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EBD – Antigo Testamento –
Bereshith Bará Elohim
O livro de Gênesis.
Propósito:
Proporcionar uma narrativa autêntica da criação do Universo e da origem nobre do
homem ao ser criado por Deus; registrar a queda desse homem no pecado, com as
devidas consequências de corrupção e julgamento.
Revelar o plano redentor de Deus e Seu desejo de ter um povo separado para adorá-
Lo.
Salientar a soberania de Deus e enfatizar a responsabilidade do homem para com o
Deus soberano.
Título:
Os hebreus deram-lhe o nome de “Bereshith” devido à sua primeira frase, “No
princípio”.
Os tradutores da Septuaginta chamaram-no de “Gênesis” (origem) em virtude de ele
relatar a origem do Universo e do homem na obra criativa de Deus.
Ambos os nomes são apropriados, pois Gênesis prepara o terreno para a plena
compreensão da fé bíblica.
Autor: Moisés
Data:
1443 a. C., aproximadamente.
Gênesis foi provavelmente redigido durante a primeira parte da peregrinação pelo
deserto, enquanto procurava instruir Israel sobre as verdades fundamentais divinas e o
programa da aliança de Deus para com a nação.
Extensão
histórica de
Gênesis:
A história do Gênesis começa com a criação do Universo e do homem e termina com a
morte de José, o último dos patriarcas de Israel.
Extensão
geográfica de
Gênesis:
A ação geográfica do livro é a do vale da Mesopotâmia, conhecido como o “berço” da
raça humana, até o vale do Nilo, no Egito.
Cenário
religioso:
A religião, ou o relacionamento pessoal com Deus, figura proeminentemente em
Gênesis. Antes do dilúvio, o monoteísmo prevalece quase universalmente. Os castigos
divinos, por ocasião do dilúvio e da Torre de Babel, forma motivados pela insolência e
rebelião do povo. Na época de Abraão, a idolatria tinha se alastrado tanto na Caldéia
como no Egito. A idolatria motivou o posterior castigo divino no Egito.
A ação religiosa de Gênesis 1-11 retrata os inevitáveis resultados do pecado no mundo,
subjugando e corrompendo tudo o que toca. Começando com a independência e
desejos egoístas, o pecado sai do coração e da vontade e atinge o lar, a família, os
descendentes e a sociedade em geral. No dilúvio, Deus teve de quase destruir a raça
humana a fim de salvá-la.
Na história de Abraão e de sua aliança comDeus, o programa redentor divino é
apresentado como resposta do Criador ao dilema do homem no pecado. De um
mundo emaranhado em idolatria, Deus selecionou Abraão como um homem de fé a
fim de que fosse o recipiente da sua graça e das suas alianças, sendo que através delas,
o seu programa redentor seria executado.
Esboço:
I – A história da Criação (1.1 - 2.4)
II – A história de Adão (2.4 – 5.32)
III – A história de Noé ( 6.1 – 11.32)
IV - A história de Abraão ( 12.1 – 25.18)
V- A história de Isaque ( 25.19 – 28.9)
VI - A história de Jacó ( 28.10 – 36.43)
VII - A história de José ( 37.1 – 50.26)
~yhi_l{a/ ar'äB'
tyviÞareB.
Bereshith =Em Princípio
Gênesis1:1
VEn avrch/| h=n o`
lo,goj
En archê = Em Princípio
No princípioerao Verbo
João 1:1
~yhi_l{a/ ar'äB'
tyviÞareB.
Bereshith Bará Elohim
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tyviÞareB.
Bará
Criou
Kal (modoverbal)
CRIOU do NADA
Somente DEU
~yhi_l{a/ ar'äB'
tyviÞareB.
Elohim
Deus
Gênesis – Comentários do Prof. Antônio Neves Mesquita (adaptado)
`#r,a'(h' taeîw> ~yIm:ßV'h; taeî ~yhi_l{a/ ar'äB'
tyviÞareB. Gênesis 1.1
No princípio, criou Deus os céus e a terra
A palavra “princípio” (bereshith) significa começo de tempo e deve ser
distinguida da palavra principio (archê) de Jo 1.1, onde significa eternidade
(medida do tempo de Deus). Houve, portanto, um tempo em que não havia
mundo ou universo. O universo existe desde o seu princípio. Segundo esta
declaração, ele não é eterno. Só Deus é eterno. Em bereshith está implicada
a noção de começo temporal. O tempo tem um começo e se dirige para o
desígnio final de Deus, formando uma linha bem definida, caracterizada pelo
plano de salvação divino. O apóstolo João vê como em Cristo começa um novo
tempo, o tempo da graça. Tempo em que se cumprem as promessas feitas a
Israel e também as profecias sobre a vinda do Messias. Mas percebe que a
nova era continua a linha histórico- salvífica da era antiga e a aperfeiçoa. João
escreveu empregando o equivalente grego de bereshith, conforme aparece na
Septuaginta, e que respeita a construção original no hebraico: traduz bereshith como está no original hebraico
como “en archê”, sem o artigo, em vez de “en te archê”, com o artigo, que está mais de acordo com a gramática
grega. E ao escrever explicitamente que no archê (portanto, reshit) Logos já existia, e que o Logos é Cristo,
identifica assim o agente ou mediador da criação que é Jesus. No prólogo do evangelho de João, o Filho
preexistente é apresentado nitidamente como o mediador da criação original e como o mediador da nova criação.
João afirma categoricamente: “Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez”. O
Filho é apontado como sendo “o princípio” da criação original e da nova criação, tanto no sentido temporal quanto
no sentido de causa ou agente pessoal.
O verbo criar (bará) significa, segundo as melhores autoridades hebraístas, criar
sem o auxilio de material preexistente. Criar do nada. O hebraico bará, é uma
palavra chave, sendo empregada seis ou sete vezes no relato da criação. Essa
palavra tem Deus como seu único sujeito no Antigo Testamento, e não se faz
nenhuma menção do material a partir do qual se cria algum objeto. Ele
descreve um modo de agir que não possui analogia humana. Só Deus cria,
assim como só Deus salva.
A palavra “Deus” aqui traduzida vem da palavra hebraica Elohim, que significa
literalmente “deuses”, mas é empregada com o verbo no singular. O agente da
criação é pluralístico em pessoa; quanto à ação é singular. Mais de uma pessoa
agindo, mas uma só ação. Isto combina com o que João diz: “No princípio era o
Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... “Todas as coisas
foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez”. Alguns estudiosos
admitem a co-participação da Trindade na criação, tanto por causa do texto de
Gênesis como pelo teor geral da Bíblia. O verso 2 fala do Espírito movendo-se
sobre o abismo, como infundindo-lhe vida. Deus, o Pai, Deus, o Filho, Deus, o
Espírito Santo, estavam associados à obra da criação; o termo Elohim
incidentalmente afirma isto.
O verso apresentado por si só sustenta as doutrinas fundamentais da Bíblia e nega algumas das heresias mais
populares. Ensina a unidade de Deus, declarando que Ele, somente Ele, criou, no princípio, o universo. Afirma a
personalidade de Deus, atribuindo-lhe vontade e determinação. Ensina Sua onipotência, em criar do nada este
maravilhoso universo. Declara sua bondade, em fazer tudo isto para a felicidade do homem. Nega ao mesmo
tempo o ateísmo, afirmando que Deus foi o criador do mundo. Nega o politeísmo, ensinando que não há muitos
deuses, mas Deus foi o criador. Nega o materialismo, afirmando a criação da matéria e, portanto, a sua
temporalidade. Nega o fatalismo, aceitando a ação e liberdade do ser Supremo com um plano inteligente e
beneficente. Nega a filosofia platônica de que o universo foi formado por uma emanação (Demiurgo) – um deus
imperfeito que criou o homem e um mundo problemáticos-, atestando que o universo e Deus são perfeitamente
distintos e inconfundíveis. Nega, finalmente a geração espontânea, atribuindo a criação, em tempo a um ato único
e completo, excluindo a possibilidade da matéria continuar a se criar ou se desenvolver.

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Bereshith bará elohim

  • 1. EBD – Antigo Testamento – Bereshith Bará Elohim O livro de Gênesis. Propósito: Proporcionar uma narrativa autêntica da criação do Universo e da origem nobre do homem ao ser criado por Deus; registrar a queda desse homem no pecado, com as devidas consequências de corrupção e julgamento. Revelar o plano redentor de Deus e Seu desejo de ter um povo separado para adorá- Lo. Salientar a soberania de Deus e enfatizar a responsabilidade do homem para com o Deus soberano. Título: Os hebreus deram-lhe o nome de “Bereshith” devido à sua primeira frase, “No princípio”. Os tradutores da Septuaginta chamaram-no de “Gênesis” (origem) em virtude de ele relatar a origem do Universo e do homem na obra criativa de Deus. Ambos os nomes são apropriados, pois Gênesis prepara o terreno para a plena compreensão da fé bíblica. Autor: Moisés Data: 1443 a. C., aproximadamente. Gênesis foi provavelmente redigido durante a primeira parte da peregrinação pelo deserto, enquanto procurava instruir Israel sobre as verdades fundamentais divinas e o programa da aliança de Deus para com a nação. Extensão histórica de Gênesis: A história do Gênesis começa com a criação do Universo e do homem e termina com a morte de José, o último dos patriarcas de Israel. Extensão geográfica de Gênesis: A ação geográfica do livro é a do vale da Mesopotâmia, conhecido como o “berço” da raça humana, até o vale do Nilo, no Egito. Cenário religioso: A religião, ou o relacionamento pessoal com Deus, figura proeminentemente em Gênesis. Antes do dilúvio, o monoteísmo prevalece quase universalmente. Os castigos divinos, por ocasião do dilúvio e da Torre de Babel, forma motivados pela insolência e rebelião do povo. Na época de Abraão, a idolatria tinha se alastrado tanto na Caldéia como no Egito. A idolatria motivou o posterior castigo divino no Egito. A ação religiosa de Gênesis 1-11 retrata os inevitáveis resultados do pecado no mundo, subjugando e corrompendo tudo o que toca. Começando com a independência e desejos egoístas, o pecado sai do coração e da vontade e atinge o lar, a família, os descendentes e a sociedade em geral. No dilúvio, Deus teve de quase destruir a raça humana a fim de salvá-la. Na história de Abraão e de sua aliança comDeus, o programa redentor divino é apresentado como resposta do Criador ao dilema do homem no pecado. De um mundo emaranhado em idolatria, Deus selecionou Abraão como um homem de fé a fim de que fosse o recipiente da sua graça e das suas alianças, sendo que através delas, o seu programa redentor seria executado. Esboço: I – A história da Criação (1.1 - 2.4) II – A história de Adão (2.4 – 5.32) III – A história de Noé ( 6.1 – 11.32) IV - A história de Abraão ( 12.1 – 25.18) V- A história de Isaque ( 25.19 – 28.9) VI - A história de Jacó ( 28.10 – 36.43) VII - A história de José ( 37.1 – 50.26)
  • 2. ~yhi_l{a/ ar'äB' tyviÞareB. Bereshith =Em Princípio Gênesis1:1 VEn avrch/| h=n o` lo,goj En archê = Em Princípio No princípioerao Verbo João 1:1 ~yhi_l{a/ ar'äB' tyviÞareB. Bereshith Bará Elohim ~yhi_l{a/ ar'äB' tyviÞareB. Bará Criou Kal (modoverbal) CRIOU do NADA Somente DEU ~yhi_l{a/ ar'äB' tyviÞareB. Elohim Deus Gênesis – Comentários do Prof. Antônio Neves Mesquita (adaptado) `#r,a'(h' taeîw> ~yIm:ßV'h; taeî ~yhi_l{a/ ar'äB' tyviÞareB. Gênesis 1.1 No princípio, criou Deus os céus e a terra A palavra “princípio” (bereshith) significa começo de tempo e deve ser distinguida da palavra principio (archê) de Jo 1.1, onde significa eternidade (medida do tempo de Deus). Houve, portanto, um tempo em que não havia mundo ou universo. O universo existe desde o seu princípio. Segundo esta declaração, ele não é eterno. Só Deus é eterno. Em bereshith está implicada a noção de começo temporal. O tempo tem um começo e se dirige para o desígnio final de Deus, formando uma linha bem definida, caracterizada pelo plano de salvação divino. O apóstolo João vê como em Cristo começa um novo tempo, o tempo da graça. Tempo em que se cumprem as promessas feitas a Israel e também as profecias sobre a vinda do Messias. Mas percebe que a nova era continua a linha histórico- salvífica da era antiga e a aperfeiçoa. João escreveu empregando o equivalente grego de bereshith, conforme aparece na Septuaginta, e que respeita a construção original no hebraico: traduz bereshith como está no original hebraico como “en archê”, sem o artigo, em vez de “en te archê”, com o artigo, que está mais de acordo com a gramática grega. E ao escrever explicitamente que no archê (portanto, reshit) Logos já existia, e que o Logos é Cristo, identifica assim o agente ou mediador da criação que é Jesus. No prólogo do evangelho de João, o Filho preexistente é apresentado nitidamente como o mediador da criação original e como o mediador da nova criação. João afirma categoricamente: “Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez”. O Filho é apontado como sendo “o princípio” da criação original e da nova criação, tanto no sentido temporal quanto no sentido de causa ou agente pessoal. O verbo criar (bará) significa, segundo as melhores autoridades hebraístas, criar sem o auxilio de material preexistente. Criar do nada. O hebraico bará, é uma palavra chave, sendo empregada seis ou sete vezes no relato da criação. Essa palavra tem Deus como seu único sujeito no Antigo Testamento, e não se faz nenhuma menção do material a partir do qual se cria algum objeto. Ele descreve um modo de agir que não possui analogia humana. Só Deus cria, assim como só Deus salva. A palavra “Deus” aqui traduzida vem da palavra hebraica Elohim, que significa literalmente “deuses”, mas é empregada com o verbo no singular. O agente da criação é pluralístico em pessoa; quanto à ação é singular. Mais de uma pessoa agindo, mas uma só ação. Isto combina com o que João diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... “Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez”. Alguns estudiosos admitem a co-participação da Trindade na criação, tanto por causa do texto de Gênesis como pelo teor geral da Bíblia. O verso 2 fala do Espírito movendo-se sobre o abismo, como infundindo-lhe vida. Deus, o Pai, Deus, o Filho, Deus, o Espírito Santo, estavam associados à obra da criação; o termo Elohim incidentalmente afirma isto. O verso apresentado por si só sustenta as doutrinas fundamentais da Bíblia e nega algumas das heresias mais populares. Ensina a unidade de Deus, declarando que Ele, somente Ele, criou, no princípio, o universo. Afirma a personalidade de Deus, atribuindo-lhe vontade e determinação. Ensina Sua onipotência, em criar do nada este maravilhoso universo. Declara sua bondade, em fazer tudo isto para a felicidade do homem. Nega ao mesmo tempo o ateísmo, afirmando que Deus foi o criador do mundo. Nega o politeísmo, ensinando que não há muitos deuses, mas Deus foi o criador. Nega o materialismo, afirmando a criação da matéria e, portanto, a sua temporalidade. Nega o fatalismo, aceitando a ação e liberdade do ser Supremo com um plano inteligente e beneficente. Nega a filosofia platônica de que o universo foi formado por uma emanação (Demiurgo) – um deus imperfeito que criou o homem e um mundo problemáticos-, atestando que o universo e Deus são perfeitamente
  • 3. distintos e inconfundíveis. Nega, finalmente a geração espontânea, atribuindo a criação, em tempo a um ato único e completo, excluindo a possibilidade da matéria continuar a se criar ou se desenvolver.