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Quem já ouviu falar daquela árvore rara chamada Sândalo?
Dizem que o Sândalo perfuma até mesmo o machado que o fere. Perfumar o
próprio machado demolidor é uma vingança muito diferente, original.
A pedagogia do perdão obedece a cânones diversos. A arte de perdoar só cabe
em corações grandes, generosos. Perdoar é medicinal. É um remédio que as
farmácias não vendem. Remédio que deve ser buscado no fundo de nossa
alma. Remédio produzido diariamente no silêncio da renúncia, da prece e da
humildade. Não é fácil perdoar. Por vezes, exige desprendimento quase
sobre-humano, mas oferece vantagens. Porque o ódio mata e a vingança
envenena. E só o amor e o perdão constroem para a eternidade.
”Escreva os benefícios recebidos sobre a pedra e as injúrias sofridas sobre a
areia”, diz o provérbio. Mas, infelizmente, muitos costumam fazer o
contrário. Guardam com rancor as ofensas.
Jesus veio abolir a lei do olho por olho, dente por dente. Deixemos a Deus o
julgamento dos outros. Tratemos de manter elevado o nosso amor,
desculpando, perdoando sempre.
Para ilustrar essa reflexão, fomos buscar na Internet um texto, de autoria não
divulgada.
O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no
assoalho da sala. Seu pai, que estava indo para o quintal, ao ver aquilo, chama
o menino para uma conversa. Zeca, de oito anos de idade, o acompanha
desconfiado.
Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado: - Pai, estou com muita
raiva! O Juca não devia ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o
filho, que continua a reclamar: - O Juca me humilhou na frente dos meus
amigos. Não aceito! Gostaria que ele ficasse doente, sem poder ir à escola.
O Pai escuta tudo calado, enquanto caminha até um abrigo, onde guardava
um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal, e o menino o
acompanhou, calado. Zeca vê o saco ser aberto e, antes mesmo que ele
pudesse fazer uma pergunta, o pai propõe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branca que está secando no varal é o
seu colega Juca, e cada pedaço de carvão é um pensamento seu endereçado a
ele.
Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço.
Depois, eu volto para ver como ficou. O menino achou que seria uma
brincadeira divertida e pôs mãos à obra.
O varal com a camisa estava um pouco longe dele e poucos pedaços
acertavam o alvo. Uma hora se passou e o garoto terminou a tarefa. O pai,
que espiava tudo de longe, se aproxima do Zeca e lhe pergunta:- Filho, como
está se sentindo agora? – Estou cansado. Mas estou alegre, porque acertei
muitos pedaços de carvão na camisa. O pai olha para o menino, que fica sem
entender a razão daquela brincadeira e, carinhoso, lhe fala: - Venha comigo
até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa. O filho acompanha o pai até o
quarto e é colocado na frente de um grande espelho, onde pode ver seu corpo
todo. Que susto! Só se conseguia enxergar seus dentes e os olhos.
O pai, então, lhe diz ternamente: - Filho, você viu que a camisa quase não se
sujou; mas olhe você! O mal que desejamos aos outros é como o que lhe
aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com os nossos
pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem, ficam sempre em nós mesmos.
”Bem aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia.”
(Mateus, 5:7).
No Sermão da Montanha, Jesus apresentou as condições para sermos felizes.
Entre elas, destacamos a contida em tela, quando o mestre, instaurando a fé
raciocinada, destaca a necessidade de sermos misericordiosos para com o
próximo pois, que, de nossa parte, também precisamos de misericórdia para
com os nossos erros.
Na verdade, quando perdoamos estamos pedindo perdão para nós mesmos.
Inúmeras vezes, Jesus nas Suas parábolas fez referência ao perdão, para que
ficasse bem nítida a sua importância no nosso relacionamento com o nosso
próximo e pudéssemos dimensionar a misericórdia, a bondade, e a justiça
divina. Que irão balizar o caminho de nossa evolução. Mas, apesar disso,
enfrentamos grandes dificuldades para perdoar aqueles que nos ofendem.
Jesus deixa bem claro que não há limite para o perdão, que não pode ser
contado, porque ele é o esquecimento da ofensa. Por isso, ele é apagado e
nada sobra para contar.
Perdoar até setenta vezes sete equivale a dizer que temos que perdoar sempre,
sendo o perdão incondicional.
É o perdão do coração. Mas, às vezes, concedemos somente o perdão dos
lábios, o falso perdão: Eu o perdoo, mas não esquecerei jamais o que me fez.
Em outra ocasião, afirmamos: Entrego a Deus e à Sua justiça, quando na
verdade estamos desejando a sua condenação. Ora, não temos nenhuma
procuração divina para assim nos referirmos, mesmo porque, desde que Deus
nos criou, já a Ele estamos entregues. Também, dizemos, ou ouvimos dizer
frequentemente: Se ele vier se desculpar eu o perdoo. Esta é uma atitude
orgulhosa, condicional, se contrapondo aos ensinamentos de Jesus, que nos
mostrou de quem deve ser a iniciativa, e em que momento deve-se perdoar.
Quando nós não perdoamos, sintonizamo-nos com o adversário.
A ele nos vinculamos pelo ressentimento, mágoa, raiva, ódio, despertando o
desejo de vingança, para encontrá-lo mais além como obsessor, podendo, às
vezes, chegar até ao grau de subjugação ou possessão.
Estabelecemo-nos no circuito de endividamento perante o inimigo e a nós
mesmos e, em última analise, perante a lei divina.
Quando desejamos vingança, em verdade, o que estamos fazendo é
colocando-nos de forma equivocada no lugar de Deus, e assim gerando
débitos para o futuro. Portanto, não perdoar as ofensas é uma das formas de ir
contra a Lei, e assim fazer recair sobre si a justiça divina, e “Daí não sairá
enquanto não tiver pago o último ceitil.”
Quem perdoa de coração ama. E quem ama não se endivida, não contrai
débitos, prevenindo-se de períodos expiatórios.
Quem não repara pelo amor, permanecendo na inércia e no endurecimento do
coração, resgata pela dor, e resgates são expiações, representando o caminho
mais difícil.
O ato perdoar é um ato terapêutico. Aquele que não perdoa e entra em guerra
mental com o agressor, alimentando-se de suas emoções, desenvolve mágoas
e ressentimentos, que refletirão no corpo físico, gerando doenças. A própria
medicina comprova esse fato.
A maior lição que recebemos a esse respeito nos foi dada pelo Mestre Jesus,
nos momentos do supremo sacrifício, quando orou:
Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem! ( Lucas, 23:34 ).
É importante salientar que o ato de perdoar, num primeiro momento, não
passa pelo esquecimento, mas, sim, pela compreensão.
Após o perdão, no futuro, a agressão pouco a pouco será esquecida, porque
deixa de ter importância em nosso histórico de vida, além do que, tomamos o
precioso remédio chamado tempo. Aí, sim, chegará o esquecimento.
Muita Paz!
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A importância do perdão

  • 1.
  • 2. Quem já ouviu falar daquela árvore rara chamada Sândalo? Dizem que o Sândalo perfuma até mesmo o machado que o fere. Perfumar o próprio machado demolidor é uma vingança muito diferente, original. A pedagogia do perdão obedece a cânones diversos. A arte de perdoar só cabe em corações grandes, generosos. Perdoar é medicinal. É um remédio que as farmácias não vendem. Remédio que deve ser buscado no fundo de nossa alma. Remédio produzido diariamente no silêncio da renúncia, da prece e da humildade. Não é fácil perdoar. Por vezes, exige desprendimento quase sobre-humano, mas oferece vantagens. Porque o ódio mata e a vingança envenena. E só o amor e o perdão constroem para a eternidade.
  • 3. ”Escreva os benefícios recebidos sobre a pedra e as injúrias sofridas sobre a areia”, diz o provérbio. Mas, infelizmente, muitos costumam fazer o contrário. Guardam com rancor as ofensas. Jesus veio abolir a lei do olho por olho, dente por dente. Deixemos a Deus o julgamento dos outros. Tratemos de manter elevado o nosso amor, desculpando, perdoando sempre. Para ilustrar essa reflexão, fomos buscar na Internet um texto, de autoria não divulgada. O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da sala. Seu pai, que estava indo para o quintal, ao ver aquilo, chama o menino para uma conversa. Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado.
  • 4. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado: - Pai, estou com muita raiva! O Juca não devia ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele. Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho, que continua a reclamar: - O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito! Gostaria que ele ficasse doente, sem poder ir à escola. O Pai escuta tudo calado, enquanto caminha até um abrigo, onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal, e o menino o acompanhou, calado. Zeca vê o saco ser aberto e, antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai propõe algo: - Filho, faz de conta que aquela camisa branca que está secando no varal é o seu colega Juca, e cada pedaço de carvão é um pensamento seu endereçado a ele.
  • 5. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois, eu volto para ver como ficou. O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava um pouco longe dele e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o garoto terminou a tarefa. O pai, que espiava tudo de longe, se aproxima do Zeca e lhe pergunta:- Filho, como está se sentindo agora? – Estou cansado. Mas estou alegre, porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa. O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira e, carinhoso, lhe fala: - Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa. O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho, onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Só se conseguia enxergar seus dentes e os olhos.
  • 6. O pai, então, lhe diz ternamente: - Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas olhe você! O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com os nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem, ficam sempre em nós mesmos. ”Bem aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia.” (Mateus, 5:7). No Sermão da Montanha, Jesus apresentou as condições para sermos felizes. Entre elas, destacamos a contida em tela, quando o mestre, instaurando a fé raciocinada, destaca a necessidade de sermos misericordiosos para com o próximo pois, que, de nossa parte, também precisamos de misericórdia para com os nossos erros.
  • 7. Na verdade, quando perdoamos estamos pedindo perdão para nós mesmos. Inúmeras vezes, Jesus nas Suas parábolas fez referência ao perdão, para que ficasse bem nítida a sua importância no nosso relacionamento com o nosso próximo e pudéssemos dimensionar a misericórdia, a bondade, e a justiça divina. Que irão balizar o caminho de nossa evolução. Mas, apesar disso, enfrentamos grandes dificuldades para perdoar aqueles que nos ofendem. Jesus deixa bem claro que não há limite para o perdão, que não pode ser contado, porque ele é o esquecimento da ofensa. Por isso, ele é apagado e nada sobra para contar. Perdoar até setenta vezes sete equivale a dizer que temos que perdoar sempre, sendo o perdão incondicional.
  • 8. É o perdão do coração. Mas, às vezes, concedemos somente o perdão dos lábios, o falso perdão: Eu o perdoo, mas não esquecerei jamais o que me fez. Em outra ocasião, afirmamos: Entrego a Deus e à Sua justiça, quando na verdade estamos desejando a sua condenação. Ora, não temos nenhuma procuração divina para assim nos referirmos, mesmo porque, desde que Deus nos criou, já a Ele estamos entregues. Também, dizemos, ou ouvimos dizer frequentemente: Se ele vier se desculpar eu o perdoo. Esta é uma atitude orgulhosa, condicional, se contrapondo aos ensinamentos de Jesus, que nos mostrou de quem deve ser a iniciativa, e em que momento deve-se perdoar. Quando nós não perdoamos, sintonizamo-nos com o adversário.
  • 9. A ele nos vinculamos pelo ressentimento, mágoa, raiva, ódio, despertando o desejo de vingança, para encontrá-lo mais além como obsessor, podendo, às vezes, chegar até ao grau de subjugação ou possessão. Estabelecemo-nos no circuito de endividamento perante o inimigo e a nós mesmos e, em última analise, perante a lei divina. Quando desejamos vingança, em verdade, o que estamos fazendo é colocando-nos de forma equivocada no lugar de Deus, e assim gerando débitos para o futuro. Portanto, não perdoar as ofensas é uma das formas de ir contra a Lei, e assim fazer recair sobre si a justiça divina, e “Daí não sairá enquanto não tiver pago o último ceitil.” Quem perdoa de coração ama. E quem ama não se endivida, não contrai débitos, prevenindo-se de períodos expiatórios.
  • 10. Quem não repara pelo amor, permanecendo na inércia e no endurecimento do coração, resgata pela dor, e resgates são expiações, representando o caminho mais difícil. O ato perdoar é um ato terapêutico. Aquele que não perdoa e entra em guerra mental com o agressor, alimentando-se de suas emoções, desenvolve mágoas e ressentimentos, que refletirão no corpo físico, gerando doenças. A própria medicina comprova esse fato. A maior lição que recebemos a esse respeito nos foi dada pelo Mestre Jesus, nos momentos do supremo sacrifício, quando orou: Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem! ( Lucas, 23:34 ). É importante salientar que o ato de perdoar, num primeiro momento, não passa pelo esquecimento, mas, sim, pela compreensão.
  • 11. Após o perdão, no futuro, a agressão pouco a pouco será esquecida, porque deixa de ter importância em nosso histórico de vida, além do que, tomamos o precioso remédio chamado tempo. Aí, sim, chegará o esquecimento. Muita Paz! Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br