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Hérnias Abdominais
Dr. Fernando de Oliveira Dutra
Generalidades
Hérnia é derivada do latim – Ruptura
Definida como uma protusão anormal de órgão ou tecido
através de defeito da parede circundante
Cerca de 5% da população é acometida por algum tipo de
hérnia, sendo a hernioplastia a cirurgia mais realizada em
todo o mundo
Generalidades
75% das hérnias
estão na região
inguinal
2/3 das hérnias são
indiretas
Incidência em
homens é 25X
maior que na
mulher
Mais comum
ocorrer do lado
direito
História
1795 Gimbernat descreveu o Ligamento
lacunar
1804 Cooper descreveu a Fascia
transversalis e Ligamento Ileopectíneo
1812 Scarpa foi o primeiro a descrever a
hérnia por deslizamento
História
1816 Hasselbach delimitou a parede
posterior
1819 Cloquet dissecou e desenhou 345
casos de hérnia
1836 Thomsom descreveu a cinta ileo-
pubiana
Anatomia
A região inguinal é a porção infero-lateral da
parede abdominal
No subcutâneo, abaixo da pele, encontramos as
fácias de Camper e Scarpa
Os musculos da parede abdominal antero-lateral
são:
• Obliquos externo, Obliquo interno e o m. transverso
Anatomia
Anatomia
Anatomia
Anatomia
Anatomia
Canal Inguinal é um espaço virtual de
aproximadamente 4cm, o qual da passagem
para o funículo espermático ou ligamento
redondo
• Limites
• Anterior – Ap. m. Obliquo externo e orifício inguinal E.
• Posterior – fáscia transversalis e o tendão conjunto
• Inferior – Lig. Inguinal e Cooper
• Superior: m. Transverso e m. Obliquo interno
Anatomia
Funículo Espermático (homem)
• Musculo Cremaster
• Ducto Deferente
• Ramo Genital do n. Gênito-femoral
• Plexo Venoso Panpiniforme
• Conduto Peritônio Vaginal Obliterado
Ligamento Redondo (mulher)
Anatomia
Espaço pré peritoneal
•Entre a Fáscia Transversalis e o
peritôneo existe o espaço pré-
peritoneal, conhecido na linha média
como Espaço de Retzius e
lateralmente como Espaço de Brogos
Anatomia
Orifício de Fruchaud
• É o sítio de todas as hérnias inguinais femorais. Sua
parede é composta apenas pela fáscia transversalis e
tendão do M. Transverso
Limites:
• Sup: M. Oblíquo interno + Transverso
• Medial: Reto Abdominal
• Inf: Lig. Cooper
• Lateral: M. Íleopsoas
Anatomia
Anatomia
• m. Oblíquo Interno e m. Transverso
• Fascia Transversalis
Anatomia
Anatomia
Anatomia
Anatomia
Hérnias
Hérnia Inguinal Direta
A protusão do saco herniário ocorre medial ao
anel inguinal interno e aos vasos epigástricos;
Fatores Predisponentes
Tabagismo
Idade avançada
Desnutrição
Comorbidades
• HPB, DPOC e Câncer de Cólon
Alterações da síntese do colágeno
Hérnia Inguinal Indireta
O saco herniário com seu conteúdo atravessa o
anel inguinal interno, podendo descer até o anel
inguinal externo e chegar até o escroto.
Causas
Persistência do
Conduto Peritônio
Vaginal
Hérnia Inguinoescrotal
Femoral
3% das Hérnias da Região da Virilha
Mulheres obesas > 45 anos;
Cerca de 40% dos casos se apresentam com encarceiramento
ou estrangulamento;
Passa medial aos vasos e nervo femorais no canal femoral;
O ligamento inguinal forma a borda superior
Femoral
Quadro Clínico
Dor vaga na região inguinal
Sensação de peso ou queimação na região inguinal
Abaulamento na região inguinal, com redução
espontânea
Perda da simetria abaixo da cicatriz umbilical
Avaliação
Avaliação
Hérnia podem ser:
• Redutível
• Seus conteúdos podem ser reposicionados
• Irredutível ou Encarcerada
• Não pode ser reduzida
• Estrangulada (cirurgia de urgência)
• Suprimento sanguíneo comprometido ou
prejuízo da vascularização da alça
Avaliação
Avaliação
Obesos
•USG
•TC
Diagnóstico Diferencial
Hidrocele
Adenite
inguinal
Varicocele
Testículo
ectópico
Lipoma Hematoma
Linfoma
Torção
testicular
Classificação de Nyhus (Modificada)
Tipo I: Hérnia indireta – anel interno normal
Tipo II: Hérnia indireta – anel interno dilatado
• mas com parede posterior preservada, vasos epigástricos inferiores não desviados
Tipo III: Defeito na parede posterior
• A. Hérnia direta
• B. Hérnia indireta – anel interno dilatado ou destruindo fáscia transversális
• C. Hérnia Crural ou femoral
Tipo IV: Hérnia recorrente ou recidivantes
• A. Direta
• B. Indireta
• C. Crural ou Femoral
• D. Mista
Tratamento
Não Operatório
Reparo anterior (convencional)
Reparo posterior (videolaparoscópico)
Tratamento
Não Operatório
• Funda (Europa)
• Atrofia testicular
• Neurite ilíoinguinal
• Encarceiramento
Tratamento
Bassini (1884)
•O reforço é realizado através de
sutura dos arcos músculo-
aponeuróticos do transverso
abdominal e do oblíquo interno (ou
tendão conjunto) ao ligamento
inguinal;
Bassini
Bassini
Bassini
Bassini
Tratamento
McVay (1948)
• Aproximação da borda da aponeurose do
transverso abdominal ao Ligamento de Cooper
desde o tubérculo púbico até os vasos femorais,
a partir dos quais a fixação é feita com o trato
iliopúbico até o anel inguinal interno. Uma
incisão de relaxamento curvilínea é feita a 1 cm
do tubérculo púbico até a borda lateral do reto
abdominal para diminuir a tensão.
McVay
Tratamento
Shouldice (1949)
• Imbricação em 4 planos músculo-aponeuróticos:
• 1) A linha de sutura inicial fixa o arco aponeurótico
transverso ao trato iliopúbico;
• 2) Os músculos oblíquo interno, transverso e
aponeuroses são suturadas ao ligamento inguinal;
• 3) A terceira e a quarta linhas de sutura fecham o
ligamento inguinal fixando a parte inferior do
oblíquo externo no obliquo interno,
Shouldice
Shouldice
Tratamento
Stoppa (1973)
• Substituição da fáscia transversais na região inguinal
por uma grande prótese;
• É especialmente apropriado para o reparo de hérnias
bilaterais e recorrentes pois minimiza o risco de
complicações (atrofia testicular e neuralgia crônica);
• Tem como objetivo envolver o saco peritônio-visceral
tornando-o inextensível em vez de reparar os defeitos
na parede abdominal;
Tratamento
É um reparo sem suturas e livre de tensões;
A tela deve ser macia, elástica, flexível, complacente,
integrar-se rapidamente e ser tolerante à infecção;
Através de incisão mediana infra-umbilical ou de
Pfannenstiel desloca-se o espaço pré-peritoneal até o
tubérculo púbico;
Tratamento
Os elementos do cordão são parietalizados (evita fender a
tela);
Lida-se com os sacos herniários de maneira habitual;
A tela em formato de chevron é ajustada ao paciente e
deve medir transversalmente 2cm a menos do que a
distância entre o umbigo e o púbis
Stoppa
Tratamento
Lichtenstein (1986)
• Incisão transversa ínguino- abdominal a cerca de
2 cm da sínfise púbica;
• Abertura do subcutâneo, passando pelas fáscias
de Camper e Scarpa;
• Abertura da aponeurose do oblíquo externo a
partir do anel inguinal externo no sentido das
fibras e em direção à espinha ilíaca
anterosuperior;
Tratamento
• Isolamento do cordão espermátivo junto ao
púbis;
• Abertura do Cremaster (continuação do
Oblíquo interno);
• Dissecção e isolamento dos elementos do
cordão (Ducto Deferente, Artéria Espermática
e Plexo panpiliforme);
Tratamento
• Fixação de tela de Marlex no Cooper com
Prolene 0 e sutura contínua com o mesmo fio
fixando a borda lateral da tela no Ligamento
Inguinal, interrompida após ultrapassar o anel
inguinal interno;
• A tela é fendida longitudinalmente a partir do
limite superior até o nível da borda inferior do
anel inguinal interno;
Tratamento
• O segmento medial é fixado no Ligamento
Inguinal, confeccionando novo orifício do anel
inguinal interno;
• Pontos simples de Prolene fixam a borda
medial da tela no Oblíquo Interno
Lichtenstein
Lichtenstein
Lichtenstein
Lichtenstein
Tratamento
H.
femoral
Tratamento
Reparo Laparoscopico
• Outro método de reparo livre de tensão,
baseado na abordagem pré-peritoneal;
• Vantagem para hérnias bilaterais ou
recorrentes;
• Abordagens: transabdominal pré-peritoneal
(TAPP) e mais recentemente extraperitoneal
total (TEP).
Laparoscopico
Tratamento
Reparo Pré-Peritoneal Trans-abdominal (TAPP)
• Um trocarte de 5mm é introduzido através da incisão da
cicatriz umbilical para confecção de pneumo-peritôneo e
colocação da ótica;
• Ao nível da cicatriz umbilical junto às bordas laterais de reto
abdominal são introduzidos outros 2 trocartes de 5 mm;
• É realizada incisão tranversa a partir do ligamento umbilical
medial até o anel inguinal interno para acesso do espaço
pré-peritoneal e dissecção do conteúdo herniário;
Tratamento
A tela de Marlex de tamanho
apropriado é acomodada no espaço
de Retzius com pequenos pontos de
fixação com Cooper e na parede
posterior tomando cuidado com os
vasos epigástricos e o deferente e
vasos testiculares;
TAPP
TAPP
TAPP
TAPP
TAPP
TAPP
TAPP
Tratamento
Reparo Laparoscópico Extra-
peritoneal Total (TEP)
• Realiza-se incisão infra-umbilical e incisão
da bainha do reto;
• Dissecção romba do reto lateralmente,
criando-se um espaço abaixo do mesmo;
• Introdução de balão dissecante até sínfise
púbica;
Tratamento
• Insuflação sob visão direta e introdução dos demais
trocartes;
• Identificação e isolamento dos v. Epigástricos;
• Dissecção do Lig. Cooper e identificação do trato
íliopúbico;
• Redução do saco herniário;
• Inserção de tela de polipropileno(10 x 15cm) tendo
q cobrir os espaços direto, indireto e femorais e
permanecer sob os elementos do cordão;
• Fixação cuidadosa com clipes ao lig.Cooper;
TEP
TEP
TEP
Reparo Videolaparoscópico
Desvantagens
• Tempo cirúrgico prolongado
• Aumento do custo
• Dificuldades técnicas
• Curva de aprendizado maior
Vantagens
• Menor taxa de ISC
• Recuperação mais rápida
• Menor probabilidade de dor persistente pós-operatória
Reparo Videolaparoscópico
Taxa de recorrência é igual a técnica
livre de tensão
Principais indicações
• Hérnias Bilaterais
• Hérnias Recidivadas
Complicações
Dor Crônica na virilha
• Neurectomia e retirada da tela
Orquite isquêmica (manipulação do plexo panpiniforme)
• Não há muito oque fazer
Recidiva da Hérnia
• 1 a 3%
• Aberta X Video recidiva igual
• Tecnicas sem tela X Lichestain recidiva maior nas primeiras
ISC
• Mais no reparo aberto (ATB) :
Hérnia Umbilical
Criança
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Adulto
•Adquirida
Hérnia Umbilical
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• Não fechar após 4-6 anos
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• Associado a DVP
• Concomitante a hérnia inguinal
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Hérnia Umbilical
Hérnia Umbilical
Hérnia Umbilical
Hérnia Umbilical
Hérnia Umbilical
Hérnia Umbilical
Hérnia Epigástrica
Abaulamento do apêndice xifoide a
cicatriz umbilical
3-5% da população
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Hérnias Incisionais
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após seu fechamento
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Hérnias Lombares
Triangulo Grynfeit
• 12 arco costal
• m. Denteado Menor
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Triangulo de Petit
• Crista Ilíaca
• m. Grande Dorsal
• m. Oblíquo Externo
Hérnia Lombares
Hérnias Lombares
Hérnia de Spiegel
Todo saco herniário que se anuncia entre a
linha semilunar e bordo do reto abdominal
• Defeito da aponeurose do musculo transverso
abdominal
Linha semilunar de Spiegel
• Camada aponeurótica entre os retoabdominais
medialmente e a linha semilunar lateralmente.
Hérnia de Spiegel
Hérnia de Spiegel
Hérnia de Spiegel
Hérnia de Spiegel
Hérnia de Spiegel
Hérnia de Spiegel
Hérnia de Spiegel
Hérnia de Spiegel
Hérnia de Spiegel
Denominações especiais das Hérnias
Hérnia de Richter
• Quando temos parte da circunferência de uma alça intestinal pinçada no saco herniário
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Hérnia de Littré
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Hérnia Garengeot
• Hérnia com apendicite aguda
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Hérnias abdominais

  • 2. Generalidades Hérnia é derivada do latim – Ruptura Definida como uma protusão anormal de órgão ou tecido através de defeito da parede circundante Cerca de 5% da população é acometida por algum tipo de hérnia, sendo a hernioplastia a cirurgia mais realizada em todo o mundo
  • 3. Generalidades 75% das hérnias estão na região inguinal 2/3 das hérnias são indiretas Incidência em homens é 25X maior que na mulher Mais comum ocorrer do lado direito
  • 4. História 1795 Gimbernat descreveu o Ligamento lacunar 1804 Cooper descreveu a Fascia transversalis e Ligamento Ileopectíneo 1812 Scarpa foi o primeiro a descrever a hérnia por deslizamento
  • 5. História 1816 Hasselbach delimitou a parede posterior 1819 Cloquet dissecou e desenhou 345 casos de hérnia 1836 Thomsom descreveu a cinta ileo- pubiana
  • 6. Anatomia A região inguinal é a porção infero-lateral da parede abdominal No subcutâneo, abaixo da pele, encontramos as fácias de Camper e Scarpa Os musculos da parede abdominal antero-lateral são: • Obliquos externo, Obliquo interno e o m. transverso
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 16. Anatomia Canal Inguinal é um espaço virtual de aproximadamente 4cm, o qual da passagem para o funículo espermático ou ligamento redondo • Limites • Anterior – Ap. m. Obliquo externo e orifício inguinal E. • Posterior – fáscia transversalis e o tendão conjunto • Inferior – Lig. Inguinal e Cooper • Superior: m. Transverso e m. Obliquo interno
  • 17. Anatomia Funículo Espermático (homem) • Musculo Cremaster • Ducto Deferente • Ramo Genital do n. Gênito-femoral • Plexo Venoso Panpiniforme • Conduto Peritônio Vaginal Obliterado Ligamento Redondo (mulher)
  • 18. Anatomia Espaço pré peritoneal •Entre a Fáscia Transversalis e o peritôneo existe o espaço pré- peritoneal, conhecido na linha média como Espaço de Retzius e lateralmente como Espaço de Brogos
  • 19. Anatomia Orifício de Fruchaud • É o sítio de todas as hérnias inguinais femorais. Sua parede é composta apenas pela fáscia transversalis e tendão do M. Transverso Limites: • Sup: M. Oblíquo interno + Transverso • Medial: Reto Abdominal • Inf: Lig. Cooper • Lateral: M. Íleopsoas
  • 21. Anatomia • m. Oblíquo Interno e m. Transverso • Fascia Transversalis
  • 24.
  • 27.
  • 28.
  • 30. Hérnia Inguinal Direta A protusão do saco herniário ocorre medial ao anel inguinal interno e aos vasos epigástricos;
  • 31. Fatores Predisponentes Tabagismo Idade avançada Desnutrição Comorbidades • HPB, DPOC e Câncer de Cólon Alterações da síntese do colágeno
  • 32. Hérnia Inguinal Indireta O saco herniário com seu conteúdo atravessa o anel inguinal interno, podendo descer até o anel inguinal externo e chegar até o escroto.
  • 35. Femoral 3% das Hérnias da Região da Virilha Mulheres obesas > 45 anos; Cerca de 40% dos casos se apresentam com encarceiramento ou estrangulamento; Passa medial aos vasos e nervo femorais no canal femoral; O ligamento inguinal forma a borda superior
  • 37. Quadro Clínico Dor vaga na região inguinal Sensação de peso ou queimação na região inguinal Abaulamento na região inguinal, com redução espontânea Perda da simetria abaixo da cicatriz umbilical
  • 39. Avaliação Hérnia podem ser: • Redutível • Seus conteúdos podem ser reposicionados • Irredutível ou Encarcerada • Não pode ser reduzida • Estrangulada (cirurgia de urgência) • Suprimento sanguíneo comprometido ou prejuízo da vascularização da alça
  • 43. Classificação de Nyhus (Modificada) Tipo I: Hérnia indireta – anel interno normal Tipo II: Hérnia indireta – anel interno dilatado • mas com parede posterior preservada, vasos epigástricos inferiores não desviados Tipo III: Defeito na parede posterior • A. Hérnia direta • B. Hérnia indireta – anel interno dilatado ou destruindo fáscia transversális • C. Hérnia Crural ou femoral Tipo IV: Hérnia recorrente ou recidivantes • A. Direta • B. Indireta • C. Crural ou Femoral • D. Mista
  • 44. Tratamento Não Operatório Reparo anterior (convencional) Reparo posterior (videolaparoscópico)
  • 45. Tratamento Não Operatório • Funda (Europa) • Atrofia testicular • Neurite ilíoinguinal • Encarceiramento
  • 46. Tratamento Bassini (1884) •O reforço é realizado através de sutura dos arcos músculo- aponeuróticos do transverso abdominal e do oblíquo interno (ou tendão conjunto) ao ligamento inguinal;
  • 51. Tratamento McVay (1948) • Aproximação da borda da aponeurose do transverso abdominal ao Ligamento de Cooper desde o tubérculo púbico até os vasos femorais, a partir dos quais a fixação é feita com o trato iliopúbico até o anel inguinal interno. Uma incisão de relaxamento curvilínea é feita a 1 cm do tubérculo púbico até a borda lateral do reto abdominal para diminuir a tensão.
  • 52. McVay
  • 53. Tratamento Shouldice (1949) • Imbricação em 4 planos músculo-aponeuróticos: • 1) A linha de sutura inicial fixa o arco aponeurótico transverso ao trato iliopúbico; • 2) Os músculos oblíquo interno, transverso e aponeuroses são suturadas ao ligamento inguinal; • 3) A terceira e a quarta linhas de sutura fecham o ligamento inguinal fixando a parte inferior do oblíquo externo no obliquo interno,
  • 56. Tratamento Stoppa (1973) • Substituição da fáscia transversais na região inguinal por uma grande prótese; • É especialmente apropriado para o reparo de hérnias bilaterais e recorrentes pois minimiza o risco de complicações (atrofia testicular e neuralgia crônica); • Tem como objetivo envolver o saco peritônio-visceral tornando-o inextensível em vez de reparar os defeitos na parede abdominal;
  • 57. Tratamento É um reparo sem suturas e livre de tensões; A tela deve ser macia, elástica, flexível, complacente, integrar-se rapidamente e ser tolerante à infecção; Através de incisão mediana infra-umbilical ou de Pfannenstiel desloca-se o espaço pré-peritoneal até o tubérculo púbico;
  • 58. Tratamento Os elementos do cordão são parietalizados (evita fender a tela); Lida-se com os sacos herniários de maneira habitual; A tela em formato de chevron é ajustada ao paciente e deve medir transversalmente 2cm a menos do que a distância entre o umbigo e o púbis
  • 60. Tratamento Lichtenstein (1986) • Incisão transversa ínguino- abdominal a cerca de 2 cm da sínfise púbica; • Abertura do subcutâneo, passando pelas fáscias de Camper e Scarpa; • Abertura da aponeurose do oblíquo externo a partir do anel inguinal externo no sentido das fibras e em direção à espinha ilíaca anterosuperior;
  • 61. Tratamento • Isolamento do cordão espermátivo junto ao púbis; • Abertura do Cremaster (continuação do Oblíquo interno); • Dissecção e isolamento dos elementos do cordão (Ducto Deferente, Artéria Espermática e Plexo panpiliforme);
  • 62. Tratamento • Fixação de tela de Marlex no Cooper com Prolene 0 e sutura contínua com o mesmo fio fixando a borda lateral da tela no Ligamento Inguinal, interrompida após ultrapassar o anel inguinal interno; • A tela é fendida longitudinalmente a partir do limite superior até o nível da borda inferior do anel inguinal interno;
  • 63. Tratamento • O segmento medial é fixado no Ligamento Inguinal, confeccionando novo orifício do anel inguinal interno; • Pontos simples de Prolene fixam a borda medial da tela no Oblíquo Interno
  • 66.
  • 70.
  • 71.
  • 72. Tratamento Reparo Laparoscopico • Outro método de reparo livre de tensão, baseado na abordagem pré-peritoneal; • Vantagem para hérnias bilaterais ou recorrentes; • Abordagens: transabdominal pré-peritoneal (TAPP) e mais recentemente extraperitoneal total (TEP).
  • 74. Tratamento Reparo Pré-Peritoneal Trans-abdominal (TAPP) • Um trocarte de 5mm é introduzido através da incisão da cicatriz umbilical para confecção de pneumo-peritôneo e colocação da ótica; • Ao nível da cicatriz umbilical junto às bordas laterais de reto abdominal são introduzidos outros 2 trocartes de 5 mm; • É realizada incisão tranversa a partir do ligamento umbilical medial até o anel inguinal interno para acesso do espaço pré-peritoneal e dissecção do conteúdo herniário;
  • 75. Tratamento A tela de Marlex de tamanho apropriado é acomodada no espaço de Retzius com pequenos pontos de fixação com Cooper e na parede posterior tomando cuidado com os vasos epigástricos e o deferente e vasos testiculares;
  • 76. TAPP
  • 77. TAPP
  • 78. TAPP
  • 79. TAPP
  • 80. TAPP
  • 81. TAPP
  • 82. TAPP
  • 83. Tratamento Reparo Laparoscópico Extra- peritoneal Total (TEP) • Realiza-se incisão infra-umbilical e incisão da bainha do reto; • Dissecção romba do reto lateralmente, criando-se um espaço abaixo do mesmo; • Introdução de balão dissecante até sínfise púbica;
  • 84. Tratamento • Insuflação sob visão direta e introdução dos demais trocartes; • Identificação e isolamento dos v. Epigástricos; • Dissecção do Lig. Cooper e identificação do trato íliopúbico; • Redução do saco herniário; • Inserção de tela de polipropileno(10 x 15cm) tendo q cobrir os espaços direto, indireto e femorais e permanecer sob os elementos do cordão; • Fixação cuidadosa com clipes ao lig.Cooper;
  • 85. TEP
  • 86. TEP
  • 87. TEP
  • 88. Reparo Videolaparoscópico Desvantagens • Tempo cirúrgico prolongado • Aumento do custo • Dificuldades técnicas • Curva de aprendizado maior Vantagens • Menor taxa de ISC • Recuperação mais rápida • Menor probabilidade de dor persistente pós-operatória
  • 89. Reparo Videolaparoscópico Taxa de recorrência é igual a técnica livre de tensão Principais indicações • Hérnias Bilaterais • Hérnias Recidivadas
  • 90. Complicações Dor Crônica na virilha • Neurectomia e retirada da tela Orquite isquêmica (manipulação do plexo panpiniforme) • Não há muito oque fazer Recidiva da Hérnia • 1 a 3% • Aberta X Video recidiva igual • Tecnicas sem tela X Lichestain recidiva maior nas primeiras ISC • Mais no reparo aberto (ATB) :
  • 92. Hérnia Umbilical Indicações de Cirurgia na Criança • Não fechar após 4-6 anos • Orifício > 2cm • Associado a DVP • Concomitante a hérnia inguinal Indicaões de Cirurgia no Adulto • Hérnias Sintomática • Concomitante a ascite volumosa
  • 99.
  • 100.
  • 101.
  • 102. Hérnia Epigástrica Abaulamento do apêndice xifoide a cicatriz umbilical 3-5% da população Mais comum em homens
  • 103.
  • 104.
  • 105. Hérnias Incisionais Ocorrem devido a uma deiscência da aponeurose após seu fechamento Fatores de risco • ISC • Obesidade • Diabetes • Ascite • QxT para Câncer
  • 106.
  • 107.
  • 108. Hérnias Lombares Triangulo Grynfeit • 12 arco costal • m. Denteado Menor • m. Oblíquo Interno Triangulo de Petit • Crista Ilíaca • m. Grande Dorsal • m. Oblíquo Externo
  • 111.
  • 112. Hérnia de Spiegel Todo saco herniário que se anuncia entre a linha semilunar e bordo do reto abdominal • Defeito da aponeurose do musculo transverso abdominal Linha semilunar de Spiegel • Camada aponeurótica entre os retoabdominais medialmente e a linha semilunar lateralmente.
  • 113.
  • 123. Denominações especiais das Hérnias Hérnia de Richter • Quando temos parte da circunferência de uma alça intestinal pinçada no saco herniário • Mais encontrada na hérnia femoral Hérnia de Littré • Quando o saco herniário contem um divertículo de Meckel Hérnia Garengeot • Hérnia com apendicite aguda Hérnia de Amyand • Hérnia com apendicite vermiforme em seu interior Hérnia por deslizamento • Quando um órgão compõe parte da parede do saco herniário • Geralmente o Cólon e Bexiga
  • 124. Hérnias com perda de domicílio
  • 125. Hérnias com perda de domicílio
  • 126. FIM

Notas del editor

  1. 20 milhões de reparos por ano, um novo mensalão.
  2. Vamos para ANATOMIA
  3. Camper e Scarpa – formado por tecido conjuntivo
  4. A porção inferior da aponeurose do m. Obliquo externo forma o Lig. Inguinal ou de Poupart Anel inguinal externo – é uma abertura ovóide da aponeurose do m. obliquo externo
  5. Ligamento de Cooper ou Ileopectineo formado pelo periósteo púbico e sua fáscia Ligamento Lacunar ou Gimbernat formado pela inserção do lig. Inguinal no púbis Tendão conjunto é formado pela inserção conjunta das aponeuroses do m. Oblq.Int. e m. Transv.
  6. Conduto peritôneo vaginal tem que esta fechado
  7. Hérnia Femoral
  8. Ligamento de Cooper: Formado pelo periósteo e fáscia ao longo do ramo superior do púbis; Corona mortis - um vaso cruza a margem lateral do ligamento de Cooper e é comunicação direta do obturador e vasos ilíacos
  9. Embaixo desta fascia não tem musculo, tem gordura pre peritoneal e peritoneo Mecanismo de defesa – Contratura dos m. Obliquo interno e transverso fechando a fascia transversalis
  10. Embriogênise o testículo migra para a bolsa escrotal através do anel inguinal interno empurrando o peritônio formando um túnel de peritônio – conduto peritônio vaginal Este conduto se oblitera posteriormente HII – patência do conduto peritôneo vaginal
  11. HID – Fascia Transversalis, mais precisamente no Triângulo de Hesselbach Vasos Epigástricos inferiores são o parâmetro anatômico para a diferenciação entre as hérnias Direta e Indiretas Hérnias da virilha – HII, HID e H. Femoral
  12. HID – Fascia Transversalis, mais precisamente no Triângulo de Hesselbach Vasos Epigástricos inferiores são o parâmetro anatômico para a diferenciação entre as hérnias Direta e Indiretas
  13. Peritônio vaginal patente + frequente
  14. Manobra de Valsalva
  15. Herniorrafia X Hernioplastia
  16. Herniorrafia X Hernioplastia
  17. Libera e disseca a hérnia, tanto direta como indireta e após faz o reforço. Na criança a hérnia é indireta e somente é realizado a dissecção redução do saco herniário.
  18. Aspecto final
  19. Reduzir o saco herniário e Fixado uma tela no ligamento de Cooper para estreitar o anel femoral
  20. Sabinston – ATB somente nos pacientes que já tiveram ISC, ASA III ou infecção crônica de pele.
  21. Ta acabando Agora denominações especiais de hernias
  22. A hérnia de Amyand deve o seu nome ao cirurgião britânico, Claudius Amyand (1680-1740), que em 1735 descreveu o primeiro caso de apendicite perfurada no saco de uma hérnia inguinal