Este documento descreve as características gerais, anatomia, sistemas e importância ecológica dos anelídeos. Os anelídeos são vermes segmentados com corpo dividido em anéis. Possuem cerdas que funcionam como âncoras ou patas. São classificados em três classes: Oligochaeta, Polichaeta e Hirudinea.
2. CARACTERISTICAS GERAIS
São triblásticos;
Celomados, com o corpo segmentado (em anéis ou metâmeros),
com repetição externa e interna desses anéis (metameria);
Cutícula externa pode apresentar pequenos “pelos” duros (as
cerdas), de quitina que funcionam como âncoras e dão apoio ao
animal;
Nos poliquetas essas cerdas são numerosas e desenvolvidas e
estão implantados em expansões laterais, os parapódios,
funcionando como “patas rudimentares”;
As sanguessugas possuem ventosas de fixação na região anterior
e posterior do corpo; como as ventosas anteriores sugam o
sangue de vertebrados aquáticos.
3. ANATOMIA
O filo annelida é constituído por organismos que apresentam
corpo mais ou menos cilíndrico e alongado. A grande diferença
entre os vermes anelídeos e os outros vermes estudados é a
organização, do corpo nos primeiros, em segmentos ou anéis,
que se repetem no sentido do comprimento do animal.
Cada um dos segmentos ou anéis que constituem o corpo dos
anelídeos é chamado metâmero. A metamerização geralmente se
evidencia tanto nos aspectos internos como externos, incluindo
músculos, nervos, sistemas circulatórios, excretor e reprodutor.
4. CLASSIFICAÇÃO
CLASSE OLIGOCHAETA
São anelídeos com poucas cerdas em casa segmento, como as minhocas
terrestres. Ex= minhocas
CLASSE POLICHAETA
São exclusivamente marinhos. Possuem muitas cerdas em cada segmento,
que podem formar apêndices locomotores chamados parapódios. Alguns
poliquetas revestem seus tuneis com uma camada calcária, chamada
tibículas.
CLASSE HIRUDINA OU
AQUETA
Animais distribuídos por
ambiente marinhos e de
água doce. Caracterizam-
se pela ausência de cerda.
Ex= sanguessugas
5. SISTEMAS
SISTEMA DIGESTIVO
É completo, com forma tubular, com boca e ânus e a digestão é do tipo
extracelular. É bastante especializado, pois existe uma grande variedade de
dietas. Presença de estruturas que aumentam a superfície de absorção do
intestino: os cecos intestinais e o tissofole.
6. SISTEMA RESPIRATÓRIO
Nas minhocas e na maioria das sanguessugas, os gases entram e saem
pela pele e são transportados pelo sangue (respiração cutânea indireta).
Algumas sanguessugas e as formas maiores de poliquetas respiram por
brânquias – dobras da pele em forma de fios ou lâminas, ricas em vasos
sanguíneos, que proporcionam ao animal grande superfície de contato
em uma pequena região do corpo. Desse modo, o resto do corpo não
precisa realizar respiração cutânea e o animal pode alojar-se em um
tubo, como fazem muitos poliquetas, que deixam apenas as brânquias
expostas.
7. SISTEMA CIRCULATÓRIO
Circulação fechada. O sangue é impulsionado pelos corações e
circula sempre no interior de vasos sanguíneos. No sangue há
hemoglobina que transporta o oxigênio.
8. SISTEMA EXCRETOR
Em cada segmento do corpo há um par de tubos abertos nas
extremidades, os nefrídeos ou metanefrideos (nefro= rim), que
retiram excretas do celoma por uma abertura ciliada, o nefróstoma.
Essas excretas são eliminadas pelos nefridióporos na superfície do
corpo.
9. SISTEMA REPRODUTOR
Minhocas e sanguessugas são hermafroditas, com desenvolvimento direto. A
maioria das poliquetas apresenta sexos separados e desenvolvimento indireto,
com formação de uma larva ciliada (trocófora).
Nas minhocas ocorre fecundação recíproca: dois indivíduos unem-se e cada um
transfere espermatozóides para uma bolsa (receptáculo seminal) do outro. Os
ovos desenvolvem-se em um casulo, secretado por uma estrutura glandular
formada pelo tegumento de alguns anéis (clitelo).
10. SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é centralizado, do tipo ganglionado. Há um par
de gânglios cerebróides localizados sobre a faringe, de cada um dos
quais parte um cordão nervoso longitudinal e ventral. Em cada anel
há um par de gânglios dos quais partem nervos que se dirigem para
os órgãos e para a superfície do corpo.
11. LOCOMOÇÃO
Em toda extensão do corpo, a maioria dos anelídeos apresenta
cerdas, expansões que se projetam externamente à cutícula, que
se comportam como apêndices de locomoção ou de fixação ao
substrato sobre o qual o animal de encontra apoiado
12. HABITAT E MODO DE VIDA
A maioria das minhocas (oligoquetos) vive em terra úmida e
algumas são dulcícolas. Os poliquetos são vermes marinhos,
vivendo enterrados na areia das praias. Os hirudíneos são,
principalmente, dulcícolas, existindo espécies marinhas e
aquelas que habitam terra úmida. Podem ser de vida livre ou
simbiontes (alguns são ectoparasitas hematófagos)
13. ALIMENTAÇÃO
As minhocas se alimentam de organismos animais mortos e
diversos tipos de vegetação (plantas e folhas). Durante o
movimento, elas ingerem terra, aproveitando todo material
orgânico e eliminando a terra.
Os poliquetos, espécies que vivem rastejando pelo fundo do
oceano à procura de animais dos quais possam se alimentar,
enquanto que outras se mantêm enterradas nas praias e se
alimentam de larvas e de outros pequenos organismos.
Conhecidos como sanguessugas, alimentam-se do sangue de
animais vertebrados.
14. IMPORTÂNCIA ECOLOGICA
As minhocas vivem no solo, especialmente em áreas com cobertura
vegetal, matéria orgânica abundante e muita umidade. São
conhecidas pela sua importância no solo, pois cavam túneis e
galerias, que permitem a penetração do ar e da água no solo,
facilitando o desenvolvimento das raízes das plantas. Além de
ingerirem material orgânico do solo e eliminarem fezes,
contribuindo para a fertilidade da terra, com a produção do húmus.