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TRATAMENTO DE EFLUENTES
LÍQUIDOS INDUSTRIAIS
Aula 7 – Sistema de lagoas anaeróbias seguidas
por lagoas facultativas
Introdução
As lagoas anaeróbias constituem-se uma alternativa
de tratamento, onde a existência de condições
estritamente anaeróbias é essencial. Tal é
alcançado através do lançamento de uma grande
carga de DBO por unidade de volume da lagoa,
fazendo com que a taxa de consumo de oxigênio
seja várias vezes superior à taxa de produção. No
balanço de oxigênio, a produção pela fotossíntese
e pela reaeração atmosféricas neste caso,
desprezíveis.
Introdução
As lagoas anaeróbias têm sido utilizadas no tratamento
de esgotos domésticos e despejos industriais
predominantemente orgânicos, com altos teores de
DBO, como matadouros, laticínios, bebidas, etc.
A conversão da matéria orgânica em condições
anaeróbias é lenta, pelo fato das bactérias anaeróbias
se reproduzirem numa vagarosa taxa. A temperatura
do meio tem grande influência nas taxas de
reprodução da biomassa e conversão do substrato, o
que faz com que as regiões de clima quente se tornem
propício a este tipo de lagoas.
Introdução
As lagoas anaeróbias são usualmente profundas, da
ordem de 3m a 5m.
A eficiência de remoção da DBO nas lagoas
anaeróbias é usualmente da ordem de 50% a
70%. A DBO efluente é ainda elevada, implicando
na necessidade de uma unidade posterior de
tratamento.
A remoção da DBO na lagoa anaeróbia proporciona
uma substancial economia de área para lagoa
facultativa.
Lagoa Anaeróbia – Lagoa Facultativa
Sistema Australiano

Grade

Fase
Sólida

Cx de
areia

Fase
Sólida

Medição
de vazão

Lagoa Anaeróbia

Lagoa Facultativa
Descrição do Processo
De forma simplificada, a conversão anaeróbia se
desenvolve em duas etapas:




Liquefação e formação de ácidos (através das
bactérias acidogênicas); e

Formação de metano (através das bactérias
metanogênicas).
Descrição do Processo
Primeira fase
Não há remoção de DBO, apenas a conversão da
matéria orgânica a outras formas (moléculas mais
simples e depois ácidos)
 Segunda fase
A DBO é removida, com matéria orgânica (ácidos
produzidos na primeira etapa) sendo convertida a
metano, gás carbônico e água.

Descrição do Processo
Bactérias metanogênicas são bastante sensíveis às
condições ambientais, caso sua taxa de reprodução
reduza, haverá o acúmulo dos ácidos formandos na
primeira etapa, com as seguintes conseqüências:




Interrupção da remoção da DBO;

Geração de maus
extremamente fétidos.

odores,

os

ácidos

são

É fundamental o equilíbrio entre as duas comunidades
de bactérias.
Descrição do Processo
Condições para o desenvolvimento das bactérias
metanogênicas:





Ausências de oxigênio dissolvido;
Temperatura do líquido adequada (acima de
15°C);
pH adequado (próximo ou superior a 7)
Descrição do Processo
A crosta cinzenta escura de escuma, típica de
lagoas anaeróbias extremamente benéfica ,
pois:
 Interpõe à penetração
de luz solar na lagoa,
impedindo
assim
o
desenvolvimento de algas,
que produzem oxigênio na
camada superior;
Descrição do Processo








Protege a lagoa contra curto – circuitos, agitação
provocada pelos ventos, e transferência d oxigênio da
atmosfera;
Conserva e uniformiza a temperatura no meio líquido,
impedindo a sua alteração por súbita modificação no
meio externo;
Impede o maior aquecimento da superfície líquida
durante o dia, e o rápido esfriamento durante a noite.
impede o desprendimento de gás sulfídrico para a
atmosfera;
Características gerais






Lagoas são profundas, de 4 a 5 metros, para
reduzir a possibilidade de penetração do oxigênio
produzido na superfície (pela fotossíntese e pela
reaeração atmosférica) para as demais camadas.
O tempo de detenção hidráulica (t) se situa na
faixa de 3 a 6 dias; e
Taxa de aplicação volumétrica (Lv) comumente
adotada e 0,1 a 0,3 kg DBO/m3.d.
Configuração de Lagoas Anaeróbias
Classificação das lagoas anaeróbias em dois
modelos hidráulicos básicos :

Lagoa anaeróbia convencional;
Lagoa anaeróbia de alta taxa.
Configuração de Lagoas Anaeróbias
a) Convencional
Grade

Cx de
areia

Fase
Sólida

Medição
de vazão

Fase
Sólida

Lagoa Anaeróbia

Banco de lodos

Nas lagoas convencionais o escoamento do efluente
líquido ocorre de forma horizontal, definido pela
posição de entrada e saída.
Configuração de Lagoas Anaeróbias
As lagoas anaeróbias de alta taxa, apresentam fluxo hidráulico
ascendente junto a zona de entrada, a qual esta localizada
na parte inicial da lagoa, ao fundo de uma câmara profunda.
Apresentam menores tempos de retenção de sólidos, uma vez
que permitem um maior contato com a biomassa ativa e ao
sistema de alimentação.
Grade

Cx de
areia

Fase
Sólida

Fase
Sólida

b)Alta Taxa

Banco de lodos
Rotinas gerais de operação
• conferir, periodicamente, as condições estruturais da
lagoa, minimizando a possibilidade de ocorrência de
erosão dos taludes e de infiltração no solo,
observando-se a variação do nível da lâmina d’água;
• evitar os entupimentos nos dispositivos de entrada, para
garantir a distribuição uniforme do esgoto na lagoa;
• promover a retirada de materiais grosseiros que,
eventualmente, possam passar pelo tratamento
preliminar;
Rotinas gerais de operação
• conservar limpos os dispositivos de saída;
• conservar as margens da lagoa sem qualquer tipo
de vegetação, para evitar a proliferação de
insetos;
• fazer diariamente a leitura das vazões com
freqüência horária e anotar os valores no livro de
registro de operação.
Critérios de Projeto para as Lagoas
Anaeróbias
Os principais parâmetros de projeto das lagoas
anaeróbias são:


Tempo de detenção hidráulico;



Taxa de aplicação volumétrica;



Profundidade;



Geometria(relação comprimento/largura).
Critérios de Projeto para as Lagoas
Anaeróbias
Taxa de aplicação volumétrica (Lv)
Principal parâmetro de projeto das lagoa
anaeróbias, é função da temperatura. Locais mais
quentes permitem uma maior taxa (menor volume).
A consideração da carga volumétrica é importante,
pois certos despejos, como os industriais, podem
variar bastante a relação entre a vazão e a
concentração de BBO.

Critérios de Projeto para as Lagoas
Anaeróbias


Taxas de aplicação volumétrica admissíveis para
projeto de lagoas anaeróbias em função da
temperatura.

Temperatura média do
ar mais frio-T(°C)

Taxa de aplicação volumétrica
admissível-Lv (KgDBO/m3.d)

10 a 20

0,02T-0,10

20 a 25

0,01T-0,10

>25

0,35
Critérios de Projeto para as Lagoas
Anaeróbias


Volume útil determinado em função de:

V = L/Lv
L = carga de DBO total afluente (KgDBO/d)
Lv = Taxa de aplicação Volumétrica (kg DBO/m3.d)
V = volume requerido para a lagoa
Critérios de Projeto para as Lagoas
Anaeróbias
Para esgotos domésticos, o volume final a ser
adotado para a lagoa anaeróbia é um
compromisso entre os dois critérios (tempo de
detenção e taxa de volumétrica), devendo, tanto
quanto possível, satisfazer a ambos. Para efluentes
industriais, o critério definidor é o da taxa de
aplicação volumétrica.
Critérios de Projeto para as Lagoas
Anaeróbias
Tempo de detenção hidráulico (θh)
Deve ser suficiente para a sedimentação dos sólidos e
degradação anaeróbia da matéria orgânica
solúvel.


Nas lagoa anaeróbias convencionais tempos
inferiores a 3 dias, poderá ocorrera a saída das
bactérias metanogênicas com o efluente da lagoa
(fatores hidráulicos) seja superior a própria taxa
de reprodução, a qual é lenta (fatores biológicos).
Critérios de Projeto para as Lagoas
Anaeróbias
Tempo de detenção hidráulico(θh), expresso em dias
(Faixas admissíveis)

Temperatura da
lagoa (°C)
10-15

Tempo de
detenção (θh)
(dias)
4-5

Remoção de
provável de
DBO5 (%)
30-40

15-20
20-25
25-30

3-4
2,5-3
2-5

40-50
50-60
60-70
Critérios de Projeto para as Lagoas
Anaeróbias


Tempo de detenção hidráulico

θh= V/ Q

Q = Vazão média afluente (m3/d)
θh = Tempo de detenção hidráulica (d)
V = Volume requerido para a lagoa (m3)
Critérios de Projeto para as Lagoas
Anaeróbias


Profundidade

Projetar uma lagoa mais profunda, com 3,5 a 5,0
metros de profundidade.
Vantagens da lagoa mais profunda:
•

Menor área superficial;

•

Menor ação do meio externo sobre o meio líquido;

•

Volume adequada para acumulação de sólidos.
Critérios de Projeto para as Lagoas
Anaeróbias
Geometria (relação comprimento/largura)
As lagoas anaeróbias variam entre quadradas ou
levemente retangulares, com relação:


Comprimento/largura (L/B) =
na ordem de 1 a 3
Estimativa da concentração efluente
de DBO da Lagoa Anaeróbia
Uma vez estimada a eficiência de remoção (E),
calcula-se a concentração efluente pelas fórmulas:
E = (S0 – DBOefl) x 100/S0
DBOefl = S0 (1 – E/100)

Onde:

100  E xL0
L
100

S0= concentração de DBO total afluente (mg/L);
DBOefl= concentração de DBO total efluente(mg/L);
E= eficiência de remoção(%).
Dimensionamento das Lagoas
Facultativas após Lagoas Anaeróbias
As lagoas facultativas secundárias podem ser
dimensionadas segundo os critérios de taxa de
aplicação das lagoas facultativas. O tempo de
detenção resultante será agora menor, devido à
prévia remoção da DBO a lagoa anaeróbia.
Para o dimensionamento segundo a taxa de
aplicação superficial, tem-se que a concentração e
a carga de DBO afluentes à lagoa facultativa são
as mesmas efluentes da lagoa anaeróbia.
Dimensionamento das Lagoas
Facultativas após Lagoas Anaeróbias
A estimativa da concentração de DBO efluente da
lagoa facultativa pode ser efetuada segundo
metodologia das lagoas facultativas. O coeficiente
de remoção K será neste caso um pouco menor,
devido a matéria orgânica de estabilização mais
fácil ter sido removida na lagoa anaeróbia.

K = 0,25 a 0,32 d-1
(20°C, lagoas facultativas secundárias, modelo de mistura completa)
Lagoa Anaeróbia – Lagoa Facultativa
Acúmulo de Lodo nas lagoas
Anaeróbias
A taxa de acúmulo é da ordem de 0,03 a
0,10m3/hab.ano.
As lagoas anaeróbias devem ser limpas segundo uma
das seguintes estratégias :
 Quando
a
camada
de
lodo
atingir
aproximadamente 1/3 da altura útil.
 Remoção de um certo volume anualmente, em um
determinado mês, de forma a incluir a etapa de
limpeza de uma forma sistemática na estratégica
operacional da lagoa.
Bibliografia






Lagoas de estabilização, volume 3, Marcos Von
Sperling 2ª Edição Ampliada; 2ª 2006. Editora
UFMG (publicação do DESA)
Giordano,Gandhi.TRATAMENTO E CONTROLE DE
EFLUENTES INDUSTRIAIS. Universidade Estadual do
Rio de Janeiro
Fundação Estadual do Meio Ambiente . F981o
Orientações básicas para operação de estações de
tratamento de esgoto / Fundação Estadual do Meio
Ambiente. —- Belo Horizonte: FEAM, 2006.
Objetivo da aula
Ao final dessa aula, você deverá conhecer:
 O processo de funcionamento da Lagoa Anaeróbia;
 A importância do tratamento posterior a lagoa
anaeróbia;
 Dimensionamento
de uma Lagoa Anaeróbia
seguida de Lagoa Facultativa.

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  • 1. TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS INDUSTRIAIS Aula 7 – Sistema de lagoas anaeróbias seguidas por lagoas facultativas
  • 2. Introdução As lagoas anaeróbias constituem-se uma alternativa de tratamento, onde a existência de condições estritamente anaeróbias é essencial. Tal é alcançado através do lançamento de uma grande carga de DBO por unidade de volume da lagoa, fazendo com que a taxa de consumo de oxigênio seja várias vezes superior à taxa de produção. No balanço de oxigênio, a produção pela fotossíntese e pela reaeração atmosféricas neste caso, desprezíveis.
  • 3. Introdução As lagoas anaeróbias têm sido utilizadas no tratamento de esgotos domésticos e despejos industriais predominantemente orgânicos, com altos teores de DBO, como matadouros, laticínios, bebidas, etc. A conversão da matéria orgânica em condições anaeróbias é lenta, pelo fato das bactérias anaeróbias se reproduzirem numa vagarosa taxa. A temperatura do meio tem grande influência nas taxas de reprodução da biomassa e conversão do substrato, o que faz com que as regiões de clima quente se tornem propício a este tipo de lagoas.
  • 4. Introdução As lagoas anaeróbias são usualmente profundas, da ordem de 3m a 5m. A eficiência de remoção da DBO nas lagoas anaeróbias é usualmente da ordem de 50% a 70%. A DBO efluente é ainda elevada, implicando na necessidade de uma unidade posterior de tratamento. A remoção da DBO na lagoa anaeróbia proporciona uma substancial economia de área para lagoa facultativa.
  • 5. Lagoa Anaeróbia – Lagoa Facultativa Sistema Australiano Grade Fase Sólida Cx de areia Fase Sólida Medição de vazão Lagoa Anaeróbia Lagoa Facultativa
  • 6. Descrição do Processo De forma simplificada, a conversão anaeróbia se desenvolve em duas etapas:   Liquefação e formação de ácidos (através das bactérias acidogênicas); e Formação de metano (através das bactérias metanogênicas).
  • 7. Descrição do Processo Primeira fase Não há remoção de DBO, apenas a conversão da matéria orgânica a outras formas (moléculas mais simples e depois ácidos)  Segunda fase A DBO é removida, com matéria orgânica (ácidos produzidos na primeira etapa) sendo convertida a metano, gás carbônico e água. 
  • 8. Descrição do Processo Bactérias metanogênicas são bastante sensíveis às condições ambientais, caso sua taxa de reprodução reduza, haverá o acúmulo dos ácidos formandos na primeira etapa, com as seguintes conseqüências:   Interrupção da remoção da DBO; Geração de maus extremamente fétidos. odores, os ácidos são É fundamental o equilíbrio entre as duas comunidades de bactérias.
  • 9. Descrição do Processo Condições para o desenvolvimento das bactérias metanogênicas:    Ausências de oxigênio dissolvido; Temperatura do líquido adequada (acima de 15°C); pH adequado (próximo ou superior a 7)
  • 10. Descrição do Processo A crosta cinzenta escura de escuma, típica de lagoas anaeróbias extremamente benéfica , pois:  Interpõe à penetração de luz solar na lagoa, impedindo assim o desenvolvimento de algas, que produzem oxigênio na camada superior;
  • 11. Descrição do Processo     Protege a lagoa contra curto – circuitos, agitação provocada pelos ventos, e transferência d oxigênio da atmosfera; Conserva e uniformiza a temperatura no meio líquido, impedindo a sua alteração por súbita modificação no meio externo; Impede o maior aquecimento da superfície líquida durante o dia, e o rápido esfriamento durante a noite. impede o desprendimento de gás sulfídrico para a atmosfera;
  • 12. Características gerais    Lagoas são profundas, de 4 a 5 metros, para reduzir a possibilidade de penetração do oxigênio produzido na superfície (pela fotossíntese e pela reaeração atmosférica) para as demais camadas. O tempo de detenção hidráulica (t) se situa na faixa de 3 a 6 dias; e Taxa de aplicação volumétrica (Lv) comumente adotada e 0,1 a 0,3 kg DBO/m3.d.
  • 13. Configuração de Lagoas Anaeróbias Classificação das lagoas anaeróbias em dois modelos hidráulicos básicos : Lagoa anaeróbia convencional; Lagoa anaeróbia de alta taxa.
  • 14. Configuração de Lagoas Anaeróbias a) Convencional Grade Cx de areia Fase Sólida Medição de vazão Fase Sólida Lagoa Anaeróbia Banco de lodos Nas lagoas convencionais o escoamento do efluente líquido ocorre de forma horizontal, definido pela posição de entrada e saída.
  • 15. Configuração de Lagoas Anaeróbias As lagoas anaeróbias de alta taxa, apresentam fluxo hidráulico ascendente junto a zona de entrada, a qual esta localizada na parte inicial da lagoa, ao fundo de uma câmara profunda. Apresentam menores tempos de retenção de sólidos, uma vez que permitem um maior contato com a biomassa ativa e ao sistema de alimentação. Grade Cx de areia Fase Sólida Fase Sólida b)Alta Taxa Banco de lodos
  • 16. Rotinas gerais de operação • conferir, periodicamente, as condições estruturais da lagoa, minimizando a possibilidade de ocorrência de erosão dos taludes e de infiltração no solo, observando-se a variação do nível da lâmina d’água; • evitar os entupimentos nos dispositivos de entrada, para garantir a distribuição uniforme do esgoto na lagoa; • promover a retirada de materiais grosseiros que, eventualmente, possam passar pelo tratamento preliminar;
  • 17. Rotinas gerais de operação • conservar limpos os dispositivos de saída; • conservar as margens da lagoa sem qualquer tipo de vegetação, para evitar a proliferação de insetos; • fazer diariamente a leitura das vazões com freqüência horária e anotar os valores no livro de registro de operação.
  • 18. Critérios de Projeto para as Lagoas Anaeróbias Os principais parâmetros de projeto das lagoas anaeróbias são:  Tempo de detenção hidráulico;  Taxa de aplicação volumétrica;  Profundidade;  Geometria(relação comprimento/largura).
  • 19. Critérios de Projeto para as Lagoas Anaeróbias Taxa de aplicação volumétrica (Lv) Principal parâmetro de projeto das lagoa anaeróbias, é função da temperatura. Locais mais quentes permitem uma maior taxa (menor volume). A consideração da carga volumétrica é importante, pois certos despejos, como os industriais, podem variar bastante a relação entre a vazão e a concentração de BBO. 
  • 20. Critérios de Projeto para as Lagoas Anaeróbias  Taxas de aplicação volumétrica admissíveis para projeto de lagoas anaeróbias em função da temperatura. Temperatura média do ar mais frio-T(°C) Taxa de aplicação volumétrica admissível-Lv (KgDBO/m3.d) 10 a 20 0,02T-0,10 20 a 25 0,01T-0,10 >25 0,35
  • 21. Critérios de Projeto para as Lagoas Anaeróbias  Volume útil determinado em função de: V = L/Lv L = carga de DBO total afluente (KgDBO/d) Lv = Taxa de aplicação Volumétrica (kg DBO/m3.d) V = volume requerido para a lagoa
  • 22. Critérios de Projeto para as Lagoas Anaeróbias Para esgotos domésticos, o volume final a ser adotado para a lagoa anaeróbia é um compromisso entre os dois critérios (tempo de detenção e taxa de volumétrica), devendo, tanto quanto possível, satisfazer a ambos. Para efluentes industriais, o critério definidor é o da taxa de aplicação volumétrica.
  • 23. Critérios de Projeto para as Lagoas Anaeróbias Tempo de detenção hidráulico (θh) Deve ser suficiente para a sedimentação dos sólidos e degradação anaeróbia da matéria orgânica solúvel.  Nas lagoa anaeróbias convencionais tempos inferiores a 3 dias, poderá ocorrera a saída das bactérias metanogênicas com o efluente da lagoa (fatores hidráulicos) seja superior a própria taxa de reprodução, a qual é lenta (fatores biológicos).
  • 24. Critérios de Projeto para as Lagoas Anaeróbias Tempo de detenção hidráulico(θh), expresso em dias (Faixas admissíveis) Temperatura da lagoa (°C) 10-15 Tempo de detenção (θh) (dias) 4-5 Remoção de provável de DBO5 (%) 30-40 15-20 20-25 25-30 3-4 2,5-3 2-5 40-50 50-60 60-70
  • 25. Critérios de Projeto para as Lagoas Anaeróbias  Tempo de detenção hidráulico θh= V/ Q Q = Vazão média afluente (m3/d) θh = Tempo de detenção hidráulica (d) V = Volume requerido para a lagoa (m3)
  • 26. Critérios de Projeto para as Lagoas Anaeróbias  Profundidade Projetar uma lagoa mais profunda, com 3,5 a 5,0 metros de profundidade. Vantagens da lagoa mais profunda: • Menor área superficial; • Menor ação do meio externo sobre o meio líquido; • Volume adequada para acumulação de sólidos.
  • 27. Critérios de Projeto para as Lagoas Anaeróbias Geometria (relação comprimento/largura) As lagoas anaeróbias variam entre quadradas ou levemente retangulares, com relação:  Comprimento/largura (L/B) = na ordem de 1 a 3
  • 28. Estimativa da concentração efluente de DBO da Lagoa Anaeróbia Uma vez estimada a eficiência de remoção (E), calcula-se a concentração efluente pelas fórmulas: E = (S0 – DBOefl) x 100/S0 DBOefl = S0 (1 – E/100) Onde: 100  E xL0 L 100 S0= concentração de DBO total afluente (mg/L); DBOefl= concentração de DBO total efluente(mg/L); E= eficiência de remoção(%).
  • 29. Dimensionamento das Lagoas Facultativas após Lagoas Anaeróbias As lagoas facultativas secundárias podem ser dimensionadas segundo os critérios de taxa de aplicação das lagoas facultativas. O tempo de detenção resultante será agora menor, devido à prévia remoção da DBO a lagoa anaeróbia. Para o dimensionamento segundo a taxa de aplicação superficial, tem-se que a concentração e a carga de DBO afluentes à lagoa facultativa são as mesmas efluentes da lagoa anaeróbia.
  • 30. Dimensionamento das Lagoas Facultativas após Lagoas Anaeróbias A estimativa da concentração de DBO efluente da lagoa facultativa pode ser efetuada segundo metodologia das lagoas facultativas. O coeficiente de remoção K será neste caso um pouco menor, devido a matéria orgânica de estabilização mais fácil ter sido removida na lagoa anaeróbia. K = 0,25 a 0,32 d-1 (20°C, lagoas facultativas secundárias, modelo de mistura completa)
  • 31. Lagoa Anaeróbia – Lagoa Facultativa
  • 32. Acúmulo de Lodo nas lagoas Anaeróbias A taxa de acúmulo é da ordem de 0,03 a 0,10m3/hab.ano. As lagoas anaeróbias devem ser limpas segundo uma das seguintes estratégias :  Quando a camada de lodo atingir aproximadamente 1/3 da altura útil.  Remoção de um certo volume anualmente, em um determinado mês, de forma a incluir a etapa de limpeza de uma forma sistemática na estratégica operacional da lagoa.
  • 33. Bibliografia    Lagoas de estabilização, volume 3, Marcos Von Sperling 2ª Edição Ampliada; 2ª 2006. Editora UFMG (publicação do DESA) Giordano,Gandhi.TRATAMENTO E CONTROLE DE EFLUENTES INDUSTRIAIS. Universidade Estadual do Rio de Janeiro Fundação Estadual do Meio Ambiente . F981o Orientações básicas para operação de estações de tratamento de esgoto / Fundação Estadual do Meio Ambiente. —- Belo Horizonte: FEAM, 2006.
  • 34. Objetivo da aula Ao final dessa aula, você deverá conhecer:  O processo de funcionamento da Lagoa Anaeróbia;  A importância do tratamento posterior a lagoa anaeróbia;  Dimensionamento de uma Lagoa Anaeróbia seguida de Lagoa Facultativa.