O documento descreve os principais tipos de ecossistemas terrestres e aquáticos, comparando ambientes naturais e artificiais. Detalha as características de ecossistemas marinhos, de água doce, terrestres e áreas úmidas, incluindo fatores que influenciam a vida em cada um. Também apresenta os conceitos e objetivos da agroecologia.
4. Ambiente terrestre: os tipos de ecossistemas podem
ser identificados e classificados como regiões bióticas
ou biomas com base na vegetação madura dominante.
Ambiente aquático: os tipos são mais facilmente
identificados pelos atributos físicos.
6. Oceanos (aprox. 70% da superfície do planeta).
Os fatores físicos dominam a vida nos oceanos.
O estado das comunidades biológicas é determinado:
Ondas, marés, correntes, salinidade, temperatura,
pressão e intensidade da luz.
As comunidades têm influência considerável na
composição dos sedimentos e gases das profundezas,
em solução e na atmosfera.
A cadeia alimentar (oceanos) começa com o menor
autótrofo conhecido e termina com os maiores dos
animais.
7. Plataforma continental: próximo do litoral, onde as
condições de nutrientes são favoráveis.
Grande variedade de vida (mais que florestas tropicais
úmidas);
Bentos: epifauna (organismos que vivem na superfície,
presos ou que se movem livremente) e infauna
(escavam o substrato ou constroem tubos ou tocas);
Acessibilidade e riqueza de vida -> litorais são a parte
mais estudada;
Os organismos precisam se adaptar: nível de energia
física das ondas que quebram, a arrebentação e as marés
(baixa energia – mais diversificação de espécies)
8. Plataforma continental
Apresenta regiões de ressurgência de água (pesca
comerciais – salmão, bacalhau, sardinha);
Onde os ventos movem consistentemente a água da
superfície para longe dos declives dos precipícios
costeiros, trazendo para a superfície água fria e rica em
nutrientes que estavam acumulados nas profundezas.
Cria o mais produtivo de todos os ecossistemas. (riqueza
de organismos)
Dá suporte a grandes populações de pássaros marinhos
(fósforo - no solo de litorais costeiros)
9.
10. Fontes Hidrotermais:
Deriva continental – cordilheiras mesoceânicas
(placas tectônicas espalhadas criam saídas, fontes de água
sulfurosas quentes e infiltrações).
Sustentam comunidades únicas geotermicamente ativas.
Teia alimentar se inicia com bactérias qumiossintetizantes
– animais que se alimentam por filtração – predadores
(peixes, caranguejos).
11. Estuários e Litorais:
Entre os oceanos e os continentes existe uma faixa de
ecossistemas diversos – transição – características ecológicas
próprias.
Fatores variáveis perto da praia; físicos, salinidade e temperatura.
Estuário: corpo semifechado de água (foz de rio ou baía
costeira) onde a salinidade é intermediária entre água salgada e
doce, e a ação da maré é um regulador físico importante e um
subsídio de energia.
Sistemas mais férteis do mundo.
Alta taxa de produtividade bruta. Produtividade primária líquida
muito alta.
Organismos desenvolveram muitas adaptações aos ciclos de
marés (caraguejo).
12. Manguezais e Recifes de Coral
Ecótonos terra-mar tropicais e subtropicais.
Mangues: plantas lenhosas que toleram a salinidade do
mar aberto (raízes aéreas extensas – lama anaérobica;
madeira dura e comercialmente valiosa)
Recifes de coral: distribuídos de maneira ampla em
águas quentes e rasas.
Comunidades bióticas mais produtivas e diversificadas.
Pode m desenvolve-se em águas pobres em nutrientes
por causa do fluxo de água e de um grande investimento
em mutualismo. Superorganismo planta-animal.
13. Recifes de coral:
Exemplo de como reter, usar e reciclar recursos de forma
eficiente.
Não é nem resistente nem se recupera fácil das
perturbações (poluição, aumento de temperatura da
água).
Branqueamento (alga verde simbiótica deixa o animal
coral)
14. Três grupos:
Lênticos (águas paradas)
Lóticos (água corrente)
Terras úmidas (sazonal e anualmente: brejos e pântanos)
Ocupam uma pequena parte da superfície da terra
(marinhos e terrestres), porém com importância maior
(fonte de água doce, ciclo hidrológico).
A variação de temperatura é menor e as mudanças na
temperatura ocorre mais lentamente na água do que no
ar.
15. Ecossistemas Lênticos:
Lagos e lagoas (variação de duração – semanas, meses,
sazonais, temporárias).
Diversidade de espécies é baixa.
Zona litoral: vegetação enraizada ao longo da praia;
Zona limnética: águas abertas dominadas pelo plâncton;
Zona profunda: contendo somente heterótrofos;
Zona bentônica: dominada por organismos de habitat
profundo.
16. Ecossistemas Lênticos:
Regiões temperadas – zonação e estratificação (fótica e
eufótica )
A produção primária depende da natureza química da
bacia e da natureza das importações de correntes de
terra.
Classificação lagos – base da produtividade:
Oligotróficos: baixo nível de nutrientes
Eutróficos: altos níveis de nutrientes
17. Ecossistemas Lóticos (Córregos e Rios):
A corrente é um fator controlador em córregos;
A troca terra-água é relativamente mais extensa;
A tensão do oxigênio costuma ser alta e mais uniforme
em córregos, e há pouca estratificação térmica ou
química ;
18. Ecossistemas Lóticos (Córregos e Rios):
Conceito de Rio Contínuo: Zona de corredeira fornece
um substrato firme (organismos especializados que se
fixa e se agarram no substrato); Zona de poças são águas
mais fundas com corrente reduzida onde a areia e a lama
podem assentar (fundo macio – animais de tocas e
nadadores).
19. Áreas úmidas de água doce:
Área coberta por água doce rasa por, pelo menos, parte
do ciclo anual.
São saturados com água durante todo o ano ou durante
parte dele.
Hidroperíodo (periodicidade das flutuações do nível da
água): determina a produtividade e a composição das
espécies da comunidade da área úmida.
20. Brejos de maré de água doce:
Em planícies litorais baixas, as marés se estendem para
dentro em grandes rios.
Vegetação carnosa, com pouca fibra.
Produção primária em marismas culmina em animais
aquáticos (peixes, moluscos).
Os animais tendem a ser anfíbios semi-aquáticos
(jacarés), aves (patos, garças) e mamíferos.
21.
22.
23. Altas latitudes (especialmente hemisfério norte).
Caracteriza-se por um tapete de musgo e liquens
espalhados junto a ervas de floração e arbustos
baixos.
24. Durante o verão, ao redor de 10 a 15 cm da terra se
descongela. O solo, abaixo dessa profundidade
permanece gelado e se denomina permafrost.
O sol permanece no céu por aproximadamente 24
horas cada dia (verão).
Grandes quantidades de produtos da fotossíntese são
produzidos e armazenados nesta estação.
Os musgos são a base da cadeia alimentar; maioria dos
animais (aves insetívoras, lebres, caribus, lobos, raposas)
25.
26. Latitudes altas (especialmente hemisfério norte), abaixo da tundra.
Inverno muito frio, verão curto, porém mais longo que na tundra.
Floresta onde mais se explora a madeira.
27. Clima subártico com ventos fortes e gelados.
Precipitação anual 40 a 100 mm.
Temperatura oscila entre 21º a -54º.
Solo pobre,em nutrientes e cobre-se de folhas.
Vegetação: coníferas,abetos e pinheiros.
Vegetação adaptadas. Folhas aciculares e cobertas por uma
película cerosa, forma cônica, folhas perenes.
28. Encontrado nas regiões situadas entre os pólos e os trópicos.
Características das zonas temperadas úmidas e abrange o oeste e
centro da Europa, leste da Ásia.
As temperaturas médias anuais são moderadas.
29. As quatro estações do ano
encontram-se bem definidas.
Solo muito rico em nutrientes
devido, sobretudo, a decomposição
das folhas que vai enriquecendo o
solo em nutrientes.
A vegetação é variada, desde as
coníferas e árvores com folhas largas
caducas.
Maioria das árvores caducifólias
(tons vermelhos e amarelos no
outono)
30. Terra rica em húmus.
Precipitação 75 a 100mm ano.
Vegetação formam estratos.
Sub-bosque. Diversificado (arbusto, pequenas árvores,
samambaias, musgos, ervas e brotos).
31. Climas úmidos e quentes, com estações chuvosas longas.
Vegetação perenifólia, complexa, com grande estratificação.
Recobre 7% da superfície da terrestre.
32. Temperaturas médias entre 24º e 30ºC.
Precipitação anual: 2250 mm ou mais.
Algumas características fitofisionômicas: folhas
mesófilas, grandes trepadeiras lenhosas, troncos
geralmente cilíndricos que podem atingir mais de 30
metros de altura por 4,5 m de diâmetro e a presença de
epífitas heliófilas e ombrófilas são freqüentes. Briófitas
são raras.
Folhas latifoliadas (latim latus = largo folia = folhas).
Grande biodiversidade vegetal e animal. Em torno de 60%
de todas as espécies do planeta se encontram neste
ecossistema.
33. Na Floresta amazônica, em dez mil metros quadrados
encontramos cerca de 100 espécies de árvores além de
epífitas e cipós.
Decomposição rápida.
34. Latim desertus, cujo significado é "abandonar".
É uma forma de paisagem ou região que recebe pouca
precipitação pluviométrica.
35. O solo do deserto é principalmente composto de areia, e
dunas podem estar presentes.
Vegetação escassa.
Pouca umidade e chuva.
Grande variação diária da temperatura.
Solo pobre a moderadamente fértil.
Predominam os cactos e alguns arbustos.
36. Adaptação da flora e da fauna:
Plantas com folhas modificadas em espinhos.
Caule clorofilado com armazenamento de água.
Produção de urina concentrada e de fezes
relativamente seca.
Escassez ou ausência de glândulas sudoríparas.
Capacidade de utilização da água metabólica.
Plantas xerófilas.
37.
38. Campos é denominação genérica se dá às formações
fitogeográficas onde predominam plantas herbáceas.
39. Podem ser classificados em estepes e savanas.
Estepe são encontradas em regiões cujo clima apresenta
períodos de seca, vegetação predominantemente
formada por gramíneas.
Incluem-se na categoria de estepes as pradarias
(América do Norte) e os pampas( América do Sul )
40. Região plana
Vegetação predominante são as gramíneas, árvores esparsas
e arbustos isolados ou em pequenos grupos. Escassez -
Água (semi-áridas)
41. Temperatura: duas estações - uma quente e seca e outra
chuvosa.
Raízes profundas e ramificas.
Maiorias da árvores são caducifólias.
Solo pobre e compactado.
Fauna: biodiversidade de mamíferos maior.
45. A agroecologia transcende a ecologia agrícola, tratando de
incorporar em seu arcabouço de conhecimentos outras
dimensões que integram a dinâmica do agroecossistema.
O agroecossistema possui ademais da dimensão material
ou realista, uma dimensão cultural ou construtivista.
Por isso, a agroecologia se preocupa com a dimensão
econômica, social e política do agroecossistema,
defendendo a necessidade de harmonia destas com a
dimensão ambiental.
46. Em síntese, a agroecologia pretende:
Eliminar a dependência de fontes de energia não-
renováveis;
Gerar tecnologias a partir de processos cognitivos que
dialogam com a realidade histórica dos agricultores,
gerando autonomia;
Ser sustentável em termos energéticos e materiais;
Estimular os processos adaptativos e co-evolutivo
desenvolvidos pela agricultura tradicional;
Diversificar práticas, produtos e processos, sendo um
estímulo para as individualidades (identidade,
localidade, cultura) dos povos.