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RASTREAMENTO E
DIAGNÓSTICO PRECOCE
 NO CÂNCER DE MAMA




                Maria Graciela
              Luongo de Matos
           Interna: HSPE - 2012
CÂNCER DE MAMA
Neoplasia maligna mais frequente na mulher
                                               ( Cutler SY e Gambrell RD)


No Brasil, as neoplasias são a segunda causa de morte na população
  feminina e o câncer de mama constitui uma das principais causas
  de morte por câncer na população feminina entre 20 e 69 anos.
A taxa de incidência é quase o dobro da taxa do segundo câncer
  mais incidente (câncer do colo do útero)
                                                              (Inca- 2012)


Apesar de considerado CA de bom prognóstico, as taxas mortalidade
  são altas, provavelmente por diagnóstico em estadios avançados.
Sobrevida média após 5 anos
Países desenvolvidos: 85% Países em desenvolvimento: 60%

                                                 ( Estimativa 2012 - Inca)
ESTIMATIVA DE INCIDÊNCIA
          2012
Esperam-se para o Brasil 52680 casos novos de CA
de Mama, com um risco estimado de 52
casos/100000 habitantes.
   Estado de São Paulo : 15620 – 15/100000
   Capital de São Paulo : 5760 – 5,7/100000

Por região :
* Sul - 65        * Sudeste - 69
* Nordeste - 32        * Centro-Oeste - 48
* Norte - 19                            ( Estimativa 2012
LEI FEDERAL 11.664/2008
Em vigor desde 29 de abril de 2009: - SUS deve garantir a
  realização de mamografia em todas mulheres a partir
  dos 40 anos de idade.
O texto não altera as recomendações de faixa etária de 50
  aos 69 anos em mulheres saudáveis.



 LEI MUNICIPAL 13.797/2010
Hospitais do municipio que realizam exame de mamografia
   e que tem o equipamento, ficam obrigados a fixar placas
   ou cartazes.
“ O exame de mamografia é gratuito no âmbito do Sistema
   Único de Saúde – Lei Federal 11664/2008”
TIPOS HISTOLOGICOS
NEOPLASIAS INTRA- EPITELIAIS :
 Lobular e Ductal
 Doença de Paget

CARCINOMAS INVASIVOS :
Ductal (70-80%)     Lobular (10%)       Medular(5%)

Mucinoso, Papilífero e Tubular (1-2%)
Adenóide (0,1%) e Secretor (raro)

ORIGEM EM OUTRAS CÉLULAS
Sarcoma; Epidermóides e Linfomas
RASTREAMENTO E
     DIAGNÓSTICO PRECOCE
         DO CA DE MAMA

-   Documento de Consenso – Contrôle do Câncer
     de Mama MS – Inca - RJ 2004

-   Parâmetros Técnicos para Programação de
    Ações de Detecção Precoce do Câncer de
    Mama – Inca – RJ 2006
DETECÇÃO PRECOCE

A partir dos 40 anos de idade: exame clínico
  das mamas e mamografia anual.
De 50 a 69 anos de idade: exame clínico das
 mamas e mamografia com o máximo de de
 02 anos entre os exames.
Exame clínico das mamas e eventual
 mamografia a partir de 35 anos, para as
 pertencentes a grupos populacionais com
 risco elevado.
Garantia   de  acesso   ao  diagnóstico,
 tratamento e seguimento para todas as
 mulheres com alterações nos exames
 realizados.
RISCO ELEVADO
       DESENVOLVER CÂNCER DE
               MAMA
Mulheres com:
- História familiar de, pelo menos, um parente de

  primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de
  câncer da mama, abaixo dos 50 anos de idade;
-   História familiar de, pelo menos, um parente de
    primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de
    câncer da mama bilateral ou câncer de ovário, em
    qualquer faixa etária;
-   História familiar de câncer da mama masculino;
-   Com diagnóstico histopatológico de lesão mamária
    proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ .
FATORES              DE     RISCO PARA
         CA              DE     MAMA
HEREDITÁRIOS (familiar e genético): associados às
 mutações de genes BRCA1, BRCA2, p53 pTEN, STK11 e
 LKB1.

LESÕES PROLIFERATIVAS típicas e atípicas: neoplasia
  lobular/ductal in situ; Câncer invasivo prévio e Lesões
  benignas: adenose, hiperplasias típicas, papiloma ductal.

FATORES EMERGENTES: menarca precoce e menopausa
  tardia; - nuliparidade e primeiro parto após 30 anos de idade;
  anticoncepcional hormonal e TRH; Dieta calórica; índice de
  massa corporal elevado; obesidade           após menopausa;
  aumento da densidade mamária; estilo de vida; alcoolismo;
  radiação ionizante; urbanização e poluição.
MUTAÇÕES GENÉTICAS:




Herdada: Mutações de genes herdados desempenham um papel em cerca
de 27% de todos os casos de câncer de mama.
Já mutações em dois genes diferentes, BRCA1 e BRCA2 (genes de alta
penetrância), podem agir isoladamente e associam-se com câncer mais
precoce e acometem muitos componentes da mesma família. Felizmente
são raras e totalizam apenas de 5 a 7% dos casos de câncer de mama.
Adquirida: 73%
DIAGNÓSTICO DE
CÂNCER DE MAMA
MÉTODOS DE RASTREAMENTO
E DETECÇÃO PRECOCE DE CA
        DE MAMA
Rastreamento (assintomáticas)

Detecção Precoce (população com fator de risco
 para Ca de mama)

   Auto-exame
   Exame clínico
   Mamografia
   Ultrassonografia
AUTOEXAME
DAS MAMAS


O Inca não estimula o
autoexame de mamas
como método isolado.


Evidências      científicas
sugerem        que        o
autoexame das mamas
não é eficiente para a
detecção precoce e não
contribui para a redução
da     mortalidade      por
câncer de mama.
EXAME CLÍNICO
Inspeção




Palpação

Maior parte neoplasias localizadas nos quadrantes
superiores
50% quadrante externo         15% quadrante interno
SUGESTIVO DE CÂNCER

- Espessamento,   retração ou infiltração de
pele (aspecto de casca de laranja), Inversão
do mamilo,

- Prurido areolar ou lesões areolares que
custam a cicatrizar,

- Descarga mamilar     sanguinolenta     ou   em
“água de rocha”,

- Gânglios axilares    pouco   móveis,    duros
únicos ou múltiplos.
MAMOGRAFIA
DEFINIÇÕES

MAMOGRAFIA DE RASTREAMENTO
É o exame solicitado para mulheres da população-alvo sem
sinais e sintomas de câncer de mama


MAMOGRAFIA DIAGNÓSTICA
É o exame solicitado para pessoas de qualquer idade com
sintomas de câncer de mama (nódulo, espessamento, descarga
papilar, retração de mamilo, outras.

         Obs: Dor na mama não é sintoma de câncer de mama
INDICAÇÕES
Rastreamento de mulheres assintomáticas

Avaliação para TRH

Pré-operatório de cirurgias mamárias

Segmento após mastectomia para estudo de
  mama contralateral e após cirurgia
  conservadora.
CLASSIFICAÇÃO BI-RADS
                          Breast-Imaging Reporting and Data-system


Colégio Americano de Radiologia propôs em 1992 uma
padronização    na   nomenclatura    dos   achados
mamográficos.
O principal objetivo dessa padronização foi a criação de
uma linguagem universal, que facilitasse a interpretação
da mamografia e orientasse a conduta. Através da 4ª
edição 2003, foi desdobrada a categoria 4 e
acrescentada a 6ª categoria.
O BI-RADS estabelece a classificação dos achados
mamográficos, e foi adotada pela Sociedade Brasileira de
Mastologia.
CLASSIFICAÇÃO BI-RADS
► BI-RADS 0 - INCONCLUSIVO:                  Em alguns casos
necessita incidências adicionais (magnificação ou compressão
localizada), complementação com outros métodos de imagem (USG
ou RNM) ou comparação com exames anteriores.


►BI-RADS I – SEM ACHADOS MAMOGRÁFICOS,
SEM SINAIS DE MALIGNIDADE:
Conduta: Repetir o exame de acordo com faixa etária (a cada 2
anos a partir de 40 anos e anual a partir de 50 anos).

►BI-RADS II – ACHADOS BENIGNOS: Calcificações
vasculares, cutâneas, com centro lucente, fibroadenoma calcificado,
calcificações redondas acima de 1 mm. linfonodo intramamário.
Conduta: Não merecem investigação. Repetir o exame de acordo
com a faixa etária.
CLASSIFICAÇÃO BI-RADS
►BI-RADS III – ACHADOS PROVAVELMENTE
BENIGNOS: Nódulo de baixa densidade, contorno regular,
limites definidos e dimensões não muito grandes. Calcificações
monomórficas (puntiformes) e isodensas sem configurar
grupamento com características de malignidade.
Conduta: A frequencia de câncer é de 0,5 a 1,7%. Preconiza-se o
controle mamográfico semestral por 3 anos para confirmar a
estabilidade da lesão, e por conseguinte, o caráter benigno.

►BI-RADS  IV –   ACHADOS         SUSPEITOS     DE
MALIGNIDADE: Há certa probabilidade (30%) de serem
malignos. É subdividada em: 4A= suspeição leve - 4B= suspeição
intermediária e 4C= suspeição alta.
Achados: nódulo de contorno bocelado ou irregular, limites pouco
definidos, microcalcificações com pleomorfismo incipiente,
densidade assimétrica, algumas lesões espiculadas.
Conduta: Está indicada avaliação histopatológica da lesão.
CLASSIFICAÇÃO BI-RADS

►BI-RADS   V   –   ACHADOS                       ALTAMENTE
SUGESTIVOS DE MALIGNIDADE:
Achados: nódulo desnso e espiculado, microcalcificações
pleomórficas agrupadas, microcalcificações pleomórficas seguindo
trajeto ductal, ramificadas, tipo letra chinesa.
Conduta: Valor preditivo positivo de 95 a 97%, Recomendação
estudo histopatológico da lesão.

►BI-RADS VI –          ACHADOS        COM     MALIGNIDADE
CONFIRMADA.
Deve ser utilizada nos casos em que o diagnóstico por biópsia foi
realizado ou nos casos de avaliação pós quimioterapia pré-
operatória (lesão já biopsiada e com diagnóstico de malignidade,
mas não retirada ou tratada.
MAMOGRAFIA
    Tipos de composição tecidual mamária




RR                              2,81        4,08
          Densidade X Risco de Câncer de Mama
                                                Fleury Med. Diagnóstica
ASPECTOS DIAGNÓSTICOS
         DE LESÕES PRECURSORAS




Microcalcificações amorfas agrupadas    Microcalcificações pleomórficas com
                                        trajeto ductal

                                                        Fleury Med. Diagnóstica
MAMOGRAFIA




Massa espiculada , associada a    Nódulo irregular, espiculado, na união
microcalcificações pleomórficas   dos quadrantes mediais, terço
agrupadas. BI-RADS 5              posterior da mama E (BI-RADS-5)
                                                Unifesp Casos Clínicos 2011
Sensibilidade (S) e especificidade (E) na
detecção de tumores pela mamografia em
  pacientes de alto risco – metanálise




              Boletim Científico Ed. 3 – 2012 = Fleury Med.Diagnóstica
ULTRASSONOGRAFIA DE
       MAMAS
ULTRASSONOGRAFIA MAMAS
Potenciais indicações:
- diferenciar e caracterizar nódulos sólidos e cistos identificados
   pela mamografia ou pelo exame clínico;
- orientar procedimentos intervencionistas na mama;
- avaliar pacientes jovens, gestantes ou lactantes com alterações
   clínicas na mama;
- pesquisar abscessos nas mastites;
- avaliar nódulos palpáveis em mamas radiologicamente densas;
- analisar implantes mamários;
- caracterizar assimetrias focais que podem corresponder a
   nódulos;
- avaliar a resposta à quimioterapia neo-adjuvante;
- suplementar a mamografia no rastreamento do câncer de
   mama em mulheres com mamas radiologicamente densas.
ACHADOS ULTRASSONOGRAFICOS
    BENIGNIDADE                       MALIGNIDADE
                                  * Diametro craniocaudal (AP)
 * Diâmetro laterolateral maior
                                  maior do que o laterolateral
 do que o craniocaudal
                                  ("nódulo mais alto que largo”)
                                  * Hipoecogenicidade e textura
 * Ecogenicidade homogênea        heterogênea (achado
                                  inespecífico)
 * Bordas bem delimitadas         * Contornos Microlobulares
 * Pseudocápsula ecogênica
                                  * Margens Irregulares
 fina
                                  * Presença de sombra
 * Sombras laterais a lesão
                                  acústica posterior
 * Reforço acústico posterior      
CLASSIFICAÇÃO DOS ACHADOS
     ULTRASSONOGRÁFICOS
CATEGORIA 0: INCONCLUSIVO - Menos usada em
comparação com critérios mamográficos. Usada por Ex. Imagem
Nodular com sinais suspeitos de malignidade numa paciente jovem
(<35 anos) que não tenha mamografia prévia. Necessária
complementação diagnóstica com MMG.
CATEGORIA 1: ACHADOS NORMAIS - Não foi encontrada
nenhuma malignidade
CATEGORIA 2: ACHADOS BENIGNOS - Cistos simples,
linfonodos intramamários, lipomas, fibroadenomas estáveis em
exames consecutivos antes de completar 3 anos.
CATEGORIA   3:     ACHADOS         PROVAVELMENTE
BENIGNOS - Preconiza-se menor intervalo entre seguimento.
Cistos contendo ecos, microcistos aglomerados, nodulos solidos com
margem circunscritas. Chance de malignidade < que 2%.
CLASSIFICAÇÃO DOS
                 ACHADOS
            ULTRASSONOGRÁFICOS
CATEGORIA    4:     ACHADOS            SUSPEITOS            DE
MALIGNIDADE - Há probabilidade de serem malignos (3 a 94%). Está
indicada avaliação histopatológica da lesão.


CATEGORIA 5: ACHADOS ALTAMENTE SUSPEITOS
DE MALIGNIDADE - Probabilidade de malignidade >= 95%.
Recomenda-se estudo histopatológico da lesão


CATEGORIA  6:  ACHADOS            COM       MALIGNIDADE
CONFIRMADA - Restrita a lesões com biópsia prévia. A malignidade
está confirmada antes da instituição da terapêutica.


                                                  Colégio Americano Radiologia - 2003
ULTRASSONOGRAFIA




FIBROADENOMA                 CISTO SIMPLES
   Categoria 2                Categoria 2
                                             UFPA
             GE Healthcare
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
- Método complementar à mamografia e ultrassonografia;

- Custo elevado, alta sensibilidade e valor preditivo positivo
   de 100% para tumores invasores maiores de 2mm.

- Não é usado de rotina para rastreamento;

- Baixa Especificidade 35 a 50%

- Melhor época para realização é entre o 6º e 17º dia do
  ciclo menstrual. Fora desse período podem ser
  encontrados achados inespecíficos que podem conduzir a
  erros de diagnóstico.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Indicações:
- Complementar a mamografia
- Avaliação de pacientes com múltiplas cirurgias prévias.
- Avaliação das submetidas à cirurgia conservadorea e
   radioterapia, com objetivo diagnosticar recidivas tumorais. O
   período ideal é a partir de 18 meses.
- Avaliação de quimioterapia neoadjuvante, para avaliar
   regressão tumoral.
- Mulheres com alto risco para CA mama com mamas densas,
   sobretudo as portadoras de BRCA.
- Estudo de implantes de silicone.

Limitações:
- Não identifica microcalcificações ou tumores intraductais ou
   invasores menores que 2mm.
                                                           Femina –2008
Carcinoma ductal invasivo




Radiologia Brasileira – Col.Bras.Radiologia Vol. 36 No 6 - 2003
DIAGNÓSTICO CITOLÓGICO
Citologia
   - Punção aspirativa com agulha fina (PAAF)   -
     Incidência de falsos negativos = 28%
DIAGNÓSTICO
        HISTOPATOLÓGICO
-Core biopsy (PAG): identifica receptores e marcadores
biológicos - sensibilidade 99%
DIAGNÓSTICO
         HISTOPATOLÓGICO
-Mamotomia: (biópsia percutânea à vácuo guiado por
mamografia estereotáxica, ultrassonografia ou ressonância
magnética) - - alta sensibilidade e especificidade




                               Imagem comparativa antes após a
                               retirada das microcalcificações.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
ESTADIAMENTO
TÉCNICAS CIRURGICAS
Fluxo de Atendimento – Nível primário e secundário de
atenção
Rastreamento e diagnóstico precoce  do câncer de mama 19 set2012

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Rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de mama 19 set2012

  • 1. RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO PRECOCE NO CÂNCER DE MAMA Maria Graciela Luongo de Matos Interna: HSPE - 2012
  • 2. CÂNCER DE MAMA Neoplasia maligna mais frequente na mulher ( Cutler SY e Gambrell RD) No Brasil, as neoplasias são a segunda causa de morte na população feminina e o câncer de mama constitui uma das principais causas de morte por câncer na população feminina entre 20 e 69 anos. A taxa de incidência é quase o dobro da taxa do segundo câncer mais incidente (câncer do colo do útero) (Inca- 2012) Apesar de considerado CA de bom prognóstico, as taxas mortalidade são altas, provavelmente por diagnóstico em estadios avançados. Sobrevida média após 5 anos Países desenvolvidos: 85% Países em desenvolvimento: 60% ( Estimativa 2012 - Inca)
  • 3. ESTIMATIVA DE INCIDÊNCIA 2012 Esperam-se para o Brasil 52680 casos novos de CA de Mama, com um risco estimado de 52 casos/100000 habitantes. Estado de São Paulo : 15620 – 15/100000 Capital de São Paulo : 5760 – 5,7/100000 Por região : * Sul - 65 * Sudeste - 69 * Nordeste - 32 * Centro-Oeste - 48 * Norte - 19 ( Estimativa 2012
  • 4. LEI FEDERAL 11.664/2008 Em vigor desde 29 de abril de 2009: - SUS deve garantir a realização de mamografia em todas mulheres a partir dos 40 anos de idade. O texto não altera as recomendações de faixa etária de 50 aos 69 anos em mulheres saudáveis. LEI MUNICIPAL 13.797/2010 Hospitais do municipio que realizam exame de mamografia e que tem o equipamento, ficam obrigados a fixar placas ou cartazes. “ O exame de mamografia é gratuito no âmbito do Sistema Único de Saúde – Lei Federal 11664/2008”
  • 5. TIPOS HISTOLOGICOS NEOPLASIAS INTRA- EPITELIAIS : Lobular e Ductal Doença de Paget CARCINOMAS INVASIVOS : Ductal (70-80%) Lobular (10%) Medular(5%) Mucinoso, Papilífero e Tubular (1-2%) Adenóide (0,1%) e Secretor (raro) ORIGEM EM OUTRAS CÉLULAS Sarcoma; Epidermóides e Linfomas
  • 6. RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CA DE MAMA - Documento de Consenso – Contrôle do Câncer de Mama MS – Inca - RJ 2004 - Parâmetros Técnicos para Programação de Ações de Detecção Precoce do Câncer de Mama – Inca – RJ 2006
  • 7. DETECÇÃO PRECOCE A partir dos 40 anos de idade: exame clínico das mamas e mamografia anual. De 50 a 69 anos de idade: exame clínico das mamas e mamografia com o máximo de de 02 anos entre os exames. Exame clínico das mamas e eventual mamografia a partir de 35 anos, para as pertencentes a grupos populacionais com risco elevado. Garantia de acesso ao diagnóstico, tratamento e seguimento para todas as mulheres com alterações nos exames realizados.
  • 8. RISCO ELEVADO DESENVOLVER CÂNCER DE MAMA Mulheres com: - História familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer da mama, abaixo dos 50 anos de idade; - História familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer da mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária; - História familiar de câncer da mama masculino; - Com diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ .
  • 9. FATORES DE RISCO PARA CA DE MAMA HEREDITÁRIOS (familiar e genético): associados às mutações de genes BRCA1, BRCA2, p53 pTEN, STK11 e LKB1. LESÕES PROLIFERATIVAS típicas e atípicas: neoplasia lobular/ductal in situ; Câncer invasivo prévio e Lesões benignas: adenose, hiperplasias típicas, papiloma ductal. FATORES EMERGENTES: menarca precoce e menopausa tardia; - nuliparidade e primeiro parto após 30 anos de idade; anticoncepcional hormonal e TRH; Dieta calórica; índice de massa corporal elevado; obesidade após menopausa; aumento da densidade mamária; estilo de vida; alcoolismo; radiação ionizante; urbanização e poluição.
  • 10. MUTAÇÕES GENÉTICAS: Herdada: Mutações de genes herdados desempenham um papel em cerca de 27% de todos os casos de câncer de mama. Já mutações em dois genes diferentes, BRCA1 e BRCA2 (genes de alta penetrância), podem agir isoladamente e associam-se com câncer mais precoce e acometem muitos componentes da mesma família. Felizmente são raras e totalizam apenas de 5 a 7% dos casos de câncer de mama. Adquirida: 73%
  • 12. MÉTODOS DE RASTREAMENTO E DETECÇÃO PRECOCE DE CA DE MAMA Rastreamento (assintomáticas) Detecção Precoce (população com fator de risco para Ca de mama)  Auto-exame  Exame clínico  Mamografia  Ultrassonografia
  • 13. AUTOEXAME DAS MAMAS O Inca não estimula o autoexame de mamas como método isolado. Evidências científicas sugerem que o autoexame das mamas não é eficiente para a detecção precoce e não contribui para a redução da mortalidade por câncer de mama.
  • 14. EXAME CLÍNICO Inspeção Palpação Maior parte neoplasias localizadas nos quadrantes superiores 50% quadrante externo 15% quadrante interno
  • 15. SUGESTIVO DE CÂNCER - Espessamento, retração ou infiltração de pele (aspecto de casca de laranja), Inversão do mamilo, - Prurido areolar ou lesões areolares que custam a cicatrizar, - Descarga mamilar sanguinolenta ou em “água de rocha”, - Gânglios axilares pouco móveis, duros únicos ou múltiplos.
  • 17. DEFINIÇÕES MAMOGRAFIA DE RASTREAMENTO É o exame solicitado para mulheres da população-alvo sem sinais e sintomas de câncer de mama MAMOGRAFIA DIAGNÓSTICA É o exame solicitado para pessoas de qualquer idade com sintomas de câncer de mama (nódulo, espessamento, descarga papilar, retração de mamilo, outras. Obs: Dor na mama não é sintoma de câncer de mama
  • 18. INDICAÇÕES Rastreamento de mulheres assintomáticas Avaliação para TRH Pré-operatório de cirurgias mamárias Segmento após mastectomia para estudo de mama contralateral e após cirurgia conservadora.
  • 19. CLASSIFICAÇÃO BI-RADS Breast-Imaging Reporting and Data-system Colégio Americano de Radiologia propôs em 1992 uma padronização na nomenclatura dos achados mamográficos. O principal objetivo dessa padronização foi a criação de uma linguagem universal, que facilitasse a interpretação da mamografia e orientasse a conduta. Através da 4ª edição 2003, foi desdobrada a categoria 4 e acrescentada a 6ª categoria. O BI-RADS estabelece a classificação dos achados mamográficos, e foi adotada pela Sociedade Brasileira de Mastologia.
  • 20. CLASSIFICAÇÃO BI-RADS ► BI-RADS 0 - INCONCLUSIVO: Em alguns casos necessita incidências adicionais (magnificação ou compressão localizada), complementação com outros métodos de imagem (USG ou RNM) ou comparação com exames anteriores. ►BI-RADS I – SEM ACHADOS MAMOGRÁFICOS, SEM SINAIS DE MALIGNIDADE: Conduta: Repetir o exame de acordo com faixa etária (a cada 2 anos a partir de 40 anos e anual a partir de 50 anos). ►BI-RADS II – ACHADOS BENIGNOS: Calcificações vasculares, cutâneas, com centro lucente, fibroadenoma calcificado, calcificações redondas acima de 1 mm. linfonodo intramamário. Conduta: Não merecem investigação. Repetir o exame de acordo com a faixa etária.
  • 21. CLASSIFICAÇÃO BI-RADS ►BI-RADS III – ACHADOS PROVAVELMENTE BENIGNOS: Nódulo de baixa densidade, contorno regular, limites definidos e dimensões não muito grandes. Calcificações monomórficas (puntiformes) e isodensas sem configurar grupamento com características de malignidade. Conduta: A frequencia de câncer é de 0,5 a 1,7%. Preconiza-se o controle mamográfico semestral por 3 anos para confirmar a estabilidade da lesão, e por conseguinte, o caráter benigno. ►BI-RADS IV – ACHADOS SUSPEITOS DE MALIGNIDADE: Há certa probabilidade (30%) de serem malignos. É subdividada em: 4A= suspeição leve - 4B= suspeição intermediária e 4C= suspeição alta. Achados: nódulo de contorno bocelado ou irregular, limites pouco definidos, microcalcificações com pleomorfismo incipiente, densidade assimétrica, algumas lesões espiculadas. Conduta: Está indicada avaliação histopatológica da lesão.
  • 22. CLASSIFICAÇÃO BI-RADS ►BI-RADS V – ACHADOS ALTAMENTE SUGESTIVOS DE MALIGNIDADE: Achados: nódulo desnso e espiculado, microcalcificações pleomórficas agrupadas, microcalcificações pleomórficas seguindo trajeto ductal, ramificadas, tipo letra chinesa. Conduta: Valor preditivo positivo de 95 a 97%, Recomendação estudo histopatológico da lesão. ►BI-RADS VI – ACHADOS COM MALIGNIDADE CONFIRMADA. Deve ser utilizada nos casos em que o diagnóstico por biópsia foi realizado ou nos casos de avaliação pós quimioterapia pré- operatória (lesão já biopsiada e com diagnóstico de malignidade, mas não retirada ou tratada.
  • 23. MAMOGRAFIA  Tipos de composição tecidual mamária RR 2,81 4,08 Densidade X Risco de Câncer de Mama Fleury Med. Diagnóstica
  • 24. ASPECTOS DIAGNÓSTICOS DE LESÕES PRECURSORAS Microcalcificações amorfas agrupadas  Microcalcificações pleomórficas com trajeto ductal Fleury Med. Diagnóstica
  • 25. MAMOGRAFIA Massa espiculada , associada a Nódulo irregular, espiculado, na união microcalcificações pleomórficas dos quadrantes mediais, terço agrupadas. BI-RADS 5 posterior da mama E (BI-RADS-5) Unifesp Casos Clínicos 2011
  • 26. Sensibilidade (S) e especificidade (E) na detecção de tumores pela mamografia em pacientes de alto risco – metanálise Boletim Científico Ed. 3 – 2012 = Fleury Med.Diagnóstica
  • 28. ULTRASSONOGRAFIA MAMAS Potenciais indicações: - diferenciar e caracterizar nódulos sólidos e cistos identificados pela mamografia ou pelo exame clínico; - orientar procedimentos intervencionistas na mama; - avaliar pacientes jovens, gestantes ou lactantes com alterações clínicas na mama; - pesquisar abscessos nas mastites; - avaliar nódulos palpáveis em mamas radiologicamente densas; - analisar implantes mamários; - caracterizar assimetrias focais que podem corresponder a nódulos; - avaliar a resposta à quimioterapia neo-adjuvante; - suplementar a mamografia no rastreamento do câncer de mama em mulheres com mamas radiologicamente densas.
  • 29. ACHADOS ULTRASSONOGRAFICOS BENIGNIDADE MALIGNIDADE * Diametro craniocaudal (AP) * Diâmetro laterolateral maior maior do que o laterolateral do que o craniocaudal ("nódulo mais alto que largo”) * Hipoecogenicidade e textura * Ecogenicidade homogênea heterogênea (achado inespecífico) * Bordas bem delimitadas * Contornos Microlobulares * Pseudocápsula ecogênica * Margens Irregulares fina * Presença de sombra * Sombras laterais a lesão acústica posterior * Reforço acústico posterior  
  • 30. CLASSIFICAÇÃO DOS ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS CATEGORIA 0: INCONCLUSIVO - Menos usada em comparação com critérios mamográficos. Usada por Ex. Imagem Nodular com sinais suspeitos de malignidade numa paciente jovem (<35 anos) que não tenha mamografia prévia. Necessária complementação diagnóstica com MMG. CATEGORIA 1: ACHADOS NORMAIS - Não foi encontrada nenhuma malignidade CATEGORIA 2: ACHADOS BENIGNOS - Cistos simples, linfonodos intramamários, lipomas, fibroadenomas estáveis em exames consecutivos antes de completar 3 anos. CATEGORIA 3: ACHADOS PROVAVELMENTE BENIGNOS - Preconiza-se menor intervalo entre seguimento. Cistos contendo ecos, microcistos aglomerados, nodulos solidos com margem circunscritas. Chance de malignidade < que 2%.
  • 31. CLASSIFICAÇÃO DOS ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS CATEGORIA 4: ACHADOS SUSPEITOS DE MALIGNIDADE - Há probabilidade de serem malignos (3 a 94%). Está indicada avaliação histopatológica da lesão. CATEGORIA 5: ACHADOS ALTAMENTE SUSPEITOS DE MALIGNIDADE - Probabilidade de malignidade >= 95%. Recomenda-se estudo histopatológico da lesão CATEGORIA 6: ACHADOS COM MALIGNIDADE CONFIRMADA - Restrita a lesões com biópsia prévia. A malignidade está confirmada antes da instituição da terapêutica. Colégio Americano Radiologia - 2003
  • 32. ULTRASSONOGRAFIA FIBROADENOMA CISTO SIMPLES Categoria 2 Categoria 2 UFPA GE Healthcare
  • 34. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA - Método complementar à mamografia e ultrassonografia; - Custo elevado, alta sensibilidade e valor preditivo positivo de 100% para tumores invasores maiores de 2mm. - Não é usado de rotina para rastreamento; - Baixa Especificidade 35 a 50% - Melhor época para realização é entre o 6º e 17º dia do ciclo menstrual. Fora desse período podem ser encontrados achados inespecíficos que podem conduzir a erros de diagnóstico.
  • 35. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Indicações: - Complementar a mamografia - Avaliação de pacientes com múltiplas cirurgias prévias. - Avaliação das submetidas à cirurgia conservadorea e radioterapia, com objetivo diagnosticar recidivas tumorais. O período ideal é a partir de 18 meses. - Avaliação de quimioterapia neoadjuvante, para avaliar regressão tumoral. - Mulheres com alto risco para CA mama com mamas densas, sobretudo as portadoras de BRCA. - Estudo de implantes de silicone. Limitações: - Não identifica microcalcificações ou tumores intraductais ou invasores menores que 2mm. Femina –2008
  • 36. Carcinoma ductal invasivo Radiologia Brasileira – Col.Bras.Radiologia Vol. 36 No 6 - 2003
  • 37.
  • 38. DIAGNÓSTICO CITOLÓGICO Citologia - Punção aspirativa com agulha fina (PAAF) - Incidência de falsos negativos = 28%
  • 39. DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO -Core biopsy (PAG): identifica receptores e marcadores biológicos - sensibilidade 99%
  • 40. DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO -Mamotomia: (biópsia percutânea à vácuo guiado por mamografia estereotáxica, ultrassonografia ou ressonância magnética) - - alta sensibilidade e especificidade Imagem comparativa antes após a retirada das microcalcificações.
  • 44. Fluxo de Atendimento – Nível primário e secundário de atenção

Notas del editor

  1. A ocorrência se encontra relacionada ao processo de urbanização, evidenciando maior risco de adoecimento mulheres elevado status socioeconomico, ao contrário CA colo de útero.
  2. Ao estabelecer que todas as mulheres têm direito à mamografia a partir dos 40 anos, a Lei 11.664/2008 que entrou em vigor em 29 de abril de 2009 reafirma o que já é estabelecido pelos princípios do Sistema Único de Saúde. Embora tenha suscitado interpretações divergentes, o texto não altera as recomendações de faixa etária para rastreamento de mulheres saudáveis: dos 50 aos 69 anos.
  3. Em países com programas de rastreamento do câncer de mama, cerca de 50% a 70% dos casos são diagnosticados pelas próprias mulheres e não pela mamografia. A maioria desses casos não foi identificada por mulheres que praticam o autoexame das mamas, mas sim por mulheres que estavam alertas para os principais sinais e sintomas do câncer de mama . Por isso, é importante que toda mulher com nódulo palpável ou outras lesões suspeitas tenha o esclarecimento do diagnóstico feito em até 60 dias.
  4. a sensibilidade da mamografia é menor nas mamas densas do que naquelas com predomínio de tecido adiposo métodos de imagem suplementares para rastrear e avaliar mamas densas têm sido investigados e incluem, principalmente, a ultra-sonografia e a ressonância magnética.
  5. a sensibilidade da mamografia é menor nas mamas densas do que naquelas com predomínio de tecido adiposo métodos de imagem suplementares para rastrear e avaliar mamas densas têm sido investigados e incluem, principalmente, a ultra-sonografia e a ressonância magnética.
  6. CORE BIOPSY consiste na retirada de fragmentos de tecido, com uma agulha de calibre um pouco mais grosso que na PAAF, acoplada a uma pistola especial. A agulha de biópsia é composta por duas partes: (1) uma externa que possui um bizel que facilita sua penetração no tecido mamário e (2) outra interna que avança com o disparo efetuado pela pistola e penetra no nódulo. Ao penetrar no nódulo, um fragmento deste se deposita em uma incisura situada próxima à sua ponta. Este fragmento é cortado por um segundo avanço da agulha externa, que o aprisiona dentro da incisura da agulha interna.
  7. CORE BIOPSY consiste na retirada de fragmentos de tecido, com uma agulha de calibre um pouco mais grosso que na PAAF, acoplada a uma pistola especial.
  8. CORE BIOPSY consiste na retirada de fragmentos de tecido, com uma agulha de calibre um pouco mais grosso que na PAAF, acoplada a uma pistola especial.
  9. CORE BIOPSY consiste na retirada de fragmentos de tecido, com uma agulha de calibre um pouco mais grosso que na PAAF, acoplada a uma pistola especial.