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MALÁRIA 
2014-2
MALÁRIA 
Conceito: doença infecciosa aguda ou 
crônica causada por protozoários parasitos 
do gênero Plasmodium, transmitidos pela 
picada do mosquito Anopheles.
Malária 
O termo malária é de origem italiana, 
os médicos afirmavam que a malária era 
adquirida ao se respirar o ar pestilento dos 
pântanos (mal ária ou mau ar).
MALÁRIA 
A malária é uma doença sistêmica, onde 
vários órgãos podem ser atingidos 
isolados ou conjuntamente, ocorrendo 
desde casos benignos e crônicos até 
formas agudas ou fatais.
Outra denominações: 
• Carneirada 
• Paludismo (nome antigo) 
• Batedeira 
• Febre palustre 
• Febre intermitente 
• Febre terçã benigna ou febre terçã maligna ou febre quartã 
• Impaludismo 
• Maleita 
• Maligna 
• Malina 
• Perniciosa 
• Sezão ou sezões 
• Sezonismo 
• Tremedeira
Taxonomia: 
Reino:Protista 
Filo:Apicomplexa 
Classe:Aconoidasida 
Ordem:Haemosporida / eucoccidida (?) 
Família: Plasmodiidae 
Gênero:Plasmodium 
Espécies: P.falciparum 
P. vivax 
P. malariae 
* P. ovale 
* P. knowlesi
Importância 
• Afeta mais de 207 milhões de pessoas todos os anos 
• A malária mata 627 mil pessoas por ano. 
(560 mil crianças) 
• É a principal parasitose tropical 
• No Brasil: 300 mil casos/ano 
• 69 óbitos
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS 
• Magnitude e Distribuição Geográfica: A malária está 
presente nas regiões tropicais e subtropicais 
• África Sub-Sahariana: 90% dos casos no mundo. 
• A malária é endêmica 53 países na África (incluindo 8 
países ao sul), em 21 países nas Américas, 4 países na 
Europa e 14 na região leste do Mediterrâneo, e no 
sudeste Asiático.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS 
• Estes óbitos ocorrem na África, em áreas 
remotas com difícil acesso aos serviços 
de saúde. 
• Dos 25 a 30 milhões de pessoas que 
viajam para áreas endêmicas, entre 10 a 
30 mil contraem malária. 
• (40% da população mundial) convivem 
com os risco de contágio.
Malária no mundo
Malária no Brasil 
 P. vivax é a espécie prevalente no Brasil 
(aproximadamente 80% dos casos) 
A grande maioria dos casos ocorre na 
região Amazônica (99%) 
 Estados com maior número de casos de 
malária: Pará e Amazonas.
Malária no Brasil
Transmissão 
 Natural 
 Induzida
Transmissão 
Transmissão Natural 
• A malária é transmitida pela picada das fêmeas 
de mosquito do gênero Anopheles (na sua 
glândula salivar)na forma esporozoítas 
(infectante) 
• A transmissão geralmente ocorre em regiões 
rurais e semi-rurais mas pode ocorrer em áreas 
urbanas, principalmente em suas periferias 
• Em cidades situadas em locais cuja altitude seja 
superior a 1500 metros, no entanto, o risco de 
aquisição de malária é pequeno 
• Os mosquitos têm maior atividade durante o 
período da noite, do crepúsculo ao amanhecer
• O mosquito contaminam-se ao picar os 
portadores da doença, tornando-se o principal 
vetor de transmissão desta para outras pessoas 
• O mosquito da malária só sobrevive em áreas 
que apresentem médias das temperaturas 
mínimas superiores a 15ºC, e só atinge número 
suficiente de indivíduos para a transmissão da 
doença em regiões onde as temperaturas 
médias sejam cerca de 20-30ºC, e umidade alta.
• O risco maior de aquisição de malária é 
no interior das habitações, embora a 
transmissão também possa ocorrer ao ar 
livre
Período de transmissibilidade: 
Cerca de 8 a 16 dias depois de se alimentar com o sangue 
de uma pessoa com malária portando gametócitos do 
plasmódio, a fêmea do mosquito anopheles poderá passar 
a transmitir a doença para outras pessoas através de sua 
picada a cada novo repasto sangüíneo, o que ocorre a cada 
dois ou três dias. Também, há a possibilidade de continuar 
transmitindo a doença por toda sua vida, que é de cerca de 
30 dias.
Transmissão induzida - é como se 
denomina qualquer outro modo de 
transmissão que não a natural. São 
exemplos: 
transfusão de sangue; 
uso compartilhado de agulhas e/ou 
seringas contaminados; 
malária adquirida no momento do 
parto(congênita) 
e acidentes de trabalho em pessoal de 
laboratório ou hospital
Período de incubação: 
15 Dias na maioria dos casos 
 É o espaço de tempo que vai da picada do mosquito 
infectado até o aparecimento do primeiro sintoma. 
 Períodos muito mais curtos ou muito mais longos 
constituem eventos pouco comuns.
Suscetibilidade e imunidade: 
A princípio, todo ser humano é suscetível à malária, mesmo 
aqueles que já a contraíram por diversas vezes, uma vez que a 
imunidade induzida pela presença do parasita nunca chega a 
conferir proteção total. 
Em situações em que o indivíduo já apresentou dezenas de 
episódios da doença, o que é bastante comum acontecer na África, 
p.ex., poderá ser observado um abrandamento dos sintomas. 
Há casos em que características individuais podem levar a uma 
resistência natural à doença. 
São exemplos: 
 a ausência de antígeno Duffy nos glóbulos vermelhos, que os 
tornaria refratários à invasão pelo P.vivax ; 
 hemoglobinopatias (HbS) em que a invasão pelo P.falciparum é 
bastante reduzida ; 
 enzimopatias, como a deficiência em glicose-6-fosfato 
desidrogenase, em que os parasitas não apresentariam um bom 
desenvolvimento no interior das hemácias. 
# Nota-se que todas representam formas de proteção apenas parcial, 
mas suficientes para evitar quadros mais graves.
Anopheles:há cerca de 400 espécies, incluindo 40 
que transmitem o plasmódio. A mais comum das 
transmissoras é o Anopheles gambiae e o 
Anopheles darlingi
• Só os mosquitos fêmeas picam o homem e 
alimentam-se de sangue 
• Os machos vivem de sucos de plantas 
• As larvas se desenvolvem em águas paradas, e 
a prevalência máxima ocorre durante as 
estações com chuva abundante
Ciclo
ESPOROZOITO penetra no homem e vai ao fígado (Forma infectante para o homem) 
↓ 
Transforma-se numa célula multinucleada chamada de ESQUIZONTE 
↓ 
Esquizonte rompe e libera milhares de MEROZOITOS no sangue 
↓ 
Merozoitos invadem as hemácias 
↓ 
Merozoitos nas hemácias(eritrócitos) transformam-se em TROFOZOITOS 
↓ 
Vira ESQUIZONTE de 8 a 32 núcleos 
↓ 
MEROZOITOS 
↓ 
Hemácias se rompem e liberam Merozoitos – (febre devido a hemozoinas) 
↓ 
Merozoitos invadem novas hemácias e viram TROFOZOITOS 
↓ 
*GAMETÓCITOS (MICROGAMETA E MACROGAMETA (gametócitos)) (Forma infectante para o mosquito) 
↓ 
Infectam mosquitos 
↓ 
OVO OU ZIGOTO 
↓ 
OOCINETO 
↓ 
OOCISTO 
↓ 
ESPOROZOITO
Ciclo
Progressão e sintomas 
• A malária causada por P.falciparum caracteriza-se 
inicialmente por sintomas inespecíficos: dores de 
cabeça, fadiga, febre e naúseas 
• Estes sintomas podem durar vários dias (seis para 
P.falciparum, várias semanas para as outras espécies) 
• Mais tarde, acessos periódicos de calafrios e febre 
intensos que coincidem com a destruição maciça de 
hemácias e com a descarga de substâncias 
imunogénicas tóxicas (HEMOZOINAS) na corrente 
sanguinea ao fim de cada ciclo reprodutivo do parasita.
• Estas crises paroxísticas, mais frequentes ao 
cair da tarde, iniciam-se com subida da 
temperatura até 39-40ºC 
• São seguidas de palidez da pele e tremores 
violentos durante cerca de 15 minutos a uma 
hora 
• Depois cessam os tremores e seguem-se duas 
a seis horas de febre a 41ºC, terminando em 
vermelhidão da pele e suores abundantes.
• O doente sente-se perfeitamente bem depois e até à 
crise seguinte, dois a três dias depois. 
• Se a infecção for de P. falciparum, denominada malária 
maligna, pode haver sintomas adicionais mais graves 
como: choque circulatório, sincopes, convulsões, delírios 
e crises vaso-oclusivas. 
• A morte pode ocorrer a cada crise de malária maligna.
• Pode também ocorrer a chamada malária 
cerebral: a oclusão de vasos sanguíneos 
no cérebro eritrócitos infectados causa 
déftis mentais e coma seguidos de morte 
(ou défice mental irreversível) 
• Danos renais e hepáticos graves ocorrem 
pelas mesmas razões. As formas 
causadas pelas outras espécies 
("benignas") são geralmente apenas 
debilitantes, ocorrendo raramente a morte 
• *Anoxia decorrente da anemia (destruição das hemácias).
OS INTERVALOS ENTRE AS CRISES PAROXÍSTICAS 
SÃO DIFERENTES CONSOANTE A ESPÉCIE: 
* Atenção: 
 Para as espécies de P. falciparum e P. vivax, o ciclo da invasão de 
hemácias por uma geração, multiplicação interna na célula, lise 
(rebentamento da hemácia) e invasão pela nova geração de mais 
hemácias dura 48 horas. 
 Normalmente há acessos de febre violenta e tremores no dia 1, e 
passados 48 horas já no dia 3, etc, sendo classificada de malária 
ternária. 
 A infecção pelo P. malariae tem ciclos de 72 horas, dando-se no dia 
1, depois no dia 4, etc, constituindo a malária quaternária. 
 A detecção precoce de malária quaternária é importante porque 
este tipo não pode ser devido a P. falciparum, sendo, portanto, 
menos perigoso.
SINTOMAS CRÔNICOS 
 incluem a anemia, cansaço, debilitação com 
redução da capacidade de trabalho e da 
inteligência funcional, hemorragias e infartos de 
incidência muito aumentada, como infarto agudo 
do miorcádio e AVCs (especialmente com P. 
falciparum). 
 Se não diagnosticada e tratada, a malária 
maligna causada pelo P. falciparum pode evoluir 
rapidamente, resultando em morte. 
 A malária "benigna" das outras espécies resulta 
em debilitação crônica mas mais raramente em 
morte
Prevenção 
• A melhor medida é a erradicação do mosquito Anopheles 
• Ultimamente, o uso de insecticidas potentes mas tóxicos, proibidos 
no ocidente, tem aumentado porque os riscos da malária são muito 
superiores aos do insecticida. 
• O uso de redes contra mosquitos é eficaz na protecção durante o 
sono, quando ocorre a grande maioria das infecções. 
• Os cremes repelentes também são eficazes, mas mais caros que as 
redes. 
• A roupa deve cobrir a pele nua o mais completamente possível de 
dia. 
• O mosquito não tem tanta tendência para picar o rosto ou as mãos, 
onde os vasos sanguíneos são menos acessíveis, quanto as 
pernas, os braços ou o pescoço os vasos sanguíneos são mais 
acessíveis . 
• A drenagem de pântanos e outras águas paradas é uma medida de 
saúde pública eficaz.
Diagnóstico Laboratorial 
• Esfregaço delgado - Possui baixa sensibilidade (estima-se 
que, a gota espessa é cerca de 30 vezes mais 
eficiente que o esfregaço delgado na detecção da 
infecção malárica). Porém, o esfregaço delgado é o 
único método que permite, com facilidade e segurança, 
a diferenciação específica dos parasitos, a partir da 
análise da sua morfologia e das alterações provocadas 
no eritrócitoinfectado. 
O diagnóstico de certeza da infecção malárica só é 
possível pela demonstração do parasito, ou de 
antígenos relacionados, no sangue periférico do 
paciente, através dos métodos diagnósticos 
especificados a seguir:
• Gota espessa - É o método adotado 
oficialmente no Brasil para o diagnóstico da 
malária. Mesmo após o avanço de técnicas 
diagnósticas, este exame continua sendo um 
método simples, eficaz, de baixo custo e fácil 
realização. Sua técnica baseia-se na 
visualização do parasito através de microscopia 
ótica, após coloração com corante vital (azul de 
metileno e Giemsa), permitindo a diferenciação 
específica dos parasitos a partir da análise da 
sua morfologia, e pelos estágios de 
desenvolvimento do parasito encontrados no 
sangue periférico.
Gota espessa 
Esfregaço sanguíneo
• Testes rápidos para detecção de componentes 
antigênicos de plasmódio – Testes 
imunocromatográficos representam novos 
metodos de diagnóstico rápido de malária. 
Realizados em fitas de nitrocelulose contendo 
anticorpo monoclonal contra antígenos 
específicos do parasito. Apresentam 
sensibilidade superior a 95% quando 
comparado à gota espessa, e com parasitemia 
superior a 100 parasitos/μL.
ParaSight F (Becton & Dickinson) 
PfHRP2 (Proteína 2 rica em histidina) 
• Fase sólida: anticorpo 
• monoclonal anti-PfHRP2 
• ou PfHRP2 (controle +) 
• Conjugado: anticorpo 
• policlonal anti-PfHRP2 
• marcado com rodamina
ICT Malaria P.f. (ICT Diagnostics) 
Anticorpo marcado 
com ouro coloidal
Imunofluorescência
Glóbulos vermelhos atacados por P. vivax
P. malarie
P.ovale
Tratamento 
• A malária maligna, causada pelo P.falciparum é uma 
emergência médica. 
• As outras malárias são doenças crónicas. 
• O tratamento farmacológico da malária baseia-se na 
susceptibilidade do parasita aos radicais livres e 
substâncias oxidantes, morrendo em concentrações 
destes agentes inferiores às mortais para as células 
humanas. Os fármacos usados aumentam essas 
concentrações.
• A quinina (ou o seu isómero quinidina), um 
medicamento antigamente extraído da casca da 
Cinchona, é ainda usada no seu tratamento. No 
entanto, a maioria dos parasitas já é resistente 
às suas ações. Foi suplantada por drogas 
sintéticas mais eficientes, como quinacrina, 
cloroquina, e primaquina. É frequente serem 
usados cocktails (misturas) de vários destes 
fármacos, pois há parasitas resistentes a 
qualquer um deles por si só. A resistência torna 
a cura difícil e cara.
• Ultimamente a artemisina, extraída de uma planta 
chinesa, tem dado resultados encorajadores. Ela produz 
radicais livres em contacto com ferro, que existe 
especialmente na hemoglobima no interior das 
hemácias, onde se reproduz o parasita. É extremamente 
eficaz em destruí-lo, causando efeitos adversos 
mínimos. No entanto, as quantidades produzidas hoje 
são insuficientes. 
• No futuro, a cultura da planta artemisina na África 
poderá reduzir substancialmente os custos. É o único 
fármaco antimalárico para o qual ainda não existem 
casos descritos de resistência. 
• Algumas vacinas estão em desenvolvimento
Cinchona contendo Quinina, o primeiro 
antimalárico
Mosquiteiros impregnados com inseticida piretróide 
(Foto: Reprodução/TVAM)
• Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, médico e pesquisador do 
Instituto Oswaldo Cruz, também da Fiocruz, diz: 
“A malária é potencialmente grave quando não 
diagnosticada e tratada nas primeiras 48 horas após 
o início do quadro, usualmente com febre e cefaléia 
como único sinal e sintoma. O atraso no diagnóstico 
e no tratamento pode resultar em complicações no 
cérebro, pulmões, rins, células do sangue e até levar 
à morte".

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Malária: doença infecciosa causada por protozoários do gênero Plasmodium

  • 2. MALÁRIA Conceito: doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitos do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles.
  • 3. Malária O termo malária é de origem italiana, os médicos afirmavam que a malária era adquirida ao se respirar o ar pestilento dos pântanos (mal ária ou mau ar).
  • 4. MALÁRIA A malária é uma doença sistêmica, onde vários órgãos podem ser atingidos isolados ou conjuntamente, ocorrendo desde casos benignos e crônicos até formas agudas ou fatais.
  • 5. Outra denominações: • Carneirada • Paludismo (nome antigo) • Batedeira • Febre palustre • Febre intermitente • Febre terçã benigna ou febre terçã maligna ou febre quartã • Impaludismo • Maleita • Maligna • Malina • Perniciosa • Sezão ou sezões • Sezonismo • Tremedeira
  • 6. Taxonomia: Reino:Protista Filo:Apicomplexa Classe:Aconoidasida Ordem:Haemosporida / eucoccidida (?) Família: Plasmodiidae Gênero:Plasmodium Espécies: P.falciparum P. vivax P. malariae * P. ovale * P. knowlesi
  • 7. Importância • Afeta mais de 207 milhões de pessoas todos os anos • A malária mata 627 mil pessoas por ano. (560 mil crianças) • É a principal parasitose tropical • No Brasil: 300 mil casos/ano • 69 óbitos
  • 8. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS • Magnitude e Distribuição Geográfica: A malária está presente nas regiões tropicais e subtropicais • África Sub-Sahariana: 90% dos casos no mundo. • A malária é endêmica 53 países na África (incluindo 8 países ao sul), em 21 países nas Américas, 4 países na Europa e 14 na região leste do Mediterrâneo, e no sudeste Asiático.
  • 9. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS • Estes óbitos ocorrem na África, em áreas remotas com difícil acesso aos serviços de saúde. • Dos 25 a 30 milhões de pessoas que viajam para áreas endêmicas, entre 10 a 30 mil contraem malária. • (40% da população mundial) convivem com os risco de contágio.
  • 11. Malária no Brasil  P. vivax é a espécie prevalente no Brasil (aproximadamente 80% dos casos) A grande maioria dos casos ocorre na região Amazônica (99%)  Estados com maior número de casos de malária: Pará e Amazonas.
  • 13. Transmissão  Natural  Induzida
  • 14. Transmissão Transmissão Natural • A malária é transmitida pela picada das fêmeas de mosquito do gênero Anopheles (na sua glândula salivar)na forma esporozoítas (infectante) • A transmissão geralmente ocorre em regiões rurais e semi-rurais mas pode ocorrer em áreas urbanas, principalmente em suas periferias • Em cidades situadas em locais cuja altitude seja superior a 1500 metros, no entanto, o risco de aquisição de malária é pequeno • Os mosquitos têm maior atividade durante o período da noite, do crepúsculo ao amanhecer
  • 15.
  • 16.
  • 17. • O mosquito contaminam-se ao picar os portadores da doença, tornando-se o principal vetor de transmissão desta para outras pessoas • O mosquito da malária só sobrevive em áreas que apresentem médias das temperaturas mínimas superiores a 15ºC, e só atinge número suficiente de indivíduos para a transmissão da doença em regiões onde as temperaturas médias sejam cerca de 20-30ºC, e umidade alta.
  • 18. • O risco maior de aquisição de malária é no interior das habitações, embora a transmissão também possa ocorrer ao ar livre
  • 19. Período de transmissibilidade: Cerca de 8 a 16 dias depois de se alimentar com o sangue de uma pessoa com malária portando gametócitos do plasmódio, a fêmea do mosquito anopheles poderá passar a transmitir a doença para outras pessoas através de sua picada a cada novo repasto sangüíneo, o que ocorre a cada dois ou três dias. Também, há a possibilidade de continuar transmitindo a doença por toda sua vida, que é de cerca de 30 dias.
  • 20. Transmissão induzida - é como se denomina qualquer outro modo de transmissão que não a natural. São exemplos: transfusão de sangue; uso compartilhado de agulhas e/ou seringas contaminados; malária adquirida no momento do parto(congênita) e acidentes de trabalho em pessoal de laboratório ou hospital
  • 21. Período de incubação: 15 Dias na maioria dos casos  É o espaço de tempo que vai da picada do mosquito infectado até o aparecimento do primeiro sintoma.  Períodos muito mais curtos ou muito mais longos constituem eventos pouco comuns.
  • 22. Suscetibilidade e imunidade: A princípio, todo ser humano é suscetível à malária, mesmo aqueles que já a contraíram por diversas vezes, uma vez que a imunidade induzida pela presença do parasita nunca chega a conferir proteção total. Em situações em que o indivíduo já apresentou dezenas de episódios da doença, o que é bastante comum acontecer na África, p.ex., poderá ser observado um abrandamento dos sintomas. Há casos em que características individuais podem levar a uma resistência natural à doença. São exemplos:  a ausência de antígeno Duffy nos glóbulos vermelhos, que os tornaria refratários à invasão pelo P.vivax ;  hemoglobinopatias (HbS) em que a invasão pelo P.falciparum é bastante reduzida ;  enzimopatias, como a deficiência em glicose-6-fosfato desidrogenase, em que os parasitas não apresentariam um bom desenvolvimento no interior das hemácias. # Nota-se que todas representam formas de proteção apenas parcial, mas suficientes para evitar quadros mais graves.
  • 23. Anopheles:há cerca de 400 espécies, incluindo 40 que transmitem o plasmódio. A mais comum das transmissoras é o Anopheles gambiae e o Anopheles darlingi
  • 24.
  • 25. • Só os mosquitos fêmeas picam o homem e alimentam-se de sangue • Os machos vivem de sucos de plantas • As larvas se desenvolvem em águas paradas, e a prevalência máxima ocorre durante as estações com chuva abundante
  • 26. Ciclo
  • 27.
  • 28. ESPOROZOITO penetra no homem e vai ao fígado (Forma infectante para o homem) ↓ Transforma-se numa célula multinucleada chamada de ESQUIZONTE ↓ Esquizonte rompe e libera milhares de MEROZOITOS no sangue ↓ Merozoitos invadem as hemácias ↓ Merozoitos nas hemácias(eritrócitos) transformam-se em TROFOZOITOS ↓ Vira ESQUIZONTE de 8 a 32 núcleos ↓ MEROZOITOS ↓ Hemácias se rompem e liberam Merozoitos – (febre devido a hemozoinas) ↓ Merozoitos invadem novas hemácias e viram TROFOZOITOS ↓ *GAMETÓCITOS (MICROGAMETA E MACROGAMETA (gametócitos)) (Forma infectante para o mosquito) ↓ Infectam mosquitos ↓ OVO OU ZIGOTO ↓ OOCINETO ↓ OOCISTO ↓ ESPOROZOITO
  • 29. Ciclo
  • 30. Progressão e sintomas • A malária causada por P.falciparum caracteriza-se inicialmente por sintomas inespecíficos: dores de cabeça, fadiga, febre e naúseas • Estes sintomas podem durar vários dias (seis para P.falciparum, várias semanas para as outras espécies) • Mais tarde, acessos periódicos de calafrios e febre intensos que coincidem com a destruição maciça de hemácias e com a descarga de substâncias imunogénicas tóxicas (HEMOZOINAS) na corrente sanguinea ao fim de cada ciclo reprodutivo do parasita.
  • 31. • Estas crises paroxísticas, mais frequentes ao cair da tarde, iniciam-se com subida da temperatura até 39-40ºC • São seguidas de palidez da pele e tremores violentos durante cerca de 15 minutos a uma hora • Depois cessam os tremores e seguem-se duas a seis horas de febre a 41ºC, terminando em vermelhidão da pele e suores abundantes.
  • 32. • O doente sente-se perfeitamente bem depois e até à crise seguinte, dois a três dias depois. • Se a infecção for de P. falciparum, denominada malária maligna, pode haver sintomas adicionais mais graves como: choque circulatório, sincopes, convulsões, delírios e crises vaso-oclusivas. • A morte pode ocorrer a cada crise de malária maligna.
  • 33. • Pode também ocorrer a chamada malária cerebral: a oclusão de vasos sanguíneos no cérebro eritrócitos infectados causa déftis mentais e coma seguidos de morte (ou défice mental irreversível) • Danos renais e hepáticos graves ocorrem pelas mesmas razões. As formas causadas pelas outras espécies ("benignas") são geralmente apenas debilitantes, ocorrendo raramente a morte • *Anoxia decorrente da anemia (destruição das hemácias).
  • 34. OS INTERVALOS ENTRE AS CRISES PAROXÍSTICAS SÃO DIFERENTES CONSOANTE A ESPÉCIE: * Atenção:  Para as espécies de P. falciparum e P. vivax, o ciclo da invasão de hemácias por uma geração, multiplicação interna na célula, lise (rebentamento da hemácia) e invasão pela nova geração de mais hemácias dura 48 horas.  Normalmente há acessos de febre violenta e tremores no dia 1, e passados 48 horas já no dia 3, etc, sendo classificada de malária ternária.  A infecção pelo P. malariae tem ciclos de 72 horas, dando-se no dia 1, depois no dia 4, etc, constituindo a malária quaternária.  A detecção precoce de malária quaternária é importante porque este tipo não pode ser devido a P. falciparum, sendo, portanto, menos perigoso.
  • 35. SINTOMAS CRÔNICOS  incluem a anemia, cansaço, debilitação com redução da capacidade de trabalho e da inteligência funcional, hemorragias e infartos de incidência muito aumentada, como infarto agudo do miorcádio e AVCs (especialmente com P. falciparum).  Se não diagnosticada e tratada, a malária maligna causada pelo P. falciparum pode evoluir rapidamente, resultando em morte.  A malária "benigna" das outras espécies resulta em debilitação crônica mas mais raramente em morte
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  • 40.
  • 41. Prevenção • A melhor medida é a erradicação do mosquito Anopheles • Ultimamente, o uso de insecticidas potentes mas tóxicos, proibidos no ocidente, tem aumentado porque os riscos da malária são muito superiores aos do insecticida. • O uso de redes contra mosquitos é eficaz na protecção durante o sono, quando ocorre a grande maioria das infecções. • Os cremes repelentes também são eficazes, mas mais caros que as redes. • A roupa deve cobrir a pele nua o mais completamente possível de dia. • O mosquito não tem tanta tendência para picar o rosto ou as mãos, onde os vasos sanguíneos são menos acessíveis, quanto as pernas, os braços ou o pescoço os vasos sanguíneos são mais acessíveis . • A drenagem de pântanos e outras águas paradas é uma medida de saúde pública eficaz.
  • 42.
  • 43. Diagnóstico Laboratorial • Esfregaço delgado - Possui baixa sensibilidade (estima-se que, a gota espessa é cerca de 30 vezes mais eficiente que o esfregaço delgado na detecção da infecção malárica). Porém, o esfregaço delgado é o único método que permite, com facilidade e segurança, a diferenciação específica dos parasitos, a partir da análise da sua morfologia e das alterações provocadas no eritrócitoinfectado. O diagnóstico de certeza da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente, através dos métodos diagnósticos especificados a seguir:
  • 44. • Gota espessa - É o método adotado oficialmente no Brasil para o diagnóstico da malária. Mesmo após o avanço de técnicas diagnósticas, este exame continua sendo um método simples, eficaz, de baixo custo e fácil realização. Sua técnica baseia-se na visualização do parasito através de microscopia ótica, após coloração com corante vital (azul de metileno e Giemsa), permitindo a diferenciação específica dos parasitos a partir da análise da sua morfologia, e pelos estágios de desenvolvimento do parasito encontrados no sangue periférico.
  • 45.
  • 47. • Testes rápidos para detecção de componentes antigênicos de plasmódio – Testes imunocromatográficos representam novos metodos de diagnóstico rápido de malária. Realizados em fitas de nitrocelulose contendo anticorpo monoclonal contra antígenos específicos do parasito. Apresentam sensibilidade superior a 95% quando comparado à gota espessa, e com parasitemia superior a 100 parasitos/μL.
  • 48. ParaSight F (Becton & Dickinson) PfHRP2 (Proteína 2 rica em histidina) • Fase sólida: anticorpo • monoclonal anti-PfHRP2 • ou PfHRP2 (controle +) • Conjugado: anticorpo • policlonal anti-PfHRP2 • marcado com rodamina
  • 49. ICT Malaria P.f. (ICT Diagnostics) Anticorpo marcado com ouro coloidal
  • 52.
  • 55. Tratamento • A malária maligna, causada pelo P.falciparum é uma emergência médica. • As outras malárias são doenças crónicas. • O tratamento farmacológico da malária baseia-se na susceptibilidade do parasita aos radicais livres e substâncias oxidantes, morrendo em concentrações destes agentes inferiores às mortais para as células humanas. Os fármacos usados aumentam essas concentrações.
  • 56. • A quinina (ou o seu isómero quinidina), um medicamento antigamente extraído da casca da Cinchona, é ainda usada no seu tratamento. No entanto, a maioria dos parasitas já é resistente às suas ações. Foi suplantada por drogas sintéticas mais eficientes, como quinacrina, cloroquina, e primaquina. É frequente serem usados cocktails (misturas) de vários destes fármacos, pois há parasitas resistentes a qualquer um deles por si só. A resistência torna a cura difícil e cara.
  • 57. • Ultimamente a artemisina, extraída de uma planta chinesa, tem dado resultados encorajadores. Ela produz radicais livres em contacto com ferro, que existe especialmente na hemoglobima no interior das hemácias, onde se reproduz o parasita. É extremamente eficaz em destruí-lo, causando efeitos adversos mínimos. No entanto, as quantidades produzidas hoje são insuficientes. • No futuro, a cultura da planta artemisina na África poderá reduzir substancialmente os custos. É o único fármaco antimalárico para o qual ainda não existem casos descritos de resistência. • Algumas vacinas estão em desenvolvimento
  • 58. Cinchona contendo Quinina, o primeiro antimalárico
  • 59.
  • 60. Mosquiteiros impregnados com inseticida piretróide (Foto: Reprodução/TVAM)
  • 61. • Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, médico e pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz, também da Fiocruz, diz: “A malária é potencialmente grave quando não diagnosticada e tratada nas primeiras 48 horas após o início do quadro, usualmente com febre e cefaléia como único sinal e sintoma. O atraso no diagnóstico e no tratamento pode resultar em complicações no cérebro, pulmões, rins, células do sangue e até levar à morte".