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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
    FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS




               FABIO SILVA SANTOS.




O USO DE ANTICONCEPCIONAIS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA




     FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
               FERNANDÓPOLIS – SP
                      2011
FABIO SILVA SANTOS




O USO DE ANTICONCEPCIONAIS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA




                 Trabalho de Conclusão de Curso de Farmácia da
                 Fundação Educacional de Fernandópolis como parte das
                 exigências para conclusão do curso de graduação em
                 Farmácia Bioquímica.

                     Orientador: Prof. Esp.MSc. Roney Eduardo Zaparoli




    FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
               FERNANDÓPOLIS - SP
                        2011
FABIO SILVA SANTOS




    O USO DE ANTICONCEPCIONAIS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA




                                       Trabalho de Conclusão de Curso de Farmácia da
                                       Fundação Educacional de Fernandópolis como
                                       parte das exigências para conclusão do curso de
                                       graduação em Farmácia Bioquímica.



           Examinadores                           Assinatura                        Conceito

Prof. Esp.MSc. Roney Eduardo
Zaparoli.


Prof.  Esp.     Rosana       Matsumi
Kagesawa Motta.


Prof. Esp. Gilson Bertoni Queiroz.




                                              Aprovada em .......... de ................. de 2011




                         Prof. Esp.MSc. Roney Eduardo Zaparoli
                            Presidente da Banca Examinadora
DEDICATÓRIAS


      Dedico este trabalho a todos os meus familiares, aos meus pais que sempre
me apoiaram e me incentivaram ao longo desta caminhada.
      A minha esposa, pelo carinho, amor e compreensão durante todos esses
anos de curso.
      Aos meus amigos pó sempre torcerem por mim.
      A Deus, por proporcionar mais esta vitória em minha vida.
AGRADECIMENTOS




      Aos meus pais e familiares, agradeço de todo o coração, a compreensão que
tiveram por mim, pois por muitas vezes estive ausente da companhia dos mesmos.
      A minha esposa, pelas orações e por estar sempre junto comigo, nesta
caminhada.
      Aos meus amigos pelo carinho.
      Ao meu orientador, por estar sempre à disposição para me auxiliar na
construção deste trabalho.
      A banca examinadora pela atenção para com este.
Faça o que for necessário para ser feliz. Mas
não se esqueça que a felicidade é um sentimento
simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora
por não perceber sua simplicidade.

                                (Mário Quintana)
RESUMO



Atualmente os anticoncepcionais não têm apenas a função de proteger a mulher de
uma gravidez indesejada, mas também trás alguns benefícios para a saúde da
mulher. Por causa da redução dos níveis hormonais na composição deste
medicamento ele tem trazido mais benefícios do que efeitos colaterais negativos. As
pílulas anticoncepcionais podem ser de três tipos: pílulas monofásicas, multifásicas
ou de baixa dosagem. As pílulas monofásicas são aquelas onde se tomam a mesma
dosagem todos os dias durante vinte e um dias parando apenas por sete dias para
menstruação, os comprimidos possuem a mesma quantidade de hormônios, sendo
estas as mais prescritas. Os anticoncepcionais hormonais constituem um método
contraceptivo muito eficaz, que vem sendo utilizado por milhões de mulheres em
todo o mundo. Porém, podem causar uma série de efeitos adversos, havendo
necessidade de fornecer informações adequadas e corretas sobre contraceptivos, a
fim   de   se   prevenir,   o   agravamento   destes efeitos,   possíveis   interações
medicamentosas, aumentar a adesão ao tratamento e promover o sucesso
contraceptivo desejado.




Palavras chaves: Anticoncepcionais. Efeitos colaterais. Efeitos terapêuticos
ABSTRACT




Currently contraceptives are not only intended to protect women from unwanted
pregnancies, but also brings some benefits to women's health. Because of the
reduced hormone levels in the composition of the drug he has brought more benefits
than negative side effects. Birth control pills may be of three types: monophasic,
multiphasic or low dosage. Monophasic pills are those where you take the same
dose every day for twenty-one days stopping only for seven days to menstruation,
the pills have the same amount of hormones, which are the most prescribed.
Hormonal contraceptives are a very effective method of contraception, which has
been used by millions of women around the world. However, they can cause a
variety of adverse effects, no need to provide adequate and accurate information
about contraception in order to prevent the worsening of these effects, possible drug
interactions, increase adherence to treatment and promote the success of
contraception desired.




Key- words: Contraceptive. Side effects. therapeutic effects
LISTA DE ABREVIAÇÕES




DIU: Dispositivo Intrauterino

FDA: Food And Drug Adminstration

DST: Doença Sexualmente Transmissível

FSH: Hormônio Folículo Estimulante

LH: Hormônio Luteinizante

HIV: Vírus da Imunodeficiência Humana

AMPc: Adenosina Monofosfato Cíclico
SUMÁRIO



INTRODUÇÃO......................................................................................................           11


1 HISTÓRICO DOS CONTRACEPTIVOS.............................................................. 13


2 TIPOS DE ANTICONCEPCIONAIS E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS.............. 16
2.1 Anticoncepcionais Injetáveis................................................................................ 16
2.1.1 Anticoncepcional Hormonal (injetável combinado)......................................... 16
2.1.2 Anticoncepcional Injetável só de Progesterona............................................                            16
2.2 Implantes Hormonais (anticoncepção de longa duração)................................ 16
2.3 Diafragma............................................................................................................. 17
2.4 Esponjas e Espermicidas.................................................................................... 17
2.5 Dispositivo Intra-Uterino (DIU)............................................................................ 18
2.6 Barreira................................................................................................................ 19
2.7 Contraceptivo oral com estrogênio natural...................................................                           21
2.7.1 Contraceptivos Orais..........................................................................................22
2.7.1.1 Farmacocinética dos Anticoncepcionais........................................................ 22
2.7.1.2 Farmacodinâmica dos Anticoncepcionais..................................................... 24
2.7.1.3 Seleção dos Contraceptivos Orais................................................................. 24


3 ESQUEMATIZAÇÃO PARA O USO DOS CONTRACEPTIVOS HORMONAIS... 26
3.1 Indicações............................................................................................................ 27
3.2 Eficácias dos Anticoncepcionais.......................................................................... 27
3.3 Principais Riscos do uso dos Anticoncepcionais................................................. 27


4 EFEITOS ADVERSOS DOS ANTICONCEPCIONAIS............................................29


5 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA ENTRE OS ANTICONCEPCIONAIS E ANTIBI-
ÓTICOS...................................................................................................................... 31




6 OBJETIVOS.......................................................................................................... 33
6.1 Objetivo Geral..................................................................................................... 33
6.2 Objetivos Específicos......................................................................................... 33


7 MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................... 34


8 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 35


9 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 36
11




                                  INTRODUÇÃO


      A maturidade sexual da mulher caracteriza- se pela atividade cíclica dos
órgãos específicos da reprodução. A ovulação depende da oportunidade e
coordenação de uma série de fenômenos biológicos que se sucedem no ciclo
reprodutivo. O controle eficaz da concepção trouxe à sociedade um avanço
incontestável, na medida em que facilitou a emancipação da mulher e sua
participação no mercado de trabalho e ainda permitiu às famílias, mediante
planejamento, a adequação entre número de filhos e suas condições econômicas,
dentre outras (SILVA, 2006).
      O controle da reprodução humana reside no hipotálamo e a sua regulação, na
hipófise. A maturidade não tem limites precisos e se estende da adolescência ao
climatério (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006).
      Também carreou mudanças de mentalidade e costumes como a maior
liberdade para a prática sexual, sobretudo nos mais jovens, o que se traduziu,
parodoxalmente, não por maior controle da natalidade, mas sim por aumento de
gravidez indesejadas e abortos entre adolescentes (SANTOS; LOYOLA; MORAES,
2011). Essa diversificação de resultados, acrescida da confusão gerada por
preconceitos religiosos e outros hábitos e culturas diferentes, interesses político-
econômicos, multiplicidade de dados científicos; redunda em ampla divergência de
opinião e conduta no que concerne ao planejamento familiar. Apesar disso,
contracepção é prática amplamente realizada no mundo inteiro (FUCHS;
WANNMACHER; FERREIRA, 2006).
      A mulher, ou o casal, que procura aconselhamento com relação à
anticoncepção deseja saber o melhor método a escolher, sua eficácia e os riscos
decorrentes. A eficácia da contracepção e sua efetividade podem ser expressas por
meio do índice de Pearl, corresponde ao número de gestações, ou seja, a falha,
ocorridas em cem mulheres que utilizam sistematicamente o método durante um
ano. O primeiro passo para a escolha da medida contraceptiva é o conhecimento
dos diferentes métodos, comparando seus resultados e a continuidade do emprego
(SANTOS; LOYOLA; MORAES, 2011).
      Anticoncepcionais orais constituem o mais efetivo dos métodos reversíveis. A
eficácia e a continuidade de uso verificadas em ensaios clínicos controlados
12



costumam ser maiores que as observadas na prática diária. Isso se deve a que os
primeiros se processam em locais escolhidos, com pacientes selecionados e em
condições de vigilância rigorosas (RIBEIRO, 2011).
      Contemporaneamente não mais se discute a eficácia desses fármacos, mas
ainda se polemiza a respeito de efeitos adversos e sobre as novas gerações de
contraceptivos orais (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006).
      Os contraceptivos orais combinados também são amplamente utilizados por
diminuir     a     incidência     de   amenorréia,   ciclos   irregulares,   sangramentos
intermenstruais, anemia ferropriva, tensão pré-menstrual, doenças benignas da
mama, fibróides uterinos e cistos funcionais dos ovários. A aplicação mais
importante dos estrogênios e progestógenos em combinação é a contracepção
(RIBEIRO, 2011).
      Em geral, mostram-se muito eficazes e, quando administrados corretamente,
o risco de concepção é extremamente pequeno. A taxa de gravidez é estimada em
cerca de 0,5 a 1,0 por 100 mulheres/ano de risco. Não adianta ter conhecimento da
existência       dos   diversos    métodos,   é   fundamental   a   informação   de   seu
funcionamento, sua eficácia, benefícios e desvantagens. A falta de conhecimento
desses fatores leva ao seu uso impróprio, com o risco de uma gravidez indesejada
(SANTOS; LOYOLA; MORAES, 2011).
      É necessário que se tenha em mente que antes de escolher por um método
contraceptivo específico, é aconselhável que se procure um ginecologista, que será
apto de analisar cada caso, já que nem todas as mulheres podem usar todos os
métodos disponíveis. Ou seja, existem algumas contra-indicações (SILVA, 2006).
      Os métodos contraceptivos são classificados em cinco grupos: métodos
comportamentais; métodos de barreira; dispositivos intra-uterinos; contracepção
hormonal; contracepção cirúrgica. Veremos cada um dos métodos no decorrer dos
capítulos deste trabalho (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006).
13



1 HISTÓRICO DOS CONTRACEPTIVOS



         Até o século XX, a contracepção         (ou anticoncepção) praticava-se,
principalmente pela interrupção do coito antes da ejaculação, método encanecido de
vários séculos, logo, mais tarde, pelo uso do preservativo masculino (BAYER,
2011).
         A anticoncepção masculina também era praticada na antiguidade. No século I
A.C. Dioscórides afirmou que tomar extractos de uma planta considerada variação
da madressilva (Lonicera periclymenum) durante 36 dias, podia causar a esterilidade
masculina. Assim que foi estabelecida a relação do sémen com a gravidez; o
método anticoncepcional masculino mais conhecido era o coito interrompido, método
citado na Génesis relacionando Onan, que provocou a ira de Deus ao derramar suas
sementes no chão (RIBEIRO, 2011).
         Referências a respeito de tentativas para evitar gravidez na mulher foram
encontradas no Papiro médico de Petrie, manuscrito egípcio de três grandes
páginas, de 96 cm x 30 cm, de 1950 a.C. ou talvez até mais antigo. É conhecido,
também, como Papiro de Kahoun, local onde foi descoberto em 1889. O Papiro de
Ebers, de 1550 a.C., contém uma receita de um supositório, para uso intra-vaginal,
composto de uma mistura de mel e pedaços de acácia. Sabe-se hoje que a acácia
fermenta e produz o ácido láctico, que é um espermicida, isto é, mata o
espermatozóide e por isso funcionava como anticoncepcional (BAYER, 2011).
         Muitas sociedades descobriram que a retirada do pênis da vagina antes da
ejaculação poderia evitar a gravidez. Provavelmente os métodos mais antigos de
contracepção (com excepção da abstinência sexual) são o coito interrompido, alguns
métodos de barreira, a lavagem vaginal e métodos com o uso de ervas (FUCHS;
WANNMACHER; FERREIRA, 2006).
         O coito interrompido provavelmente antecedeu todos os outros métodos de
controle de natalidade. A história da anticoncepção medicamentosa começou há
mais de dois mil anos. A excelente revisão de Himes relata que os primeiros
remédios continham arsênico, estricnina e mercúrio, causando complicações tóxicas
e, eventualmente fatais (RIBEIRO, 2011).
         O interesse pela fisiologia da reprodução humana foi iniciado nos fins do
século XVII por de Graaf, com a demonstração da existência dos folículos ovarianos,
14



tendo Knauer sugerido a produlção hormonal a partir dos referidos folículos
(FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006).
      O corpo ativo do corpo lúteo foi identificado em 1928 por Corner e Allen, que
comprovaram o prolongamento da gestação em coelhas ovariectomizadas pela
injeção de corpo lúteo. Esse hormônio, que se mostrou eficaz para proteger a
gestação, foi denominado de progesterona (SILVA, 2006).
      A partir de 1957 e, sobretudo, em 1963, as observações clínicas de Rock,
Garcia e Pincus, injetando em mulheres inférteis os hormônios recém- isolados, para
datar a cronologia do ciclo menstrual, constatram freqüentes inibições da ovulação;
estava assim desvendando um amplo horizonte, que culminou com o emprego dos
esteróides para o controle da fertilidade humana. O alto custo desses hormônios
extraídos de fonte animal suscitou aobtenção de produtos absorvíveis pelo tubo
digestivo, estimulando a pesquisa para a síntese de outros esteróides, a partir de
vegetais (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006).
      A noretisterona, um hormônio sintético parecido à progesterona (daí ser
chamado de progestógeno) foi sintetizada em 1950 por Djerassi, a partir da
diosgenina, planta proveniente da batata-doce mexicana com características
esteroidais (BAYER, 2011).
      A novidade contraceptiva subseqüente foi pequeno implante que continha o
hormônio levonorgestrel. Esse implante foi colocado sob a pele da face interna do
antebraço, tendo sido tencionado para ser eficaz por cinco anos. Porém, sua
inclusão e saída solicitam profissional médico treinado, o que limita seu uso. O
hormônio é liberado na musculatura e então atravessa a corrente sanguínea,
podendo circular por todo o organismo e gerar determinados efeitos adversos
(RIBEIRO, 2011).
      A procura de um contraceptivo oral remonta, antes de Pincus, a ensaios com
um hormônio feminino chamado progesterona e aos métodos sobre sua obtenção.
      Um dos progressos biológicos do século tinha levado precisamente a um
melhor entendimento do processo de fecundação, de seu mecanismo bioquímico
(FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006).
      Dito meramente, uma mulher grávida não pode fertilizar de novo porque o
óvulo fecundado se circula de hormônios inibidores que evitam uma nova ovulação.
15



      Conseqüentemente, se fosse provável produzir algum tipo de gravidez falsa
da mulher, perante a ingestão de hormônios e inibidores, por exemplo, se impediria
a fecundação (JUTTE, 2011).
      A progesterona continuava sendo empregado para confusões menstruais e a
precaução de certas formas de aborto, no entanto sua obtenção era muito
trabalhosa e cara. Um professor de química do Instituto Rockefeller da Pensilvânia,
Russel E. Marker, examinando um grupo de esteróides, desvendou um processo de
obtenção da progesterona. Marker analisou também que esses esteróides existiam
em grande quantidade em algumas variantes dos yams, fruta de uma árvore
silvestre mexicana. Derrotando muitos impedimentos financeiros, Marker coletou
umas dez toneladas de yams e sintetizou 2.000 g de progesterona, que então
custava US$80 o grama (BAYER, 2011).
      Com os doutores Chang e Rock na Fundação Worcester, Pincus descobriu os
estrógenos e progestágenos , derivados da progesterona que mais inibiam a
ovulação, e deles saiu a pílula anticoncepcional. Os primeiros ensaios, realizados
em Porto Rico e Haiti, demonstraram sua eficácia. Uma larga série de modificações
ocorreu desde então com sucessivos aperfeiçoamentos e correções dos efeitos
secundários. O século XX havia reencontrado sua pílula reguladora da maternidade
como uma de suas mais transcendentais invenções (RIBEIRO, 2011).
      Desde 1960, a análise de contraceptivos orais tem se centralizado em somar
a segurança da pílula, enquanto diminui seus efeitos colaterais. Os pesquisadores
alcançaram estes objetivos por meio da diminuição da quantidade de estrogênio
contido na pílula, bem como ampliar distintas variante da progesterona sintética
(VILELA, 2011).
      À primeira vista, a história da contracepção parece ser um progresso, desde
os antigos métodos, para o preservativo moderno e pílula anticoncepcional. Um
olhar mais atento, no entanto, mostra um padrão de continuidades notáveis no
comportamento reprodutivo de homens e mulheres ao longo dos últimos dois mil
anos (JUTTE, 2011).
16



2 TIPOS DE ANTICONCEPCIONAIS E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS




2.1 Anticoncepcionais Injetáveis



2.1.1 Anticoncepcional Hormonal (injetável combinado)


         Estes são usados todo mês e ajustam estrogênio e progestágeno. Possui
uma eficácia parecida aos anticoncepcionais orais combinantes. São empregados
naquelas pacientes que não conseguem se lembrar de utilizar a pílula de forma
diária ou têm intransigência gastrointestinal aos hormônios. Para determinadas
pacientes existem a vantagem de ser empregado somente uma vez por mês (OMS,
2011).



2.1.2 Anticoncepcional Injetável só de Progesterona


         O mais habitual é o acetato de medroxiprogesterona, 150 mg a cada três
meses. Seu resultado anticoncepcional é por inibição da ovulação e atrofia
endometrial.
         Este é um dos processos reversíveis mais eficaz. O efeito adverso mais
corriqueiro é o sangramento irregular e a amenorréia (ausência de menstruação). É
contra-indicado em pacientes que almejam engravidar a curto prazo, pois após o uso
pode haver falha de ovulação por prazos longos (de até 12 meses). É ainda muito
usado por pacientes que estão a amamentar (OMS, 2011).



2.2 Implantes Hormonais (anticoncepção de longa duração)


         O implante subdérmico de levonorgestrel, um progestágeno, chamado
Norplant; é um método de contracepção hormonal que apenas contém progestágeno
(BAYER, 2011).
         Desde 1990 este método foi permitido para uso nos Estados Unidos, no
entanto já era empregado há mais tempo em outros países. O Norplant é um
17



sistema que consiste em seis cápsulas que contém levonorgestrel. Este
progestágeno é liberado lentamente das cápsulas tendo permanência de 5 anos,
desde a introdução (VILELA, 2011).
      O implante de levonorgestrel inibe a ovulação, tem ação sobre o muco
cervical e provoca atrofia de endométrio (OMS, 2011).
            Fig. 1 Cápsulas de norplant e Cápsulas subdérmicas de levonorgestrel. Fonte:
            http://www.abcdasaude.com.br




2.3 Diafragma


      É um anel maleável, agasalhado por uma membrana de látex fina, que a
mulher precisa colocar na vagina, para cobrir o colo do útero. Como um obstáculo,
ele evita a entrada dos espermatozóides, necessitando ser empregado junto com um
espermicida, no máximo 6 horas antes da relação sexual. A aderência da paciente
depende do uso apropriado do dispositivo. A higienização e o armazenamento
apropriados do diafragma são fatores importantes na precaução de contaminações
genitais e na extensão da vida útil do dispositivo. Por proporcionar diversos
tamanhos (de acordo com o tamanho do colo uterino), deve ser recomendado por
um médico para uma adaptação perfeita ao colo uterino. Aconselha- se inserir na
vagina de 15 a 30 minutos antes da relação sexual e só remover 6 a 8 horas depois
a última relação sexual de penetração (VILELA, 2011).
      O diafragma é um método anticoncepcional de uso feminino que incide num
anel flexível, coberto no centro com uma delgada membrana de látex ou silicone em
forma de cúpula que se coloca na vagina cobrindo totalmente o colo uterino e a
18



parte superior da vagina, impedindo a penetração dos espermatozóides no útero e
trompas (BRASIL, 2002).
      Segundo Monzu (1992), o diafragma deve ser assentado duas horas do ato
sexual e só deve ser retirado no mínimo oito horas após, sendo que uma constância
prolongada pode causar irritação no colo do útero e na vagina.



2.4 Esponjas e Espermicidas


      As esponjas são feitas de poliuretano, são ajustadas ao colo uterino com alça
para sua retirada e são descartáveis, estão conexas a espermicidas que são
substâncias químicas que imobilizam e extinguem os espermatozóides, podendo ser
usados em combinação também com o diafragma ou preservativos. Existem
múltiplas apresentações de espermicidas, como por exemplo, os cremes, geléias,
supositórios, tabletes e espumas (OMS, 2011).
      Os espermaticidas são um conjugado de substâncias químicas que
desenvolvem uma película que recobre a vagina e o colo uterino, impedindo a
penetração dos espermatozóides, além de prejudicar a membrana celular dos
espermatozóides e inativá-los. Por não proporcionar proteção contraceptiva ajustada
quando utilizado isoladamente, deve ser freqüente de forma combinada com o
diafragma ou preservativo, a fim de aumentar a eficácia isolada de cada um. O
agente espermaticida recomendado pelo Ministério da Saúde é à base de nonoxinol-
9. Espermaticidas que dominem acetato de fenil-mercúrio não devem ser
empregados, pois há probabilidade de absorção do mercúrio e teratogenicidade
(VILELA, 2011).



2.5 Dispositivo Intra-Uterino (DIU)


      Os DIUs são elementos de polietileno, aos quais podem ser acrescentados
cobre ou hormônios, que são introduzidos na cavidade uterina desempenhando sua
função contraceptiva. Operam evitando a fecundação, tornando complexo a
passagem do espermatozóide pelo trato reprodutivo feminino (VILELA, 2011).
      As dificuldades mais comuns durante o uso do DIU são a expulsão do
dispositivo, dor pélvica, dismenorréia e aumento do risco de infecção (infecção
19



aguda sem melhora ou infecções persistentes implicam na remoção do DIU). Precisa
ser depositado pelo médico e é indispensável um controle semestral e sempre que
surgirem leucorréias (JUTTE, 2011).
       Mulheres que têm hemorragias muito profusos ou cólicas fortes na
menstruação, ou que tenham alguma irregularidade intra-uterina, como miomas ou
câncer ginecológico, infecções nas trompas, sangramentos vaginais ou alergia ao
cobre não podem usar o DIU. Não é aconselhado para nulíparas (VILELA, 2011).
      A gravidez raramente ocorre (eficácia alta, variando de 95 a 99,7%) com risco
de abortamento no 1° e 2° trimestres. A remoção do DIU pode ser realizada após
estimativa ultra-sonográfica, analisando os riscos para o embrião. Se a retirada não
for possível por riscos de abortamento, a paciente deve ser acompanhada a
intermitência de curtos tempos e orientada em relação a sangramentos vaginais e
leucorréias (NETO, 2000).
      Disseminado atualmente no Brasil, o Mirena é um novo método endoceptivo,
como o DIU. Trata-se de um dispositivo de plástico ou de metal depositado dentro
do útero. É um DIU conjugado com hormônios.            Tem forma de T, com um
reservatório que contém 52 mg de um hormônio chamado levonogestrel que atua na
eliminação dos receptores de estriol endometrial, provocando a atrofia do
endométrio e inibição da abertura do espermatozóide por meio da cavidade uterina
(VILELA, 2011).
      O Mirena age liberando uma pequena quantidade de hormônio diretamente
da parede interna do útero, ininterruptamente por cinco anos. Ele também torna o
muco do cérvix (colo do útero) mais denso, prevenindo a entrada do esperma. A
dosagem é paralelo a tomar duas a três mini-pílulas por semana. A diferença do
Mirena em semelhança aos outros dispositivos intra-uterinos é que ele impede
abundantemente os efeitos colaterais (VILELA, 2011).
      Os dispositivos intra-uterinos são elementos que desempenham resultado
anticonceptivo quando colocados na cavidade uterina. Geram uma reação
inflamatória uterina, desencadeando alterações bioquímicas que intervêm no
transporte dos espermatozóides no aparelho genital feminino e alteram os óvulos e
espermatozóides, evitando a fecundação (CURITIBA, 2002).
20



2.6 Barreira


       Os métodos de barreira são aqueles que impedem a gravidez por meio da
barreira do acesso dos espermatozóides ao útero. Esse bloqueio pode ser
mecânico, químico ou misto (BRASIL, 2006).
       O preservativo masculino consiste em um envoltório de látex que recobre o
pênis durante o ato sexual e detém o esperma por momento da ejaculação
impedindo relação com a vagina, assim como impede que os microorganismos da
vagina ingressem em contato com o pênis ou vice-versa. É um método que, além de
poupar a gravidez, diminui o risco de transmissão do HIV e de outros agentes
sexualmente transmissíveis (BRASIL, 2002).
       O preservativo feminino é um tubo de poliuretano com uma extremidade
fechada e a outra aberta, conectado a dois anéis flexíveis também de poliuretano. O
primeiro, que fica solto dentro do tubo, convém para ajudar na introdução e na
fixação de preservativo no interior da vagina. O segundo anel compõe o reforço
externo do preservativo que, quando perfeitamente colocado, cobre parte da vulva
(BRASIL, 2002).
       A camisinha feminina é eficaz para proteger da gravidez e de DST/HIV/AIDS,
quando usada em todas as relações sexuais, antes de qualquer contato do pênis
com a vagina, também dá ampla autonomia à mulher sobre seu corpo e sua vida
sexual a camisinha trabalha como uma barreira, recebendo o esperma ejaculado
pelo homem na relação sexual, evitando a entrada dos espermatozóides no corpo
da mulher, e evitando fecundação (BRASIL, 2006).




2.7 Contraceptivo oral com estrogênio natural


      As pílulas contraceptivas quando lançadas na década de sessenta,
originaram grande impacto, influenciando e transformando o comportamento sexual
até então vigorante (NETO, 2000).
      Seu uso admitiu a desvinculação do sexo com a procriação e o estágio mais
livre da sexualidade. Inúmeras mudanças sucederam nas formulações dos
anticonceptivos orais desde seu lançamento, compreendendo a diminuição gradativa
21



do estrogênio e a utilização de distintos agentes progestacionais (HOY, SCOTT;
2009).
         As primeiras pílulas disponíveis, analisadas de elevada dosagem, tinham
150mcg de etinil estradiol (estrogênio sintético), estando coligadas a uma fila de
efeitos indesejáveis. Em seguida foram introduzidas as pílulas de média dosagem,
aquelas com 50 mcg de estrogênio. Nas últimas décadas vêm se dando preferência
ao emprego das chamadas pílulas de baixa dosagem, aquelas com 35, 30, 20 ou 15
mcg de etinil estradiol na sua formulação (NETO, 2000).
         Atualmente estão disponíveis diversos agentes progestacionais, uns mais
androgênicos, outros menos e alguns com ação anti-androgênica. Deste modo tem-
se os derivados da 19 nor- testosterona: o levonorgestrel (maior ação androgênica),
a noretisterona, o gestodeno, o desogestrel e o norgestimato. Os derivados da 17
hidroxiprogesterona: acetato de medroxiprogesterona, acetato de ciproterona
(marcada açãoantiandrogênica), acetato de clormadinona e mais recentemente um
derivado da espironolactona, a drospirenona (ação anti-mineralocorticóide) (SOUZA,
2010).
         Sabe-se que o grande abjeto dos contraceptivos orais, é principalmente, o
estrogênio, sendo a ele conferidos os principais riscos cardiovasculares, como
infarto agudo do miocárdio, elevação da pressão arterial, tromboembolismo,
acidente vascular cerebral, entre outros (HOY, SCOTT; 2009).
         Tendo em vista tornar mínimos os efeitos indesejáveis, principalmente
cardiovasculares, além de adequar maior segurança às usuárias, há tempos vêm-se
procurando preparar um anticonceptivo oral a base de estrogênio natural (VILELA,
2011).
         O grande problema era obter uma associação estroprogestativa que
consentisse um bom domínio do ciclo e avalizasse eficácia contraceptiva às usuárias
(NETO, 2000).
         Atualmente foi lançado na Europa, pelo laboratório Bayer Schering Pharma, o
primeiro contraceptivo oral combinante contendo estrogênio natural, o valerato de
estradiol. O valerato de estradiol não é um estrogênio novo, vem sendo utilizado há
alguns anos na contracepção hormonal injetável mensal, a inovação é a sua
utilização na contracepção oral (SOUZA, 2010).
         A nova pílula anticoncepcional, lançada na Europa com o nome comercial de
Qlaira, é combinada pela associação do valerato de estradiol (estrogênio natural) a
22



um progestágeno derivado da 19-nortestosterona, porém carente de efeito
androgênico, o dienogest (VILELA, 2011).
      A novidade da formulação está disponível em regime quadrifásico, mesclado
de 28 comprimidos, com acréscimo gradativo da progesterona e diminuição
progressiva do estradiol. As exposições mais atuais a respeito deste contraceptivo
confirmam menor intensidade e menor número de dias do sangramento menstrual,
índice de Pearl em torno de 0,4 e adequada concordância entre as usuárias
(SOUZA, 2010).


2.7.1 Contraceptivos Orais


2.7.1.1 Farmacocinética dos Anticoncepcionais


      No organismo feminino, os esteróides são regularmente produzidos nos
ovários, no córtex das supra- renais e, durante a gestação, na placenta. As células
ovarianas sintetizam o colesterol a partir do acetato. Ainda não se conhece a
localização intracelular das enzimas responsáveis pela biossíntese dos esteróides
(SILVA, 2006).
      A estimulação dos folículos ovarianos e a produção crescente dos estrógenos
são reguladas pelo FSH e consubstanciadas pela síntese e ação do AMP cíclico.
      A histoquímica tem evidenciado que as células da teca interna secretam o 17-
beta- estradiol, detectando- se, no plasma e/ou na urina, os produtos do seu
metabolismo (ROWLANDS, 2003).
      O estradiol é normalmente absorvido pelo trato intestinal. A concentração
máxima alcançada no plasma se dá entre uma a duas horas, e a eliminação é
variável entre nove e vinte e sete horas (NETO, 2000).
      Ao nível do tubo intestinal e no fígado, é conjugado com os ácidos sulfúrico e
glucurônico e sofre a chamada primeira passagem hepática. As bactérias intestinais
através das enzimas podem hidrolisar o sulfato de etinil- estradiol. O mestranol tem
metabolismo similar ao do etinil- estradiol porque a sua ação mais demorada se dá
após a conversão em etinil- estradiol (SILVA, 2006).
      A progesterona é produzida no corpo lúteo à custa das células da granulosa,
pouco antes do início da segunda fase do ciclo menstrual. O hormônio folículo-
23



luteinizante (LH) estimula a secreção da progesterona, e essa é também mediada
pelo aumento do AMPc (NETO, 2000).
         A progesterona pode, no entanto se convertida em estradiol tendo como
intermediária a androstenediona. De acordo com observações clássicas, os
progestínicos formam o endométrio previamente estrogenizado em secretor e
oferece suporte para o desenvolvimento e manutenção da gravidez. Os estudos
biomoleculares reconheceram os progestágenos como compostos que se ligam aos
receptores da progesterona, embora não se possa entender que outros receptores
podem ser ocupados por outros gestínicos (ROWLANDS, 2003).
         Noretindrona, sob certas circunstâncias, pode estimular a proliferação do
endométrio atrófico, e o acetato de ciproterona, sendo que, o progestágeno é
reconhecido como antiandrogênico tanto no homem como na mulher.
         Os esteróides são absorvíveis através da pele e das membranas mucosas. As
soluções se prestam para administração subcutânea e intramuscular. Os estrógenos
semi- sintéticos e os novos progestínicos são também absorvíveis e isolados ou
associados aos primeiros, são eficazes como regulamentadores do ciclo menstrual e
da fertilidade (NETO, 2000).


2.7.2 Farmacodinâmica dos Anticoncepcionais




         Os contraceptivos são esteróides semi- sintéticos ou sintéticos isolados ou
associados, com efeitos potentes sobre a regulação endócrina dos órgãos que
controlam a reprodução humana (NETO, 2000).
         É fato amplamente conhecido que peqeunas doses de estrógeno e
progesterona estimulam a secreção de LH. No entanto, a administração com doses
regulares de estrógeno e/ ou progestínico inibe a ovulação, o efeito é
aparentemente, mediado ao nível do hipotálamo ou dos centros nervosos
superiores, embora outros mecanismos secundários estejam envolvidos para
previnir a gravidez, se houver o fenômeno da ovulação também pode ocorrer por
supressão dos fatores de liberação das gonadorrelinas e, consequentemente,
impedindo o crescimentos dos folículos ovarianos. A administração associada de um
estrógeno com um progestínico suprme a liberação de ambas as partes (SILVA,
2006).
24




2.7.3 Seleção dos Contraceptivos Orais




      Contraceptivos orais combinados estão indicados em mulheres sadias,
preferencialmente não- fumantes, com menos de 35 anos de idade, que realmente
desejam evitar a gravidez. Essa assertiva se justifica pelo fato de muitos dos efeitos
adversos desse fármacos se expressarem predominantemente quando há condições
adicionais de risco, como fumo, idade além de 35 anos, obesidade e hipertensão,
também por se constituírem na medida reversível de maior eficácia e efetividade,
grande praticidade e fácil acesso; além de apresentarem efeitos benéficos sobre a
saúde (ROWLANDS, 2003).
      A comissão sobre fertilidade e saúde materna da FDA recomendou que
mulheres   sadias   com    mais   de   quarenta   anos podem        continuar     usando
contraceptivos orais, preferencialmente com baixas concentrações de estrógenos e
progestógenos com perfil de risco conhecido (SILVA, 2006).
      Essa medida visa encorajar o emprego de métodos reversíveis nos estados
Unidos e em outros países onde se verificam números crescentes de esterilização
voluntária. Esse medicamentos apresentam vantagens adicionais como alívio de
dismenorréia, mastodinia e tensão pré- menstrual, diminuição de incidência de
hiperplasia e neoplasia endometriais, doença inflamatória, pélvica, gravidez
ectópica, endometriose, doença fibrocística benigna da mama, cistos funcionais e
câncer ovarianos; melhora de acne e hirsutismo (ROWLANDS, 2003).
      Protegem contra câncer de endométrio e ovários dentro de seis meses de
uso. A incidência desses tumores decai em 50% após dois anos de emprego, e o
efeito protetor perdura por quinze anos depois da suspensão dos anticoncepcionais
(NETO, 2000).
      Para mulheres com acne, hirsutismo ou outra manifestação de intolerância, o
anticoncepcional considerado como referência é estinilestradiol associado a acetato
de ciproterona, progestógeno que sabidamente possui perfil menos androgênico
(VILELA, 2011).
      Outros    progestógenos     também   apresentam     tal   característica,   porém
associam- se a maior risco de tromboembolismo (SILVA, 2006).
25



      Minipílulas, com maior índice de falha, estão indicadas quando há intolerância
ou contra- indicação formal ao uso de estrógenos e durante a amamentação, pois
não inibem a produção de leite. Nessa circunstância, também se admitem os
anticoncepcionais combinados de baixas concentrações estrogênicas, desde que se
mantenha alta a freqüência das mamadas (NETO, 2000).
26



3 ESQUEMATIZAÇÃO PARA O USO DOS CONTRACEPTIVOS HORMONAIS




      A terapêutica anticoncepcional vem evoluindo à medida que aparece novos
componentes de síntese e mais se aprofundam os conhecimentos sobre os efeitos
no organismo feminino (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006).
      O esquema seqüencial, inicialmente rotulado de segunda geração, foi
desaconselhado a partir de 1976 por ser comprovadamente menos eficaz e de
possível relação com o adenocarcinoma de endométrio. A indicação, atualmente, é
excepcional (SILVA, 2006).
      A terapêutica anticoncepcional monofásica, também chamada de combinada,
consiste na combinação de um estrógeno e um progestínico, em cada drágea, aqui
chamada de pílula, administrada no primeiro dia da menstruação (VILELA, 2011).
      O comprimido deve ser tomado diariamente, no mesmo horário, sem
interrupção, durante doze dias, seguindo- se uma pausa de sete dias. Para cada três
semanas da terapêutica combinada, faz- se uma semana de repouso. Essa
terapêutica, além de ser anovulatória, oferece proteção adicional pela interferência
periférica e marcante sobre os órgãos da reprodução. Cada cartela seguinte será
iniciada após o término dessa pausa de sete dias (FUCHS; WANNMACHER;
FERREIRA, 2006).
      Recomenda- se o início da contracepção a partir do primeiro dia do ciclo com
o propósito de assegurar a anovulação e rastrear a possibilidade de gestação
incipiente ou tornar possível diagnosticar a possibilidade de amenorréia pós- pílula
(VILELA, 2011).
      Define- se como bifásico o método cuja dose de progestínico varia em
concentração, ao longo do ciclo artificial e conserva imutável a dose do componente
estrogênico (SILVA, 2006).
      No método trifásico, varia- se a dose do progestínico em três períodos da
administração e o estrogênio tem a dose modificada, isto é, elevada apenas uma
vez ao correr do ciclo, tentando, dessa maneira imitar o ciclo menstrual fisiológico
(SILVA, 2006).
      Anticoncepcional transdérmico ou adesivo contraceptivo fundamenta-se na
liberação transdérmica contínua dos seus componentes com a vantagem de não ter
27



oscilações dos níveis sanguíneos e evitar a metabolização da primeira passagem
hepática (VILELA, 2011).


3.1 Indicações


         A principal indicação dos anticoncepcionais é para a mulher adulta que deseja
controlar a natalidade. A indicação do contraceptivo deve ser precedida de história
clínica geral e dirigida e exame físico minudente. No exame ginecológico, é
obrigatória a prevenção anual para se identificar e corrigir a patologia cervical e
rejeitar a prática contraceptiva nas neoplasias incipientes. Sempre que possível, a
ultra- sonografia pélvica transvaginal deve ser realizada (FUCHS; WANNMACHER;
FERREIRA, 2006).


3.2 Eficácias dos Anticoncepcionais


         A incidência de gestações em casais em plena fase reprodutiva é de zero por
cento ao final do primeiro ano. Isso significa que, em cem casais desprovidos de
qualquer método anticoncepcional, a eficácia é de vinte por cento (SILVA, 2006).
         Chama- se de eficácia teórica a capacidade de prevenir a gestação de
determinado método, quando em condições ideais de uso do anticoncepcional.
Reserva- se a denominação eficácia de prática ou de uso aquela que resulta da
aplicação do método pelo casal, com as eventualidades correntes do emprego
incorreto da metodologia recomendada (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA,
2006).
         A eficácia teórica dos anticoncepcionais combinados é de 99,9%, isso
significa que se pode esperar o máximo de uma gravidez em mil mulheres por ano
de uso metódico do contraceptivo (VILELA, 2011).


3.3 Principais Riscos do uso dos Anticoncepcionais




         Não são recomendados para lactantes pois afetam a qualidade e quantidade
do leite; muito raramente, podem causar acidentes vasculares, tromboses venosas
profundas ou infarto, sendo que o risco é maior entre fumantes (mais de 20
28



cigarros/dia) com 35 anos ou mais. Podem aumentar o risco para tumores de fígado,
sendo extremamente raros os tumores malignos; de acordo com a informação
atualmente disponível, a pílula não aumenta o risco para câncer de colo uterino e
mama; porém, novos estudos são necessários para obterem-se conclusões mais
precisas. Além disso, existem ainda dúvidas sobre a possível aceleração da
evolução de cânceres pré-existentes com o uso da pílula (FEBRASGO, 2011).
29



4 EFEITOS ADVERSOS DOS ANTICONCEPCIONAIS




        Um estudo que analisou os resultados dos contraceptivos orais sobre
mortalidade divulgou, em usuárias correntes, redução de mortalidade por câncer
ovariano e avanço de mortalidade por doença cerebrovascular e câncer de colo
uterino. Em mulheres que interromperam o uso há mais de 10 anos, as taxas de
mortalidade foram parecidas às das que nunca consumiram contraceptivos,
mostrando não haver efeito imutável (LUBIANCA, 2002).


                             O uso demorado de anticoncepcionais orais causa aumento
                             pequeno, entretanto expressivo, nas pressões sistólicas e
                             diastólicas. Os níveis pressóricos revertem ao normal com a
                             cessação dos hormônios. Em pacientes hipertensas, mesmo baixo
                             aumento de pressão arterial pode ser maléfico, aconselhando- se
                             modificação    para    método     contraceptivo   não-hormonal
                             (WANNMACHER, 2004, pag. 2).


        Em estudo de casos e controles não se confirmou associação entre uso de
contraceptivos orais e infarto do miocárdio, bem como não houve diferença entre
representantes de segunda e terceira geração. Mulheres que toleraram infarto
tinham outros fatores de risco cardiovasculares (em 88% dos casos). Das mulheres
com menos de 45 anos que apresentaram um episódio de infarto, 87% não
utilizavam contraceptivos. O tabagismo associou-se intensamente à ocorrência da
doença, de modo que usuárias púberes que querem manter sua saúde
cardiovascular precisam reduzir o fumo (FEBRASGO, 2011).
        Em mulheres com diabetes melito gestacional precedente, avaliou-se o risco
de desenvolver diabetes tipo 2. O acompanhamento contínuo por sete anos aceitou
expor    que a    incidência cumulativa da doença foi similar entre usuárias de
contraceptivos orais combinados e usuárias de métodos não-hormonais. Ao
contrário, usuárias de progestógeno separado desenvolveram diabetes mais
ligeiramente durante os primeiros dois anos de uso (LUBIANCA, 2002).
        O uso contínuo de progestógeno isolado durante a amamentação associou-se
com risco aproximadamente três vezes maior de desenvolver diabetes melito tipo 2.
        Em   numerosos     estudos    têm-se     pesquisado      a    associação      entre
anticoncepcionais orais e o surgimento de câncer em mulheres, o que não foi
30



demonstrado em relação a câncer de mama, colo uterino, ovário e endométrio
(WANNMACHER, 2004).
      Em relação aos anticoncepcionais orais, mantém-se ainda a polêmica sobre a
associação de tromboembolismo venoso ao uso dos chamados representantes da
terceira geração. Em outubro de 1995, o British Committee on Safety of Medicines
noticiou os resultados preliminares de um estudo da Organização Mundial da Saúde
(OMS) acerca do risco de tromboembolismo venoso (casos hospitalares de
trombose venosa profunda e embolia pulmonar) em usuárias de anticoncepcionais
orais, o qual se expôs quatro vezes maior em comparação às não-usuárias.
Usuárias de anticoncepcionais orais de terceira geração proporcionaram o dobro do
risco de tromboembolismo quando comparadas às usuárias de anticoncepcionais
orais de segunda geração (BRASIL, 2011).
      Perante essa comprovação, outra publicação do mesmo grupo avaliou
secundariamente o risco de trombose venosa intensa associada a anticoncepcionais
orais com 35 microgramas ou menos de estrógeno conjugado com levonorgestrel ou
gestodeno/desogestrel (LUBIANCA, 2002).
      Em 2001, uma pesquisa avaliou de maneira quantitativa os estudos que
checaram anticoncepcionais de segunda e terceira geração quanto ao risco de
tromboembolismo venoso.        Os anticoncepcionais orais de terceira geração
evidenciaram estar associados a risco bem maior de tromboembolismo venoso,
quando comparados a contraceptivos de segunda geração. Deste modo, perante a
eficácia semelhante dos anticoncepcionais orais de segunda e terceira geração e às
evidências de maior risco de tromboembolismo venoso com os últimos, parece não
possuir motivos para troca indiscriminada desses compostos mais novos, exceto em
episódios de hiperandrogenismo. Mesmo nessas situações, há a opção pelo
etinilestradiol associado ao acetato de ciproterona, progestógeno que discretamente
tem perfil menos androgênico, tornando mínimos os efeitos como acne, hirsutismo e
alterações do metabolismo lipídico (WANNMACHER, 2004).
      De fato, é importante avaliar que a taxa de mortalidade por trombose venosa
é baixa (cerca de 3%), mas episódios não-fatais podem ser responsáveis por
morbidade significativa. Embora o risco total for pequeno, esse precisa ser analisado
quando se resolve pelo tipo de contraceptivo a ser usado (LUBIANCA, 2002).
31



5   INTERAÇÃO      MEDICAMENTOSA ENTRE              OS   ANTICONCEPCIONAIS          E
ANTIBIÓTICOS




      Os contraceptivos orais, tradicionalmente formados por uma associação dos
hormônios estrogênio e progesterona, atuam inibindo a ovulação, atrofiando o
revestimento do útero e dificultando a passagem dos espermatozóides devido ao
aumento da viscosidade do muco cervical. Para minimizar os riscos cardiovasculares
e outros efeitos colaterais associados às pílulas, as dosagens hormonais desses
remédios foram reduzidas (ANDRADE, 1999).
      Sob circunstâncias normais, estas concentrações mais baixas são bastante
efetivas. Porém, na presença de antimicrobianos, os níveis hormonais, já reduzidos,
podem cair ainda mais, comprometendo a eficácia dos contraceptivos orais. Os
hormônios da pílula são absorvidos pelo trato gastrintestinal, caem na corrente
sangüínea e vão parar no fígado, onde 50% do estrogênio são transformados em
outros compostos sem atividade anticoncepcional (UNIFESP, 2011).
      Esses compostos se misturam à bile e, portanto, são lançados novamente no
trato gastrintestinal. Uma parte deles é eliminada nas fezes e a outra sofre a ação de
enzimas produzidas pelas bactérias que vivem no intestino. O produto dessa reação
enzimática é o estrogênio ativo, que pode então ser reabsorvido, aumentando o
nível do hormônio circulante no sangue e garantindo o efeito contraceptivo. Os
antibióticos (também chamados de antimicrobianos) destroem as bactérias
intestinais e, conseqüentemente, não mais ocorrem reações enzimáticas que
liberam estrogênio ativo, cujo nível diminui no sangue (SOUSA, 1997).
      Essa seria uma explicação para o fracasso dos contraceptivos orais quando
tomados junto com antibióticos. No entanto, isso não explica porque as pílulas que
contêm apenas progesterona perdem sua eficácia quando usadas simultaneamente
com antimicrobianos. A aceleração do metabolismo hepático é outro mecanismo
pelo qual os antibióticos podem reduzir as concentrações hormonais e, portanto,
levar ao fracasso das pílulas anticoncepcionais (UNIFESP, 2011).
      O grande abjeto da associação é a Rifampicina, um antibiótico empregado
contra tuberculose, hanseníase e na profilaxia da meningite. É o antibiótico que
comprovadamente restringe a eficácia dos anticoncepcionais (ANDRADE, 1999).
32



         Outras classes como as tetraciclinas, metronidazol e derivados da penicilina
como amoxicilina e cefalosporinas também podem enfraquecer a concentração de
estradiol (SOUSA, 1997).
         Esse efeito parece suceder somente em um número restringido de mulheres,
mas como não há como saber de antemão quem será mais afetado, deve-se usar
métodos contraceptivos não hormonais durante o seu período de uso (ANDRADE,
1999).
         Em analogia aos outros antibióticos não existe qualquer proeminência de
interação com repercussão clínica. A imprecisão mais comum parece ser a interação
da pílula com a azitromicina (SOUSA, 1997).
33



6 OBJETIVOS




6.1 OBJETIVO GERAL


      Entender a eficácia dos contraceptivos sobre o organismo feminino, assim
como as possíveis reações adversas e interações medicamentosas dos mesmos.


6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


      1- Verificar o mecanismo de ação dos anticoncepcionais.
      2- Observar os efeitos dos mesmos sobre o organismo da mulher.
      3- Analisar seu uso juntamente com antibióticos.
34



7 MATERIAL E MÉTODO


        Para revisão de literatura sobre o tema escolhido foi realizado um
levantamento bibliográfico (livros), sobre o tema através de pesquisa de dados nas
bases    digitais   (Bireme,   Pubmed,   Scielo),   utilizando-se   as   palavras-chave
anticoncepcionais, hormônios, métodos.
35



8 CONSIDERAÇÕES FINAIS




      Diante desta pesquisa bibliográfica, foi possível verificar que, a pílula
anticoncepcional é um dos métodos usados para o controle da natalidade e
essencialmente utilizadas para o planejamento familiar.
      Considerado um dos melhores métodos de prevenção, o anticoncepcional é
um dos mais procurados para esse fim, e sua eficácia está relacionada ao modo
pelo qual a mulher o utiliza, não deixando de tomar nenhum dia.
      Antes de adotar a pílula como método contraceptivo é indispensável procurar
um médico, pois existem diversos tipos e somente este poderá identificar a pílula
que tenha menos efeitos colaterais para o organismo de cada mulher.
      A pílula pode ser usada também no tratamento da síndrome de ovários
policísticos, endometriose, acne, cólicas e distúrbios da menstruação, tais como
tensão pré-menstrual e cólica menstrual.
      As diferenças por faixa etária parecem refletir uma mudança em atitudes das
diversas mulheres frente à contracepção, ou seja, mulheres mais jovens fazem
maiores uso de contraceptivos orais.
      Por fim, pode- se observar que, a escolha do método contraceptivo deve ser
sempre personalizada levando-se em conta fatores como idade, números de filhos,
compreensão e tolerância ao método, desejo de procriação futura e a presença de
doenças crônicas que possam agravar-se com o uso de determinado método. Como
todos os métodos têm suas limitações, é importante que se entenda quais são elas,
para que eventualmente se possa optar por um dos métodos.
36



                                 REFERÊNCIAS



ANDRADE, E. D. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia. São Paulo, Artes
Médicas, 1999.


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<http://www.bayerpharma.com.br>. Acesso em 25 set. 2011.


FEBRASGO, Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia.
Manual de Anticoncepção. 2001. Disponível em <http://www.anticoncepcao.org.br>.
Acesso em 24 out 2011.


FUCHS, F. D., WANNMACHER, L., FERREIRA, M. B. C. Farmacologia Clínica:
Fundamentos da Terapêutica Racional. 3° ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2006.


HOY, S. M.; SCOTT, L. J. Estradiol Valerate/Dienogest. In Oral Contraception. Adis
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JUTTE, R. A longue durée de métodos contraceptivos. Hist Philos Vida Sci.
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LUBIANCA, J. N. Contraceptivos Orais. In: Fundamentos farmacológico-clínicos
dos medicamentos de uso corrente. Rio de Janeiro: ANVISA, ENSP, NAF, 2002.


NETO, A. A. Contracepção hormonal. Belo Horizonte: Coopmed, 2000


OMS.         Saúde.      Métodos         Hormonais.       Disponível   em
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RIBEIRO, C. L. A História dos Contraceptivos. Hist Philos Vida Sci. 2009.
Disponível em <www.pubmed.gov>. Acesso em 02 out. 2011.


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O uso de anticoncepcionais revisão bibliográfica

  • 1. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS FABIO SILVA SANTOS. O USO DE ANTICONCEPCIONAIS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FERNANDÓPOLIS – SP 2011
  • 2. FABIO SILVA SANTOS O USO DE ANTICONCEPCIONAIS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Trabalho de Conclusão de Curso de Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como parte das exigências para conclusão do curso de graduação em Farmácia Bioquímica. Orientador: Prof. Esp.MSc. Roney Eduardo Zaparoli FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FERNANDÓPOLIS - SP 2011
  • 3. FABIO SILVA SANTOS O USO DE ANTICONCEPCIONAIS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Trabalho de Conclusão de Curso de Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como parte das exigências para conclusão do curso de graduação em Farmácia Bioquímica. Examinadores Assinatura Conceito Prof. Esp.MSc. Roney Eduardo Zaparoli. Prof. Esp. Rosana Matsumi Kagesawa Motta. Prof. Esp. Gilson Bertoni Queiroz. Aprovada em .......... de ................. de 2011 Prof. Esp.MSc. Roney Eduardo Zaparoli Presidente da Banca Examinadora
  • 4. DEDICATÓRIAS Dedico este trabalho a todos os meus familiares, aos meus pais que sempre me apoiaram e me incentivaram ao longo desta caminhada. A minha esposa, pelo carinho, amor e compreensão durante todos esses anos de curso. Aos meus amigos pó sempre torcerem por mim. A Deus, por proporcionar mais esta vitória em minha vida.
  • 5. AGRADECIMENTOS Aos meus pais e familiares, agradeço de todo o coração, a compreensão que tiveram por mim, pois por muitas vezes estive ausente da companhia dos mesmos. A minha esposa, pelas orações e por estar sempre junto comigo, nesta caminhada. Aos meus amigos pelo carinho. Ao meu orientador, por estar sempre à disposição para me auxiliar na construção deste trabalho. A banca examinadora pela atenção para com este.
  • 6. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. (Mário Quintana)
  • 7. RESUMO Atualmente os anticoncepcionais não têm apenas a função de proteger a mulher de uma gravidez indesejada, mas também trás alguns benefícios para a saúde da mulher. Por causa da redução dos níveis hormonais na composição deste medicamento ele tem trazido mais benefícios do que efeitos colaterais negativos. As pílulas anticoncepcionais podem ser de três tipos: pílulas monofásicas, multifásicas ou de baixa dosagem. As pílulas monofásicas são aquelas onde se tomam a mesma dosagem todos os dias durante vinte e um dias parando apenas por sete dias para menstruação, os comprimidos possuem a mesma quantidade de hormônios, sendo estas as mais prescritas. Os anticoncepcionais hormonais constituem um método contraceptivo muito eficaz, que vem sendo utilizado por milhões de mulheres em todo o mundo. Porém, podem causar uma série de efeitos adversos, havendo necessidade de fornecer informações adequadas e corretas sobre contraceptivos, a fim de se prevenir, o agravamento destes efeitos, possíveis interações medicamentosas, aumentar a adesão ao tratamento e promover o sucesso contraceptivo desejado. Palavras chaves: Anticoncepcionais. Efeitos colaterais. Efeitos terapêuticos
  • 8. ABSTRACT Currently contraceptives are not only intended to protect women from unwanted pregnancies, but also brings some benefits to women's health. Because of the reduced hormone levels in the composition of the drug he has brought more benefits than negative side effects. Birth control pills may be of three types: monophasic, multiphasic or low dosage. Monophasic pills are those where you take the same dose every day for twenty-one days stopping only for seven days to menstruation, the pills have the same amount of hormones, which are the most prescribed. Hormonal contraceptives are a very effective method of contraception, which has been used by millions of women around the world. However, they can cause a variety of adverse effects, no need to provide adequate and accurate information about contraception in order to prevent the worsening of these effects, possible drug interactions, increase adherence to treatment and promote the success of contraception desired. Key- words: Contraceptive. Side effects. therapeutic effects
  • 9. LISTA DE ABREVIAÇÕES DIU: Dispositivo Intrauterino FDA: Food And Drug Adminstration DST: Doença Sexualmente Transmissível FSH: Hormônio Folículo Estimulante LH: Hormônio Luteinizante HIV: Vírus da Imunodeficiência Humana AMPc: Adenosina Monofosfato Cíclico
  • 10. SUMÁRIO INTRODUÇÃO...................................................................................................... 11 1 HISTÓRICO DOS CONTRACEPTIVOS.............................................................. 13 2 TIPOS DE ANTICONCEPCIONAIS E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS.............. 16 2.1 Anticoncepcionais Injetáveis................................................................................ 16 2.1.1 Anticoncepcional Hormonal (injetável combinado)......................................... 16 2.1.2 Anticoncepcional Injetável só de Progesterona............................................ 16 2.2 Implantes Hormonais (anticoncepção de longa duração)................................ 16 2.3 Diafragma............................................................................................................. 17 2.4 Esponjas e Espermicidas.................................................................................... 17 2.5 Dispositivo Intra-Uterino (DIU)............................................................................ 18 2.6 Barreira................................................................................................................ 19 2.7 Contraceptivo oral com estrogênio natural................................................... 21 2.7.1 Contraceptivos Orais..........................................................................................22 2.7.1.1 Farmacocinética dos Anticoncepcionais........................................................ 22 2.7.1.2 Farmacodinâmica dos Anticoncepcionais..................................................... 24 2.7.1.3 Seleção dos Contraceptivos Orais................................................................. 24 3 ESQUEMATIZAÇÃO PARA O USO DOS CONTRACEPTIVOS HORMONAIS... 26 3.1 Indicações............................................................................................................ 27 3.2 Eficácias dos Anticoncepcionais.......................................................................... 27 3.3 Principais Riscos do uso dos Anticoncepcionais................................................. 27 4 EFEITOS ADVERSOS DOS ANTICONCEPCIONAIS............................................29 5 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA ENTRE OS ANTICONCEPCIONAIS E ANTIBI- ÓTICOS...................................................................................................................... 31 6 OBJETIVOS.......................................................................................................... 33
  • 11. 6.1 Objetivo Geral..................................................................................................... 33 6.2 Objetivos Específicos......................................................................................... 33 7 MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................... 34 8 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 35 9 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 36
  • 12. 11 INTRODUÇÃO A maturidade sexual da mulher caracteriza- se pela atividade cíclica dos órgãos específicos da reprodução. A ovulação depende da oportunidade e coordenação de uma série de fenômenos biológicos que se sucedem no ciclo reprodutivo. O controle eficaz da concepção trouxe à sociedade um avanço incontestável, na medida em que facilitou a emancipação da mulher e sua participação no mercado de trabalho e ainda permitiu às famílias, mediante planejamento, a adequação entre número de filhos e suas condições econômicas, dentre outras (SILVA, 2006). O controle da reprodução humana reside no hipotálamo e a sua regulação, na hipófise. A maturidade não tem limites precisos e se estende da adolescência ao climatério (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006). Também carreou mudanças de mentalidade e costumes como a maior liberdade para a prática sexual, sobretudo nos mais jovens, o que se traduziu, parodoxalmente, não por maior controle da natalidade, mas sim por aumento de gravidez indesejadas e abortos entre adolescentes (SANTOS; LOYOLA; MORAES, 2011). Essa diversificação de resultados, acrescida da confusão gerada por preconceitos religiosos e outros hábitos e culturas diferentes, interesses político- econômicos, multiplicidade de dados científicos; redunda em ampla divergência de opinião e conduta no que concerne ao planejamento familiar. Apesar disso, contracepção é prática amplamente realizada no mundo inteiro (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006). A mulher, ou o casal, que procura aconselhamento com relação à anticoncepção deseja saber o melhor método a escolher, sua eficácia e os riscos decorrentes. A eficácia da contracepção e sua efetividade podem ser expressas por meio do índice de Pearl, corresponde ao número de gestações, ou seja, a falha, ocorridas em cem mulheres que utilizam sistematicamente o método durante um ano. O primeiro passo para a escolha da medida contraceptiva é o conhecimento dos diferentes métodos, comparando seus resultados e a continuidade do emprego (SANTOS; LOYOLA; MORAES, 2011). Anticoncepcionais orais constituem o mais efetivo dos métodos reversíveis. A eficácia e a continuidade de uso verificadas em ensaios clínicos controlados
  • 13. 12 costumam ser maiores que as observadas na prática diária. Isso se deve a que os primeiros se processam em locais escolhidos, com pacientes selecionados e em condições de vigilância rigorosas (RIBEIRO, 2011). Contemporaneamente não mais se discute a eficácia desses fármacos, mas ainda se polemiza a respeito de efeitos adversos e sobre as novas gerações de contraceptivos orais (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006). Os contraceptivos orais combinados também são amplamente utilizados por diminuir a incidência de amenorréia, ciclos irregulares, sangramentos intermenstruais, anemia ferropriva, tensão pré-menstrual, doenças benignas da mama, fibróides uterinos e cistos funcionais dos ovários. A aplicação mais importante dos estrogênios e progestógenos em combinação é a contracepção (RIBEIRO, 2011). Em geral, mostram-se muito eficazes e, quando administrados corretamente, o risco de concepção é extremamente pequeno. A taxa de gravidez é estimada em cerca de 0,5 a 1,0 por 100 mulheres/ano de risco. Não adianta ter conhecimento da existência dos diversos métodos, é fundamental a informação de seu funcionamento, sua eficácia, benefícios e desvantagens. A falta de conhecimento desses fatores leva ao seu uso impróprio, com o risco de uma gravidez indesejada (SANTOS; LOYOLA; MORAES, 2011). É necessário que se tenha em mente que antes de escolher por um método contraceptivo específico, é aconselhável que se procure um ginecologista, que será apto de analisar cada caso, já que nem todas as mulheres podem usar todos os métodos disponíveis. Ou seja, existem algumas contra-indicações (SILVA, 2006). Os métodos contraceptivos são classificados em cinco grupos: métodos comportamentais; métodos de barreira; dispositivos intra-uterinos; contracepção hormonal; contracepção cirúrgica. Veremos cada um dos métodos no decorrer dos capítulos deste trabalho (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006).
  • 14. 13 1 HISTÓRICO DOS CONTRACEPTIVOS Até o século XX, a contracepção (ou anticoncepção) praticava-se, principalmente pela interrupção do coito antes da ejaculação, método encanecido de vários séculos, logo, mais tarde, pelo uso do preservativo masculino (BAYER, 2011). A anticoncepção masculina também era praticada na antiguidade. No século I A.C. Dioscórides afirmou que tomar extractos de uma planta considerada variação da madressilva (Lonicera periclymenum) durante 36 dias, podia causar a esterilidade masculina. Assim que foi estabelecida a relação do sémen com a gravidez; o método anticoncepcional masculino mais conhecido era o coito interrompido, método citado na Génesis relacionando Onan, que provocou a ira de Deus ao derramar suas sementes no chão (RIBEIRO, 2011). Referências a respeito de tentativas para evitar gravidez na mulher foram encontradas no Papiro médico de Petrie, manuscrito egípcio de três grandes páginas, de 96 cm x 30 cm, de 1950 a.C. ou talvez até mais antigo. É conhecido, também, como Papiro de Kahoun, local onde foi descoberto em 1889. O Papiro de Ebers, de 1550 a.C., contém uma receita de um supositório, para uso intra-vaginal, composto de uma mistura de mel e pedaços de acácia. Sabe-se hoje que a acácia fermenta e produz o ácido láctico, que é um espermicida, isto é, mata o espermatozóide e por isso funcionava como anticoncepcional (BAYER, 2011). Muitas sociedades descobriram que a retirada do pênis da vagina antes da ejaculação poderia evitar a gravidez. Provavelmente os métodos mais antigos de contracepção (com excepção da abstinência sexual) são o coito interrompido, alguns métodos de barreira, a lavagem vaginal e métodos com o uso de ervas (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006). O coito interrompido provavelmente antecedeu todos os outros métodos de controle de natalidade. A história da anticoncepção medicamentosa começou há mais de dois mil anos. A excelente revisão de Himes relata que os primeiros remédios continham arsênico, estricnina e mercúrio, causando complicações tóxicas e, eventualmente fatais (RIBEIRO, 2011). O interesse pela fisiologia da reprodução humana foi iniciado nos fins do século XVII por de Graaf, com a demonstração da existência dos folículos ovarianos,
  • 15. 14 tendo Knauer sugerido a produlção hormonal a partir dos referidos folículos (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006). O corpo ativo do corpo lúteo foi identificado em 1928 por Corner e Allen, que comprovaram o prolongamento da gestação em coelhas ovariectomizadas pela injeção de corpo lúteo. Esse hormônio, que se mostrou eficaz para proteger a gestação, foi denominado de progesterona (SILVA, 2006). A partir de 1957 e, sobretudo, em 1963, as observações clínicas de Rock, Garcia e Pincus, injetando em mulheres inférteis os hormônios recém- isolados, para datar a cronologia do ciclo menstrual, constatram freqüentes inibições da ovulação; estava assim desvendando um amplo horizonte, que culminou com o emprego dos esteróides para o controle da fertilidade humana. O alto custo desses hormônios extraídos de fonte animal suscitou aobtenção de produtos absorvíveis pelo tubo digestivo, estimulando a pesquisa para a síntese de outros esteróides, a partir de vegetais (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006). A noretisterona, um hormônio sintético parecido à progesterona (daí ser chamado de progestógeno) foi sintetizada em 1950 por Djerassi, a partir da diosgenina, planta proveniente da batata-doce mexicana com características esteroidais (BAYER, 2011). A novidade contraceptiva subseqüente foi pequeno implante que continha o hormônio levonorgestrel. Esse implante foi colocado sob a pele da face interna do antebraço, tendo sido tencionado para ser eficaz por cinco anos. Porém, sua inclusão e saída solicitam profissional médico treinado, o que limita seu uso. O hormônio é liberado na musculatura e então atravessa a corrente sanguínea, podendo circular por todo o organismo e gerar determinados efeitos adversos (RIBEIRO, 2011). A procura de um contraceptivo oral remonta, antes de Pincus, a ensaios com um hormônio feminino chamado progesterona e aos métodos sobre sua obtenção. Um dos progressos biológicos do século tinha levado precisamente a um melhor entendimento do processo de fecundação, de seu mecanismo bioquímico (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006). Dito meramente, uma mulher grávida não pode fertilizar de novo porque o óvulo fecundado se circula de hormônios inibidores que evitam uma nova ovulação.
  • 16. 15 Conseqüentemente, se fosse provável produzir algum tipo de gravidez falsa da mulher, perante a ingestão de hormônios e inibidores, por exemplo, se impediria a fecundação (JUTTE, 2011). A progesterona continuava sendo empregado para confusões menstruais e a precaução de certas formas de aborto, no entanto sua obtenção era muito trabalhosa e cara. Um professor de química do Instituto Rockefeller da Pensilvânia, Russel E. Marker, examinando um grupo de esteróides, desvendou um processo de obtenção da progesterona. Marker analisou também que esses esteróides existiam em grande quantidade em algumas variantes dos yams, fruta de uma árvore silvestre mexicana. Derrotando muitos impedimentos financeiros, Marker coletou umas dez toneladas de yams e sintetizou 2.000 g de progesterona, que então custava US$80 o grama (BAYER, 2011). Com os doutores Chang e Rock na Fundação Worcester, Pincus descobriu os estrógenos e progestágenos , derivados da progesterona que mais inibiam a ovulação, e deles saiu a pílula anticoncepcional. Os primeiros ensaios, realizados em Porto Rico e Haiti, demonstraram sua eficácia. Uma larga série de modificações ocorreu desde então com sucessivos aperfeiçoamentos e correções dos efeitos secundários. O século XX havia reencontrado sua pílula reguladora da maternidade como uma de suas mais transcendentais invenções (RIBEIRO, 2011). Desde 1960, a análise de contraceptivos orais tem se centralizado em somar a segurança da pílula, enquanto diminui seus efeitos colaterais. Os pesquisadores alcançaram estes objetivos por meio da diminuição da quantidade de estrogênio contido na pílula, bem como ampliar distintas variante da progesterona sintética (VILELA, 2011). À primeira vista, a história da contracepção parece ser um progresso, desde os antigos métodos, para o preservativo moderno e pílula anticoncepcional. Um olhar mais atento, no entanto, mostra um padrão de continuidades notáveis no comportamento reprodutivo de homens e mulheres ao longo dos últimos dois mil anos (JUTTE, 2011).
  • 17. 16 2 TIPOS DE ANTICONCEPCIONAIS E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 2.1 Anticoncepcionais Injetáveis 2.1.1 Anticoncepcional Hormonal (injetável combinado) Estes são usados todo mês e ajustam estrogênio e progestágeno. Possui uma eficácia parecida aos anticoncepcionais orais combinantes. São empregados naquelas pacientes que não conseguem se lembrar de utilizar a pílula de forma diária ou têm intransigência gastrointestinal aos hormônios. Para determinadas pacientes existem a vantagem de ser empregado somente uma vez por mês (OMS, 2011). 2.1.2 Anticoncepcional Injetável só de Progesterona O mais habitual é o acetato de medroxiprogesterona, 150 mg a cada três meses. Seu resultado anticoncepcional é por inibição da ovulação e atrofia endometrial. Este é um dos processos reversíveis mais eficaz. O efeito adverso mais corriqueiro é o sangramento irregular e a amenorréia (ausência de menstruação). É contra-indicado em pacientes que almejam engravidar a curto prazo, pois após o uso pode haver falha de ovulação por prazos longos (de até 12 meses). É ainda muito usado por pacientes que estão a amamentar (OMS, 2011). 2.2 Implantes Hormonais (anticoncepção de longa duração) O implante subdérmico de levonorgestrel, um progestágeno, chamado Norplant; é um método de contracepção hormonal que apenas contém progestágeno (BAYER, 2011). Desde 1990 este método foi permitido para uso nos Estados Unidos, no entanto já era empregado há mais tempo em outros países. O Norplant é um
  • 18. 17 sistema que consiste em seis cápsulas que contém levonorgestrel. Este progestágeno é liberado lentamente das cápsulas tendo permanência de 5 anos, desde a introdução (VILELA, 2011). O implante de levonorgestrel inibe a ovulação, tem ação sobre o muco cervical e provoca atrofia de endométrio (OMS, 2011). Fig. 1 Cápsulas de norplant e Cápsulas subdérmicas de levonorgestrel. Fonte: http://www.abcdasaude.com.br 2.3 Diafragma É um anel maleável, agasalhado por uma membrana de látex fina, que a mulher precisa colocar na vagina, para cobrir o colo do útero. Como um obstáculo, ele evita a entrada dos espermatozóides, necessitando ser empregado junto com um espermicida, no máximo 6 horas antes da relação sexual. A aderência da paciente depende do uso apropriado do dispositivo. A higienização e o armazenamento apropriados do diafragma são fatores importantes na precaução de contaminações genitais e na extensão da vida útil do dispositivo. Por proporcionar diversos tamanhos (de acordo com o tamanho do colo uterino), deve ser recomendado por um médico para uma adaptação perfeita ao colo uterino. Aconselha- se inserir na vagina de 15 a 30 minutos antes da relação sexual e só remover 6 a 8 horas depois a última relação sexual de penetração (VILELA, 2011). O diafragma é um método anticoncepcional de uso feminino que incide num anel flexível, coberto no centro com uma delgada membrana de látex ou silicone em forma de cúpula que se coloca na vagina cobrindo totalmente o colo uterino e a
  • 19. 18 parte superior da vagina, impedindo a penetração dos espermatozóides no útero e trompas (BRASIL, 2002). Segundo Monzu (1992), o diafragma deve ser assentado duas horas do ato sexual e só deve ser retirado no mínimo oito horas após, sendo que uma constância prolongada pode causar irritação no colo do útero e na vagina. 2.4 Esponjas e Espermicidas As esponjas são feitas de poliuretano, são ajustadas ao colo uterino com alça para sua retirada e são descartáveis, estão conexas a espermicidas que são substâncias químicas que imobilizam e extinguem os espermatozóides, podendo ser usados em combinação também com o diafragma ou preservativos. Existem múltiplas apresentações de espermicidas, como por exemplo, os cremes, geléias, supositórios, tabletes e espumas (OMS, 2011). Os espermaticidas são um conjugado de substâncias químicas que desenvolvem uma película que recobre a vagina e o colo uterino, impedindo a penetração dos espermatozóides, além de prejudicar a membrana celular dos espermatozóides e inativá-los. Por não proporcionar proteção contraceptiva ajustada quando utilizado isoladamente, deve ser freqüente de forma combinada com o diafragma ou preservativo, a fim de aumentar a eficácia isolada de cada um. O agente espermaticida recomendado pelo Ministério da Saúde é à base de nonoxinol- 9. Espermaticidas que dominem acetato de fenil-mercúrio não devem ser empregados, pois há probabilidade de absorção do mercúrio e teratogenicidade (VILELA, 2011). 2.5 Dispositivo Intra-Uterino (DIU) Os DIUs são elementos de polietileno, aos quais podem ser acrescentados cobre ou hormônios, que são introduzidos na cavidade uterina desempenhando sua função contraceptiva. Operam evitando a fecundação, tornando complexo a passagem do espermatozóide pelo trato reprodutivo feminino (VILELA, 2011). As dificuldades mais comuns durante o uso do DIU são a expulsão do dispositivo, dor pélvica, dismenorréia e aumento do risco de infecção (infecção
  • 20. 19 aguda sem melhora ou infecções persistentes implicam na remoção do DIU). Precisa ser depositado pelo médico e é indispensável um controle semestral e sempre que surgirem leucorréias (JUTTE, 2011). Mulheres que têm hemorragias muito profusos ou cólicas fortes na menstruação, ou que tenham alguma irregularidade intra-uterina, como miomas ou câncer ginecológico, infecções nas trompas, sangramentos vaginais ou alergia ao cobre não podem usar o DIU. Não é aconselhado para nulíparas (VILELA, 2011). A gravidez raramente ocorre (eficácia alta, variando de 95 a 99,7%) com risco de abortamento no 1° e 2° trimestres. A remoção do DIU pode ser realizada após estimativa ultra-sonográfica, analisando os riscos para o embrião. Se a retirada não for possível por riscos de abortamento, a paciente deve ser acompanhada a intermitência de curtos tempos e orientada em relação a sangramentos vaginais e leucorréias (NETO, 2000). Disseminado atualmente no Brasil, o Mirena é um novo método endoceptivo, como o DIU. Trata-se de um dispositivo de plástico ou de metal depositado dentro do útero. É um DIU conjugado com hormônios. Tem forma de T, com um reservatório que contém 52 mg de um hormônio chamado levonogestrel que atua na eliminação dos receptores de estriol endometrial, provocando a atrofia do endométrio e inibição da abertura do espermatozóide por meio da cavidade uterina (VILELA, 2011). O Mirena age liberando uma pequena quantidade de hormônio diretamente da parede interna do útero, ininterruptamente por cinco anos. Ele também torna o muco do cérvix (colo do útero) mais denso, prevenindo a entrada do esperma. A dosagem é paralelo a tomar duas a três mini-pílulas por semana. A diferença do Mirena em semelhança aos outros dispositivos intra-uterinos é que ele impede abundantemente os efeitos colaterais (VILELA, 2011). Os dispositivos intra-uterinos são elementos que desempenham resultado anticonceptivo quando colocados na cavidade uterina. Geram uma reação inflamatória uterina, desencadeando alterações bioquímicas que intervêm no transporte dos espermatozóides no aparelho genital feminino e alteram os óvulos e espermatozóides, evitando a fecundação (CURITIBA, 2002).
  • 21. 20 2.6 Barreira Os métodos de barreira são aqueles que impedem a gravidez por meio da barreira do acesso dos espermatozóides ao útero. Esse bloqueio pode ser mecânico, químico ou misto (BRASIL, 2006). O preservativo masculino consiste em um envoltório de látex que recobre o pênis durante o ato sexual e detém o esperma por momento da ejaculação impedindo relação com a vagina, assim como impede que os microorganismos da vagina ingressem em contato com o pênis ou vice-versa. É um método que, além de poupar a gravidez, diminui o risco de transmissão do HIV e de outros agentes sexualmente transmissíveis (BRASIL, 2002). O preservativo feminino é um tubo de poliuretano com uma extremidade fechada e a outra aberta, conectado a dois anéis flexíveis também de poliuretano. O primeiro, que fica solto dentro do tubo, convém para ajudar na introdução e na fixação de preservativo no interior da vagina. O segundo anel compõe o reforço externo do preservativo que, quando perfeitamente colocado, cobre parte da vulva (BRASIL, 2002). A camisinha feminina é eficaz para proteger da gravidez e de DST/HIV/AIDS, quando usada em todas as relações sexuais, antes de qualquer contato do pênis com a vagina, também dá ampla autonomia à mulher sobre seu corpo e sua vida sexual a camisinha trabalha como uma barreira, recebendo o esperma ejaculado pelo homem na relação sexual, evitando a entrada dos espermatozóides no corpo da mulher, e evitando fecundação (BRASIL, 2006). 2.7 Contraceptivo oral com estrogênio natural As pílulas contraceptivas quando lançadas na década de sessenta, originaram grande impacto, influenciando e transformando o comportamento sexual até então vigorante (NETO, 2000). Seu uso admitiu a desvinculação do sexo com a procriação e o estágio mais livre da sexualidade. Inúmeras mudanças sucederam nas formulações dos anticonceptivos orais desde seu lançamento, compreendendo a diminuição gradativa
  • 22. 21 do estrogênio e a utilização de distintos agentes progestacionais (HOY, SCOTT; 2009). As primeiras pílulas disponíveis, analisadas de elevada dosagem, tinham 150mcg de etinil estradiol (estrogênio sintético), estando coligadas a uma fila de efeitos indesejáveis. Em seguida foram introduzidas as pílulas de média dosagem, aquelas com 50 mcg de estrogênio. Nas últimas décadas vêm se dando preferência ao emprego das chamadas pílulas de baixa dosagem, aquelas com 35, 30, 20 ou 15 mcg de etinil estradiol na sua formulação (NETO, 2000). Atualmente estão disponíveis diversos agentes progestacionais, uns mais androgênicos, outros menos e alguns com ação anti-androgênica. Deste modo tem- se os derivados da 19 nor- testosterona: o levonorgestrel (maior ação androgênica), a noretisterona, o gestodeno, o desogestrel e o norgestimato. Os derivados da 17 hidroxiprogesterona: acetato de medroxiprogesterona, acetato de ciproterona (marcada açãoantiandrogênica), acetato de clormadinona e mais recentemente um derivado da espironolactona, a drospirenona (ação anti-mineralocorticóide) (SOUZA, 2010). Sabe-se que o grande abjeto dos contraceptivos orais, é principalmente, o estrogênio, sendo a ele conferidos os principais riscos cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, elevação da pressão arterial, tromboembolismo, acidente vascular cerebral, entre outros (HOY, SCOTT; 2009). Tendo em vista tornar mínimos os efeitos indesejáveis, principalmente cardiovasculares, além de adequar maior segurança às usuárias, há tempos vêm-se procurando preparar um anticonceptivo oral a base de estrogênio natural (VILELA, 2011). O grande problema era obter uma associação estroprogestativa que consentisse um bom domínio do ciclo e avalizasse eficácia contraceptiva às usuárias (NETO, 2000). Atualmente foi lançado na Europa, pelo laboratório Bayer Schering Pharma, o primeiro contraceptivo oral combinante contendo estrogênio natural, o valerato de estradiol. O valerato de estradiol não é um estrogênio novo, vem sendo utilizado há alguns anos na contracepção hormonal injetável mensal, a inovação é a sua utilização na contracepção oral (SOUZA, 2010). A nova pílula anticoncepcional, lançada na Europa com o nome comercial de Qlaira, é combinada pela associação do valerato de estradiol (estrogênio natural) a
  • 23. 22 um progestágeno derivado da 19-nortestosterona, porém carente de efeito androgênico, o dienogest (VILELA, 2011). A novidade da formulação está disponível em regime quadrifásico, mesclado de 28 comprimidos, com acréscimo gradativo da progesterona e diminuição progressiva do estradiol. As exposições mais atuais a respeito deste contraceptivo confirmam menor intensidade e menor número de dias do sangramento menstrual, índice de Pearl em torno de 0,4 e adequada concordância entre as usuárias (SOUZA, 2010). 2.7.1 Contraceptivos Orais 2.7.1.1 Farmacocinética dos Anticoncepcionais No organismo feminino, os esteróides são regularmente produzidos nos ovários, no córtex das supra- renais e, durante a gestação, na placenta. As células ovarianas sintetizam o colesterol a partir do acetato. Ainda não se conhece a localização intracelular das enzimas responsáveis pela biossíntese dos esteróides (SILVA, 2006). A estimulação dos folículos ovarianos e a produção crescente dos estrógenos são reguladas pelo FSH e consubstanciadas pela síntese e ação do AMP cíclico. A histoquímica tem evidenciado que as células da teca interna secretam o 17- beta- estradiol, detectando- se, no plasma e/ou na urina, os produtos do seu metabolismo (ROWLANDS, 2003). O estradiol é normalmente absorvido pelo trato intestinal. A concentração máxima alcançada no plasma se dá entre uma a duas horas, e a eliminação é variável entre nove e vinte e sete horas (NETO, 2000). Ao nível do tubo intestinal e no fígado, é conjugado com os ácidos sulfúrico e glucurônico e sofre a chamada primeira passagem hepática. As bactérias intestinais através das enzimas podem hidrolisar o sulfato de etinil- estradiol. O mestranol tem metabolismo similar ao do etinil- estradiol porque a sua ação mais demorada se dá após a conversão em etinil- estradiol (SILVA, 2006). A progesterona é produzida no corpo lúteo à custa das células da granulosa, pouco antes do início da segunda fase do ciclo menstrual. O hormônio folículo-
  • 24. 23 luteinizante (LH) estimula a secreção da progesterona, e essa é também mediada pelo aumento do AMPc (NETO, 2000). A progesterona pode, no entanto se convertida em estradiol tendo como intermediária a androstenediona. De acordo com observações clássicas, os progestínicos formam o endométrio previamente estrogenizado em secretor e oferece suporte para o desenvolvimento e manutenção da gravidez. Os estudos biomoleculares reconheceram os progestágenos como compostos que se ligam aos receptores da progesterona, embora não se possa entender que outros receptores podem ser ocupados por outros gestínicos (ROWLANDS, 2003). Noretindrona, sob certas circunstâncias, pode estimular a proliferação do endométrio atrófico, e o acetato de ciproterona, sendo que, o progestágeno é reconhecido como antiandrogênico tanto no homem como na mulher. Os esteróides são absorvíveis através da pele e das membranas mucosas. As soluções se prestam para administração subcutânea e intramuscular. Os estrógenos semi- sintéticos e os novos progestínicos são também absorvíveis e isolados ou associados aos primeiros, são eficazes como regulamentadores do ciclo menstrual e da fertilidade (NETO, 2000). 2.7.2 Farmacodinâmica dos Anticoncepcionais Os contraceptivos são esteróides semi- sintéticos ou sintéticos isolados ou associados, com efeitos potentes sobre a regulação endócrina dos órgãos que controlam a reprodução humana (NETO, 2000). É fato amplamente conhecido que peqeunas doses de estrógeno e progesterona estimulam a secreção de LH. No entanto, a administração com doses regulares de estrógeno e/ ou progestínico inibe a ovulação, o efeito é aparentemente, mediado ao nível do hipotálamo ou dos centros nervosos superiores, embora outros mecanismos secundários estejam envolvidos para previnir a gravidez, se houver o fenômeno da ovulação também pode ocorrer por supressão dos fatores de liberação das gonadorrelinas e, consequentemente, impedindo o crescimentos dos folículos ovarianos. A administração associada de um estrógeno com um progestínico suprme a liberação de ambas as partes (SILVA, 2006).
  • 25. 24 2.7.3 Seleção dos Contraceptivos Orais Contraceptivos orais combinados estão indicados em mulheres sadias, preferencialmente não- fumantes, com menos de 35 anos de idade, que realmente desejam evitar a gravidez. Essa assertiva se justifica pelo fato de muitos dos efeitos adversos desse fármacos se expressarem predominantemente quando há condições adicionais de risco, como fumo, idade além de 35 anos, obesidade e hipertensão, também por se constituírem na medida reversível de maior eficácia e efetividade, grande praticidade e fácil acesso; além de apresentarem efeitos benéficos sobre a saúde (ROWLANDS, 2003). A comissão sobre fertilidade e saúde materna da FDA recomendou que mulheres sadias com mais de quarenta anos podem continuar usando contraceptivos orais, preferencialmente com baixas concentrações de estrógenos e progestógenos com perfil de risco conhecido (SILVA, 2006). Essa medida visa encorajar o emprego de métodos reversíveis nos estados Unidos e em outros países onde se verificam números crescentes de esterilização voluntária. Esse medicamentos apresentam vantagens adicionais como alívio de dismenorréia, mastodinia e tensão pré- menstrual, diminuição de incidência de hiperplasia e neoplasia endometriais, doença inflamatória, pélvica, gravidez ectópica, endometriose, doença fibrocística benigna da mama, cistos funcionais e câncer ovarianos; melhora de acne e hirsutismo (ROWLANDS, 2003). Protegem contra câncer de endométrio e ovários dentro de seis meses de uso. A incidência desses tumores decai em 50% após dois anos de emprego, e o efeito protetor perdura por quinze anos depois da suspensão dos anticoncepcionais (NETO, 2000). Para mulheres com acne, hirsutismo ou outra manifestação de intolerância, o anticoncepcional considerado como referência é estinilestradiol associado a acetato de ciproterona, progestógeno que sabidamente possui perfil menos androgênico (VILELA, 2011). Outros progestógenos também apresentam tal característica, porém associam- se a maior risco de tromboembolismo (SILVA, 2006).
  • 26. 25 Minipílulas, com maior índice de falha, estão indicadas quando há intolerância ou contra- indicação formal ao uso de estrógenos e durante a amamentação, pois não inibem a produção de leite. Nessa circunstância, também se admitem os anticoncepcionais combinados de baixas concentrações estrogênicas, desde que se mantenha alta a freqüência das mamadas (NETO, 2000).
  • 27. 26 3 ESQUEMATIZAÇÃO PARA O USO DOS CONTRACEPTIVOS HORMONAIS A terapêutica anticoncepcional vem evoluindo à medida que aparece novos componentes de síntese e mais se aprofundam os conhecimentos sobre os efeitos no organismo feminino (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006). O esquema seqüencial, inicialmente rotulado de segunda geração, foi desaconselhado a partir de 1976 por ser comprovadamente menos eficaz e de possível relação com o adenocarcinoma de endométrio. A indicação, atualmente, é excepcional (SILVA, 2006). A terapêutica anticoncepcional monofásica, também chamada de combinada, consiste na combinação de um estrógeno e um progestínico, em cada drágea, aqui chamada de pílula, administrada no primeiro dia da menstruação (VILELA, 2011). O comprimido deve ser tomado diariamente, no mesmo horário, sem interrupção, durante doze dias, seguindo- se uma pausa de sete dias. Para cada três semanas da terapêutica combinada, faz- se uma semana de repouso. Essa terapêutica, além de ser anovulatória, oferece proteção adicional pela interferência periférica e marcante sobre os órgãos da reprodução. Cada cartela seguinte será iniciada após o término dessa pausa de sete dias (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006). Recomenda- se o início da contracepção a partir do primeiro dia do ciclo com o propósito de assegurar a anovulação e rastrear a possibilidade de gestação incipiente ou tornar possível diagnosticar a possibilidade de amenorréia pós- pílula (VILELA, 2011). Define- se como bifásico o método cuja dose de progestínico varia em concentração, ao longo do ciclo artificial e conserva imutável a dose do componente estrogênico (SILVA, 2006). No método trifásico, varia- se a dose do progestínico em três períodos da administração e o estrogênio tem a dose modificada, isto é, elevada apenas uma vez ao correr do ciclo, tentando, dessa maneira imitar o ciclo menstrual fisiológico (SILVA, 2006). Anticoncepcional transdérmico ou adesivo contraceptivo fundamenta-se na liberação transdérmica contínua dos seus componentes com a vantagem de não ter
  • 28. 27 oscilações dos níveis sanguíneos e evitar a metabolização da primeira passagem hepática (VILELA, 2011). 3.1 Indicações A principal indicação dos anticoncepcionais é para a mulher adulta que deseja controlar a natalidade. A indicação do contraceptivo deve ser precedida de história clínica geral e dirigida e exame físico minudente. No exame ginecológico, é obrigatória a prevenção anual para se identificar e corrigir a patologia cervical e rejeitar a prática contraceptiva nas neoplasias incipientes. Sempre que possível, a ultra- sonografia pélvica transvaginal deve ser realizada (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006). 3.2 Eficácias dos Anticoncepcionais A incidência de gestações em casais em plena fase reprodutiva é de zero por cento ao final do primeiro ano. Isso significa que, em cem casais desprovidos de qualquer método anticoncepcional, a eficácia é de vinte por cento (SILVA, 2006). Chama- se de eficácia teórica a capacidade de prevenir a gestação de determinado método, quando em condições ideais de uso do anticoncepcional. Reserva- se a denominação eficácia de prática ou de uso aquela que resulta da aplicação do método pelo casal, com as eventualidades correntes do emprego incorreto da metodologia recomendada (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2006). A eficácia teórica dos anticoncepcionais combinados é de 99,9%, isso significa que se pode esperar o máximo de uma gravidez em mil mulheres por ano de uso metódico do contraceptivo (VILELA, 2011). 3.3 Principais Riscos do uso dos Anticoncepcionais Não são recomendados para lactantes pois afetam a qualidade e quantidade do leite; muito raramente, podem causar acidentes vasculares, tromboses venosas profundas ou infarto, sendo que o risco é maior entre fumantes (mais de 20
  • 29. 28 cigarros/dia) com 35 anos ou mais. Podem aumentar o risco para tumores de fígado, sendo extremamente raros os tumores malignos; de acordo com a informação atualmente disponível, a pílula não aumenta o risco para câncer de colo uterino e mama; porém, novos estudos são necessários para obterem-se conclusões mais precisas. Além disso, existem ainda dúvidas sobre a possível aceleração da evolução de cânceres pré-existentes com o uso da pílula (FEBRASGO, 2011).
  • 30. 29 4 EFEITOS ADVERSOS DOS ANTICONCEPCIONAIS Um estudo que analisou os resultados dos contraceptivos orais sobre mortalidade divulgou, em usuárias correntes, redução de mortalidade por câncer ovariano e avanço de mortalidade por doença cerebrovascular e câncer de colo uterino. Em mulheres que interromperam o uso há mais de 10 anos, as taxas de mortalidade foram parecidas às das que nunca consumiram contraceptivos, mostrando não haver efeito imutável (LUBIANCA, 2002). O uso demorado de anticoncepcionais orais causa aumento pequeno, entretanto expressivo, nas pressões sistólicas e diastólicas. Os níveis pressóricos revertem ao normal com a cessação dos hormônios. Em pacientes hipertensas, mesmo baixo aumento de pressão arterial pode ser maléfico, aconselhando- se modificação para método contraceptivo não-hormonal (WANNMACHER, 2004, pag. 2). Em estudo de casos e controles não se confirmou associação entre uso de contraceptivos orais e infarto do miocárdio, bem como não houve diferença entre representantes de segunda e terceira geração. Mulheres que toleraram infarto tinham outros fatores de risco cardiovasculares (em 88% dos casos). Das mulheres com menos de 45 anos que apresentaram um episódio de infarto, 87% não utilizavam contraceptivos. O tabagismo associou-se intensamente à ocorrência da doença, de modo que usuárias púberes que querem manter sua saúde cardiovascular precisam reduzir o fumo (FEBRASGO, 2011). Em mulheres com diabetes melito gestacional precedente, avaliou-se o risco de desenvolver diabetes tipo 2. O acompanhamento contínuo por sete anos aceitou expor que a incidência cumulativa da doença foi similar entre usuárias de contraceptivos orais combinados e usuárias de métodos não-hormonais. Ao contrário, usuárias de progestógeno separado desenvolveram diabetes mais ligeiramente durante os primeiros dois anos de uso (LUBIANCA, 2002). O uso contínuo de progestógeno isolado durante a amamentação associou-se com risco aproximadamente três vezes maior de desenvolver diabetes melito tipo 2. Em numerosos estudos têm-se pesquisado a associação entre anticoncepcionais orais e o surgimento de câncer em mulheres, o que não foi
  • 31. 30 demonstrado em relação a câncer de mama, colo uterino, ovário e endométrio (WANNMACHER, 2004). Em relação aos anticoncepcionais orais, mantém-se ainda a polêmica sobre a associação de tromboembolismo venoso ao uso dos chamados representantes da terceira geração. Em outubro de 1995, o British Committee on Safety of Medicines noticiou os resultados preliminares de um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) acerca do risco de tromboembolismo venoso (casos hospitalares de trombose venosa profunda e embolia pulmonar) em usuárias de anticoncepcionais orais, o qual se expôs quatro vezes maior em comparação às não-usuárias. Usuárias de anticoncepcionais orais de terceira geração proporcionaram o dobro do risco de tromboembolismo quando comparadas às usuárias de anticoncepcionais orais de segunda geração (BRASIL, 2011). Perante essa comprovação, outra publicação do mesmo grupo avaliou secundariamente o risco de trombose venosa intensa associada a anticoncepcionais orais com 35 microgramas ou menos de estrógeno conjugado com levonorgestrel ou gestodeno/desogestrel (LUBIANCA, 2002). Em 2001, uma pesquisa avaliou de maneira quantitativa os estudos que checaram anticoncepcionais de segunda e terceira geração quanto ao risco de tromboembolismo venoso. Os anticoncepcionais orais de terceira geração evidenciaram estar associados a risco bem maior de tromboembolismo venoso, quando comparados a contraceptivos de segunda geração. Deste modo, perante a eficácia semelhante dos anticoncepcionais orais de segunda e terceira geração e às evidências de maior risco de tromboembolismo venoso com os últimos, parece não possuir motivos para troca indiscriminada desses compostos mais novos, exceto em episódios de hiperandrogenismo. Mesmo nessas situações, há a opção pelo etinilestradiol associado ao acetato de ciproterona, progestógeno que discretamente tem perfil menos androgênico, tornando mínimos os efeitos como acne, hirsutismo e alterações do metabolismo lipídico (WANNMACHER, 2004). De fato, é importante avaliar que a taxa de mortalidade por trombose venosa é baixa (cerca de 3%), mas episódios não-fatais podem ser responsáveis por morbidade significativa. Embora o risco total for pequeno, esse precisa ser analisado quando se resolve pelo tipo de contraceptivo a ser usado (LUBIANCA, 2002).
  • 32. 31 5 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA ENTRE OS ANTICONCEPCIONAIS E ANTIBIÓTICOS Os contraceptivos orais, tradicionalmente formados por uma associação dos hormônios estrogênio e progesterona, atuam inibindo a ovulação, atrofiando o revestimento do útero e dificultando a passagem dos espermatozóides devido ao aumento da viscosidade do muco cervical. Para minimizar os riscos cardiovasculares e outros efeitos colaterais associados às pílulas, as dosagens hormonais desses remédios foram reduzidas (ANDRADE, 1999). Sob circunstâncias normais, estas concentrações mais baixas são bastante efetivas. Porém, na presença de antimicrobianos, os níveis hormonais, já reduzidos, podem cair ainda mais, comprometendo a eficácia dos contraceptivos orais. Os hormônios da pílula são absorvidos pelo trato gastrintestinal, caem na corrente sangüínea e vão parar no fígado, onde 50% do estrogênio são transformados em outros compostos sem atividade anticoncepcional (UNIFESP, 2011). Esses compostos se misturam à bile e, portanto, são lançados novamente no trato gastrintestinal. Uma parte deles é eliminada nas fezes e a outra sofre a ação de enzimas produzidas pelas bactérias que vivem no intestino. O produto dessa reação enzimática é o estrogênio ativo, que pode então ser reabsorvido, aumentando o nível do hormônio circulante no sangue e garantindo o efeito contraceptivo. Os antibióticos (também chamados de antimicrobianos) destroem as bactérias intestinais e, conseqüentemente, não mais ocorrem reações enzimáticas que liberam estrogênio ativo, cujo nível diminui no sangue (SOUSA, 1997). Essa seria uma explicação para o fracasso dos contraceptivos orais quando tomados junto com antibióticos. No entanto, isso não explica porque as pílulas que contêm apenas progesterona perdem sua eficácia quando usadas simultaneamente com antimicrobianos. A aceleração do metabolismo hepático é outro mecanismo pelo qual os antibióticos podem reduzir as concentrações hormonais e, portanto, levar ao fracasso das pílulas anticoncepcionais (UNIFESP, 2011). O grande abjeto da associação é a Rifampicina, um antibiótico empregado contra tuberculose, hanseníase e na profilaxia da meningite. É o antibiótico que comprovadamente restringe a eficácia dos anticoncepcionais (ANDRADE, 1999).
  • 33. 32 Outras classes como as tetraciclinas, metronidazol e derivados da penicilina como amoxicilina e cefalosporinas também podem enfraquecer a concentração de estradiol (SOUSA, 1997). Esse efeito parece suceder somente em um número restringido de mulheres, mas como não há como saber de antemão quem será mais afetado, deve-se usar métodos contraceptivos não hormonais durante o seu período de uso (ANDRADE, 1999). Em analogia aos outros antibióticos não existe qualquer proeminência de interação com repercussão clínica. A imprecisão mais comum parece ser a interação da pílula com a azitromicina (SOUSA, 1997).
  • 34. 33 6 OBJETIVOS 6.1 OBJETIVO GERAL Entender a eficácia dos contraceptivos sobre o organismo feminino, assim como as possíveis reações adversas e interações medicamentosas dos mesmos. 6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1- Verificar o mecanismo de ação dos anticoncepcionais. 2- Observar os efeitos dos mesmos sobre o organismo da mulher. 3- Analisar seu uso juntamente com antibióticos.
  • 35. 34 7 MATERIAL E MÉTODO Para revisão de literatura sobre o tema escolhido foi realizado um levantamento bibliográfico (livros), sobre o tema através de pesquisa de dados nas bases digitais (Bireme, Pubmed, Scielo), utilizando-se as palavras-chave anticoncepcionais, hormônios, métodos.
  • 36. 35 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante desta pesquisa bibliográfica, foi possível verificar que, a pílula anticoncepcional é um dos métodos usados para o controle da natalidade e essencialmente utilizadas para o planejamento familiar. Considerado um dos melhores métodos de prevenção, o anticoncepcional é um dos mais procurados para esse fim, e sua eficácia está relacionada ao modo pelo qual a mulher o utiliza, não deixando de tomar nenhum dia. Antes de adotar a pílula como método contraceptivo é indispensável procurar um médico, pois existem diversos tipos e somente este poderá identificar a pílula que tenha menos efeitos colaterais para o organismo de cada mulher. A pílula pode ser usada também no tratamento da síndrome de ovários policísticos, endometriose, acne, cólicas e distúrbios da menstruação, tais como tensão pré-menstrual e cólica menstrual. As diferenças por faixa etária parecem refletir uma mudança em atitudes das diversas mulheres frente à contracepção, ou seja, mulheres mais jovens fazem maiores uso de contraceptivos orais. Por fim, pode- se observar que, a escolha do método contraceptivo deve ser sempre personalizada levando-se em conta fatores como idade, números de filhos, compreensão e tolerância ao método, desejo de procriação futura e a presença de doenças crônicas que possam agravar-se com o uso de determinado método. Como todos os métodos têm suas limitações, é importante que se entenda quais são elas, para que eventualmente se possa optar por um dos métodos.
  • 37. 36 REFERÊNCIAS ANDRADE, E. D. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia. São Paulo, Artes Médicas, 1999. BAYER. Breve história da Anticoncepção. 2011. Disponível em <http://www.bayerpharma.com.br>. Acesso em 25 set. 2011. FEBRASGO, Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia. Manual de Anticoncepção. 2001. Disponível em <http://www.anticoncepcao.org.br>. Acesso em 24 out 2011. FUCHS, F. D., WANNMACHER, L., FERREIRA, M. B. C. Farmacologia Clínica: Fundamentos da Terapêutica Racional. 3° ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. HOY, S. M.; SCOTT, L. J. Estradiol Valerate/Dienogest. In Oral Contraception. Adis Drugs Profile, 2009. JUTTE, R. A longue durée de métodos contraceptivos. Hist Philos Vida Sci. 2005. Disponível em <www.pubmed.gov>. Acesso em 02 out. 2011. LUBIANCA, J. N. Contraceptivos Orais. In: Fundamentos farmacológico-clínicos dos medicamentos de uso corrente. Rio de Janeiro: ANVISA, ENSP, NAF, 2002. NETO, A. A. Contracepção hormonal. Belo Horizonte: Coopmed, 2000 OMS. Saúde. Métodos Hormonais. Disponível em <http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?474>. Acesso em 16 out. 2011. RIBEIRO, C. L. A História dos Contraceptivos. Hist Philos Vida Sci. 2009. Disponível em <www.pubmed.gov>. Acesso em 02 out. 2011. ROWLANDS, S. Newer progestogens. J. Farm Plann Reprod Health Care, n°29, 2003; pág. 13-16. SILVA, Penildo. Farmacologia. 7° ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
  • 38. 37 SOUSA, D. S. C. (Org.) Medicamentos: manual para agentes de saúde. Fortaleza: GPUIM/UFC, 1997. SOUZA, I. F. Novidade: Contraceptivo oral com estrogênio natural. Jornal da SOGISC. Dezembro de 2010. UNIFESP. Anticoncepção Hormonal. Disponível em <http://www.unifesp.br>. Acesso em 30 out 2011. VILELA, A. L. M. Métodos anticoncepcionais (contraceptivos). Disponível em <http://www.afh.bio.br/reprod/reprod8.asp>. Acesso em 16 out. 2011. WANNMACHER, L. Anticoncepcionais Orais: O que há de novo. Brasília: MS/CGDI/SAA/SE. 2004.