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Meu caminho para a Mensagem Sagrada e
para o Senhor até Ele deixar esta Terra
Joseph Wagner
Foi no ano de 1931, em Innsbruck. Numa noite, eu e meu colega –
se é que eu o posso chamar assim, pois eu não tinha amigos – fomos
passear na cidade. As ruas estavam bem movimentadas. Assim
chegamos a uma praça, onde havia um belo concerto. Em frente ao
pavilhão do concerto havia muitos bancos, contudo todos eles estavam
ocupados. Mas já como deveria ser, duas pessoas à nossa frente se
levantaram e nós nos alegramos por termos conseguido um lugar. A
música era muito bonita, e tocavam, por exemplo, o Adágio de Max
Bruckner, o sonho dos reservistas e muitas outras. Ao nosso lado
estavam sentadas duas senhoras de certa idade, com as quais
começamos a conversar. Então a senhora mais idosa, que parecia ser
bem distinta, disse:
— Veja esse mundo feminino, com suas saias curtas! Estas jovens
devem se tornar as mulheres e as mães de amanhã, que possuem a
missão de guiar, proteger e conduzir o povo. Pode-se notar seu
comportamento pouco elogiável e elas não possuem nenhum
sentimento de pudor! Se os seres humanos apenas soubessem o que o
destino lhes reserva, assim como o Senhor, o Filho do Homem, nos
disse.
Esse nome “Filho do Homem” me prendeu de tal maneira, que fiquei
totalmente impressionado e ele não me deu mais sossego. Assim eu
perguntei:
— O que foi que a senhora disse sobre o Filho do Homem? Quem é o
Filho do Homem?
Então ela disse singelamente:
— O senhor quer saber mais a respeito? Então venha me visitar, eu
moro na Rua Claudia Nº 5, andar térreo à esquerda, Madame Baiger.
Com prazer eu lhe darei e lhe contarei mais sobre o Filho do Homem.
— Sim, eu irei. – respondi.
A senhora disse algo bem baixinho para a outra, algo que não pude
entender. Depois de pouco tempo as duas foram embora e houve uma
despedida muito cordial.
Para mim não era sempre fácil, pois devido à minha profissão eu
não podia sair, pois estava freqüentemente trabalhando fora, fazendo
montagens.
Mas onde existe uma vontade, aí também há um caminho.
Muitas vezes eu chegava muito tarde em casa. A época, 1931-1932,
foi uma época muito ruim. Havia pouco trabalho e tínhamos que cuidar
em manter o nosso emprego, apesar de muitas vezes ele não nos
agradar.
As duas senhoras idosas mostravam-se tão surpreendentemente
cordiais e tão diferentes, que me chamaram a atenção. Assim eu
também decidi por ir até lá. Mas o que mais soava em mim era a
palavra “Filho do Homem”! Meu colega não estava de forma alguma tão
entusiasmado, ele não encontrou nada demais, mas ele prometeu que
iria junto.
Assim chegou o domingo pelo qual havíamos esperado. Nós nos
vestimos com uma roupa de domingo e fomos até a casa da Madame
Baiger. Era à noite, às 7:30h, chegamos pontualmente como havíamos
prometido. Quando chegamos lá e uma senhora idosa nos abriu a
porta, me chamou a atenção com que amabilidade e calor humano ela
nos recebeu. Na residência eu senti uma pressão benfazeja, tão
diferente, tão solene, como se eu estivesse vivenciando algo bem
especial. Fomos conduzidos para um grande cômodo. Como eu fiquei de
pé sob a porta, meu olhar caiu sobre um grande quadro, com cerca de
60 cm de altura. Eu fiquei como que paralisado contra minha vontade,
só olhava e olhava para essa foto maravilhosa. Então eu disse
lentamente:
— Esse Senhor na foto tem uma Cruz isósceles reluzente na fronte!
Momentaneamente fiquei meio atordoado, de tão impressionado que
eu estava. Então a idosa senhora me olhou surpresa e disse:
— “O que, isso o senhor consegue ver? Então o senhor é um
convocado!”
Eu olhei pensativo. Ela disse:
— Por favor, sente-se.
Nesse momento eu intuí algo que não posso explicar. Nós nos
sentamos em uma grande mesa, que se encontrava no centro e sobre a
qual havia um buquê de flores e um candelabro de estanho com velas
acesas e um livro grosso que estava aberto. Eu não perdia nada do que
ela falava. “Então o senhor é um convocado”.
Isso não me disse nada, mas, mesmo assim, às vezes mexia comigo.
Aquela foto maravilhosa e o que o Senhor trazia na fronte, a Cruz
luminosa, não me deixava mais. Ocorreu que eu me sentei de tal forma
à mesa, de frente para Ele. A senhora se sentou à mesa e uma suave
música iniciou-se, de forma bem solene. A senhora mais velha disse:
— Nós nos alegramos por vocês terem mantido sua palavra. Isto já é
raro. Eu vou ler uma dissertação escrita pessoalmente pelo Filho do
Homem: “O Destino”. O que se encontra aí vos alegrará muito.
Ela começou a ler lentamente, de modo que podíamos entender
cada palavra. Eu me alegrava profundamente, como se eu já as
conhecesse. Nada me era estranho, era simplesmente maravilhoso!
Quando a dissertação chegou ao fim, a senhora fez uma breve oração,
depois da qual soou novamente uma suave melodia. Eu estava tão
aprofundado na hora da leitura, que nem percebi que as lágrimas me
escorriam pela face. A dissertação me pareceu longa, bem longa,
totalmente confortante, sim, bem-aventurado estava eu por poder ouvir
palavras tão maravilhosas. Eu teria podido jubilar de alegria e gratidão.
A madame era dotada de um pouco de vidência e assim ela me olhou
bem séria, seus olhos, porém, cintilavam. Depois de pouco tempo ela
sorriu. Eu, porém, não conseguia sorrir. Mas então ela me perguntou:
— Agradou ao senhor, causou alegria ao senhor?
— E como! – respondi.
Assim começamos a conversar. Primeiramente eu quis saber a
respeito do Filho do Homem, com o que ela indicou para a foto. Isso me
estava logo claro: aquele só podia ser o Filho do Homem! Sim, é como
está escrito na dissertação: “Humanidade, desperta! Esforça-te, eu vos
dou tudo, para que possais vos desenvolver!”
Então eu perguntei:
— Por favor, posso saber: O Filho do Homem está na Terra, Ele
esteve ou ainda está entre nós?
Estava-me totalmente claro que algo assim não podia ter sido
escrito por nenhuma pessoa, de tanto que eu estava impressionado.
Madame Baiger me contou tudo. Como eu me sentia poderosamente
impelido, indaguei que livro era aquele. Quão belo ele estava ali, sobre a
mesa, com capa preta e inscrição dourada. Então ela me respondeu
calmamente:
— Esta é a Palavra Sagrada, a Mensagem do Graal!
Cheio de alegria eu disse:
— Maravilhoso! Pode-se adquiri-la, comprá-la, como e onde? Eu
pago o preço e tudo o que tenho por ela, por favor!
Cada vez mais se tornava claro para mim, sim, eu sentia um
impulso: esta é a Verdade, pela qual eu já há muito tempo procurava.
Eu estava muitíssimo feliz. Então pedi, quando eu poderia retornar
novamente. Ela disse:
— Sexta-feira, às sete e meia, então o senhor ficará sabendo mais
coisas.
— Sim, com prazer, com grande prazer, por favor.
Na despedida eu agradeci ainda de coração pela bela vivência, sim,
belíssima que eu pude presenciar. Eu estava preenchido de alegria e
agradecimento.
Meu colega estava como que nulo. Ele absolutamente não se
interessava. Sim, ele disse:
— Eu quase dormi. Você está totalmente entusiasmado! Esse seu
lado eu não conheço. Eu não volto mais aqui, e ainda mais na casa de
mulheres tão velhas. Sim, elas dão a impressão de nobreza, mas isso
não é nada para mim.
Eu não falei nada mais do que: cada um tem que saber o que é
melhor para si. Para mim foi maravilhoso, eu estou muito agradecido.
Durante os dias da semana, em cada oportunidade, eu me ocupava
com aquela impressão que adquiri com tudo o que havia de belo na
dissertação “O Destino”. Eu deixava surgir tudo de novo de forma viva
diante de mim. A dissertação despertou tantas coisas em mim e, então,
também aquilo que pude ficar sabendo através da Madame. Eu tinha
que perguntar tudo de novo, se eu realmente tinha compreendido tudo.
O Filho do Homem encontra-se entre nós? Eu tenho que tomar
conhecimento disso, eu quero ir até Ele. Quero agradecer-Lhe de todo o
coração. Foi difícil esperar até que a sexta-feira chegasse. Eu teria, de
preferência, ido todos os dias até a casa da Madame, de tanto que eu
me sentia impelido para o Filho do Homem, de saber sobre Ele, de ouvir
Dele.
Finalmente havia chegado a tão ansiada sexta-feira. Eu me vesti
com roupa escura de domingo, bem limpo, e fui, de modo que às 7:30h
eu me encontrava no local. Como sempre eu fui mui cordialmente
recepcionado. A Madame logo me disse:
— Eu logo sabia que da próxima vez o senhor viria sozinho.
Quando entrei na sala, ali já estavam sentados cinco mulheres e
dois homens. Chamou-me a atenção como tudo estava tão silencioso,
sem tagarelice. Com um aceno com a cabeça eu os cumprimentei, o que
eles também fizeram. Foi-me indicado um lugar para sentar e então a
Madame também se sentou diante do livro aberto. Como da última vez,
iniciou-se uma melodia de harmônio, então a Madame começou a ler
novamente bem devagar. Foi novamente uma dissertação muito bonita
da Mensagem do Graal. Depois da dissertação uma breve oração e
novamente uma música de harmônio. E assim havia terminado
novamente a devoção. Todos nós nos levantamos. Todos me foram
apresentados. Não demorou muito e eles deixaram o aposento. Uma
breve despedida e eu me encontrava sozinho com a Madame. Havia
tanto para conversar, como, por exemplo, onde o Senhor morava, o que
me interessava muitíssimo. Sim, eu queria saber de tudo. E ela me
contava muito, com o que eu me alegrava muito. Então a Madame me
contou algo bem especial, o que ela já havia preparado. Seus olhos
resplandeciam, e ela me olhava bem firmemente. Ela disse:
— Amanhã virá um senhor muito distinto, que quer conversar com
o senhor. Ele se chama Tenente-Coronel Manz, e quer-lhe fazer algumas
perguntas.
— Sim, com prazer – respondi.
Eu, na verdade, tinha me assustado um pouco, mas logo pensei que
deveria estar relacionado com a Mensagem do Graal. Receio eu não
conhecia. Mas quando ela me disse que esse senhor vinha do Filho do
Homem, de Vomperberg, me sobreveio um calor e uma alegria, de forma
que eu poderia jubilar. Ela me disse: “Amanhã por volta das quatro
horas”, às 16:00 horas, eu deveria estar ali.
— Tomara que o senhor consiga se organizar.
E eu iria realmente me organizar! E logo continuei perguntando,
onde é que fica Vomperberg. Uma montanha? Sim, eu iria gostar muito
de ir até lá.
— Sim, o senhor vai ficar sabendo de tudo. – Na saída ela ainda
disse: — Senhor Wagner, amanhã o senhor terá uma grande alegria.
No dia seguinte eu já me sentia bem inquieto. Eu já havia pedido
licença a partir do meio-dia, para que eu chegasse no horário. Muitas
vezes me parecia como se me seria dito algo bem grandioso. Às 16:00
horas eu estava no local. Só demorou alguns minutos e a elevada visita
já havia chegado. A Madame me mandara sentar na sala. Nesse ínterim,
entretanto, eu fiquei olhando para a maravilhosa e irradiante foto do
Filho do Homem e esqueci totalmente que a elevada visita estava por
vir. De repente, a porta se abriu, o Sr. Tenente-Coronel entrou. Eu me
assustei, mas logo me recuperei. Nós nos cumprimentamos. Ele era
muito cordial e tranqüilo.
— Ah, você que é o elegante e jovem homem? O senhor conhece
Schwaz?
Eu neguei.
— Sim, ali o senhor tem que subir a montanha, se quiser chegar ao
Filho do Homem. Um estreito caminho leva até lá. O senhor pode ir no
domingo até Ele, de manhã, pelas 10:00 horas.
Eu devo ter ficado bem corado, de tanto que o sangue me subiu à
cabeça. A grande alegria, sim, o maior desejo me seria permitido
realizar. Eu mal conseguia acreditar. Aquele senhor olhava para mim.
— O senhor está alegre, não é mesmo?
Lágrimas me sobrevieram e eu disse:
— Eu posso ir até o Filho do Homem, em Vomperberg?
Que alegria! Assim eu fora convidado para ir no domingo. Meus
olhos brilhavam de gratidão. O Sr. Tenente-Coronel era um homem bem
calmo e alto. Podia-se notar a nobreza que emanava dele. Ele parecia
tão reconfortante. Às 5:00 horas esse senhor tinha que retornar, tão
curto era o tempo.
— Mas eu ainda tenho algo para o senhor.
Então ele abriu sua maleta de mão e me deu o livro sagrado, a
Mensagem do Graal. Agradecido eu olhei para o livro. Peguei-o e
involuntariamente apertei-o contra meu peito. Aquele senhor sorriu, eu
me alegrei demais.
— Eu quero pagá-lo imediatamente.
— Isso tem tempo. – disse ele.
— Por favor, posso pagá-lo já?
Para mim tudo isso era tão imenso, que era como se eu estivesse
moído de tanta vivência.
— Portanto, Sr. Wagner, no domingo o Senhor espera por você.
Agradecido eu olhava para ele. O suor me escorria pela fronte.
— Eu desejo ao senhor tudo de belo e muita vivência, e no domingo
quando o senhor vier, procure pela casa 5. Lá o senhor me encontrará.
Eu o levarei ao Senhor, ao Filho do Homem.
Assim ele se despediu cordialmente e partiu, já que seu trem partiria
às 5:30h. Eu estava muito feliz por ter descoberto o local de moradia do
Senhor. A Madame estava ali próxima, ouviu tudo o que conversamos e
disse então:
— Você tem todo o motivo para se alegrar, por poder receber essa
enorme graça!
Aquele senhor disse, quando ele cumprimentou a Madame, que o
Senhor já se alegrava em poder cumprimentar o Sr. Wagner, ela me
contou, e Ele havia mandado me saudar. Eu não conseguia pronunciar
mais nenhuma palavra. Quão solenemente ele havia dito: “Se anuncie na
minha casa, na casa 5, eu o levarei ao Senhor, ao Filho do Homem.”
Em seguida a Madame me explicou o caminho de forma exata.
— Será que posso levar flores junto? – perguntei.
Então ela só sorriu um pouquinho. Contudo, eu estava um pouco
hesitante, se eu poderia mesmo ir até o Senhor. Mas então ela me disse de
novo: “eu posso ir!” Portanto, eu vou, vou com grande alegria. Pois,
quando eu estiver com o Filho do Homem, eu poderei tomar conhecimento
de todo o caminho, que um ser humano tem de trilhar para ir para o Alto.
Assim eu cheguei totalmente sozinho até a Luz, ao Senhor e estava
milhares de vezes agradecido por ter encontrado o caminho, o caminho
que eu já há muito procurava, desde os 12 anos de idade e que me custou
muito esforço. Agora eu fui com a Sagrada Mensagem para casa, para o
meu quarto, me troquei, calcei os sapatos de casa e me sentei à mesa.
Nesse meio tempo já passava das 18:00 horas.
Meu colega, com quem eu dividia o quarto, não estava em casa neste
dia. Assim eu pude, sozinho, ler a Sagrada Mensagem sem ser
incomodado. Eu lia e lia, estava muito aberto, tudo me estava claro, tudo
me parecia tão evidente, simplesmente maravilhoso. O tempo deve ter
voado e, de repente, ocorreu algo inusitado. Pareceu-me como se eu
começasse a ver tudo meio turvo, como através de um véu, de uma nuvem
cinza, envolvido por uma espessa névoa. Mas depois de pouco tempo a
nuvem turva tornou-se mais clara, mais leve e luminosa, sim, me pareceu
estar vivenciando algo benfazejo. Eu tinha suor na fronte. Então, de
repente, eu reconheci construções de espécie maravilhosa. Várias cúpulas
e no meio a mais alta reluzindo de um ouro esverdeado, irradiando e
encima dessa cúpula, no Alto, na ponta, tremulava uma bandeira verde e
à direita num quadrado a Cruz Isósceles dourada. Em cima das outras
cúpulas também havia algo, em uma um quadrado, em outra uma meia
lua, então uma esfera e na última um triângulo. Por longo tempo fiquei
olhando essa imagem, como se quisesse cunhá-la em mim, tudo era tão
benfazejo, tão fino. A bandeira verde tremulava de forma maravilhosa, e
parecia tão próxima como se pudesse pegá-la com a mão. A forma da
cúpula, especialmente da do centro, era de uma forma tão nobre como a
Cruz. As outras cúpulas eram arredondas, mas também muito belas. Aos
poucos a imagem foi se tornando mais e mais fraca, sumindo por fim. Por
longo tempo fiquei parado, olhando para o ar. A bela imagem encontrava-
se firmemente cunhada em mim. Era exatamente 1:00 hora da manhã. Eu
me perguntava o que queria dizer isso, o que poderia ter sido isso. Assim
devo ter caído na cama. Um grande cansaço me sobreveio. Às 6:00 horas
levantei surpreso, ainda vestido. Mas eu tinha pouco tempo, pois eu tinha
um bom trecho de caminho para percorrer até o trabalho. Demorou
alguns minutos para eu esboçar aquela imagem no papel, a fim de retê-la.
Durante o dia isso me veio várias vezes à cabeça, ela estava totalmente
clara diante de mim. Um sentimento de felicidade me sobreveio. Fiquei
feliz quando anoiteceu. Assim retornei para meu lar, meu quarto, e o dia
de trabalho havia passado. Então, tornou-se-me claro que me fora
mostrado uma imagem das alturas luminosas, onde queremos e devemos
chegar. Tanto assim eu já havia assimilado da Sagrada Mensagem. Muitas
vezes me parecia como se isso jorrasse de uma fonte fresca, tão
confortante que era. Cada vez mais claro se me tornava, que grande graça
eu havia recebido, a qual só poderia vir do Filho do Homem. Amanhã viria
o dia, no qual eu poderia ir até o Senhor, que morava em Vomperberg.
Então ocorreu algo desagradável para mim. A Madame havia me
contado tudo, que o Senhor morava em uma montanha. Sim, eu disse
para mim, eu tenho que me vestir para subir a montanha, com sapatos
firmes etc.; por isso ela não respondeu nada, quando lhe perguntei sobre
as flores. Como tudo era bem novo para mim, saí bem cedinho e parti às
6:00 horas com o trem de Innsbruck para Schwaz. Chegando em Schwaz
eu observei detalhadamente a região. “Portanto, deve ser lá em cima,
atrás da floresta. Lá em cima é que mora o Filho do Homem.” Eu
perguntei para uma senhora de idade:
— Por favor, a senhora poderia me dizer, como eu posso chegar ao
Vomperberg?
— Sim, eu posso lhe dizer. Passe pela linha de trem e ao lado da
pequena casinha, o estreito caminho conduz para cima, para
Vomperberg. É uma trilha de caçador e é bem íngreme.
Assim eu fui, agradecendo, dei a mão à senhora e parti. Eu ainda me
lembro, a mulher ficou me olhando de uma tal forma.
De coração feliz eu caminhei vigorosamente pela estreita trilha, para
cima. Ao longe, próximo da floresta, encontrava-se uma pequena casinha
com duas janelas e uma porta. A porta estava aberta e um homem se
encontrava parado sob ela. Com as mãos apoiadas na cintura, assim
parecia de longe. Eu ia chegando cada vez mais e mais perto. Era algo
estranho, pensei eu, hum, mas coragem, não tenho nada a perder, talvez
eu tenha que me anunciar a este senhor. Ele era um grande e magro
camponês que me olhava com grandes, grandes olhos. Era um
trabalhador do campo que estava na porta, olhando a região. Então, feliz,
eu passei por ele e prossegui floresta adentro, subindo o caminho para a
Montanha. O caminho foi se tornando cada vez mais estreito, como uma
trilha de caçador. Ao deixar meus pensamentos brincarem e pensando
em Vomperberg, perdi o caminho, me desviando para a direita. E agora,
que devo fazer? Sim, agora eu teria que escalar um trecho, e em parte de
quatro. Subir eu vou, de qualquer jeito, custe o que custar. Às 8:00
horas da manhã eu finalmente estava na beira da floresta, num platô,
onde realmente só havia duas casas. Por longo, longo tempo fiquei
observando tudo. Qual será a do Filho do Homem? Está bem, eu tinha
muito, muito tempo para me limpar, já que os sapatos de montanha
estavam bem sujos. Limpei-os por longo tempo, até os tirei do pé e usei
para isso muita grama e dois lenços, mas um lenço eu guardei para mim,
o qual estava bem limpo. Afinal, eu cheguei limpo. Eu fora convidado
para as 10:00 horas, e havia ainda muito tempo. A Madame também me
veio à mente. Ela havia me explicado muito pouco, mas eu também me
fazia repreensões, por ter perguntado muito pouco. Sim, sim, assim a
gente aprende, só através da vivência é que se progride. Isto me estava
totalmente claro.
A alegria se elevava continuamente em mim: Eu posso ir até o Filho
do Homem. Logo eu vou poder vê-Lo, cumprimentá-Lo, agradecer-Lhe de
todo o coração. Oh, que maravilhoso, em mim a coragem se elevou, mas
novamente eu tive um sentimento: tomara que eu não fale nada de
incorreto, o que eu não desejo. Freqüentemente eu olhava para o relógio,
para que eu pudesse chegar no horário, uns quinze minutos antes, na
casa do Sr. Tenente-Coronel. Bom, eu estava limpo, faltavam 20
minutos. Assim eu fui em direção à primeira casa, e estava certo, era a
casa número cinco. Uma casa de madeira, bem limpa, um limpador
muito bom também se encontrava diante da porta, de modo que pude
raspar mais uma vez a sola do meu sapato. Meu coração estava
disparado. Eu me sentia tão pequeno, que eu preferia ter me escondido.
Diante da porta eu fechei mais uma vez os olhos e pedi, para que eu
pudesse suportar a força, que eu já sentia agora. Mas, então, uma voz
me disse: “Tenha confiança, alegra-te!”. Então, eu bati à porta. Uma
grande, imponente e cordial senhora de cabelos escuros abriu a porta.
Eu disse:
— Bom dia!
— Ah, bom dia! O senhor é o Sr. Wagner de Innsbruck? Entre, por
favor, e fique à vontade, meu esposo já vem.
Não demorou nem um minuto e o Sr. Tenente-Coronel já entrou. Ele
disse:
— Bom dia, Sr. Wagner. Eu já tinha visto o senhor da janela do
porão. Vamos? Pontual o senhor é, isso temos que dizer.
Eu não disse absolutamente nada. O relógio que estava ali na sala
marcava 3 minutos para as dez horas. Assim deixamos a casa e
caminhamos até a outra. Portanto, esta é a casa do Senhor. A casa de
madeira estava rodeada por uma cerca. Na grade havia um cartaz:
“Cuidado, cães ferozes!” Quando entramos, os dois pastores alemães
também já vieram do fundo em nossa direção. Eu disse para mim
mesmo: dois belos cachorros, que nos deixaram ir calmamente até a
casa. Eles me pareceram dois animais bem pacíficos, também porque
eu sempre amei os animais. Três degraus conduziam para dentro da
casa, para uma ante-sala, onde o Sr. Tenente-Coronel disse:
— Agora eu desejo para o senhor tudo, tudo de bom. Portanto,
entre. – e ele fora embora.
A ante-sala era pequena. Eu abri uma porta de vidro, então surgiu
uma sala maior, onde uma escada à esquerda conduzia para cima.
Assim que me aproximei da escada, eu vi o Senhor lá em cima, que me
disse as seguintes palavras:
— Suba Sr. Wagner, eu já estou aguardando o senhor.
Então eu subi a escada alegremente, que era levemente curva, onde
o Senhor me cumprimentou muito cordialmente. Eu me curvei
profundamente e mal conseguia respirar. Duas Senhoras passavam
naquele momento pelo corredor ali de cima.
— Por favor, entre aqui na sala de estar!
E assim eu pude sentar-me em uma cadeira. O Senhor sentou-se à
minha frente e conversamos bastante. A grande amabilidade que era
tão benfazeja. Eu sentia uma pressão, sim, uma onda de força, que me
dava uma grande coragem; fiquei bem leve, e alegria me sobreveio. O
Senhor me olhou e sorriu, e disse:
— Então o senhor está novamente junto comigo Sr. Wagner.
Pareceu-me como se eu já conhecesse o Senhor desde sempre e o
Senhor sorria. Fazia-me bem, eu me sentia tão protegido, todo o peso
caiu de mim, me senti livre. E as lágrimas me afloraram, de tanta
gratidão. Eu acho que nesse momento eu não teria podido dizer
nenhuma palavra. De preferência eu teria me atirado de joelhos. Mas o
Senhor era tão bondoso, Ele me auxiliava, para que eu pudesse
suportar isso, de tanto que me sentia tomado por isso.
— Então estamos novamente juntos. Eu também me alegro,
pelo senhor ter encontrado o caminho até aqui. Assim vai em
direção ao Alto.
O Senhor me perguntou sobre muitas coisas, sobre minha
profissão, que o agradou bastante e que era bem prática e diversificada,
e como eu encontrei a Mensagem.
— O senhor também pôde vivenciar muitas coisas?
— Sim – respondi – posso, por favor, contar?
Então eu narrei: a partir dos 12 anos de idade eu comecei a
procurar conscientemente. Quando menino, com 6 – 7 anos me fora, em
certas horas, freqüentemente mostrado uma luz. Na direção Leste.
Muitas vezes contei para meu pai, que jamais notara algo de especial.
Sim, dizia ele, talvez você esteja vendo uma forte luz da grande
empresa, que lá longe possui uma lâmpada ao ar livre para o trabalho.
Muitas vezes eu saía sozinho, para fora, em direção daquele local, para
fora da pequena cidade Ried, para ver a luz, o que me causava toda vez
uma grande alegria. Também na escola houve dificuldades na aula de
religião católica, pois eu sempre via as coisas de maneira diferente e
aquilo me repudiava totalmente. Assim eu cresci e me tornei marceneiro
e músico. Com 17 anos saí para o mundo, para me virar totalmente
sozinho. Eu queria encontrar meu caminho totalmente sozinho. Eu me
sentia impelido para as montanhas, e também encontrei trabalho. À
noite, quando eu estava sozinho, era muito grande a minha
saudade pelo Alto, e no verão, quando o tempo estava bom, eu
freqüentemente me deitava de costas sobre um banco e deixava tudo
passar diante dos meus olhos. Eu sentia que me viria o auxílio do Alto,
e a grande confiança eu a possuía.
O Senhor ouvia tudo atentamente.
O Senhor disse:
— A grande confiança lhe deu tudo!
E sorriu. Assim eu fui contando tudo para o Senhor, e também
relatei sobre a bela imagem que eu tive, quando estava pela primeira
vez sozinho e feliz com a Mensagem, quando me fora mostrada a 1:00
hora da madrugada, um Burgo com uma bandeira verde.
Então o Senhor sorriu e disse:
— Aí lhe fora mostrado uma bela imagem de um elevado plano
espiritual. Senhor Wagner, olhe para fora da janela.
Então eu vi sobre um mastro a mesma bandeira verde tremulando,
como eu havia visto na imagem. Novamente me sobreveio tanta
vivência.
O Senhor disse:
— O senhor fixou-o bem na memória?
— Sim – respondi – eu fiz um esboço no papel.
Eu mostrei-o ao Senhor. Então o Senhor respondeu:
— Eu tenho então o desenhista para mais tarde.
Pude ficar uma hora inteira junto ao Senhor, junto ao Filho do
Homem, ao Filho de Deus! Eu bebia da sagrada irradiação do Senhor,
inconscientemente, e estava tão feliz! Conversamos ainda bastante,
também que a partir de então eu poderia vir à Montanha para
participar das devoções, tantas vezes quantas eu quisesse. O Senhor
alegrou-se sobre a Madame Baiger. Também me desculpei com o
Senhor por ter vindo assim, nesses trajes de montanha.
— Ah – disse o Senhor – isso não é o mais importante.
Então eu Lhe contei como eu tinha subido até ali. Mas assim como
o Senhor era, Ele riu de coração. Tudo interessava muito ao Senhor.
Assim surgiu de mim a idéia de eu perguntar ao Senhor, caso Ele possa
ou pudesse precisar de mim, que eu me mudaria com o maior prazer
para sempre para a Montanha, com o que o Senhor se alegrou bastante,
por eu ter me oferecido por mim mesmo.
O Senhor disse:
— Talvez eu precise e o senhor me seja mesmo bem necessário,
um trabalhador assim tão diversificado. Mas nós nos veremos e nos
falaremos com freqüência.
Houve uma enorme quantidade de perguntas e de coisas não ditas.
Como o Senhor disse: a partir de agora eu poderia vir para as sagradas
devoções na Montanha Sagrada, tantas vezes quantas eu quisesse!
Parecia-me como se agora eu pudesse ter acesso à Sagrada Devoção.
Mil vezes obrigado! Ao olhar para o Senhor, sobreveio-me gratidão.
Na despedida eu apertei firmemente as mãos do Senhor, cheio de
alegria e felicidade, cheio de humildade, de modo que novamente as
lágrimas afloraram. O Senhor era tão cheio de bondade. O encontro
com o Filho de Deus, com o Filho do Homem foi o ponto mais elevado
para mim. Poder ter essa graça, é o maior de todos os presentes. Assim
eu não encontrava mais palavras do que, mil vezes obrigado, e
irradiante fui embora do Senhor, que, às vezes, me olhava
profundamente, mas sempre de novo sorria. Quando saí da casa,
ambos os cachorros estavam ali, como guardas, mas ambos foram
amistosos. Eu disse: “Vocês dois são belíssimos animais!” Eu fui de
volta à casa do Sr. Tenente-coronel Manz. Eu estava repleto de alegria e
disse:
— A partir de agora eu posso vir para a Sagrada Devoção.
O Sr. e a Sra. Manz se alegraram bastante.
No caminho de volta, que agora passava por Vomp, uma bela e
estreita estrada, deixei que tudo passasse mais uma vez por minha
cabeça, tudo o que eu pude ouvir e vivenciar. Fora maravilhoso. Assim
eu cheguei à coisa sagrada, à Verdade na Montanha Sagrada da Luz, ao
próprio Senhor, ao Filho de Deus, Filho do Homem. Essas palavras
tinham me atingido, me despertado. Agora poderia vir o que fosse. Eu
pedi ao SENHOR, que essa maravilhosa impressão luminosa pudesse
permanecer sempre dentro de mim, pura e clara. Eu devo ter precisado
de um longo tempo para chegar até Vomp, também não encontrei
ninguém. Aí me veio novamente em mente como o Senhor falou a
respeito do Burgo. Isso só mais tarde me ficou claro. Quando cheguei a
Innsbruck, tudo me pareceu estar modificado. Eu observava de modo
mais minucioso, notava todas as coisas de forma bem melhor, eu estava
bem mais cordial, prestativo, compreensivo. Sim, tudo havia se
modificado, eu tinha até um sorriso cordial. Tornei-me mais livre
através da vivência. Certas pessoas até me disseram, que agora eu
estava como que modificado, bem mais simpático.
Na noite seguinte eu fui à casa da Madame, fui fazer uma visita, que
se alegrou muito. Em breves traços eu contei o mais importante,
também que a partir de agora eu poderia ir à Devoção na Montanha
Sagrada.
— O Senhor também se alegrou com a senhora, Madame. Eu posso
lhe dizer: O Senhor manda cumprimentá-la cordialmente.
Aí, percebi, como seus olhos brilharam de forma especial. Sim, não
era de se admirar, quando o Senhor mandava saudar alguém, de modo
que cada um podia sentir a grande força que partia do Senhor. Eu
ainda fui muitas vezes à devoção em Innsbruck. Da forma que me era
possível, pois eu estava freqüentemente fora, em montagem. Mesmo aos
domingos, eu não ia sempre à Montanha Sagrada, como ocorria muitas
vezes quando eu estava trabalhando em Seefeld. Era uma época muito
ruim, a gente ficava contente quando tinha um trabalho e podia
trabalhar.
Certo dia o Senhor mandou me dizer, que eu deveria vir até Ele
depois da Devoção. Já era maio de 1932, onde Ele me comunicou que
Ele havia refletido muito, mas que na Montanha Sagrada seriam
construídos vários alojamentos, já que Ele estava sendo cada vez mais
pressionado por aqueles que queriam morar na Montanha e ter ali seus
domicílios, e pediam ao Senhor por isso. Assim o Senhor cedeu, apesar
de não Lhe ser totalmente conveniente. O Senhor me comunicou que eu
poderia contar em breve com o fato, de mudar-me definitivamente para
a Montanha como funcionário. Eu estava muito feliz. Às vezes acontecia
de eu encontrar o Senhor quando Ele ia passear e podia ouvir algumas
palavras Dele.
Quatorze dias antes de me mudar para a Montanha, eu fora
novamente convidado pelo Senhor para ir ao Gralshaus (Casa do Graal)
para o café, onde houve tantas coisas belas para se ouvir. Mais tarde eu
relatarei a esse respeito. No verão havia chegado o momento em que eu
podia me mudar. Eu estava irradiando de felicidade. Muitas coisas
estavam sendo construídas na Sagrada Montanha, assim também a
marcenaria, otimamente instalada, até com uma máquina universal.
Com ela eu podia fazer todas as coisas e mais rápido, já que muito
trabalho se acumulava e parecia não ter fim. Continuamente vinham
mais trabalhadores para a Montanha Sagrada. Havia um labutar
intenso, cada um dava o melhor de si. Era simplesmente maravilhoso.
Nos anos seguintes a Montanha Sagrada se modificou tanto, que
não se podia mais reconhecê-la. Nos meses de inverno havia muitas
vezes até 75 cm de neve.
Quase todos os domingos o próprio Senhor proferia as instrutivas e
construtivas dissertações, com o que nós podíamos continuar sempre
nos instruindo no elevado saber. Toda vez o saber era ampliado.
Freqüente, mui freqüentemente o Senhor falava no fim da dissertação:
“Agora ide, agi e vivei de acordo! Então nada poderá vos
acontecer em vosso caminho, e vós sereis felizes! Pois tudo tece e
se esforça, já que os fios e as irradiações alcançam por toda a parte
e vos conduzem, se fordes puros. Vós sereis guiados pelo Alto.
Tende apenas uma forte confiança em Deus, o Senhor. Eu vos
auxilio nisso. A força da Luz vos acompanha então,
continuamente.”
O Senhor esforçava-se continuamente, para que aprendêssemos a
entender a Mensagem do Graal, a conformidade com a lei, pois todos
nós já nos encontramos tão distantes e mal ainda podemos aprender a
compreender, como nos tornar simples e naturais. Por isso, para o
Senhor, o mais difícil foi trazer a Palavra para os seres humanos, formá-
La em palavras, torná-la compreensível aos seres humanos, o que
praticamente nem é possível se a intuição não trabalhar junto, e esta
quase nenhum de nós conhecia.
“Nisso eu quero vos ensinar, e quão necessário vós o teríeis”,
falava o Senhor muitas, muitíssimas vezes.
Assim aconteceu que no ano de 1932 eu fora selado e pude
participar e vivenciar a primeira solenidade, apesar de em 1931 eu já
ter estado freqüentemente na Montanha Sagrada. A Solenidade fora
uma grande vivência para mim, grandiosa. A bela música, as rosas
maravilhosas, a entrada dos cavaleiros, dos apóstolos, discípulos, tudo
em cores. Os belos trajes e mantos, os chapéus das Senhoras que
possuíam uma elevada convocação, cada uma em sua cor, assim
também os cavaleiros. Os discípulos também com mantos prateados, os
chapéus arcados, simplesmente belos e majestosos. De repente a
música de entrada se tornou mais suave, e Frau Maria entrou vestindo
um manto preto, com uma Cruz dourada bordada no lado, Fräulein
Irmingard em um manto verde, com lírios bordados sobre o manto,
ambas com um belo, belo diadema sobre as cabeças. E já entrava o
Senhor com um manto violeta e a flor de lótus nas costas. Logo se
finalizou a suave música e o Senhor começara a falar. O Altar estava
maravilhosamente enfeitado, com muitas rosas. No centro encontrava-
se o Graal como taça, ao redor dela castiçais dourados, cada um com
uma vela acesa, ao lado a taça de selamento vermelha com água,
também algumas bandejas com vinho e pão. Todo o recinto da
solenidade estava fechado da esquerda para a direita com uma cortina
longa e branca, disposta em pregas. Atrás do Altar ficava o púlpito de
oratória do Senhor. No centro, atrás do púlpito havia um pano verde,
com o Olho de Deus na altura da cabeça do Senhor, que irradiava,
simplesmente maravilhoso. Ao lado, à direita, a Bandeira do Graal, que
um convocado segurava como porta-bandeira. À direita e à esquerda
sentavam-se as elevadas Damas, Frau Maria, o Amor de Deus, Fräulein
Irmingard, o Lírio Puro. O altar ficava no alto, no quinto degrau. À
esquerda e à direita cadeiras azuis, onde os cavaleiros e apóstolos
tomavam lugar. Um pouco mais abaixo os discípulos, onde também
havia uma diferença: alguns com os mantos prateados, estes eram os
discípulos de selamento, os outros discípulos, de fraque. Os vários
discípulos sentavam-se em semicírculo, assim também as discípulas.
Sobre o primeiro degrau havia um púlpito de oratória com pano preto e
uma Cruz dourada, onde um apóstolo falava em determinada hora. Um
degrau acima encontrava-se um púlpito, sobre o qual estava fixada uma
Cruz dourada para o juramento. Lá os portadores da Cruz prestavam o
juramento com as palavras “Eu prometo”, quando recebiam o chamado
para a preparação. Sobre o segundo degrau encontrava-se uma estreita
almofada, onde o selamento era recebido de joelhos. Para isso o Senhor
descia os três degraus e selava os solicitantes em nome de Deus.
Cada vez mais pessoas vinham para a Montanha Sagrada, eram
cerca de seiscentas, setecentas pessoas que tiveram lugar no templo.
Todos estavam repletos de humildade e alegria. O Senhor se alegrava.
Por fim fora construído um teleférico, para que o material para o
Gästehaus (Casa de Hóspedes) pudesse ser trazido para cima. Um
Gästehaus fazia-se impreterivelmente necessário, para que as muitas
pessoas tivessem um alojamento, enquanto elas estivessem ali. O
Senhor tinha se preocupado com tudo.
Eu tive, nesses anos, muitos belos relacionamentos também com
pessoas privadas, que residiam na Montanha e também com hóspedes.
Eu era um rapaz jovem, desembaraçado, cordial e extremamente
prestativo. Havia muito que fazer na Montanha Sagrada. Assim
acontecia que eu podia e precisava ir muitas vezes até o Senhor, por
volta das 6:30h da tarde, onde tudo era discutido, entre outras coisas,
tudo o que havia para fazer, e muito mais, o que deveria ser pedido,
quais materiais eram necessários. Também, por parte do Senhor, havia
toda vez algo de profundamente espiritual para se ficar sabendo: como o
mundo em geral iria se modificar, como tudo estava previsto pelo Alto, o
desenvolvimento na Montanha, ao redor da Montanha, no mundo.
Também que a Montanha seria totalmente modificada. Por isso as
construções eram feitas por enquanto de madeira, para que, quando
tivesse chegado a hora, elas pudessem ser novamente desmontadas,
quando o Burgo do Graal estivesse concluído.
Um Burgo luminoso, um Burgo mundial para 12.000 pessoas
deveria ser construído. A estrada deveria passar por Fiecht e ir até
pouco antes do Burgo do Graal, já que nenhum carro deveria e poderia
ir até o Burgo. A Montanha inteira deveria surgir em degraus, levando
até o Burgo Sagrado, onde, a partir da floresta, iriam surgir belos
jardins com canteiros floridos e crescer muitos arbustos do sul, já que
toda esta parte do Universo seria elevada, para um clima melhor. Zonas
mais agradáveis deverão surgir. Então, acima do Zilderhof, em direção a
Fiecht, deverá ser construído o Templo intermediário para 10.000
pessoas. O Burgo do Graal deverá ser construído com mármore branco
e com muitas pedras vindas de outros países, já que os maiores artistas
e construtores iriam trabalhar nele. Deverá surgir um Burgo mundial,
assim como fora visto, tão belo quanto possível: o Burgo da Luz na
Terra. A cúpula central, a maior, resplandecerá em ouro verde, e sua
forma única e nobre irá poder ser reconhecida de longe. Sobre sua
ponta deverá tremular a Bandeira verde, a Bandeira do Graal, assim
como ela sempre irá tremular no mastro diante do Gralshaus (Casa do
Graal). O Gralshaus nunca será desmanchado. Ele deverá permanecer
como símbolo da ligação com o Alto. Tudo o mais será retirado. Tornar-
se-á maravilhoso! O Burgo da Luz terá sete cúpulas com sete grutas,
cada gruta uma cor diferente: amarelo, azul claro, azul, vermelho rosa,
verde, violeta, branco, portanto, todo dia uma determinada cor para
adoração. Assim foi no tempo de Abd-ru-shin e assim também deverá se
tornar aqui no Burgo da Luz na Terra, assim como ele se encontra e
irradia nas alturas luminosas. Também a câmara de sepultamento de
outrora do Senhor, a pirâmide, deverá no futuro, quando o pé do
Senhor pisar o deserto de areia, ser desenterrada por uma tempestade e
todos os tesouros maravilhosos serão utilizados e aplicados para o
adorno do Burgo do Graal.
O Burgo do Graal dará a oportunidade para 12.000 pessoas, para
que elas possam vivenciar as Solenidades na Montanha Sagrada. Mas
seriam organizadas de tal forma, que só poderiam vivenciar as Sagradas
Solenidades delegações de círculos maiores e, nisso, cada vez outros
serão determinados. Todos, sim, todos os outros deverão e poderão ver
de longe, pois não seria possível de outra forma. Assim, será dada
oportunidade para cada um de vivenciá-las. Pois se refletirmos, as
muitas e muitas pessoas nunca poderiam ir até a Montanha. Que
maravilhoso isso será, quando o Burgo da Luz reluzir em seu
resplendor, o maravilho ambiente ao redor, o clima agradável! Todos os
problemas estariam bem resolvidos, e haveria dinheiro suficiente. Para
isso o Cavaleiro Vermelho seria o responsável. Todos se entregaram ao
serviço, ao Senhor, voluntária e alegremente, para servir à Vontade,
bem como a Deus, o Santíssimo, que, aliás, nos o possibilita, que,
através de Seu grande amor pelo espírito humano e pela natureza fez
surgir a Terra. O que nós, espíritos humanos, deveremos fazer em troca,
senão de nos movimentar, de aprender a reconhecer e a observar as
simples Leis, e de trilhar o caminho correto. Então seremos do agrado
de Deus. Isso nós devemos Àquele que nos deu a vida, a Deus, ao
Senhor.
Muitas coisas aconteceram durante os anos. Assim a Colônia do
Graal fora formada; em 31.07.1932, Jaspis; em 16.10.1933 a Escola do
Graal; em 1933 também concertos, os bombeiros e muito mais fora
criado. No Gästehaus (Casa de hóspedes e restaurante) se cozinhava
para todos. Também não havia nenhuma diferenciação na comida, quer
fosse para uma pessoa particular ou para um funcionário. Todos se
alimentavam igual e bem, como cidadãos comuns. Os funcionários
eram muito bem tratados, eles recebiam todas as refeições do dia,
abundante e suficientemente.
O Senhor falava sempre:
— Meus funcionários, que fazem o trabalho manual, também
devem ter o pagamento correto.
O Senhor era a favor de uma roupa boa e limpa. Cada portador da
Cruz deve ter um comportamento imaculado, um corte de cabelo limpo,
assim se reconhece até o caráter. Na Montanha Sagrada trabalhava-se
firmemente, cada um de sua maneira. Aos domingos, havia Devoção às
9:00h, onde o próprio Senhor falava freqüentemente, o que era o mais
belo. Assim cada vez mais pessoas encontravam o caminho para a Luz,
para o Senhor, e pediam poder servir, especialmente terrenamente, mas
também espiritualmente. Muitas coisas tinham de ser adquiridas, para
que se prosseguisse. Assim vieram dois cavalos, um burro, pavões,
pombas brancas, dois cachorros, um vigia noturno com cão, de nome
Bare.
No que se refere à marcenaria havia muito, muito o que fazer. Tudo
tinha que ser feito: portas, janelas, móveis, cercas, portão de garagem,
etc., já que um carro fora finalmente adquirido, para que o Senhor e
também as elevadas Damas pudessem sair, também ir até Innsbruck,
às autoridades. O discípulo Dörflinger, mais tarde o Sr. Deubler, eram
os condutores, os motoristas.
Por muito, muito tempo foi muito bonito na Montanha Sagrada, até
que, às vezes, aquilo que é humano, começou a se colocar em primeiro
plano. Eu posso dizer, eu, por mim, fazia tudo com o maior prazer. Para
mim sempre estava diante dos olhos e eu estava sempre consciente, por
que motivo eu posso estar junto ao Senhor, e eu estou agradecido.
Muitas vezes o Senhor falava:
— Meu bom Sr. Wagner, o senhor tem tantas coisas para fazer,
mas mais tarde irá ficar mais fácil.
Em 1934 eu fui convocado. Para sempre servir verdadeiramente
com alegria. Eu já sabia anteriormente o que eu tinha e podia resgatar,
já que temos que seguir o chamado a qualquer preço, e que é o mais
belo: poder tornar-se um servo do Senhor, mas plenamente, e por isso
todos nós tínhamos sido encarnados nessa época, para que, na hora da
realização, quando o Senhor nos chamasse, nós também devêssemos
estar preparados. Por isso, outrora, todos foram elevados até Patmos,
para prestar o juramento: estar ao lado do Senhor, quando ele
precisasse de nós. As palavras da minha convocação foram: ser um
mestre da juventude, já que a juventude também me era confiada por
um tempo, para as atividades de trabalhos manuais, ginástica,
educação, etc. Era um grande campo de atuação. Principalmente a
educação espiritual também era muito importante, o que tem grande
efeito terrenamente. Especialmente para os jovens deviam ser
estabelecidos limites severos, já que eles vinham de baixo. Aí
aconteciam tantas coisas. Todos eles tinham de fato a boa vontade.
Assim eu providenciei que também fossem introduzidas horas de
trabalhos manuais, o que todos gostavam. Eu lhes dava sugestões,
ferramentas, material e também introduzi horas de debate, de modo
que cada um podia falar o que quisesse. Eu considerava muito
importante, que tudo ocorresse de forma bem livre e espontânea. Eles
tinham que formar fila às 11:15h, assumir uma postura firme, uma
breve volta. Pontualidade, limpeza, sim, promessas tinham que ser
rigorosamente cumpridas, tudo o que era importante para que eles se
tornassem rapazes de primeira. Às vezes o Senhor ficava de pé na
sacada da casa e olhava. Os jovens estavam alegres. Às 11:30h nós
marchávamos juntos até o Gästehaus para o almoço, onde nós
comíamos juntos em uma longa mesa. Antes, uma oração da refeição.
Mais tarde ainda foi acrescentada mais uma mesa. Cada semana um
era escalado, o qual tinha a responsabilidade por todos, mesmo se não
estavam comigo. Nas horas de trabalhos manuais havia, às vezes,
dificuldades. Certos rapazes não eram tão hábeis e também pouco
alertas, então outros se aproveitavam disso e pegavam material deles,
para terminarem mais rapidamente o seu trabalho. Mas isso muitas
vezes era mal sucedido, pois eu ficava alerta. Aí eu brigava, não havia
perdão. Eu os ensinava como a gente pode reconhecer a intuição de
forma consciente. Há exemplos suficientes. Os rapazes entendiam
muito bem, e para mim era tão belo poder ter um campo de atuação
assim. A minha convocação dizia:
“Tu poderás dar muito à juventude, já que desenvolver-te-ás
para um mestre de arte nunca imaginada, assim também no
desenhar, o que já te foi dado.”
Freqüentemente o Senhor dizia para mim:
— Quando se olha para as fileiras, da forma como as pessoas
trabalham, só deveria haver coisas belas.
Nisso ele me olhava de um jeito! Eu ainda não entendia, porque o
Senhor dizia isso para mim, eu pensava, isso tem um motivo, eu ainda
vou descobri-lo. Temos de viver de forma pura, simples e bela. Quem
não faz isso, perturba a harmonia na Montanha Sagrada, este tem de ir
embora. Infelizmente havia algumas pessoas que não trilham o caminho
de forma certa e estas a pureza já irá excluir. Aí tornou-se claro para
mim, porque o Senhor havia dito essas palavras.
Certo dia foi me entregue um projeto pelo cavaleiro branco. Um
pavilhão octogonal devia ser construído, com 4 metros de altura e a
mesma largura, uma construção totalmente diferente, de característica
chinesa. Ele deverá servir ao Senhor no jardim do Graal, onde o Senhor
irá poder trabalhar ao ar livre sem ser perturbado. O Senhor nos dava
continuamente mais coisas espirituais. O pavilhão deverá ter duas
grandes portas, que podem ser abertas para fora. Quando eu ouvi isso,
fiquei muito feliz. Finalmente o Senhor poderá ficar totalmente sozinho.
Eu ainda me lembro como eu disse ao Senhor, que Ele deveria ficar
totalmente isolado, para que não fosse continuamente incomodado.
Então voltamos novamente, como muitas vezes, a conversar sobre
as imagens da Criação, as quais também irão atuar como uma espécie
estranha, pois ninguém pode imaginar, como se pode apresentar a
Mensagem assim de forma tão aproximada, e isso foi possível!
Freqüentemente eu trabalhei nos esboços delas, em 1932. Era na pausa
do almoço e eu queria novamente desenhar algumas coisas como
esboço. Aí o Senhor encontrava-se de repente atrás de mim, o que eu
nem supunha. Então o Senhor riu e disse:
— Mas o senhor está aprofundado, eu já estou há bastante
tempo aqui e o senhor nem me percebeu.
Mas o Senhor logo me dava mais sugestões. Ficamos uma meia
hora conversando sobre isso, já que eu explicava tudo da forma como
eu via. Aí o Senhor estava satisfeito e disse:
— Continue assim, Sr. Wagner, pois devem surgir três imagens.
Mas, de qualquer forma, nós iremos conversar ainda mais vezes
sobre isso.
Depois de alguns dias já comecei a preparação do grande trabalho
para o pavilhão. Havia muito trabalho, até que eu tivesse reunido todo o
material desejado. A madeira adequada não se encontrava ali. Todo dia
o cavaleiro branco me apressava, pois ele queria ver algo, apesar de eu
ter lhe esclarecido que eu já havia logo encaminhado tudo para receber
o material desejado. Então ele disse: “Sim, isso eu não posso entender.”
Ele imaginava isso bem mais simples do que se podia supor. Um dia
finalmente uma parte do material se encontrava ali. A máquina
universal funcionava a todo vapor. O cavaleiro branco estava radiante.
Mas a gente não via nada mais do que cavacos de madeira. Então ele já
perguntava de novo, impacientemente. Eu sei, ele tinha boas intenções.
Também para mim não era tão fácil. Um dia, quando eu novamente
pude ir às 5:30h até o Senhor, eu contei ao Senhor, que não era tão
fácil e que já o tipo da construção de tal forma arcada já dava muito
trabalho, muito mais trabalho, e eu tinha que preparar tudo primeiro,
até que eu pudesse construir. Eu faço tudo em todo o caso, porque o
cavaleiro branco, às vezes, já me criticava.
Então o Senhor me disse:
— Sr. Wagner, eu o direi ao cavaleiro branco, ele não irá mais
apressar o senhor.
Enfim, eu já faço todo o possível, mas o cavaleiro branco não possui
a compreensão para tal trabalho.
— Eu sei que o senhor está fazendo tudo para que haja um
progresso.
A partir daquele dia o cavaleiro branco estava como que mudado.
No dia seguinte ele veio, bateu nos meus ombros, desculpou-se bem
cordialmente e disse:
— O senhor é um tipo muito formidável! – e riu.
O Senhor me auxiliava continuamente, já que eu podia ir até Ele
quase todos os dias às 5:30h. Além do meu trabalho eu tinha muitas
outras coisas para fazer. Eu tinha que cuidar dos pintores, da forja, dos
bombeiros, dos rapazes, da torre do relógio, que às vezes dava
problemas e muito mais. Assim havia muito que relatar, quando eu
podia e me era permitido ir até o Senhor. O Senhor me presenteava
muita confiança. Às vezes me oferecia uma taça de vinho, especialmente
quando Ele havia boas coisas para contar. Nessas ocasiões Ele me dava
elevadas orientações espirituais, de como os fios corriam na Criação.
Dia a dia prosseguia o pavilhão, até que havia chegado a hora do
telhado, onde, em especial, surgiram muitas dificuldades. Ele era
curvado, da forma chinesa, aí eu tinha que encurtar toda vez cada
pedaço de madeira e, além disso, o pavilhão era octogonal. Mas deu
certo. Eu estava muito satisfeito. Em aproximadamente uma semana eu
iria poder montá-lo, mas primeiramente deveria ser concretada a base
oitavada. Ela também deveria secar durante o domingo. Um dia tudo
estava pronto, eu estava feliz. O cavaleiro branco que, por fim, era
responsável por tudo na Montanha, mandou providenciar um grande
carro, sobre o qual carregamos o pavilhão, que estava dividido em duas
partes. Então partimos. O cavaleiro branco cedeu cinco homens para
ajudar, já que o pavilhão era muito pesado, especialmente o telhado,
que tinha de ser erguido sobre o conjunto, mas ele se ajustou muito
bem. Tudo. Eu estava feliz. Nesses dias o Senhor e as elevadas Damas
tiverem de ir à Innsbruck. Foi uma grande sensação: “O pavilhão está
sendo montado!” Todos olhavam. Quando à tardinha o Senhor e as
elevadas Damas voltaram, a primeira caminhada do Senhor foi em
direção ao pavilhão. Já havia terminado o horário de trabalho e eu
estava justamente reunindo as ferramentas, quando o Senhor chegou.
Alegremente eu relatei sobre tudo:
— Tudo ocorreu bem na montagem e na colocação.
Aí o Senhor riu e me deu a mão, e disse:
— Eu o sabia.
— Agora eu vou aparafusar tudo e começar a dar a primeira demão,
a pintar.
O Senhor se alegrou muito. Eu também irradiava de alegria, por
poder fazer algo bem prático para o Senhor. Eu era humilde e quieto.
Eu tinha quase 24 anos de idade. Eu tinha ainda muito pouca
experiência, para atrever-me a um trabalho destes, mas com o grande
auxílio do Senhor, até o impossível pode ser feito.
No dia seguinte continuei novamente com o trabalho. Então me
aconteceu algo. Eu entrei no jardim do Graal com a caixa de
ferramentas, queria tirar a medida de algo, subi em cima de uma
banqueta que virou. Assim tive que procurar as ferramentas. Ai me
faltou meu metro de 2 metros. “Sim”, eu disse para mim mesmo, “este
se encontrava aqui.” Eu procurei por tudo, mas ele não estava ali.
Então tenho que voltar novamente até a oficina. Mas também não
estava ali. Assim eu levei um outro junto. Quando eu estava chegando
de novo ao portão, à cerca, da casa do Graal, meu amigo canino estava
ali com o metro na boca, abanando o rabo, foi muito bonito. Eu o
acariciei e disse: “Você é um garoto muito esperto”, mas tudo estava
bem de novo. Bem disposto comecei a trabalhar, depois que eu havia
agradecido ao cachorro. O cão, em si, não era nenhum camarada assim
tão amistoso, um pastor alemão aguçado, mas eu gostava dele.
Com o trabalho do pavilhão eu aprendi muitas coisas,
especialmente como se deve trabalhar com a intuição. Isso foi o
decisivo, aquilo que fez com que o pavilhão desse tão certo.
O Senhor já havia me dito:
— Preste especialmente bem atenção à sábia disposição da
intuição, pois isso falta à maioria, também aos moradores da
Montanha, – sobre o que o Senhor se queixava freqüentemente, que
essa faltava muito aos moradores da Montanha.
Pouco depois as portas foram enganchadas, o soalho colocado. Na
mesma semana foram colocados os vidros. Tudo feito por mim mesmo.
Tudo foi pintado de forma bonita, por fora, em parte de vermelho
zinabre, o enchimento de cinza prateado, e o interior, até dois metros de
altura, de cinza claro, depois clareando, e mais para cima de um belo
amarelo e o teto superior de dourado. Uma maravilhosa luminária para
iluminação. Para mim o trabalho logo chegou ao fim. Nesse meio tempo
o jardim foi preparado de forma muito bonita e um riacho descia de um
jardim de pedras. Como sobre esse pequeno riacho ainda deveria haver
uma ponte, fiz ainda uma de forma arcada, de madeira de larício, com
um bonito corrimão arcado. Tudo deu certo, tudo ficou pronto e todos
se alegravam, já que o pavilhão chinês se encaixava muito bem no belo
jardim do Graal.
Dois dias depois o pavilhão foi inaugurado, pois ele era algo
especial. Eu fui convidado pelo Senhor para isso. O Senhor, Frau Maria
e Fräulein Irmingard. Eu fiquei a uma certa distância. Naturalmente eu
estava bem vestido com a roupa de domingo. Então o Senhor me
chamou até si. As portas foram abertas, o Trígono Sagrado sentou-se à
mesa, onde eu também tive e pude me sentar, cheio de alegria. Então o
Senhor falou:
— Agora novamente uma etapa se cumpriu, etapa essa que o
senhor, Sr. Wagner, nos tornou tão bela por meio de sua intuição,
de modo que nos alegramos muito.
Eu não pude dizer absolutamente nada, estava radiante, fiquei
muito emocionado. O Senhor me deu a mão e eu me inclinei
profundamente. Nisso o Senhor disse:
— Eu sei, o senhor ainda vai nos causar muita, muita alegria,
como na época de
Abd-ru-shin.
O Senhor contava como era nas alturas luminosas, as quais eram
atravessadas por maravilhosas irradiações, em plena harmonia, como lá
existe um eterno atuar e flutuar e tudo se cumpre. Eu estava com tanto
calor, que mal conseguia suportar. O Senhor falava de modo majestoso
sobre assuntos que eu nem conseguia compreender direito. Eu estava
profundamente impressionado. Ele, o Senhor, falava dos ismanos, que
eram totalmente perpassados pela intuição, que utilizavam
corretamente o raciocínio, que sabiam exatamente quão maravilhoso é o
grande presente da Luz, a intuição.
“Se os poucos se esforçassem por compreender, o circular seria
restabelecido e irradiando a humanidade tornar-se-ia bela e livre.”
Ele contava que seria tão fácil ouvir o que a intuição diz, e as
pessoas a ouvem, sem exceção, só que o raciocínio deve se orientar e
agir de acordo com o que a intuição diz, então tudo transcorreria de
acordo com as leis na materialidade. Na época de Abdruschin eu
também já havia cumprido e causado muita alegria, especialmente na
construção do Templo, onde eu pude atuar junto.
— Sim, o senhor o sabe. – disse o Senhor e riu.
Depois de longos e muitos assuntos conversados, que não podiam
ser captados por mim, o Senhor falou com as Damas, também sobre a
pressão que, de acordo com a Lei, sempre partia de cima até as regiões
mais baixas.
Então eles se levantaram. Fräulein Irmingard tinha uma máquina
fotográfica consigo.
— E agora queremos ter o mestre em uma foto.
Assim tive que ficar de pé na porta aberta.
— Sr. Wagner, o senhor tem motivo para se alegrar.
Então a foto foi tirada. Eu estava naturalmente irradiante.
Mais tarde o Senhor me disse:
— A foto ficou muito bonita.
Eu também ganharia uma cópia dela. Por cerca de duas horas eu
pude ficar junto ao Senhor, junto ao Trígono, onde pude ter as mais
belas vivências. Sim, muito, muitas coisas me foram ditas. O pavilhão
causou muita alegria ao Trígono, e a mim também. Maravilhoso era
tudo. O Senhor me disse que, já de natureza, eu possuía uma
disposição infantil e “eu desejo que o Senhor sempre permaneça
assim.” Eu não queria nada para mim, apenas servir, facilitar um
pouco o difícil caminho do Trígono. Assim, para mim, só havia mil
agradecimentos, por eu poder cumprir.
O bolo e o café estavam muito gostosos, mas eu mal ousava comer.
O Senhor também contou no café sobre a aliança que fora firmada
outrora, que agora Ele se encontrava pela última vez aqui e que a velha
aliança deveria ser desfeita, pela necessidade de uma nova, assim como
foi dito na Solenidade.
Na minha convocação o Senhor disse que minha convocação iria se
constituir de modo totalmente diferente, que no Burgo eu iria me tornar
guardião do Burgo, com uniforme, e que tudo o mais eu não deveria
contar.
Frau Maria me perguntou, qual seria agora o meu maior trabalho.
Então o Senhor disse:
— Eu acho, Sr. Wagner, que o senhor tem muito que fazer com
pequenos trabalhos, que se acumularam durante a construção do
pavilhão.
Sim, é verdade. Então eu pude me despedir do sagrado Trígono e
agradecer do fundo do meu coração. Também pude dar a mão ao
Trígono, já que o Senhor, como primeiro, me estendeu sua mão. Então
eles se retiraram para o interior do pavilhão.
Em 1935 eu casei, ocasião em que o Senhor mandou-nos chamar
especialmente até si e, mais uma vez, desejou tudo de bom. No domingo
seguinte, nós dois fomos convidados para um café no pavilhão, onde o
Trígono encontrava-se novamente reunido e o Senhor contou muitas
vivências bonitas, também de espécie espiritual. Sobre o aprendizado
que Ele precisava para, aliás, poder trazer a Verdade aos seres
humanos, o que era o mais difícil. Muitas coisas sombrias o Senhor teve
de vivenciar e sofrer, já que tinha de se encontrar como estranho sobre
este globo terrestre sombrio. Então veio o capítulo “reconhecer-se a si
próprio”, apesar Dele já há anos saber bem mais coisas do que todos os
outros. Assim veio então o reconhecimento repentinamente. Era como
se uma venda Lhe caísse dos olhos. Como havia chegado a hora, Ele foi
auxiliado pelo Alto. Uma grande alegria surgiu Nele, sim, tudo Ele via
diante de si, do Alto até o mais profundo baixio. Ele, que havia vindo do
Alto e que tinha a grande confiança em si, o grande amor, tudo jorrava
Dele com força. Era maravilhoso como o Senhor contava tudo isso.
Parecia-me, como se toda a Sua figura reluzisse. Era maravilhoso estar
junto com o Trígono.
À noite, as mesas e as cadeiras foram trazidas para fora do
Pavilhão, já que uma bonita queima de fogos de artifícios seria
realizada. O Trígono tomou lugar por volta das oito horas e então teve
início. Todos os moradores da Montanha puderam ir ao jardim do Graal
e alegraram-se. Durou duas horas inteiras, foi maravilhoso. Pois os
foguetes, as bolas luminosas e as muitas, muitas formas maravilhosas
que voavam pelo ar eram muito bonitas. O Trígono deu gargalhadas.
Sim, ainda muitas vezes, mais tarde, foi comentado esse evento. No
final o Senhor agradeceu a todos os colaboradores pelo grande esforço,
que fizemos com prazer para o Trígono. Algo pequeno, já que o Senhor
só tinha poucas alegrias para vivenciar.
A vida na Montanha era como deveria ser sempre, pois cada um se
alegrava, se esforçava. O grande exemplo, o Senhor, as Damas, todos
nós sentíamos continuamente a proximidade da sagrada força, a
irradiação, que muito necessitávamos. Todos se curvavam em
humildade e podiam captar muito daquilo que o Filho de Deus,
Imanuel, Parsival, continuamente nos dava. Às quartas-feiras à noite
sempre havia Devoção, onde eram lidas dissertações de diferentes
senhores para a ampliação da Mensagem. Até mesmo portadores da
Cruz de prata podiam ler, também era muito bonito. Aos domingos, ao
contrário, quase sempre era o Senhor quem lia, onde Ele ampliava a
Sagrada Mensagem. Às vezes, quando o Senhor não falava, o Trígono
sentava-se embaixo, diante dos degraus do Altar.
O Senhor fazia freqüentemente um passeio pela colônia com
Fräulein Irmingard e, nessa ocasião, Ele sempre passava pela
carpintaria. Fräulein Irmingard ia sozinha então para a casa da
administração. Eu estava muito ocupado, de modo que muitas vezes
não percebia o Senhor chegando, pois, geralmente, eu logo abria a porta
para Ele. Mas o Senhor sorria, quando Ele podia me surpreender. Para
mim isso não estava certo, mas Ele dizia:
— Está tudo bem, Sr. Wagner.
Assim eu relatava brevemente, contava o que havia me
impressionado ou o que havia ocorrido. Freqüentemente Ele me dava
uma instrução, chamando minha atenção para certas coisas. Então,
quando vinham novos hóspedes, Ele os levava toda vez até a
carpintaria, onde Ele os apresentava a mim. A carpintaria, muitas
vezes, encontrava-se num estado terrível, havia tanta poeira que tudo
ficava totalmente cinza. Mas quando o principal trabalho da máquina
acabava, eu logo me punha a fazer uma arrumação. Uma vez, eu ainda
me lembro, o Senhor veio até mim na carpintaria. Como Ele ia sair de
carro, Ele me perguntou se eu precisava de algo com urgência. Nessa
ocasião havia uma tal poeira na carpintaria, que eu mal podia ser visto,
devido a serra estar funcionando. Então o Senhor disse bem
amavelmente:
— Saia logo por algum tempo.
Tanta compreensão tinha o Senhor por tudo, era simplesmente
maravilhoso.
Um dia ocorreu uma desagradável surpresa, sobre a qual o Senhor
mostrou-se muito triste. Com o tempo, começaram a surgir
discordâncias por parte de certas pessoas, o que chegou até aos ouvidos
do Senhor. Não por mim, apesar de já ter percebido isso algumas vezes.
O Senhor apenas queria ajudar a todos. Na verdade, havia alguns entre
as pessoas, que se encontravam bem mal sobre os pés, e nem sempre
eram firmes. Mas eu sei, elas se arrependeram muito quando
repentinamente abriam suas bocas sem pensar. Eu era bem cauteloso e
sempre tratei essas pessoas especialmente bem. Todos as conheciam,
eu sempre tive percepção muito boa para isso. Somente precisava olhar
para uma pessoa e já sabia como ela era. Assim havia pessoas que
nunca entendiam bem o Senhor, mesmo as ordens que o Senhor dava,
elas, de preferência, interpretariam diferentemente e estavam
interiormente insatisfeitas. Minha observação me dizia com freqüência,
que eu não devia dizer tudo ao Senhor, quando eu podia ir até Ele às
5:30h.
Mas o Senhor estava alerta. Ele logo me disse:
— Sr. Wagner, eu sei tudo. Eu também sei que o senhor quer me
poupar. Eu vejo as malhas e os fios de forma clara e exata. Por isso
eu quero mostrar-lhe e dizer-lhe algo, então o senhor vai poder me
entender melhor, o quanto eu sofro já há muito tempo.
Então o Senhor me mostrou uma cabeça entalhada de Cristo, que
muitas vezes eu já havia visto em seu escritório, sobre o qual eu nunca
tinha ousado falar algo.
Ele, o Senhor, disse:
— Tanto quanto meu irmão sofreu aqui, tanto assim eu também
sofro, de maneira e dores incríveis.
Por alguns segundos houve silêncio, até que o Senhor novamente
olhou para mim. Eu fiquei estarrecido, lágrimas me brotaram dos olhos,
e pela primeira vez me sobreveio de forma inesperada um
pressentimento, sobre o que estava realmente ocorrendo no mundo.
Então Ele me contou, bem pensativamente, o que Ele já vinha
observando há muito tempo. Ele disse:
— Se isso prosseguir assim, será pouco provável haver ainda
uma edificação, pois os convocados vêm mui lentamente.
Já estávamos nos aproximando do ano de 1936. Mesmo assim o
Senhor sempre ficava muito alegre por ocasião das festividades de
Natal! Ele cantava conosco, os funcionários, comia conosco e ninguém
notava que o Filho de Deus sofria profundamente, pois Ele, o Senhor,
só queria dar. Assim Ele foi se tornando cada vez mais e mais sério.
— Eu digo isso ao senhor, porque o senhor me entende, Sr.
Wagner. Por isso eu o quero dizer ao senhor, já chegou ao ponto
que os primordialmente criados queixam-se profundamente ao Pai,
e pedem-Lhe fervorosamente por auxílio, porque nenhum espírito
consegue mais encontrar o caminho para o Alto, de tanto eles
terem se emaranhado. A humanidade torna-se cada vez menos
confiável. A Luz prevê isso. Os fios de auxílio pendem frouxos, não
são mais esticados para a vivificação. A honesta e boa vontade
deveria primeiramente ir ao encontro deles, ligando-se a eles, então
eles se tornariam mais rígidos, tornando-se luminosos e iriam ao
encontro da humanidade de forma irradiante.
Assim eu pude entender direito o que o Senhor dizia, que o mais
difícil era levar a Palavra Sagrada à compreensão dos seres humanos.
Freqüentemente, quando o Senhor novamente estava muito triste, eu
teria preferencialmente me escondido no chão, de tanto que me oprimia,
me tocava. Eu não podia dar nenhum consolo ao Senhor e pedia-lhe
com todo o meu ser, que Ele persistisse, pois Deus, o Senhor, iria
intervir quando chegasse o momento.
Muitas vezes o Senhor me parecia tão à vontade, como se anjos O
carregassem nos braços. O Senhor sempre falava da edificação e
novamente Ele se tornou satisfeito. Aí Ele podia rir tão à vontade e
alegremente, um irradiar emanava Dele, Ele era, pois, o Senhor!
Eu fora escalado como guardião do Templo, pelo Senhor
pessoalmente. Minha esposa deveria, mais tarde, só lidar com flores no
Burgo. Ao lado do Templo tínhamos nossa residência, pois o Senhor
estava constantemente em perigo, o qual crescia constantemente. Então
eu estava especialmente alerta em todos os sentidos.
Uma noite eu acordei repentinamente, já que eu tinha deixado a
janela aberta. Então eu ouvi um ruído, pulei para perto da janela e vi
dois camaradas no jardim do Templo que se esgueiraram pelo lado, com
o que eu gritei alto e forte para eles, de modo que eles pularam
rapidamente por sobre a cerca. Num piscar de olhos eu estava no
Templo, e eu ainda os vi correndo do lado de fora da cerca. Os dois não
haviam suspeitado que, como era uma hora da madrugada, alguém
estivesse praticamente à espreita. Somente então, por meio desse
pequeno incidente, é que se me tornou realmente claro, em que perigo
nós nos encontrávamos aqui em cima, especialmente o Senhor, nosso
Senhor. No dia seguinte eu informei o Senhor pessoalmente. Aí o
Senhor me disse que já o sabia pela Sra. Manz. Fora-lhe dito. Mas como
o Senhor era, Ele agradeceu muito. Assim as trevas iam se esgueirando,
para cada vez mais próximo da Sagrada Montanha. Há pouco tempo
também ocorrera um caso parecido perto do jardim do Graal, mas eles
foram afugentados pelos cães. Em um domingo o Senhor falou no
Templo, em uma dissertação onde ele indicou de forma especial para a
época futura, que deve ficar claro para cada um, que se deve ter a maior
cautela. Então nós poderemos nos defender dos muitos ataques que
ainda virão. Mas ainda mais importante é zelar da pureza, isso detém
as trevas em sua intenção.
Um dia eu tive e pude ir com o Senhor até o sótão do Gästehaus,
(Casa de hóspedes). Lá o Senhor olhou o local, já que Ele tinha a
intenção de estocar ali uma grande quantidade de trigo e painço. Esses
cereais deveriam ser prensados em flocos, para os moradores da
Montanha, caso devesse acontecer como estava previsto pelo Alto, que a
Montanha ficaria por um período de tempo isolada por fendas na Terra
e água. Para essa finalidade Ele havia comprado uma máquina de
prensar cereais em flocos da Suíça. E essa máquina também veio. Eu
estava presente quando ela foi instalada e experimentada. Ela também
funcionou muito bem. O Senhor se alegrava, pois Ele queria ajudar as
pessoas na Montanha e dar-lhes chances de sobrevivência, para que
ninguém passasse fome, pois as grandes modificações que haviam sido
profetizadas estavam iminentes. Eu reformei o sótão otimamente e bem
vedado, para que nenhum grão se perdesse.
A máquina de flocos fora providenciada por dois discípulos do
Senhor, que se chamavam Eisenbein e Nabholz, e também eram suíços.
Isso funcionou bem até a moagem. Então eles retornaram à Montanha,
totalmente descontentes. O Senhor já me havia dito algumas semanas
atrás, que Ele intuía que algo poderoso iria se modificar em relação a
sua pessoa, algo que não seria bom. E veja, veio logo, os dois discípulos
suíços deixaram-se envolver totalmente pelas trevas e simplesmente
colocaram o Senhor diante da seguinte situação: eles teriam que
receber, caso o Senhor quisesse a máquina, a quantia de aprox. 60% de
lucro, do contrário eles teriam que transportar a máquina
imediatamente de volta, pois não iriam conseguir a liberação dela pelas
autoridades suíças. O Senhor queria pagar a máquina por esses dias. O
Senhor também havia se informado detalhadamente como seria a
liberação pela Suíça. Disseram-Lhe nessa ocasião que a Suíça venderia
a máquina com prazer. Assim ficou totalmente claro ao Senhor, o que
esses dois discípulos queriam, ou seja, tirar dinheiro para si. Algo mais
infame eles não poderiam ter feito. O Senhor ouviu ambos calmamente,
olhou-os severamente e se enojou. Ele disse:
— Sim, se é assim, por favor, levem a máquina imediatamente
de volta, pois eu não quero ter nenhum dinheiro, nenhum centavo
para mim. Eu só queria ajudar, e isso só teria custado muito
dinheiro a mim.
Então, repentinamente, o Senhor se decidira por devolver a
máquina àqueles, de quem Ele a havia recebido. Os dois discípulos
ficaram muito surpresos com isso, mas o Senhor os repeliu. Tudo isso
se espalhou rapidamente. Assim toda uma corrente entrou em
movimento, sobre o que o Senhor dissera que viria a epidemia de
discípulos, porque muitos deles somente então mostraram como eram
interiormente. E veja, muitos negaram o Senhor. Assim rompia-se cada
vez mais a confiança do Senhor, pois se já os discípulos não eram fiéis,
como seria então com os outros portadores da Cruz e adeptos. Ainda foi
constatada muita coisa, o quanto o Senhor já havia sido enganado há
muito tempo. Diversos portadores da Cruz de ouro e de prata retiraram-
se da Montanha Sagrada e, com isso, do Senhor. Todos eles estavam,
junto com os discípulos, numa ligação com as trevas. O Senhor estava
feliz, por ter chegado a isso! Então veio a frase dita pelo Senhor:
— Se eu tivesse ao menos dez honestos, nos quais eu pudesse
confiar, então eu estaria satisfeito.
Quando ele leu o ocorrido no Templo, seus olhos tinham um olhar
cheio de inacreditável severidade, como eu jamais havia visto.
— Agora a Sagrada Espada em breve golpeará! – foram suas
últimas palavras.
Naturalmente as palavras pronunciadas pelo Senhor doeram muito
em certas pessoas, pois existiam entre elas alguns realmente bons e
honestos. Mas, como sempre, cada um queria fazer parte dos dez
honestos. Tão vaidosos eram alguns.
Em 1936, a construção do Burgo Sagrado já deveria ter se iniciado.
Mas infelizmente o Senhor me disse:
— Os seres humanos não ouvem e não ouviram o chamado
sagrado da Luz, que deve e deveria ser tudo para eles. Eles afundam
e se enredam cada dia mais. A sagrada promessa e o sagrado
juramento que lhes deve ser tudo, eles esqueceram. Assim, eu
também terei de esquecê-los, de acordo com a Lei. Todos eles
foram elevados a Patmos, tiveram a permissão de ver a maravilhosa
ilha azul; eles se ajoelharam orando e agradecendo pela grande
dádiva do Amor Eterno. Suas palavras foram: “Eu prometo servir ao
Senhor, quando Ele nos chamar.” Para tanto eles foram fielmente
protegidos e preparados. Só são 144.000, os quais seriam
suficientes para serem exemplo, apoio e suporte para toda
humanidade, pois disso depende a existência inteira do ser
humano. Distribuídos sobre o belo globo terrestre, eles se
tornaram, como espíritos alemães, líderes das nações! Irradiante
deveria ser sua existência e seu atuar. “Vós sois o fermento, vossa
fidelidade ainda ingressará nas alturas luminosas depois de vosso
cumprimento, onde podeis cooperar alegremente no eterno circular
na Criação.”
O Senhor estava muito desolado, pois Ele não conseguia entender,
aliás, como era possível deixar de ouvir o mais elevado chamado. Já em
1933 Gandhi, Neruh e muitos outros deveriam ter vindo, na verdade,
todos os grandes que estavam destinados. Onde é que estavam os
artistas, artesãos? Assim também o cavaleiro vermelho deveria ter vindo
como primeiro, já que ele sempre trazia sua esposa, que era portadora
da Cruz de ouro, para as Solenidades na Montanha. Ele próprio ficava
em Innsbruck, se divertindo. Assim continuava e continuava. O Senhor,
como Parsival, esperava pacientemente, tinha de ficar assistindo. Mas
apenas por pouco tempo. Ele, que se esforçava tanto para libertar os
seres humanos do cerco. Só era necessária uma vontade para passar a
linha de giz, então a arrogância estaria vencida.
Em 1936, nos primeiros dias do mês de março, o Senhor estava
muito inquieto, como se novamente viesse algo inesperado. Como
sempre eu tinha muito receio quando Ele me contava de seu irmão
Jesus, como este, na cabeça entalhada, dava tanta expressão à dor.
— E tanto assim eu sofro, - dizia ele freqüentemente.
E veja, em 11.03.1936, antes do almoço, houve um forte ataque das
trevas contra o Senhor. O Senhor fora preso pela polícia municipal de
Innsbruck por um certo tempo, para averiguação de caso de
contrabando de dinheiro, desencadeado pela epidemia de discípulos e
por um de seus convocados. Difícil foi aquela época, muito difícil para
nosso Senhor, na grande esperança de que Ele logo pudesse retornar.
Demorou certo tempo até que isso acontecesse, até que o Senhor
retornasse. Pôde ser provado que o Senhor realmente não sabia nada de
tudo aquilo. Isso fora ocasionado por alemães que residiam na Áustria,
os quais O teriam responsabilizado pelo contrabando de dinheiro.
Depois da soltura o Senhor me contou como tudo ocorrera. O Senhor
estava novamente muito triste por causa da imprudência de um elevado
convocado, já que este não queria prejudicar o Senhor, mas aconteceu.
Na verdade, isso não passou pelo Senhor sem deixar marcas. Isso não
poderia ter acontecido.
Na sagrada Solenidade fora retirada a espada do cavaleiro branco e
ele foi rebaixado por certo período de tempo. Depois de um tempo ele a
recebeu de volta. O cavaleiro branco ajoelhou-se sobre o quarto degrau
diante do Altar. Foi em uma Solenidade. Eu ouvi como ele falou:
“Senhor, eu Te agradeço.” Ele curvou-se demoradamente. Então ele
ergueu o olhar, e olhou para o Senhor com profundo arrependimento. O
Senhor o perdoou, olhou longa e profundamente para o cavaleiro
branco, como se quisesse dizer: como pode um primordialmente criado
cair tão fundo na matéria. Nessa época a ligação havia se
retraído. “Seja novamente meu cavaleiro branco.” Sim, o Senhor
perdoou, mas iniciou-se junto ao Senhor uma profunda e incisiva
modificação. Eu sabia de tudo, me doía muito por causa do Senhor,
pois Ele confiava menos ainda em nós. O Senhor nunca mais teve a
grande alegria, apenas objetividade a partir de então. Ele foi se
tornando cada vez mais e mais sério, asco surgia Nele, mas também o
grande amor para com aqueles que eram bons.
Em 19.07.1936 fora realizada à noite uma Solenidade extra, sete
anos da transição universal, uma Solenidade bem elevada, onde o
Senhor Imanuel recebeu poderes para tomar os acontecimentos ainda
mais firme nas mãos. Por ocasião desta elevada Solenidade, Parsival
fora substituído pelo Senhor Imanuel e a parte irradiante fora retraída
para cima, para que Imanuel pudesse agir diretamente. Fora um ato
único, que jamais se repetirá e que não pode ser reconhecido em seu
pleno valor por nós, espíritos humanos. Já que, em conseqüência da lei,
nós, seres humanos, nos originamos do espiritual. Nessa Solenidade
houve uma inacreditável tensão, tão cheia de força, como se o próprio
Deus, o Senhor, tivesse descido até nós. O Senhor também revelou a
todos nós, que puderam estar presentes, o que a partir de agora, sim, a
partir de hoje, iniciar-se-ia, que o Amor, o Sagrado Amor, Maria,
oriunda do inenteal, começaria a se desligar lentamente da matéria.
Mas dito com acentuação, foi dessa forma que o Senhor pronunciou
estas palavras. Os olhos faiscavam de uma espécie inacreditável, com
uma impenetrabilidade e severidade, como eu jamais pude ver e
vivenciar. O Senhor estava ali, com traje branco, diante de nós poucos,
de modo que nem me atrevo de relatar o que ainda pude ver naquele
momento. A pressão da Luz era tão forte, quase insuportável. Para essa
Solenidade foram convidados apenas poucos moradores da Montanha,
pelo Senhor pessoalmente: cavaleiros, apóstolos, discípulas, discípulos
bem como três portadores da Cruz de ouro: Fritsch, Götz e eu. Foi à
noite, todos os elementos poderosos da natureza estavam presentes. Eu
sei, faltavam 20 minutos para as dezoito horas, quando o Senhor já
estava no Templo, formou-se um temporal bem grande de inacreditável
poder. De repente veio uma tempestade, de modo que o Templo
balançava e tremia. O apóstolo Schwarzkopf estava comigo na entrada
do Templo, aí houve um estrondo que foi tão forte, que nos lançou para
trás, como se fosse um furacão.
Pontualmente às 18 horas iniciou-se a elevada Solenidade, na qual
o Senhor se revelou a nós, seres humanos, e a todo mundo. Ele retirou
a espada da bainha como se fosse um relâmpago e dirigiu-a contra a
humanidade, como sinal do início do Juízo. O Senhor falava tão
incisivamente, tão poderosamente, sim, Dele retumbava, como se Ele
anunciasse a luta. E assim foi, pois o que foi falado dizia tudo. Ele
incriminou o espírito humano pelo completo falhar, pela falta de
confiabilidade em todos os sentidos. O Senhor falou por uma hora
inteira e esclareceu tudo em relação a nós. Era um tapa na cara de
cada um, pois cada um fora atingido. O Senhor deu novamente uma
visão geral do Alto até aqui embaixo, como tudo acontece e tem de
acontecer de acordo com a Lei.
— Pois por causa de vós toda a sagrada engrenagem não para,
engrenagem que foi construída de forma tão maravilhosa. Vós
entrais nas mós, cada um de acordo com seu atuar, e assim
acontecerá. Vós podíeis ter salvado tudo, se assim o tivésseis
desejado, se tivésseis vos esforçado. Agora chegou a hora que cada
um tem de sentir de acordo com sua medida. A sagrada espada
faísca como o raio verde e a ponta dourada, repleta de sagrada
força, golpeia agora em vossas fileiras, já que a ira de Deus elimina
os vermes.
Muitas, muitas coisas o Senhor exprimiu de modo retumbante,
como se quisesse dizer: Agora é indiferente para mim. Os maravilhosos
servos do Senhor cumprem fielmente sua tarefa, os enteais, já que a
paciência de Deus finalmente chegou ao fim. Assim rege Deus.
No domingo seguinte, o Senhor fez novamente uma palestra de
espécie inacreditável, pois Ele via como todos pendiam as cabeças. Ele
disse:
— Agora não é hora de deixar a cabeça pender, ser ainda muito
mais vigilante é lei suprema. Refazei-vos, procurai agir
corretamente! Isso eu exijo de cada um individualmente. Eu tive de
sofrer por vós, não vós, na prisão. Eu tive de deixar tudo passar por
cima de mim e vós, o que fizestes?
A partir de então o Senhor se tornara bem severo. Ele estava
totalmente diferente, não era de se admirar. O que a humanidade fez,
só porque ela não se esforçava sinceramente.
De forma mísera o Senhor olhava para a fileira dos seres humanos.
Ele teria de preferência se afastado totalmente, de tanto que isso Lhe
doía.
A partir do ano de 1932 eu tive muitas vezes oportunidade de falar
com o Senhor sobre as imagens da Criação. Como tantas vezes, Ele me
dava sempre de novo dicas, para que eu progredisse, já que os
desenhos avançavam lentamente. Mas o Senhor via que eu
praticamente não tinha tempo, pois havia muito que fazer na
Montanha. Assim Ele me deu a possibilidade de escrever
continuamente tudo o que era dito, para mais tarde, já que virá o
tempo, disse-me o Senhor, onde eu poderei desenhar com
tranqüilidade, já que para isso era necessário tranqüilidade. Eu me
lembro, uma vez na hora do almoço senti novamente o impulso, bem
como também freqüentemente aos domingos, para continuar a
desenhar, ou melhor, a fazer os esboços. Nessa ocasião eu devia ter
estado bem aprofundado, de repente o Senhor se encontrava atrás de
mim, de modo que eu me assustei um pouco, ao notá-Lo. Então o
Senhor sorriu e disse:
— Mas isto outra vez está ficando bonito.
Então novamente conversamos muito, detalhadamente, já que os
esboços eram bastante compreensíveis.
— Mas, disse o Senhor, não se esqueça de fazer os planos mais
curvados, para que se pareçam com taças. Os mundos são de fato
todos redondos, mas recebem como uma taça.
Quando Ele veio da próxima vez, Ele se alegrou com os meus
progressos. Eu tive que me esforçar muito, muito para trabalhar com a
intuição, já que o Senhor só me dava indicações, mas eu ficava muito
feliz e agradecido. Os desenhos também deveriam fazer efeito, e não
apenas agradar. À tardinha, às 5:30h, como freqüentemente, eu pude ir
até o Senhor, onde também começamos a falar novamente sobre as
imagens, pois elas também teriam sido importantes. Mas não havia
possibilidade para que fossem terminadas, dizia o Senhor às vezes. Por
ocasião da conversa o Senhor sempre estava muito, muito alegre, tão
livre. O Senhor era de caráter muito fino, extremamente fino. Dele
irradiava tudo o que é elevado, puro, podia-se sentir de cada palavra.
Era simplesmente celestial!
Eu, por minha pessoa, estava toda vez tão preenchido e agradecido.
Eu me curvava em humildade diante da figura majestosa do Senhor. O
Senhor vestia-se tão bem, tudo combinava com Ele numa harmonia
plena. Quem se esforçava com sinceridade, recebia a maravilhosa
ligação, pois então todas as dificuldades se dissolviam. Os maravilhosos
estímulos que partiam Dele, a vivacidade, faziam com que os problemas
mais difíceis logo encontrassem uma solução. A irradiação do Senhor
era inacreditavelmente forte.
Novamente eu pude ir um dia ao Senhor, desta vez foi antes do
almoço. O Senhor era sempre tão cordial. Ele disse:
— No caso, de novamente acontecer algo, – já que a partir de
então Ele não tinha mais sossego. Tudo o que aconteceu naquela época,
levou-O a dar passos que não estavam previstos.
— Eu sei, Sr. Wagner, eu posso confiar no senhor, já que o
senhor pertence completamente a mim e se esforça sinceramente,
o que me faz muito bem. Caso algo aconteça, eu tenho o endereço
de sua pátria, de seus pais em Ried, em Oberösterreich (Estado da
Áustria) para onde eu me dirigirei para informá-lo, caso eu precise
do senhor. As coisas já vão ser arranjadas de tal forma para que
permaneçamos em ligação, assim conduzido pelo Alto. Tenha
apenas uma forte confiança, então nada de sério poderá lhe
acontecer. Eu sei, o senhor se alegra, pois eu posso confiar no
Senhor, eu sei isso muito bem. Ao senhor eu posso dizer isso, pois
o senhor não é vaidoso.
Eu agradeci a Ele com todo o meu ser e prometi me esforçar
sempre.
— Sim, eu sei disso, – disse-me Ele e me deu a mão.
Devido à aproximação das trevas da Montanha, foram instituídos
vigias ao redor da Casa do Graal. Primeiramente só os mais elevados
convocados fizeram parte disso. A cada duas horas havia um
revezamento. Mas como já era, não demorou muito que isso já
enervasse os elevados senhores, apesar deles terem podido se deitar
durante o dia. Em resumo, teve que ser modificado. Então ocorreu que
várias pessoas foram instituídas, como por exemplo, o Sr. Fritsch, ainda
outros e eu. Mas também isso não durou muito tempo, e a vigilância
externa fora retirada pelo Senhor, por um determinado motivo, que
preferiria não mencionar, mas foi assim. O Senhor constatou que as
belas roseiras, que ornamentavam maravilhosamente o caminho em
torno da Casa do Graal no verão, ficavam cada vez mais marrom, pelo
menos muitas delas. Isso ocorreu devido ao fato de alguns senhores
regarem as roseiras com urina durante a noite, e isso com freqüência!
Sobre isso o Senhor ficou fora de si, já que fora preparado um local
para tanto. Ao menos pensar um pouco teria sido oportuno. Isso deixou
o Senhor novamente muito triste. Ele distribuiu a todos um escrito que
dizia que isso não teria sido necessário e que eles deveriam refletir que
isso evitará o desenvolvimento normal das roseiras.
O Senhor havia me dito, o que ele próprio percebera.
— Sim, assim são certos convocados, ao invés de ficarem
agradecidos por poder fazer um pequeno sacrifício, o que seria
tarefa deles, e empregar todo o esforço para cumprir corretamente.
Infelizmente, infelizmente aqueles que fazem algo assim nunca
compreenderam o Sagrado Chamado. Assim eu me encontro aqui
com grande amor, quero auxiliar e dar a todos e como se mostram
certos convocados elevados? Um animal trilha seu caminho de
acordo com a Lei e o que faz a maioria dos seres humanos?
Havia também um motivo mais profundo para a instituição da
vigília em torno da Casa do Graal. O Senhor queria dar a todos esses
senhores uma possibilidade de resgatarem por meio dessa vigília, o que,
em relação ao seu comportamento, só teria sido uma pequena parte.
Mas nem isso não foi possível com a maior parte. Assim eles davam
provas de sua sintonização espiritual. A partir de então o Senhor
também sabia como era a situação dos poucos que ainda cumpriam. O
Senhor me mostrou a ver o acontecimento de forma espiritual. Quão
alegre eu fiquei, por eu pelo menos aí não falhar. Mas o Senhor leu isso
dos meus olhos e disse:
— Alegre-se, Sr. Wagner, e conserve sua simples grandeza de
forma fiel e verdadeira.
Novamente me senti tomado por um profundo sentimento. Eu sabia
que nós cometíamos diariamente muitos erros, mas eu pelo menos me
esforçava realmente de forma sincera.
Assim aconteceu que o discípulo Lucien Siffrid foi primeiramente
encarregado para assumir a vigília na Casa do Graal. Como ele não era
um funcionário, era-lhe fácil lidar com o problema do sono. Depois de
certo tempo era eu quem deveria assumir essa vigília. Eu me alegrava
muito e estava grato pela elevada confiança, por me ser permitido
assumir a elevada vigília, velar e proteger o Filho de Deus, Imanuel, da
melhor forma que fosse possível. Para mim só havia e só há uma coisa:
o cumprimento, e por que eu, aliás, pude ser encarnado e ter recebido
tanto para facilitar um pouco ao filho de Deus, o seu difícil caminho. Eu
prometi com todo o meu ser, já quando eu recebi a Mensagem pela
primeira vez em 1931. Aí me surgiu a premonição, como se eu já tivesse
podido servir sempre ao Senhor. Tudo isso tem de surgir diante dos
olhos de cada um, então não pode mais haver um falhar, porque assim
somos sempre alertados pela intuição, a consciência, o plexo solar.
Agradecimento, mil vezes agradecimento pela sagrada disposição.
Minha oração sempre era, para que eu jamais decepcionasse o Senhor.
Assim queira Deus, o Todo-Poderoso, para que a força sempre se
encontre ao meu lado. Só quem se esforça pode contar com o auxílio de
Deus, a todo o momento. Não é em vão que a voz do povo diz: “Ajuda a
ti mesmo, então Deus também te ajudará!” e isso tem de ser
compreendido.
Aos domingos o Senhor freqüentemente lia uma dissertação, o que
era maravilhoso. Era magnífico poder ouvir e ver o Senhor. No Templo
havia muito que fazer. Assim tudo tinha que ser organizado e
preparado. O Altar era novamente cautelosamente descoberto, enfeitado
aos domingos, bem como às quartas-feiras, colocado água no cálice, as
velas eram acesas e muitas outras coisas. A tarefa me fora transmitida,
o que eu fazia com prazer. Quando o Senhor falava a Bandeira do Graal
era colocada inclinada à direita atrás do Altar, junto à parede. A
Bandeira verde também era hasteada todos os domingos no mastro na
frente da Casa do Graal. Isso também era um ato muito belo. No
inverno eram acesas as quatro estufas. Eu retirava a neve e varria o
caminho para o Templo, e fazia também outras coisas. Havia muito
trabalho na Montanha Sagrada. Cada um queria, fazia e auxiliava para
que a Montanha Sagrada ficasse limpa e fosse mantida exemplarmente.
Eu, em todo caso, me esforçava ao máximo possível. Se todos tivessem
feito isso, então tudo teria transcorrido bem. Para tanto tínhamos sido
encarnados, para tanto nos fora permitido estar na Montanha. Cada um
havia pedido por isso, ninguém fora chamado, ninguém obrigado. O fato
de certas pessoas quererem representar o fino “Max” e muitas vezes se
esquivar do trabalho, era coisa de cada um. Eu teria me envergonhado
profundamente. O Senhor se alegrava por todos que auxiliavam em
manter a limpeza na Montanha. Também o exercício dos bombeiros era
realizado brevemente em cada domingo, ao qual o Senhor jamais
deixava de assistir da sacada. Muitas vezes era muito bonito na
Montanha Sagrada. Havia um movimento e labutar, que era de se
alegrar. Freqüente, sim, mui freqüentemente o Senhor dizia:
— Que bonito seria, se sempre permanecesse assim.
O Filho de Deus sofria indizivelmente em silêncio. Ele via como tudo
haverá de vir.
— Se os seres humanos apenas soubessem e se esforçassem,
ainda se poderia auxiliar. Da maneira como, aliás, as convocações
se sucederam, todos eles deveriam jubilar de alegria e agradecer,
por tudo que puderam vivenciar em Patmos e que lhes foi
emprestado, mas que eles também têm de cumprir, de uma ou de
outra forma. Todos eles prestaram diante de Deus, o Senhor, o
sagrado juramento de servi-Lo fielmente quando eu, o Filho de
Deus, os chamasse, para que estivessem aqui quando Ele necessitar
deles, porque eu tenho de conduzir a edificação com todos vós.
Contudo, os 144.000 têm de estar completos. Eles são o fermento,
sobre o qual o mundo inteiro tem e deve se edificar, pois vós sois
os grandes exemplos, a vós todos será emprestada elevada força,
pois trata-se de tudo, de toda a existência.
Sempre de novo o Senhor falava:
— Reflitam, se vós não cumprirdes, a humanidade inteira cairá
convosco e vós tereis de perecer miseravelmente. Sedes vigilantes,
seres humanos, cumpram o que prometestes. Honestidade e
fidelidade têm de se tornar algo próprio a vós a todo custo, pois os
povos estão esperando. Sim, até mesmo a Terra inteira será elevada
para uma zona mais agradável, para um clima melhor. Muitas,
muitíssimas vezes eu já vos disse, mas como vós destes atenção a
isso até agora? Por isso, terminam as advertências! Agora virão os
golpes. A Espada divina golpeará entre vós como o relâmpago verde
e atingirá cada um lá onde for necessário, pois eu queria vos guiar
suavemente para a alegre construção da tão maravilhosa Criação.
Agora chegou a hora. Como não quereis receber como as crianças, o
sagrado Juízo fará tudo o mais. Pois sagrada é a Palavra, tão
sagrada que eu gostaria de retirá-la novamente, pois vos falta
qualquer noção. Eu não posso nem pensar nisso, senão me
sobrevém um horror de vós, pois eu vejo todos os fios atuantes, que
os enteais têm de tecer para vós para vos oprimir. Para muitos já é
tarde demais! O que acontece comigo eu não posso vos dizer. Eu
vos dei abundantemente e não me será concedido mais tempo!
Pensai nisso. Assim se passa no Fenômeno Universal! Assim se
passa comigo!
As muitas dissertações que o Senhor lia no Templo foram, em parte,
reproduzidas e vendidas, e cada um que as recebia também as
comprava com gratidão, uma vez que não eram caras. Naquela época
construía-se sempre, até onde desse o dinheiro do Senhor. Bem como o
Gästehaus (Casa de hóspedes) que precisou incondicionalmente de um
teleférico para o material, já que a longa estrada até a Montanha era
muito estreita. Também um carro fora adquirido, para que o Trígono
pudesse e devesse ir a Innsbruck várias vezes.
Sempre de novo certas pessoas pediam ao Senhor, que lhes fosse
permitido mudar-se para sempre para a Montanha. Apesar de o Senhor
ver que muitos entre eles não eram sinceros, o que já se mostrava
depois de alguns meses, pois faltavam certas comodidades lá em cima
na Montanha.
Em 1936 o Senhor via que muitos portadores da Cruz de ouro não
cumpriam, esqueceram totalmente seu juramento realizado em Patmos
e não vinham, como estava previsto. Esta foi a maior decepção e doía
muito ao Senhor. Entretanto o Senhor se tornava cada vez mais calmo,
Ele via como viria a ser. Seus olhos tornavam-se cada vez mais
aguçados. 120 pessoas estavam na Montanha, e certas pessoas não se
movimentavam de forma bela. Elas não vibravam, sim, elas
atrapalhavam.
Tudo estava construído conforme o Senhor intencionara e conforme
havia sido planejado. Não era de se admirar, que se tornava cada vez
mais claro ao Senhor, que o Burgo do Graal não iria ser mais
construído. Ele disse:
— Agora virá o tempo onde os seres humanos – com isso Ele se
referia aos portadores da Cruz – notarão eles mesmos que já é tarde
demais! Os desencadeamentos já estão em andamento e não
terminarão mais.
O Senhor me falava freqüentemente como haveria de vir, como os
efeitos iriam se mostrar. Mas eu não deveria falar para ninguém, nem
mesmo para minha esposa, pois virá como está escrito na Bíblia e ali
não está nada róseo. Mais o Senhor não dirá aos seres humanos, já que
eles não acreditam, do contrário agiriam diferentemente. Depois da
prisão em 1936 tudo se modificou.
O Senhor falou na Solenidade entre outras coisas:
— Maria, o Amor de Deus, começou a se desligar lentamente da
matéria.
Esta frase me deu muito que pensar. Eu o guardei bem. O que foi
que o Senhor disse? Que o Amor começa a se desligar lentamente? Sim,
isso significa que a parte divina é retirada do espírito humano
desenvolvido, e permanece o espírito humano, o qual pôde acolher a
parte inenteal, a fim de atuar através dele. O divino inenteal é uma
parte irradiante, sobre a qual o Senhor teria escrito minuciosamente
nos nove volumes que deveriam ser editados. Eu pude tomar
conhecimento de muitas coisas através do Senhor, sobre as quais eu
não escrevo, pois elas simplesmente não seriam compreendidas. Então
Fräulein Irmingard usou um véu por ocasião desta Solenidade. Também
isso teve um profundo motivo e causa. Mas enquanto o Senhor estiver
na matéria, ela também estará. Aconteceram muitas coisas que os
portadores da Cruz nem percebiam, de tanto que dormiam, pois se
comportavam como crentes de igrejas. Sim, assim se passava na
Montanha Sagrada.
Por isso o Senhor falava sempre de novo:
— Virá diferentemente e vem de forma diferente! Se os
portadores da Cruz não aprendem, então eles serão obrigados à
modificação, e virá a aflição assim como os sete “ais”, os sete
cavaleiros do Apocalipse passarão.
A diferença fazia-se notar cada vez mais, pois na maioria não eram
portadores da Cruz, mas apenas adeptos, e um grande peso para Ele.
Quantos ainda se esforçavam sinceramente, a perspectiva era ruim,
infelizmente.
O senhor passou por muitas dificuldades na vida. Ele veio ao
mundo como filho de um comerciante de Bischofswerda, na Saxônia,
onde ele aprendeu o ofício de comerciante, indo mais tarde para o
exterior, para a América, Índia, a fim de encontrar melhores
possibilidades de rendimento. Mas também para poder conhecer o
mundo e as pessoas. Na Índia Ele quase fora envenenado, se Ele não
tivesse sido advertido pelo seu servo, que Lhe era muito fiel: Ele não
devia tomar a bebida. (Naquela época era muito difícil para os alemães!
Quando Ele fora advertido para que não bebesse, o Senhor viu como
um homem desapareceu rapidamente atrás de uma cortina do local. Em
seguida o Senhor saiu do local e se tornou ainda mais cauteloso. O
homem que havia desaparecido por detrás da cortina, era um faquir
que não conseguiu entender por que o Senhor não havia bebido. Mas o
servo sabia. Ao servo, que amava muito o Senhor, por Ele ser bom com
ele, sobrevieram as lágrimas, quando ele contou o que havia observado.)
Então o Senhor ficou muito agradecido. Os faquires não eram nobres. O
Senhor, porém, fazia questão de conhecê-los. Então aconteceu que o
faquir seguiu o Senhor e atacou-O na rua, mas ainda pôde ser
desviado, já que o Senhor era hábil e cauteloso. O faquir só queria
dinheiro. Mas havia também os iogues, que eram os espiritualmente
nobres e, por isso, tanto mais fortes, já que assimilaram todas as lutas
espiritualmente e observavam a ação. Através disso surgiu uma
agradável conversa com os iogues, mas o Senhor já estava preparado,
para por fim às intenções do faquir. Os faquires, por si, temiam os
iogues. Os iogues eram realmente pessoas finas e dessa maneira o
Senhor chegou a conhecer as diferentes formas de convivência. Tudo
deveria acontecer assim, para que o Senhor o conhecesse. Sobre essas
narrativas eu poderia escrever um livro inteiro. Uma coisa ainda desejo
mencionar. O faquir não perdeu o Senhor de vista, já pelo fato dele ser
um estrangeiro. Por isso ele interceptou novamente o Senhor, onde
houve uma briga. Mas como devia ser, veio-Lhe um senhor em auxílio e
o faquir teve que sumir.
Nesta oportunidade o Senhor conheceu um homem, que foi muito
importante para Ele, pois era um austríaco, que tinha uma propriedade
muito bonita na Índia e que também convidou o Senhor para ficar em
sua casa. Aí o Senhor viu quão belo ele havia organizado tudo
tipicamente indiano. Assim, conversando, o Senhor ficou sabendo que o
homem era um especialista em escavações. E assim, o Senhor lhe
contou sobre uma pirâmide, sobre a pirâmide de Abd-ru-shin, o que
interessou muito a esse senhor, pois um homem assim era importante
para o Senhor, já que o Senhor sabia desde há muito sobre a pirâmide.
Este homem foi conduzido para Ele e assim Ele sempre ficou em
contato com esse especialista. Um dia o Senhor também teve que deixar
novamente a Índia. O servo agradeceu ao Senhor do fundo de seu
coração, ele sabia que o faquir logo findaria com sua vida. Levá-lo junto
não era possível, era assim na Índia, mas o Senhor disse-lhe
alegremente, que um dia Ele o levaria junto para o Alto, devido à sua
fidelidade e seu servir.
Chegando à Suíça, de onde Ele havia partido, Ele foi logo preso.
Motivo: fraude. Aí o Senhor ficou muito admirado, sem saber de nada.
É, como assim? Aí se constatou que seu colaborador mais próximo, com
o qual Ele já trabalhava há muito tempo, tinha falsificado uma
promissória com a assinatura do Senhor e desapareceu. Essa
falsificação foi logo descoberta. Por isso já haviam esperado pelo
Senhor. Sabia-se que Ele retornaria nesse dia e horário. Então o Senhor
encontrava-se ali, como falsificador. Naquele momento o Senhor
também não pôde fazer nada. Assim aconteceu que ele fora expulso do
país, para fora da Suíça. E isso não foi diferente em muitos dos seus
caminhos. Sim, dessa forma o Senhor teve que vivenciar muito,
muitíssimo sofrimento. Isso fazia parte de seu caminho, para conhecer
tudo. Assim, o Senhor também se casou e teve uma filha. Sua esposa
não o compreendia e houve muitas desavenças. Assim, interiormente,
mesmo no matrimônio Ele permaneceu sozinho, pois a cabeça dura e o
gênio daquela mulher tornavam-Lhe as coisas impossíveis. Assim o
Senhor também teve de vivenciar aquela horrível separação.
Na primeira Guerra Mundial o Senhor foi internado por ser alemão,
isto é, foi levado preso. Mas a partir desse aprisionamento tudo se
modificou, já que o Senhor teve muito tempo para realizar uma
Meu caminho para a mensagem sagrada e para o senhor até ele deixar esta terra
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Meu caminho para a mensagem sagrada e para o senhor até ele deixar esta terra

  • 1. Meu caminho para a Mensagem Sagrada e para o Senhor até Ele deixar esta Terra Joseph Wagner Foi no ano de 1931, em Innsbruck. Numa noite, eu e meu colega – se é que eu o posso chamar assim, pois eu não tinha amigos – fomos passear na cidade. As ruas estavam bem movimentadas. Assim chegamos a uma praça, onde havia um belo concerto. Em frente ao pavilhão do concerto havia muitos bancos, contudo todos eles estavam ocupados. Mas já como deveria ser, duas pessoas à nossa frente se levantaram e nós nos alegramos por termos conseguido um lugar. A música era muito bonita, e tocavam, por exemplo, o Adágio de Max Bruckner, o sonho dos reservistas e muitas outras. Ao nosso lado estavam sentadas duas senhoras de certa idade, com as quais começamos a conversar. Então a senhora mais idosa, que parecia ser bem distinta, disse: — Veja esse mundo feminino, com suas saias curtas! Estas jovens devem se tornar as mulheres e as mães de amanhã, que possuem a missão de guiar, proteger e conduzir o povo. Pode-se notar seu comportamento pouco elogiável e elas não possuem nenhum sentimento de pudor! Se os seres humanos apenas soubessem o que o destino lhes reserva, assim como o Senhor, o Filho do Homem, nos disse. Esse nome “Filho do Homem” me prendeu de tal maneira, que fiquei totalmente impressionado e ele não me deu mais sossego. Assim eu perguntei: — O que foi que a senhora disse sobre o Filho do Homem? Quem é o Filho do Homem? Então ela disse singelamente: — O senhor quer saber mais a respeito? Então venha me visitar, eu moro na Rua Claudia Nº 5, andar térreo à esquerda, Madame Baiger. Com prazer eu lhe darei e lhe contarei mais sobre o Filho do Homem. — Sim, eu irei. – respondi. A senhora disse algo bem baixinho para a outra, algo que não pude entender. Depois de pouco tempo as duas foram embora e houve uma despedida muito cordial. Para mim não era sempre fácil, pois devido à minha profissão eu não podia sair, pois estava freqüentemente trabalhando fora, fazendo montagens. Mas onde existe uma vontade, aí também há um caminho.
  • 2. Muitas vezes eu chegava muito tarde em casa. A época, 1931-1932, foi uma época muito ruim. Havia pouco trabalho e tínhamos que cuidar em manter o nosso emprego, apesar de muitas vezes ele não nos agradar. As duas senhoras idosas mostravam-se tão surpreendentemente cordiais e tão diferentes, que me chamaram a atenção. Assim eu também decidi por ir até lá. Mas o que mais soava em mim era a palavra “Filho do Homem”! Meu colega não estava de forma alguma tão entusiasmado, ele não encontrou nada demais, mas ele prometeu que iria junto. Assim chegou o domingo pelo qual havíamos esperado. Nós nos vestimos com uma roupa de domingo e fomos até a casa da Madame Baiger. Era à noite, às 7:30h, chegamos pontualmente como havíamos prometido. Quando chegamos lá e uma senhora idosa nos abriu a porta, me chamou a atenção com que amabilidade e calor humano ela nos recebeu. Na residência eu senti uma pressão benfazeja, tão diferente, tão solene, como se eu estivesse vivenciando algo bem especial. Fomos conduzidos para um grande cômodo. Como eu fiquei de pé sob a porta, meu olhar caiu sobre um grande quadro, com cerca de 60 cm de altura. Eu fiquei como que paralisado contra minha vontade, só olhava e olhava para essa foto maravilhosa. Então eu disse lentamente: — Esse Senhor na foto tem uma Cruz isósceles reluzente na fronte! Momentaneamente fiquei meio atordoado, de tão impressionado que eu estava. Então a idosa senhora me olhou surpresa e disse: — “O que, isso o senhor consegue ver? Então o senhor é um convocado!” Eu olhei pensativo. Ela disse: — Por favor, sente-se. Nesse momento eu intuí algo que não posso explicar. Nós nos sentamos em uma grande mesa, que se encontrava no centro e sobre a qual havia um buquê de flores e um candelabro de estanho com velas acesas e um livro grosso que estava aberto. Eu não perdia nada do que ela falava. “Então o senhor é um convocado”. Isso não me disse nada, mas, mesmo assim, às vezes mexia comigo. Aquela foto maravilhosa e o que o Senhor trazia na fronte, a Cruz luminosa, não me deixava mais. Ocorreu que eu me sentei de tal forma à mesa, de frente para Ele. A senhora se sentou à mesa e uma suave música iniciou-se, de forma bem solene. A senhora mais velha disse: — Nós nos alegramos por vocês terem mantido sua palavra. Isto já é raro. Eu vou ler uma dissertação escrita pessoalmente pelo Filho do Homem: “O Destino”. O que se encontra aí vos alegrará muito. Ela começou a ler lentamente, de modo que podíamos entender cada palavra. Eu me alegrava profundamente, como se eu já as
  • 3. conhecesse. Nada me era estranho, era simplesmente maravilhoso! Quando a dissertação chegou ao fim, a senhora fez uma breve oração, depois da qual soou novamente uma suave melodia. Eu estava tão aprofundado na hora da leitura, que nem percebi que as lágrimas me escorriam pela face. A dissertação me pareceu longa, bem longa, totalmente confortante, sim, bem-aventurado estava eu por poder ouvir palavras tão maravilhosas. Eu teria podido jubilar de alegria e gratidão. A madame era dotada de um pouco de vidência e assim ela me olhou bem séria, seus olhos, porém, cintilavam. Depois de pouco tempo ela sorriu. Eu, porém, não conseguia sorrir. Mas então ela me perguntou: — Agradou ao senhor, causou alegria ao senhor? — E como! – respondi. Assim começamos a conversar. Primeiramente eu quis saber a respeito do Filho do Homem, com o que ela indicou para a foto. Isso me estava logo claro: aquele só podia ser o Filho do Homem! Sim, é como está escrito na dissertação: “Humanidade, desperta! Esforça-te, eu vos dou tudo, para que possais vos desenvolver!” Então eu perguntei: — Por favor, posso saber: O Filho do Homem está na Terra, Ele esteve ou ainda está entre nós? Estava-me totalmente claro que algo assim não podia ter sido escrito por nenhuma pessoa, de tanto que eu estava impressionado. Madame Baiger me contou tudo. Como eu me sentia poderosamente impelido, indaguei que livro era aquele. Quão belo ele estava ali, sobre a mesa, com capa preta e inscrição dourada. Então ela me respondeu calmamente: — Esta é a Palavra Sagrada, a Mensagem do Graal! Cheio de alegria eu disse: — Maravilhoso! Pode-se adquiri-la, comprá-la, como e onde? Eu pago o preço e tudo o que tenho por ela, por favor! Cada vez mais se tornava claro para mim, sim, eu sentia um impulso: esta é a Verdade, pela qual eu já há muito tempo procurava. Eu estava muitíssimo feliz. Então pedi, quando eu poderia retornar novamente. Ela disse: — Sexta-feira, às sete e meia, então o senhor ficará sabendo mais coisas. — Sim, com prazer, com grande prazer, por favor. Na despedida eu agradeci ainda de coração pela bela vivência, sim, belíssima que eu pude presenciar. Eu estava preenchido de alegria e agradecimento. Meu colega estava como que nulo. Ele absolutamente não se interessava. Sim, ele disse:
  • 4. — Eu quase dormi. Você está totalmente entusiasmado! Esse seu lado eu não conheço. Eu não volto mais aqui, e ainda mais na casa de mulheres tão velhas. Sim, elas dão a impressão de nobreza, mas isso não é nada para mim. Eu não falei nada mais do que: cada um tem que saber o que é melhor para si. Para mim foi maravilhoso, eu estou muito agradecido. Durante os dias da semana, em cada oportunidade, eu me ocupava com aquela impressão que adquiri com tudo o que havia de belo na dissertação “O Destino”. Eu deixava surgir tudo de novo de forma viva diante de mim. A dissertação despertou tantas coisas em mim e, então, também aquilo que pude ficar sabendo através da Madame. Eu tinha que perguntar tudo de novo, se eu realmente tinha compreendido tudo. O Filho do Homem encontra-se entre nós? Eu tenho que tomar conhecimento disso, eu quero ir até Ele. Quero agradecer-Lhe de todo o coração. Foi difícil esperar até que a sexta-feira chegasse. Eu teria, de preferência, ido todos os dias até a casa da Madame, de tanto que eu me sentia impelido para o Filho do Homem, de saber sobre Ele, de ouvir Dele. Finalmente havia chegado a tão ansiada sexta-feira. Eu me vesti com roupa escura de domingo, bem limpo, e fui, de modo que às 7:30h eu me encontrava no local. Como sempre eu fui mui cordialmente recepcionado. A Madame logo me disse: — Eu logo sabia que da próxima vez o senhor viria sozinho. Quando entrei na sala, ali já estavam sentados cinco mulheres e dois homens. Chamou-me a atenção como tudo estava tão silencioso, sem tagarelice. Com um aceno com a cabeça eu os cumprimentei, o que eles também fizeram. Foi-me indicado um lugar para sentar e então a Madame também se sentou diante do livro aberto. Como da última vez, iniciou-se uma melodia de harmônio, então a Madame começou a ler novamente bem devagar. Foi novamente uma dissertação muito bonita da Mensagem do Graal. Depois da dissertação uma breve oração e novamente uma música de harmônio. E assim havia terminado novamente a devoção. Todos nós nos levantamos. Todos me foram apresentados. Não demorou muito e eles deixaram o aposento. Uma breve despedida e eu me encontrava sozinho com a Madame. Havia tanto para conversar, como, por exemplo, onde o Senhor morava, o que me interessava muitíssimo. Sim, eu queria saber de tudo. E ela me contava muito, com o que eu me alegrava muito. Então a Madame me contou algo bem especial, o que ela já havia preparado. Seus olhos resplandeciam, e ela me olhava bem firmemente. Ela disse: — Amanhã virá um senhor muito distinto, que quer conversar com o senhor. Ele se chama Tenente-Coronel Manz, e quer-lhe fazer algumas perguntas. — Sim, com prazer – respondi.
  • 5. Eu, na verdade, tinha me assustado um pouco, mas logo pensei que deveria estar relacionado com a Mensagem do Graal. Receio eu não conhecia. Mas quando ela me disse que esse senhor vinha do Filho do Homem, de Vomperberg, me sobreveio um calor e uma alegria, de forma que eu poderia jubilar. Ela me disse: “Amanhã por volta das quatro horas”, às 16:00 horas, eu deveria estar ali. — Tomara que o senhor consiga se organizar. E eu iria realmente me organizar! E logo continuei perguntando, onde é que fica Vomperberg. Uma montanha? Sim, eu iria gostar muito de ir até lá. — Sim, o senhor vai ficar sabendo de tudo. – Na saída ela ainda disse: — Senhor Wagner, amanhã o senhor terá uma grande alegria. No dia seguinte eu já me sentia bem inquieto. Eu já havia pedido licença a partir do meio-dia, para que eu chegasse no horário. Muitas vezes me parecia como se me seria dito algo bem grandioso. Às 16:00 horas eu estava no local. Só demorou alguns minutos e a elevada visita já havia chegado. A Madame me mandara sentar na sala. Nesse ínterim, entretanto, eu fiquei olhando para a maravilhosa e irradiante foto do Filho do Homem e esqueci totalmente que a elevada visita estava por vir. De repente, a porta se abriu, o Sr. Tenente-Coronel entrou. Eu me assustei, mas logo me recuperei. Nós nos cumprimentamos. Ele era muito cordial e tranqüilo. — Ah, você que é o elegante e jovem homem? O senhor conhece Schwaz? Eu neguei. — Sim, ali o senhor tem que subir a montanha, se quiser chegar ao Filho do Homem. Um estreito caminho leva até lá. O senhor pode ir no domingo até Ele, de manhã, pelas 10:00 horas. Eu devo ter ficado bem corado, de tanto que o sangue me subiu à cabeça. A grande alegria, sim, o maior desejo me seria permitido realizar. Eu mal conseguia acreditar. Aquele senhor olhava para mim. — O senhor está alegre, não é mesmo? Lágrimas me sobrevieram e eu disse: — Eu posso ir até o Filho do Homem, em Vomperberg? Que alegria! Assim eu fora convidado para ir no domingo. Meus olhos brilhavam de gratidão. O Sr. Tenente-Coronel era um homem bem calmo e alto. Podia-se notar a nobreza que emanava dele. Ele parecia tão reconfortante. Às 5:00 horas esse senhor tinha que retornar, tão curto era o tempo. — Mas eu ainda tenho algo para o senhor. Então ele abriu sua maleta de mão e me deu o livro sagrado, a Mensagem do Graal. Agradecido eu olhei para o livro. Peguei-o e
  • 6. involuntariamente apertei-o contra meu peito. Aquele senhor sorriu, eu me alegrei demais. — Eu quero pagá-lo imediatamente. — Isso tem tempo. – disse ele. — Por favor, posso pagá-lo já? Para mim tudo isso era tão imenso, que era como se eu estivesse moído de tanta vivência. — Portanto, Sr. Wagner, no domingo o Senhor espera por você. Agradecido eu olhava para ele. O suor me escorria pela fronte. — Eu desejo ao senhor tudo de belo e muita vivência, e no domingo quando o senhor vier, procure pela casa 5. Lá o senhor me encontrará. Eu o levarei ao Senhor, ao Filho do Homem. Assim ele se despediu cordialmente e partiu, já que seu trem partiria às 5:30h. Eu estava muito feliz por ter descoberto o local de moradia do Senhor. A Madame estava ali próxima, ouviu tudo o que conversamos e disse então: — Você tem todo o motivo para se alegrar, por poder receber essa enorme graça! Aquele senhor disse, quando ele cumprimentou a Madame, que o Senhor já se alegrava em poder cumprimentar o Sr. Wagner, ela me contou, e Ele havia mandado me saudar. Eu não conseguia pronunciar mais nenhuma palavra. Quão solenemente ele havia dito: “Se anuncie na minha casa, na casa 5, eu o levarei ao Senhor, ao Filho do Homem.” Em seguida a Madame me explicou o caminho de forma exata. — Será que posso levar flores junto? – perguntei. Então ela só sorriu um pouquinho. Contudo, eu estava um pouco hesitante, se eu poderia mesmo ir até o Senhor. Mas então ela me disse de novo: “eu posso ir!” Portanto, eu vou, vou com grande alegria. Pois, quando eu estiver com o Filho do Homem, eu poderei tomar conhecimento de todo o caminho, que um ser humano tem de trilhar para ir para o Alto. Assim eu cheguei totalmente sozinho até a Luz, ao Senhor e estava milhares de vezes agradecido por ter encontrado o caminho, o caminho que eu já há muito procurava, desde os 12 anos de idade e que me custou muito esforço. Agora eu fui com a Sagrada Mensagem para casa, para o meu quarto, me troquei, calcei os sapatos de casa e me sentei à mesa. Nesse meio tempo já passava das 18:00 horas. Meu colega, com quem eu dividia o quarto, não estava em casa neste dia. Assim eu pude, sozinho, ler a Sagrada Mensagem sem ser incomodado. Eu lia e lia, estava muito aberto, tudo me estava claro, tudo me parecia tão evidente, simplesmente maravilhoso. O tempo deve ter voado e, de repente, ocorreu algo inusitado. Pareceu-me como se eu começasse a ver tudo meio turvo, como através de um véu, de uma nuvem cinza, envolvido por uma espessa névoa. Mas depois de pouco tempo a
  • 7. nuvem turva tornou-se mais clara, mais leve e luminosa, sim, me pareceu estar vivenciando algo benfazejo. Eu tinha suor na fronte. Então, de repente, eu reconheci construções de espécie maravilhosa. Várias cúpulas e no meio a mais alta reluzindo de um ouro esverdeado, irradiando e encima dessa cúpula, no Alto, na ponta, tremulava uma bandeira verde e à direita num quadrado a Cruz Isósceles dourada. Em cima das outras cúpulas também havia algo, em uma um quadrado, em outra uma meia lua, então uma esfera e na última um triângulo. Por longo tempo fiquei olhando essa imagem, como se quisesse cunhá-la em mim, tudo era tão benfazejo, tão fino. A bandeira verde tremulava de forma maravilhosa, e parecia tão próxima como se pudesse pegá-la com a mão. A forma da cúpula, especialmente da do centro, era de uma forma tão nobre como a Cruz. As outras cúpulas eram arredondas, mas também muito belas. Aos poucos a imagem foi se tornando mais e mais fraca, sumindo por fim. Por longo tempo fiquei parado, olhando para o ar. A bela imagem encontrava- se firmemente cunhada em mim. Era exatamente 1:00 hora da manhã. Eu me perguntava o que queria dizer isso, o que poderia ter sido isso. Assim devo ter caído na cama. Um grande cansaço me sobreveio. Às 6:00 horas levantei surpreso, ainda vestido. Mas eu tinha pouco tempo, pois eu tinha um bom trecho de caminho para percorrer até o trabalho. Demorou alguns minutos para eu esboçar aquela imagem no papel, a fim de retê-la. Durante o dia isso me veio várias vezes à cabeça, ela estava totalmente clara diante de mim. Um sentimento de felicidade me sobreveio. Fiquei feliz quando anoiteceu. Assim retornei para meu lar, meu quarto, e o dia de trabalho havia passado. Então, tornou-se-me claro que me fora mostrado uma imagem das alturas luminosas, onde queremos e devemos chegar. Tanto assim eu já havia assimilado da Sagrada Mensagem. Muitas vezes me parecia como se isso jorrasse de uma fonte fresca, tão confortante que era. Cada vez mais claro se me tornava, que grande graça eu havia recebido, a qual só poderia vir do Filho do Homem. Amanhã viria o dia, no qual eu poderia ir até o Senhor, que morava em Vomperberg. Então ocorreu algo desagradável para mim. A Madame havia me contado tudo, que o Senhor morava em uma montanha. Sim, eu disse para mim, eu tenho que me vestir para subir a montanha, com sapatos firmes etc.; por isso ela não respondeu nada, quando lhe perguntei sobre as flores. Como tudo era bem novo para mim, saí bem cedinho e parti às 6:00 horas com o trem de Innsbruck para Schwaz. Chegando em Schwaz eu observei detalhadamente a região. “Portanto, deve ser lá em cima, atrás da floresta. Lá em cima é que mora o Filho do Homem.” Eu perguntei para uma senhora de idade: — Por favor, a senhora poderia me dizer, como eu posso chegar ao Vomperberg? — Sim, eu posso lhe dizer. Passe pela linha de trem e ao lado da pequena casinha, o estreito caminho conduz para cima, para Vomperberg. É uma trilha de caçador e é bem íngreme. Assim eu fui, agradecendo, dei a mão à senhora e parti. Eu ainda me lembro, a mulher ficou me olhando de uma tal forma.
  • 8. De coração feliz eu caminhei vigorosamente pela estreita trilha, para cima. Ao longe, próximo da floresta, encontrava-se uma pequena casinha com duas janelas e uma porta. A porta estava aberta e um homem se encontrava parado sob ela. Com as mãos apoiadas na cintura, assim parecia de longe. Eu ia chegando cada vez mais e mais perto. Era algo estranho, pensei eu, hum, mas coragem, não tenho nada a perder, talvez eu tenha que me anunciar a este senhor. Ele era um grande e magro camponês que me olhava com grandes, grandes olhos. Era um trabalhador do campo que estava na porta, olhando a região. Então, feliz, eu passei por ele e prossegui floresta adentro, subindo o caminho para a Montanha. O caminho foi se tornando cada vez mais estreito, como uma trilha de caçador. Ao deixar meus pensamentos brincarem e pensando em Vomperberg, perdi o caminho, me desviando para a direita. E agora, que devo fazer? Sim, agora eu teria que escalar um trecho, e em parte de quatro. Subir eu vou, de qualquer jeito, custe o que custar. Às 8:00 horas da manhã eu finalmente estava na beira da floresta, num platô, onde realmente só havia duas casas. Por longo, longo tempo fiquei observando tudo. Qual será a do Filho do Homem? Está bem, eu tinha muito, muito tempo para me limpar, já que os sapatos de montanha estavam bem sujos. Limpei-os por longo tempo, até os tirei do pé e usei para isso muita grama e dois lenços, mas um lenço eu guardei para mim, o qual estava bem limpo. Afinal, eu cheguei limpo. Eu fora convidado para as 10:00 horas, e havia ainda muito tempo. A Madame também me veio à mente. Ela havia me explicado muito pouco, mas eu também me fazia repreensões, por ter perguntado muito pouco. Sim, sim, assim a gente aprende, só através da vivência é que se progride. Isto me estava totalmente claro. A alegria se elevava continuamente em mim: Eu posso ir até o Filho do Homem. Logo eu vou poder vê-Lo, cumprimentá-Lo, agradecer-Lhe de todo o coração. Oh, que maravilhoso, em mim a coragem se elevou, mas novamente eu tive um sentimento: tomara que eu não fale nada de incorreto, o que eu não desejo. Freqüentemente eu olhava para o relógio, para que eu pudesse chegar no horário, uns quinze minutos antes, na casa do Sr. Tenente-Coronel. Bom, eu estava limpo, faltavam 20 minutos. Assim eu fui em direção à primeira casa, e estava certo, era a casa número cinco. Uma casa de madeira, bem limpa, um limpador muito bom também se encontrava diante da porta, de modo que pude raspar mais uma vez a sola do meu sapato. Meu coração estava disparado. Eu me sentia tão pequeno, que eu preferia ter me escondido. Diante da porta eu fechei mais uma vez os olhos e pedi, para que eu pudesse suportar a força, que eu já sentia agora. Mas, então, uma voz me disse: “Tenha confiança, alegra-te!”. Então, eu bati à porta. Uma grande, imponente e cordial senhora de cabelos escuros abriu a porta. Eu disse: — Bom dia! — Ah, bom dia! O senhor é o Sr. Wagner de Innsbruck? Entre, por favor, e fique à vontade, meu esposo já vem.
  • 9. Não demorou nem um minuto e o Sr. Tenente-Coronel já entrou. Ele disse: — Bom dia, Sr. Wagner. Eu já tinha visto o senhor da janela do porão. Vamos? Pontual o senhor é, isso temos que dizer. Eu não disse absolutamente nada. O relógio que estava ali na sala marcava 3 minutos para as dez horas. Assim deixamos a casa e caminhamos até a outra. Portanto, esta é a casa do Senhor. A casa de madeira estava rodeada por uma cerca. Na grade havia um cartaz: “Cuidado, cães ferozes!” Quando entramos, os dois pastores alemães também já vieram do fundo em nossa direção. Eu disse para mim mesmo: dois belos cachorros, que nos deixaram ir calmamente até a casa. Eles me pareceram dois animais bem pacíficos, também porque eu sempre amei os animais. Três degraus conduziam para dentro da casa, para uma ante-sala, onde o Sr. Tenente-Coronel disse: — Agora eu desejo para o senhor tudo, tudo de bom. Portanto, entre. – e ele fora embora. A ante-sala era pequena. Eu abri uma porta de vidro, então surgiu uma sala maior, onde uma escada à esquerda conduzia para cima. Assim que me aproximei da escada, eu vi o Senhor lá em cima, que me disse as seguintes palavras: — Suba Sr. Wagner, eu já estou aguardando o senhor. Então eu subi a escada alegremente, que era levemente curva, onde o Senhor me cumprimentou muito cordialmente. Eu me curvei profundamente e mal conseguia respirar. Duas Senhoras passavam naquele momento pelo corredor ali de cima. — Por favor, entre aqui na sala de estar! E assim eu pude sentar-me em uma cadeira. O Senhor sentou-se à minha frente e conversamos bastante. A grande amabilidade que era tão benfazeja. Eu sentia uma pressão, sim, uma onda de força, que me dava uma grande coragem; fiquei bem leve, e alegria me sobreveio. O Senhor me olhou e sorriu, e disse: — Então o senhor está novamente junto comigo Sr. Wagner. Pareceu-me como se eu já conhecesse o Senhor desde sempre e o Senhor sorria. Fazia-me bem, eu me sentia tão protegido, todo o peso caiu de mim, me senti livre. E as lágrimas me afloraram, de tanta gratidão. Eu acho que nesse momento eu não teria podido dizer nenhuma palavra. De preferência eu teria me atirado de joelhos. Mas o Senhor era tão bondoso, Ele me auxiliava, para que eu pudesse suportar isso, de tanto que me sentia tomado por isso. — Então estamos novamente juntos. Eu também me alegro, pelo senhor ter encontrado o caminho até aqui. Assim vai em direção ao Alto.
  • 10. O Senhor me perguntou sobre muitas coisas, sobre minha profissão, que o agradou bastante e que era bem prática e diversificada, e como eu encontrei a Mensagem. — O senhor também pôde vivenciar muitas coisas? — Sim – respondi – posso, por favor, contar? Então eu narrei: a partir dos 12 anos de idade eu comecei a procurar conscientemente. Quando menino, com 6 – 7 anos me fora, em certas horas, freqüentemente mostrado uma luz. Na direção Leste. Muitas vezes contei para meu pai, que jamais notara algo de especial. Sim, dizia ele, talvez você esteja vendo uma forte luz da grande empresa, que lá longe possui uma lâmpada ao ar livre para o trabalho. Muitas vezes eu saía sozinho, para fora, em direção daquele local, para fora da pequena cidade Ried, para ver a luz, o que me causava toda vez uma grande alegria. Também na escola houve dificuldades na aula de religião católica, pois eu sempre via as coisas de maneira diferente e aquilo me repudiava totalmente. Assim eu cresci e me tornei marceneiro e músico. Com 17 anos saí para o mundo, para me virar totalmente sozinho. Eu queria encontrar meu caminho totalmente sozinho. Eu me sentia impelido para as montanhas, e também encontrei trabalho. À noite, quando eu estava sozinho, era muito grande a minha saudade pelo Alto, e no verão, quando o tempo estava bom, eu freqüentemente me deitava de costas sobre um banco e deixava tudo passar diante dos meus olhos. Eu sentia que me viria o auxílio do Alto, e a grande confiança eu a possuía. O Senhor ouvia tudo atentamente. O Senhor disse: — A grande confiança lhe deu tudo! E sorriu. Assim eu fui contando tudo para o Senhor, e também relatei sobre a bela imagem que eu tive, quando estava pela primeira vez sozinho e feliz com a Mensagem, quando me fora mostrada a 1:00 hora da madrugada, um Burgo com uma bandeira verde. Então o Senhor sorriu e disse: — Aí lhe fora mostrado uma bela imagem de um elevado plano espiritual. Senhor Wagner, olhe para fora da janela. Então eu vi sobre um mastro a mesma bandeira verde tremulando, como eu havia visto na imagem. Novamente me sobreveio tanta vivência. O Senhor disse: — O senhor fixou-o bem na memória? — Sim – respondi – eu fiz um esboço no papel. Eu mostrei-o ao Senhor. Então o Senhor respondeu: — Eu tenho então o desenhista para mais tarde.
  • 11. Pude ficar uma hora inteira junto ao Senhor, junto ao Filho do Homem, ao Filho de Deus! Eu bebia da sagrada irradiação do Senhor, inconscientemente, e estava tão feliz! Conversamos ainda bastante, também que a partir de então eu poderia vir à Montanha para participar das devoções, tantas vezes quantas eu quisesse. O Senhor alegrou-se sobre a Madame Baiger. Também me desculpei com o Senhor por ter vindo assim, nesses trajes de montanha. — Ah – disse o Senhor – isso não é o mais importante. Então eu Lhe contei como eu tinha subido até ali. Mas assim como o Senhor era, Ele riu de coração. Tudo interessava muito ao Senhor. Assim surgiu de mim a idéia de eu perguntar ao Senhor, caso Ele possa ou pudesse precisar de mim, que eu me mudaria com o maior prazer para sempre para a Montanha, com o que o Senhor se alegrou bastante, por eu ter me oferecido por mim mesmo. O Senhor disse: — Talvez eu precise e o senhor me seja mesmo bem necessário, um trabalhador assim tão diversificado. Mas nós nos veremos e nos falaremos com freqüência. Houve uma enorme quantidade de perguntas e de coisas não ditas. Como o Senhor disse: a partir de agora eu poderia vir para as sagradas devoções na Montanha Sagrada, tantas vezes quantas eu quisesse! Parecia-me como se agora eu pudesse ter acesso à Sagrada Devoção. Mil vezes obrigado! Ao olhar para o Senhor, sobreveio-me gratidão. Na despedida eu apertei firmemente as mãos do Senhor, cheio de alegria e felicidade, cheio de humildade, de modo que novamente as lágrimas afloraram. O Senhor era tão cheio de bondade. O encontro com o Filho de Deus, com o Filho do Homem foi o ponto mais elevado para mim. Poder ter essa graça, é o maior de todos os presentes. Assim eu não encontrava mais palavras do que, mil vezes obrigado, e irradiante fui embora do Senhor, que, às vezes, me olhava profundamente, mas sempre de novo sorria. Quando saí da casa, ambos os cachorros estavam ali, como guardas, mas ambos foram amistosos. Eu disse: “Vocês dois são belíssimos animais!” Eu fui de volta à casa do Sr. Tenente-coronel Manz. Eu estava repleto de alegria e disse: — A partir de agora eu posso vir para a Sagrada Devoção. O Sr. e a Sra. Manz se alegraram bastante. No caminho de volta, que agora passava por Vomp, uma bela e estreita estrada, deixei que tudo passasse mais uma vez por minha cabeça, tudo o que eu pude ouvir e vivenciar. Fora maravilhoso. Assim eu cheguei à coisa sagrada, à Verdade na Montanha Sagrada da Luz, ao próprio Senhor, ao Filho de Deus, Filho do Homem. Essas palavras tinham me atingido, me despertado. Agora poderia vir o que fosse. Eu pedi ao SENHOR, que essa maravilhosa impressão luminosa pudesse permanecer sempre dentro de mim, pura e clara. Eu devo ter precisado
  • 12. de um longo tempo para chegar até Vomp, também não encontrei ninguém. Aí me veio novamente em mente como o Senhor falou a respeito do Burgo. Isso só mais tarde me ficou claro. Quando cheguei a Innsbruck, tudo me pareceu estar modificado. Eu observava de modo mais minucioso, notava todas as coisas de forma bem melhor, eu estava bem mais cordial, prestativo, compreensivo. Sim, tudo havia se modificado, eu tinha até um sorriso cordial. Tornei-me mais livre através da vivência. Certas pessoas até me disseram, que agora eu estava como que modificado, bem mais simpático. Na noite seguinte eu fui à casa da Madame, fui fazer uma visita, que se alegrou muito. Em breves traços eu contei o mais importante, também que a partir de agora eu poderia ir à Devoção na Montanha Sagrada. — O Senhor também se alegrou com a senhora, Madame. Eu posso lhe dizer: O Senhor manda cumprimentá-la cordialmente. Aí, percebi, como seus olhos brilharam de forma especial. Sim, não era de se admirar, quando o Senhor mandava saudar alguém, de modo que cada um podia sentir a grande força que partia do Senhor. Eu ainda fui muitas vezes à devoção em Innsbruck. Da forma que me era possível, pois eu estava freqüentemente fora, em montagem. Mesmo aos domingos, eu não ia sempre à Montanha Sagrada, como ocorria muitas vezes quando eu estava trabalhando em Seefeld. Era uma época muito ruim, a gente ficava contente quando tinha um trabalho e podia trabalhar. Certo dia o Senhor mandou me dizer, que eu deveria vir até Ele depois da Devoção. Já era maio de 1932, onde Ele me comunicou que Ele havia refletido muito, mas que na Montanha Sagrada seriam construídos vários alojamentos, já que Ele estava sendo cada vez mais pressionado por aqueles que queriam morar na Montanha e ter ali seus domicílios, e pediam ao Senhor por isso. Assim o Senhor cedeu, apesar de não Lhe ser totalmente conveniente. O Senhor me comunicou que eu poderia contar em breve com o fato, de mudar-me definitivamente para a Montanha como funcionário. Eu estava muito feliz. Às vezes acontecia de eu encontrar o Senhor quando Ele ia passear e podia ouvir algumas palavras Dele. Quatorze dias antes de me mudar para a Montanha, eu fora novamente convidado pelo Senhor para ir ao Gralshaus (Casa do Graal) para o café, onde houve tantas coisas belas para se ouvir. Mais tarde eu relatarei a esse respeito. No verão havia chegado o momento em que eu podia me mudar. Eu estava irradiando de felicidade. Muitas coisas estavam sendo construídas na Sagrada Montanha, assim também a marcenaria, otimamente instalada, até com uma máquina universal. Com ela eu podia fazer todas as coisas e mais rápido, já que muito trabalho se acumulava e parecia não ter fim. Continuamente vinham mais trabalhadores para a Montanha Sagrada. Havia um labutar intenso, cada um dava o melhor de si. Era simplesmente maravilhoso.
  • 13. Nos anos seguintes a Montanha Sagrada se modificou tanto, que não se podia mais reconhecê-la. Nos meses de inverno havia muitas vezes até 75 cm de neve. Quase todos os domingos o próprio Senhor proferia as instrutivas e construtivas dissertações, com o que nós podíamos continuar sempre nos instruindo no elevado saber. Toda vez o saber era ampliado. Freqüente, mui freqüentemente o Senhor falava no fim da dissertação: “Agora ide, agi e vivei de acordo! Então nada poderá vos acontecer em vosso caminho, e vós sereis felizes! Pois tudo tece e se esforça, já que os fios e as irradiações alcançam por toda a parte e vos conduzem, se fordes puros. Vós sereis guiados pelo Alto. Tende apenas uma forte confiança em Deus, o Senhor. Eu vos auxilio nisso. A força da Luz vos acompanha então, continuamente.” O Senhor esforçava-se continuamente, para que aprendêssemos a entender a Mensagem do Graal, a conformidade com a lei, pois todos nós já nos encontramos tão distantes e mal ainda podemos aprender a compreender, como nos tornar simples e naturais. Por isso, para o Senhor, o mais difícil foi trazer a Palavra para os seres humanos, formá- La em palavras, torná-la compreensível aos seres humanos, o que praticamente nem é possível se a intuição não trabalhar junto, e esta quase nenhum de nós conhecia. “Nisso eu quero vos ensinar, e quão necessário vós o teríeis”, falava o Senhor muitas, muitíssimas vezes. Assim aconteceu que no ano de 1932 eu fora selado e pude participar e vivenciar a primeira solenidade, apesar de em 1931 eu já ter estado freqüentemente na Montanha Sagrada. A Solenidade fora uma grande vivência para mim, grandiosa. A bela música, as rosas maravilhosas, a entrada dos cavaleiros, dos apóstolos, discípulos, tudo em cores. Os belos trajes e mantos, os chapéus das Senhoras que possuíam uma elevada convocação, cada uma em sua cor, assim também os cavaleiros. Os discípulos também com mantos prateados, os chapéus arcados, simplesmente belos e majestosos. De repente a música de entrada se tornou mais suave, e Frau Maria entrou vestindo um manto preto, com uma Cruz dourada bordada no lado, Fräulein Irmingard em um manto verde, com lírios bordados sobre o manto, ambas com um belo, belo diadema sobre as cabeças. E já entrava o Senhor com um manto violeta e a flor de lótus nas costas. Logo se finalizou a suave música e o Senhor começara a falar. O Altar estava maravilhosamente enfeitado, com muitas rosas. No centro encontrava- se o Graal como taça, ao redor dela castiçais dourados, cada um com uma vela acesa, ao lado a taça de selamento vermelha com água, também algumas bandejas com vinho e pão. Todo o recinto da solenidade estava fechado da esquerda para a direita com uma cortina longa e branca, disposta em pregas. Atrás do Altar ficava o púlpito de oratória do Senhor. No centro, atrás do púlpito havia um pano verde,
  • 14. com o Olho de Deus na altura da cabeça do Senhor, que irradiava, simplesmente maravilhoso. Ao lado, à direita, a Bandeira do Graal, que um convocado segurava como porta-bandeira. À direita e à esquerda sentavam-se as elevadas Damas, Frau Maria, o Amor de Deus, Fräulein Irmingard, o Lírio Puro. O altar ficava no alto, no quinto degrau. À esquerda e à direita cadeiras azuis, onde os cavaleiros e apóstolos tomavam lugar. Um pouco mais abaixo os discípulos, onde também havia uma diferença: alguns com os mantos prateados, estes eram os discípulos de selamento, os outros discípulos, de fraque. Os vários discípulos sentavam-se em semicírculo, assim também as discípulas. Sobre o primeiro degrau havia um púlpito de oratória com pano preto e uma Cruz dourada, onde um apóstolo falava em determinada hora. Um degrau acima encontrava-se um púlpito, sobre o qual estava fixada uma Cruz dourada para o juramento. Lá os portadores da Cruz prestavam o juramento com as palavras “Eu prometo”, quando recebiam o chamado para a preparação. Sobre o segundo degrau encontrava-se uma estreita almofada, onde o selamento era recebido de joelhos. Para isso o Senhor descia os três degraus e selava os solicitantes em nome de Deus. Cada vez mais pessoas vinham para a Montanha Sagrada, eram cerca de seiscentas, setecentas pessoas que tiveram lugar no templo. Todos estavam repletos de humildade e alegria. O Senhor se alegrava. Por fim fora construído um teleférico, para que o material para o Gästehaus (Casa de Hóspedes) pudesse ser trazido para cima. Um Gästehaus fazia-se impreterivelmente necessário, para que as muitas pessoas tivessem um alojamento, enquanto elas estivessem ali. O Senhor tinha se preocupado com tudo. Eu tive, nesses anos, muitos belos relacionamentos também com pessoas privadas, que residiam na Montanha e também com hóspedes. Eu era um rapaz jovem, desembaraçado, cordial e extremamente prestativo. Havia muito que fazer na Montanha Sagrada. Assim acontecia que eu podia e precisava ir muitas vezes até o Senhor, por volta das 6:30h da tarde, onde tudo era discutido, entre outras coisas, tudo o que havia para fazer, e muito mais, o que deveria ser pedido, quais materiais eram necessários. Também, por parte do Senhor, havia toda vez algo de profundamente espiritual para se ficar sabendo: como o mundo em geral iria se modificar, como tudo estava previsto pelo Alto, o desenvolvimento na Montanha, ao redor da Montanha, no mundo. Também que a Montanha seria totalmente modificada. Por isso as construções eram feitas por enquanto de madeira, para que, quando tivesse chegado a hora, elas pudessem ser novamente desmontadas, quando o Burgo do Graal estivesse concluído. Um Burgo luminoso, um Burgo mundial para 12.000 pessoas deveria ser construído. A estrada deveria passar por Fiecht e ir até pouco antes do Burgo do Graal, já que nenhum carro deveria e poderia ir até o Burgo. A Montanha inteira deveria surgir em degraus, levando até o Burgo Sagrado, onde, a partir da floresta, iriam surgir belos jardins com canteiros floridos e crescer muitos arbustos do sul, já que
  • 15. toda esta parte do Universo seria elevada, para um clima melhor. Zonas mais agradáveis deverão surgir. Então, acima do Zilderhof, em direção a Fiecht, deverá ser construído o Templo intermediário para 10.000 pessoas. O Burgo do Graal deverá ser construído com mármore branco e com muitas pedras vindas de outros países, já que os maiores artistas e construtores iriam trabalhar nele. Deverá surgir um Burgo mundial, assim como fora visto, tão belo quanto possível: o Burgo da Luz na Terra. A cúpula central, a maior, resplandecerá em ouro verde, e sua forma única e nobre irá poder ser reconhecida de longe. Sobre sua ponta deverá tremular a Bandeira verde, a Bandeira do Graal, assim como ela sempre irá tremular no mastro diante do Gralshaus (Casa do Graal). O Gralshaus nunca será desmanchado. Ele deverá permanecer como símbolo da ligação com o Alto. Tudo o mais será retirado. Tornar- se-á maravilhoso! O Burgo da Luz terá sete cúpulas com sete grutas, cada gruta uma cor diferente: amarelo, azul claro, azul, vermelho rosa, verde, violeta, branco, portanto, todo dia uma determinada cor para adoração. Assim foi no tempo de Abd-ru-shin e assim também deverá se tornar aqui no Burgo da Luz na Terra, assim como ele se encontra e irradia nas alturas luminosas. Também a câmara de sepultamento de outrora do Senhor, a pirâmide, deverá no futuro, quando o pé do Senhor pisar o deserto de areia, ser desenterrada por uma tempestade e todos os tesouros maravilhosos serão utilizados e aplicados para o adorno do Burgo do Graal. O Burgo do Graal dará a oportunidade para 12.000 pessoas, para que elas possam vivenciar as Solenidades na Montanha Sagrada. Mas seriam organizadas de tal forma, que só poderiam vivenciar as Sagradas Solenidades delegações de círculos maiores e, nisso, cada vez outros serão determinados. Todos, sim, todos os outros deverão e poderão ver de longe, pois não seria possível de outra forma. Assim, será dada oportunidade para cada um de vivenciá-las. Pois se refletirmos, as muitas e muitas pessoas nunca poderiam ir até a Montanha. Que maravilhoso isso será, quando o Burgo da Luz reluzir em seu resplendor, o maravilho ambiente ao redor, o clima agradável! Todos os problemas estariam bem resolvidos, e haveria dinheiro suficiente. Para isso o Cavaleiro Vermelho seria o responsável. Todos se entregaram ao serviço, ao Senhor, voluntária e alegremente, para servir à Vontade, bem como a Deus, o Santíssimo, que, aliás, nos o possibilita, que, através de Seu grande amor pelo espírito humano e pela natureza fez surgir a Terra. O que nós, espíritos humanos, deveremos fazer em troca, senão de nos movimentar, de aprender a reconhecer e a observar as simples Leis, e de trilhar o caminho correto. Então seremos do agrado de Deus. Isso nós devemos Àquele que nos deu a vida, a Deus, ao Senhor. Muitas coisas aconteceram durante os anos. Assim a Colônia do Graal fora formada; em 31.07.1932, Jaspis; em 16.10.1933 a Escola do Graal; em 1933 também concertos, os bombeiros e muito mais fora criado. No Gästehaus (Casa de hóspedes e restaurante) se cozinhava para todos. Também não havia nenhuma diferenciação na comida, quer
  • 16. fosse para uma pessoa particular ou para um funcionário. Todos se alimentavam igual e bem, como cidadãos comuns. Os funcionários eram muito bem tratados, eles recebiam todas as refeições do dia, abundante e suficientemente. O Senhor falava sempre: — Meus funcionários, que fazem o trabalho manual, também devem ter o pagamento correto. O Senhor era a favor de uma roupa boa e limpa. Cada portador da Cruz deve ter um comportamento imaculado, um corte de cabelo limpo, assim se reconhece até o caráter. Na Montanha Sagrada trabalhava-se firmemente, cada um de sua maneira. Aos domingos, havia Devoção às 9:00h, onde o próprio Senhor falava freqüentemente, o que era o mais belo. Assim cada vez mais pessoas encontravam o caminho para a Luz, para o Senhor, e pediam poder servir, especialmente terrenamente, mas também espiritualmente. Muitas coisas tinham de ser adquiridas, para que se prosseguisse. Assim vieram dois cavalos, um burro, pavões, pombas brancas, dois cachorros, um vigia noturno com cão, de nome Bare. No que se refere à marcenaria havia muito, muito o que fazer. Tudo tinha que ser feito: portas, janelas, móveis, cercas, portão de garagem, etc., já que um carro fora finalmente adquirido, para que o Senhor e também as elevadas Damas pudessem sair, também ir até Innsbruck, às autoridades. O discípulo Dörflinger, mais tarde o Sr. Deubler, eram os condutores, os motoristas. Por muito, muito tempo foi muito bonito na Montanha Sagrada, até que, às vezes, aquilo que é humano, começou a se colocar em primeiro plano. Eu posso dizer, eu, por mim, fazia tudo com o maior prazer. Para mim sempre estava diante dos olhos e eu estava sempre consciente, por que motivo eu posso estar junto ao Senhor, e eu estou agradecido. Muitas vezes o Senhor falava: — Meu bom Sr. Wagner, o senhor tem tantas coisas para fazer, mas mais tarde irá ficar mais fácil. Em 1934 eu fui convocado. Para sempre servir verdadeiramente com alegria. Eu já sabia anteriormente o que eu tinha e podia resgatar, já que temos que seguir o chamado a qualquer preço, e que é o mais belo: poder tornar-se um servo do Senhor, mas plenamente, e por isso todos nós tínhamos sido encarnados nessa época, para que, na hora da realização, quando o Senhor nos chamasse, nós também devêssemos estar preparados. Por isso, outrora, todos foram elevados até Patmos, para prestar o juramento: estar ao lado do Senhor, quando ele precisasse de nós. As palavras da minha convocação foram: ser um mestre da juventude, já que a juventude também me era confiada por um tempo, para as atividades de trabalhos manuais, ginástica, educação, etc. Era um grande campo de atuação. Principalmente a educação espiritual também era muito importante, o que tem grande
  • 17. efeito terrenamente. Especialmente para os jovens deviam ser estabelecidos limites severos, já que eles vinham de baixo. Aí aconteciam tantas coisas. Todos eles tinham de fato a boa vontade. Assim eu providenciei que também fossem introduzidas horas de trabalhos manuais, o que todos gostavam. Eu lhes dava sugestões, ferramentas, material e também introduzi horas de debate, de modo que cada um podia falar o que quisesse. Eu considerava muito importante, que tudo ocorresse de forma bem livre e espontânea. Eles tinham que formar fila às 11:15h, assumir uma postura firme, uma breve volta. Pontualidade, limpeza, sim, promessas tinham que ser rigorosamente cumpridas, tudo o que era importante para que eles se tornassem rapazes de primeira. Às vezes o Senhor ficava de pé na sacada da casa e olhava. Os jovens estavam alegres. Às 11:30h nós marchávamos juntos até o Gästehaus para o almoço, onde nós comíamos juntos em uma longa mesa. Antes, uma oração da refeição. Mais tarde ainda foi acrescentada mais uma mesa. Cada semana um era escalado, o qual tinha a responsabilidade por todos, mesmo se não estavam comigo. Nas horas de trabalhos manuais havia, às vezes, dificuldades. Certos rapazes não eram tão hábeis e também pouco alertas, então outros se aproveitavam disso e pegavam material deles, para terminarem mais rapidamente o seu trabalho. Mas isso muitas vezes era mal sucedido, pois eu ficava alerta. Aí eu brigava, não havia perdão. Eu os ensinava como a gente pode reconhecer a intuição de forma consciente. Há exemplos suficientes. Os rapazes entendiam muito bem, e para mim era tão belo poder ter um campo de atuação assim. A minha convocação dizia: “Tu poderás dar muito à juventude, já que desenvolver-te-ás para um mestre de arte nunca imaginada, assim também no desenhar, o que já te foi dado.” Freqüentemente o Senhor dizia para mim: — Quando se olha para as fileiras, da forma como as pessoas trabalham, só deveria haver coisas belas. Nisso ele me olhava de um jeito! Eu ainda não entendia, porque o Senhor dizia isso para mim, eu pensava, isso tem um motivo, eu ainda vou descobri-lo. Temos de viver de forma pura, simples e bela. Quem não faz isso, perturba a harmonia na Montanha Sagrada, este tem de ir embora. Infelizmente havia algumas pessoas que não trilham o caminho de forma certa e estas a pureza já irá excluir. Aí tornou-se claro para mim, porque o Senhor havia dito essas palavras. Certo dia foi me entregue um projeto pelo cavaleiro branco. Um pavilhão octogonal devia ser construído, com 4 metros de altura e a mesma largura, uma construção totalmente diferente, de característica chinesa. Ele deverá servir ao Senhor no jardim do Graal, onde o Senhor irá poder trabalhar ao ar livre sem ser perturbado. O Senhor nos dava continuamente mais coisas espirituais. O pavilhão deverá ter duas grandes portas, que podem ser abertas para fora. Quando eu ouvi isso, fiquei muito feliz. Finalmente o Senhor poderá ficar totalmente sozinho.
  • 18. Eu ainda me lembro como eu disse ao Senhor, que Ele deveria ficar totalmente isolado, para que não fosse continuamente incomodado. Então voltamos novamente, como muitas vezes, a conversar sobre as imagens da Criação, as quais também irão atuar como uma espécie estranha, pois ninguém pode imaginar, como se pode apresentar a Mensagem assim de forma tão aproximada, e isso foi possível! Freqüentemente eu trabalhei nos esboços delas, em 1932. Era na pausa do almoço e eu queria novamente desenhar algumas coisas como esboço. Aí o Senhor encontrava-se de repente atrás de mim, o que eu nem supunha. Então o Senhor riu e disse: — Mas o senhor está aprofundado, eu já estou há bastante tempo aqui e o senhor nem me percebeu. Mas o Senhor logo me dava mais sugestões. Ficamos uma meia hora conversando sobre isso, já que eu explicava tudo da forma como eu via. Aí o Senhor estava satisfeito e disse: — Continue assim, Sr. Wagner, pois devem surgir três imagens. Mas, de qualquer forma, nós iremos conversar ainda mais vezes sobre isso. Depois de alguns dias já comecei a preparação do grande trabalho para o pavilhão. Havia muito trabalho, até que eu tivesse reunido todo o material desejado. A madeira adequada não se encontrava ali. Todo dia o cavaleiro branco me apressava, pois ele queria ver algo, apesar de eu ter lhe esclarecido que eu já havia logo encaminhado tudo para receber o material desejado. Então ele disse: “Sim, isso eu não posso entender.” Ele imaginava isso bem mais simples do que se podia supor. Um dia finalmente uma parte do material se encontrava ali. A máquina universal funcionava a todo vapor. O cavaleiro branco estava radiante. Mas a gente não via nada mais do que cavacos de madeira. Então ele já perguntava de novo, impacientemente. Eu sei, ele tinha boas intenções. Também para mim não era tão fácil. Um dia, quando eu novamente pude ir às 5:30h até o Senhor, eu contei ao Senhor, que não era tão fácil e que já o tipo da construção de tal forma arcada já dava muito trabalho, muito mais trabalho, e eu tinha que preparar tudo primeiro, até que eu pudesse construir. Eu faço tudo em todo o caso, porque o cavaleiro branco, às vezes, já me criticava. Então o Senhor me disse: — Sr. Wagner, eu o direi ao cavaleiro branco, ele não irá mais apressar o senhor. Enfim, eu já faço todo o possível, mas o cavaleiro branco não possui a compreensão para tal trabalho. — Eu sei que o senhor está fazendo tudo para que haja um progresso.
  • 19. A partir daquele dia o cavaleiro branco estava como que mudado. No dia seguinte ele veio, bateu nos meus ombros, desculpou-se bem cordialmente e disse: — O senhor é um tipo muito formidável! – e riu. O Senhor me auxiliava continuamente, já que eu podia ir até Ele quase todos os dias às 5:30h. Além do meu trabalho eu tinha muitas outras coisas para fazer. Eu tinha que cuidar dos pintores, da forja, dos bombeiros, dos rapazes, da torre do relógio, que às vezes dava problemas e muito mais. Assim havia muito que relatar, quando eu podia e me era permitido ir até o Senhor. O Senhor me presenteava muita confiança. Às vezes me oferecia uma taça de vinho, especialmente quando Ele havia boas coisas para contar. Nessas ocasiões Ele me dava elevadas orientações espirituais, de como os fios corriam na Criação. Dia a dia prosseguia o pavilhão, até que havia chegado a hora do telhado, onde, em especial, surgiram muitas dificuldades. Ele era curvado, da forma chinesa, aí eu tinha que encurtar toda vez cada pedaço de madeira e, além disso, o pavilhão era octogonal. Mas deu certo. Eu estava muito satisfeito. Em aproximadamente uma semana eu iria poder montá-lo, mas primeiramente deveria ser concretada a base oitavada. Ela também deveria secar durante o domingo. Um dia tudo estava pronto, eu estava feliz. O cavaleiro branco que, por fim, era responsável por tudo na Montanha, mandou providenciar um grande carro, sobre o qual carregamos o pavilhão, que estava dividido em duas partes. Então partimos. O cavaleiro branco cedeu cinco homens para ajudar, já que o pavilhão era muito pesado, especialmente o telhado, que tinha de ser erguido sobre o conjunto, mas ele se ajustou muito bem. Tudo. Eu estava feliz. Nesses dias o Senhor e as elevadas Damas tiverem de ir à Innsbruck. Foi uma grande sensação: “O pavilhão está sendo montado!” Todos olhavam. Quando à tardinha o Senhor e as elevadas Damas voltaram, a primeira caminhada do Senhor foi em direção ao pavilhão. Já havia terminado o horário de trabalho e eu estava justamente reunindo as ferramentas, quando o Senhor chegou. Alegremente eu relatei sobre tudo: — Tudo ocorreu bem na montagem e na colocação. Aí o Senhor riu e me deu a mão, e disse: — Eu o sabia. — Agora eu vou aparafusar tudo e começar a dar a primeira demão, a pintar. O Senhor se alegrou muito. Eu também irradiava de alegria, por poder fazer algo bem prático para o Senhor. Eu era humilde e quieto. Eu tinha quase 24 anos de idade. Eu tinha ainda muito pouca experiência, para atrever-me a um trabalho destes, mas com o grande auxílio do Senhor, até o impossível pode ser feito. No dia seguinte continuei novamente com o trabalho. Então me aconteceu algo. Eu entrei no jardim do Graal com a caixa de
  • 20. ferramentas, queria tirar a medida de algo, subi em cima de uma banqueta que virou. Assim tive que procurar as ferramentas. Ai me faltou meu metro de 2 metros. “Sim”, eu disse para mim mesmo, “este se encontrava aqui.” Eu procurei por tudo, mas ele não estava ali. Então tenho que voltar novamente até a oficina. Mas também não estava ali. Assim eu levei um outro junto. Quando eu estava chegando de novo ao portão, à cerca, da casa do Graal, meu amigo canino estava ali com o metro na boca, abanando o rabo, foi muito bonito. Eu o acariciei e disse: “Você é um garoto muito esperto”, mas tudo estava bem de novo. Bem disposto comecei a trabalhar, depois que eu havia agradecido ao cachorro. O cão, em si, não era nenhum camarada assim tão amistoso, um pastor alemão aguçado, mas eu gostava dele. Com o trabalho do pavilhão eu aprendi muitas coisas, especialmente como se deve trabalhar com a intuição. Isso foi o decisivo, aquilo que fez com que o pavilhão desse tão certo. O Senhor já havia me dito: — Preste especialmente bem atenção à sábia disposição da intuição, pois isso falta à maioria, também aos moradores da Montanha, – sobre o que o Senhor se queixava freqüentemente, que essa faltava muito aos moradores da Montanha. Pouco depois as portas foram enganchadas, o soalho colocado. Na mesma semana foram colocados os vidros. Tudo feito por mim mesmo. Tudo foi pintado de forma bonita, por fora, em parte de vermelho zinabre, o enchimento de cinza prateado, e o interior, até dois metros de altura, de cinza claro, depois clareando, e mais para cima de um belo amarelo e o teto superior de dourado. Uma maravilhosa luminária para iluminação. Para mim o trabalho logo chegou ao fim. Nesse meio tempo o jardim foi preparado de forma muito bonita e um riacho descia de um jardim de pedras. Como sobre esse pequeno riacho ainda deveria haver uma ponte, fiz ainda uma de forma arcada, de madeira de larício, com um bonito corrimão arcado. Tudo deu certo, tudo ficou pronto e todos se alegravam, já que o pavilhão chinês se encaixava muito bem no belo jardim do Graal. Dois dias depois o pavilhão foi inaugurado, pois ele era algo especial. Eu fui convidado pelo Senhor para isso. O Senhor, Frau Maria e Fräulein Irmingard. Eu fiquei a uma certa distância. Naturalmente eu estava bem vestido com a roupa de domingo. Então o Senhor me chamou até si. As portas foram abertas, o Trígono Sagrado sentou-se à mesa, onde eu também tive e pude me sentar, cheio de alegria. Então o Senhor falou: — Agora novamente uma etapa se cumpriu, etapa essa que o senhor, Sr. Wagner, nos tornou tão bela por meio de sua intuição, de modo que nos alegramos muito. Eu não pude dizer absolutamente nada, estava radiante, fiquei muito emocionado. O Senhor me deu a mão e eu me inclinei profundamente. Nisso o Senhor disse:
  • 21. — Eu sei, o senhor ainda vai nos causar muita, muita alegria, como na época de Abd-ru-shin. O Senhor contava como era nas alturas luminosas, as quais eram atravessadas por maravilhosas irradiações, em plena harmonia, como lá existe um eterno atuar e flutuar e tudo se cumpre. Eu estava com tanto calor, que mal conseguia suportar. O Senhor falava de modo majestoso sobre assuntos que eu nem conseguia compreender direito. Eu estava profundamente impressionado. Ele, o Senhor, falava dos ismanos, que eram totalmente perpassados pela intuição, que utilizavam corretamente o raciocínio, que sabiam exatamente quão maravilhoso é o grande presente da Luz, a intuição. “Se os poucos se esforçassem por compreender, o circular seria restabelecido e irradiando a humanidade tornar-se-ia bela e livre.” Ele contava que seria tão fácil ouvir o que a intuição diz, e as pessoas a ouvem, sem exceção, só que o raciocínio deve se orientar e agir de acordo com o que a intuição diz, então tudo transcorreria de acordo com as leis na materialidade. Na época de Abdruschin eu também já havia cumprido e causado muita alegria, especialmente na construção do Templo, onde eu pude atuar junto. — Sim, o senhor o sabe. – disse o Senhor e riu. Depois de longos e muitos assuntos conversados, que não podiam ser captados por mim, o Senhor falou com as Damas, também sobre a pressão que, de acordo com a Lei, sempre partia de cima até as regiões mais baixas. Então eles se levantaram. Fräulein Irmingard tinha uma máquina fotográfica consigo. — E agora queremos ter o mestre em uma foto. Assim tive que ficar de pé na porta aberta. — Sr. Wagner, o senhor tem motivo para se alegrar. Então a foto foi tirada. Eu estava naturalmente irradiante. Mais tarde o Senhor me disse: — A foto ficou muito bonita. Eu também ganharia uma cópia dela. Por cerca de duas horas eu pude ficar junto ao Senhor, junto ao Trígono, onde pude ter as mais belas vivências. Sim, muito, muitas coisas me foram ditas. O pavilhão causou muita alegria ao Trígono, e a mim também. Maravilhoso era tudo. O Senhor me disse que, já de natureza, eu possuía uma disposição infantil e “eu desejo que o Senhor sempre permaneça assim.” Eu não queria nada para mim, apenas servir, facilitar um pouco o difícil caminho do Trígono. Assim, para mim, só havia mil agradecimentos, por eu poder cumprir.
  • 22. O bolo e o café estavam muito gostosos, mas eu mal ousava comer. O Senhor também contou no café sobre a aliança que fora firmada outrora, que agora Ele se encontrava pela última vez aqui e que a velha aliança deveria ser desfeita, pela necessidade de uma nova, assim como foi dito na Solenidade. Na minha convocação o Senhor disse que minha convocação iria se constituir de modo totalmente diferente, que no Burgo eu iria me tornar guardião do Burgo, com uniforme, e que tudo o mais eu não deveria contar. Frau Maria me perguntou, qual seria agora o meu maior trabalho. Então o Senhor disse: — Eu acho, Sr. Wagner, que o senhor tem muito que fazer com pequenos trabalhos, que se acumularam durante a construção do pavilhão. Sim, é verdade. Então eu pude me despedir do sagrado Trígono e agradecer do fundo do meu coração. Também pude dar a mão ao Trígono, já que o Senhor, como primeiro, me estendeu sua mão. Então eles se retiraram para o interior do pavilhão. Em 1935 eu casei, ocasião em que o Senhor mandou-nos chamar especialmente até si e, mais uma vez, desejou tudo de bom. No domingo seguinte, nós dois fomos convidados para um café no pavilhão, onde o Trígono encontrava-se novamente reunido e o Senhor contou muitas vivências bonitas, também de espécie espiritual. Sobre o aprendizado que Ele precisava para, aliás, poder trazer a Verdade aos seres humanos, o que era o mais difícil. Muitas coisas sombrias o Senhor teve de vivenciar e sofrer, já que tinha de se encontrar como estranho sobre este globo terrestre sombrio. Então veio o capítulo “reconhecer-se a si próprio”, apesar Dele já há anos saber bem mais coisas do que todos os outros. Assim veio então o reconhecimento repentinamente. Era como se uma venda Lhe caísse dos olhos. Como havia chegado a hora, Ele foi auxiliado pelo Alto. Uma grande alegria surgiu Nele, sim, tudo Ele via diante de si, do Alto até o mais profundo baixio. Ele, que havia vindo do Alto e que tinha a grande confiança em si, o grande amor, tudo jorrava Dele com força. Era maravilhoso como o Senhor contava tudo isso. Parecia-me, como se toda a Sua figura reluzisse. Era maravilhoso estar junto com o Trígono. À noite, as mesas e as cadeiras foram trazidas para fora do Pavilhão, já que uma bonita queima de fogos de artifícios seria realizada. O Trígono tomou lugar por volta das oito horas e então teve início. Todos os moradores da Montanha puderam ir ao jardim do Graal e alegraram-se. Durou duas horas inteiras, foi maravilhoso. Pois os foguetes, as bolas luminosas e as muitas, muitas formas maravilhosas que voavam pelo ar eram muito bonitas. O Trígono deu gargalhadas. Sim, ainda muitas vezes, mais tarde, foi comentado esse evento. No final o Senhor agradeceu a todos os colaboradores pelo grande esforço,
  • 23. que fizemos com prazer para o Trígono. Algo pequeno, já que o Senhor só tinha poucas alegrias para vivenciar. A vida na Montanha era como deveria ser sempre, pois cada um se alegrava, se esforçava. O grande exemplo, o Senhor, as Damas, todos nós sentíamos continuamente a proximidade da sagrada força, a irradiação, que muito necessitávamos. Todos se curvavam em humildade e podiam captar muito daquilo que o Filho de Deus, Imanuel, Parsival, continuamente nos dava. Às quartas-feiras à noite sempre havia Devoção, onde eram lidas dissertações de diferentes senhores para a ampliação da Mensagem. Até mesmo portadores da Cruz de prata podiam ler, também era muito bonito. Aos domingos, ao contrário, quase sempre era o Senhor quem lia, onde Ele ampliava a Sagrada Mensagem. Às vezes, quando o Senhor não falava, o Trígono sentava-se embaixo, diante dos degraus do Altar. O Senhor fazia freqüentemente um passeio pela colônia com Fräulein Irmingard e, nessa ocasião, Ele sempre passava pela carpintaria. Fräulein Irmingard ia sozinha então para a casa da administração. Eu estava muito ocupado, de modo que muitas vezes não percebia o Senhor chegando, pois, geralmente, eu logo abria a porta para Ele. Mas o Senhor sorria, quando Ele podia me surpreender. Para mim isso não estava certo, mas Ele dizia: — Está tudo bem, Sr. Wagner. Assim eu relatava brevemente, contava o que havia me impressionado ou o que havia ocorrido. Freqüentemente Ele me dava uma instrução, chamando minha atenção para certas coisas. Então, quando vinham novos hóspedes, Ele os levava toda vez até a carpintaria, onde Ele os apresentava a mim. A carpintaria, muitas vezes, encontrava-se num estado terrível, havia tanta poeira que tudo ficava totalmente cinza. Mas quando o principal trabalho da máquina acabava, eu logo me punha a fazer uma arrumação. Uma vez, eu ainda me lembro, o Senhor veio até mim na carpintaria. Como Ele ia sair de carro, Ele me perguntou se eu precisava de algo com urgência. Nessa ocasião havia uma tal poeira na carpintaria, que eu mal podia ser visto, devido a serra estar funcionando. Então o Senhor disse bem amavelmente: — Saia logo por algum tempo. Tanta compreensão tinha o Senhor por tudo, era simplesmente maravilhoso. Um dia ocorreu uma desagradável surpresa, sobre a qual o Senhor mostrou-se muito triste. Com o tempo, começaram a surgir discordâncias por parte de certas pessoas, o que chegou até aos ouvidos do Senhor. Não por mim, apesar de já ter percebido isso algumas vezes. O Senhor apenas queria ajudar a todos. Na verdade, havia alguns entre as pessoas, que se encontravam bem mal sobre os pés, e nem sempre eram firmes. Mas eu sei, elas se arrependeram muito quando
  • 24. repentinamente abriam suas bocas sem pensar. Eu era bem cauteloso e sempre tratei essas pessoas especialmente bem. Todos as conheciam, eu sempre tive percepção muito boa para isso. Somente precisava olhar para uma pessoa e já sabia como ela era. Assim havia pessoas que nunca entendiam bem o Senhor, mesmo as ordens que o Senhor dava, elas, de preferência, interpretariam diferentemente e estavam interiormente insatisfeitas. Minha observação me dizia com freqüência, que eu não devia dizer tudo ao Senhor, quando eu podia ir até Ele às 5:30h. Mas o Senhor estava alerta. Ele logo me disse: — Sr. Wagner, eu sei tudo. Eu também sei que o senhor quer me poupar. Eu vejo as malhas e os fios de forma clara e exata. Por isso eu quero mostrar-lhe e dizer-lhe algo, então o senhor vai poder me entender melhor, o quanto eu sofro já há muito tempo. Então o Senhor me mostrou uma cabeça entalhada de Cristo, que muitas vezes eu já havia visto em seu escritório, sobre o qual eu nunca tinha ousado falar algo. Ele, o Senhor, disse: — Tanto quanto meu irmão sofreu aqui, tanto assim eu também sofro, de maneira e dores incríveis. Por alguns segundos houve silêncio, até que o Senhor novamente olhou para mim. Eu fiquei estarrecido, lágrimas me brotaram dos olhos, e pela primeira vez me sobreveio de forma inesperada um pressentimento, sobre o que estava realmente ocorrendo no mundo. Então Ele me contou, bem pensativamente, o que Ele já vinha observando há muito tempo. Ele disse: — Se isso prosseguir assim, será pouco provável haver ainda uma edificação, pois os convocados vêm mui lentamente. Já estávamos nos aproximando do ano de 1936. Mesmo assim o Senhor sempre ficava muito alegre por ocasião das festividades de Natal! Ele cantava conosco, os funcionários, comia conosco e ninguém notava que o Filho de Deus sofria profundamente, pois Ele, o Senhor, só queria dar. Assim Ele foi se tornando cada vez mais e mais sério. — Eu digo isso ao senhor, porque o senhor me entende, Sr. Wagner. Por isso eu o quero dizer ao senhor, já chegou ao ponto que os primordialmente criados queixam-se profundamente ao Pai, e pedem-Lhe fervorosamente por auxílio, porque nenhum espírito consegue mais encontrar o caminho para o Alto, de tanto eles terem se emaranhado. A humanidade torna-se cada vez menos confiável. A Luz prevê isso. Os fios de auxílio pendem frouxos, não são mais esticados para a vivificação. A honesta e boa vontade deveria primeiramente ir ao encontro deles, ligando-se a eles, então eles se tornariam mais rígidos, tornando-se luminosos e iriam ao encontro da humanidade de forma irradiante.
  • 25. Assim eu pude entender direito o que o Senhor dizia, que o mais difícil era levar a Palavra Sagrada à compreensão dos seres humanos. Freqüentemente, quando o Senhor novamente estava muito triste, eu teria preferencialmente me escondido no chão, de tanto que me oprimia, me tocava. Eu não podia dar nenhum consolo ao Senhor e pedia-lhe com todo o meu ser, que Ele persistisse, pois Deus, o Senhor, iria intervir quando chegasse o momento. Muitas vezes o Senhor me parecia tão à vontade, como se anjos O carregassem nos braços. O Senhor sempre falava da edificação e novamente Ele se tornou satisfeito. Aí Ele podia rir tão à vontade e alegremente, um irradiar emanava Dele, Ele era, pois, o Senhor! Eu fora escalado como guardião do Templo, pelo Senhor pessoalmente. Minha esposa deveria, mais tarde, só lidar com flores no Burgo. Ao lado do Templo tínhamos nossa residência, pois o Senhor estava constantemente em perigo, o qual crescia constantemente. Então eu estava especialmente alerta em todos os sentidos. Uma noite eu acordei repentinamente, já que eu tinha deixado a janela aberta. Então eu ouvi um ruído, pulei para perto da janela e vi dois camaradas no jardim do Templo que se esgueiraram pelo lado, com o que eu gritei alto e forte para eles, de modo que eles pularam rapidamente por sobre a cerca. Num piscar de olhos eu estava no Templo, e eu ainda os vi correndo do lado de fora da cerca. Os dois não haviam suspeitado que, como era uma hora da madrugada, alguém estivesse praticamente à espreita. Somente então, por meio desse pequeno incidente, é que se me tornou realmente claro, em que perigo nós nos encontrávamos aqui em cima, especialmente o Senhor, nosso Senhor. No dia seguinte eu informei o Senhor pessoalmente. Aí o Senhor me disse que já o sabia pela Sra. Manz. Fora-lhe dito. Mas como o Senhor era, Ele agradeceu muito. Assim as trevas iam se esgueirando, para cada vez mais próximo da Sagrada Montanha. Há pouco tempo também ocorrera um caso parecido perto do jardim do Graal, mas eles foram afugentados pelos cães. Em um domingo o Senhor falou no Templo, em uma dissertação onde ele indicou de forma especial para a época futura, que deve ficar claro para cada um, que se deve ter a maior cautela. Então nós poderemos nos defender dos muitos ataques que ainda virão. Mas ainda mais importante é zelar da pureza, isso detém as trevas em sua intenção. Um dia eu tive e pude ir com o Senhor até o sótão do Gästehaus, (Casa de hóspedes). Lá o Senhor olhou o local, já que Ele tinha a intenção de estocar ali uma grande quantidade de trigo e painço. Esses cereais deveriam ser prensados em flocos, para os moradores da Montanha, caso devesse acontecer como estava previsto pelo Alto, que a Montanha ficaria por um período de tempo isolada por fendas na Terra e água. Para essa finalidade Ele havia comprado uma máquina de prensar cereais em flocos da Suíça. E essa máquina também veio. Eu estava presente quando ela foi instalada e experimentada. Ela também funcionou muito bem. O Senhor se alegrava, pois Ele queria ajudar as
  • 26. pessoas na Montanha e dar-lhes chances de sobrevivência, para que ninguém passasse fome, pois as grandes modificações que haviam sido profetizadas estavam iminentes. Eu reformei o sótão otimamente e bem vedado, para que nenhum grão se perdesse. A máquina de flocos fora providenciada por dois discípulos do Senhor, que se chamavam Eisenbein e Nabholz, e também eram suíços. Isso funcionou bem até a moagem. Então eles retornaram à Montanha, totalmente descontentes. O Senhor já me havia dito algumas semanas atrás, que Ele intuía que algo poderoso iria se modificar em relação a sua pessoa, algo que não seria bom. E veja, veio logo, os dois discípulos suíços deixaram-se envolver totalmente pelas trevas e simplesmente colocaram o Senhor diante da seguinte situação: eles teriam que receber, caso o Senhor quisesse a máquina, a quantia de aprox. 60% de lucro, do contrário eles teriam que transportar a máquina imediatamente de volta, pois não iriam conseguir a liberação dela pelas autoridades suíças. O Senhor queria pagar a máquina por esses dias. O Senhor também havia se informado detalhadamente como seria a liberação pela Suíça. Disseram-Lhe nessa ocasião que a Suíça venderia a máquina com prazer. Assim ficou totalmente claro ao Senhor, o que esses dois discípulos queriam, ou seja, tirar dinheiro para si. Algo mais infame eles não poderiam ter feito. O Senhor ouviu ambos calmamente, olhou-os severamente e se enojou. Ele disse: — Sim, se é assim, por favor, levem a máquina imediatamente de volta, pois eu não quero ter nenhum dinheiro, nenhum centavo para mim. Eu só queria ajudar, e isso só teria custado muito dinheiro a mim. Então, repentinamente, o Senhor se decidira por devolver a máquina àqueles, de quem Ele a havia recebido. Os dois discípulos ficaram muito surpresos com isso, mas o Senhor os repeliu. Tudo isso se espalhou rapidamente. Assim toda uma corrente entrou em movimento, sobre o que o Senhor dissera que viria a epidemia de discípulos, porque muitos deles somente então mostraram como eram interiormente. E veja, muitos negaram o Senhor. Assim rompia-se cada vez mais a confiança do Senhor, pois se já os discípulos não eram fiéis, como seria então com os outros portadores da Cruz e adeptos. Ainda foi constatada muita coisa, o quanto o Senhor já havia sido enganado há muito tempo. Diversos portadores da Cruz de ouro e de prata retiraram- se da Montanha Sagrada e, com isso, do Senhor. Todos eles estavam, junto com os discípulos, numa ligação com as trevas. O Senhor estava feliz, por ter chegado a isso! Então veio a frase dita pelo Senhor: — Se eu tivesse ao menos dez honestos, nos quais eu pudesse confiar, então eu estaria satisfeito. Quando ele leu o ocorrido no Templo, seus olhos tinham um olhar cheio de inacreditável severidade, como eu jamais havia visto. — Agora a Sagrada Espada em breve golpeará! – foram suas últimas palavras.
  • 27. Naturalmente as palavras pronunciadas pelo Senhor doeram muito em certas pessoas, pois existiam entre elas alguns realmente bons e honestos. Mas, como sempre, cada um queria fazer parte dos dez honestos. Tão vaidosos eram alguns. Em 1936, a construção do Burgo Sagrado já deveria ter se iniciado. Mas infelizmente o Senhor me disse: — Os seres humanos não ouvem e não ouviram o chamado sagrado da Luz, que deve e deveria ser tudo para eles. Eles afundam e se enredam cada dia mais. A sagrada promessa e o sagrado juramento que lhes deve ser tudo, eles esqueceram. Assim, eu também terei de esquecê-los, de acordo com a Lei. Todos eles foram elevados a Patmos, tiveram a permissão de ver a maravilhosa ilha azul; eles se ajoelharam orando e agradecendo pela grande dádiva do Amor Eterno. Suas palavras foram: “Eu prometo servir ao Senhor, quando Ele nos chamar.” Para tanto eles foram fielmente protegidos e preparados. Só são 144.000, os quais seriam suficientes para serem exemplo, apoio e suporte para toda humanidade, pois disso depende a existência inteira do ser humano. Distribuídos sobre o belo globo terrestre, eles se tornaram, como espíritos alemães, líderes das nações! Irradiante deveria ser sua existência e seu atuar. “Vós sois o fermento, vossa fidelidade ainda ingressará nas alturas luminosas depois de vosso cumprimento, onde podeis cooperar alegremente no eterno circular na Criação.” O Senhor estava muito desolado, pois Ele não conseguia entender, aliás, como era possível deixar de ouvir o mais elevado chamado. Já em 1933 Gandhi, Neruh e muitos outros deveriam ter vindo, na verdade, todos os grandes que estavam destinados. Onde é que estavam os artistas, artesãos? Assim também o cavaleiro vermelho deveria ter vindo como primeiro, já que ele sempre trazia sua esposa, que era portadora da Cruz de ouro, para as Solenidades na Montanha. Ele próprio ficava em Innsbruck, se divertindo. Assim continuava e continuava. O Senhor, como Parsival, esperava pacientemente, tinha de ficar assistindo. Mas apenas por pouco tempo. Ele, que se esforçava tanto para libertar os seres humanos do cerco. Só era necessária uma vontade para passar a linha de giz, então a arrogância estaria vencida. Em 1936, nos primeiros dias do mês de março, o Senhor estava muito inquieto, como se novamente viesse algo inesperado. Como sempre eu tinha muito receio quando Ele me contava de seu irmão Jesus, como este, na cabeça entalhada, dava tanta expressão à dor. — E tanto assim eu sofro, - dizia ele freqüentemente. E veja, em 11.03.1936, antes do almoço, houve um forte ataque das trevas contra o Senhor. O Senhor fora preso pela polícia municipal de Innsbruck por um certo tempo, para averiguação de caso de contrabando de dinheiro, desencadeado pela epidemia de discípulos e
  • 28. por um de seus convocados. Difícil foi aquela época, muito difícil para nosso Senhor, na grande esperança de que Ele logo pudesse retornar. Demorou certo tempo até que isso acontecesse, até que o Senhor retornasse. Pôde ser provado que o Senhor realmente não sabia nada de tudo aquilo. Isso fora ocasionado por alemães que residiam na Áustria, os quais O teriam responsabilizado pelo contrabando de dinheiro. Depois da soltura o Senhor me contou como tudo ocorrera. O Senhor estava novamente muito triste por causa da imprudência de um elevado convocado, já que este não queria prejudicar o Senhor, mas aconteceu. Na verdade, isso não passou pelo Senhor sem deixar marcas. Isso não poderia ter acontecido. Na sagrada Solenidade fora retirada a espada do cavaleiro branco e ele foi rebaixado por certo período de tempo. Depois de um tempo ele a recebeu de volta. O cavaleiro branco ajoelhou-se sobre o quarto degrau diante do Altar. Foi em uma Solenidade. Eu ouvi como ele falou: “Senhor, eu Te agradeço.” Ele curvou-se demoradamente. Então ele ergueu o olhar, e olhou para o Senhor com profundo arrependimento. O Senhor o perdoou, olhou longa e profundamente para o cavaleiro branco, como se quisesse dizer: como pode um primordialmente criado cair tão fundo na matéria. Nessa época a ligação havia se retraído. “Seja novamente meu cavaleiro branco.” Sim, o Senhor perdoou, mas iniciou-se junto ao Senhor uma profunda e incisiva modificação. Eu sabia de tudo, me doía muito por causa do Senhor, pois Ele confiava menos ainda em nós. O Senhor nunca mais teve a grande alegria, apenas objetividade a partir de então. Ele foi se tornando cada vez mais e mais sério, asco surgia Nele, mas também o grande amor para com aqueles que eram bons. Em 19.07.1936 fora realizada à noite uma Solenidade extra, sete anos da transição universal, uma Solenidade bem elevada, onde o Senhor Imanuel recebeu poderes para tomar os acontecimentos ainda mais firme nas mãos. Por ocasião desta elevada Solenidade, Parsival fora substituído pelo Senhor Imanuel e a parte irradiante fora retraída para cima, para que Imanuel pudesse agir diretamente. Fora um ato único, que jamais se repetirá e que não pode ser reconhecido em seu pleno valor por nós, espíritos humanos. Já que, em conseqüência da lei, nós, seres humanos, nos originamos do espiritual. Nessa Solenidade houve uma inacreditável tensão, tão cheia de força, como se o próprio Deus, o Senhor, tivesse descido até nós. O Senhor também revelou a todos nós, que puderam estar presentes, o que a partir de agora, sim, a partir de hoje, iniciar-se-ia, que o Amor, o Sagrado Amor, Maria, oriunda do inenteal, começaria a se desligar lentamente da matéria. Mas dito com acentuação, foi dessa forma que o Senhor pronunciou estas palavras. Os olhos faiscavam de uma espécie inacreditável, com uma impenetrabilidade e severidade, como eu jamais pude ver e vivenciar. O Senhor estava ali, com traje branco, diante de nós poucos, de modo que nem me atrevo de relatar o que ainda pude ver naquele momento. A pressão da Luz era tão forte, quase insuportável. Para essa
  • 29. Solenidade foram convidados apenas poucos moradores da Montanha, pelo Senhor pessoalmente: cavaleiros, apóstolos, discípulas, discípulos bem como três portadores da Cruz de ouro: Fritsch, Götz e eu. Foi à noite, todos os elementos poderosos da natureza estavam presentes. Eu sei, faltavam 20 minutos para as dezoito horas, quando o Senhor já estava no Templo, formou-se um temporal bem grande de inacreditável poder. De repente veio uma tempestade, de modo que o Templo balançava e tremia. O apóstolo Schwarzkopf estava comigo na entrada do Templo, aí houve um estrondo que foi tão forte, que nos lançou para trás, como se fosse um furacão. Pontualmente às 18 horas iniciou-se a elevada Solenidade, na qual o Senhor se revelou a nós, seres humanos, e a todo mundo. Ele retirou a espada da bainha como se fosse um relâmpago e dirigiu-a contra a humanidade, como sinal do início do Juízo. O Senhor falava tão incisivamente, tão poderosamente, sim, Dele retumbava, como se Ele anunciasse a luta. E assim foi, pois o que foi falado dizia tudo. Ele incriminou o espírito humano pelo completo falhar, pela falta de confiabilidade em todos os sentidos. O Senhor falou por uma hora inteira e esclareceu tudo em relação a nós. Era um tapa na cara de cada um, pois cada um fora atingido. O Senhor deu novamente uma visão geral do Alto até aqui embaixo, como tudo acontece e tem de acontecer de acordo com a Lei. — Pois por causa de vós toda a sagrada engrenagem não para, engrenagem que foi construída de forma tão maravilhosa. Vós entrais nas mós, cada um de acordo com seu atuar, e assim acontecerá. Vós podíeis ter salvado tudo, se assim o tivésseis desejado, se tivésseis vos esforçado. Agora chegou a hora que cada um tem de sentir de acordo com sua medida. A sagrada espada faísca como o raio verde e a ponta dourada, repleta de sagrada força, golpeia agora em vossas fileiras, já que a ira de Deus elimina os vermes. Muitas, muitas coisas o Senhor exprimiu de modo retumbante, como se quisesse dizer: Agora é indiferente para mim. Os maravilhosos servos do Senhor cumprem fielmente sua tarefa, os enteais, já que a paciência de Deus finalmente chegou ao fim. Assim rege Deus. No domingo seguinte, o Senhor fez novamente uma palestra de espécie inacreditável, pois Ele via como todos pendiam as cabeças. Ele disse: — Agora não é hora de deixar a cabeça pender, ser ainda muito mais vigilante é lei suprema. Refazei-vos, procurai agir corretamente! Isso eu exijo de cada um individualmente. Eu tive de sofrer por vós, não vós, na prisão. Eu tive de deixar tudo passar por cima de mim e vós, o que fizestes? A partir de então o Senhor se tornara bem severo. Ele estava totalmente diferente, não era de se admirar. O que a humanidade fez, só porque ela não se esforçava sinceramente.
  • 30. De forma mísera o Senhor olhava para a fileira dos seres humanos. Ele teria de preferência se afastado totalmente, de tanto que isso Lhe doía. A partir do ano de 1932 eu tive muitas vezes oportunidade de falar com o Senhor sobre as imagens da Criação. Como tantas vezes, Ele me dava sempre de novo dicas, para que eu progredisse, já que os desenhos avançavam lentamente. Mas o Senhor via que eu praticamente não tinha tempo, pois havia muito que fazer na Montanha. Assim Ele me deu a possibilidade de escrever continuamente tudo o que era dito, para mais tarde, já que virá o tempo, disse-me o Senhor, onde eu poderei desenhar com tranqüilidade, já que para isso era necessário tranqüilidade. Eu me lembro, uma vez na hora do almoço senti novamente o impulso, bem como também freqüentemente aos domingos, para continuar a desenhar, ou melhor, a fazer os esboços. Nessa ocasião eu devia ter estado bem aprofundado, de repente o Senhor se encontrava atrás de mim, de modo que eu me assustei um pouco, ao notá-Lo. Então o Senhor sorriu e disse: — Mas isto outra vez está ficando bonito. Então novamente conversamos muito, detalhadamente, já que os esboços eram bastante compreensíveis. — Mas, disse o Senhor, não se esqueça de fazer os planos mais curvados, para que se pareçam com taças. Os mundos são de fato todos redondos, mas recebem como uma taça. Quando Ele veio da próxima vez, Ele se alegrou com os meus progressos. Eu tive que me esforçar muito, muito para trabalhar com a intuição, já que o Senhor só me dava indicações, mas eu ficava muito feliz e agradecido. Os desenhos também deveriam fazer efeito, e não apenas agradar. À tardinha, às 5:30h, como freqüentemente, eu pude ir até o Senhor, onde também começamos a falar novamente sobre as imagens, pois elas também teriam sido importantes. Mas não havia possibilidade para que fossem terminadas, dizia o Senhor às vezes. Por ocasião da conversa o Senhor sempre estava muito, muito alegre, tão livre. O Senhor era de caráter muito fino, extremamente fino. Dele irradiava tudo o que é elevado, puro, podia-se sentir de cada palavra. Era simplesmente celestial! Eu, por minha pessoa, estava toda vez tão preenchido e agradecido. Eu me curvava em humildade diante da figura majestosa do Senhor. O Senhor vestia-se tão bem, tudo combinava com Ele numa harmonia plena. Quem se esforçava com sinceridade, recebia a maravilhosa ligação, pois então todas as dificuldades se dissolviam. Os maravilhosos estímulos que partiam Dele, a vivacidade, faziam com que os problemas mais difíceis logo encontrassem uma solução. A irradiação do Senhor era inacreditavelmente forte.
  • 31. Novamente eu pude ir um dia ao Senhor, desta vez foi antes do almoço. O Senhor era sempre tão cordial. Ele disse: — No caso, de novamente acontecer algo, – já que a partir de então Ele não tinha mais sossego. Tudo o que aconteceu naquela época, levou-O a dar passos que não estavam previstos. — Eu sei, Sr. Wagner, eu posso confiar no senhor, já que o senhor pertence completamente a mim e se esforça sinceramente, o que me faz muito bem. Caso algo aconteça, eu tenho o endereço de sua pátria, de seus pais em Ried, em Oberösterreich (Estado da Áustria) para onde eu me dirigirei para informá-lo, caso eu precise do senhor. As coisas já vão ser arranjadas de tal forma para que permaneçamos em ligação, assim conduzido pelo Alto. Tenha apenas uma forte confiança, então nada de sério poderá lhe acontecer. Eu sei, o senhor se alegra, pois eu posso confiar no Senhor, eu sei isso muito bem. Ao senhor eu posso dizer isso, pois o senhor não é vaidoso. Eu agradeci a Ele com todo o meu ser e prometi me esforçar sempre. — Sim, eu sei disso, – disse-me Ele e me deu a mão. Devido à aproximação das trevas da Montanha, foram instituídos vigias ao redor da Casa do Graal. Primeiramente só os mais elevados convocados fizeram parte disso. A cada duas horas havia um revezamento. Mas como já era, não demorou muito que isso já enervasse os elevados senhores, apesar deles terem podido se deitar durante o dia. Em resumo, teve que ser modificado. Então ocorreu que várias pessoas foram instituídas, como por exemplo, o Sr. Fritsch, ainda outros e eu. Mas também isso não durou muito tempo, e a vigilância externa fora retirada pelo Senhor, por um determinado motivo, que preferiria não mencionar, mas foi assim. O Senhor constatou que as belas roseiras, que ornamentavam maravilhosamente o caminho em torno da Casa do Graal no verão, ficavam cada vez mais marrom, pelo menos muitas delas. Isso ocorreu devido ao fato de alguns senhores regarem as roseiras com urina durante a noite, e isso com freqüência! Sobre isso o Senhor ficou fora de si, já que fora preparado um local para tanto. Ao menos pensar um pouco teria sido oportuno. Isso deixou o Senhor novamente muito triste. Ele distribuiu a todos um escrito que dizia que isso não teria sido necessário e que eles deveriam refletir que isso evitará o desenvolvimento normal das roseiras. O Senhor havia me dito, o que ele próprio percebera. — Sim, assim são certos convocados, ao invés de ficarem agradecidos por poder fazer um pequeno sacrifício, o que seria tarefa deles, e empregar todo o esforço para cumprir corretamente. Infelizmente, infelizmente aqueles que fazem algo assim nunca compreenderam o Sagrado Chamado. Assim eu me encontro aqui com grande amor, quero auxiliar e dar a todos e como se mostram
  • 32. certos convocados elevados? Um animal trilha seu caminho de acordo com a Lei e o que faz a maioria dos seres humanos? Havia também um motivo mais profundo para a instituição da vigília em torno da Casa do Graal. O Senhor queria dar a todos esses senhores uma possibilidade de resgatarem por meio dessa vigília, o que, em relação ao seu comportamento, só teria sido uma pequena parte. Mas nem isso não foi possível com a maior parte. Assim eles davam provas de sua sintonização espiritual. A partir de então o Senhor também sabia como era a situação dos poucos que ainda cumpriam. O Senhor me mostrou a ver o acontecimento de forma espiritual. Quão alegre eu fiquei, por eu pelo menos aí não falhar. Mas o Senhor leu isso dos meus olhos e disse: — Alegre-se, Sr. Wagner, e conserve sua simples grandeza de forma fiel e verdadeira. Novamente me senti tomado por um profundo sentimento. Eu sabia que nós cometíamos diariamente muitos erros, mas eu pelo menos me esforçava realmente de forma sincera. Assim aconteceu que o discípulo Lucien Siffrid foi primeiramente encarregado para assumir a vigília na Casa do Graal. Como ele não era um funcionário, era-lhe fácil lidar com o problema do sono. Depois de certo tempo era eu quem deveria assumir essa vigília. Eu me alegrava muito e estava grato pela elevada confiança, por me ser permitido assumir a elevada vigília, velar e proteger o Filho de Deus, Imanuel, da melhor forma que fosse possível. Para mim só havia e só há uma coisa: o cumprimento, e por que eu, aliás, pude ser encarnado e ter recebido tanto para facilitar um pouco ao filho de Deus, o seu difícil caminho. Eu prometi com todo o meu ser, já quando eu recebi a Mensagem pela primeira vez em 1931. Aí me surgiu a premonição, como se eu já tivesse podido servir sempre ao Senhor. Tudo isso tem de surgir diante dos olhos de cada um, então não pode mais haver um falhar, porque assim somos sempre alertados pela intuição, a consciência, o plexo solar. Agradecimento, mil vezes agradecimento pela sagrada disposição. Minha oração sempre era, para que eu jamais decepcionasse o Senhor. Assim queira Deus, o Todo-Poderoso, para que a força sempre se encontre ao meu lado. Só quem se esforça pode contar com o auxílio de Deus, a todo o momento. Não é em vão que a voz do povo diz: “Ajuda a ti mesmo, então Deus também te ajudará!” e isso tem de ser compreendido. Aos domingos o Senhor freqüentemente lia uma dissertação, o que era maravilhoso. Era magnífico poder ouvir e ver o Senhor. No Templo havia muito que fazer. Assim tudo tinha que ser organizado e preparado. O Altar era novamente cautelosamente descoberto, enfeitado aos domingos, bem como às quartas-feiras, colocado água no cálice, as velas eram acesas e muitas outras coisas. A tarefa me fora transmitida, o que eu fazia com prazer. Quando o Senhor falava a Bandeira do Graal era colocada inclinada à direita atrás do Altar, junto à parede. A Bandeira verde também era hasteada todos os domingos no mastro na
  • 33. frente da Casa do Graal. Isso também era um ato muito belo. No inverno eram acesas as quatro estufas. Eu retirava a neve e varria o caminho para o Templo, e fazia também outras coisas. Havia muito trabalho na Montanha Sagrada. Cada um queria, fazia e auxiliava para que a Montanha Sagrada ficasse limpa e fosse mantida exemplarmente. Eu, em todo caso, me esforçava ao máximo possível. Se todos tivessem feito isso, então tudo teria transcorrido bem. Para tanto tínhamos sido encarnados, para tanto nos fora permitido estar na Montanha. Cada um havia pedido por isso, ninguém fora chamado, ninguém obrigado. O fato de certas pessoas quererem representar o fino “Max” e muitas vezes se esquivar do trabalho, era coisa de cada um. Eu teria me envergonhado profundamente. O Senhor se alegrava por todos que auxiliavam em manter a limpeza na Montanha. Também o exercício dos bombeiros era realizado brevemente em cada domingo, ao qual o Senhor jamais deixava de assistir da sacada. Muitas vezes era muito bonito na Montanha Sagrada. Havia um movimento e labutar, que era de se alegrar. Freqüente, sim, mui freqüentemente o Senhor dizia: — Que bonito seria, se sempre permanecesse assim. O Filho de Deus sofria indizivelmente em silêncio. Ele via como tudo haverá de vir. — Se os seres humanos apenas soubessem e se esforçassem, ainda se poderia auxiliar. Da maneira como, aliás, as convocações se sucederam, todos eles deveriam jubilar de alegria e agradecer, por tudo que puderam vivenciar em Patmos e que lhes foi emprestado, mas que eles também têm de cumprir, de uma ou de outra forma. Todos eles prestaram diante de Deus, o Senhor, o sagrado juramento de servi-Lo fielmente quando eu, o Filho de Deus, os chamasse, para que estivessem aqui quando Ele necessitar deles, porque eu tenho de conduzir a edificação com todos vós. Contudo, os 144.000 têm de estar completos. Eles são o fermento, sobre o qual o mundo inteiro tem e deve se edificar, pois vós sois os grandes exemplos, a vós todos será emprestada elevada força, pois trata-se de tudo, de toda a existência. Sempre de novo o Senhor falava: — Reflitam, se vós não cumprirdes, a humanidade inteira cairá convosco e vós tereis de perecer miseravelmente. Sedes vigilantes, seres humanos, cumpram o que prometestes. Honestidade e fidelidade têm de se tornar algo próprio a vós a todo custo, pois os povos estão esperando. Sim, até mesmo a Terra inteira será elevada para uma zona mais agradável, para um clima melhor. Muitas, muitíssimas vezes eu já vos disse, mas como vós destes atenção a isso até agora? Por isso, terminam as advertências! Agora virão os golpes. A Espada divina golpeará entre vós como o relâmpago verde e atingirá cada um lá onde for necessário, pois eu queria vos guiar suavemente para a alegre construção da tão maravilhosa Criação. Agora chegou a hora. Como não quereis receber como as crianças, o sagrado Juízo fará tudo o mais. Pois sagrada é a Palavra, tão
  • 34. sagrada que eu gostaria de retirá-la novamente, pois vos falta qualquer noção. Eu não posso nem pensar nisso, senão me sobrevém um horror de vós, pois eu vejo todos os fios atuantes, que os enteais têm de tecer para vós para vos oprimir. Para muitos já é tarde demais! O que acontece comigo eu não posso vos dizer. Eu vos dei abundantemente e não me será concedido mais tempo! Pensai nisso. Assim se passa no Fenômeno Universal! Assim se passa comigo! As muitas dissertações que o Senhor lia no Templo foram, em parte, reproduzidas e vendidas, e cada um que as recebia também as comprava com gratidão, uma vez que não eram caras. Naquela época construía-se sempre, até onde desse o dinheiro do Senhor. Bem como o Gästehaus (Casa de hóspedes) que precisou incondicionalmente de um teleférico para o material, já que a longa estrada até a Montanha era muito estreita. Também um carro fora adquirido, para que o Trígono pudesse e devesse ir a Innsbruck várias vezes. Sempre de novo certas pessoas pediam ao Senhor, que lhes fosse permitido mudar-se para sempre para a Montanha. Apesar de o Senhor ver que muitos entre eles não eram sinceros, o que já se mostrava depois de alguns meses, pois faltavam certas comodidades lá em cima na Montanha. Em 1936 o Senhor via que muitos portadores da Cruz de ouro não cumpriam, esqueceram totalmente seu juramento realizado em Patmos e não vinham, como estava previsto. Esta foi a maior decepção e doía muito ao Senhor. Entretanto o Senhor se tornava cada vez mais calmo, Ele via como viria a ser. Seus olhos tornavam-se cada vez mais aguçados. 120 pessoas estavam na Montanha, e certas pessoas não se movimentavam de forma bela. Elas não vibravam, sim, elas atrapalhavam. Tudo estava construído conforme o Senhor intencionara e conforme havia sido planejado. Não era de se admirar, que se tornava cada vez mais claro ao Senhor, que o Burgo do Graal não iria ser mais construído. Ele disse: — Agora virá o tempo onde os seres humanos – com isso Ele se referia aos portadores da Cruz – notarão eles mesmos que já é tarde demais! Os desencadeamentos já estão em andamento e não terminarão mais. O Senhor me falava freqüentemente como haveria de vir, como os efeitos iriam se mostrar. Mas eu não deveria falar para ninguém, nem mesmo para minha esposa, pois virá como está escrito na Bíblia e ali não está nada róseo. Mais o Senhor não dirá aos seres humanos, já que eles não acreditam, do contrário agiriam diferentemente. Depois da prisão em 1936 tudo se modificou. O Senhor falou na Solenidade entre outras coisas:
  • 35. — Maria, o Amor de Deus, começou a se desligar lentamente da matéria. Esta frase me deu muito que pensar. Eu o guardei bem. O que foi que o Senhor disse? Que o Amor começa a se desligar lentamente? Sim, isso significa que a parte divina é retirada do espírito humano desenvolvido, e permanece o espírito humano, o qual pôde acolher a parte inenteal, a fim de atuar através dele. O divino inenteal é uma parte irradiante, sobre a qual o Senhor teria escrito minuciosamente nos nove volumes que deveriam ser editados. Eu pude tomar conhecimento de muitas coisas através do Senhor, sobre as quais eu não escrevo, pois elas simplesmente não seriam compreendidas. Então Fräulein Irmingard usou um véu por ocasião desta Solenidade. Também isso teve um profundo motivo e causa. Mas enquanto o Senhor estiver na matéria, ela também estará. Aconteceram muitas coisas que os portadores da Cruz nem percebiam, de tanto que dormiam, pois se comportavam como crentes de igrejas. Sim, assim se passava na Montanha Sagrada. Por isso o Senhor falava sempre de novo: — Virá diferentemente e vem de forma diferente! Se os portadores da Cruz não aprendem, então eles serão obrigados à modificação, e virá a aflição assim como os sete “ais”, os sete cavaleiros do Apocalipse passarão. A diferença fazia-se notar cada vez mais, pois na maioria não eram portadores da Cruz, mas apenas adeptos, e um grande peso para Ele. Quantos ainda se esforçavam sinceramente, a perspectiva era ruim, infelizmente. O senhor passou por muitas dificuldades na vida. Ele veio ao mundo como filho de um comerciante de Bischofswerda, na Saxônia, onde ele aprendeu o ofício de comerciante, indo mais tarde para o exterior, para a América, Índia, a fim de encontrar melhores possibilidades de rendimento. Mas também para poder conhecer o mundo e as pessoas. Na Índia Ele quase fora envenenado, se Ele não tivesse sido advertido pelo seu servo, que Lhe era muito fiel: Ele não devia tomar a bebida. (Naquela época era muito difícil para os alemães! Quando Ele fora advertido para que não bebesse, o Senhor viu como um homem desapareceu rapidamente atrás de uma cortina do local. Em seguida o Senhor saiu do local e se tornou ainda mais cauteloso. O homem que havia desaparecido por detrás da cortina, era um faquir que não conseguiu entender por que o Senhor não havia bebido. Mas o servo sabia. Ao servo, que amava muito o Senhor, por Ele ser bom com ele, sobrevieram as lágrimas, quando ele contou o que havia observado.) Então o Senhor ficou muito agradecido. Os faquires não eram nobres. O Senhor, porém, fazia questão de conhecê-los. Então aconteceu que o faquir seguiu o Senhor e atacou-O na rua, mas ainda pôde ser desviado, já que o Senhor era hábil e cauteloso. O faquir só queria dinheiro. Mas havia também os iogues, que eram os espiritualmente nobres e, por isso, tanto mais fortes, já que assimilaram todas as lutas
  • 36. espiritualmente e observavam a ação. Através disso surgiu uma agradável conversa com os iogues, mas o Senhor já estava preparado, para por fim às intenções do faquir. Os faquires, por si, temiam os iogues. Os iogues eram realmente pessoas finas e dessa maneira o Senhor chegou a conhecer as diferentes formas de convivência. Tudo deveria acontecer assim, para que o Senhor o conhecesse. Sobre essas narrativas eu poderia escrever um livro inteiro. Uma coisa ainda desejo mencionar. O faquir não perdeu o Senhor de vista, já pelo fato dele ser um estrangeiro. Por isso ele interceptou novamente o Senhor, onde houve uma briga. Mas como devia ser, veio-Lhe um senhor em auxílio e o faquir teve que sumir. Nesta oportunidade o Senhor conheceu um homem, que foi muito importante para Ele, pois era um austríaco, que tinha uma propriedade muito bonita na Índia e que também convidou o Senhor para ficar em sua casa. Aí o Senhor viu quão belo ele havia organizado tudo tipicamente indiano. Assim, conversando, o Senhor ficou sabendo que o homem era um especialista em escavações. E assim, o Senhor lhe contou sobre uma pirâmide, sobre a pirâmide de Abd-ru-shin, o que interessou muito a esse senhor, pois um homem assim era importante para o Senhor, já que o Senhor sabia desde há muito sobre a pirâmide. Este homem foi conduzido para Ele e assim Ele sempre ficou em contato com esse especialista. Um dia o Senhor também teve que deixar novamente a Índia. O servo agradeceu ao Senhor do fundo de seu coração, ele sabia que o faquir logo findaria com sua vida. Levá-lo junto não era possível, era assim na Índia, mas o Senhor disse-lhe alegremente, que um dia Ele o levaria junto para o Alto, devido à sua fidelidade e seu servir. Chegando à Suíça, de onde Ele havia partido, Ele foi logo preso. Motivo: fraude. Aí o Senhor ficou muito admirado, sem saber de nada. É, como assim? Aí se constatou que seu colaborador mais próximo, com o qual Ele já trabalhava há muito tempo, tinha falsificado uma promissória com a assinatura do Senhor e desapareceu. Essa falsificação foi logo descoberta. Por isso já haviam esperado pelo Senhor. Sabia-se que Ele retornaria nesse dia e horário. Então o Senhor encontrava-se ali, como falsificador. Naquele momento o Senhor também não pôde fazer nada. Assim aconteceu que ele fora expulso do país, para fora da Suíça. E isso não foi diferente em muitos dos seus caminhos. Sim, dessa forma o Senhor teve que vivenciar muito, muitíssimo sofrimento. Isso fazia parte de seu caminho, para conhecer tudo. Assim, o Senhor também se casou e teve uma filha. Sua esposa não o compreendia e houve muitas desavenças. Assim, interiormente, mesmo no matrimônio Ele permaneceu sozinho, pois a cabeça dura e o gênio daquela mulher tornavam-Lhe as coisas impossíveis. Assim o Senhor também teve de vivenciar aquela horrível separação. Na primeira Guerra Mundial o Senhor foi internado por ser alemão, isto é, foi levado preso. Mas a partir desse aprisionamento tudo se modificou, já que o Senhor teve muito tempo para realizar uma