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ANAC
Simpósio de
Gerenciamento da
Segurança Operacional
!
29/04/2014
INTRODUÇÃO
AO
CONCEITO
SAFETY CASEDE
A Ausência de
Acidentes não é
Garantia de
Segurança
E, mesmo que fosse…
… como demonstrar
a segurança de uma
operação que nem
se iniciou?
SAFETY CASE
• Demonstra que todos os perigos razoavelmente
previsíveis em um escopo de operações foram
identificados, avaliados e controlados até um
nível ALARP
• Demonstra como a eficácia dos controles do
risco é monitorada e objeto de ações de
melhoria
• O Safety Case é um processo, formalizado por
meio de um documento a ser aprovado pela
Alta Administração.
HISTÓRICO
1965 - Nuclear
Installations Act
• Requisito de produzir
e manter um Safety
Case adequado antes
do início das
operações da unidade
HISTÓRICO
1988 - Plataforma Piper Alpha destruída
em um acidente
• 167 mortes
• Perdas estimadas em $1.500.000.000,00
• Empresa operadora faliu dois anos
depois
• Recentemente auditada pelo órgão
regulador
HISTÓRICO
1990 - Lord Cullen Report
• Investigação do acidente na Piper Alpha
• Requisito, para toda instalação offshore,
de um sistema de gestão da segurança
(SMS) implementado e evidenciado por
meio de um Safety Case
• Segurança: de prescrição para auto-
regulação
HISTÓRICO
• 1993 - Offshore Safety Case Regulation
• Estabelece formalmente o requisito do Safety
Case para instalações offshore no Reino Unido
• Se o Safety Case não for aceito pelo órgão
regulador a operação será interrompida
• 2005 até o presente, na Petrobras:
• Safety Cases do Modal Aéreo e requisitos de
Safety Case para operadores aéreos
contratados
RISCO
“Efeito da
incerteza nos
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ABNT NBR ISO 31000 - Gestão de
Riscos, Princípios e Diretrizes
ALARP
“As Low As Reasonably
Practicable"
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razoavelmente praticável"
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Controles
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Controles
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Bowtie
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SAFETY RISK MITIGATION WORKSHEET
ICAO Safety Management Manual V3 Appendix 2 Chapter 2 (2013)
Preventive control
Escalation factor
Escalation control
Unsafe event
Recovery measure
Ultimate consequence
Registro de perigos e controles
Gerir Riscos
Gerir riscos
Analisar riscos
Implantar
controles
Especificar
controles do risco
Priorizar
controles
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de risco
Validar risco
residual
Gerir Safety Case
Gerir Safety Case
Documentar
Safety Case
Verificar
conformidade dos
controles
Identificar
processos
Gerir riscos
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Identificar
atividades
Identificar tarefas
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ação
Validar Safety
Case
Melhorar Safety
Case
Descrever
escopo de
operações
Requisitos da Petrobras
• Todos os perigos no escopo contratado de
operações, identificáveis por meio de fontes
internas (RELPREV, auditorias internas, etc.),
análise de processos críticos, fontes externas
(relatórios de investigação, estatísticas da
indústria) e modelos formais (modelos
matemáticos, diagramas Bow-tie), deverão ter
sido registrados metodicamente e de forma
acessível em um documento de Safety Case.
Requisitos da Petrobras
• O Safety Case deverá relacionar os controles
por meio dos quais todos os perigos registrados
têm seus riscos reduzidos até um nível ALARP	

• Para cada controle do risco no Safety Case
deverão ter sido registradas, com
rastreabilidade, as evidências e referências
necessárias para a sua verificação e validação.
Requisitos da Petrobras
• O operador deverá prover confiança de que
todos os controles do risco relacionados no
Safety Case são eficazes, por meio de um
programa formal de auditorias, com
periodicidade mínima anual, e de ações
corretivas bem planejadas, executadas com
presteza e controladas.
Requisitos da Petrobras
• A investigação de eventos adversos, não limitada pelas
classificações de ocorrências aeronáuticas da
regulamentação nacional, deverá: (1) ter profundidade e
alocação de recursos proporcionais ao nível de risco
das ameaças identificadas; (2) ser realizada com
competência técnica suficiente para distinguir falhas na
gestão do risco de falhas na gestão da qualidade; (3)
considerar a totalidade dos esforços de prevenção já
empreendidos pela organização para causas ou fatores
contribuintes semelhantes; e (4) resultar em melhorias
sistêmicas que transcendam a mera correção dos
problemas identificados.
Para anotar e guardar:
"Se todos os controles do risco
necessários para garantir a segurança de
uma operação fossem como peças de um
motor, o Safety Case seria como o catálogo
de partes, o programa de manutenção e os
registros de manutenção desse motor"
Dúvidas?
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• Fernando Moraes Ribeiro	

• fmoraes.bma@petrobras.com.br	

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Introdução ao Conceito de Safety Case

  • 1. ANAC Simpósio de Gerenciamento da Segurança Operacional ! 29/04/2014 INTRODUÇÃO AO CONCEITO SAFETY CASEDE
  • 2. A Ausência de Acidentes não é Garantia de Segurança
  • 3. E, mesmo que fosse…
  • 4. … como demonstrar a segurança de uma operação que nem se iniciou?
  • 5. SAFETY CASE • Demonstra que todos os perigos razoavelmente previsíveis em um escopo de operações foram identificados, avaliados e controlados até um nível ALARP • Demonstra como a eficácia dos controles do risco é monitorada e objeto de ações de melhoria • O Safety Case é um processo, formalizado por meio de um documento a ser aprovado pela Alta Administração.
  • 6. HISTÓRICO 1965 - Nuclear Installations Act • Requisito de produzir e manter um Safety Case adequado antes do início das operações da unidade
  • 7. HISTÓRICO 1988 - Plataforma Piper Alpha destruída em um acidente • 167 mortes • Perdas estimadas em $1.500.000.000,00 • Empresa operadora faliu dois anos depois • Recentemente auditada pelo órgão regulador
  • 8.
  • 9. HISTÓRICO 1990 - Lord Cullen Report • Investigação do acidente na Piper Alpha • Requisito, para toda instalação offshore, de um sistema de gestão da segurança (SMS) implementado e evidenciado por meio de um Safety Case • Segurança: de prescrição para auto- regulação
  • 10. HISTÓRICO • 1993 - Offshore Safety Case Regulation • Estabelece formalmente o requisito do Safety Case para instalações offshore no Reino Unido • Se o Safety Case não for aceito pelo órgão regulador a operação será interrompida • 2005 até o presente, na Petrobras: • Safety Cases do Modal Aéreo e requisitos de Safety Case para operadores aéreos contratados
  • 11. RISCO “Efeito da incerteza nos objetivos” ABNT NBR ISO 31000 - Gestão de Riscos, Princípios e Diretrizes
  • 12. ALARP “As Low As Reasonably Practicable" É UM NÍVEL DE RISCO “Tão baixo quanto razoavelmente praticável"
  • 13. “Grau no qual um conjunto de características inerentes satisfaz a requisitos” ABNT ISO 9000:2005 Sistemas de Gestão da Qualidade - Fundamentos e Vocabulário 30% 70% Atendidos Não atendidos Qualidade Variação QUALIDADE
  • 14. “Estado de um sistema no qual requisitos para controle do risco são satisfeitos por meio da gestão da qualidade, de modo a prover confiança de que o nível de risco residual é ALARP”. "Orientação para Operadores Aéreos: SGSA" (Petrobras) SEGURANÇA
  • 15. Segurança: “Como o queijo sempre terá furos, precisamos de mais fatias para nossa proteção Qualidade: “Os furos são não conformidades, quando eliminarmos a causa-raiz, estaremos protegidos” Reason’s Swiss Cheese Model Diferentes mentalidades
  • 16. Menos qualidade, mais risco Nível de risco ALARP Controles do risco
  • 17. Menos qualidade, mais risco Nível de risco ALARP Controles do risco
  • 18. Menos qualidade, mais risco Nível de risco ALARP Controles do risco
  • 19. Menos qualidade, mais risco Nível de risco ALARP Controles do risco
  • 20. Qual a diferença entre: • Apagar incêndios • Gestão • Sistema de Gestão • Abordagem sistêmica da gestão do risco e da qualidade
  • 21. Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Pessoas trabalhando duro para fazer o possível diante da falta de coordenação, direção e controle Apagando incêndios Objetivos? Ha ha, que piada!
  • 23. Trabalho Trabalho Objetivos Sistema de gestão Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho TrabalhoTrabalho Trabalho Uma rede de atividades interdependentes e coordenadas para dirigir e controlar uma organização para realizar os seus objetivos
  • 24. TrabalhoTrabalho Objetivos Incerteza Requisitos Proteção contra a variação Quaisquer outros requisitos, que também competem por recursos Proteção contra os efeitos da incerteza Abordagem sistêmica da gestão do risco e da qualidade Sucesso sustentado Gestão do Risco Gestão da Qualidade Conformidade Confiança Melhoria Controle da qualidade Garantia da qualidade
  • 25. Fontes de identificação de perigos • Internas • Externas • Análise de processos críticos • Modelos formais (Bowtie, árvore de falha, BARS, "7/7=1",etc.)
  • 26. A Gestão da Segurança • Tipicamente a gestão da segurança tem foco em eventos mais frequentes e menos graves • Eventos catastróficos requerem uma abordagem especial
  • 27. Perigo(Hazard) Ameaça(Threat) Controles Escalação Controles Mitigação Consequências Controles Escalação Recuperação Evento inseguro (Top event) Tigre na jaula Porta destravada, barras corroídas Travas duplas e luzes de alarme Travas e alarmes inoperantes Manutenção preventiva Atirar no tigre ou aprisioná-lo Tigre escapa do tiro e do tratador Tratadores competentes Tigre fere gravemente o tratador Plano de resposta a emergência Bowtie Tigre escapa da jaula
  • 28. SAFETY RISK MITIGATION WORKSHEET ICAO Safety Management Manual V3 Appendix 2 Chapter 2 (2013) Preventive control Escalation factor Escalation control Unsafe event Recovery measure Ultimate consequence
  • 29. Registro de perigos e controles
  • 30. Gerir Riscos Gerir riscos Analisar riscos Implantar controles Especificar controles do risco Priorizar controles Identificar fontes de risco Validar risco residual
  • 31. Gerir Safety Case Gerir Safety Case Documentar Safety Case Verificar conformidade dos controles Identificar processos Gerir riscos Validar efeitos dos controles Identificar atividades Identificar tarefas Gerir plano de ação Validar Safety Case Melhorar Safety Case Descrever escopo de operações
  • 32. Requisitos da Petrobras • Todos os perigos no escopo contratado de operações, identificáveis por meio de fontes internas (RELPREV, auditorias internas, etc.), análise de processos críticos, fontes externas (relatórios de investigação, estatísticas da indústria) e modelos formais (modelos matemáticos, diagramas Bow-tie), deverão ter sido registrados metodicamente e de forma acessível em um documento de Safety Case.
  • 33. Requisitos da Petrobras • O Safety Case deverá relacionar os controles por meio dos quais todos os perigos registrados têm seus riscos reduzidos até um nível ALARP • Para cada controle do risco no Safety Case deverão ter sido registradas, com rastreabilidade, as evidências e referências necessárias para a sua verificação e validação.
  • 34. Requisitos da Petrobras • O operador deverá prover confiança de que todos os controles do risco relacionados no Safety Case são eficazes, por meio de um programa formal de auditorias, com periodicidade mínima anual, e de ações corretivas bem planejadas, executadas com presteza e controladas.
  • 35. Requisitos da Petrobras • A investigação de eventos adversos, não limitada pelas classificações de ocorrências aeronáuticas da regulamentação nacional, deverá: (1) ter profundidade e alocação de recursos proporcionais ao nível de risco das ameaças identificadas; (2) ser realizada com competência técnica suficiente para distinguir falhas na gestão do risco de falhas na gestão da qualidade; (3) considerar a totalidade dos esforços de prevenção já empreendidos pela organização para causas ou fatores contribuintes semelhantes; e (4) resultar em melhorias sistêmicas que transcendam a mera correção dos problemas identificados.
  • 36. Para anotar e guardar: "Se todos os controles do risco necessários para garantir a segurança de uma operação fossem como peças de um motor, o Safety Case seria como o catálogo de partes, o programa de manutenção e os registros de manutenção desse motor"
  • 38. Contato • Fernando Moraes Ribeiro • fmoraes.bma@petrobras.com.br • http://br.linkedin.com/in/fermrib/