Este artigo tem por objetivo demonstrar que a classe trabalhadora não tem motivos para comemorar o Dia Mundial do Trabalho porque enfrenta o desemprego estrutural imposto pela automação em alta escala da atividade produtiva, o retrocesso nas conquistas sociais obtidas no passado com as políticas governamentais neoliberais que precarizam as relações de trabalho e o consequente enfraquecimento dos sindicatos de trabalhadores no confronto com os detentores do capital. Todos os problemas enfrentados na atualidade pela classe trabalhadora no mundo resultam do fato de o sistema capitalista se defrontar com a queda na taxa de lucro que obriga os capitalistas a promoverem incessante e impetuoso desenvolvimento técnico, impulsionado pela concorrência entre eles, obrigando-os a investir na automação que lhes permitem aumentar a produtividade produzindo o mesmo com menos tempo de “trabalho vivo”, isto é, desempenhado pelo trabalhador. É possível imaginar que as atividades produtivas do futuro contarão cada vez menos com a presença de seres humanos na linha de produção. As consequências políticas do fim do emprego, que atinge trabalhadores qualificados e não qualificados, graças ao avanço tecnológico são bastante graves porque a população precisa trabalhar para sobreviver. Esta situação poderá abrir caminho para o advento de ditaduras para manter a ordem capitalista dominante e a exploração da classe trabalhadora ou de revolução social para abrir caminho para uma nova ordem social que leve ao fim a exploração da classe trabalhadora.