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US do Olho
Fernanda Hiebra Gonçalves
Introdução
• Diagnóstico de doenças do globo ocular.
• Vantagens.
• Contraindicações.
Técnica
• Remover lentes de contato.
• Instruir os pacientes sobre os movimentos oculares necessários com os
olhos fechados.
• Colocar o paciente na posição supina com os olhos fechados
• Usar generosa quantidade de gel para melhor o contato.
Técnica
- Transdutor linear de alta frequência (7,5 – 13 MHz).
- Modo B: Primeiro ajustar para imagens superficiais (câmara anterior) e
depois para áreas profundas ( vítreo e parede posterior).
- Doppler colorido: baixa velocidade e gate pequeno.
- Pressão reduzida no transdutor.
Protocolo de Estudo
• Cortes axiais dos pólos superiores aos inferiores.
• Cortes sagitais do lado temporal até o nasal.
• Cortes oblíquos e imagens dinâmicas com movimentos suaves do olho, da
de um lado para o outro e de cima para baixo.
Anatomia do Olho
• Repousa na região anterior da
órbita, ao lado das paredes
lateral e anterior.
• A órbita tem a forma de um
cone de aspecto homogêneo.
• Canal óptico: entre o corpo do
esfenóide e suas asas menor e
maior. Passagem dos nervo
óptico e da artéria oftálmica.
Bulbo Ocular
• Formado por três túnicas:
- externa ou fibrosa.
constituída pela córnea,
esclera e limbo esclero-
corneano.
- média, vascular ou úvea com
a coroide, íris e corpo ciliar.
- interna ou nervosa formada
pela retina que continua-se
com o nervo óptico.
Anatomia do Olho
• O olho é dividido em dois
segmentos:
1. anterior:
- córnea
- câmara anterior
- câmara posterior
- irís
- corpo ciliar
- cristalino
Anatomia do Olho
2. Posterior:
- câmara vítrea
- humor vítreo
- retina
- coroide
- esclera
Anatomia do Olho
A parede do globo ocular
consiste em 4 camadas:
- esclera: externa, rígida e
que dá sustentação e
forma ao olho.
- coroide:
intermediária, ricamente
vascularizada por um
enovelado de microvasos.
- retina: superfície
neurosensorial interna.
- hialóide: interna e
translúcida.
Anatomia do Olho
• Artéria oftálmica: ramo da artéria carótida interna, penetra na órbita
pelo canal óptico , abaixo do nervo óptico. Principais ramos:
- Artéria retiniana central: irriga a retina.
- As artérias ciliares posteriores longas e curtas perfuram a esclera
para irrigarem o corpo ciliar, a íris e a coroide. Artéria lacrimal:
supre a glândula lacrimal, a conjuntiva e as pálpebras.
- Ramos musculares da artéria oftálmica: originam as artérias ciliares
anteriores que irrigam a conjuntiva e seguir perfuram a esclera
para suprir a irís.
Anatomia do Olho
• Veia oftálmica superior, veia oftálmica inferior e veia central da retina
(também drena para veia oftálmica superior) drenam para o seio cavernoso e
plexo pterigóideo.
• As veias do vórtex drenam a coroide, corpos ciliares e iris. Cada olho contém
4 a 7 veias perfuram a esclera obliquamente e terminam nas veias
oftálmicas, sendo responsáveis pela drenagem da úvea.
Anatomia do Olho
Anatomia do Olho
Anatomia do Olho
Indicações
• Avalia a câmara vítrea, independente do fundo de olho (sem
transparência: córneas opacificadas por sangue na câmara anterior
cataratas densas, hemorragias vítreas, endolftalmite ou uveíte).
• Massas de parede posterior.
• Descolamento de retina.
• Proptose.
• Corpos estranhos.
Tamanho e Característica Morfológicas
• Diâmetro anteroposterior em
adultos: 22-25 mm.
• Miopia de alto grau e longa duração:
- aumento do diâmetro
anteroposterior.
- parede fina.
- ESTAFILOMA: alteração da forma do
globo ocular, geralmente posterior.
Long-term myopia in two patients.
Lorente-Ramos R M et al. Radiographics 2012;32:E175-
E200
Atrofia ocular (“olho de madeira”/ Phthysis bulbi):
• Redução volumétrica do olho, perda da acuidade visual e focos de
calcificação.
• Trauma, angiomatose, patologias intra-uterinas, infecções, desordens
genéticas, fibroplasia retrolenticular (retinopatia da prematuridade).
- Dimensões reduzidas
- Paredes calcificadas
- Hiperecogenicidade
difusa da parede
- Vítreo heterogêneo
- Descolamento de
retina eventual
Microftalmia
- Redução volumétrica
congênita do olho.
- Associada a coloboma
(fusão incompleta da
taça do nervo óptico).
- US: alargamento cístico
retro-ocular na
emergência do nervo
óptico.
Phthisis bulbi in a 40-year-old man with von Hippel–Lindau syndrome and chronic retinal
detachment related to multiple hemangioblastomas.
Lorente-Ramos R M et al. Radiographics 2012;32:E175-
E200
Phthisis bulbi and chronic retinal detachment in a 31-year-old woman who was born
prematurely and treated with oxygen therapy.
Lorente-Ramos R M et al. Radiographics 2012;32:E175-
E200
Trauma
• As alterações morfológicas podem resultar de injúrias de globo
aberto, com extrusão dos componentes do olho ou de hematoma na
órbita.
Câmara Anterior
• Sangue por rotura de veias da irís e do corpo ciliar.
• Hifema: a câmara anterior aparece hiperecogênica, mas o papel do US é
identificar lesões associadas.
Cristalino - Cataratas
• Opacificação parcial ou total do cristalino com perda da visão causada pela
perda parcial ou bloqueio da passagem de luz pela câmara vítrea.
• Senil, congênitas,infecções, trauma, metabólica.
Oftalmoscopia: leucocoria
(reflexão branca com lente opaca).
Cristalino - Cataratas
• US: ecos intralenticulares, aumento da espessura ou ecogenicidade da
parede posterior ou de ambas as paredes.
• O cristalino apresenta várias nuances de ecogenicidade de acordo com a
gravidade do caso.
Cristalino - Cataratas
Cristalino - Luxação
• Penetração do cristalino para dentro da câmara vítrea.
• Geralmente posterior, raramente anterior.
• Trauma, síndrome de Marfan (pode ser bilateral).
• Danos nas fibras zonulares, que mantém a lente no seu lugar.
• Exame inicial: identifica a posição do cristalino no repouso, além do seu
formato e volume ( normal, intumescido ou reabsorvido).
• Em seguida: é feita a movimentação do globo ocular para se fazer uma
análise precisa da excursão do cristalino.
Complete luxation of the lens in a 51-year-old man with ocular globe trauma.
Cristalino – Subluxação
• Uma margem da lente
mantém sua posição
normal atrás da irís,
enquanto o resto angula
para a câmara vítrea.
Cristalino – Catarata Traumática
•Lentes ecogênicas e hemorragia vítrea.
Cristalino - Afacia cirúrgica:
• Status pós-operatório: remoção
cirúrgica das lentes.
• Os corpos ciliares são vistos, mas as
lentes estão ausentes.
Cristalino - Pseudoafacia cirúrgica
• Substituição por lentes protéticas intraoculares, estrutura com alta
ecogenicidade plana ou côncava no local da lente.
Irís e Corpos Ciliares
• Cistos de irís e corpos ciliares
aparecem como lesões
anecoicas redondas.
• Geralmente assintomáticas.
• Podem ser
congênitas, traumáticas ou
pós-operatórias.
• Devem ser distinguidas de
lesões sólidas.
Humor Vítreo
• Constituído por uma substância
gelatinosa transparente (95%
água e 5 % colágeno e ácido
hialurônico).
• Geralmente degenera com o
avançar da idade.
• A degeneração vítrea também
pode estar associada a
hemorragia e a infecção.
Vítreo – Degeneração Senil
• Ecos com vítreo anecóico
normal.
• Partículas hiperecogênicas
sobrenadantes.
• Geralmente é bilateral.
Vítreo – Hialose asteroide
• Geralmente assintomática
• Associada a doenças sistêmicas (hiperlipidemias, hipertensão e
diabetes).
• US: corpos asteroides – pequenos pontos hiperecogênicos
sobrenadantes ( depósito de fosfato de cálcio e lipídio).
Vítreo - Hemorragia
• Traumática.
• Relacionadas a tumores.
• Espontâneas: retinopatia diabética, oclusão venosa, vasculopatias (anemia
falciforme, doença de Eales, etc.), doença macular senil, ruptura
espontânea da retina e síndrome de Terson (hemorragia meníngea).
• Clinicamente manifesta-se como “tempestade negra”, com redução da
acuidade visual.
Vítreo - Hemorragia
• Pequena aguda:
- Ecogenicidade vítrea
normal ou pouco
aumentada.
- Pequenas partículas
móveis no interior do
vítreo.
Vítreo - Hemorragia
• Abundante: móvel, mal delimitada, ecos de baixo nível ou coágulos
hipoecóicos são vistos no vítreo.
Vítreo - Hemorragia
• Absorção:
- Aumento da ecogenicidade vítrea.
- Resolução em 2-8 semanas.
- Vítreo acaba se retraindo e
descolando da parede ocular
posterior, de modo a surgirem
algumas membranas vítreas no
seu interior.
- As membranas são inicialmente
curtas e móveis e depois tornam-
se fixas à parede
posterior, geralmente longe do
disco óptico.
- O descolamento parcial do vítreo
apresenta maior efeito de tração
sobre a retina, podendo gerar o
descolamento total ou parcial
desta.
Vítreo - Vitrite
• Infecção vítrea.
• Ecos de baixo ou médio nível são
vistos no vítreo, sobrenadantes.
• Diferem dos ecos
hemorrágicos, pois são menos
móveis.
• Membranas aparecem com a
organização progressiva.
Persistência do Vítreo Primário
Hiperplásico (PVPH)
• Na 7ª semana de vida intrauterina o cristalino é nutrido pelo
sistema hialóideo, o qual posteriormente se atrofia e
desaparece ainda no decorrer da gestação, mas pode não
desaparecer ou desaparecer parcialmente.
• O olho possui menores dimensões e pode apresentar
catarata.
• É sempre unilateral.
Persistência do Vítreo Primário
Hiperplásico (PVPH)
• Fina membrana retilínea
hiper-refringente que se
origina na papila retiniana até
a região do cristalino.
• No interior dessa membrana
se identificam inúmeros
pontos de vascularização
facilmente identificada ao
Doppler.
Úvea - Uveíte
• Trato uveal: íris + corpo ciliar + coróide.
• Pode vir acompanhada de retinite ou neurite do nervo óptico.
- Anterior: se restringe ao segmento anterior do olho com
irite e a iridociclite.
- Posterior: acometimento da forma posterior e se
observam também a retinite, a coroidite e a neurite do
nervo óptico.
- Difusa.
Uveíte
• Espessamento das diversas camadas parietais de órbita.
• Humor vítreo contendo debris e umas poucas membranas vítreas lineares.
• Se houve descolamento completo do vítreo este irá se retrair, de modo a
ficar aderido no terço anterior da cavidade, enquanto a membrana
hialoide assume um aspecto heterogêneo, repleto de ondulações.
- Também pode cursar com descolamento da coroide por hipotonia ocular.
Descolamentos da Parede Posterior
Descolamento de retina, da coroide e da hialoide.
Hemorragia/Descolamento Sub-hialoide
• O vítreo e a membrana hialoide
posterior se afastam da camada
retiniana e há acúmulo de fluido no
espaço sub-hialóide.
• O sangue se coagula, entretanto
este terá focos de liquefação com
partículas móveis no seu interior.
• Principais causas: diabetes, oclusão
venosa, o trauma, o esforço
espontâneo intenso (Valsalva).
• Pode estar relacionada à retração
vítrea e geralmente ocorre em
pacientes entre 45 e 65 anos, mas
Hemorragia/Descolamento Sub-hialoide
• Partículas puntiformes móveis
ocupando o espaço entre a hialóide
descolada e a retina.
• Linha ecogênica que se estende da
parede nasal até a temporal.
• Se sangramento intenso: uma parcela
do sangue irá precipitar de modo a
formar um pequeno “lago sanguíneo”
com nível líquido.
• Não há formação de membranas
e, portanto, não haverá descolamento
da retina.
Descolamento Sub-hialóide
Descolamento de Retina
• Retina:
- Camada que reveste o
globo desde a ora
serrata até a parte
posterior do olho.
- Responsável pela
formação das imagens
visuais, pois no seu
interior existem
milhões de células
fotorreceptoras .
Descolamento de Retina - Completo
• Linha ecogênica que é fixa
na papila e se estende até a
ora serrata.
• Forma um ângulo agudo
com um típico formato de V,
com o ápice no disco óptico.
• Agudo: “linha ecogênica
que flutua”, móvel.
Descolamento de Retina - Parcial
• Envolve apenas uma região.
• A linha ecogênica tem características diferentes o que pode dificultar o
diagnóstico.
• Diagnósticos diferenciais: membranas proliferativas e novos vasos em
pacientes com diabetes, lesões maculares e isquemia retiniana.
Descolamento por Tração
• A presença de membranas vítreas
exercem efeito de tração
diretamente na retina.
• Retinopatia
diabética, uveítes, traumas
perfurantes e retinopatia da
prematuridade.
Descolamento Regmatogênico
• A causa traumática é a mais comum e se origina de um ponto de
perfuração na retina, por onde penetra o humor vítreo.
• Diversas ondulações ligeiramente convexas com movimentos de pequena
amplitude.
• US: retina retorcida com desenho semelhante a uma pista sinuosa
Descolamento Crônico da Retina
• A linha é mais grossa, dobrada e fixa e os cistos retinianos podem
aparecer como lesões anecoicas contralaterais ao descolamento.
Descolamento Coroidal
• Coróide:
- Camada intermediária do olho que está situada entre a esclera e a
retina.
- Composta por inúmeros conglomerados de vasos microscópicos e
também por grande quantidade de melanina, cuja função
principal é a de evitar a reflexão excessiva de luz dentro da câmara
vítrea.
• Surgem comumente nos casos de hipotonia ocular, onde a pressão
intraocular é baixa (cirurgias oculares, traumas e inflamações).
• Também são acompanhados de descolamento do corpo ciliar
(descolamento cílio-coróideo).
Descolamento Coroidal - Hemorrágico
• Inúmeras partículas hiperecoicas
sobrenadantes.
• Evolução: liquefação e reabsorção do
sangue - área anecoica (soro) separadas
das partículas e material hiperecoico
(sangue coagulado).
Descolamento Coroidal
• Não se estende até a papila.
• Nos quatro quadrantes= descolamento circunferencial da coroide.
• Existem casos onde os descolamentos são tão grandes que o bolsão de um
lado toca o bolsão contralateral (“ beijo das coroides”).
• US: membrana espessa, convexa, hiper-refringente, com pouca ou
nenhuma movimentação aos movimentos do olho.
Retinosquise
• Defeito na retina congênito ou
relacionado à trauma/infecção.
• Separação da retina sensorial do
epitélio pigmentar da retina.
• US com sondas de até 16 MHz
mostra essa perfuração da retina
na forma de uma linha ecogênica
convexa, muito semelhante a
focos de descolamento de retina,
sendo que a diferença se faz com
relação à distância do nervo
óptico.
• Melhor forma: transdutores
superiores a 20 MHZ.
• Geralmente são no quadrante
temporal inferior e pode ser
bilateral.
Alterações da Papila
• Situada logo à frente do nervo óptico.
• Drusas mostram elevação da papila e lesão hiperecogênica em razão do
alto teor de cálcio no interior da papila).
Alterações da Papila
• Situada logo à frente do
nervo óptico.
• Edema aparece na forma de
dupla linha fina e
hiperecogênica interrompida
na emergência do nervo
óptico (“ presas de uma
aranha”).
Alterações da Papila
• Diâmetro da bainha do nervo óptico:
- Mensurada 3 mm posterior ao globo ocular. Realizar a média de duas
medidas.
- Se maior que 5 mm é considerado anormal, desconfiar de aumento na
pressão intracraniana.
Alterações da Papila
• Escavação: quando acentuada pode corresponder à atrofia glaucomatosa.
• Elevações: neurites, hipertensão intracraniana e as drusas.
• Coloboma: dilatação cística retro-ocular na emergência do nervo óptico.
Pseudomassas – Hematoma Subretiniano
• Resulta de membranas proliferativas e granulomas em pacientes com
infecções granulomatosas. Heterogêneas e sem fluxo ao Doppler.
• Membranas fibrovasculares pre-retinianas com neovasos patológicos
desenvolvem-se em pacientes com retinopatia diabética, lesões maculares
ou isquemia retiniana. Geralmente rompem, levando à hemorragia.
• US: Pequena massa abaixo da linha retiniana sem lesões associadas ou
pequenas irregularidades da parede posterior.
Pseudomassas - Granuloma
• Aparece como massa na parede posterior na periferia retiniana ou no
disco óptico.
• Causas comuns: tuberculose e histoplasmose.
Calcificações
• Placas calcificadas no disco óptico são chamados drusa.
• Geralmente bilateral e assintomáticas, mas podem causar atrofia do nervo
óptico.
• Calcificações retinianas crônicas não específicas podem ser vistas também
longe da papila.
Corpos Estranhos Intraoculares
• No traumas penetrantes, os corpos estranhos entram através da córnea e podem estar
localizados em qualquer lugar da órbita.
• US: manchas ecogênicas (ecos fantasmas), com forte sombra acústica posterior. Permite
a confirmação da penetração dos mais diferentes materiais madeira, vidro e metal).
• TC: útil para localização( metal e madeira) e para lesões associadas ( como fraturas)
• Material cirúrgico também pode ser visto.
Foreign objects in an 80-year-old woman with a history of retinal detachment 20 years earlier
who underwent treatment with cerclage and silicone.
Nevus
- Tumor pigmentado visto no exame direto.
- Geralmente aparece como uma massa plana sem fluxo ao Doppler.
Melanoma
• Provém das porções profundas da coróide, sem localização preferencial,
• Manifestação clínica depende de sua localização.
• US: lesão vegetante na forma de cogumelo, sólida hipoecogênica e sem
calcificações.
• Pode atingir grandes dimensões, quanto maior, mais heterogêneo. Pode
apresentar necrose cística central, áreas de descolamento parcial secundário
da retina adjacente e algumas vezes focos de perfuração da esclera.
Melanoma
- Doppler: Vasos internos dilatados e tortuosos.
- Característica típica: escavação coroidal. Presença de uma área de
escavação abaixo de uma pequena massa na parede posterior.
Melanoma
Hemangiomas
- Malformação vascular isolada ou múltipla (pacientes com síndrome de
Sturge-Weber).
- Comumente localizada na órbita (como na região posterior do globo,
com clínica de proptose ou manifestação na região palpebral), mas pode
ocorrer no globo ocular.
- Síndrome de von Hippel-Lindau: múltiplos hemangioblastomas e
neoplasias vasculares.
Hemangioma Orbitário - Capilar
• Logo após o nascimento, na forma de pequenas lesões cutâneas
avermelhadas ou na forma de massas subcutâneas avermelhadas.
• Geralmente tem regressão espontânea, localização superficial e
geralmente compromete a porção superomedial da órbita, mas pode
ocorrer infiltração difusa.
Hemangioma Orbitário - Cavernoso
• Menos frequentes, comprometem as camadas mais profundas, possuem
crescimento acelerado num determinado intervalo de tempo, sem regressão
espontânea.
• Crescimento lento e pode chegar a grandes dimensões com
comprometimento do arcabouço ósseo.
• Apresenta aspecto de lesão encapsulada geralmente dentro do cone
orbitário, mostrando vasos alargados, com lúmen máximo de 1 mm de
espessura.
Hemangioma Intraocular
• Imagem de lesão sólida, circunscrita, elevada, hipoecogênica, de textura
homogênea, sem calcificações puntiformes na base do tumor.
• Doppler: alta densidade vascular (mais de 5 vasos por centímetro), o que
os diferencia de outros tumores vasculares da órbita (hemangio-
endoteliomas e as miofibromatoses) e podem ser distintos de outras
malformações vasculares, pois têm aparência sólida, enquanto as
malformações têm aparência cística.
• Análise espectral: VPS de até 15,2 cm/s. IR baixo por microshunts
arteriovenosos.
Linfangioma
• Malformação venosa linfática frequente na região da cabeça e pescoço e
localizada principalmente na região orbitária. Geralmente vista logo após o
nascimento ou nos primeiros anos de vida.
• Clinicamente: elevação palpebral sem alteração do seu tamanho durante
Valsalva.
• US: lesão mista repleta de compartimentos císticos, em geral localizada dentro
do cone orbitário, sendo que o componente venoso geralmente mostra
aumento de calibre durante Valsalva.
Carcinoma Metastático
- Mais comuns de tumores da mama, pulmão, próstata e rins.
- Algumas possuem aspecto de infiltração na gordura
orbitária, mimetizando um pseudotumor inflamatório. Podem atingir o
músculo extraocular na forma de um nódulo.
- US: lesão nodular sólida, geralmente múltipla, pouco
elevada, heterogênea e hipoecogênica.
Retinoblastoma
• Tumor maligno que surge na retina imatura, predominantemente na infância, com pico
de incidência no 1° ou 3° anos de vida
• Relacionado com a mutação do cromossomo 13 ou com uma herança autossômica
dominante.
• Pode ser bilateral e multifocal.
• Leucocoria.
Tumores linfoproliferativos - Linfoma
• O linfoma da órbita representa cerca 10% dentre todas as lesões neoplásicas
do olho.
• Mais frequente é o não Hogdkin. Dos paciente com linfoma orbitário, cerca de
75% apresentam a doença na sua forma sistêmica.
• Manifesta-se como proptose indolor e distúrbio da motilidade.
• Qualquer segmento do olho pode estar envolvido, maior predileção pela
glândula lacrimal.
Tumores dos nervos periféricos da
órbita
• 4% das neoplasia da órbita.
• Neurofibroma: plexiforme, difusos, circunscritos e neuromas.
• Schwannomas: Indistinguíveis dos neurofibromas, já que ambos aparecem
nos nervos sensoriais e apresentam crescimento lento, seguido de
proptose. Porém apresentam a cápsula bem definida.
- US: ambos imagem de lesão sólida e bem definida, sendo que em algumas
ocasiões mostram degeneração cística central.
Doppler
• Parâmetros utilizados: IR, IP, PVS, PVD e VDF.
• RPV: novo método, razão entre picos de
velocidade, aplicável apenas para ondas com
padrão dicrótico, ou seja, que apresentam duas
incisuras diastólicas RPV = P2/P1
• P1: PVS
• P2: PVD após a incisura protodiastólica.
Doppler
• Artéria oftálmica:
- Profunda na face temporal da região retrobulbar, sendo possível visualizar o
seu cruzamento anterior ao nervo óptico.
Doppler
• Artéria oftálmica:
- Onda com padrão dicrótico: ascensão sistólica rápida, seguida de diástole
prolongada, com duas elevações de velocidade após as incisuras proto e
mesodiastólicas.
- O fluxo diastólico é anterógrado e não atinge a linha de base em nenhum
momento do ciclo cardíaco.
- Registrar o fluxo aproximadamente 15 mm do disco óptico.
Doppler
• Artéria retiniana central: padrão bifásico clássico, sem incisura protodiastólica.
- Visibilizada em seu trajeto junto à veia central da retina no interior do nervo
óptico.
- Aferir o fluxo a aproximadamente 3 mm do disco óptico na sua porção medial
Doppler – Pré-emclampsia
• Elevação marcante do pico de velocidade na mesodiástole após a incisura
protodiastólica, levando a formação de alta corcova, elevando a RPV.
• O agravamento da pré-eclampsia está associado à queda progressiva da impedância
vascular orbital, determinada por vasodilatação e hiperperfusão.
• Elevação do PVS, PVD e RPV na artéria oftálmica.
• Redução do IR na artéria central da retina nos casos graves.
• RPV > ou igual a 0,84 (+/- 0,08): risco para complicações no SNC.
• IR < 0,65 pré-eclampsia pura e IR > 0,65 pré-eclampsia com sobreposição da HAC.
Ultrassom do olho

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Ultrassom do olho

  • 1. US do Olho Fernanda Hiebra Gonçalves
  • 2. Introdução • Diagnóstico de doenças do globo ocular. • Vantagens. • Contraindicações.
  • 3. Técnica • Remover lentes de contato. • Instruir os pacientes sobre os movimentos oculares necessários com os olhos fechados. • Colocar o paciente na posição supina com os olhos fechados • Usar generosa quantidade de gel para melhor o contato.
  • 4. Técnica - Transdutor linear de alta frequência (7,5 – 13 MHz). - Modo B: Primeiro ajustar para imagens superficiais (câmara anterior) e depois para áreas profundas ( vítreo e parede posterior). - Doppler colorido: baixa velocidade e gate pequeno. - Pressão reduzida no transdutor.
  • 5. Protocolo de Estudo • Cortes axiais dos pólos superiores aos inferiores. • Cortes sagitais do lado temporal até o nasal. • Cortes oblíquos e imagens dinâmicas com movimentos suaves do olho, da de um lado para o outro e de cima para baixo.
  • 6. Anatomia do Olho • Repousa na região anterior da órbita, ao lado das paredes lateral e anterior. • A órbita tem a forma de um cone de aspecto homogêneo. • Canal óptico: entre o corpo do esfenóide e suas asas menor e maior. Passagem dos nervo óptico e da artéria oftálmica.
  • 7. Bulbo Ocular • Formado por três túnicas: - externa ou fibrosa. constituída pela córnea, esclera e limbo esclero- corneano. - média, vascular ou úvea com a coroide, íris e corpo ciliar. - interna ou nervosa formada pela retina que continua-se com o nervo óptico.
  • 8. Anatomia do Olho • O olho é dividido em dois segmentos: 1. anterior: - córnea - câmara anterior - câmara posterior - irís - corpo ciliar - cristalino
  • 9. Anatomia do Olho 2. Posterior: - câmara vítrea - humor vítreo - retina - coroide - esclera
  • 10. Anatomia do Olho A parede do globo ocular consiste em 4 camadas: - esclera: externa, rígida e que dá sustentação e forma ao olho. - coroide: intermediária, ricamente vascularizada por um enovelado de microvasos. - retina: superfície neurosensorial interna. - hialóide: interna e translúcida.
  • 11. Anatomia do Olho • Artéria oftálmica: ramo da artéria carótida interna, penetra na órbita pelo canal óptico , abaixo do nervo óptico. Principais ramos: - Artéria retiniana central: irriga a retina. - As artérias ciliares posteriores longas e curtas perfuram a esclera para irrigarem o corpo ciliar, a íris e a coroide. Artéria lacrimal: supre a glândula lacrimal, a conjuntiva e as pálpebras. - Ramos musculares da artéria oftálmica: originam as artérias ciliares anteriores que irrigam a conjuntiva e seguir perfuram a esclera para suprir a irís.
  • 12. Anatomia do Olho • Veia oftálmica superior, veia oftálmica inferior e veia central da retina (também drena para veia oftálmica superior) drenam para o seio cavernoso e plexo pterigóideo. • As veias do vórtex drenam a coroide, corpos ciliares e iris. Cada olho contém 4 a 7 veias perfuram a esclera obliquamente e terminam nas veias oftálmicas, sendo responsáveis pela drenagem da úvea.
  • 16. Indicações • Avalia a câmara vítrea, independente do fundo de olho (sem transparência: córneas opacificadas por sangue na câmara anterior cataratas densas, hemorragias vítreas, endolftalmite ou uveíte). • Massas de parede posterior. • Descolamento de retina. • Proptose. • Corpos estranhos.
  • 17. Tamanho e Característica Morfológicas • Diâmetro anteroposterior em adultos: 22-25 mm. • Miopia de alto grau e longa duração: - aumento do diâmetro anteroposterior. - parede fina. - ESTAFILOMA: alteração da forma do globo ocular, geralmente posterior.
  • 18. Long-term myopia in two patients. Lorente-Ramos R M et al. Radiographics 2012;32:E175- E200
  • 19. Atrofia ocular (“olho de madeira”/ Phthysis bulbi): • Redução volumétrica do olho, perda da acuidade visual e focos de calcificação. • Trauma, angiomatose, patologias intra-uterinas, infecções, desordens genéticas, fibroplasia retrolenticular (retinopatia da prematuridade). - Dimensões reduzidas - Paredes calcificadas - Hiperecogenicidade difusa da parede - Vítreo heterogêneo - Descolamento de retina eventual
  • 20. Microftalmia - Redução volumétrica congênita do olho. - Associada a coloboma (fusão incompleta da taça do nervo óptico). - US: alargamento cístico retro-ocular na emergência do nervo óptico.
  • 21. Phthisis bulbi in a 40-year-old man with von Hippel–Lindau syndrome and chronic retinal detachment related to multiple hemangioblastomas. Lorente-Ramos R M et al. Radiographics 2012;32:E175- E200
  • 22. Phthisis bulbi and chronic retinal detachment in a 31-year-old woman who was born prematurely and treated with oxygen therapy. Lorente-Ramos R M et al. Radiographics 2012;32:E175- E200
  • 23. Trauma • As alterações morfológicas podem resultar de injúrias de globo aberto, com extrusão dos componentes do olho ou de hematoma na órbita.
  • 24. Câmara Anterior • Sangue por rotura de veias da irís e do corpo ciliar. • Hifema: a câmara anterior aparece hiperecogênica, mas o papel do US é identificar lesões associadas.
  • 25. Cristalino - Cataratas • Opacificação parcial ou total do cristalino com perda da visão causada pela perda parcial ou bloqueio da passagem de luz pela câmara vítrea. • Senil, congênitas,infecções, trauma, metabólica. Oftalmoscopia: leucocoria (reflexão branca com lente opaca).
  • 26. Cristalino - Cataratas • US: ecos intralenticulares, aumento da espessura ou ecogenicidade da parede posterior ou de ambas as paredes. • O cristalino apresenta várias nuances de ecogenicidade de acordo com a gravidade do caso.
  • 28. Cristalino - Luxação • Penetração do cristalino para dentro da câmara vítrea. • Geralmente posterior, raramente anterior. • Trauma, síndrome de Marfan (pode ser bilateral). • Danos nas fibras zonulares, que mantém a lente no seu lugar. • Exame inicial: identifica a posição do cristalino no repouso, além do seu formato e volume ( normal, intumescido ou reabsorvido). • Em seguida: é feita a movimentação do globo ocular para se fazer uma análise precisa da excursão do cristalino.
  • 29. Complete luxation of the lens in a 51-year-old man with ocular globe trauma.
  • 30. Cristalino – Subluxação • Uma margem da lente mantém sua posição normal atrás da irís, enquanto o resto angula para a câmara vítrea.
  • 31. Cristalino – Catarata Traumática •Lentes ecogênicas e hemorragia vítrea.
  • 32. Cristalino - Afacia cirúrgica: • Status pós-operatório: remoção cirúrgica das lentes. • Os corpos ciliares são vistos, mas as lentes estão ausentes.
  • 33. Cristalino - Pseudoafacia cirúrgica • Substituição por lentes protéticas intraoculares, estrutura com alta ecogenicidade plana ou côncava no local da lente.
  • 34. Irís e Corpos Ciliares • Cistos de irís e corpos ciliares aparecem como lesões anecoicas redondas. • Geralmente assintomáticas. • Podem ser congênitas, traumáticas ou pós-operatórias. • Devem ser distinguidas de lesões sólidas.
  • 35. Humor Vítreo • Constituído por uma substância gelatinosa transparente (95% água e 5 % colágeno e ácido hialurônico). • Geralmente degenera com o avançar da idade. • A degeneração vítrea também pode estar associada a hemorragia e a infecção.
  • 36. Vítreo – Degeneração Senil • Ecos com vítreo anecóico normal. • Partículas hiperecogênicas sobrenadantes. • Geralmente é bilateral.
  • 37. Vítreo – Hialose asteroide • Geralmente assintomática • Associada a doenças sistêmicas (hiperlipidemias, hipertensão e diabetes). • US: corpos asteroides – pequenos pontos hiperecogênicos sobrenadantes ( depósito de fosfato de cálcio e lipídio).
  • 38. Vítreo - Hemorragia • Traumática. • Relacionadas a tumores. • Espontâneas: retinopatia diabética, oclusão venosa, vasculopatias (anemia falciforme, doença de Eales, etc.), doença macular senil, ruptura espontânea da retina e síndrome de Terson (hemorragia meníngea). • Clinicamente manifesta-se como “tempestade negra”, com redução da acuidade visual.
  • 39. Vítreo - Hemorragia • Pequena aguda: - Ecogenicidade vítrea normal ou pouco aumentada. - Pequenas partículas móveis no interior do vítreo.
  • 40. Vítreo - Hemorragia • Abundante: móvel, mal delimitada, ecos de baixo nível ou coágulos hipoecóicos são vistos no vítreo.
  • 41. Vítreo - Hemorragia • Absorção: - Aumento da ecogenicidade vítrea. - Resolução em 2-8 semanas. - Vítreo acaba se retraindo e descolando da parede ocular posterior, de modo a surgirem algumas membranas vítreas no seu interior. - As membranas são inicialmente curtas e móveis e depois tornam- se fixas à parede posterior, geralmente longe do disco óptico. - O descolamento parcial do vítreo apresenta maior efeito de tração sobre a retina, podendo gerar o descolamento total ou parcial desta.
  • 42. Vítreo - Vitrite • Infecção vítrea. • Ecos de baixo ou médio nível são vistos no vítreo, sobrenadantes. • Diferem dos ecos hemorrágicos, pois são menos móveis. • Membranas aparecem com a organização progressiva.
  • 43. Persistência do Vítreo Primário Hiperplásico (PVPH) • Na 7ª semana de vida intrauterina o cristalino é nutrido pelo sistema hialóideo, o qual posteriormente se atrofia e desaparece ainda no decorrer da gestação, mas pode não desaparecer ou desaparecer parcialmente. • O olho possui menores dimensões e pode apresentar catarata. • É sempre unilateral.
  • 44. Persistência do Vítreo Primário Hiperplásico (PVPH) • Fina membrana retilínea hiper-refringente que se origina na papila retiniana até a região do cristalino. • No interior dessa membrana se identificam inúmeros pontos de vascularização facilmente identificada ao Doppler.
  • 45. Úvea - Uveíte • Trato uveal: íris + corpo ciliar + coróide. • Pode vir acompanhada de retinite ou neurite do nervo óptico. - Anterior: se restringe ao segmento anterior do olho com irite e a iridociclite. - Posterior: acometimento da forma posterior e se observam também a retinite, a coroidite e a neurite do nervo óptico. - Difusa.
  • 46. Uveíte • Espessamento das diversas camadas parietais de órbita. • Humor vítreo contendo debris e umas poucas membranas vítreas lineares. • Se houve descolamento completo do vítreo este irá se retrair, de modo a ficar aderido no terço anterior da cavidade, enquanto a membrana hialoide assume um aspecto heterogêneo, repleto de ondulações. - Também pode cursar com descolamento da coroide por hipotonia ocular.
  • 47. Descolamentos da Parede Posterior Descolamento de retina, da coroide e da hialoide.
  • 48. Hemorragia/Descolamento Sub-hialoide • O vítreo e a membrana hialoide posterior se afastam da camada retiniana e há acúmulo de fluido no espaço sub-hialóide. • O sangue se coagula, entretanto este terá focos de liquefação com partículas móveis no seu interior. • Principais causas: diabetes, oclusão venosa, o trauma, o esforço espontâneo intenso (Valsalva). • Pode estar relacionada à retração vítrea e geralmente ocorre em pacientes entre 45 e 65 anos, mas
  • 49. Hemorragia/Descolamento Sub-hialoide • Partículas puntiformes móveis ocupando o espaço entre a hialóide descolada e a retina. • Linha ecogênica que se estende da parede nasal até a temporal. • Se sangramento intenso: uma parcela do sangue irá precipitar de modo a formar um pequeno “lago sanguíneo” com nível líquido. • Não há formação de membranas e, portanto, não haverá descolamento da retina.
  • 51. Descolamento de Retina • Retina: - Camada que reveste o globo desde a ora serrata até a parte posterior do olho. - Responsável pela formação das imagens visuais, pois no seu interior existem milhões de células fotorreceptoras .
  • 52. Descolamento de Retina - Completo • Linha ecogênica que é fixa na papila e se estende até a ora serrata. • Forma um ângulo agudo com um típico formato de V, com o ápice no disco óptico. • Agudo: “linha ecogênica que flutua”, móvel.
  • 53. Descolamento de Retina - Parcial • Envolve apenas uma região. • A linha ecogênica tem características diferentes o que pode dificultar o diagnóstico. • Diagnósticos diferenciais: membranas proliferativas e novos vasos em pacientes com diabetes, lesões maculares e isquemia retiniana.
  • 54. Descolamento por Tração • A presença de membranas vítreas exercem efeito de tração diretamente na retina. • Retinopatia diabética, uveítes, traumas perfurantes e retinopatia da prematuridade.
  • 55. Descolamento Regmatogênico • A causa traumática é a mais comum e se origina de um ponto de perfuração na retina, por onde penetra o humor vítreo. • Diversas ondulações ligeiramente convexas com movimentos de pequena amplitude. • US: retina retorcida com desenho semelhante a uma pista sinuosa
  • 56. Descolamento Crônico da Retina • A linha é mais grossa, dobrada e fixa e os cistos retinianos podem aparecer como lesões anecoicas contralaterais ao descolamento.
  • 57. Descolamento Coroidal • Coróide: - Camada intermediária do olho que está situada entre a esclera e a retina. - Composta por inúmeros conglomerados de vasos microscópicos e também por grande quantidade de melanina, cuja função principal é a de evitar a reflexão excessiva de luz dentro da câmara vítrea. • Surgem comumente nos casos de hipotonia ocular, onde a pressão intraocular é baixa (cirurgias oculares, traumas e inflamações). • Também são acompanhados de descolamento do corpo ciliar (descolamento cílio-coróideo).
  • 58. Descolamento Coroidal - Hemorrágico • Inúmeras partículas hiperecoicas sobrenadantes. • Evolução: liquefação e reabsorção do sangue - área anecoica (soro) separadas das partículas e material hiperecoico (sangue coagulado).
  • 59. Descolamento Coroidal • Não se estende até a papila. • Nos quatro quadrantes= descolamento circunferencial da coroide. • Existem casos onde os descolamentos são tão grandes que o bolsão de um lado toca o bolsão contralateral (“ beijo das coroides”). • US: membrana espessa, convexa, hiper-refringente, com pouca ou nenhuma movimentação aos movimentos do olho.
  • 60. Retinosquise • Defeito na retina congênito ou relacionado à trauma/infecção. • Separação da retina sensorial do epitélio pigmentar da retina. • US com sondas de até 16 MHz mostra essa perfuração da retina na forma de uma linha ecogênica convexa, muito semelhante a focos de descolamento de retina, sendo que a diferença se faz com relação à distância do nervo óptico. • Melhor forma: transdutores superiores a 20 MHZ. • Geralmente são no quadrante temporal inferior e pode ser bilateral.
  • 61. Alterações da Papila • Situada logo à frente do nervo óptico. • Drusas mostram elevação da papila e lesão hiperecogênica em razão do alto teor de cálcio no interior da papila).
  • 62. Alterações da Papila • Situada logo à frente do nervo óptico. • Edema aparece na forma de dupla linha fina e hiperecogênica interrompida na emergência do nervo óptico (“ presas de uma aranha”).
  • 63. Alterações da Papila • Diâmetro da bainha do nervo óptico: - Mensurada 3 mm posterior ao globo ocular. Realizar a média de duas medidas. - Se maior que 5 mm é considerado anormal, desconfiar de aumento na pressão intracraniana.
  • 64. Alterações da Papila • Escavação: quando acentuada pode corresponder à atrofia glaucomatosa. • Elevações: neurites, hipertensão intracraniana e as drusas. • Coloboma: dilatação cística retro-ocular na emergência do nervo óptico.
  • 65. Pseudomassas – Hematoma Subretiniano • Resulta de membranas proliferativas e granulomas em pacientes com infecções granulomatosas. Heterogêneas e sem fluxo ao Doppler. • Membranas fibrovasculares pre-retinianas com neovasos patológicos desenvolvem-se em pacientes com retinopatia diabética, lesões maculares ou isquemia retiniana. Geralmente rompem, levando à hemorragia. • US: Pequena massa abaixo da linha retiniana sem lesões associadas ou pequenas irregularidades da parede posterior.
  • 66. Pseudomassas - Granuloma • Aparece como massa na parede posterior na periferia retiniana ou no disco óptico. • Causas comuns: tuberculose e histoplasmose.
  • 67. Calcificações • Placas calcificadas no disco óptico são chamados drusa. • Geralmente bilateral e assintomáticas, mas podem causar atrofia do nervo óptico. • Calcificações retinianas crônicas não específicas podem ser vistas também longe da papila.
  • 68. Corpos Estranhos Intraoculares • No traumas penetrantes, os corpos estranhos entram através da córnea e podem estar localizados em qualquer lugar da órbita. • US: manchas ecogênicas (ecos fantasmas), com forte sombra acústica posterior. Permite a confirmação da penetração dos mais diferentes materiais madeira, vidro e metal). • TC: útil para localização( metal e madeira) e para lesões associadas ( como fraturas) • Material cirúrgico também pode ser visto.
  • 69. Foreign objects in an 80-year-old woman with a history of retinal detachment 20 years earlier who underwent treatment with cerclage and silicone.
  • 70. Nevus - Tumor pigmentado visto no exame direto. - Geralmente aparece como uma massa plana sem fluxo ao Doppler.
  • 71. Melanoma • Provém das porções profundas da coróide, sem localização preferencial, • Manifestação clínica depende de sua localização. • US: lesão vegetante na forma de cogumelo, sólida hipoecogênica e sem calcificações. • Pode atingir grandes dimensões, quanto maior, mais heterogêneo. Pode apresentar necrose cística central, áreas de descolamento parcial secundário da retina adjacente e algumas vezes focos de perfuração da esclera.
  • 72. Melanoma - Doppler: Vasos internos dilatados e tortuosos. - Característica típica: escavação coroidal. Presença de uma área de escavação abaixo de uma pequena massa na parede posterior.
  • 74. Hemangiomas - Malformação vascular isolada ou múltipla (pacientes com síndrome de Sturge-Weber). - Comumente localizada na órbita (como na região posterior do globo, com clínica de proptose ou manifestação na região palpebral), mas pode ocorrer no globo ocular. - Síndrome de von Hippel-Lindau: múltiplos hemangioblastomas e neoplasias vasculares.
  • 75. Hemangioma Orbitário - Capilar • Logo após o nascimento, na forma de pequenas lesões cutâneas avermelhadas ou na forma de massas subcutâneas avermelhadas. • Geralmente tem regressão espontânea, localização superficial e geralmente compromete a porção superomedial da órbita, mas pode ocorrer infiltração difusa.
  • 76. Hemangioma Orbitário - Cavernoso • Menos frequentes, comprometem as camadas mais profundas, possuem crescimento acelerado num determinado intervalo de tempo, sem regressão espontânea. • Crescimento lento e pode chegar a grandes dimensões com comprometimento do arcabouço ósseo. • Apresenta aspecto de lesão encapsulada geralmente dentro do cone orbitário, mostrando vasos alargados, com lúmen máximo de 1 mm de espessura.
  • 77. Hemangioma Intraocular • Imagem de lesão sólida, circunscrita, elevada, hipoecogênica, de textura homogênea, sem calcificações puntiformes na base do tumor. • Doppler: alta densidade vascular (mais de 5 vasos por centímetro), o que os diferencia de outros tumores vasculares da órbita (hemangio- endoteliomas e as miofibromatoses) e podem ser distintos de outras malformações vasculares, pois têm aparência sólida, enquanto as malformações têm aparência cística. • Análise espectral: VPS de até 15,2 cm/s. IR baixo por microshunts arteriovenosos.
  • 78. Linfangioma • Malformação venosa linfática frequente na região da cabeça e pescoço e localizada principalmente na região orbitária. Geralmente vista logo após o nascimento ou nos primeiros anos de vida. • Clinicamente: elevação palpebral sem alteração do seu tamanho durante Valsalva. • US: lesão mista repleta de compartimentos císticos, em geral localizada dentro do cone orbitário, sendo que o componente venoso geralmente mostra aumento de calibre durante Valsalva.
  • 79. Carcinoma Metastático - Mais comuns de tumores da mama, pulmão, próstata e rins. - Algumas possuem aspecto de infiltração na gordura orbitária, mimetizando um pseudotumor inflamatório. Podem atingir o músculo extraocular na forma de um nódulo. - US: lesão nodular sólida, geralmente múltipla, pouco elevada, heterogênea e hipoecogênica.
  • 80. Retinoblastoma • Tumor maligno que surge na retina imatura, predominantemente na infância, com pico de incidência no 1° ou 3° anos de vida • Relacionado com a mutação do cromossomo 13 ou com uma herança autossômica dominante. • Pode ser bilateral e multifocal. • Leucocoria.
  • 81. Tumores linfoproliferativos - Linfoma • O linfoma da órbita representa cerca 10% dentre todas as lesões neoplásicas do olho. • Mais frequente é o não Hogdkin. Dos paciente com linfoma orbitário, cerca de 75% apresentam a doença na sua forma sistêmica. • Manifesta-se como proptose indolor e distúrbio da motilidade. • Qualquer segmento do olho pode estar envolvido, maior predileção pela glândula lacrimal.
  • 82. Tumores dos nervos periféricos da órbita • 4% das neoplasia da órbita. • Neurofibroma: plexiforme, difusos, circunscritos e neuromas. • Schwannomas: Indistinguíveis dos neurofibromas, já que ambos aparecem nos nervos sensoriais e apresentam crescimento lento, seguido de proptose. Porém apresentam a cápsula bem definida. - US: ambos imagem de lesão sólida e bem definida, sendo que em algumas ocasiões mostram degeneração cística central.
  • 83. Doppler • Parâmetros utilizados: IR, IP, PVS, PVD e VDF. • RPV: novo método, razão entre picos de velocidade, aplicável apenas para ondas com padrão dicrótico, ou seja, que apresentam duas incisuras diastólicas RPV = P2/P1 • P1: PVS • P2: PVD após a incisura protodiastólica.
  • 84. Doppler • Artéria oftálmica: - Profunda na face temporal da região retrobulbar, sendo possível visualizar o seu cruzamento anterior ao nervo óptico.
  • 85. Doppler • Artéria oftálmica: - Onda com padrão dicrótico: ascensão sistólica rápida, seguida de diástole prolongada, com duas elevações de velocidade após as incisuras proto e mesodiastólicas. - O fluxo diastólico é anterógrado e não atinge a linha de base em nenhum momento do ciclo cardíaco. - Registrar o fluxo aproximadamente 15 mm do disco óptico.
  • 86. Doppler • Artéria retiniana central: padrão bifásico clássico, sem incisura protodiastólica. - Visibilizada em seu trajeto junto à veia central da retina no interior do nervo óptico. - Aferir o fluxo a aproximadamente 3 mm do disco óptico na sua porção medial
  • 87. Doppler – Pré-emclampsia • Elevação marcante do pico de velocidade na mesodiástole após a incisura protodiastólica, levando a formação de alta corcova, elevando a RPV. • O agravamento da pré-eclampsia está associado à queda progressiva da impedância vascular orbital, determinada por vasodilatação e hiperperfusão. • Elevação do PVS, PVD e RPV na artéria oftálmica. • Redução do IR na artéria central da retina nos casos graves. • RPV > ou igual a 0,84 (+/- 0,08): risco para complicações no SNC. • IR < 0,65 pré-eclampsia pura e IR > 0,65 pré-eclampsia com sobreposição da HAC.