O relatório anual é uma avaliação do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC sobre as práticas de gestão da inovação nas empresas associadas ao Centro de Referência em Inovação de São Paulo.
2. INTRODUÇÃO
Sobre o Relatório
O relatório anual é uma avaliação do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo
da FDC sobre as práticas de gestão da inovação nas empresas associadas ao
Centro de Referência em Inovação de São Paulo.
Empresas Associadas
Sua Relevância
O presente estudo é importante, pois compreende as práticas de inovação por
empresas relevantes no contexto econômico brasileiro, sendo um ótimo guia
para as demais empresas que atuam em território nacional e que objetivem
alcançar novas metodologias de gestão da inovação.
3. METODOLOGIA
Elaboração
O Relatório atual foi realizado através de pesquisas qualitativas, ao longo de
2013 e 2014, envolvendo líderes em cargo de gerência e diretoria nas
empresas participantes.
Processo de Análise
A pesquisa foi conduzida através das reuniões do Centro de Referência em
Inovação Nacional (CRI Nacional) e visitas as empresas associadas. Através
destas reuniões, análises das estratégias de inovação, de projetos de inovação,
indicadores de resultado e equipe foram contemplados.
A técnica sugerida pela FDC para a elaboração das análises foi o mapa de
contexto, em que as estratégias empresariais são avaliadas, juntamente aos
projetos de inovação. A proposta do mapa de contexto consiste em explorar as
relações processuais das unidades de negócio, possíveis gargalos e
desdobramentos em melhorias de gestão.
4. Como avaliamos a inovação com as empresas?
Usualmente, a inovação é interpretada como Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D), desenvolvimento de produto, cooperação universidade-empresa e/ou
aspectos tecnológicos.
No entanto, diversas organizações apresentam inúmeros desafios para inovar,
entre eles:
• Alinhamento com a estratégia corporativa;
• Alinhamento de processos com outras unidades de negócio;
• Adoção de indicadores de desempenho;
• Elaboração de projetos;
• Busca por aumento das receitas por novos produtos, processos e serviços;
• Desenvolvimento de lideranças.
Para tanto, utilizou-se do método de resolução de problema, em que as
empresas associadas foram estimuladas a identificar prioridades, metas, causas
potenciais para a inovação e na elaboração de planos de ação.
Foi proposto um pensamento de fronteira para a inovação, em que a gestão seja
um diferencial competitivo, somando a questões associadas à incentivos fiscais
e políticas de fomento governamentais.
METODOLOGIA
5. Perfil das Empresas
As empresas estudadas possuem mais de 1000 colaboradores, com perfil
industrial e de serviços. A maior parte das empresas é multinacional,
concentrando a gestão corporativa na região sudeste.
Setores de Atuação
Mineração
Serviços
Automobilístico
Governamental
Telecomunicações
Tecnologia da Informação
Alimentício
PERFIL
DAS
EMPRESAS
Óleo e Gás
Aeroespacial
Químico
6. VISÃO
SOBRE
A
GESTÃO
DA
INOVAÇÃO
Inovação
Estratégica
Projetos de
Inovação
GESTÃO DA INOVAÇÃO
Indicadores de
Resultado
Sincronismo
Gestão
1 2 3 4 5 6
(Diagnósticos) Capturando Oportunidades
Benefícios
Fiscais
Geração de
Valor ao
Negócio
7. 1 2 3
1. Qual a estratégia empresarial, desdobrada nas perspectivas financeira,
pessoas, processos e mercado?
2. Qual a estratégia de inovação? Quais são os indicadores de resultado?
3. Como promover a inovação em toda a organização: unidade de negócio
ou líderes empresariais?
4. Quais são os projetos de inovação e plano de ação para o efetivo
resultado?
(Diagnóstico)
FOCO
GIT REPORT 1 | STUDY OBJECTIVES AND WORKING MODULESPROBLEMAS
Inovação
Estratégica
Projetos de
Inovação
Sincronismo
Gestão
GESTÃO DA INOVAÇÃO
Ø Análises da estratégia empresrial
Ø Análises da estratégia de
inovação
Ø Sincronismo de processos para a
inovação
Ø Inovação: processo ou unidade
de negócio
Ø Projetos e liderança
METODOLOGIAS
8. GESTÃO DA INOVAÇÃO
Indicadores de
Resultado
4 5 6
4. Como promover a excelência operacional e
resultados de curto prazo?
5. C o m o s e a n t e c i p a r e / o u r e a g i r a o
desenvolvimento de novas tecnologias e
inovações de ruptura?
6. Como gerar maior valor agregado no
relacionamento perante aos clientes e ao
mercado?
Capturando Oportunidades
FOCO
Geração de
Valor ao
Negócio
Benefícios
Fiscais
METODOLOGIAS
Visão
Gestão
Estratégia
Empresarial
Visão
Inovação
Como
alinhar
a
estratégia
de
inovação,
processos
e
pessoas
para
o
resultado?
Como
obter
bene;cios
fiscais?
PROBLEMAS
9. Observações Principais
Estratégias Empresariais
Apesar da melhor percepção das empresas para o tema inovação, há uma
grande necessidade para institucionalir a estratégia de inovação, dado a
centralização de recursos e processos para as práticas de P&D.
A percepção das estratégias corporativas para o ano de 2014 é para um
direcionamento de resultados financeiros. Neste caso, o ambiente para a
inovação seria desafiador, dada a redução de recursos e maior exigência para
resultados.
Um dos desafios impostos para as equipes de inovação é a melhoria dos
processos internos e alocação de pessoal, dado ambiente para melhores
resultados financeiros empresariais.
As empresas que vem adotando a inovação como uma opção estratégica, vem
direcionando os seus esforços para temas como produtividade, gestão de
processos, indicadores de resultado e inovação tecnológica para redução de
custos.
RESULTADOS
10. Observações Principais
Estratégias de Inovação
Em muitas empresas, a estratégia de inovação ainda está associada aos
processos de P&D. No entanto, percebe-se o desenvolvimento de uma nova
visão pautada em gestão de processos de inovação, com o envolvimento de
outras unidades de negócio.
Os processos de inovação normalmente vem contemplando a execução de
tarefas entre equipes de engenharia, desenvolvimento de produtos, financeiro,
comercial e financeiro. Em todos os casos observados, as metas de
desenvolvimento de novas soluções de negócio vem da estratégia corporativa.
Um dos temas de fronteira das empresas é a produtividade, estando associado
ao aumento de receita, redução de custos, adequação da força de trabalho e na
melhoria dos processos em toda a cadeia de valor.
Dadas as observações acima, um dos grandes desafios apresentados é a
formação de gente com o perfil adequado para o novo modelo de gestão da
inovação. Há a necessidade de gente focada em ciência e tecnologia, mas com
visão empreendedora e de gestão.
RESULTADOS
11. Observações Principais
Sincronismo de Processos
Um dos maiores desafios apresentados é a busca pelo sincronismo de processos
entre as unidades de negócio. Em muitos casos, percebe-se a busca pelo
resultado comercial, dado as incertezas para o ano de 2014. No entanto, o
estimulo ao processo de vendas, poderia resultar em operações mais caras e
recursos menores para as práticas de P&D.
O Isolamento das equipes de P&D é um grande desafio, tanto na gestão de
processos, na questão da adoção de indicadores ou para a cultura destas
equipes.
As análises para a redução dos gargalos de processos, o que poderia reduzir a
redução no tempo de desenvolvimento de novos produtos ou tecnologias é
apontando como um grande desafio.
RESULTADOS
12. Observações Principais
Definição de Projetos de Inovação
A definição de projetos para a inovação está associada aos seguintes temas:
1. Aproximação das unidades de P&D, junto ao desenvolvimento de produto,
engenharia, operações, finanças e comercial.
2. Desenvolver uma análise sistêmica de inovação, com foco em modelos de
negócio e cadeia de valor.
3. Busca por benchmarking e aumento do processo de aprendizagem.
4. Formação de equipes de inovação e uma nova cultura para liderança.
5. Desenvolvimento de aspectos de criatividade nas equipes e ambientes
favoráveis para práticas de inovação.
6. Aproximação com fundos de investimentos para financiamento de novos
produtos.
7. Novas práticas de gestão do conhecimento e repositório de ideias.
8. Inovação e práticas sustentáveis.
RESULTADOS
13. Observações Principais
Indicadores de Resultado
A definição dos indicadores de inovação envolve as seguintes análises:
1. Número de novos negócios gerados, quando a análise é o contexto
estratégico da inovação.
2. Aumento da margem de contribuição, quando o foco é a inovação de
produto.
3. Aumento do nível de serviço, quando o foco é a inovação de processos.
4. Redes de inovação, avaliando a interação com fornecedores, clientes e
universidades.
5. Gestão do conhecimento e inteligência competitiva, buscando constante
processo de benchmarking.
6. Melhoria da qualidade de produtos.
7. Gastos com P&D e desenvolvimento de novos produtos junto as equipes
operacional e comercial.
8. Registro de patentes.
RESULTADOS
14. Observações Principais
Cultura Organizacional e Lideranças
A agenda das equipes de inovação é uma consequência das estratégias
empresariais e condições do mercado. Para 2014, percebe-se um aumento da
incerteza de mercado e maiores dificuldades para a gestão do fluxo de caixa.
Um adas áreas afetadas é a inovação, com redução de recursos.
Dado o cenário econômico, percebe-se o aumento da demanda pela formação
de equipes de alto desempenho para a gestão da inovação, contemplando
aspectos relacionados ao empreendedorismo e proatividade.
A cultura das equipes de inovação, outrora voltada para P&D e uma visão
endógena, vem sendo trabalhada para um modelo para mercado, através do
desenvolvimento de produtos para os clientes.
A nova cultura de gestão da inovação favorece o desempenho em alto nível, isto
é, com a adoção de indicadores de resultado e retorno sobre o investimento.
RESULTADOS
15. Observações Principais
Benefícios Fiscais e Universidades
A obtenção de benefícios fiscais ainda é um grande desafio, dado o processo
burocrático e em muitos casos, desconhecimento dos fundos setoriais para a
inovação.
Apesar do nome “benefício fiscal” para a inovação, em muitos casos sugere-se
que os recursos destinados para o desenvolvimento de novas produtos ou
tecnologias vem sendo empregado para redução de custos operacionais.
O Estímulo para um ambiente favorável para as práticas de inovação é melhor
percebido, do que a própria utilização dos benefícios fiscais. O “ambiente
favorável” consiste em cenário econômico favorável, maior proximidade com
universidades e gente qualificada (destacando maior formação de engenheiros,
dado o perfil tecnológico).
RESULTADOS
16. Observações Principais
Competências para o Profissional da Inovação
1. Visão da estratégia e da arquitetura organizacional.
2. Compreender os aspectos relacionados ao planejamento de longo prazo.
3. Liderança e criatividade em ambientes de equipes de alta performance.
4. Estar em constante envolvimento com outras empresas ou pesquisas,
buscando novas tendências e networking.
5. Formação de alto nível, destacando o profissional de engenharia e suas
competências técnicas para as práticas de P&D.
6. Compreender os aspectos relacionados a produtividade, isto é, gestão de
processos, custos e qualidade da mão de obra alocada, ambas no curto
prazo.
7. Adotar análises financeiras em seu processo decisório, dadas as constantes
pressões por resultados.
8. Compreender em profundidade os aspectos da legislação brasileira quanto a
benefícios fiscais e inovação.
9. Adotar técnicas de gestão de projetos.
10. Adotar indicadores de resultado para os projetos em desenvolvimento.
11. Saber trabalhar em equipes multidisciplinares.
12. Conhecer as práticas de gestão do conhecimento, estimulando a
disseminação da informação e seus resultados.
RESULTADOS
17. ONDE
ESTAMOS?
Inovação
Estratégica
Projetos de
Inovação
GESTÃO DA INOVAÇÃO
Indicadores de
Resultado
Sincronismo
Gestão
1 2 3 4 5 6
(Diagnósticos) Capturando Oportunidades
Benefícios
Fiscais
Geração de
Valor ao
Negócio
1. Definição da estratégia de inovação, para toda a organização.
2. Formar líderes e não unidades de negócio para a inovação.
3. Propiciar uma visão de gestão de negócios para a inovação,
contemplando toda a cadeia de valor empresarial.
4. Flexibilidade estratégica e operacional para a gestão da inovação, dado
tempos de incerteza.
5. Estabeler uma política clara para a inovação, com metas, indicadores e
o comprometimento de pessoal.
DESAFIOS
18. Proposições
Dado o cenário, um dos aspectos centrais percebidos é a contribuição das
lideranças empresariais para a formação de uma nova cultura de gestão da
inovação.
O entendimento do tema “liderança” está associado ao comportamento dos
diretores e gerentes, tanto na formulação das estratégias, quando da sua
execução e transmissão de ideias para as equipes técnicas.
O foco no desenvolvimento de equipes é um aspecto essencial para uma nova
postura empresarial, ainda mais, quando a inovação em modelo de negócios
vem ganhando cada dia mais espaço nas agendas dos executivos.
A percepção para o desenvolvimento de lideranças para a gestão da inovação
advém do isolamento das áreas de P&D e da busca por um modelo mais
processual para a inovação, sendo um dos principais desafios para o estágio
atual das empresas.
CONCLUSÕES
19. Benchmarking
para Melhores
Práticas
Proposta para
Projetos de
Inovação
Indicadores de
Resultado
Diagnóstico
da Estrutura
de Gestão
Atual
Avaliar a Gestão de
Processos e o
Sincronismo
Organizacional
Proposta para
Comitê Gestor de
Inovação
Projeto Piloto
para Validar
Ações de Curto
de Longo Prazo
Implementação
Modelo
Inovação
Compreender a
Opção Estratégica
COMO
INOVAR
MAIS?
Cada empresa possui as suas particularidades. No entanto, sugere-se um
modelo que possa atender as necessidades para o desenvolvimento de um
processo de inovação. Abaixo, propõe-se o modelo:
20. SOBRE
O
NÚCLEO
DE
INOVAÇÃO
E
EMPREENDERISMO
DA
FDC
O Núcleo de Inovação e Empreenderismo da FDC apresenta uma série de
atividades técnicas e relacionadas a geração do conhecimento, sempre
trabalhando junto as empresas, governo e universidades.
Maiores informações sobre as nossas práticas de inovação e como poderíamos
ser úteis para a sua organização, acesse os links abaixo:
Site: www.fdc.org.br/inovacao
Contato: hugo.tadeu@fdc.org.br
Referências
TIDD,
Joseph;
BESSANT,
J.
R.;
PAVITT,
Keith.
Gestão
da
inovação.
3.
ed.
Porto
Alegre:
Bookman,
2008.
600
p.
TIGRE,
Paulo
Bastos.
Gestão
da
inovação:
a
economia
da
tecnologia
no
Brasil.
Rio
de
Janeiro:
Elsevier,
2006.
282
p.