Este documento descreve uma pesquisa realizada em uma escola pública sobre a telenovela "Mulheres Apaixonadas". A pesquisa aplicou questionários e grupos de discussão com estudantes para investigar como eles recebiam e interpretavam a telenovela, e como a escola poderia incorporar esses debates em seu processo pedagógico.
1. A TELENOVELA DISCUTIDA NA ESCOLA NA PERSPECTIVA DA EDUCOMUNICAÇÃO Elisangela Rodrigues da Costa Disciplina: Educomunicação Prof. Ismar Soares Pesquisadora: Cláudia de Almeida Mogadouro, 2009. Tese: Formação audivisual do docente. Orientador: Ismar Soares.
2. O PERCURSO DA PESQUISA DE CAMPO De acordo com Mogadouro, o artigo tem a função de explicitar os caminhos (opções multimetodológicas) assumidos no percurso de um ano letivo e de como a Educomunicação não tem fórmulas prontas, uma vez que tem como fundamento a participação e o diálogo de toda a comunidade (escolar, nesse caso) envolvida. O trabalho relata o percurso de uma pesquisa de campo realizada em uma escola pública, de Ensino Médio, em São Paulo. Local no qual foram realizados debates sobre a telenovela Mulheres Apaixonadas , de Manoel Carlos exibida em horário nobre na Rede Globo de Televisão no ano de 2003.
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5. PRIMEIRO QUESTIONÁRIO: RESULTADOS O primeiro questionário apresentou todas as novelas que estavam sendo exibidas naquela semana, em todas as emissoras da TV aberta, para que os alunos respondessem, em escala, a frequência com que a assistiam. Os jovens vêem telenovela? SEXO SIM ÀS VEZES NÃO TOTAL FEMININO 55 38 7 59 MASCULINO 27 52 21 41 TOTAL 43% 44% 13% 100%
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11. CONSIDERAÇÕES FINAIS As conversas com os professores revelaram profundo interesse em ter uma formação educomunicativa e o quanto a ficção permitiria a discussão de questões emocionais profundas que perpassam o ecossistema escolar, mas que são permanentemente ignoradas, como a sexualidade,os problemas familiares, sociais, as perspectivas profissionais e a ausência delas. (...) ao não dialogar ou fazê-lo de forma insuficiente com o discurso da publicidade, da telenovela, do rádiojornal, enfim, dos fenômenos ligados à indústria da cultura e às novas tecnologias, a escola comete dois equívocos básicos. De um lado, coloca sob um tapete transparente aquilo que parece temer ou não entender, contribuindo, de certa forma, para ampliar as defasagens do discurso pedagógico diante dos seus concorrentes informais; de outro lado, impede que sejam discutidos, no privilegiado espaço da sala de aula, os procedimentos constitutivos, as implicações sociais, os impactos públicos gerados pelas formas contemporâneas de se produzir e fazer circular a comunicação. (Citelli, 2000:158)