;
Planejamento do processo de colocação das cotas (cotagem);
As cotas são linhas finas;
Deve-se evitar um grande número de cruzamentos entre as linhas de cota para
que o desenho não fique muito carregado (ruim de ler);
Deve-se, também, prever a possibilidade de colocar cotar internas (parciais) e
externas (totais);
Colocar as cotas internas sem que haja um conflito com as demais indicações -
nomes dos ambientes, níveis dos pisos, áreas, especificações, etc;
Explorar a possibilidade de cotar as esquadrias através da forma (LARGURA X
ALTURA)/PEITORIL;
Utilizar a cotagem sem linhas de cota quando apenas necessário (é comum em
projetos de prefeitura);
Colocar os níveis de piso;
Escrever os nomes dos ambientes e suas respectivas áreas;
Indicar a posição da entrada da edificação, dos cortes e do norte.
20
6.3 - CORTES
Os Cortes são obtidos através de planos verticais que interceptam a edificação,
permitindo a caracterização de paredes, portas, janelas, lajes, escadas, etc. São indicados nas
plantas baixas por traços grossos interrompidos por pontos (ou pequenos traços) e terminados
por setas e letras maiúsculas, que indicam a posição do observador em relação ao plano de
corte. É comum encontrar a representação de um corte com desvio, ou seja, desvia-se a
direção do plano de corte para mostrar um maior numero de informações e detalhes do edifício,
eliminando, assim, a necessidade de mais cortes.
Na visão do edifício seccionado por um plano vertical pode-se obter um desenho que
apresente as diferentes alturas das portas, de peitoris de janelas, espessuras das lajes de piso
e dos forros, etc, cujo objetivo é facilitar a compreensão e, conseqüentemente, sua posterior
execução. Em geral é necessário pelo menos dois cortes para melhor esclarecer o projeto,
sendo um longitudinal e outro transversal. Geralmente, prefere-se passar os cortes em
ambientes que proporcionem o máximo de informações sobre a edificação.
--
21
6.3.1- ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO (CORTES)
1. Coloca-se o papel manteiga sobre a planta baixa já confeccionada;
2. Desenha-se a linha do terreno;
3. Marca-se o nível e traça-o;
4. Desenham-se as paredes externas bem como suas respectivas alturas;
5. Desenha-se a laje e o forro, quando houver;
6. Desenha-se a cobertura ou o telhado;
7. Desenham-se as paredes internas que foram cortadas pelo plano de corte (linhas
grossas);
8. Marcam-se as portas e janelas seccionadas (linhas finas);
9. Desenham-se os elementos que são vistos após o plano de corte, como os recortes de
parede, as portas e janelas, objetos (bancadas, vasos, etc);
10. Colocam-se as linhas de cotas bem como suas respectivas alturas;
11. Colocam-se os níveis de piso;
12. Diferenciam-se as espessuras dos traços: finos, médios ou grossos.
22
6.4-DESENHO À TINTA
Em qualquer desenho à tinta, deve-se, primeiramente, fazer todos os traços a
lápis, sem exceção. Ao utilizar a tinta, primeiro devem ser feitas as linhas curvas, depois
as obliquas e, em seguida, as verticais (da esquerda para a direita e de baixo para
cima) e as horizontais (de cima para baixo e da esquerda para a direita). Ao seguir este
procedimento, o desenho apresentará concordância das linhas e evitará borra-lo com
os instrumentos.
Nos desenhos feitos à tinta nanquim sobre papel vegetal, deve-se,
primeiramente, limpar a prancha com algodão embebido em benzina, retirando, assim,
o excesso de grafite. Por melhor que seja o lápis nanquim, sempre há o risco de
estragar o desenho quando se usa a borracha, perdendo, no mínimo, o brilho do traço.
23
6.5 - FACHADAS (OU ELEVAÇÕES)
As Fachadas mostram o aspecto exterior de uma edificação, com altura, volume,
composição, material de acabamento, dimensão e localização das portas e janelas e,
em geral, são desenhadas nas escalas de 1:50 e 1:100. Numa fachada, a edificação é
representada em relação ao seu plano de terra, ou seja, ao nível do terreno, quer seja
abaixou ou acima dele. A linha de terra, que indica o nível do terreno é uma linha de
referencia importante a ser traçada em cada elevação da edificação.
Nas fachadas, a sensação de profundidade pode ser obtida através de variações
na espessura dos traços, como também do uso de tonalidades e sombras. As linhas
grossas são utilizadas nos planos mais próximos e as linhas finas nos mais recuados.
As fachadas podem ser classificadas de acordo com os Pontos Cardeais. A
Elevação Norte de uma fachada, por exemplo, está voltada para o norte da região, isto
é, olhando para esta elevação, teria o norte em suas costas. É muito comum adotar a
forma vinda da Projeção Ortogonal: Fachadas Frontal, Laterais Esquerda e Direita, e
Posterior. Também pode-se representar pessoas, vegetação e automóveis, enfatizando
o sentido de escala.
"As vistas em planta, em elevação..e em seção constituem os desenhos fundamentais
(primários) em arquitetura e, para bem traduzir o projeto, eles têm que ser vistos, lidos e entendidos
como uma série de vistas correlacionadas" (SENAJ, Plantas e seções (módulo 4). Rio de Janeiro.
Senai - Depto. Nacional. 1979).
24
6.5.1 - ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO (FACHADAS)
1. É a última etapa do desenho, devendo ser confeccionada após a planta baixa e
os cortes;
2. Desenham-se as linhas do terreno e marcam-se as medidas horizontais;
3. Todas as medidas relativas às alturas serão transportadas dos cortes para as
fachadas;
4. As fachadas não podem ser cotadas;
5. Deve-se repassar todas as linhas - quer seja a lápis ou a tinta - em traços finos
transformando-os, onde for o caso, em médios ou grossos, atendendo à
convenção, ou seja, reduzindo sua espessura à medida que eles estão mais
distantes do plano mais próximo do observador;
25
6.6 - PLANTA DE LOCAÇÃO E COBERTURA
A Planta de Locação mostra a disposição da construção no lote, não se
limitando apenas ao desenho da construção. Deve-se indicar todos os elementos
existentes no terreno: muros, portões, vegetação (existente ou a plantar), calçada, etc,
e, quando for o caso, as construções adjacentes.
Nesta planta, o observador tem, em primeiro plano, a cobertura. Para sua
definição, devem ser utilizados os traços mais grossos do desenho. O contorno das
paredes, quando encoberto pela projeção do telhado, deve ser feito através de linhas
tracejadas. A escala mais usual é a de 1:100 e 1:200. Em situações especiais, podem
ser usadas as escalas 1:50 - para uma maior ampliação - e 1:500 - para uma maior
redução.
26
6.7 - PLANTA DE SITUAÇÃO
A Planta de Situação serve para mostrar a forma e as dimensões do terreno, os
lotes e as quadras vizinhas, a orientação (norte), o relevo do terreno, as ruas
adjacentes, pontos de referência que interessem ao serviço, etc. Em geral, são usadas
as escalas de 1:500, 1:1000 ou 1:2000.
As curvas de nível são colocadas nas plantas de situação para indicar a
inclinação natural do terreno. Cada curva de nível é representada a partir de planos de
corte feitos a intervalos regulares em altura e indicada por valores em metros a partir
do nível do mar. Quanto mais próximas estiverem uma das outras, em planta, mais
íngreme será a inclinação do terreno.
27
7.1- ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS
Ao projetar uma edificação, o arquiteto deve ter em mente quais materiais utilizar em
cada ambiente, cujas escolhas variam desde o fator econômico quanto estético, sempre
tentando responder as ansiedades de cada cliente. Ele deve, ao finalizar o projeto, especificar
cada material (geralmente as especificações aparecem nas plantas baixas) no próprio projeto,
em um espaço reservado acima do carimbo. Este espaço é denominado Quadro de
Especificações.
Geralmente, cada escritório ou projetista desenvolve suas especificações, além de
detalhar melhor cada componente do projeto. O desenho deve ter uma especificação
abreviada, a ser complementada por um Caderno de Encargos (ou Memorial Descritivo). As
especificações dizem respeito aos pisos, revestimentos, pinturas, além de outros
acabamentos. Existem diversas formas de se especificar no projeto. As mais usuais são:
Letras e Números
Estabelece-se um código de letras e números, que deverão ser indicados na planta
baixa, descritos em cada ambiente. Por exemplo, ao especificar um quarto com piso e rodapé
em lambri de madeira, pintura com tinta lavável e forro de gesso, o projetista deverá indicar (de
acordo com o quadro abaixo): A4, B4, E5 e F3.
= 7=
>= ? =
= ; = &
= 6= ?
= := @A@
= & =
23 = & <= 1
? 3 = 5= A
28
Símbolos e Números
A identificação do material é feita por meio de símbolos gráficos e números.
Ou seja:
( 6 8
6
( 7 87
/ 0
&
Quadro de Especificações
Utiliza-se um quadro - resumo das especificações contidas em um caderno de
encargos - e apresentado no projeto executivo.
QUADRO DE ESPECIFIÇÕES
PAREDE
01- Pintura
02- Pintura sobre massa corrida
03- Revestimento cerâmico ou azulejo, cor branca, 20x20 cm,
até 1,60m.
Acima disso, pintura Coral, tinta lavável
04- Revestimento ou cerâmica até 4,00m, assentado em 45
graus.
TETO
01- Pintura sobre laje
02- Pintura sobre gesso
PISO
01- Piso cerâmico restaurado (existente)
02- Contra-piso
03- Cerâmica branca, 20x20 cm (a definir)
04- Cerâmica branca, 20x20 cm (a definir)
05- Cerâmica anti-derrapante, 30x30 cm (a definir)
7
3
2
29
7.2 - CONVENÇÕES E SÍMBOLOS GRÁFICOS
Em qualquer desenho arquitetônico, os símbolos e as convenções gráficas são
fundamentais. A necessidade de utilização das escalas de redução, por causa das
grandes dimensões dos objetos envolvidos (residências, hotéis, hospitais, praças,
parques industriais, etc) exige, conseqüentemente, o uso intensivo dos símbolos e
convenções, levando à elaboração de desenhos densos em significado e informação.
Por esta razão, estes elementos são, em geral, simples e esquemáticos, assegurando
clareza e objetividade, proporcionando, assim, uma comunicação rápida e direta. É
importante que o desenhista conheça estas convenções para poder aplicá-las
corretamente, evitando, assim, a criação de novos padrões, tendo em vista que estes
símbolos gráficos são fundamentados em normas nacionais e internacionais e que as
alterações podem dificultar o entendimento da linguagem gráfica por seus diversos
interlocutores (pedreiros, técnicos, arquitetos, engenheiros, clientes, etc).
Existem, no mercado, uma grande variedade de gabaritos, com diversos tipos de
símbolos gráficos – peças sanitárias, coberturas, etc - e em diferentes escalas (1:20;
1:25, 1:50, 1:100...), garantindo maior facilidade e uniformidade ao trabalho do
desenhista.
30
8.1- ILUMINAÇÃO ZENITAL
As janelas zenitais possibilitam iluminação superior diurna para espaços
interiores. Esta iluminação pode substituir ou aumentar a iluminação diurna oferecida
pelas janelas normais, devendo-se, porém, prestar atenção ao controle de
luminosidade, brilho e reflexo, o que pode exigir o uso de venezianas, cortinas ou
painéis refletores. Janelas zenitais horizontais e com a face voltada para a Linha do
Equador também aumentam o ganho do calor devido ao sol no inverno; no verão,
porém, dispositivos de sombreamento se fazem necessários para prevenir o excesso
de calor. Seu envidraçamento pode ser de plástico acrílico ou policarbonato - ou de
vidro. Os códigos de obra geralmente exigem o uso de vidro aramado, laminado ou
temperado, além de limitar os espaçamento dos seus apoios. A inclinação mínima para
janelas zenitais de plástico plano ou corrugado é de 4:12; já os domos de plástico
devem se elevar no mínimo 10% do vão ou 5" (1" = 25,4cm).
8.2 - JANELAS
Existem muitos tipos e tamanhos de janelas e a sua escolha afeta não só a
aparência física de uma edificação, mas também sua iluminação natural, ventilação,
vistas potenciais e qualidade espacial do interior. As janelas também devem assegurar
vedação contra as intempéries quando fechadas, ter capacidade de isolamento e evitar
a formação de condensação nas superfícies internas. É sabido que, por possuírem
componentes de fabricação industrial possuem tamanhos padronizados e
correspondentes requisitos de tamanhos para suas aberturas. Por isso, seus tamanhos
e sua localização devem ser cuidadosamente planejados de tal modo que as aberturas
com vergas de tamanhos apropriados possam ser feitas nos sistemas de paredes da
edificação.
Uma das funções mais importantes das janelas é a de promover a ventilação
natural dos ambientes, como recurso para o controle de temperatura e da qualidade do
ar interior. O posicionamento, tipo e as dimensões relativas da janela e suas aberturas
que permitem a entrada e saída do ar num ambiente influem não só na taxa, mas
também na homogeneidade da renovação do ar interior. Na ausência de ventos, a
renovação do ar pode ser conseguida através do efeito chaminé, decorrente da
diferença de densidades entre o ar interior mais quente e o exterior, mais frio. Quanto
maior for a diferença de cotas, mais favorecido será esse efeito.
A renovação do ar é maior quando a colocação de janelas é feita na fachada
que possui maior incidência de ventos (zona de alta pressão) e, conseqüentemente, a
abertura de saída deve estar localizada na fachada posterior ou adjacente (zona de
menor pressão). Isto é, as janelas devem estar posicionadas de forma a permitir que os
fluxos de ar percorram todas as áreas do ambiente e não criem zonas de baixa
ventilação.
31
A janela ideal é aquela que permite controle de vazão do ar e da direção do seu
fluxo conforma a situação e as necessidades presentes, nas quais os principais
parâmetros que caracterizam o desempenho de uma janela são: o tipo da janela; seu
posicionamento e as dimensões relativas de entrada e saída do ar (ventilação cruzada);
área útil da janela para passagem de ar; possibilidade de controle de área de passagem
do ar; possibilidade de direcionamento do fluxo de ar; e possibilidade de separação dos
fluxos de ar quente e ar frio. De acordo com sua tipologia, as janelas podem ser:
De Correr: formada por uma ou mais folhas que podem ser movimentadas por
deslizamento horizontal, no plano da janela;
Guilhotina: possui uma ou mais folhas que podem ser deslocadas verticalmente,
no plano da janela;
Folha fixa: não possui movimento; adequada apenas para iluminação;
De Abrir de Eixo Vertical: possui uma ou mais folhas que podem ser rotacionadas
em seus eixos verticais fixos, coincidentes com as laterais da folha. Podem ser
abertas para dentro ou para fora da edificação;
Projetante e de Tombar: possui uma ou mais folhas que podem ser
movimentadas rotacionando-as em tomo de um eixo horizontal fixo situado na
extremidade superior ou inferior da folha. Podem ser:
a) Projetante: quando o eixo de rotação está localizado na extremidade
superior. O movimento de abertura da folha pode ser de dentro para fora
ou de fora para dentro;
b) De Tombar: quando o eixo de rotação está localizado na extremidade
inferior. O movimento de abertura da folha pode ser de dentro para fora ou
de fora para dentro.
Pivotante: possui uma ou mais folhas que podem ser movimentadas
rotacionando-as em tomo de um eixo vertical e não coincidente com as laterais
das folhas;
Basculante: possui eixo de rotação horizontal - centrado ou excêntrico - e não
coincidente com as extremidades superior o inferior da janela;
Proietante-deslizante ou Maximar: possui uma ou mais folhas em tomo de um
eixo horizontal, com translação simultânea desse eixo;
Reversível: do tipo basculante ou pivotante, coma rotação das folhas em tomo de
seus eixos, situando-se num intervalo entre 160°
e 180°
;
Sanfona: possui duas ou mais folhas articuladas entre si que - ao serem abertas -
dobram-se umas sobre as outras, quer seja por deslizamento horizontal ou
vertical de seus eixos de rotação. Esses eixos podem coincidir com as bordas
das folhas ou se situar em posições intermediárias.
32
8.3 - PORTAS
As portas são uma forma de possibilitar o acesso ao interior e passagem entre os
espaços internos de uma edificação. As portas externas devem assegurar vedação
contra as intempéries quando fechadas e manter aproximadamente o mesmo
isolamento das paredes externas da edificação. Ao mesmo tempo, porém, as entradas
devem ser largas o suficiente para que as pessoas possam se mover através delas
facilmente e permitir a movimentação do mobiliário e equipamentos. A facilidade de
operação, requisitos de privacidade e segurança e quaisquer necessidades de
iluminação, ventilação e vistas também devem ser considerados no desempenho de
uma porta.
As portas internas possibilitam passagem, privacidade visual e controle acústico
entre os espaços internos. Portas em closets e depósitos destinam-se - primariamente -
ao isolamento visual, apesar de que a ventilação também seja um bom requisito. As
portas podem ser lisas, com almofadas, à francesa, de vidro, com janelas, com
veneziana integral com bandeiras, com veneziana inferior, com telas ou holandesas.
Quanto ao seu movimento, as portas podem ser:
Pivotantes: geralmente articuladas no batente lateral, é a forma mais conveniente
para entrada e passagem, exigindo, porém, espaço em volta da abertura da porta
para o movimento da folha. Possui isolamento termo-acústico e resistência ao clima;
De correr: deslizam sobre um trilho no topo e ao longo de guias ou sobre um trilho
no piso. Oferece somente acesso a 50% da abertura, apesar de possuir um mínimo
de espaço necessário, sacrificando o isolamento acústico;
De correr sobrepostas: semelhante ao anterior, possibilita 100% de passagem na
abertura;
De correr embutida: permite 100% de passagem na abertura ao deslizar para dentro
de um recesso contido na parede, a qual fornece uma aparência de abertura
simplesmente revestida quando completamente aberta. Geralmente é utilizada
quando uma porta pivotante iria interferir no uso do espaço;
Articulada (ou sanfonada): é utilizada, primariamente, como proteção visual para
closets e depósitos, além de possibilitar 100% de passagem na abertura. Utiliza um
trilho superior e painéis de porta articulados.
Os elementos básicos de uma porta são:
Batentes (superior e laterais) os detalhes do batente determinam a aparência
da porta, caso o caixilho seja aplicado a uma abertura com acabamento ou
envolva uma abertura bruta;
Folha da porta o tipo, o tamanho e a localização de uma porta estão
relacionados com os requisitos físicos para o acesso, o efeito sobre o padrão de
movimento dentro e entre os espaços, a freqüência prevista de uso, os requisitos
33
de vedação às intempéries, isolamento termo-acústico e durabilidade,
iluminação, vistas e ventilação, aparência visual desejada;
Ferragens incluem os equipamentos necessários para a operação de uma
porta, tais como dobradiças, fechaduras e trincos.
Há, também, as portas giratórias, que possibilitam a proteção contínua contra as
intempéries, eliminam correntes de ar e possibilitam o mínimo de perdas de calor e frio,
além de um moderado fluxo de tráfego.
Principais características as portas giratórias são:
Podem suportar, aproximadamente, 2.000 pessoas por hora;
São normalmente encontradas em edifícios comerciais e instituições;
A fonte de aquecimento ou refrigeração pode ser integrada ou adjacente ao
fechamento;
As portas são de vidro temperado com esquadria em alumínio, aço inoxidável ou
bronze;
O fechamento pode ser de metal ou vidro (temperado, laminado ou aramado);
Possui um controle opcional de velocidade que alinha as portas nos pontos dos
quadrantes quando não estão em uso e vira as folhas ¾ de uma revolução à
velocidade de caminhada quando ativadas por uma leve pressão;
As folhas da porta podem ser retiradas em situações de emergência;
8.4 - NBR 9050
De acordo com a NBR 9050/1994, Norma Brasileira que rege a Acessibilidade
de Pessoas Portadoras de Deficiências a Edificações, Espaço Mobiliário e
Equipamentos Urbanos, “cerca de 80% da população mundial foge ao pré-concebido
modelo de ‘homem-padrão’. São pessoas com capacidade fisica reduzida, idosas,
obesas, excessivamente altas ou baixas”. Homem-padrão, este, projetado para ser um
mito por nós e que durante séculos fomos induzidos a alcançar.
Este mito, porém, tem induzido à uma configuração inadequada do ambiente
construído, apresentando uma enorme desvantagem a milhares de indivíduos, perante
uma determinada conseqüência de seu meio que o impede de desempenhar uma vida
normal. A partir disto e do direito universal do ir e vir, além de considerar a questão da
cidadania a qual todo homem possui, foi-se discutida uma norma capaz de, a partir de
então, fornecer a estes indivíduos, através da priorização dos espaços construídos,
buscando-se as melhores condições de uso, função, segurança, bem-estar e acesso.
A NBR 9050 discute os critérios e padrões que visam propiciar às pessoas com
deficiência de locomoção condições adequadas e seguras de acessibilidade autônoma
a edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos. Através dela, o projetista
deve adequar a edificação a qualquer usuário. Ela discute acessos como rampas,
escadas, circulação interna (corredores), banheiros, locais de reunião (cinemas,
teatros, etc ), piscinas, estacionamentos, mobiliário urbano (telefones, bebedouros,
etc), sinalização, materiais adequados, etc.
34
8.5 – ESCADAS
As escadas fornecem meios de locomoção vertical entre os andares de um
prédio e são, portanto, ligações importantes no esquema de circulação geral de uma
edificação. Mesmo pontuando um volume de espaço entre dois andares ou subindo
através de um eixo estreito, uma escada consome um espaço significativo. Os
patamares de uma escada devem ser integrados logicamente com o sistema estrutural
de uma edificação evitando, assim, condições complicadas aos elementos estruturais.
As considerações mais importantes no projeto e em sua execução são a segurança e a
facilidade de deslocamento.
A altura e o comprimento dos degraus devem ser proporcionais para acomodar o
movimento do nosso corpo. Sua inclinação, se acentuada, pode tomar a subida
cansativa e intimidante, e pode tornar a descida precária. Se a inclinação de uma
escada é suave, seus degraus devem ter a profundidade necessária para acomodar a
passada humana. Por segurança, a altura de todos os degraus em um lance de escada
deve ser a mesma e o comprimento deles deve ser igual. A altura do degrau deve ser
comparada com a altura máxima permitida pelo Código de Obras. Se necessário, o
número de degraus pode ser aumentado de um e sua altura real recalculada.
Sua largura depende do caráter utilitário da escada:
0,80 m a 1,00 m residências unifamiliares;
1,20 m edificios comerciais e residenciais de pequeno porte, sem elevador;
0,60 m escadas secundárias ou eventuais;
1,50 m escadas públicas.
O cálculo de uma escada dá-se através da Fórmula de Blondell:
2h + p = 64cm
número de pisos = (n-1)
Ou seja, a soma de duas vezes a altura do espelho (h) ao comprimento do piso
(P) é igual a 64cm. O número de pisos é dado pelo número de espelhos (n) menos 1;
adotando-se um espelho de altura 17cm (altura ideal), o piso deverá ter 30cm de
largura. O vão total da escada é dado pelo número de pisos multiplicado por seu
comprimento (p):
n = (pé esquerdo) / h
C = (n-1) . p
35
8.5.1- ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO DE UMA ESCADA
1. Define-se o espaço onde se desenvolve a escada, prevendo a área a ser
ocupada;
2. Traçam-se duas horizontais com afastamento igual ao pé esquerdo: altura a ser
vencida pela escada;
3. Divide-se esse afastamento em "n" partes iguais = numero de espelhos;
4. Pelos pontos de divisão, traçam-se paralelas horizontais e, em seguida, marcam-
se as divisões "p" (comprimento do piso) e por elas traçam-se paralelas verticais.
Se n 10, a escada deverá se desenvolver em dois lances, com um patamar
intermediário entre eles;
5. Numeram-se as horizontais e as verticais. O encontro destas linhas dá a parte
superior - em vista ou em corte - da escada (horizontais = pisos; verticais =
espelhos);
6. No prolongamento do espelho, marca-se a altura do corrimão ( 90cm) que será
traçado paralelo à extremidade dos degraus;
7. Marca-se a espessura da laje (6 a 10cm), deixando-se uma altura livre de 2,10m
para passagem entre a escada e a laje do pavimento superior;
8. Traça-se o desenho inferior a escada (planta baixa). O plano de corte da planta
deveria separar os degraus que estão acima (não visíveis) e abaixo (visíveis),
mas a convenção simplifica a representação, tracejando-se os degraus acima da
linha do corte (ou depois da metade da escada). No pavimento superior os
degraus são todos visíveis.
36
8.5.2 - ESCADAS CIRCULARES
As caixas de escadas circulares têm dimensões muito reduzidas, devido ao
desenvolvimento em hélice dos degraus. São muito cansativas e incômodas, e, por
isso, admitidas apenas como auxiliares em oficinas e mezaninos. Podem ser
classificadas em:
de bomba: quando seu lance se apóia em dois banzos (paredes), interna e
externamente, tendo a alma (centro) oca (também chamada de olho);
de mastro: quando seu lance se apóia em um pilar central (mastro), podendo ou
não apoiar-se, também, em um banzo externo.
37
CÁLCULO DE UMA ESCADA CIRCULAR:
Para o seu cálculo, deve-se imaginar uma linha imaginária - linha de piso -
afastada de 50 a 60cm do corrimão central. Mede-se, então, o piso AB, variante entre
18 a 32cm:
h
PE
N =
Onde o número de pisos (N) é dado pela divisão entre o pé esquerdo (PE) e a altura do
espelho (h). O comprimento da escada é igual ao comprimento da circunferência, e
também é igual a (n-l ).p, arbitrando-se um valor para p ( varia de 18 a 32cm).
Determinando-se o raio (R) da escada, tem-se que:
R
C π
2
= e ( ) p
n
C ⋅
−
= 1
Isto é,
( ) p
n
R
C ⋅
−
=
= 1
2π
8.5.3 - ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO DE UMA ESCADA CIRCULAR
Após definido os cálculos, deve-se seguir os seguintes passos:
1. Inicia-se desenhando a linha de piso - uma circunferência - com raio R;
2. O corrimão externo deve estar, no mínimo, a 50cm da linha de piso. Traça-se,
então, a pequena circunferência que será a coluna central da escada;
3. A partir daí (da coluna central) marca-se a largura desejada e traça-se a
circunferência externa;
4. Utilizando duas linhas horizontais, marca-se a altura que será dividida em n
partes iguais e correspondentes ao número de espelhos;
5. Traçam-se as linhas verticais correspondentes à coluna central e ao cilindro
externo (linhas tangentes às circunferências);
6. Nas intersecções entre as linhas verticais e horizontais com a mesma numeração
serão os respectivos degraus. Deve-se, então, traçar os contornos das suas
faces externas e, depois, das faces internas, definindo-se, a seguir, as partes
visíveis;
7. A partir daí defini-se a espessura da laje e o corrimão. Adicionam-se os
balaústres do corrimão e introduz, na planta, as devidas convenções.
38
8.6- RAMPAS
As Rampas são equipamentos utilizados para proporcionar transições suaves
entre os níveis de piso de uma edificação. Para ter inclinações confortáveis, exigem
comprimentos relativamente longos. Geralmente são utilizadas para fornecer acesso:
aos deficientes físicos; a equipamentos com rodas; movimento suave, contínuo através
ou em volta de um espaço alto. Rampas curtas e retas funcionam como vigas e podem
ser construídas como sistemas de pisos de madeira, aço ou concreto. Já as rampas
longas ou curvas são geralmente de aço ou concreto armado. Elas precisam ter
superfícies antiderrapantes, especialmente quando expostas ao ar livre.
Devem possuir inclinação máxima de 1:12 (isto é, 1 metro a cada 12 metros de
comprimento ou 8,33% de inclinação) quando for para acesso a deficientes fisicos e
39
como saída de emergência; e 1:8 nos outros casos. Admite-se, porem, uma tolerância
de 1:10, ou seja, 1 metro de altura para cada 10 de comprimento, com patamar plano
para descanso a cada 10m.
As rampas devem possuir largura mínima de 1,20m com corrimão dos dois
lados. A parte externa da rampa deve ter acabamento de piso ligeiramente elevado,
impedindo, assim, uma possível queda de cadeira pela lateral. O corrimão deve ter
0,45m de prolongamento nas extremidades, sem que isso interfira na circulação das
pessoas.
DIMENSIONAMENTO DE RAMPAS
Inclinação Admissível de Desníveis Máximos Números Máximos Comprimentos Máximos
Cada Segmento de Rampa (i %)
5,00 (1:20) 1,500 m - 30,00
1,000 14 16,00
6,25 (1:16)
1,200 12 19,20
8,33 (1:12) 0,900 10 10,80
0,274 8 2,74
10,00 (1:10) 0,500 6 5,00
0,750 4 7,50
12,50 (1 :8) 0,183 1 1,46
40
Cobertura é parte superior da construção e serve de proteção contra o sol, a
chuva, etc. Ela pode ser de superfície planas ou curvas.
De superfície plana:
Laje (horizontal e inclinada)
Telhado – telhas de barro, alumínio, plástico, cimento-amianto, zinco.
De superfície curvas:
Abóbadas, cúpulas, cascas.
Função da Cobertura:
Proteção dos espaços interiores;
Recepção e encaminhamento da água da chuva;
Conforto térmico e acústico no interior da edificação;
9.1 - SISTEMAS DE COBERTURA
Um sistema de cobertura funciona como elemento primário de abrigo para os
espaços internos de uma edificação. Suas formas e construção devem controlar o fluxo
d'água oriundo das chuvas, bem como a passagem da água, do ar, do calor e do frio.
Deve ser estruturado para vencer vãos e suportar as cargas permanentes (estrutura da
cobertura, painéis, isolamento, material da cobertura, além de qualquer equipamento no
topo ou suspenso pela cobertura); as cargas acidentais (chuva acumulada, neve e gelo
– climas frios - e tráfego, se for o caso); e as cargas de vento (pressão ou sucção
devidas ao vento). Dependendo do sistema de construção exigida pelo código de obras
local, a estrutura e o material devem ser resistentes ao fogo. Além disso, pode se fazer
necessário que a altura do sistema seja suficiente para acomodar equipamentos
mecânicos e elétricos. Por causa de suas várias funções, o sistema de cobertura é
potencialmente o mais caro de uma edificação. Por isso, na escolha de uma cobertura,
devem ser levados em consideração a economia de execução, sua manutenção,
durabilidade e capacidade de isolamento termo-acústico.
A forma de uma cobertura - plano ou inclinado - possui um grande impacto visual
na imagem de uma edificação. A forma como a cobertura é estruturada afeta a escolha
do material, o sistema interno de tetos e o layout dos espaços internos de uma
edificação. Grandes vãos de cobertura possibilitam um espaço interno mais flexível,
enquanto os vãos mais curtos podem sugerir espaços mais rigidamente definidos.
41
9.2 - TIPOS DE COBERTURA
DE SUPERFÍCIE CURVAS
CASCAS
Cascas é um tipo de cobertura cuja estrutura resiste muito bem à compressão.
CÚPULAS
Estruturas abobadadas de planta circular e que normalmente apresentam a
forma de uma porção esférica, construída de modo a exercer esforços em todas as
direções.
Catedral Ortodoxa de São Paulo
ABÓBADA
A cobertura de abóbada é formada por uma estrutura arqueada. Ou seja vários
arco juntos forma a abórbada.
42
DE SUPERFÍCIE PLANA
Os telhados podem ser de variados tipos, sendo, principalmente,
telhas de barro tipo colonial (ou canaI), francesas, romanas;
telhas de alumínio onduladas,
corrugadas;
telhas de plástico onduladas,
corrugadas, opacas, translúcidas;
telhas de cimento-amianto onduladas,
corrugadas, meio-tubos, bandejas,
canaletes, etc;
telhas de zinco.
(
"#' (
, B
! +(
C'
DE
(!#( #!E '
#
#!#
43
9.3 - TIPOS DE TELHADOS
Telhados com uma água:
Telhados com duas águas:
Telhados com três águas:
Telhados com quatro águas:
44
9.3.1 - PARTES QUE COMPÕEM UM TELHADO:
As águas-furtadas são as bissetrizes do ângulo formado entre as paredes e
saem dos cantos internos.
Os espigões são as bissetrizes do Ângulo formado entre as paredes e saem dos
cantos externos.
As cumeeiras são sempre horizontais e geralmente ficam no centro.
Tesoura : Treliça de formato triangular cuja principal função é vencer os vãos
sem auxílio das paredes.
45
9.3.2- ESTRUTURA DO TELHADO
9.4 – INCLINAÇÃO DOS TELHADOS
Cálculo da inclinação do telhado:
Ponto: de uma telhado é a inclinação definida pela relação h/v.
Poncentagem: é dada pela relação entre os catetos do triangulo retângulo.
F
!D
!G- H
100
(%)
2
Inclinação
V
h ×
=
46
9.5- CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS
É preciso um conjunto de elementos que coletam e conduzem as águas pluviais,
entre estes materiais estão as calhas, condutores, águas furtadas ou rincão, rufos,
bandeja, curvas e funis, que fazem parte da captação de águas pluviais do telhado.
As calhas são canais de chapas colocadas na extremidade inferior do plano de
águas que protege contra respingos. Já os condutores são tubos verticais colados às
paredes responsáveis por levar a água do telhado ao chão. O rufo é a peça que
guarnece os pontos de encontro entre os telhados e paredes e, por isso, evita a
infiltração de águas pluviais na construção.
O rincão são calhas inclinadas acompanhando a inclinação do telhado e servem
para captar o escoamento das águas proveniente do encontro de dois planos de água.
E, por fim, as curvas e funis, que são conexões utilizadas para captar e escoar a água
até os condutores laterais.
47
MOTENEGRO, Gildo. Desenho Arquitetônico.
(São Paulo, Editora Edgar Blucher)
OBERG, L. Desenho Arquitetônico.
(Rio de Janeiro, Editora Ao Livro Técnico)
MOTENEGRO, Gildo. Ventilação e cobertura.
(São Paulo, Editora Edgard Blucher)
48
L x h
0.80x2.10
49
50
51
52
53
54
55
56
MODELO DE LEGENDA
ALUNO:
UFRN
CT
DEC
DISCIPLINA: PROFESSOR:
TURMA: PERÍODO:
ASSUNTO:
ENDEREÇO:
ÁREA CONSTRUÍDA: ÁREA DO TERRENO: ÁREA COBERTA:
ESCALA: DATA:
PRANCHA:

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desenho II.pdf

  • 1.
  • 2. 1 Esta apostila tem a finalidade de introduzir o desenho arquitetônico no curso de graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), servindo de material para a primeira unidade da disciplina Desenho II, onde é abordado o desenho em grafite. Procurando fazer uma introdução ao projeto arquitetônico, abordaremos os instrumentos, os tipos de desenhos, os materiais e técnicas utilizados no desenvolvimento de projeto arquitetônico, proporcionando ao aluno de Engenharia Civil a capacidade de se expressar através do desenho arquitetônico, bem como ler e interpretar projetos. Este foi um trabalho realizado durante o Programa de Monitoria através do Projeto ADEQUAÇÃO DA ÁREA DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL AO USO DE DESENHO AUXILIADO POR COMPUTADOR, pela aluna Girlene Gomes, monitora do mencionado Projeto, sob a orientação do Professor Luiz Alessandro P. da Câmara.
  • 3. 2 PREFÁCIO......................................................................................................................04 CAPÍTULO 1: INSTRUMENTOS DE DESENHO............................................................05 CAPÍTULO 2: ESCALAS.................................................................................................06 2.1 - ESCALA NUMÉRICA.... . ..................................................................................06 2.2 - ESCALA GRÁFICA ........ ..................................................................................07 2.3 -UNIDADE DE ESCALA ................... ..................................................................07 CAPÍTULO 3: MATERIAIS, TRAÇO E TÉCNICAS........................................................08 3.1- PAPÉIS .............................................................................................................08 3.2 - TRAÇO.............................................................................................................09 3.2.1 -TIPOS DE LINHAS..............................................................................09 3.3 – DIMENSIONAMENTO......................................................................................10 CAPÍTULO 4: FINALIDADES E TIPOS DE DESENHO.................................................11 4.1- INTRODUÇÃO AO PROJETO ARQUITETÔNICO ...........................................11 4.2- PROGRAMA DE NECESSIDADES ..................................................................11 4.3- ESBOÇOS OU CROQUIS ................................................................................11 4.4- ESTUDO PRELIMINAR ....................................................................................11 4.5- ANTEPROJETO.............................................. .................................................12 4.6- PROJETO EXECUTIVO (OU DE EXECUÇ ÃO)...............................................12 4.7 - PROJETO DE PREFEITURA...........................................................................12 CAPÍTULO 5: PRANCHAS - DIMENSÕES E FORMATOS DO PAPEL........................13 5.1.- BREVECONCEITUAÇÃO SOBRE NORMAS TÉCNICAS ...............................13 5.2 - CLASSIFICAÇÃO DAS PRANCHAS ...............................................................13 5.3 - DESIGNAÇÃO .................................................................................................13 5.4 - DIMENSÕES E FORMATOS............................................................................14 5.4.1 – DOBRAGEM.......................................................................................15 CAPÍTULO 6: ETAPAS DO DESENHO..........................................................................17 6.1 - SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO.. ..............................................................17 6.2 -.PLANTAS BAIXAS...........................................................................................17 6.2.1- ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO ............................................18
  • 4. 3 6.3- CORTES ...........................................................................................................20 6.3.1 -ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO.. .. .......................................21 6.4- DESENHO À TINTA...........................................................................................22 6.5- FACHADAS (OU ELEVAÇÕES) .......................................................................23 6.5.1 -ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO ..................... ......................24 6.6 - PLANTA DE.LOCAÇÃO E COBERTURA ........................................................25 6.7 – PLANTA DE SITUAÇÃO .................................................................................26 CAPÍTULO 7: SÍMBOLOS E CONVENÇÕES GRÁFICAS.............................................27 7.1 - ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS................................................................27 7.2 - CONVENÇÕES E SÍMBOLOS GRÁFICOS .....................................................29 CAPÍTULO 8: CIRCULAÇÃO, ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO .....................................30 8.1 - ILUMINAÇÃO ZENITAL....................................................................................30 8.2 – JANELAS............................................................................... ..........................30 8.3- PORTAS............................................................................................................32 8.4 - NBR 9050....................................... .................................................................33 8.5 - ESCADAS ........................................................................................................34 8.5.1 - ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO DE UMA ESCADA............35 8.5.2 - ESCADAS CIRCULARES ....................................................................36 8.5.3- ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO DE UMA ESCADA CIRCULAR....37 8.6 – RAMPAS..........................................................................................................38 CAPÍTULO 9: COBERTURAS - TIPOS E APLICAÇÔES...............................................40 9.1 - SISTEMAS DE COBERTURA......................................................................40 9.2 – TIPOS DE COBERTURA............................................................................41 9.3 – TIPOS DE TELHADOS................................................................................43 9.3.1 - PARTES QUE COMPÕEM UM TELHADO..........................................44 9.3.2- ESTRUTURA DO TELHADO................................................................45 9.4 – INCLINAÇÃO DOS TELHADOS..................................................................45 9.5- CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS..............................................................46 BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................47 ANEXOS.........................................................................................................................48
  • 5. 4 O desenho está ligado à necessidade fundamental do espírito humano de conhecimento e transformação do mundo. O homem - desde a pré-história - aprendeu a realizar representações da realidade que o cercava através da linguagem gráfica. As primeiras formas de escrita da humanidade foram desenvolvidas com fortes vínculos às imagens visuais, isto é, influenciadas pelas formas as quais o homem percebia sua realidade e a representava através do desenho para se comunicar. "Desenho, por definição, é a arte de reproduzir sobre uma superfície bidimensional e por meio de linhas, objetos, idéias ou emoções". É considerada uma arte básica, pois precede não só as linguagens verbais, mas também a Pintura, a Escultura e a Arquitetura. É básico em todas as ciências. Existem diversos tipos de desenho, de acordo com a finalidade a que se destinam. Esta variação é encontrada nas diversas áreas de conhecimento a que a linguagem gráfica se aplica, tanto nas artes quanto nas disciplinas técnicas. Assim, encontramos, tanto na Pintura, Escultura, Desenho Industrial, quanto nos projetos de Engenharia e Arquitetura, as mesmas fases que vão do simples esboço ou croqui utilizado para fixar idéias ou impressões iniciais e a serem mais tarde aproveitadas - até o produto final, obra acabada ou o projeto completo e detalhado. Isto porque, o desenho, enquanto linguagem, faz parte de um processo complexo de raciocínio. Cada um dos tipos de desenho presta-se em momentos diferentes do desenvolvimento de uma idéia, a auxiliar a visualização daquilo que imaginamos; permite selecionar, eliminar e sintetizar produtos de nossa imaginação criadora. É ele que, aliado a conhecimentos técnico-científicos, oferece suporte à capacidade de inventar e transformar o mundo como o conhecemos. Ou seja, é uma forma de conhecimento; uma linguagem universal, no espaço e no tempo.
  • 6. 5 1.1- Prancheta: A prancheta é composta por tampo de madeira (0,90m x 1,20 m ou 1,00m x 1,50m) e pé de madeira ou de ferro. 1.2- Régua T A régua T é composta por uma cabeça fixa e uma haste. Ela serve para traçar linhas horizontais paralelas no sentido do comprimento da prancheta, e também para apoiar os esquadros para traçar paralelas verticais ou paralelas inclinadas. 1.3- Régua paralela A régua paralela veio substituir as régua T. A régua paralela desliza sobre a prancheta sendo presa por fios paralelos nas borda superior e inferior do tampo. 1.4- Esquadros Utilizamos para traçados de retas perpendiculares às horizontais traçadas com a régua paralela. O par de esquadros é formado por um menor cujos ângulos são de 45° e o maior possui ângulos de 30°e 60° . 1.5- Compasso Esse instrumento serve para traçar circunferências ou arcos. 1.6- Escalímetro Possui 3 faces e 6 escalas. Facilita a medição de desenhos em escalas diferentes. 1.7- Transferidor Servem para medir ângulos, sendo geralmente graduados de 0° a 180° ou 0° a 360° . 1.8- Curva francesa Utilizados para traçados de curvas. 1.9- Gabarito Chapas perfuradas com símbolos relativos a eletricidade, móveis, peças sanitárias e outras.
  • 7. 6 2 - ESCALAS Para que o desenho de um objeto retrate fielmente o objeto real, deve-se reduzir ou ampliar todas as suas medidas seguindo uma razão. Esta proporção entre as medidas e a distância de um desenho e as medidas (ou distâncias) reais correspondentes é denominada Escala. Se imaginarmos um lote de um terreno com 15m x 30m, e o desenharmos substituindo a distância de 1 metro por 1 centímetro, o resultado será um retângulo de 15cm x 30cm. De acordo com esta convenção, onde cada metro do desenho vale um centímetro e, sabendo-se que 1 cm é a centésima parte de 1 m, conclui-se, então, que o desenho é 100 vezes menor do que o lote na realidade. Ou seja, este valor adimensional é quem diz quantas vezes o desenho é menor do que o objeto real. Isto é: 1:100 ou 1/100 ou 100 1 No exemplo acima citado, lê-se um para cem. As escalas mais utilizadas são: 1:10, 1:20, 1:25, 1:50, 1:100, 1:200, 1:250, 1:500, 1:1000, 1:5000 Medida do desenho = medida real x 100 1 2.1 - ESCALA NUMÉRICA Existem dois tipos de escala, cada um com um objetivo diferente: escalas numéricas e escalas gráficas. A Escala Numérica pode ser de redução ou de ampliação. A Escala de Redução é utilizada quando um objeto é muito grande para ser representado em seu tamanho real, reduzindo-se a sua escala, como por exemplo, a planta de uma casa, o projeto de um automóvel, etc, sendo, as mais comuns, 1/5, 1/10, 1/20, 1/25, 1/50, 1/75, 1/100, 1/200, 1/500, 1/100, e são sempre escritas com o numerador igual a 1. A Escala de Ampliação, ao contrário da escala de redução, é utilizada quando o objeto é muito pequeno para ser representado em seu tamanho real, quer seja para aumentar peças ou detalhes de plantas, como por exemplo, uma jóia, ou a borda da bancada de uma cozinha. o
  • 8. 7 2.2 - ESCALA GRÁFICA Define-se como Escala Gráfica como uma figura geométrica, uma reta dividida ou uma régua graduada que serve para determinar sem cálculos, imediatamente, a distância real, conhecendo-se a distância gráfica ou vice-versa. Ou seja, ao colocarmos uma escala gráfica em 1:20 sobre um desenho na escala de 1:20, poderemos ler diretamente todas as suas medidas. Isto é, quanto mais próximo de uma unidade for o denominador da escala, o desenho estará mais próximo do tamanho natural. 2.3 - UNIDADE DE ESCALA Unidade da escala é o comprimento utilizado para representar a unidade linear escolhida. Deve-se representar a unidade de escala à esquerda do zero inicial - ou origem - e fraciona-Ia em dez partes iguais denominada talão da escala. Por exemplo: construção de uma escala gráfica para um título de 1:500. 200 1m = 0,002m = 2mm Traça-se, então, uma linha horizontal indefinida OA, onde se marcam 11 vezes 2mm, que é a unidade de escala. Logo após, marca-se uma altura B qualquer (2 vezes), dividindo a linha anterior numa faixa dupla. Então, numera-se da esquerda para a direita da seguinte forma: 1, O, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10. Logo após, constrói-se o talão da escala dividindo-se a faixa inferior do espaço à esquerda do zero em 10 partes iguais, no qual a linha vertical entre a quinta e a sexta divisão deste espaço deve ser prolongada para cima dividindo em duas partes a faixa superior. Finalmente, divide-se a faixa inferior ao meio de cada uma das outras divisões obtendo, assim, a metade de cada unidade escalar. "O nível de qualidade de um desenho está diretamente ligado ao material e instrumentos utilizados e a forma como estes são manuseados. Para se obter um bom desenho e um bom traço são exigidos certos cuidados indispensáveis". 0 1m 2m 4m 8m ESCALA GRÁFICA
  • 9. 8 3.1- PAPÉIS A escolha da técnica adequada ao suporte utilizado - no caso, o papel - é fundamental para se chegar a um bom resultado. É muito grande a variedade de papéis existentes no mercado: brancos, coloridos, opacos, transparentes, texturizados, espessos, finos, etc. Os papéis opacos são ao mais utilizados em Anteprojetos e Projetos para Apresentação, por permitirem, de maneira geral, a aplicação de técnicas mais diversificadas, como o guache, a aquarela, a ecoline, o giz, o pastel, dentre outros, sendo as marcas mais comuns: Fabriano, Canson, Ingres, Vergê, Schoeller, Madeira e Sulfite. É muito importante escolher a técnica adequada às texturas e à granulação de cada tipo de papel. Em geral, os mais lisos suportam melhor a tinta nanquim e a tinta hidrográfica. Os papeis mais texturizados permitem explorar um numero maior de opções: lápis de cor, lápis cera, giz pastel seco, giz pastel oleoso, grafites, crayon, carvão, etc. algumas técnicas, como o guache e a aquarela necessitam de maior cuidado - devido à maior quantidade de água exigida para a sua aplicação - a fim de evitar que o papel utilizado deforme (ou enrugue). Já nos papéis mais finos aconselha- se esticá-Ios previamente da seguinte maneira: molha-se o papel, secando-o logo em seguida (colocando-o entre um pano macio); depois coloca-se o papel sobre uma prancha ou mesa, prendendo suas bordas com fita crepe e espera até que seque; aplica-se, então, as técnicas desejadas e, ao término do desenho, retira-se a fita crepe. A forma mais comum de arquivamento de projetos reproduzidos em papel opaco é através de pastas suspensas para arquivos de gavetas, onde todas as pranchas são devidamente dobradas de acordo com a respectiva Norma Brasileira. Os papéis transparentes - como o Vegetal ou o Poliéster - são muito utilizados para a elaboração de originais de Projetos de Prefeitura e Executivos. Aceitam bem a tinta nanquim, o hidrocor, a ecoline, a graxa e o grafite. Em geral, as técnicas de colorir são aplicadas no verso da folha, utilizando fita crepe para assegurar limites. As diferentes texturas encontradas em mercado permitem a escolha daquela que suporte bem as correções e raspagens (com laminas, borrachas especiais, etc). Há, também, o papel tipo Manteiga ou Papel Arroz (este tipo de papel não é o mesmo papel brilhante utilizado para embrulhar presunto em culinária, ou para fazer pacotes). Este tipo de papel é muito fino, o que o torna ideal para o uso de grafites na fase de esboços preliminares, quer seja do projeto em si, quer seja de seus detalhes construtivos. Uma de suas características mais importantes é que eles não podem ser dobrados, devendo ser guardados em mapotecas ou em rolos.
  • 10. 9 O Papel Heliográfico possui textura opaca e é usado na reprodução de projetos executados em papeis transparentes. Devido ao processo químico envolvido na execução deste papel e na forma de reproduzir, é possível obter cópias nas cores, preto, vermelho e azul. Também é possível, posteriormente à reprodução da copia, trabalhar na aplicação de técnicas como grafite, hidrocor, lápis de cor, etc, valorizando, ainda mais, a apresentação do desenho. Outra forma de reprodução de originais é através de fotocópias (tipo xerox). A vantagem desta opção é permitir a reprodução de originais executados em papel opaco. Entretanto, no caso de uso de cores nestes originais, é preciso considerar a possibilidade de alteração de tonalidades nas fotocópias comuns (não coloridas). 3.2 - TRAÇO Como já citado anteriormente, um bom desenho depende do correto uso dos materiais e instrumentos (lápis, lapiseiras, grafites, réguas T ou paralelas, compasso, esquadros, escalímetros, borrachas, etc). A preocupação com o traço é fundamental para um bom resultado gráfico. Ele depende, principalmente, do manuseio adequado do lápis. Considera-se um bom traço aquele que possui uma legibilidade clara, continuidade e uniformidade. Para isto, faz-se necessário segurar corretamente o lápis, além de estar bem apontado, bem como a escolha certa do grafite, quanto as suas dureza e espessura. Os traços diferem de acordo com o tipo de desenho, como, por exemplo, os esboços à mão livre, os quais são executados com grafites mais macios e espessos; os desenhos a instrumento, executados com grafites mais duros e menos espessos, etc. Faz-se necessário salientar que um bom traço depende também de um maior controle ao manusear o lápis, sabendo quando exercer maior ou menor pressão, ter mais firmeza e segurança no desenvolvimento de uma linha, obtida, apenas, através da experiência. As diferenças entre espessuras de linha permitem separar o que está mais perto do que está mais longe, acentuando a sensação de profundidade. !"# $%# !"# !# !"# & ' ' # #( )# * )# # + * ,!%%#% % + * ( - % ' !" ' + * ,!%%#% -
  • 11. 10 3.2.1 -TIPOS DE LINHAS 3.3 - DIMENSIONAMENTO Cotas são os números que correspondem às medidas. Portanto qualquer que seja a escala do desenho, as cotas representam a verdadeira grandeza das dimensões. Por isso devemos prestar bastante atenção colocação da cotas no desenhos porque qualquer medida errada ou mal indicada dará sempre prejuízos e aborrecimentos. DICAS IMPORTANTES: 1- Os algarismos das cotas são colocados ACIMA da linha de cotas. 2- As linhas de cotas NÃO INTERCEPTAM linhas auxiliares. 3- As linhas de cotas paralelas devem ser espaçadas igualmente. 4- Evitar repetição de cotas 5- Todas as cotas necessária devem ser indicadas 6- Não traçar linhas de cotas como continuação de linha de figura. 7- Colocar linhas de cota de PREFERÊNCIA fora da figura. 8- Indicar a cota total. EVITE ESTES ERROS!!! & . / 0 1 23 . 24 24
  • 12. 11 4.1- INTRODUÇÃO AO PROJETO ARQUITETÓNICO A palavra Projeto - cuja definição genérica significa intento, desígnio, empreendimento, etc - configura, em sua definição técnica, um conjunto de ações pré- definidas e quantificadas em suas metas. Apesar de que, neste sentido, esteja aplicado a diversos campos de atividade, em cada um, o projeto se apresenta de forma específica a fim de atender suas finalidades. A finalidade principal do Projeto Arquitetônico é a execução e posterior construção da obra idealizada pelo Arquiteto. Essa obra deverá atender às solicitações do meio no qual o Arquiteto atua e responder às necessidades do cliente. 4.2 - PROGRAMA DE NECESSIDADES Para se iniciar um Projeto Arquitetônico, são necessárias algumas informações básicas que irão orientar e direcionar a proposta de projeto a ser elaborada pelo profissional capacitado, em função de determinado cliente. É o momento de se constatar quais são suas necessidades, em função da edificação a ser construída ou reformada, ao tipo do terreno (condicionantes topográficas, localização no lote, entorno, etc), o tipo de meio urbano no qual o terreno está inserido, às condicionantes climáticas da região, às exigências legais e técnicas, aos materiais construtivos e às condições financeiras do cliente. A partir dessas informações, o Arquiteto elabora um Programa de Necessidades, o qual define metodicamente, dentro dos objetivos, prazos e recursos, o objeto do projeto, em relação à sua função, atividades que serão desenvolvidas na edificação, pré-dimensionamento e padrões de qualidade. 4.3 - ESBOÇOS OU CROQUIS Naturalmente, a partir daí, as idéias vão ''tomando forma", ou seja, o partido arquitetônico irá se definir quer seja através de esboços ou croquis. Estas serão as primeiras tentativas de expressão e de síntese de pensamento e, por isto, serão executadas com bastante liberdade gráfica. Em geral, usa-se lápis grafite bastante macios e espessos em papel transparente (papel manteiga, por exemplo), permitindo, assim, a sobreposição de esboços. Nesta fase não serão utilizados os instrumentos de desenho técnico e não existem maiores preocupações com escalas - é o pensamento criativo aliado ao traço à mão livre. 4.4 - ESTUDO PRELIMINAR Progressivamente as idéias irão se estruturando de uma melhor forma até que se consiga uma proposta que mereça ser submetida a uma apresentação mais elaborada: o Estudo Preliminar. Ele constitui a configuração inicial da construção proposta, atendendo às principais exigências contidas no Programa de Necessidades, sendo apresentado em nível suficiente de informação para que seja possível permitir ao cliente aprovar a solução proposta. Este tipo de desenho está ainda muito próximo dos
  • 13. 12 esboços iniciais quanto ao seu nível de elaboração, apesar de serem exigidos maiores cuidados na organização das pranchas e no uso da escala. A partir desta etapa, as definições do projeto irão se aprofundar à medida que o nível do desenho, chegando-se aos Anteprojeto e Projeto Executivo. 4.5 - ANTEPROJETO O Anteprojeto é a fase na qual o projetista procura observar com mais precisão as dimensões e proporções do edifício a ser construído, bem como suas possíveis soluções estruturais e viabilidades construtivas, antecipando decisões para problemas de composição formal, instalações em geral, projetos complementares, etc; tomando possível a quantificação de áreas parciais e totais e a elaboração de estimativas de custos e prazos de execução dos serviços da obra; e possibilitar ao cliente a perfeita compreensão da obra a ser executada. Afinal, o Anteprojeto constitui a configuração definitiva da edificação proposta, atendendo a todas as exigências contidas no Programa de Necessidades e incorporando todos os elementos básicos e complementares do Estudo Preliminar outrora aprovado pelo cliente. Também deve ser apresentado com nível suficiente de informação, permitindo, assim, a aprovação final do cliente, antes da elaboração do Projeto Executivo. 4.6 - PROJETO EXECUTIVO (OU DE EXECUÇÃO) O Projeto Executivo - ou de Execução - consiste no desenvolvimento e detalhamento do Anteprojeto (já aprovado pelo cliente), de tal modo que seja possível fornecer todas as informações arquitetônicas necessárias à sua construção. Geralmente, é apresentado em escala de 1:50, 1:75 ou 1:100 (se for um grande projeto, como um hospital, hotel, etc), com todos os pormenores necessários para coordenar e orientar os projetos e cálculos complementares - Projetos de Estruturas, Instalações Hidráulicas e de Incêndio, Instalações Elétricas, Ambientação, Paisagismo, dentre outros. Deve possuir, detalhadamente, técnicas e materiais construtivos escolhidos, detalhamento de esquadrias, cobertura e tudo o que se fizer necessário para um melhor entendimento dos demais profissionais a executarem o projeto. O detalhamento pode ser realizado na escala de 1:25 até 1:1, conforme a complexidade dos elementos a serem demonstrados. 4.7 - PROJETO DE PREFEITURA Há, também, o Projeto de Prefeitura, o qual compreende a fase de produção de desenho, geralmente na escala de 1:1 00, e memoriais técnicos exigidos por lei, relativos aos diversos órgãos públicos nos quais o Projeto, conforme sua natureza, deverá ser submetido para análise e posterior aprovação: Semurb, Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros, Cetesb, etc.
  • 14. 13 5.1 - BREVE CONCEITUAÇÃO SOBRE NORMAS TÉCNICAS O conhecimento exato dos formatos usuais do papel é importante para os desenhistas de Arquitetura e Engenharia. Mas existem normas que ditam as dimensões e o formato do papel utilizado em desenho arquitetônico, padronizando a sua utilização nos escritórios de projeto. A Norma Técnica para desenho é a NT - 003/73 de 27 de novembro de 1973. As Normas Gráficas objetivam uniformizar a linguagem arquitetônica, introduzindo caracteres que possibilitem transmitir as diversas informações pertinentes a cada etapa do Projeto. A padronização, porém, não exclui a flexibilidade necessária, desde que justificada, podendo ser utilizada de duas formas nos Estudos de Implantação, fornecendo ao projeto o nível de apresentação necessário ao seu perfeito entendimento e compreensão por parte do cliente; e nas demais etapas, possibilitando o esclarecimento através de recursos adicionais os detalhes que - representados de acordo com as convenções existentes - se façam necessário. 5.2 - CLASSIFICAÇÃO DAS PRANCHAS As pranchas de desenhos dos projetos são divididas em duas categorias: Apresentação contém o resultado final de uma etapa de trabalho, a serem apresentadas ao cliente e que, no caso de um Projeto Executivo, deverá servir como documento para a construção da edificação; Estudos sem caráter de documento, utilizada apenas para consulta pelos clientes, pelos responsáveis pelos projetos complementares, firmas fornecedoras, dentre outros. 5.3 - DESIGNAÇÃO A designação de cada prancha deve ser descrita no carimbo e deve possuir uma numeração referente à prancha atual e outra referente ao total de pranchas do projeto:
  • 15. 14 5.4 - DIMENSÕES E FORMATOS Para cada etapa do trabalho, a partir do Estudo Preliminar, determina-se um tamanho único de prancha a ser utilizado nos demais projetos - Paisagismo, Estruturas, Instalações Elétricas e Hidráulicas. Este tamanho é escolhido tendo em vista as dimensões e características da edificação em projeto. A padronização não se aplica apenas ao Estudo de Implantação, dado às necessidades de apresentação e paginação de cada caso específico. É importante definir que as pranchas devem apresentar fácil dobradura e corte, dentro da dimensão padrão escolhida. A Norma utilizada atualmente é a DIN, cujo autor é o Dr. Portsmann, e que foi desenvolvido a partir de um retângulo harmônico, cuja superficie é: x . y = 1m2 1189 cm2 x 841 cm2 = 10.000 cm2 = 1m2 O formato inicial é o AO -lê-se "A" zero - cuja superficie é de 1m2. O formato A1 corresponde ao AO dividido ao meio, ou seja, cuja superfície é de 0,5m2. Já o formato A2 corresponde ao formato A1 pela metade e sua superficie é de 0,25m2; e assim por diante até o formato A5. Isto é, todos os formatos são semelhantes e resultam da multiplicação ou divisão do formato básico por 2.
  • 16. 15 5.4.1 – DOBRAGEM FORMATO DIMENSÕES MARGEM (esq.:25) AO 84 I x 1189 10 AI 594 x 84 I 10 A2 420 x 594 10 A3 297 x 420 10 A4 210 x 297 10 ou 5 A5 148 x 210 5 (MEDIDA5 EM MM) / 567 87759 0
  • 17. 16 .. 7/ :96 8567 0 / 6 8:96 0 ; / 9< 86 0
  • 18. 17 6.1 - SISTEMAS DE REPRESENTAÇÃO É sabido que o objeto da Arquitetura e da Engenharia é a edificação e que ela possui uma forna tridimensional. O desenho de projetos, por sua vez, consiste em representar as 3 dimensões do volume da edificação em apenas 2 dimensões do papel. Faz-se, então, necessário utilizar um sistema de projeções ortogonais, no qual a linha de visada do observador é perpendicular ao plano de projeção e à superficie do volume nele representada, e o plano de projeção paralelo à superficie a ser representada. O Desenho Arquitetônico é a representação geométrica das diferentes proporções, vistas e seções de uma edificação ou apenas parte dela. Para isto, existem convenções que uniformizam e facilitam a leitura do desenho e sua posterior execução. A este conjunto de projeções fazem parte as Plantas de Situação, Locação e Cobertura; Plantas Baixas; Cortes; Elevações ou Fachadas; e Detalhamento. 6.2 - PLANTAS BAIXAS As Plantas Baixas informam sobre o interior da edificação através de uma vista superior. São cortes horizontais que permitem remover a parte superior (vide desenho ao lado), deixando a parte inferior, ou planta baixa, visível. O que fica acima da linha de corte ( que passa a 1,50m do nível do piso da edificação) deve ser representado por linhas tracejadas. A mobília é usada para dar a sensação de escala e auxiliar na definição das diferentes áreas de uso nas fases iniciais do projeto (anteprojeto, projeto de apresentação), não sendo usada em projetos executivos. Em geral as plantas baixas são feitas em 1:50 ou 1:100.
  • 19. 18 6.2.1- ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO (PLANTAS BAIXAS) ETAPA 1: Traços finos e a lápis. Marca-se o contorno externo do projeto; Desenha-se a espessura das paredes internas; Desenha-se as principais divisões internas; ETAPA 2: Traços finos e a lápis. Desenham-se as portas e as janelas. As portas são desenhadas abertas (nas plantas) e fechadas (em cortes e fachadas); Desenham-se os equipamentos: balcão, bidê, bacia, chuveiros, etc; Apagam-se os excessos das linhas traçadas; Desenham-se as projeções de cobertura.
  • 20. 19 ETAPA 3: Traços definitivos. Desenham-se as linhas tracejadas (projeção do beiral, projeção das janelas altas, etc); Diferenciação dos traços através da espessura (grosso, médio e fino), como por exemplo, paredes, portas, piso, etc; Planejamento do processo de colocação das cotas (cotagem); As cotas são linhas finas; Deve-se evitar um grande número de cruzamentos entre as linhas de cota para que o desenho não fique muito carregado (ruim de ler); Deve-se, também, prever a possibilidade de colocar cotar internas (parciais) e externas (totais); Colocar as cotas internas sem que haja um conflito com as demais indicações - nomes dos ambientes, níveis dos pisos, áreas, especificações, etc; Explorar a possibilidade de cotar as esquadrias através da forma (LARGURA X ALTURA)/PEITORIL; Utilizar a cotagem sem linhas de cota quando apenas necessário (é comum em projetos de prefeitura); Colocar os níveis de piso; Escrever os nomes dos ambientes e suas respectivas áreas; Indicar a posição da entrada da edificação, dos cortes e do norte.
  • 21. 20 6.3 - CORTES Os Cortes são obtidos através de planos verticais que interceptam a edificação, permitindo a caracterização de paredes, portas, janelas, lajes, escadas, etc. São indicados nas plantas baixas por traços grossos interrompidos por pontos (ou pequenos traços) e terminados por setas e letras maiúsculas, que indicam a posição do observador em relação ao plano de corte. É comum encontrar a representação de um corte com desvio, ou seja, desvia-se a direção do plano de corte para mostrar um maior numero de informações e detalhes do edifício, eliminando, assim, a necessidade de mais cortes. Na visão do edifício seccionado por um plano vertical pode-se obter um desenho que apresente as diferentes alturas das portas, de peitoris de janelas, espessuras das lajes de piso e dos forros, etc, cujo objetivo é facilitar a compreensão e, conseqüentemente, sua posterior execução. Em geral é necessário pelo menos dois cortes para melhor esclarecer o projeto, sendo um longitudinal e outro transversal. Geralmente, prefere-se passar os cortes em ambientes que proporcionem o máximo de informações sobre a edificação. --
  • 22. 21 6.3.1- ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO (CORTES) 1. Coloca-se o papel manteiga sobre a planta baixa já confeccionada; 2. Desenha-se a linha do terreno; 3. Marca-se o nível e traça-o; 4. Desenham-se as paredes externas bem como suas respectivas alturas; 5. Desenha-se a laje e o forro, quando houver; 6. Desenha-se a cobertura ou o telhado; 7. Desenham-se as paredes internas que foram cortadas pelo plano de corte (linhas grossas); 8. Marcam-se as portas e janelas seccionadas (linhas finas); 9. Desenham-se os elementos que são vistos após o plano de corte, como os recortes de parede, as portas e janelas, objetos (bancadas, vasos, etc); 10. Colocam-se as linhas de cotas bem como suas respectivas alturas; 11. Colocam-se os níveis de piso; 12. Diferenciam-se as espessuras dos traços: finos, médios ou grossos.
  • 23. 22 6.4-DESENHO À TINTA Em qualquer desenho à tinta, deve-se, primeiramente, fazer todos os traços a lápis, sem exceção. Ao utilizar a tinta, primeiro devem ser feitas as linhas curvas, depois as obliquas e, em seguida, as verticais (da esquerda para a direita e de baixo para cima) e as horizontais (de cima para baixo e da esquerda para a direita). Ao seguir este procedimento, o desenho apresentará concordância das linhas e evitará borra-lo com os instrumentos. Nos desenhos feitos à tinta nanquim sobre papel vegetal, deve-se, primeiramente, limpar a prancha com algodão embebido em benzina, retirando, assim, o excesso de grafite. Por melhor que seja o lápis nanquim, sempre há o risco de estragar o desenho quando se usa a borracha, perdendo, no mínimo, o brilho do traço.
  • 24. 23 6.5 - FACHADAS (OU ELEVAÇÕES) As Fachadas mostram o aspecto exterior de uma edificação, com altura, volume, composição, material de acabamento, dimensão e localização das portas e janelas e, em geral, são desenhadas nas escalas de 1:50 e 1:100. Numa fachada, a edificação é representada em relação ao seu plano de terra, ou seja, ao nível do terreno, quer seja abaixou ou acima dele. A linha de terra, que indica o nível do terreno é uma linha de referencia importante a ser traçada em cada elevação da edificação. Nas fachadas, a sensação de profundidade pode ser obtida através de variações na espessura dos traços, como também do uso de tonalidades e sombras. As linhas grossas são utilizadas nos planos mais próximos e as linhas finas nos mais recuados. As fachadas podem ser classificadas de acordo com os Pontos Cardeais. A Elevação Norte de uma fachada, por exemplo, está voltada para o norte da região, isto é, olhando para esta elevação, teria o norte em suas costas. É muito comum adotar a forma vinda da Projeção Ortogonal: Fachadas Frontal, Laterais Esquerda e Direita, e Posterior. Também pode-se representar pessoas, vegetação e automóveis, enfatizando o sentido de escala. "As vistas em planta, em elevação..e em seção constituem os desenhos fundamentais (primários) em arquitetura e, para bem traduzir o projeto, eles têm que ser vistos, lidos e entendidos como uma série de vistas correlacionadas" (SENAJ, Plantas e seções (módulo 4). Rio de Janeiro. Senai - Depto. Nacional. 1979).
  • 25. 24 6.5.1 - ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO (FACHADAS) 1. É a última etapa do desenho, devendo ser confeccionada após a planta baixa e os cortes; 2. Desenham-se as linhas do terreno e marcam-se as medidas horizontais; 3. Todas as medidas relativas às alturas serão transportadas dos cortes para as fachadas; 4. As fachadas não podem ser cotadas; 5. Deve-se repassar todas as linhas - quer seja a lápis ou a tinta - em traços finos transformando-os, onde for o caso, em médios ou grossos, atendendo à convenção, ou seja, reduzindo sua espessura à medida que eles estão mais distantes do plano mais próximo do observador;
  • 26. 25 6.6 - PLANTA DE LOCAÇÃO E COBERTURA A Planta de Locação mostra a disposição da construção no lote, não se limitando apenas ao desenho da construção. Deve-se indicar todos os elementos existentes no terreno: muros, portões, vegetação (existente ou a plantar), calçada, etc, e, quando for o caso, as construções adjacentes. Nesta planta, o observador tem, em primeiro plano, a cobertura. Para sua definição, devem ser utilizados os traços mais grossos do desenho. O contorno das paredes, quando encoberto pela projeção do telhado, deve ser feito através de linhas tracejadas. A escala mais usual é a de 1:100 e 1:200. Em situações especiais, podem ser usadas as escalas 1:50 - para uma maior ampliação - e 1:500 - para uma maior redução.
  • 27. 26 6.7 - PLANTA DE SITUAÇÃO A Planta de Situação serve para mostrar a forma e as dimensões do terreno, os lotes e as quadras vizinhas, a orientação (norte), o relevo do terreno, as ruas adjacentes, pontos de referência que interessem ao serviço, etc. Em geral, são usadas as escalas de 1:500, 1:1000 ou 1:2000. As curvas de nível são colocadas nas plantas de situação para indicar a inclinação natural do terreno. Cada curva de nível é representada a partir de planos de corte feitos a intervalos regulares em altura e indicada por valores em metros a partir do nível do mar. Quanto mais próximas estiverem uma das outras, em planta, mais íngreme será a inclinação do terreno.
  • 28. 27 7.1- ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS Ao projetar uma edificação, o arquiteto deve ter em mente quais materiais utilizar em cada ambiente, cujas escolhas variam desde o fator econômico quanto estético, sempre tentando responder as ansiedades de cada cliente. Ele deve, ao finalizar o projeto, especificar cada material (geralmente as especificações aparecem nas plantas baixas) no próprio projeto, em um espaço reservado acima do carimbo. Este espaço é denominado Quadro de Especificações. Geralmente, cada escritório ou projetista desenvolve suas especificações, além de detalhar melhor cada componente do projeto. O desenho deve ter uma especificação abreviada, a ser complementada por um Caderno de Encargos (ou Memorial Descritivo). As especificações dizem respeito aos pisos, revestimentos, pinturas, além de outros acabamentos. Existem diversas formas de se especificar no projeto. As mais usuais são: Letras e Números Estabelece-se um código de letras e números, que deverão ser indicados na planta baixa, descritos em cada ambiente. Por exemplo, ao especificar um quarto com piso e rodapé em lambri de madeira, pintura com tinta lavável e forro de gesso, o projetista deverá indicar (de acordo com o quadro abaixo): A4, B4, E5 e F3. = 7= >= ? = = ; = & = 6= ? = := @A@ = & = 23 = & <= 1 ? 3 = 5= A
  • 29. 28 Símbolos e Números A identificação do material é feita por meio de símbolos gráficos e números. Ou seja: ( 6 8 6 ( 7 87 / 0 & Quadro de Especificações Utiliza-se um quadro - resumo das especificações contidas em um caderno de encargos - e apresentado no projeto executivo. QUADRO DE ESPECIFIÇÕES PAREDE 01- Pintura 02- Pintura sobre massa corrida 03- Revestimento cerâmico ou azulejo, cor branca, 20x20 cm, até 1,60m. Acima disso, pintura Coral, tinta lavável 04- Revestimento ou cerâmica até 4,00m, assentado em 45 graus. TETO 01- Pintura sobre laje 02- Pintura sobre gesso PISO 01- Piso cerâmico restaurado (existente) 02- Contra-piso 03- Cerâmica branca, 20x20 cm (a definir) 04- Cerâmica branca, 20x20 cm (a definir) 05- Cerâmica anti-derrapante, 30x30 cm (a definir) 7 3 2
  • 30. 29 7.2 - CONVENÇÕES E SÍMBOLOS GRÁFICOS Em qualquer desenho arquitetônico, os símbolos e as convenções gráficas são fundamentais. A necessidade de utilização das escalas de redução, por causa das grandes dimensões dos objetos envolvidos (residências, hotéis, hospitais, praças, parques industriais, etc) exige, conseqüentemente, o uso intensivo dos símbolos e convenções, levando à elaboração de desenhos densos em significado e informação. Por esta razão, estes elementos são, em geral, simples e esquemáticos, assegurando clareza e objetividade, proporcionando, assim, uma comunicação rápida e direta. É importante que o desenhista conheça estas convenções para poder aplicá-las corretamente, evitando, assim, a criação de novos padrões, tendo em vista que estes símbolos gráficos são fundamentados em normas nacionais e internacionais e que as alterações podem dificultar o entendimento da linguagem gráfica por seus diversos interlocutores (pedreiros, técnicos, arquitetos, engenheiros, clientes, etc). Existem, no mercado, uma grande variedade de gabaritos, com diversos tipos de símbolos gráficos – peças sanitárias, coberturas, etc - e em diferentes escalas (1:20; 1:25, 1:50, 1:100...), garantindo maior facilidade e uniformidade ao trabalho do desenhista.
  • 31. 30 8.1- ILUMINAÇÃO ZENITAL As janelas zenitais possibilitam iluminação superior diurna para espaços interiores. Esta iluminação pode substituir ou aumentar a iluminação diurna oferecida pelas janelas normais, devendo-se, porém, prestar atenção ao controle de luminosidade, brilho e reflexo, o que pode exigir o uso de venezianas, cortinas ou painéis refletores. Janelas zenitais horizontais e com a face voltada para a Linha do Equador também aumentam o ganho do calor devido ao sol no inverno; no verão, porém, dispositivos de sombreamento se fazem necessários para prevenir o excesso de calor. Seu envidraçamento pode ser de plástico acrílico ou policarbonato - ou de vidro. Os códigos de obra geralmente exigem o uso de vidro aramado, laminado ou temperado, além de limitar os espaçamento dos seus apoios. A inclinação mínima para janelas zenitais de plástico plano ou corrugado é de 4:12; já os domos de plástico devem se elevar no mínimo 10% do vão ou 5" (1" = 25,4cm). 8.2 - JANELAS Existem muitos tipos e tamanhos de janelas e a sua escolha afeta não só a aparência física de uma edificação, mas também sua iluminação natural, ventilação, vistas potenciais e qualidade espacial do interior. As janelas também devem assegurar vedação contra as intempéries quando fechadas, ter capacidade de isolamento e evitar a formação de condensação nas superfícies internas. É sabido que, por possuírem componentes de fabricação industrial possuem tamanhos padronizados e correspondentes requisitos de tamanhos para suas aberturas. Por isso, seus tamanhos e sua localização devem ser cuidadosamente planejados de tal modo que as aberturas com vergas de tamanhos apropriados possam ser feitas nos sistemas de paredes da edificação. Uma das funções mais importantes das janelas é a de promover a ventilação natural dos ambientes, como recurso para o controle de temperatura e da qualidade do ar interior. O posicionamento, tipo e as dimensões relativas da janela e suas aberturas que permitem a entrada e saída do ar num ambiente influem não só na taxa, mas também na homogeneidade da renovação do ar interior. Na ausência de ventos, a renovação do ar pode ser conseguida através do efeito chaminé, decorrente da diferença de densidades entre o ar interior mais quente e o exterior, mais frio. Quanto maior for a diferença de cotas, mais favorecido será esse efeito. A renovação do ar é maior quando a colocação de janelas é feita na fachada que possui maior incidência de ventos (zona de alta pressão) e, conseqüentemente, a abertura de saída deve estar localizada na fachada posterior ou adjacente (zona de menor pressão). Isto é, as janelas devem estar posicionadas de forma a permitir que os fluxos de ar percorram todas as áreas do ambiente e não criem zonas de baixa ventilação.
  • 32. 31 A janela ideal é aquela que permite controle de vazão do ar e da direção do seu fluxo conforma a situação e as necessidades presentes, nas quais os principais parâmetros que caracterizam o desempenho de uma janela são: o tipo da janela; seu posicionamento e as dimensões relativas de entrada e saída do ar (ventilação cruzada); área útil da janela para passagem de ar; possibilidade de controle de área de passagem do ar; possibilidade de direcionamento do fluxo de ar; e possibilidade de separação dos fluxos de ar quente e ar frio. De acordo com sua tipologia, as janelas podem ser: De Correr: formada por uma ou mais folhas que podem ser movimentadas por deslizamento horizontal, no plano da janela; Guilhotina: possui uma ou mais folhas que podem ser deslocadas verticalmente, no plano da janela; Folha fixa: não possui movimento; adequada apenas para iluminação; De Abrir de Eixo Vertical: possui uma ou mais folhas que podem ser rotacionadas em seus eixos verticais fixos, coincidentes com as laterais da folha. Podem ser abertas para dentro ou para fora da edificação; Projetante e de Tombar: possui uma ou mais folhas que podem ser movimentadas rotacionando-as em tomo de um eixo horizontal fixo situado na extremidade superior ou inferior da folha. Podem ser: a) Projetante: quando o eixo de rotação está localizado na extremidade superior. O movimento de abertura da folha pode ser de dentro para fora ou de fora para dentro; b) De Tombar: quando o eixo de rotação está localizado na extremidade inferior. O movimento de abertura da folha pode ser de dentro para fora ou de fora para dentro. Pivotante: possui uma ou mais folhas que podem ser movimentadas rotacionando-as em tomo de um eixo vertical e não coincidente com as laterais das folhas; Basculante: possui eixo de rotação horizontal - centrado ou excêntrico - e não coincidente com as extremidades superior o inferior da janela; Proietante-deslizante ou Maximar: possui uma ou mais folhas em tomo de um eixo horizontal, com translação simultânea desse eixo; Reversível: do tipo basculante ou pivotante, coma rotação das folhas em tomo de seus eixos, situando-se num intervalo entre 160° e 180° ; Sanfona: possui duas ou mais folhas articuladas entre si que - ao serem abertas - dobram-se umas sobre as outras, quer seja por deslizamento horizontal ou vertical de seus eixos de rotação. Esses eixos podem coincidir com as bordas das folhas ou se situar em posições intermediárias.
  • 33. 32 8.3 - PORTAS As portas são uma forma de possibilitar o acesso ao interior e passagem entre os espaços internos de uma edificação. As portas externas devem assegurar vedação contra as intempéries quando fechadas e manter aproximadamente o mesmo isolamento das paredes externas da edificação. Ao mesmo tempo, porém, as entradas devem ser largas o suficiente para que as pessoas possam se mover através delas facilmente e permitir a movimentação do mobiliário e equipamentos. A facilidade de operação, requisitos de privacidade e segurança e quaisquer necessidades de iluminação, ventilação e vistas também devem ser considerados no desempenho de uma porta. As portas internas possibilitam passagem, privacidade visual e controle acústico entre os espaços internos. Portas em closets e depósitos destinam-se - primariamente - ao isolamento visual, apesar de que a ventilação também seja um bom requisito. As portas podem ser lisas, com almofadas, à francesa, de vidro, com janelas, com veneziana integral com bandeiras, com veneziana inferior, com telas ou holandesas. Quanto ao seu movimento, as portas podem ser: Pivotantes: geralmente articuladas no batente lateral, é a forma mais conveniente para entrada e passagem, exigindo, porém, espaço em volta da abertura da porta para o movimento da folha. Possui isolamento termo-acústico e resistência ao clima; De correr: deslizam sobre um trilho no topo e ao longo de guias ou sobre um trilho no piso. Oferece somente acesso a 50% da abertura, apesar de possuir um mínimo de espaço necessário, sacrificando o isolamento acústico; De correr sobrepostas: semelhante ao anterior, possibilita 100% de passagem na abertura; De correr embutida: permite 100% de passagem na abertura ao deslizar para dentro de um recesso contido na parede, a qual fornece uma aparência de abertura simplesmente revestida quando completamente aberta. Geralmente é utilizada quando uma porta pivotante iria interferir no uso do espaço; Articulada (ou sanfonada): é utilizada, primariamente, como proteção visual para closets e depósitos, além de possibilitar 100% de passagem na abertura. Utiliza um trilho superior e painéis de porta articulados. Os elementos básicos de uma porta são: Batentes (superior e laterais) os detalhes do batente determinam a aparência da porta, caso o caixilho seja aplicado a uma abertura com acabamento ou envolva uma abertura bruta; Folha da porta o tipo, o tamanho e a localização de uma porta estão relacionados com os requisitos físicos para o acesso, o efeito sobre o padrão de movimento dentro e entre os espaços, a freqüência prevista de uso, os requisitos
  • 34. 33 de vedação às intempéries, isolamento termo-acústico e durabilidade, iluminação, vistas e ventilação, aparência visual desejada; Ferragens incluem os equipamentos necessários para a operação de uma porta, tais como dobradiças, fechaduras e trincos. Há, também, as portas giratórias, que possibilitam a proteção contínua contra as intempéries, eliminam correntes de ar e possibilitam o mínimo de perdas de calor e frio, além de um moderado fluxo de tráfego. Principais características as portas giratórias são: Podem suportar, aproximadamente, 2.000 pessoas por hora; São normalmente encontradas em edifícios comerciais e instituições; A fonte de aquecimento ou refrigeração pode ser integrada ou adjacente ao fechamento; As portas são de vidro temperado com esquadria em alumínio, aço inoxidável ou bronze; O fechamento pode ser de metal ou vidro (temperado, laminado ou aramado); Possui um controle opcional de velocidade que alinha as portas nos pontos dos quadrantes quando não estão em uso e vira as folhas ¾ de uma revolução à velocidade de caminhada quando ativadas por uma leve pressão; As folhas da porta podem ser retiradas em situações de emergência; 8.4 - NBR 9050 De acordo com a NBR 9050/1994, Norma Brasileira que rege a Acessibilidade de Pessoas Portadoras de Deficiências a Edificações, Espaço Mobiliário e Equipamentos Urbanos, “cerca de 80% da população mundial foge ao pré-concebido modelo de ‘homem-padrão’. São pessoas com capacidade fisica reduzida, idosas, obesas, excessivamente altas ou baixas”. Homem-padrão, este, projetado para ser um mito por nós e que durante séculos fomos induzidos a alcançar. Este mito, porém, tem induzido à uma configuração inadequada do ambiente construído, apresentando uma enorme desvantagem a milhares de indivíduos, perante uma determinada conseqüência de seu meio que o impede de desempenhar uma vida normal. A partir disto e do direito universal do ir e vir, além de considerar a questão da cidadania a qual todo homem possui, foi-se discutida uma norma capaz de, a partir de então, fornecer a estes indivíduos, através da priorização dos espaços construídos, buscando-se as melhores condições de uso, função, segurança, bem-estar e acesso. A NBR 9050 discute os critérios e padrões que visam propiciar às pessoas com deficiência de locomoção condições adequadas e seguras de acessibilidade autônoma a edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos. Através dela, o projetista deve adequar a edificação a qualquer usuário. Ela discute acessos como rampas, escadas, circulação interna (corredores), banheiros, locais de reunião (cinemas, teatros, etc ), piscinas, estacionamentos, mobiliário urbano (telefones, bebedouros, etc), sinalização, materiais adequados, etc.
  • 35. 34 8.5 – ESCADAS As escadas fornecem meios de locomoção vertical entre os andares de um prédio e são, portanto, ligações importantes no esquema de circulação geral de uma edificação. Mesmo pontuando um volume de espaço entre dois andares ou subindo através de um eixo estreito, uma escada consome um espaço significativo. Os patamares de uma escada devem ser integrados logicamente com o sistema estrutural de uma edificação evitando, assim, condições complicadas aos elementos estruturais. As considerações mais importantes no projeto e em sua execução são a segurança e a facilidade de deslocamento. A altura e o comprimento dos degraus devem ser proporcionais para acomodar o movimento do nosso corpo. Sua inclinação, se acentuada, pode tomar a subida cansativa e intimidante, e pode tornar a descida precária. Se a inclinação de uma escada é suave, seus degraus devem ter a profundidade necessária para acomodar a passada humana. Por segurança, a altura de todos os degraus em um lance de escada deve ser a mesma e o comprimento deles deve ser igual. A altura do degrau deve ser comparada com a altura máxima permitida pelo Código de Obras. Se necessário, o número de degraus pode ser aumentado de um e sua altura real recalculada. Sua largura depende do caráter utilitário da escada: 0,80 m a 1,00 m residências unifamiliares; 1,20 m edificios comerciais e residenciais de pequeno porte, sem elevador; 0,60 m escadas secundárias ou eventuais; 1,50 m escadas públicas. O cálculo de uma escada dá-se através da Fórmula de Blondell: 2h + p = 64cm número de pisos = (n-1) Ou seja, a soma de duas vezes a altura do espelho (h) ao comprimento do piso (P) é igual a 64cm. O número de pisos é dado pelo número de espelhos (n) menos 1; adotando-se um espelho de altura 17cm (altura ideal), o piso deverá ter 30cm de largura. O vão total da escada é dado pelo número de pisos multiplicado por seu comprimento (p): n = (pé esquerdo) / h C = (n-1) . p
  • 36. 35 8.5.1- ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO DE UMA ESCADA 1. Define-se o espaço onde se desenvolve a escada, prevendo a área a ser ocupada; 2. Traçam-se duas horizontais com afastamento igual ao pé esquerdo: altura a ser vencida pela escada; 3. Divide-se esse afastamento em "n" partes iguais = numero de espelhos; 4. Pelos pontos de divisão, traçam-se paralelas horizontais e, em seguida, marcam- se as divisões "p" (comprimento do piso) e por elas traçam-se paralelas verticais. Se n 10, a escada deverá se desenvolver em dois lances, com um patamar intermediário entre eles; 5. Numeram-se as horizontais e as verticais. O encontro destas linhas dá a parte superior - em vista ou em corte - da escada (horizontais = pisos; verticais = espelhos); 6. No prolongamento do espelho, marca-se a altura do corrimão ( 90cm) que será traçado paralelo à extremidade dos degraus; 7. Marca-se a espessura da laje (6 a 10cm), deixando-se uma altura livre de 2,10m para passagem entre a escada e a laje do pavimento superior; 8. Traça-se o desenho inferior a escada (planta baixa). O plano de corte da planta deveria separar os degraus que estão acima (não visíveis) e abaixo (visíveis), mas a convenção simplifica a representação, tracejando-se os degraus acima da linha do corte (ou depois da metade da escada). No pavimento superior os degraus são todos visíveis.
  • 37. 36 8.5.2 - ESCADAS CIRCULARES As caixas de escadas circulares têm dimensões muito reduzidas, devido ao desenvolvimento em hélice dos degraus. São muito cansativas e incômodas, e, por isso, admitidas apenas como auxiliares em oficinas e mezaninos. Podem ser classificadas em: de bomba: quando seu lance se apóia em dois banzos (paredes), interna e externamente, tendo a alma (centro) oca (também chamada de olho); de mastro: quando seu lance se apóia em um pilar central (mastro), podendo ou não apoiar-se, também, em um banzo externo.
  • 38. 37 CÁLCULO DE UMA ESCADA CIRCULAR: Para o seu cálculo, deve-se imaginar uma linha imaginária - linha de piso - afastada de 50 a 60cm do corrimão central. Mede-se, então, o piso AB, variante entre 18 a 32cm: h PE N = Onde o número de pisos (N) é dado pela divisão entre o pé esquerdo (PE) e a altura do espelho (h). O comprimento da escada é igual ao comprimento da circunferência, e também é igual a (n-l ).p, arbitrando-se um valor para p ( varia de 18 a 32cm). Determinando-se o raio (R) da escada, tem-se que: R C π 2 = e ( ) p n C ⋅ − = 1 Isto é, ( ) p n R C ⋅ − = = 1 2π 8.5.3 - ETAPAS DE MONTAGEM DO DESENHO DE UMA ESCADA CIRCULAR Após definido os cálculos, deve-se seguir os seguintes passos: 1. Inicia-se desenhando a linha de piso - uma circunferência - com raio R; 2. O corrimão externo deve estar, no mínimo, a 50cm da linha de piso. Traça-se, então, a pequena circunferência que será a coluna central da escada; 3. A partir daí (da coluna central) marca-se a largura desejada e traça-se a circunferência externa; 4. Utilizando duas linhas horizontais, marca-se a altura que será dividida em n partes iguais e correspondentes ao número de espelhos; 5. Traçam-se as linhas verticais correspondentes à coluna central e ao cilindro externo (linhas tangentes às circunferências); 6. Nas intersecções entre as linhas verticais e horizontais com a mesma numeração serão os respectivos degraus. Deve-se, então, traçar os contornos das suas faces externas e, depois, das faces internas, definindo-se, a seguir, as partes visíveis; 7. A partir daí defini-se a espessura da laje e o corrimão. Adicionam-se os balaústres do corrimão e introduz, na planta, as devidas convenções.
  • 39. 38 8.6- RAMPAS As Rampas são equipamentos utilizados para proporcionar transições suaves entre os níveis de piso de uma edificação. Para ter inclinações confortáveis, exigem comprimentos relativamente longos. Geralmente são utilizadas para fornecer acesso: aos deficientes físicos; a equipamentos com rodas; movimento suave, contínuo através ou em volta de um espaço alto. Rampas curtas e retas funcionam como vigas e podem ser construídas como sistemas de pisos de madeira, aço ou concreto. Já as rampas longas ou curvas são geralmente de aço ou concreto armado. Elas precisam ter superfícies antiderrapantes, especialmente quando expostas ao ar livre. Devem possuir inclinação máxima de 1:12 (isto é, 1 metro a cada 12 metros de comprimento ou 8,33% de inclinação) quando for para acesso a deficientes fisicos e
  • 40. 39 como saída de emergência; e 1:8 nos outros casos. Admite-se, porem, uma tolerância de 1:10, ou seja, 1 metro de altura para cada 10 de comprimento, com patamar plano para descanso a cada 10m. As rampas devem possuir largura mínima de 1,20m com corrimão dos dois lados. A parte externa da rampa deve ter acabamento de piso ligeiramente elevado, impedindo, assim, uma possível queda de cadeira pela lateral. O corrimão deve ter 0,45m de prolongamento nas extremidades, sem que isso interfira na circulação das pessoas. DIMENSIONAMENTO DE RAMPAS Inclinação Admissível de Desníveis Máximos Números Máximos Comprimentos Máximos Cada Segmento de Rampa (i %) 5,00 (1:20) 1,500 m - 30,00 1,000 14 16,00 6,25 (1:16) 1,200 12 19,20 8,33 (1:12) 0,900 10 10,80 0,274 8 2,74 10,00 (1:10) 0,500 6 5,00 0,750 4 7,50 12,50 (1 :8) 0,183 1 1,46
  • 41. 40 Cobertura é parte superior da construção e serve de proteção contra o sol, a chuva, etc. Ela pode ser de superfície planas ou curvas. De superfície plana: Laje (horizontal e inclinada) Telhado – telhas de barro, alumínio, plástico, cimento-amianto, zinco. De superfície curvas: Abóbadas, cúpulas, cascas. Função da Cobertura: Proteção dos espaços interiores; Recepção e encaminhamento da água da chuva; Conforto térmico e acústico no interior da edificação; 9.1 - SISTEMAS DE COBERTURA Um sistema de cobertura funciona como elemento primário de abrigo para os espaços internos de uma edificação. Suas formas e construção devem controlar o fluxo d'água oriundo das chuvas, bem como a passagem da água, do ar, do calor e do frio. Deve ser estruturado para vencer vãos e suportar as cargas permanentes (estrutura da cobertura, painéis, isolamento, material da cobertura, além de qualquer equipamento no topo ou suspenso pela cobertura); as cargas acidentais (chuva acumulada, neve e gelo – climas frios - e tráfego, se for o caso); e as cargas de vento (pressão ou sucção devidas ao vento). Dependendo do sistema de construção exigida pelo código de obras local, a estrutura e o material devem ser resistentes ao fogo. Além disso, pode se fazer necessário que a altura do sistema seja suficiente para acomodar equipamentos mecânicos e elétricos. Por causa de suas várias funções, o sistema de cobertura é potencialmente o mais caro de uma edificação. Por isso, na escolha de uma cobertura, devem ser levados em consideração a economia de execução, sua manutenção, durabilidade e capacidade de isolamento termo-acústico. A forma de uma cobertura - plano ou inclinado - possui um grande impacto visual na imagem de uma edificação. A forma como a cobertura é estruturada afeta a escolha do material, o sistema interno de tetos e o layout dos espaços internos de uma edificação. Grandes vãos de cobertura possibilitam um espaço interno mais flexível, enquanto os vãos mais curtos podem sugerir espaços mais rigidamente definidos.
  • 42. 41 9.2 - TIPOS DE COBERTURA DE SUPERFÍCIE CURVAS CASCAS Cascas é um tipo de cobertura cuja estrutura resiste muito bem à compressão. CÚPULAS Estruturas abobadadas de planta circular e que normalmente apresentam a forma de uma porção esférica, construída de modo a exercer esforços em todas as direções. Catedral Ortodoxa de São Paulo ABÓBADA A cobertura de abóbada é formada por uma estrutura arqueada. Ou seja vários arco juntos forma a abórbada.
  • 43. 42 DE SUPERFÍCIE PLANA Os telhados podem ser de variados tipos, sendo, principalmente, telhas de barro tipo colonial (ou canaI), francesas, romanas; telhas de alumínio onduladas, corrugadas; telhas de plástico onduladas, corrugadas, opacas, translúcidas; telhas de cimento-amianto onduladas, corrugadas, meio-tubos, bandejas, canaletes, etc; telhas de zinco. ( "#' ( , B ! +( C' DE (!#( #!E ' # #!#
  • 44. 43 9.3 - TIPOS DE TELHADOS Telhados com uma água: Telhados com duas águas: Telhados com três águas: Telhados com quatro águas:
  • 45. 44 9.3.1 - PARTES QUE COMPÕEM UM TELHADO: As águas-furtadas são as bissetrizes do ângulo formado entre as paredes e saem dos cantos internos. Os espigões são as bissetrizes do Ângulo formado entre as paredes e saem dos cantos externos. As cumeeiras são sempre horizontais e geralmente ficam no centro. Tesoura : Treliça de formato triangular cuja principal função é vencer os vãos sem auxílio das paredes.
  • 46. 45 9.3.2- ESTRUTURA DO TELHADO 9.4 – INCLINAÇÃO DOS TELHADOS Cálculo da inclinação do telhado: Ponto: de uma telhado é a inclinação definida pela relação h/v. Poncentagem: é dada pela relação entre os catetos do triangulo retângulo. F !D !G- H 100 (%) 2 Inclinação V h × =
  • 47. 46 9.5- CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS É preciso um conjunto de elementos que coletam e conduzem as águas pluviais, entre estes materiais estão as calhas, condutores, águas furtadas ou rincão, rufos, bandeja, curvas e funis, que fazem parte da captação de águas pluviais do telhado. As calhas são canais de chapas colocadas na extremidade inferior do plano de águas que protege contra respingos. Já os condutores são tubos verticais colados às paredes responsáveis por levar a água do telhado ao chão. O rufo é a peça que guarnece os pontos de encontro entre os telhados e paredes e, por isso, evita a infiltração de águas pluviais na construção. O rincão são calhas inclinadas acompanhando a inclinação do telhado e servem para captar o escoamento das águas proveniente do encontro de dois planos de água. E, por fim, as curvas e funis, que são conexões utilizadas para captar e escoar a água até os condutores laterais.
  • 48. 47 MOTENEGRO, Gildo. Desenho Arquitetônico. (São Paulo, Editora Edgar Blucher) OBERG, L. Desenho Arquitetônico. (Rio de Janeiro, Editora Ao Livro Técnico) MOTENEGRO, Gildo. Ventilação e cobertura. (São Paulo, Editora Edgard Blucher)
  • 50. 49
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  • 57. 56 MODELO DE LEGENDA ALUNO: UFRN CT DEC DISCIPLINA: PROFESSOR: TURMA: PERÍODO: ASSUNTO: ENDEREÇO: ÁREA CONSTRUÍDA: ÁREA DO TERRENO: ÁREA COBERTA: ESCALA: DATA: PRANCHA: