O documento descreve entrevistas realizadas com moradores do Bairro Antônio Dias em Ouro Preto sobre suas formas de lembrar e esquecer. As pessoas entrevistadas usam técnicas como escrever bilhetes, ler repetidamente, associar lembranças a lugares e cheiros. Muitos dizem que Ouro Preto por si só evoca muitas lembranças devido à sua história e importância cultural.
Oficina de Memória e Diversidade Cultural em Ouro Preto
1. Modos de lembrar, esquecer e viver: oficina de memória e diversidade cultural Observação e registro Doan Cruz – Ouro Preto MG Natália Figueiredo – Ouro Preto MG Rita Gabriela Carvalho – Pelotas RS Ouro Preto – Julho, 2011
2. “Modos de Lembrar Esquecer e Viver: Oficina de Memória e Diversidade Cultural” Lembrando e Esquecendo no Bairro Antônio Dias Ouro PretoG Festival de Inverno 2011 Ouro Preto-Minas Gerais
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4. “É imprescindível que se tome atitudes no sentido de valorizar, preservar e partilhar memórias dessas pessoas que são verdadeiros ‘Tesouros Humanos Vivos”(UNESCO)
5. Introdução: Participando da oficina modos de lembrar, esquecer e viver: memória e diversidade cultural, saímos às ruas do Bairro Antônio Dias com o objetivo de registrar e conhecer um pouco sobre as maneiras de lembrar e esquecer da população do bairro. Em nosso trabalho de campo foi utilizada a metodologia de entrevistas com os moradores, o uso de filmagens e fotografias.
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8. Artur relata que as praças e as ruas do bairro o fazem lembrar de acontecimentos como a sua festa de aniversário realizada em local próximo onde ocorreu a entrevista.
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11. Dona Mercês relata que não tem dificuldades para lembrar, apesar da sua idade, segundo ela consegue lembrar automaticamente das coisas. Umas das técnicas para manter uma boa memória que ela utiliza é a prática de crochê, tricô e pintura realizada no grupo da terceira idade.
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14. Para não esquecer das coisas Maria Inês escreve bilhetes de papel, prega lembretes por todas as partes e em imãs de geladeira, tem uma agenda e costuma escrever no calendário.
15. E ainda diz que Ouro Preto tem por si só essa capacidade de desencadear uma “série” de lembranças, como quando visita determinada igreja e se lembra de sua primeira comunhão.
20. Disse-nos que quando se esquece de algo, precisa de um tempo mínimo para que aquilo volte a memória.
21. E ao falar de esquecer, afirma que não gosta de maneira alguma de esquecer o dinheiro fora da carteira, precisa sempre de ter pelo menos 30 reais nela.
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25. Para se lembrar das coisas Rafael anota em vários lugares e papéis avulsos. Segundo ele o próprio ato de escrever ajuda a memorizar.
26. Ele lembra dos fatos de acordo com a sua necessidade e a importância destes, para ele. Cita como exemplo o “rock” que o faz lembrar de pessoas e amigos que ficaram em São João Del Rey onde morava anteriormente.