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II FÓRUM DE PROFESSORES
 O ENSINO DE FILOSOFIA
A pergunta:


Crianças de seis anos.
E agora, o que fazer?
Como seria possível estabelecer o
contato entre filosofia e crianças?
O Cenário:




  O atual cenário que pode ser identificado
  como um momento de crise -do grego Krisis -
  um momento de busca de alternativas, saídas
  necessárias que devem se oferecer a uma
  situação.

   A sociedade narcísica e individualista vê tudo
   como uma extensão de seu braço, tudo pode
   ser seu objeto, incluindo o outro.
A criança

Tentar conhecer a criança.

As crianças em idade escolar, especialmente as de
seis anos de idade, não possuem todas as
características do pensamento lógico de um adulto.

A criança se manifesta copiando o universo adulto. As
maneiras de agir de um membro de seu grupo familiar são
imitadas. Essa imitação, porém, não garante que a criança
tenha apreensão e consciência dos gestos e palavras que
ela repete.


No entanto a incorporação de padrões culturais não se
encontra fechada na criança que passa por uma fase
constante de desenvolvimento e aquisição de conhecimento.
Mas como iniciar o processo de
questionamento da realidade
com crianças, que como já foi
mencionado encontra-se em
fase de desenvolvimento?
Captar os fatores de interesse em
comum entre crianças e filosofia.
O fator de interesse emocional:
Os afetos de raiva, simpatia, alegria,
prazer, angustia, entre outros fazem
parte da vivência pessoal da criança e
norteiam suas escolhas e
manifestações.

O fator de interesse moral:
O que ela interroga?
Para a criança a moral é saber julgar o que é
bom ou ruim, certo ou errado, de verdade ou
de mentira, que faz bem ou que faz mal, o
que pode lhe dar prazer e a que preço.
“Segundo Piaget, toda moral consiste num sistema de regras,
e a essência de toda moralidade deve ser procurada no
respeito que o indivíduo adquire por essas regras”. (Telma
Pileggi Vinha)




“Para Piaget, o mais importante não é possuir esse ou aquele
valor moral, mas sim o motivo pelo qual aceitamos ou
seguimos esses valores”.
Dilemas morais: Um bom começo e uma boa
ferramenta de trabalho.
Os dilemas morais são notoriamente um
bom vínculo para estabelecer entre o
professor e as crianças uma linha comum
de interesse, uma ferramenta que
também ajuda no desenvolvimento lógico
e moral da criança, além de ajudar na
descentralização do egocentrismo infantil
presente nos alunos de seis anos.

“Os dilemas morais são pequenas
histórias que revelam um conflito
moral, solicitando assim uma decisão
individual: a pessoa deve pensar sobre
qual a melhor solução para o dilema e
fundamentar sua decisão na forma de
raciocínios morais e logicamente
válidos”.[Telma Pileggi Vinha]
Atenção

A moralidade vista deste aspecto serve à
filosofia, mas não a excede. O discurso
filosófico libera uma série de outras
possibilidades e discussões em seu
campo.
O diálogo e a investigação. Sócrates e as crianças.

“Conhece-te a ti mesmo”. “A Inscrição no templo de Apolo –
significa que o conhecimento não é um estado (o estado de
sabedoria), mas um processo, uma busca, uma procura da
verdade.


“Diferentemente dos sofistas, Sócrates não se apresenta como
professor. Pergunta, não responde. Indaga, não ensina. Não faz
preleções, mas introduz o diálogo como busca da
verdade”.[Marilena Chauí]
“Sócrates trabalha de tal maneira
que o interlocutor possa responder:
vem      de    nós    mesmos     (a
verdade), isto é do juízo que
fazemos sobre as coisas. Se temos
dificuldade para encontrá-la é
porque vivemos como autômatos
que obedecem cegamente a ordens
externas, isto é, porque aceitamos
passivamente      os   preconceitos
estabelecidos”.
O diálogo socrático suscita no
interlocutor    o     desejo     de
investigação e questionamento.
(Marilena Chauí).
A Filosofia: As expressões artísticas, a
problematização e a (des)construção da
subjetividade.
“Uma tela, como Ceci n´est pás une pipe de Magritte, ou como
outra qualquer, não existe para afirmar, mas para interrogar o
seu espectador e criar novas espacialidades, suscitar novas
interpretações sobre o mundo. Assim como o livro é para o
narrador de D. Quixote de La Mancha uma máquina de soadas
sonhadas invenções. Sendo pintura, escultura ou cinema, a
arte não tem a função de afirmar placidamente os sentidos e
engessá-los para todo o sempre, pelo contrário, ela pretende
sempre amolecer os sentidos, dar novas e contínuas formas a
eles. D. Quixote quis copiar as palavras que leu para
reinterpretar as coisas do mundo, mas a cópia já não era
cópia, já era interpretação”. (Marisa Martins Gama Khalil)
O Cinema: Kiriku e a Feiticeira
A problematização do filme:


Quem é Kiriku?
Ele tem idéias?
Quando ele as têm?
Como ele nasce?
O que te chamou a atenção?
O que ele faz na história?
Ele é diferente de você?
O que ele tem de parecido com você?
O que você não entendeu do filme?
O pensar. O que é?


“O que distingue o pensamento é que ele é totalmente diferente
do conjunto das representações implicadas em um
comportamento; ele também é diferente do campo das atitudes
que podem determiná-lo. O pensamento não é o que se
presentifica em uma conduta e lhe dá um sentido: é, sobretudo,
aquilo que permite tomar uma distância em relação a essa
maneira de fazer ou de reagir, e tomá-la como objeto de
pensamento e interrogá-la sobre seu sentido, suas condições e
seus fins. O pensamento é liberdade em relação aquilo que se
faz, o movimento pelo qual dele nos separamos, constituímo-lo
como objeto e pensamo-lo como problema”. (Foucault)
As crianças querem pensar a realidade de forma
crítica.
O que você vê?
Eu vejo uma roda.




              Eu vejo pessoas brincando.




Eu vejo pessoas dançando.
Por     fim   o   discurso
filosófico se ligando a
outros discursos e num
processo de troca com a
criança quer permitir que
essa criança se perca do
que já representa e
experimente a indagação
brincalhona de como ela
fala,     como    ela   se
representa,     como   ela
interpreta, de como o
mundo a sua volta se
manifesta. Enfim, que ela
se reinvente na sala de
aula e quem sabe fora
dela.
O estilo e o estilete.
“O senhor... Mire e veja: o mais
importante e bonito, do mundo, é isto:
que as pessoas não estão sempre
iguais, ainda não foram terminadas –
mas que elas vão sempre mudando.
Afinam ou desafinam”. (Guimarães
Rosa).
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Apresentação2006 Filosofia.

  • 1. II FÓRUM DE PROFESSORES O ENSINO DE FILOSOFIA
  • 2. A pergunta: Crianças de seis anos. E agora, o que fazer?
  • 3. Como seria possível estabelecer o contato entre filosofia e crianças?
  • 4. O Cenário: O atual cenário que pode ser identificado como um momento de crise -do grego Krisis - um momento de busca de alternativas, saídas necessárias que devem se oferecer a uma situação. A sociedade narcísica e individualista vê tudo como uma extensão de seu braço, tudo pode ser seu objeto, incluindo o outro.
  • 5. A criança Tentar conhecer a criança. As crianças em idade escolar, especialmente as de seis anos de idade, não possuem todas as características do pensamento lógico de um adulto. A criança se manifesta copiando o universo adulto. As maneiras de agir de um membro de seu grupo familiar são imitadas. Essa imitação, porém, não garante que a criança tenha apreensão e consciência dos gestos e palavras que ela repete. No entanto a incorporação de padrões culturais não se encontra fechada na criança que passa por uma fase constante de desenvolvimento e aquisição de conhecimento.
  • 6. Mas como iniciar o processo de questionamento da realidade com crianças, que como já foi mencionado encontra-se em fase de desenvolvimento?
  • 7. Captar os fatores de interesse em comum entre crianças e filosofia. O fator de interesse emocional: Os afetos de raiva, simpatia, alegria, prazer, angustia, entre outros fazem parte da vivência pessoal da criança e norteiam suas escolhas e manifestações. O fator de interesse moral: O que ela interroga? Para a criança a moral é saber julgar o que é bom ou ruim, certo ou errado, de verdade ou de mentira, que faz bem ou que faz mal, o que pode lhe dar prazer e a que preço.
  • 8. “Segundo Piaget, toda moral consiste num sistema de regras, e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por essas regras”. (Telma Pileggi Vinha) “Para Piaget, o mais importante não é possuir esse ou aquele valor moral, mas sim o motivo pelo qual aceitamos ou seguimos esses valores”.
  • 9. Dilemas morais: Um bom começo e uma boa ferramenta de trabalho.
  • 10. Os dilemas morais são notoriamente um bom vínculo para estabelecer entre o professor e as crianças uma linha comum de interesse, uma ferramenta que também ajuda no desenvolvimento lógico e moral da criança, além de ajudar na descentralização do egocentrismo infantil presente nos alunos de seis anos. “Os dilemas morais são pequenas histórias que revelam um conflito moral, solicitando assim uma decisão individual: a pessoa deve pensar sobre qual a melhor solução para o dilema e fundamentar sua decisão na forma de raciocínios morais e logicamente válidos”.[Telma Pileggi Vinha]
  • 11. Atenção A moralidade vista deste aspecto serve à filosofia, mas não a excede. O discurso filosófico libera uma série de outras possibilidades e discussões em seu campo.
  • 12. O diálogo e a investigação. Sócrates e as crianças. “Conhece-te a ti mesmo”. “A Inscrição no templo de Apolo – significa que o conhecimento não é um estado (o estado de sabedoria), mas um processo, uma busca, uma procura da verdade. “Diferentemente dos sofistas, Sócrates não se apresenta como professor. Pergunta, não responde. Indaga, não ensina. Não faz preleções, mas introduz o diálogo como busca da verdade”.[Marilena Chauí]
  • 13. “Sócrates trabalha de tal maneira que o interlocutor possa responder: vem de nós mesmos (a verdade), isto é do juízo que fazemos sobre as coisas. Se temos dificuldade para encontrá-la é porque vivemos como autômatos que obedecem cegamente a ordens externas, isto é, porque aceitamos passivamente os preconceitos estabelecidos”. O diálogo socrático suscita no interlocutor o desejo de investigação e questionamento. (Marilena Chauí).
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17. A Filosofia: As expressões artísticas, a problematização e a (des)construção da subjetividade.
  • 18.
  • 19. “Uma tela, como Ceci n´est pás une pipe de Magritte, ou como outra qualquer, não existe para afirmar, mas para interrogar o seu espectador e criar novas espacialidades, suscitar novas interpretações sobre o mundo. Assim como o livro é para o narrador de D. Quixote de La Mancha uma máquina de soadas sonhadas invenções. Sendo pintura, escultura ou cinema, a arte não tem a função de afirmar placidamente os sentidos e engessá-los para todo o sempre, pelo contrário, ela pretende sempre amolecer os sentidos, dar novas e contínuas formas a eles. D. Quixote quis copiar as palavras que leu para reinterpretar as coisas do mundo, mas a cópia já não era cópia, já era interpretação”. (Marisa Martins Gama Khalil)
  • 20. O Cinema: Kiriku e a Feiticeira
  • 21. A problematização do filme: Quem é Kiriku? Ele tem idéias? Quando ele as têm? Como ele nasce? O que te chamou a atenção? O que ele faz na história? Ele é diferente de você? O que ele tem de parecido com você? O que você não entendeu do filme?
  • 22. O pensar. O que é? “O que distingue o pensamento é que ele é totalmente diferente do conjunto das representações implicadas em um comportamento; ele também é diferente do campo das atitudes que podem determiná-lo. O pensamento não é o que se presentifica em uma conduta e lhe dá um sentido: é, sobretudo, aquilo que permite tomar uma distância em relação a essa maneira de fazer ou de reagir, e tomá-la como objeto de pensamento e interrogá-la sobre seu sentido, suas condições e seus fins. O pensamento é liberdade em relação aquilo que se faz, o movimento pelo qual dele nos separamos, constituímo-lo como objeto e pensamo-lo como problema”. (Foucault)
  • 23. As crianças querem pensar a realidade de forma crítica.
  • 24. O que você vê?
  • 25. Eu vejo uma roda. Eu vejo pessoas brincando. Eu vejo pessoas dançando.
  • 26. Por fim o discurso filosófico se ligando a outros discursos e num processo de troca com a criança quer permitir que essa criança se perca do que já representa e experimente a indagação brincalhona de como ela fala, como ela se representa, como ela interpreta, de como o mundo a sua volta se manifesta. Enfim, que ela se reinvente na sala de aula e quem sabe fora dela.
  • 27. O estilo e o estilete. “O senhor... Mire e veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam”. (Guimarães Rosa).