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PROVA 1 – DERMATOLOGIA
DESCRIÇÕES DE
LESÕES DE PELE
Manchas pigmentadas, de distribuição simétrica e limites
imprecisos, nas regiões malares.
Pigmentação na pele adjacente
ao ângulo da boca.
Pigmentação difusa da lâmina ungueal.
Manchas hipercrômicas na gengiva.
Placas branco-acinzentadas, de aspecto
edematoso, localizadas na mucosa jugal.
Manchas azul-acinzentadas localizadas
nas nádegas e na região lombar.
Manchas (máculas) hipercrômicas ao
redor da boca, causadas por dermatite de
contato
Múltiplas manchas (máculas) acrômicas na
face, causadas por vitiligo.
Manchas hipopigmentadas confluentes,
mal definidas, não descamativas,
localizadas no tronco
Manchas hipocrômicas, mal delimitadas, pouco
descamativas, acometendo a face.
Pápulas e pústulas foliculares nos pelos da barba
Placas e nódulos brilhantes, endurecidos,
ultrapassando os limites da ferida original
Múltiplas pápulas pequenas, hiperpigmentadas,
localizadas na face.
Úlceras circulares, com fundo amarelado,
de margens bem definidas, localizadas na
perna direita, e cicatrizes atróficas na
esquerda
Espessamento aveludado da pele e
hiperpigmentação na região cervical.
Placa ligeiramente eritematosa com
descamação espessa no couro cabeludo.
Placas e nódulos fibróticos na nuca.
Área de alopecia na linha frontal e
parietotemporal.
Manchas eritematodescamativas evoluindo
para hipocromia na região da barba.
Manchas hipercrômicas de limites precisos
e contornos irregulares localizada nas
regiões zigomática, malar e superciliar.
Manchas acrômicas no lábio inferior.
Manchas eritematosas de lúpus eritematoso
subagudo na face evoluindo para acromia.
Comedões, manchas hipercrômicas e cicatrizes na face.
Cistos, abcessos e crostas
disseminados pela face.
Cicatrizes queloideanas em lesões prévias de
acne.
Comedões e pápulas na região frontal.
Lesões eczematosas subagudas na face, poupando
apenas a região nasal e extensora
Pápulas foliculares e placas
descamativas, de distribuição
simétrica, nas regiões extensoras
dos antebraços.
Pápulas eritematosas foliculares, algumas
escoriadas, no tronco (?).
Manchas numulares, hiperpigmentadas, bem
delimitadas, de distribuição difusa no braço e no
tórax.
Placa descamativa, liquenificada e discrômica,
acometendo toda a região cervical posterior.
Pápulas e placas lisas e brilhantes
distribuídas simetricamente nas regiões
palpebrais
Múltiplas pápulas e placas, algumas
coalescentes, bem delimitadas,
descamativas, com ligeiro eritema,
localizadas na região abdominal.
Pápulas e placas brilhantes, acinzentadas, algumas
lineares, localizadas difusamente no tronco e no
membro superior
Placas hiperceratósicas isolada, de
distribuição simétrica, nos cotovelos
Placas eritematodescamativas, de aspecto
eczematoso, acometendo a superfície
dorsal e palmar dos quirodáctilos,
acompanhadas de edema das articulações
interfalangeanas.
Placa com centro hiperpigmentado e
bordas eritematosas, bem delimitada,
localizada na região malar.
Placas anulares, com centro hipercrômico
e bordas ligeiramente eritematosas, de
distribuição perioral.
Lesões hiperceratóticas e
hiperpigmentadas, monomorfas,
comprometendo a superfície palmar
Manchas hipocrômicas lenticulares,
descamativas, distribuídas na face e no
pescoço.
Mancha hipercrômica, com descamação
predominantemente nas bordas, bem
delimitada, na região inguinocrural.
Lesão pigmentada, bem delimitada, com 1
cm, no canto do olho direito. (CBC)
Massa vegetante acometendo e destruindo
a glande. (carcinoma espinocelular)
Lesão úlcero-vegetante, em cicatriz prévia
de queimadura, na região do joelho
esquerdo, se estendendo para a perna e
coxa.
Pigmentação acometendo o leito ungueal e a
unha do hálux, infiltrando tecidos adjacentes.
Mancha hipocrômica, mal delimitada,
localizada na região da fossa ilíaca direita.
REFERÊNCIA
• http://piel-l.org/libreria/item/1668
BACILOSCOPIA HANSENÍASE
3.2 Orientações específicas de coleta:
• Dar ao paciente uma breve explicação sobre o exame a ser realizado;
• azer anti-sepsia do local a ser coletado com álcool 70 %;
• Com auxílio de uma pinça de Kelli curva fazer uma boa isquemia para impedi o fluxo de
sangue;
• Com o auxílio de um bisturi, cortar a pele em mais ou menos 5 mm de comprimento por 2
mm de profundidade;
• Com o lado não cortante da lâmina, raspar o bordo interno do corte 2 a 3 vezes até obter
boa quantidade de linfa;
• Transferi-la para uma lâmina de vidro com borda fosca,bem limpa e nova previamente
identificada com lápis de vídea ou com ponta de diamante, sempre do mesmo lado que
serão colocados os esfregaços;
• Espalhar o material com a parte plana da lâmina do bisturi em movimentos circulares a fim
de obter um esfregaço uniforme abrangendo uma nova área de cerca de 5 a 7 mm de
diâmetro;
• Os 4 esfregaços serão colocados um ao lado do outro com a distância de 1 cm na seqüência
da coleta do material. Cada lâmina deverá ter no máximo 4 esfregaços. Obedecer à
seqüência da coleta, conforme a figura 11: lóbulo de orelha direta (LOD), lóbulo da orelha
esquerda (LOE), cotovelo direito (CD) e cotovelo esquerdo (CE) ou á critério médico,
quando necessário, joelho direito e esquerdo e lesão.
• Os esfregaços não devem conter sangue, pois esse poderá interferir no exame microscópio;
• Para o mesmo paciente usa-se a mesma lâmina de bisturi após limpá-la com álcool 70% e
flambá-la em chama;
• Deixar os esfregaços secarem à temperatura ambiente e a seguir passar na chama de
lamparina a álcool, por 3 vezes rapidamente. Observar que a face onde se encontra o
esfregaço fique para cima;
• Usar sempre lâmina de bisturi e de vidro novos para cada paciente;
• A incisão feita no paciente deve ser coberta com um curativo estéril.
REFERÊNCIA
• http://lacen.saude.sc.gov.br/arquivos/doc/ha
nseniase.pdf
DIAGNÓSTICO
HERPES SIMPLES
• Qualquer dúvida referente à presença de infecção por herpes simples pode ser dirimida por qualquer um dos
vários procedimentos diagnósticos:
A. A biópsia cutânea de uma vesícula virótica típica mostrará -um quadro característico: (1) uma lesão intra-
epidérmica na epiderme média a superior; (2) degeneração balonizante das células; (3) células acantolíticas
livres; e (4) grandes células gigantes multinucleadas. Inclusões intranucleares podem ser vistas nas células
gigantes, bem como em outras células epidérmicas infectadas.
B. Um esfregaço citológico da vesícula, com o propósito de pesquisar células gigantes e corpos de inclusão, é
feito fácil e rapidamente.
Os esfregaços são positivos em aproximadamente 75% dos casos de herpes facial recidivante com cultura para
vírus positiva, mas apenas em cerca de 40% de lesões genitais ulceradas. É importante que uma vesícula jovem
seja escolhida tanto para biópsia quanto para o esfregaço citológico. As lesões de herpes simples, herpes zóster
e varicela terão aspecto idêntico ao exame histopatológico e ao esfregaço de tecido. A citologia esfoliativa é
especialmente útil como método para detectar infecções cervicais ou vaginais assintomáticas mas, nas
grávidas, não substitui a cultura para vírus.
C. O vírus recuperado do conteúdo da vesícula pode ser cultivado fácil e rapidamente (24-48 horas).
D. Os títulos de anticorpos neutralizantes específicos se elevarão após a primeira semana da infecção primária
e terão seu pico em duas a três semanas. Alterações no título dos anticorpos não podem ser utilizadas como
critério para lesões recidivantes.
E. Quando disponíveis reagentes e equipamentos adequados, os seguintes procedimentos podem ser
executados, se indicados:
1. O vírus pode ser identificado com facilidade à microscopia eletrônica.
2. O vírus pode ser encontrado em amostras de tecido, usando-se técnicas de imunofluorescência ou
imunoperoxidase.
3. O vírus pode ser tipificado pelas provas sorológicas apropriadas.
• REFERÊNCIA: http://www.bibliomed.com.br/bibliomed/bmbooks/dermato/livro5/cap/cap15.htm
DIAGNÓSTICO
PSORÍASE
(Curetragem de Brocq)
• A identificação da psoríase é eminentemente clínica em face do tipo e distribuição das
lesões; sendo necessária a histologia para o diagnóstico correto. A curetagem de Brocq
auxilia na diferenciação de doenças cuja descamação não é estratificada.
A curetagem metódica de Brocq consiste no raspado das lesões com cureta e fornece dois
importantes sinais:
a) Sinal da vela - destacam-se escamas semelhantes às encontradas na raspagem de uma
vela. As escamas são aderentes e podem apresentar uma aparência de ostra ou micácea,
representando uma queratinização incompleta;
b) Sinal do orvalho sangrento ou de Auspitz - quando, após a retirada das escamas,
encontra-se superfície vermelho brilhante recoberto por uma fina membrana (Duncan) que
se solta facilmente e abaixo dela há presença de pontos hemorrágicos.
Na histopatologia há alterações que são consideradas essenciais, especialmente a acantose.
No início, há vasodilatação com infiltrado perivascular na derme que invade a epiderme.
Surge discreta espongiose, invasão de neutrófilos e paraqueratose. Posteriormente se nota
alongamento das cristas epiteliais, com afinamento na porção suprapapilar. As papilas estão
alargadas e edemaciadas. Na epiderme ocorre paraqueratose, desaparecimento da camada
granulosa e presença de agrupamentos de neutrófilos – os microabscessos de Munro. Na
psoríase pustulosa, podemos encontrar cavidades contendo neutrófilos – as pústulas
espongiforme de Kogoj.
O quadro histológico da psoríase não é específico, porém, sugestivo. A presença de dessas
últimas estruturas deve ser considerada como altamente sugestiva da diagnose.
• REFERÊNCIA: http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=5055
VITILIGO
• Definição: O vitiligo é uma doença não contagiosa que consiste numa
discromia cutânea, caracterizada clinicamente pela presença de máculas
branco-nacaradas de diferentes tamanhos e formas com tendência a
aumentar centrifugamente de tamanho.
• Sintomas: A maioria dos pacientes com vitiligo não manifesta qualquer
sintoma além do surgimento de manchas brancas na pele. Entretanto, em
alguns casos, os pacientes relatam sentir sensibilidade e dor na área
afetada. Zonas afetadas: Pele; Cabelos (pelo, couro cabeludo,
sobrancelhas, pestanas, barba); Interior da boca; Genitais.
• Tipos de vitiligo: O vitiligo pode ser dividido em dois tipos: Unilateral (ou
Segmentar) ou Bilateral. O unilateral manifesta-se apenas numa parte do
corpo, normalmente quando o paciente ainda é jovem. O bilateral é o tipo
mais comum, manifesta-se nos dois lados do corpo. Em geral, as manchas
surgem inicialmente em extremidades como mãos, pés, nariz, boca.
• Causas: As causas de vitiligo ainda são desconhecidas. O que se sabe até
agora é que a doença ocorre quando os melanócitos morrem ou deixam de
estar funcionais. Os médicos ainda não sabem explicar o por quê dos
melanócitos param de cumprir a sua função, mas acredita-se que o vitiligo
possa ser uma doença autoimune, em que o próprio sistema imunológico
ataca e destrói os melanócitos. Evidências médicas também sugerem que o
vitiligo possa estar relacionada à herança genética ou a fatores externos,
como exposição excessiva ao sol, a situações de stress e a produtos
químicos.
• Diagnóstico: O diagnóstico do vitiligo é essencialmente clínico, pois as
manchas despigmentadas possuem geralmente localização e distribuição
características. A biópsia cutânea revela a ausência completa de
melanócitos nas zonas afetadas, exceto nos bordos da lesão, e o exame
com lâmpada de Wood é fundamental nos pacientes de pele branca, para
deteção das áreas de vitiligo.
• Tratamento: Até meados do século XX, o vitiligo foi uma dermatose com
poucas possibilidades terapêuticas. Em 1947, foi usado pela primeira vez o
8-metoxipsoraleno, molécula purificada da planta Ammi majus, associada
com a exposição solar. Mais tarde, a molécula foi usada em associação
com a radiação UVA artificial. Este tratamento, denominado de PUVA, é
ainda amplamente utilizado no tratamento do vitiligo. Simultaneamente, na
década 50, foi iniciado o tratamento com corticosteroides tópicos. Estas
abordagens terapêuticas constituíram a base do tratamento do vitiligo nas
últimas décadas. Com o intuito de melhorar os resultados obtidos e
minimizar os efeitos secundários, têm sido testadas outras moléculas como
o 5-metoxipsoraleno, a fenilalanina, a kellin, o levamisole, a
pseudocatalase, os extratos placentários. Recentemente, o tacrolimus e os
derivados da vitamina D também são utilizados no tratamento do vitiligo. Os
enxertos de melanócitos e a transplantação de melanócitos a partir de
culturas in vitro, constituem fontes de melanócitos para as lesões de vitiligo.
Como os tratamentos não resolvem o problema a 100% muitas pessoas
utilizam maquilhagem para disfarçar as manchas.
• Epidemiologia: Estima-se que aproximadamente entre 0,5 e 2% da população
mundial apresente vitiligo. A doença geralmente começa na infância ou na idade
adulta, com um pico de início entre os 10 e os 30 anos. Todas as raças e ambos os
sexos são igualmente afetados, embora alguns estudos relatem uma
preponderância do sexo feminino, que pode ser explicada pela maior preocupação
estética por pacientes mulheres, o que leva á maior procura por atendimento
especializado.
• REFERÊNCIA:
http://pt.slideshare.net/pedroseabra121/vitiligo-
44981533?qid=923b7db5-b383-4ae0-ac78-
7e7a8af9db61&v=default&b=&from_search=4
DERMATOLOGIA
LESÕES ELEMENTARES
LESÕES ELEMENTARES
• Pode-se classificar as lesões elementares em
cinco grupos básicos de alterações
individualizadas da pele:
• Alterações da cor
• Formações sólidas
• Coleções líquidas
• Alterações da espessura
• Perdas teciduais
ALTERAÇÕES DA COR
Manchas Vásculo-Sanguíneas
• Eritema: Cor vermelha conseqüente à vasodilatação que
desaparece por pressão digital ou vitropressão.
ALTERAÇÕES DA COR
Manchas Vásculo-Sanguíneas
• Cianose: Eritema arroxeado por congestão venosa ou passiva, com
diminuição da temperatura.
ALTERAÇÕES DA COR
Manchas Vásculo-Sanguíneas
• Rubor: eritema rubro, conseqüente de vasocongestão ativa ou
arterial com aumento de temperatura.
ALTERAÇÕES DA COR
• Enantema: eritema localizado nas mucosas.
ALTERAÇÕES DA COR
• Exantema: eritema generalizado, agudo, de duração relativamente
curta. Pode ser morbiliforme ou rubeoliforme, quando há áreas de
eritema entremeadas com áreas de pele são ou escarlatiniforme
quando é difuso e uniforme.
ALTERAÇÕES DA COR
• Eritemas figurados: são manchas eritematosas de formas várias e
de limites bem definidos.
ALTERAÇÕES DA COR
• Eritrodermia: eritema generalizado, crônico e persistente que se
acompanha freqüentemente de descamação.
ALTERAÇÕES DA COR
• Lividez: é uma mancha de cor lívida, do chumbo pálido ao azulado,
de temperatura fria, por isquemia.
ALTERAÇÕES DA COR
• Mancha angiomatosa: é mancha de cor vermelha, permanente,
plana, que desaparece quase completamente por vitropressão
forte, causada por neoformação névica de capilares da derme.
ALTERAÇÕES DA COR
• Mancha anêmica: área esbranquiçada, permanente, determinada
por agenesia vascular. A vitropressão da pele circunjacente igual a
esta à mancha, mostrando que se trata de mancha anêmica,
excluindo hipocromia.
ALTERAÇÕES DA COR
• Telangiectasia: lesão filamentar, sinuosa, permanente devido à
presença de capilares dilatados na derme.
ALTERAÇÕES DA COR
• Púrpura: mancha vermelha que não desaparece pela vitropressão. É
devida ao extravasamento de hemáceas na derme e na sua
evolução torna-se sucessivamente, arroxeada e verde-amarelada.
Até um centímetro de diâmetro chama-se petéquia, maior,
equimose e, se linear, víbice.
Petéquias
ALTERAÇÕES DA COR
Manchas Pigmentares
• As manchas pigmentares ou discrômicas resultam da ausência,
diminuição ou aumento de melanina ou depósito de outros
pigmentos ou substâncias na pele.
ALTERAÇÕES DA COR
• Leucodermias: é a mancha branca e compreende a acromia, de cor
branco marfim, causada pela falta total de melanina ou a hipocromia
de cor branco-nácar, causada pela diminuição da melanina.
ALTERAÇÕES DA COR
• Hipercromia: Mancha de cor variável, causada pelo aumento da
melanina ou depósito de outro pigmento. O aumento da melanina –
mancha melanodérmica tem cor variável do castanho claro ao escuro,
azulado ou preto. As manchas resultantes do depósito de
hemossiderina ou do ácido homogentísico têm também cor do
castanho escuro ao preto. A cor amarelada da pele é observada na
icterícia e na carotinemia. As tatuagens apresentam coloração variável
de acordo com o pigmento e profundidade da sua localização.
FORMAÇÕES SÓLIDAS
Resultam de processo inflamatório ou neoplásico, atingindo isolada
ou conjuntamente a epiderme, derme ou hipoderme. Distinguem-
se vários tipos:
• Pápula: lesão sólida, circunscrita elevada, menor que 1 cm, por
processo patológico epidérmico, dérmico ou misto.
FORMAÇÕES SÓLIDAS
• Placa papulosa: é a lesão elevada de altura inferior a 1 cm, em
plataforma que se estende em superfície por vários centímetros.
Pode ser individual ou constituir aglomerado de pápulas.
FORMAÇÕES SÓLIDAS
• Nódulo: lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 a 3 cm de
tamanho. É processo patológico que localiza-se na epiderme, derme
e/ou hipoderme.
FORMAÇÕES SÓLIDAS
• Nodosidade ou tumor: formação sólida, circunscrita, elevada ou
não, maior que 3 cm. O termo tumor é usado principalmente para
processo neoplásico.
FORMAÇÕES SÓLIDAS
• Tubérculo: designação em desuso, significava pápula ou nódulo que
evolui deixando cicatriz.
FORMAÇÕES SÓLIDAS
• Goma: é um nódulo ou nodosidade que se liquefaz na porção central
e que pode ulcerar-se, eliminando substância necrótica.
FORMAÇÕES SÓLIDAS
• Vegetação: pápula pedunculada ou com aspecto de couve flor,
branco avermelhada, que sangra facilmente, devida ao aumento da
camada espinhosa, cristas epiteliais e papilas dérmicas.
FORMAÇÕES SÓLIDAS
• Verrucosidade: pápula ou placa papulosa de superfície dura, inelástica
e amarelada por aumento peculiar da camada córnea.
FORMAÇÕES SÓLIDAS
• Urtica: elevação de forma irregular, cor variável do róseo ao vermelho,
pruriginosa, com duração efêmera. Resulta da exsudação aguda da
derme. É também chamada de pápula urticariana. Quando atinge
vários centímetros de extensão denomina-se placa urticada.
COLEÇÕES LÍQUIDAS
As lesões elementares incluídas no grupo das coleções líquidas são
aquelas com conteúdo líquido que pode ser serosidade, sangue ou
pus. Compreendem as vesículas, pústulas, bolhas, gomas, abcessos
e hematomas.
• Vesículas: elevação circunscrita, contendo líquido claro, até 1 cm de
tamanho. O líquido, primitivamente claro (seroso), pode se tornar
turvo (purulento) ou rubro (hemorrágico).
COLEÇÕES LÍQUIDAS
• Bolha: elevação contendo líquido claro, maior que 1 cm em tamanho.
O líquido, primitivamente claro, pode se tornar turvo-amarelado ou
rubro, formando-se bolha purulenta ou hemorrágica.
COLEÇÕES LÍQUIDAS
• Pústula: elevação circunscrita, contendo pus até 1 cm em tamanho. É
um abcesso superficial.
COLEÇÕES LÍQUIDAS
• Abscesso: coleção de pus na pele ou subcutâneo, circunscrita,
proeminente ou não, de tamanho variável. A pele pode estar
ruborizada e há calor, dor e flutuação.
COLEÇÕES LÍQUIDAS
• Hematoma: coleção de sangue na pele ou subcutâneo, circunscrita,
proeminente ou não e de tamanho variável.
ALTERAÇÕES DE ESPESSURA
• Queratose: espessamento da pele, duro, inelástico, amarelado e de
superfície eventualmente áspera. É causado pelo aumento da
espessura da camada córnea.
ALTERAÇÕES DE ESPESSURA
• Liquenificação: espessamento da pele com acentuação dos sulcos e
da cor própria da pele, com aspecto quadriculado, de malhas
poligonais bem definidas. É devida ao aumento da camada
malpighiana.
ALTERAÇÕES DE ESPESSURA
• Edema: aumento da espessura, depressível, com cor própria da pele
ou rósea-branca. É determinado pelo acúmulo de líquido na derme
e/ou hipoderme.
ALTERAÇÕES DE ESPESSURA
• Infiltração: aumento da espessura e consistência da pele, com menor
evidência dos sulcos, limites imprecisos, acompanhando-se, as vezes,
de eritema discreto. Pela vitropressão, surge fundo de cor café com
leite. Resulta da presença na derme de infiltrado celular, as vezes com
edema e vasodilatação.
ALTERAÇÕES DE ESPESSURA
• Esclerose: alteração da espessura com aumento da consistência da
pele que se torna lardácea ou coriácea. A pele pode estar espessada
ou adelgaçada, não é depressível e o pregueamento é difícil ou
impossível. Resulta de fibrose do colágeno.
ALTERAÇÕES DE ESPESSURA
• Atrofia: diminuição da espessura da pele, localizado ou difuso, que
pode se acompanhar de adelgaçamento e pregueamento da pele. É
devido a redução do número e volume dos constituintes teciduais. A
atrofia linear chama-se víbice, nome que também serve para
designar uma lesão purpúrica linear.
ALTERAÇÕES DE ESPESSURA
• Cicatriz: lesão lisa, plana, saliente ou deprimida, sem os sulcos, poros
e pêlos, móvel, aderente ou retrátil. Associa atrofia com fibrose e
discromia. É resultante da reparação de processo destrutivo da
pele.Podem ser: (a) Atrofica – fina, pregueada, papirácea; (b) Críbrica
– perfurada por pequenos orifícios; (c) Hipertrófica – nodular,
elevada, vascular, com excessiva proliferação fibrosa, com tendência
a regredir.
PERDAS TECIDUAIS
São as lesões oriundas da eliminação exagerada ou da destruição dos
tecidos cutâneos.
Escama: massa laminada, furfurácea, micácea ou foliácea que se
desprende da superfície cutânea. É devida à alteração da
queratinização.
PERDAS TECIDUAIS
• Erosão ou exulceração: perda superficial que atinge somente a
epiderme.
PERDAS TECIDUAIS
• Escoriação: erosão linear que é consequente à coçagem.
PERDAS TECIDUAIS
• Ulceração: perda de epiderme e derme eventualmente atingindo a
hipoderme e outros tecidos.
PERDAS TECIDUAIS
• Úlcera: é uma ulceração persistente e de evolução crônica.
PERDAS TECIDUAIS
• Fissura ou ragádia: perda linear da epiderme e derme, no contorno
de orifícios naturais ou em áreas de pregas ou dobras da pele.
PERDAS TECIDUAIS
• Crosta: concreção de cor amarelo-claro ao esverdeado ou vermelho-
escuro, que se forma em área de perda tecidual. Resulta do
dessecamento de serosidade (melicérica), pus (purulenta) ou sangue
(hemorrágica), de mistura com restos epiteliais.
PERDAS TECIDUAIS
• Escara: área da pele de cor lívida ou negra, limitada, resultante de
necrose tecidual. O termo é também empregado para a ulceração
após a eliminação do esfacelo. Ainda que as lesões elementares
possam se apresentar isoladamente, na maioria das vezes
apresentam-se associadas ou combinadas, daí decorrendo variedade
de expressões, como eritêmato-papulosa, pápulonodular, atrófico-
escamosa, ulcero-crostosa, vésico-bolhosa e inúmeras outras.
TERMOS DESIGNATIVOS
Formas, Contornos e Dimensões
• Anular: em anel
• Arcada: em arco
• Circinada: em círculo
• Corimbiforme: em corimbo, ou seja, lesão principal central e outras satélites
• Discóide: em forma de disco
• Figurada: com borda de contorno bem definida.
• Geográfica: de contorno irregular, lembrando mapa geográfico
• Girata: em giro ou espiral
• Gotada: em gotas
• Irisada: com círculos concêntricos
• Lenticular: como lentilha
• Linear: em linha
• Miliar: como grânulos de mílio.
• Numular: como moeda.
• Pontuada: em pontos.
• Serpiginosa: em linha ou contorno sinuoso.
• Zosteriforme: consoante um trajeto de um nervo.
DISTRIBUIÇÃO E NÚMERO
• Disseminada: lesões numerosas individuadas
em várias regiões cutâneas.
• Generalizada: erupção difusa e uniforme,
atingindo várias regiões cutâneas.
• Universal: comprometimento total, incluindo
o couro cabeludo.
SINAIS ESPECÍFICOS
Caracterizam Síndromes ou Afecções
• Aftas: pequena ulceração em mucosa.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Alopécia: ausência de pêlos em locais pilosos.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Calo: hiperqueratose em cunha, que se introduz causando dor.
Devida a irritação ou pressão mecânica dos pés.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Calosidade: hiperqueratose circunscrita em áreas de pressão ou
fricção nos pés e mãos.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Celulite: inflamação da derme e/ou do tecido celular subcutâneo.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Cisto: formação elevada ou não, constituída cavidade fechada envolta
por um epitélio contendo líquido ou substância semi-sólida.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Comêdo ou comedão: acúmulo de corneócitos no infundíbulo
folicular (cravo branco) ou de queratina e sebum em um folículo
piloso dilatado (cravo preto).
SINAIS ESPECÍFICOS
• Corno: excrescência cutânea circunscrita e elevada formada por
queratina.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Eritrodermia: eritema generalizado, persistente e crônico, com
descamação.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Fístula: canal com pertuito na pele que drena foco profundo de
supuração ou necrose.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Milium (milio): pequeno cisto de queratina, branco amarelada,
superficial na pele.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Placa: uma área de pele elevada com mais de 2 cm de diâmetro.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Poiquilodermia: sinal caracterizado por atrofia, telangiectasias e
pigmentação, geralmente reticulada.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Quelóide: formação elevada por proliferação fibrosa da pele, pós
trauma, que não regride.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Sero-pápula: é formada por uma vesícula sobre o centro de um
pequena pápula urticada. Lesão típica do estrófulo.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Sulco (túnel): pequena saliência linear, inferior a um cm, com
vesícula perlácea, do tamanho da cabeça de um alfinete na
extremidade. Lesão típica da escabiose.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Sinal de Auspitz ou do orvalho sangrento: aparecimento de
ponteado hemorrágico quando se raspam as escamas na psoríase.
Também conhecido como sinal da vela.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Sinal de Darier: fricção da lesão determina urtica. Típica da urticária
pigmentosa (masticitose).
SINAIS ESPECÍFICOS
• Fenômeno (sinal) de Koebner: aparecimento de lesões similares às
da dermatose por trauma. Típico da psoríase e liquen plano.
Líquen plano
Fenômeno de Köbner ou Isomorfismo = Ocorre
em doenças como psoríase e líquem plano, em
que uma escoriação ou traumatismo em uma
área de pele normal determina o
aparecimento de lesão própria da afecção no
trajeto escoriado.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Sinal de Sampaio: bainha gelatinosa nas raízes dos cabelos,
encontrada na pseudopelada e lúpus eritematoso. Indica atividade da
doença.
Sinal de Sampaio = Utilizado em
alopécias. Arrancando-se alguns fios de
cabelo nas áreas de alopécia, observa-se a
presença de bainha gelatinosa aderida ao
bulbo. Este fenômeno ocorre no Lupus
Eritematoso Sistêmico.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Sinal de Zileri: descamação observada pelo estiramento da pele na
pitiríase versicolor.
SINAIS ESPECÍFICOS
• Sinal de Nikolsky = Ao se atritar a pele saudável do paciente com
pênfigo vulgar, a mesma se desprende.
GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO
Sebastião de Almeida Prado Sampaio
• Acantólise: perda de adesão entre células epiteliais por
degeneração dos desmosomas ou da substância
cimentante intercelular o que permite a formação de
bolhas ou vesículas.
• Acantose ou hiperacantose: aumento moderado ou
excessivo da camada malpighiana.
• Alteração cavitária: edema intracelular com formação de
cavidades no interior de células malpighianas. É a fase
inicial da degeneração reticular.
• Anaplasia: alteração de células que apresentam núcleos
grandes, irregulares e hipercromáticos e com eventual
presença de mitoses atípicas, característica de neoplasias
malignas.
GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO
• Bolha: cavidade epidérmica ou sub-epidérmica, contendo
serosidade, hemácias ou células. A bolha inferior a 1 cm de
diâmetro pode ser chamada de vesícula. A lacuna é uma vesícula
pequena, intra-epidérmica.
• Degeneração balonizante: alteração de células epidérmicas que
assumem forma em balão por edema e perdem as conexões
intercelulares o que possibilita a formação de bolhas ou vesículas. É
característica das infecções virais.
• Degeneração basófica ou colágeno: presença de material basófilo
na derme papilar por degeneração das fibras colágenas e elásticas
em áreas expostas à luz solar.
• Degeneração fibrinóide do colágeno: depósito de fibrina entre a
fibras colágenas ou em torno de vasos, que se caracteriza por cor
eosinófilica brilhante e aspecto homogêneo. É encontrada no lúpus
eritematoso, vasculites alérgicas e nódulos reumatóides.
GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO
• Degeneração granulosa da epiderme: também chamada Hiperqueratose
epidermolítica. Atinge as porções superior e média da camada malpighiana,
produzindo intenso edema intracelular, levando à perda dos contornos celulares.
Acompanha-se de hiperqueratose e produção excessiva de grânulos de querato-
hialina grandes e irregulares. Ocorre em doenças congênitas.
• Degeneração hidrópica ou de liquefação: vacuolização das células basais
conseqüente e edema na derme, encontrada em numerosas afecções, como lupus
eritematoso, líquen plano, líquen escleroso e atrófico e outros.
• Degeneração hialina do colágeno: neste tipo de degeneração os feixes colágenos
apresentam-se de volume aumentado, mais eosinófilos e homogêneos, com
diminuição dos fibroblastos. É encontrada nas cicatrizes, quelóides e
esclerodermia.
• Degeneração reticular: edema intenso, intracelular que estoura as células
epidérmicas e forma vesícula septada, sendo os septos restos de membranas
celulares. É encontrada nas doenças virais e em dermatites agudas.
GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO
• Desmosoma: estrutura conetiva das células epidérmicas, anteriormente
chamadas de ponte intercelular.
• Disqueratose: alteração do processo de queratinização no qual ocorre
uma queratinização prematura e individual de queratinócitos. Pode
ocorrer em neoplasias malignas ou em algumas afecções congênitas.
• Espongiose: edema intercelular na camada malpighiana que pode levar à
formação de vesícula ou bolha. É encontrada nas dermatites agudas. É
característica do grupo pênfigo porém pode ser encontrada na queratose
actínica e epiteliomas, bolhas virais e doença de Darier.
• Incontinência pigmentar: depósito de melanina na derme, livre ou no
interior de macrófagos, por perda devida à lesão das células melanocíticas
(células claras) na camada basal.
GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO
• Infiltrado inflamatório agudo: presença na derme de
polimorfos nucleares com fenômenos exsudativos de
edema, vaso-dilatação e congestão.
• Infiltrado inflamatório crônico inespecífico: presença na
derme de histiócitos, linfócitos e plasmócitos com
fenômenos proliferativos do conjuntivo, porém sem
qualquer arranjo característico.
• Infiltrado inflamatório granulomatoso: presença na derme
de infiltrado constituído por todos ou alguns dos seguintes
elementos celulares: linfócitos, histiócitos, plasmócitos,
células epitelióides e gigantócitos, com fenômenos
proliferativos do conjuntivo. O infiltrado tem um arranjo
sugestivo de agente específico, infeccioso ou corpo
estranho.
GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO
• Infiltrado neoplásico maligno: infiltrado na derme com a presença de células com
pleomorfismo e anaplasia.
• Lisosoma: corpúsculo intracitoplasmático que contém enzimas capazes de digerir
material endógeno ou exógeno fagocitado.
• Melanócito: célula dentrítica presente na camada basal da epiderme e na matriz
pilosa, que produz melanina.
• Melanófago: macrófago ou histiócito que fagocitou melanina.
• Microabscesso: pequeno acúmulo de neutrófilos, eosínófilos ou células linfo-
histiocitárias na epiderme e ápice das papilas dérmicas. O microabscesso de
Munro-Sabouraud é constituído por acúmulo de neutrófilos degenerados na
camada córnea ou de para queratose na psoríase. O microabscesso de Pautrier é
constituído por células atípicas linfo-histiocitárias na camada Malpighiana.
GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO
• Necrose caseosa: necrose em que o tecido perde sua estrutura e há um material
eosinófilo, amorfo, finamente granuloso podendo ser encontrados fragmentos
nucleares.
• Necrose coliquativa: necrose tecidual com presença de neutrófilos degenerados,
isto é com formação de pus.
• Papilomatose: proliferação das papilas dérmicas com alongamento das cristas
epiteliais.
• Papiloma: é uma papilomatose circunscrita com hiperqueratose. É o substrato do
nevo verrucoso, queratose seborreica, queratose actínica, e verruga vulgar. Em
geral é possível a distinção entre essas varias afecções.
• Paraqueratose: alteração do processo de queratinização normal com a presença
de núcleos na camada córnea e diminuição ou desaparecimento da camada
granulosa.
• Queratinócito: são as células epidérmicaas que em um processo de diferenciação
formam a camada córnea, queratinosa.
• Queratose e hiperqueratose: espessamento moderado ou excessivo da camada
córnea.
REFERÊNCIA
• Dermatologia na Atenção Básica de Saúde / Cadernos de
Atenção Básica Nº 9 / Série A - Normas de Manuais
Técnicos; n° 174
• MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Políticas de Saúde
Departamento de Atenção Básica
Área Técnica de Dermatologia Sanitária
BRASÍLIA / DF – 2002
• Glossário Dermatológico
• Sebastião de Almeida Prado Sampaio
MANCHAS VASCULO-
SANGUINEAS
MANCHAS PIGMENTARES
REFERÊNCIA
• http://www.virtual.epm.br/cursos/dermabas/
curso.htm
EXAME
SEMIOLÓGICO
Rotina recomendada
• História clínica - Inspeção geral e específica
• A HISTÓRIA DERMATOLÓGICA: obtenção do diagnóstico das doenças da pele (somatoscopia a outros
métodos de exame dermatológico).
• PROBLEMAS MAIS COMUNS:
– Anormalidades localizadas interpretadas pelo paciente como de gravidade considerável, como tumorações
etc
– NUNCA DEVEMOS TENTAR ADVINHAR A QUEIXA DE UM PACIENTE. Um jovem portador de acne facial
importante pode se queixar de uma micose plantar, ou de intertrigo.
– Lembrar ainda que erupções generalizadas podem eventualmente acometer anexos como cabelo, unhas e
glândulas sudoríparas.
– Devemos investigar sempre a queixa principal, sua duração, a natureza da lesão inicial e suas alterações
evolutivas, os sintomas associados, assim como sua resposta a medicamentos previamente utilizados.
Existem antecedente dermatológico ? Dermatite seborrêica na infância (confundidas ou precursoras de
psoríase)? alergias ?; Doenças de outra natureza, como as ocupacionais ou regionais ? Hobbies ? História
familiar ??
• Ao exame físico procuramos caracterizar:
– A inspeção: sempre sob luz clara (se possível natural), obrigatoriamente sem a roupa, primeiro com o
paciente sentado na mesa de exame clínico, depois de pé para exame do dorso.
– DISTRIBUIÇÃO DAS LESÕES - SUA MORFOLOGIA (elementar): A COR – UMIDADE – ESPESSURA – SIMETRIA –
HIGIENE – TEMPERATURA – TEXTURA – MARGENS - TURGOR – MOBILIDADE
– A palpação (que nunca deve ser omitida): ESPESSAMENTOS (ausente nas máculas); PRESENÇA DE CÁLCIO
OU CISTOS SUBCUTÂNEOS – TEMPERATURA - CROSTAS quando presentes devem ser cuidadosamente
removidas o que ajuda a diferencia-las de queratina (QUE É PARTE INTEGRANTE DA LESÃO) ou descamações
que devem ser escarificadas para o diagnóstico da psoríase (sinal de Nicolsky ??)
SEGUE:
• Caracterize a lesão quanto a: TAMANHO – FORMA – COR –
TEXTURA – ELEVAÇAO OU DEPRESSÃO – PEDUNCULAÇÃO –
EXSUDAÇÃO – PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO – LOCALIZAÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO.
• CABELO E PELOS: COR – DISTRIBUIÇÃO – QUANTIDADE –
PALPE A TEXTURA
• OBSERVE NAS UNHAS : COR – COMPRIMENTO –
CONFIGURAÇÃO – SIMETRIA –LIMPEZA – TEXTURA –
FIRMEZA UNIFORMIDADE E ADERÊNCIA AO LEITO
• OBSERVE AINDA NA PARTE LATERAL : HIPEREMIA – EDEMA –
DOR – PRESENÇA DE PÚS, VERRUGAS, CISTOS OU TUMORES
• Outras investigações:
– PESQUISA do Acarus NA ESCABIOSE;
– EXAME COM A LUZ DE WOOD (que detecta vários graus de
florescência e pigmentação);
– BIOPSIA CUTÂNEA (complementada por colorações especiais ou
imuno-histoquimica quando necessário );
INTRODUÇÃO
• Pele: grande importância clinica:
– Importante papel fisiológico (comunicação corporal com o
mundo exterior);
– importância ao revelar precocemente doenças sistêmicas;
• A pele é visível em todas suas dimensões, pode ser
diretamente palpável e é tão fina, que mesmo suas
camadas mais profundas estão a apenas alguns
milímetros do examinador.
• Os quadros dermatológicos, embora claramente
visíveis, podem se exteriorizar de forma amplamente
variável dificultando sobremaneira sua análise e
interpretação.
SUPERFÍCIE CUTÂNEA
• A pele normal tem coloração uniforme
(exceto nas regiões pudendas e nas áreas
expostas), não apresenta soluções de
continuidade, e costuma ser avaliada
clinicamente quanto a sua temperatura,
umidade, textura, turgor, mobilidade,
elasticidade, vascularização e espessura.
COLORAÇÃO
• a) Quanto a sua coloração pode ser classificada
como:
– Leucodermo: indivíduo de pele de coloração branca.
– Melanodermo: indivíduo de pele de coloração escura.
• As anormalidades de coloração, em geral de difícil
avaliação em indivíduos de pele escura podem ser
divididas basicamente em:
– 1) PALIDEZ: (generalizada: anemias, estresse físico ou
emocional ou localizada/segmentar: isquemias). A
palidez deve ser pesquisada nas regiões palmo-plantares
e sempre correlacionada com a coloração das mucosas
corporais.
COLORAÇÃO
– 2) VERMELHIDÃO: generalizada (indivíduos obesos com
policitemia relativa em geral hipertensos em uso de
diurético) ou segmentar (persistente: processos
inflamatórios com dor e calor locais; fugaz ou de
duração efêmera: pessoas emotivas ou após a ingestão
de bebidas alcoólicas). O eritema da pele pode ainda
ser decorrente de vasodilatação capilar epidérmica
(doenças exantemáticas, alergias medicamentosas e
outras septicemias).
COLORAÇÃO
– 3) CIANOSE: coloração azulada da pele (niveis elevados
de hemoglobina reduzida – que está ligada ao
hidrogênio – acima de 5g/dL no sangue circulante).
Influência: hematócrito, débito cardíaco/perfusão
tissular, cor da pele, temperatura corporal.
A cianose pode ser caracterizada como: central (baixa
saturação arterial de O2), periférica (maior extração de
O2, saturação normal) e diferencial (quando é vista
preferencialmente nos membros inferiores ou superiores).
Elas podem ser mistas!
COLORAÇÃO
• 3.1 CIANOSE CENTRAL (características clinicas) –
com hipoxemia: Generalizada; acometendo
mucosas (AVALIAR A LÍNGUA); história de depressão
respiratória; pneumopatia ou tabagismo;
cardiopatia prévia; época de aparecimento).
Deve-se investigar os seguintes aspectos:
– A) Fluxo pulmonar: aumentado ou hiperfluxo e
diminuído ou hipofluxo pulmonar;
– B) Época de aparecimento: Cianose grave desde o
nascimento; cianose moderada durante a primeira
semana de vida; cianose progressiva; cianose tardia na
infância.
COLORAÇÃO
• 3.2 Cianose periférica - sem hipoxemia: Não
acomete mucosas: DADO MAIS IMPORTANTE para o
seu reconhecimento clínico!; Localizada (ou
generalizada); Aliviada pelo aquecimento da área
acometida pela cianose; Saturação normal de
oxigênio na hemoglobina circulante; Checar sempre
a vascularização.
• 3.3 Cianose diferencial: Nos PÉS - ductus arteriosus
(Com complexo de Eisenmenger); Nas MÃOS: -
transposição dos grandes vasos e fluxo reverso
através do ducto arterioso (que melhora a
oxigenação dos membros inferiores).
COLORAÇÃO
• Complicações clínicas esperadas em pacientes
com cianose crônica:
– Baqueteamento digital;
– Policitemia secudária a hipoxemia;
– Embolia paradoxal / abscesso cerebral;
– Retardo mental e do crescimento;
– Distúrbios da coagulação (Htc >60%);
– “Posição preferencial de cócoras”;
COLORAÇÃO
– 4) ICTERÍCIA;
• PRINCIPAIS CAUSAS DE COLORAÇÃO ANORMAL DA
PELE:
– MARROM: D. de Addison; hemocromatose porfiria
cutânea tarda; esclerodermia; neurofibromatose.
– AMARELO: icterícia; anemia (especialmente perniciosa);
carotenemia; abuso de quinacrina.
– CINZENTA: depósito de sais de ouro ou ferro (uso via
IM); depósito de prata (ARGIRIA); uso crônico de
fenotiazina.
EXAMES DA SUPERFÍCIE DA PELE
• LESÕES ELEMENTARES DA PELE:
– A- Lesões primárias: Mácula ou mancha; Pápula;
Nódulo; Tumor; Vesícula; Bolha; Pústula
– B- Lesões secundárias: Crosta; Escama;
Escoriação; Fissura; Ulceração; Cicatriz;
Pigmentação secundária; Liquenificação; Atrofia.
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS
• Mácula ou mancha - área de coloração diferente circundada
por pele sem alteração do seu plano ou da sua superfície.
Podem ser divididas em:
– Hipocrômicas - vitiligo, lepra, ptiriase versicalor, etc.
– Hipercrômicas - efélides, manchas hipercrômicas causadas por:
depósitos pigmentares.
• Outras formas comuns de pigmentação são as hemorrágicas
que dividimos em:
– Petéquias - de forma arredondada com até 2 mm de diâmetro
vistas na plaquetopenia e anormalidade funcional dos capilares-
pesrsistem após a vitro pressão.
– Equimoses - em forma de placa, decorre de traumatismos ou
deficiências de fatores de coagulação. (Hematomas são volumosas
equimoses confluentes que ocupam espaço)
– Víbices: com forma linear (possuem fisiopatologia semelhante a
das petéquias).
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS
• Outras MANCHAS encontradas na prática clínica
são as telangiectasias que representam pequenas
dilatações vasculares, observação comum nos
membros inferiores de pessoas (especialmente do
sexo feminino, multíparas) que são pequenas
varizes; as telangiectasias podem ainda ser
encontradas na face anterior do tronco de pacientes
com cirrose hepática onde se denominam aranhas
vasculares (-”spider nevi”), nas extremidades de
pacientes com a doença de Rendu-Osler
(telangiectasia hemorrágia familiar) ou com nevos
vasculares, etc.
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS
• Pápulas - são pequenas lesões (1 mm a 1 cm), sólidas, delimitadas
que fazem relevo; involuindo sem deixar cicatriz. São causas
comuns a sifílide papulosa, o líquen plano, as placas de urticária e
as lesões de prurigo. O tubérculo é uma lesão que apresenta
infiltração celular mais profunda que a pápula, e em geral com
maiores dimensões; atinge toda o derme e por isso mesmo, deixa
cicatriz quando involui. A lepra, sarcoidose, tuberculose, sífilis
tardia entre outras são exemplos a serem considerados em
pacientes com esta anormalidade.
• Nódulos - são formações sólidas que se localizam na hipoderme.
São exemplos os nódulos da lepra, tuberculose, eritema nodoso,
metástase cutânea carcinomatosa, os nódulos da artrite
reumatóide, da febre reumática, etc. Um tipo especial de nódulo é
a goma que se acompanha de necrose e ulceração e que ocorrem
na sífilis, micoses, etc.
* Chamamos PLACA - uma confluência de nódulos ou pápulas.
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS• Tumor - Nódulo acima de 2 cm de diâmetro, classicamente representado
pelos lipomas, epiteliomas, ou doença de Von Recklinghausen que se
exterioriza por múltiplos tumores pediculados que se espalham pelo corpo
em geral acompanhados por uma mancha de cor “café com leite”.
• Vesícula - Elevação circunscrita da pele decorrente da coleção de líquido
seroso e de diâmetro entre 1 mm a ½ cm. A varicela e o herpes (nas fases
iniciais de evolução), queimaduras são seus exemplos mais comuns.
• Bolha - Coleção líquida, serosa intra-epidérmica ou sub-epidérmica acima
de ½ cm. Encontrada nas queimaduras, pênfigos, etc.
• Pústula - Coleção purulenta encontrada na varíola (já extinta) ou nas
piodermites.
* Na prática diária é comum encontrarmos a associação de lesões
elementares como: lesões máculo-pápulosas, vésico-bolhosas, vésico-
pápulo-bolhosas, etc.
• Crosta - Resíduo proveniente do ressecamento de secreção serosa,
sangüínea, purulenta ou mista. Encontrada nas úlceras, feridas e
piodermites.
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS
• Escoriação - Arrancamento epidérmico simples. É a lesão deixada
pelos arranhões ou ato de coçar o que deve nos levar a considerar
nesses pacientes possíveis doenças que possam causar prurido.
• Fissura - Solução de continuidade da pele ou mucosa
comprometendo toda a extensão da camada epitelial. Comum nos
eczemas, fissuras dos lábios devidas ao frio, fissuras anais, etc.
• Ulceração - Perda delimitada de camada epitelial, atingindo camadas
mais profundas (derma e submucosa). Deixa cicatriz. São exemplos:
cancro, úlcera dos processos de estase venosa crônica dos membros
inferiores, proliferações malignas, etc. Denomina-se escara ao
ferimento conseqüente a processos abrasivos ou isquêmicos de
pacientes acamados, impossibilitados de se locomover
adequadamente.
* Cicatriz - Reposição de tecido destruído, por tecido fibroso.
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS
• Liquenificação: Espessamento da pele com exuberância
dos acidentes naturais da pele. Comuns nos eczemas
de longa duração, linfedemas e neurodermite.
• Hiperqueratose - Aumento da espessura da camada
córnea da pele, que surge conseqüente a processos
traumáticos, na avitaminose A (xerodermia), atrito
contínuo (calosidades).
• Atrofia: Adelgaçamento da pele que pode ser
encontrada como seqüela das dermatoses em geral, e
na esclerodermia. A pele senil é o exemplo mais
objetivo.
* Nas lesões secundárias as combinações são também
comuns, como por exemplo: lesão escamato-crostosa,
úlcero-crostosa etc.
• As avaliações podem ser feitas ainda de acordo com a
região acometida – conforme exemplos apresentados a
seguir:
TEMPERATURA DA PELE
A temperatura da pele deve ser analisada com a face dorsal da mão, e
comparando simetricamente cada segmento examinado.
AS ALTERAÇÕES DA TEMPERATURA DA PELE SÃO:
• Hipertermia:
1) Generalizada: Febre - Que conceituamos como elevação da temperatura
corporal, acima de 37,7 graus, que é mediada pela elevação do limiar
termoregulatório hipotalâmico ou Hipertermia quando a elevação da
temperatura corporal acima do limiar hipotalâmico é secundária a
dissipação de calor insuficiente. Como ocorres no exercício intenso, uso de
drogas que inibem a perspiração ou na presença de aumento do calor
ambiental.
2) Segmentar: a hipertermia segmentar geralmente se acompanha de dor,
rubor e eventualmente tumor, tendo em vista serem os processos
inflamatórios as causas mais freqüentes de hipertermia segmentar. Outros
exemplos de hipertermia segmentar são: hipertireoidismo (mãos
quentes), cardiopatias hipercinéticas (extremidades), fístulas
arteriovenosas (local ou região da fístula), tromboflebites etc.
TEMPERATURA DA PELE
• Hipotermia:
1. Generalizada nos casos de má perfusão tissular primária
(estados de choque) ou secundária a vasoconstrição por
ansiedade, frio ambiental etc
2. Segmentar comum nos processos de oclusão arterial. A
hipotermia segmentar pode ser encontrada nas síndromes
paralíticas. A frialdade das extremidades (mãos e pés) é
achado freqüente em pessoas normais (constitucional) e nos
indivíduos simpaticotônicos e neuróticos.
Existem aparelhos especiais que podem registrar com precisão
a temperatura de diversos segmentos do corpo; são os
chamados termômetros cutâneos, e que fornecem com alta
fidelidade a temperatura cutânea do segmento que interessa
investigar.
UMIDADE DA PELE
• A pele apresenta normalmente certo grau de umidade e oleosidade.
Estudaremos separadamente as alterações da secreção líquida e da
secreção sebácea.
• ALTERAÇÕES DA UMIDADE e DA SECREÇÃO SEBÁCEA DA PELE
1. Hiperidrose - pode ser fisiológica, após exercícios, emoções, ambientes
quentes ou consequência de febres, hipertireoidismo, fístulas
arteriovenosas periféricas, dos distúrbios do sistema nervoso autônomo,
decorrentes do uso de drogas simpaticomiméticas, de neuroses, de
quadros dolorosos excruciantes, de choque enfim com quadros onde
existe “hiperatividade simpática’.
2. Hipoidrose / anidrose - que é a diminuição ou ausência da sudorese
encontrada na desidratação ou em neuropatias e dermatopatias crônicas,
ictiose, esclerodermia, mixedema, avitaminose A, diabete, insuficiência
renal crônica, intoxicação pela atropina. Em alguns grupos de pacientes
como os idosos, que apresentam certo grau de atrofia das glândulas
sudoríparas, esse achado pode ser considerado constitucional.
UMIDADE DA PELE
• A sudorese pode apresentar variações de coloração. Nos
pacientes ictéricos, por exemplo, podemos, às vezes, observar
sudorese amarelada. Outros distúrbios do metabolismo
pigmentar podem provocar transpiração de coloração
variada. O suor de odor forte e desagradável é denominado
de bromidrose. Na mucoviscidose, teores de sódio no suor
acima de 60 mEq/L possui grande valor para o diagnóstico da
doença.
• Aumento da secreção sebácea, reconhecido pela oleosidade
excessiva da pele, é chamado seborréia, condição que,
ocasionalmente, pode acompanhar outras alterações da pele
que por se acompanharem de prurido e de descamacão, é
mais conhecida como dermatite seborréica. A hipoleosidade
da pele confere à mesma uma aspereza discreta,
anormalidade que será estudada na textura da pele.
TEXTURA DA PELE
• A textura corresponde à sensação que temos,
quando deslizamos a mão levemente sobre a pele,
e a encontramos lisa, aveludada, áspera, ou com
outra qualquer qualidade contextual.
1. Pele fina: encontrada nos estados de senilidade,
na esclerodermia, em regiões recentemente
edemaciadas, no hipertireoidismo etc.
2. Pele áspera: trabalhadores braçais, dos indivíduos
que mantêm contato prolongado e permanente
com o sol ou ambientes superaquecidos
(pescadores, foguistas, etc.), mixedema,
dermatoses crônicas, etc.
TURGOR E ELASTICIDADE DA PELE
• É a propriedade que a pele normal tem de, ao ser
pinçada entre dois dedos, apresentar uma
consistência tal que, quando desfeita a manobra,
volte rapidamente ao lugar primitivo, sem deixar
pregas residuais.
1. Aumento do turgor: encontrado nos edemas, nas
pessoas com excesso de panículo adiposo, etc.
2. Diminuição do turgor: NÃO TRADUZ
DESIDRATAÇÃO ! pessoas idosas (fisiológico), e
como importante sinal nos estados de
desidratação ou não em que ocorre depleção do
sódio sérico (Hiponatremia dilucional).
TURGOR E ELASTICIDADE DA PELE
• A pele normal é móvel em relação aos seus planos
mais profundos com os quais entra em contato. A pele
é menos móvel ou mesmo imóvel nos edemas,
tumores malignos, na esclerodermia e nos locais onde
exista retração cicatricial. Aumento da sua mobilidade
pode ser vista em pessoas idosas, caquéticas, obesos
que perderam quantidade apreciável de peso ou no
abdome das multíparas. A pele hiperelástica tem como
sua causa clássica as síndromes secundárias ao
acometimento do colágeno como a síndrome de Ehlers-
Danlos (cútis hiperelástica) ou o pseudoxantoma
elástico que a exemplo da primeira é reconhecida pela
presença de hiperelasticidade da pele.
ESPESSURA DA PELE
• A espessura da pele está aumentada nos processos
que conduzem à hipertrofia e diminuída nos
estados atróficos. A pele atrófica caracteriza-se pelo
aspecto mais translúcido assim como pela perda
das suas dobras naturais. A pele é menos espessa
nos velhos, nos recém-natos, na esclerodermia, nos
pacientes com linfedema ou mixedema. O aumento
da espessura cutânea costuma ser encontrado em
processos de regeneração epitelial (cicatrizes) e nas
hiperqueratoses.
VASCULARIZAÇÃO
• Em condições normais, podemos visualizar, a olho
nu, relevos e trajetos de vasos de topografia
superficial. Estes vasos são sempre mais facilmente
visualizados em locais onde a pele é mais fina
(lóbulo da orelha, asa do nariz, bolsa escrotal, etc.).
REFERÊNCIA
• http://www.uff.br/cursodesemiologia/images/
stories/Uploads/aulas/Exame_dermatologico.
pdf
Funções da pele
• Proteção: isola o meio interno do externo =2 barreiras:
camada córnea e a melânica.
- Camada córnea: queratinócitos e lipídeos intercelulares que
impedem a perda excessiva de água=evita desidratação.
- Barreira melânica: contra queimaduras solares,
fotocarcinogênese e o fotoenvelhecimento causados pela RUV
Melanina=evita o aumento da lesão no DNA nuclear
- Receptores e terminaçòes nervosas livres= defesa contra
agentes nocivos
Funções da pele
• Endócrinas: ativação de hormônios
(conversão de testosterona em 5-di-
hidrotestosterona ou estradiol e de t4
em t3) .
Participa na síntese de vitamina D
Função da pele
• Imunológica:integridade da pele depende do
sistema imune cutâneo:células
dendríticas,linfócitos T de
memória,mastócitos e os macrófagos
• Células dentríticas:células de langerhans
=apresentadoras de atg da pele aos linfócitos
T –transformam em linfócitos T de
memória.Quando atgs apresentados
previamente são reexpostos na pele,os
linfócitos T de memória reconhecem através
de seus receptores e sintetizam
citocinas
Reparação das Feridas Cutâneas
• 3 Fases:inflamatória=coágulo sanguíneo-hemostasia-
ativa cascata da coagulação e via do complemento =
geram fatores quimiotáticos que estimulam a migração
de leucócitos para ferida
• Esses leucócitos removem partículas estranhas e
bactérias
• Reepitalização começa=queratinócitos se deslocam do
tecido friável e a crosta
• Os queratinócitos da borda da ferida se proliferam e
epiderme se restaura
Reparação das Feridas Cutâneas
• Formação da cicatriz :A partir do tecido de
granulação e pela remodelação do colágeno
• Caracteriza-se pela síntese e destruição do
colágeno que diminui o número de células na
derme.
Propedêutica Dermatológica
• Ambiente iluminado
• Exame físico precede a anamnese
Exame Físico:
• Inspeção:localização,topografia e distribuição
das lesões
• Palpação:espessura,volume,consistência,elasti
cidade
• Digitopressão ou vitopressão:pressiona com
dedo ou vidro as lesões =isquemia
• Compressão:avalia edema e linear verifica o
dermografismo
• Importância :A pele pode revelar
precocemente doenças sistêmicas
• Problemas internos podem se exteriorizar
através de reações cutâneas
• Ex:xantelasma =hipercolesterolemia
Lesões Elementares :
• Degenerações:Perda da estrutura original
• Alterações Metabólicas:No processo de síntese
e degradação dos nutrientes da célula .
• Proliferações:Replicação das células
• Mal formações:Anomalia estrutural ou
funcional na constituição da pele
• Disfunções:Perda da função da pele
• Inflamações:Processo responsivo à agressão.
Classificações em Grupos
1)Alterações de cor (mancha ou mácula)
2)Formações sólidas
3)Coleções líquidas
4)Alterações da espessura
5)Perdas e reparações
Obs: lesões primárias:Mácula,nódulo,tumor,
vesícula,bolha,pústula
secundárias:crosta,escama,escoriações,fissura
,ulceração,cicatriz,liquenificação, atrofia
MANCHAS VÁSCULO SANGUÍNEAS
Eritema figurado
Mancha lívida
Mancha angiomatosa
Mancha anêmica
Púrpura-não desaparece à digitopressão
• Petéquia-1cm
• Equimose +1cm
• Víbice
MANCHAS PIGMENTARES
Leucodermia
• Hipocromia
• Acromia
Hipercromia
• Melanodermia
• Outros pigmentos
Pigmentação Exógena
2-Formações Sólida:
Pápula:<1cm—placa =confluência de pápulas e
>1cm
Nódulo:1-3cm
Tubérculo:localização dérmica(em desuso)
Nodosidade ou tumor:>3cm
Goma:nódulo que se liquefaz no centro
Vegetação:’’couve flor’’
Verrucosidade:dura e hiperqueratósica
4)Alteraçòes da Expessura
Queratose=↑camada córnea
Liquenificação=acentuação dos sulcos
Edema=por extravasamento de plasma
Infiltração=menor evidência dos sulcos pelo
infiltrado celular na derme
Esclerose=↑consistência da pele pela fibrose de
colágeno
Atrofia=↓espessura
5)Perdas e Reparações teciduais
Por eliminação ou destruição e reparações de
tecidos
Escamas:por alteração de queratinização
Erosões ou exulcerações:perda da epiderme
Escoriações:arrancamento epidérmico simples
=arranhões ou coçagem
Ulceração:perda circunscrita da derme e epiderme
Úlcera:ulceração crônica
Fissura:perda linear da epiderme e derme
em área de orifícios naturais,dobras
Crosta: resulta do dessecamento da
serosidade,pús ou sangue.
Escara: úlcera de decúbito por pressão
consequente falta de oxigênio e nutrição dos
tecidos.
PERDAS E REPARAÇÕES TECIDUAIS
Cicatriz:Resulta da reparação
• Atrófica
• Críbrica(‘’ponto crivo’’)
• Hipertrófica
TÉCNICAS SEMIÓTICAS ESPECIAIS
Curetagem metódica de Brocq:
Sinal da vela
Sinal de Auspitz ou‘’orvalho sangrante’’
Sinal de Nikolsky
Sinal da Unha e Sinal de zileri
Luz de Wood-em local escuro
Pesquisa de sensibilidade
Dermatoscopia
SINAL DE NIKOLSKY-PÊNFIGOS
SINAL DA UNHA E SINAL DE ZILERY-
PITIRÍASE VERSICOLOR
LUZ DE WOOD
• Dimensões das lentes: 0,10m x 0,06m.
• 2 lâmpadas fluorescentes negras de 4W.
• Alimentação elétrica: 110 ou 220 volts.
• Opcional: Lâmpada fluorescente branca
DERMATOSCOPIA
EXAMES COMPLEMENTARES
Laboratoriais
Anatomo Patológicos-biópsia
Exame de imagens:USG-100MH ,com
dopller colorido-Alterações vasculares
Genéticos:Alteração cromossômica
Identificação do gene mutado
Aconselhamento genético:
genodermatoses
Exames complementares
• Imuno-histoquímicas:enzimas,hormônios,
polipeptídeos ,imunoglobulinas,antígeno de
desenvolvimento oncogênico,virais...
• Associado ao diagnóstico patológico
• Micológico direto e cultura-Micoses
• Citologias:tzanck no herpes simples tipo 1 e 2
• IFD :detecta atg,atc e componentes
celulares:Pênfigos,Lupus..
• IFI:pesquisa de atc no sangue.
Exames Complementares
• IGg=pesquisa de anticorpo em fase crônica da
doença
• IGg=fase ativa da doença:Doenças
exantemáticas :Rubéola,Sarampo,Dengue
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
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Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)

  • 1. PROVA 1 – DERMATOLOGIA
  • 3. Manchas pigmentadas, de distribuição simétrica e limites imprecisos, nas regiões malares. Pigmentação na pele adjacente ao ângulo da boca.
  • 4. Pigmentação difusa da lâmina ungueal. Manchas hipercrômicas na gengiva.
  • 5. Placas branco-acinzentadas, de aspecto edematoso, localizadas na mucosa jugal. Manchas azul-acinzentadas localizadas nas nádegas e na região lombar.
  • 6. Manchas (máculas) hipercrômicas ao redor da boca, causadas por dermatite de contato Múltiplas manchas (máculas) acrômicas na face, causadas por vitiligo.
  • 7. Manchas hipopigmentadas confluentes, mal definidas, não descamativas, localizadas no tronco Manchas hipocrômicas, mal delimitadas, pouco descamativas, acometendo a face.
  • 8. Pápulas e pústulas foliculares nos pelos da barba Placas e nódulos brilhantes, endurecidos, ultrapassando os limites da ferida original
  • 9. Múltiplas pápulas pequenas, hiperpigmentadas, localizadas na face. Úlceras circulares, com fundo amarelado, de margens bem definidas, localizadas na perna direita, e cicatrizes atróficas na esquerda
  • 10. Espessamento aveludado da pele e hiperpigmentação na região cervical. Placa ligeiramente eritematosa com descamação espessa no couro cabeludo.
  • 11. Placas e nódulos fibróticos na nuca. Área de alopecia na linha frontal e parietotemporal.
  • 12. Manchas eritematodescamativas evoluindo para hipocromia na região da barba. Manchas hipercrômicas de limites precisos e contornos irregulares localizada nas regiões zigomática, malar e superciliar.
  • 13. Manchas acrômicas no lábio inferior. Manchas eritematosas de lúpus eritematoso subagudo na face evoluindo para acromia.
  • 14. Comedões, manchas hipercrômicas e cicatrizes na face. Cistos, abcessos e crostas disseminados pela face.
  • 15. Cicatrizes queloideanas em lesões prévias de acne. Comedões e pápulas na região frontal.
  • 16. Lesões eczematosas subagudas na face, poupando apenas a região nasal e extensora Pápulas foliculares e placas descamativas, de distribuição simétrica, nas regiões extensoras dos antebraços.
  • 17. Pápulas eritematosas foliculares, algumas escoriadas, no tronco (?). Manchas numulares, hiperpigmentadas, bem delimitadas, de distribuição difusa no braço e no tórax.
  • 18. Placa descamativa, liquenificada e discrômica, acometendo toda a região cervical posterior. Pápulas e placas lisas e brilhantes distribuídas simetricamente nas regiões palpebrais
  • 19. Múltiplas pápulas e placas, algumas coalescentes, bem delimitadas, descamativas, com ligeiro eritema, localizadas na região abdominal. Pápulas e placas brilhantes, acinzentadas, algumas lineares, localizadas difusamente no tronco e no membro superior
  • 20. Placas hiperceratósicas isolada, de distribuição simétrica, nos cotovelos Placas eritematodescamativas, de aspecto eczematoso, acometendo a superfície dorsal e palmar dos quirodáctilos, acompanhadas de edema das articulações interfalangeanas.
  • 21. Placa com centro hiperpigmentado e bordas eritematosas, bem delimitada, localizada na região malar. Placas anulares, com centro hipercrômico e bordas ligeiramente eritematosas, de distribuição perioral.
  • 22. Lesões hiperceratóticas e hiperpigmentadas, monomorfas, comprometendo a superfície palmar Manchas hipocrômicas lenticulares, descamativas, distribuídas na face e no pescoço.
  • 23. Mancha hipercrômica, com descamação predominantemente nas bordas, bem delimitada, na região inguinocrural. Lesão pigmentada, bem delimitada, com 1 cm, no canto do olho direito. (CBC)
  • 24. Massa vegetante acometendo e destruindo a glande. (carcinoma espinocelular) Lesão úlcero-vegetante, em cicatriz prévia de queimadura, na região do joelho esquerdo, se estendendo para a perna e coxa.
  • 25. Pigmentação acometendo o leito ungueal e a unha do hálux, infiltrando tecidos adjacentes. Mancha hipocrômica, mal delimitada, localizada na região da fossa ilíaca direita.
  • 28. 3.2 Orientações específicas de coleta: • Dar ao paciente uma breve explicação sobre o exame a ser realizado; • azer anti-sepsia do local a ser coletado com álcool 70 %; • Com auxílio de uma pinça de Kelli curva fazer uma boa isquemia para impedi o fluxo de sangue; • Com o auxílio de um bisturi, cortar a pele em mais ou menos 5 mm de comprimento por 2 mm de profundidade; • Com o lado não cortante da lâmina, raspar o bordo interno do corte 2 a 3 vezes até obter boa quantidade de linfa;
  • 29. • Transferi-la para uma lâmina de vidro com borda fosca,bem limpa e nova previamente identificada com lápis de vídea ou com ponta de diamante, sempre do mesmo lado que serão colocados os esfregaços; • Espalhar o material com a parte plana da lâmina do bisturi em movimentos circulares a fim de obter um esfregaço uniforme abrangendo uma nova área de cerca de 5 a 7 mm de diâmetro; • Os 4 esfregaços serão colocados um ao lado do outro com a distância de 1 cm na seqüência da coleta do material. Cada lâmina deverá ter no máximo 4 esfregaços. Obedecer à seqüência da coleta, conforme a figura 11: lóbulo de orelha direta (LOD), lóbulo da orelha esquerda (LOE), cotovelo direito (CD) e cotovelo esquerdo (CE) ou á critério médico, quando necessário, joelho direito e esquerdo e lesão. • Os esfregaços não devem conter sangue, pois esse poderá interferir no exame microscópio; • Para o mesmo paciente usa-se a mesma lâmina de bisturi após limpá-la com álcool 70% e flambá-la em chama; • Deixar os esfregaços secarem à temperatura ambiente e a seguir passar na chama de lamparina a álcool, por 3 vezes rapidamente. Observar que a face onde se encontra o esfregaço fique para cima; • Usar sempre lâmina de bisturi e de vidro novos para cada paciente; • A incisão feita no paciente deve ser coberta com um curativo estéril.
  • 32. • Qualquer dúvida referente à presença de infecção por herpes simples pode ser dirimida por qualquer um dos vários procedimentos diagnósticos: A. A biópsia cutânea de uma vesícula virótica típica mostrará -um quadro característico: (1) uma lesão intra- epidérmica na epiderme média a superior; (2) degeneração balonizante das células; (3) células acantolíticas livres; e (4) grandes células gigantes multinucleadas. Inclusões intranucleares podem ser vistas nas células gigantes, bem como em outras células epidérmicas infectadas. B. Um esfregaço citológico da vesícula, com o propósito de pesquisar células gigantes e corpos de inclusão, é feito fácil e rapidamente. Os esfregaços são positivos em aproximadamente 75% dos casos de herpes facial recidivante com cultura para vírus positiva, mas apenas em cerca de 40% de lesões genitais ulceradas. É importante que uma vesícula jovem seja escolhida tanto para biópsia quanto para o esfregaço citológico. As lesões de herpes simples, herpes zóster e varicela terão aspecto idêntico ao exame histopatológico e ao esfregaço de tecido. A citologia esfoliativa é especialmente útil como método para detectar infecções cervicais ou vaginais assintomáticas mas, nas grávidas, não substitui a cultura para vírus. C. O vírus recuperado do conteúdo da vesícula pode ser cultivado fácil e rapidamente (24-48 horas). D. Os títulos de anticorpos neutralizantes específicos se elevarão após a primeira semana da infecção primária e terão seu pico em duas a três semanas. Alterações no título dos anticorpos não podem ser utilizadas como critério para lesões recidivantes. E. Quando disponíveis reagentes e equipamentos adequados, os seguintes procedimentos podem ser executados, se indicados: 1. O vírus pode ser identificado com facilidade à microscopia eletrônica. 2. O vírus pode ser encontrado em amostras de tecido, usando-se técnicas de imunofluorescência ou imunoperoxidase. 3. O vírus pode ser tipificado pelas provas sorológicas apropriadas. • REFERÊNCIA: http://www.bibliomed.com.br/bibliomed/bmbooks/dermato/livro5/cap/cap15.htm
  • 34. • A identificação da psoríase é eminentemente clínica em face do tipo e distribuição das lesões; sendo necessária a histologia para o diagnóstico correto. A curetagem de Brocq auxilia na diferenciação de doenças cuja descamação não é estratificada. A curetagem metódica de Brocq consiste no raspado das lesões com cureta e fornece dois importantes sinais: a) Sinal da vela - destacam-se escamas semelhantes às encontradas na raspagem de uma vela. As escamas são aderentes e podem apresentar uma aparência de ostra ou micácea, representando uma queratinização incompleta; b) Sinal do orvalho sangrento ou de Auspitz - quando, após a retirada das escamas, encontra-se superfície vermelho brilhante recoberto por uma fina membrana (Duncan) que se solta facilmente e abaixo dela há presença de pontos hemorrágicos. Na histopatologia há alterações que são consideradas essenciais, especialmente a acantose. No início, há vasodilatação com infiltrado perivascular na derme que invade a epiderme. Surge discreta espongiose, invasão de neutrófilos e paraqueratose. Posteriormente se nota alongamento das cristas epiteliais, com afinamento na porção suprapapilar. As papilas estão alargadas e edemaciadas. Na epiderme ocorre paraqueratose, desaparecimento da camada granulosa e presença de agrupamentos de neutrófilos – os microabscessos de Munro. Na psoríase pustulosa, podemos encontrar cavidades contendo neutrófilos – as pústulas espongiforme de Kogoj. O quadro histológico da psoríase não é específico, porém, sugestivo. A presença de dessas últimas estruturas deve ser considerada como altamente sugestiva da diagnose. • REFERÊNCIA: http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=5055
  • 36. • Definição: O vitiligo é uma doença não contagiosa que consiste numa discromia cutânea, caracterizada clinicamente pela presença de máculas branco-nacaradas de diferentes tamanhos e formas com tendência a aumentar centrifugamente de tamanho. • Sintomas: A maioria dos pacientes com vitiligo não manifesta qualquer sintoma além do surgimento de manchas brancas na pele. Entretanto, em alguns casos, os pacientes relatam sentir sensibilidade e dor na área afetada. Zonas afetadas: Pele; Cabelos (pelo, couro cabeludo, sobrancelhas, pestanas, barba); Interior da boca; Genitais. • Tipos de vitiligo: O vitiligo pode ser dividido em dois tipos: Unilateral (ou Segmentar) ou Bilateral. O unilateral manifesta-se apenas numa parte do corpo, normalmente quando o paciente ainda é jovem. O bilateral é o tipo mais comum, manifesta-se nos dois lados do corpo. Em geral, as manchas surgem inicialmente em extremidades como mãos, pés, nariz, boca. • Causas: As causas de vitiligo ainda são desconhecidas. O que se sabe até agora é que a doença ocorre quando os melanócitos morrem ou deixam de estar funcionais. Os médicos ainda não sabem explicar o por quê dos melanócitos param de cumprir a sua função, mas acredita-se que o vitiligo possa ser uma doença autoimune, em que o próprio sistema imunológico ataca e destrói os melanócitos. Evidências médicas também sugerem que o vitiligo possa estar relacionada à herança genética ou a fatores externos, como exposição excessiva ao sol, a situações de stress e a produtos químicos.
  • 37. • Diagnóstico: O diagnóstico do vitiligo é essencialmente clínico, pois as manchas despigmentadas possuem geralmente localização e distribuição características. A biópsia cutânea revela a ausência completa de melanócitos nas zonas afetadas, exceto nos bordos da lesão, e o exame com lâmpada de Wood é fundamental nos pacientes de pele branca, para deteção das áreas de vitiligo. • Tratamento: Até meados do século XX, o vitiligo foi uma dermatose com poucas possibilidades terapêuticas. Em 1947, foi usado pela primeira vez o 8-metoxipsoraleno, molécula purificada da planta Ammi majus, associada com a exposição solar. Mais tarde, a molécula foi usada em associação com a radiação UVA artificial. Este tratamento, denominado de PUVA, é ainda amplamente utilizado no tratamento do vitiligo. Simultaneamente, na década 50, foi iniciado o tratamento com corticosteroides tópicos. Estas abordagens terapêuticas constituíram a base do tratamento do vitiligo nas últimas décadas. Com o intuito de melhorar os resultados obtidos e minimizar os efeitos secundários, têm sido testadas outras moléculas como o 5-metoxipsoraleno, a fenilalanina, a kellin, o levamisole, a pseudocatalase, os extratos placentários. Recentemente, o tacrolimus e os derivados da vitamina D também são utilizados no tratamento do vitiligo. Os enxertos de melanócitos e a transplantação de melanócitos a partir de culturas in vitro, constituem fontes de melanócitos para as lesões de vitiligo. Como os tratamentos não resolvem o problema a 100% muitas pessoas utilizam maquilhagem para disfarçar as manchas.
  • 38. • Epidemiologia: Estima-se que aproximadamente entre 0,5 e 2% da população mundial apresente vitiligo. A doença geralmente começa na infância ou na idade adulta, com um pico de início entre os 10 e os 30 anos. Todas as raças e ambos os sexos são igualmente afetados, embora alguns estudos relatem uma preponderância do sexo feminino, que pode ser explicada pela maior preocupação estética por pacientes mulheres, o que leva á maior procura por atendimento especializado. • REFERÊNCIA: http://pt.slideshare.net/pedroseabra121/vitiligo- 44981533?qid=923b7db5-b383-4ae0-ac78- 7e7a8af9db61&v=default&b=&from_search=4
  • 40. LESÕES ELEMENTARES • Pode-se classificar as lesões elementares em cinco grupos básicos de alterações individualizadas da pele: • Alterações da cor • Formações sólidas • Coleções líquidas • Alterações da espessura • Perdas teciduais
  • 41. ALTERAÇÕES DA COR Manchas Vásculo-Sanguíneas • Eritema: Cor vermelha conseqüente à vasodilatação que desaparece por pressão digital ou vitropressão.
  • 42. ALTERAÇÕES DA COR Manchas Vásculo-Sanguíneas • Cianose: Eritema arroxeado por congestão venosa ou passiva, com diminuição da temperatura.
  • 43. ALTERAÇÕES DA COR Manchas Vásculo-Sanguíneas • Rubor: eritema rubro, conseqüente de vasocongestão ativa ou arterial com aumento de temperatura.
  • 44. ALTERAÇÕES DA COR • Enantema: eritema localizado nas mucosas.
  • 45. ALTERAÇÕES DA COR • Exantema: eritema generalizado, agudo, de duração relativamente curta. Pode ser morbiliforme ou rubeoliforme, quando há áreas de eritema entremeadas com áreas de pele são ou escarlatiniforme quando é difuso e uniforme.
  • 46. ALTERAÇÕES DA COR • Eritemas figurados: são manchas eritematosas de formas várias e de limites bem definidos.
  • 47. ALTERAÇÕES DA COR • Eritrodermia: eritema generalizado, crônico e persistente que se acompanha freqüentemente de descamação.
  • 48. ALTERAÇÕES DA COR • Lividez: é uma mancha de cor lívida, do chumbo pálido ao azulado, de temperatura fria, por isquemia.
  • 49. ALTERAÇÕES DA COR • Mancha angiomatosa: é mancha de cor vermelha, permanente, plana, que desaparece quase completamente por vitropressão forte, causada por neoformação névica de capilares da derme.
  • 50. ALTERAÇÕES DA COR • Mancha anêmica: área esbranquiçada, permanente, determinada por agenesia vascular. A vitropressão da pele circunjacente igual a esta à mancha, mostrando que se trata de mancha anêmica, excluindo hipocromia.
  • 51. ALTERAÇÕES DA COR • Telangiectasia: lesão filamentar, sinuosa, permanente devido à presença de capilares dilatados na derme.
  • 52. ALTERAÇÕES DA COR • Púrpura: mancha vermelha que não desaparece pela vitropressão. É devida ao extravasamento de hemáceas na derme e na sua evolução torna-se sucessivamente, arroxeada e verde-amarelada. Até um centímetro de diâmetro chama-se petéquia, maior, equimose e, se linear, víbice. Petéquias
  • 53. ALTERAÇÕES DA COR Manchas Pigmentares • As manchas pigmentares ou discrômicas resultam da ausência, diminuição ou aumento de melanina ou depósito de outros pigmentos ou substâncias na pele.
  • 54. ALTERAÇÕES DA COR • Leucodermias: é a mancha branca e compreende a acromia, de cor branco marfim, causada pela falta total de melanina ou a hipocromia de cor branco-nácar, causada pela diminuição da melanina.
  • 55. ALTERAÇÕES DA COR • Hipercromia: Mancha de cor variável, causada pelo aumento da melanina ou depósito de outro pigmento. O aumento da melanina – mancha melanodérmica tem cor variável do castanho claro ao escuro, azulado ou preto. As manchas resultantes do depósito de hemossiderina ou do ácido homogentísico têm também cor do castanho escuro ao preto. A cor amarelada da pele é observada na icterícia e na carotinemia. As tatuagens apresentam coloração variável de acordo com o pigmento e profundidade da sua localização.
  • 56. FORMAÇÕES SÓLIDAS Resultam de processo inflamatório ou neoplásico, atingindo isolada ou conjuntamente a epiderme, derme ou hipoderme. Distinguem- se vários tipos: • Pápula: lesão sólida, circunscrita elevada, menor que 1 cm, por processo patológico epidérmico, dérmico ou misto.
  • 57. FORMAÇÕES SÓLIDAS • Placa papulosa: é a lesão elevada de altura inferior a 1 cm, em plataforma que se estende em superfície por vários centímetros. Pode ser individual ou constituir aglomerado de pápulas.
  • 58. FORMAÇÕES SÓLIDAS • Nódulo: lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 a 3 cm de tamanho. É processo patológico que localiza-se na epiderme, derme e/ou hipoderme.
  • 59. FORMAÇÕES SÓLIDAS • Nodosidade ou tumor: formação sólida, circunscrita, elevada ou não, maior que 3 cm. O termo tumor é usado principalmente para processo neoplásico.
  • 60. FORMAÇÕES SÓLIDAS • Tubérculo: designação em desuso, significava pápula ou nódulo que evolui deixando cicatriz.
  • 61. FORMAÇÕES SÓLIDAS • Goma: é um nódulo ou nodosidade que se liquefaz na porção central e que pode ulcerar-se, eliminando substância necrótica.
  • 62. FORMAÇÕES SÓLIDAS • Vegetação: pápula pedunculada ou com aspecto de couve flor, branco avermelhada, que sangra facilmente, devida ao aumento da camada espinhosa, cristas epiteliais e papilas dérmicas.
  • 63. FORMAÇÕES SÓLIDAS • Verrucosidade: pápula ou placa papulosa de superfície dura, inelástica e amarelada por aumento peculiar da camada córnea.
  • 64. FORMAÇÕES SÓLIDAS • Urtica: elevação de forma irregular, cor variável do róseo ao vermelho, pruriginosa, com duração efêmera. Resulta da exsudação aguda da derme. É também chamada de pápula urticariana. Quando atinge vários centímetros de extensão denomina-se placa urticada.
  • 65. COLEÇÕES LÍQUIDAS As lesões elementares incluídas no grupo das coleções líquidas são aquelas com conteúdo líquido que pode ser serosidade, sangue ou pus. Compreendem as vesículas, pústulas, bolhas, gomas, abcessos e hematomas. • Vesículas: elevação circunscrita, contendo líquido claro, até 1 cm de tamanho. O líquido, primitivamente claro (seroso), pode se tornar turvo (purulento) ou rubro (hemorrágico).
  • 66. COLEÇÕES LÍQUIDAS • Bolha: elevação contendo líquido claro, maior que 1 cm em tamanho. O líquido, primitivamente claro, pode se tornar turvo-amarelado ou rubro, formando-se bolha purulenta ou hemorrágica.
  • 67. COLEÇÕES LÍQUIDAS • Pústula: elevação circunscrita, contendo pus até 1 cm em tamanho. É um abcesso superficial.
  • 68. COLEÇÕES LÍQUIDAS • Abscesso: coleção de pus na pele ou subcutâneo, circunscrita, proeminente ou não, de tamanho variável. A pele pode estar ruborizada e há calor, dor e flutuação.
  • 69. COLEÇÕES LÍQUIDAS • Hematoma: coleção de sangue na pele ou subcutâneo, circunscrita, proeminente ou não e de tamanho variável.
  • 70. ALTERAÇÕES DE ESPESSURA • Queratose: espessamento da pele, duro, inelástico, amarelado e de superfície eventualmente áspera. É causado pelo aumento da espessura da camada córnea.
  • 71. ALTERAÇÕES DE ESPESSURA • Liquenificação: espessamento da pele com acentuação dos sulcos e da cor própria da pele, com aspecto quadriculado, de malhas poligonais bem definidas. É devida ao aumento da camada malpighiana.
  • 72. ALTERAÇÕES DE ESPESSURA • Edema: aumento da espessura, depressível, com cor própria da pele ou rósea-branca. É determinado pelo acúmulo de líquido na derme e/ou hipoderme.
  • 73. ALTERAÇÕES DE ESPESSURA • Infiltração: aumento da espessura e consistência da pele, com menor evidência dos sulcos, limites imprecisos, acompanhando-se, as vezes, de eritema discreto. Pela vitropressão, surge fundo de cor café com leite. Resulta da presença na derme de infiltrado celular, as vezes com edema e vasodilatação.
  • 74. ALTERAÇÕES DE ESPESSURA • Esclerose: alteração da espessura com aumento da consistência da pele que se torna lardácea ou coriácea. A pele pode estar espessada ou adelgaçada, não é depressível e o pregueamento é difícil ou impossível. Resulta de fibrose do colágeno.
  • 75. ALTERAÇÕES DE ESPESSURA • Atrofia: diminuição da espessura da pele, localizado ou difuso, que pode se acompanhar de adelgaçamento e pregueamento da pele. É devido a redução do número e volume dos constituintes teciduais. A atrofia linear chama-se víbice, nome que também serve para designar uma lesão purpúrica linear.
  • 76. ALTERAÇÕES DE ESPESSURA • Cicatriz: lesão lisa, plana, saliente ou deprimida, sem os sulcos, poros e pêlos, móvel, aderente ou retrátil. Associa atrofia com fibrose e discromia. É resultante da reparação de processo destrutivo da pele.Podem ser: (a) Atrofica – fina, pregueada, papirácea; (b) Críbrica – perfurada por pequenos orifícios; (c) Hipertrófica – nodular, elevada, vascular, com excessiva proliferação fibrosa, com tendência a regredir.
  • 77. PERDAS TECIDUAIS São as lesões oriundas da eliminação exagerada ou da destruição dos tecidos cutâneos. Escama: massa laminada, furfurácea, micácea ou foliácea que se desprende da superfície cutânea. É devida à alteração da queratinização.
  • 78. PERDAS TECIDUAIS • Erosão ou exulceração: perda superficial que atinge somente a epiderme.
  • 79. PERDAS TECIDUAIS • Escoriação: erosão linear que é consequente à coçagem.
  • 80. PERDAS TECIDUAIS • Ulceração: perda de epiderme e derme eventualmente atingindo a hipoderme e outros tecidos.
  • 81. PERDAS TECIDUAIS • Úlcera: é uma ulceração persistente e de evolução crônica.
  • 82. PERDAS TECIDUAIS • Fissura ou ragádia: perda linear da epiderme e derme, no contorno de orifícios naturais ou em áreas de pregas ou dobras da pele.
  • 83. PERDAS TECIDUAIS • Crosta: concreção de cor amarelo-claro ao esverdeado ou vermelho- escuro, que se forma em área de perda tecidual. Resulta do dessecamento de serosidade (melicérica), pus (purulenta) ou sangue (hemorrágica), de mistura com restos epiteliais.
  • 84. PERDAS TECIDUAIS • Escara: área da pele de cor lívida ou negra, limitada, resultante de necrose tecidual. O termo é também empregado para a ulceração após a eliminação do esfacelo. Ainda que as lesões elementares possam se apresentar isoladamente, na maioria das vezes apresentam-se associadas ou combinadas, daí decorrendo variedade de expressões, como eritêmato-papulosa, pápulonodular, atrófico- escamosa, ulcero-crostosa, vésico-bolhosa e inúmeras outras.
  • 85. TERMOS DESIGNATIVOS Formas, Contornos e Dimensões • Anular: em anel • Arcada: em arco • Circinada: em círculo • Corimbiforme: em corimbo, ou seja, lesão principal central e outras satélites • Discóide: em forma de disco • Figurada: com borda de contorno bem definida. • Geográfica: de contorno irregular, lembrando mapa geográfico • Girata: em giro ou espiral • Gotada: em gotas • Irisada: com círculos concêntricos • Lenticular: como lentilha • Linear: em linha • Miliar: como grânulos de mílio. • Numular: como moeda. • Pontuada: em pontos. • Serpiginosa: em linha ou contorno sinuoso. • Zosteriforme: consoante um trajeto de um nervo.
  • 86. DISTRIBUIÇÃO E NÚMERO • Disseminada: lesões numerosas individuadas em várias regiões cutâneas. • Generalizada: erupção difusa e uniforme, atingindo várias regiões cutâneas. • Universal: comprometimento total, incluindo o couro cabeludo.
  • 87. SINAIS ESPECÍFICOS Caracterizam Síndromes ou Afecções • Aftas: pequena ulceração em mucosa.
  • 88. SINAIS ESPECÍFICOS • Alopécia: ausência de pêlos em locais pilosos.
  • 89. SINAIS ESPECÍFICOS • Calo: hiperqueratose em cunha, que se introduz causando dor. Devida a irritação ou pressão mecânica dos pés.
  • 90. SINAIS ESPECÍFICOS • Calosidade: hiperqueratose circunscrita em áreas de pressão ou fricção nos pés e mãos.
  • 91. SINAIS ESPECÍFICOS • Celulite: inflamação da derme e/ou do tecido celular subcutâneo.
  • 92. SINAIS ESPECÍFICOS • Cisto: formação elevada ou não, constituída cavidade fechada envolta por um epitélio contendo líquido ou substância semi-sólida.
  • 93. SINAIS ESPECÍFICOS • Comêdo ou comedão: acúmulo de corneócitos no infundíbulo folicular (cravo branco) ou de queratina e sebum em um folículo piloso dilatado (cravo preto).
  • 94. SINAIS ESPECÍFICOS • Corno: excrescência cutânea circunscrita e elevada formada por queratina.
  • 95. SINAIS ESPECÍFICOS • Eritrodermia: eritema generalizado, persistente e crônico, com descamação.
  • 96. SINAIS ESPECÍFICOS • Fístula: canal com pertuito na pele que drena foco profundo de supuração ou necrose.
  • 97. SINAIS ESPECÍFICOS • Milium (milio): pequeno cisto de queratina, branco amarelada, superficial na pele.
  • 98. SINAIS ESPECÍFICOS • Placa: uma área de pele elevada com mais de 2 cm de diâmetro.
  • 99. SINAIS ESPECÍFICOS • Poiquilodermia: sinal caracterizado por atrofia, telangiectasias e pigmentação, geralmente reticulada.
  • 100. SINAIS ESPECÍFICOS • Quelóide: formação elevada por proliferação fibrosa da pele, pós trauma, que não regride.
  • 101. SINAIS ESPECÍFICOS • Sero-pápula: é formada por uma vesícula sobre o centro de um pequena pápula urticada. Lesão típica do estrófulo.
  • 102. SINAIS ESPECÍFICOS • Sulco (túnel): pequena saliência linear, inferior a um cm, com vesícula perlácea, do tamanho da cabeça de um alfinete na extremidade. Lesão típica da escabiose.
  • 103. SINAIS ESPECÍFICOS • Sinal de Auspitz ou do orvalho sangrento: aparecimento de ponteado hemorrágico quando se raspam as escamas na psoríase. Também conhecido como sinal da vela.
  • 104. SINAIS ESPECÍFICOS • Sinal de Darier: fricção da lesão determina urtica. Típica da urticária pigmentosa (masticitose).
  • 105. SINAIS ESPECÍFICOS • Fenômeno (sinal) de Koebner: aparecimento de lesões similares às da dermatose por trauma. Típico da psoríase e liquen plano. Líquen plano Fenômeno de Köbner ou Isomorfismo = Ocorre em doenças como psoríase e líquem plano, em que uma escoriação ou traumatismo em uma área de pele normal determina o aparecimento de lesão própria da afecção no trajeto escoriado.
  • 106. SINAIS ESPECÍFICOS • Sinal de Sampaio: bainha gelatinosa nas raízes dos cabelos, encontrada na pseudopelada e lúpus eritematoso. Indica atividade da doença. Sinal de Sampaio = Utilizado em alopécias. Arrancando-se alguns fios de cabelo nas áreas de alopécia, observa-se a presença de bainha gelatinosa aderida ao bulbo. Este fenômeno ocorre no Lupus Eritematoso Sistêmico.
  • 107. SINAIS ESPECÍFICOS • Sinal de Zileri: descamação observada pelo estiramento da pele na pitiríase versicolor.
  • 108. SINAIS ESPECÍFICOS • Sinal de Nikolsky = Ao se atritar a pele saudável do paciente com pênfigo vulgar, a mesma se desprende.
  • 109. GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO Sebastião de Almeida Prado Sampaio • Acantólise: perda de adesão entre células epiteliais por degeneração dos desmosomas ou da substância cimentante intercelular o que permite a formação de bolhas ou vesículas. • Acantose ou hiperacantose: aumento moderado ou excessivo da camada malpighiana. • Alteração cavitária: edema intracelular com formação de cavidades no interior de células malpighianas. É a fase inicial da degeneração reticular. • Anaplasia: alteração de células que apresentam núcleos grandes, irregulares e hipercromáticos e com eventual presença de mitoses atípicas, característica de neoplasias malignas.
  • 110. GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO • Bolha: cavidade epidérmica ou sub-epidérmica, contendo serosidade, hemácias ou células. A bolha inferior a 1 cm de diâmetro pode ser chamada de vesícula. A lacuna é uma vesícula pequena, intra-epidérmica. • Degeneração balonizante: alteração de células epidérmicas que assumem forma em balão por edema e perdem as conexões intercelulares o que possibilita a formação de bolhas ou vesículas. É característica das infecções virais. • Degeneração basófica ou colágeno: presença de material basófilo na derme papilar por degeneração das fibras colágenas e elásticas em áreas expostas à luz solar. • Degeneração fibrinóide do colágeno: depósito de fibrina entre a fibras colágenas ou em torno de vasos, que se caracteriza por cor eosinófilica brilhante e aspecto homogêneo. É encontrada no lúpus eritematoso, vasculites alérgicas e nódulos reumatóides.
  • 111. GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO • Degeneração granulosa da epiderme: também chamada Hiperqueratose epidermolítica. Atinge as porções superior e média da camada malpighiana, produzindo intenso edema intracelular, levando à perda dos contornos celulares. Acompanha-se de hiperqueratose e produção excessiva de grânulos de querato- hialina grandes e irregulares. Ocorre em doenças congênitas. • Degeneração hidrópica ou de liquefação: vacuolização das células basais conseqüente e edema na derme, encontrada em numerosas afecções, como lupus eritematoso, líquen plano, líquen escleroso e atrófico e outros. • Degeneração hialina do colágeno: neste tipo de degeneração os feixes colágenos apresentam-se de volume aumentado, mais eosinófilos e homogêneos, com diminuição dos fibroblastos. É encontrada nas cicatrizes, quelóides e esclerodermia. • Degeneração reticular: edema intenso, intracelular que estoura as células epidérmicas e forma vesícula septada, sendo os septos restos de membranas celulares. É encontrada nas doenças virais e em dermatites agudas.
  • 112. GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO • Desmosoma: estrutura conetiva das células epidérmicas, anteriormente chamadas de ponte intercelular. • Disqueratose: alteração do processo de queratinização no qual ocorre uma queratinização prematura e individual de queratinócitos. Pode ocorrer em neoplasias malignas ou em algumas afecções congênitas. • Espongiose: edema intercelular na camada malpighiana que pode levar à formação de vesícula ou bolha. É encontrada nas dermatites agudas. É característica do grupo pênfigo porém pode ser encontrada na queratose actínica e epiteliomas, bolhas virais e doença de Darier. • Incontinência pigmentar: depósito de melanina na derme, livre ou no interior de macrófagos, por perda devida à lesão das células melanocíticas (células claras) na camada basal.
  • 113. GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO • Infiltrado inflamatório agudo: presença na derme de polimorfos nucleares com fenômenos exsudativos de edema, vaso-dilatação e congestão. • Infiltrado inflamatório crônico inespecífico: presença na derme de histiócitos, linfócitos e plasmócitos com fenômenos proliferativos do conjuntivo, porém sem qualquer arranjo característico. • Infiltrado inflamatório granulomatoso: presença na derme de infiltrado constituído por todos ou alguns dos seguintes elementos celulares: linfócitos, histiócitos, plasmócitos, células epitelióides e gigantócitos, com fenômenos proliferativos do conjuntivo. O infiltrado tem um arranjo sugestivo de agente específico, infeccioso ou corpo estranho.
  • 114. GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO • Infiltrado neoplásico maligno: infiltrado na derme com a presença de células com pleomorfismo e anaplasia. • Lisosoma: corpúsculo intracitoplasmático que contém enzimas capazes de digerir material endógeno ou exógeno fagocitado. • Melanócito: célula dentrítica presente na camada basal da epiderme e na matriz pilosa, que produz melanina. • Melanófago: macrófago ou histiócito que fagocitou melanina. • Microabscesso: pequeno acúmulo de neutrófilos, eosínófilos ou células linfo- histiocitárias na epiderme e ápice das papilas dérmicas. O microabscesso de Munro-Sabouraud é constituído por acúmulo de neutrófilos degenerados na camada córnea ou de para queratose na psoríase. O microabscesso de Pautrier é constituído por células atípicas linfo-histiocitárias na camada Malpighiana.
  • 115. GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO • Necrose caseosa: necrose em que o tecido perde sua estrutura e há um material eosinófilo, amorfo, finamente granuloso podendo ser encontrados fragmentos nucleares. • Necrose coliquativa: necrose tecidual com presença de neutrófilos degenerados, isto é com formação de pus. • Papilomatose: proliferação das papilas dérmicas com alongamento das cristas epiteliais. • Papiloma: é uma papilomatose circunscrita com hiperqueratose. É o substrato do nevo verrucoso, queratose seborreica, queratose actínica, e verruga vulgar. Em geral é possível a distinção entre essas varias afecções. • Paraqueratose: alteração do processo de queratinização normal com a presença de núcleos na camada córnea e diminuição ou desaparecimento da camada granulosa. • Queratinócito: são as células epidérmicaas que em um processo de diferenciação formam a camada córnea, queratinosa. • Queratose e hiperqueratose: espessamento moderado ou excessivo da camada córnea.
  • 116. REFERÊNCIA • Dermatologia na Atenção Básica de Saúde / Cadernos de Atenção Básica Nº 9 / Série A - Normas de Manuais Técnicos; n° 174 • MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Políticas de Saúde Departamento de Atenção Básica Área Técnica de Dermatologia Sanitária BRASÍLIA / DF – 2002 • Glossário Dermatológico • Sebastião de Almeida Prado Sampaio
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  • 160. Rotina recomendada • História clínica - Inspeção geral e específica • A HISTÓRIA DERMATOLÓGICA: obtenção do diagnóstico das doenças da pele (somatoscopia a outros métodos de exame dermatológico). • PROBLEMAS MAIS COMUNS: – Anormalidades localizadas interpretadas pelo paciente como de gravidade considerável, como tumorações etc – NUNCA DEVEMOS TENTAR ADVINHAR A QUEIXA DE UM PACIENTE. Um jovem portador de acne facial importante pode se queixar de uma micose plantar, ou de intertrigo. – Lembrar ainda que erupções generalizadas podem eventualmente acometer anexos como cabelo, unhas e glândulas sudoríparas. – Devemos investigar sempre a queixa principal, sua duração, a natureza da lesão inicial e suas alterações evolutivas, os sintomas associados, assim como sua resposta a medicamentos previamente utilizados. Existem antecedente dermatológico ? Dermatite seborrêica na infância (confundidas ou precursoras de psoríase)? alergias ?; Doenças de outra natureza, como as ocupacionais ou regionais ? Hobbies ? História familiar ?? • Ao exame físico procuramos caracterizar: – A inspeção: sempre sob luz clara (se possível natural), obrigatoriamente sem a roupa, primeiro com o paciente sentado na mesa de exame clínico, depois de pé para exame do dorso. – DISTRIBUIÇÃO DAS LESÕES - SUA MORFOLOGIA (elementar): A COR – UMIDADE – ESPESSURA – SIMETRIA – HIGIENE – TEMPERATURA – TEXTURA – MARGENS - TURGOR – MOBILIDADE – A palpação (que nunca deve ser omitida): ESPESSAMENTOS (ausente nas máculas); PRESENÇA DE CÁLCIO OU CISTOS SUBCUTÂNEOS – TEMPERATURA - CROSTAS quando presentes devem ser cuidadosamente removidas o que ajuda a diferencia-las de queratina (QUE É PARTE INTEGRANTE DA LESÃO) ou descamações que devem ser escarificadas para o diagnóstico da psoríase (sinal de Nicolsky ??)
  • 161. SEGUE: • Caracterize a lesão quanto a: TAMANHO – FORMA – COR – TEXTURA – ELEVAÇAO OU DEPRESSÃO – PEDUNCULAÇÃO – EXSUDAÇÃO – PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO – LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO. • CABELO E PELOS: COR – DISTRIBUIÇÃO – QUANTIDADE – PALPE A TEXTURA • OBSERVE NAS UNHAS : COR – COMPRIMENTO – CONFIGURAÇÃO – SIMETRIA –LIMPEZA – TEXTURA – FIRMEZA UNIFORMIDADE E ADERÊNCIA AO LEITO • OBSERVE AINDA NA PARTE LATERAL : HIPEREMIA – EDEMA – DOR – PRESENÇA DE PÚS, VERRUGAS, CISTOS OU TUMORES • Outras investigações: – PESQUISA do Acarus NA ESCABIOSE; – EXAME COM A LUZ DE WOOD (que detecta vários graus de florescência e pigmentação); – BIOPSIA CUTÂNEA (complementada por colorações especiais ou imuno-histoquimica quando necessário );
  • 162. INTRODUÇÃO • Pele: grande importância clinica: – Importante papel fisiológico (comunicação corporal com o mundo exterior); – importância ao revelar precocemente doenças sistêmicas; • A pele é visível em todas suas dimensões, pode ser diretamente palpável e é tão fina, que mesmo suas camadas mais profundas estão a apenas alguns milímetros do examinador. • Os quadros dermatológicos, embora claramente visíveis, podem se exteriorizar de forma amplamente variável dificultando sobremaneira sua análise e interpretação.
  • 163.
  • 164. SUPERFÍCIE CUTÂNEA • A pele normal tem coloração uniforme (exceto nas regiões pudendas e nas áreas expostas), não apresenta soluções de continuidade, e costuma ser avaliada clinicamente quanto a sua temperatura, umidade, textura, turgor, mobilidade, elasticidade, vascularização e espessura.
  • 165. COLORAÇÃO • a) Quanto a sua coloração pode ser classificada como: – Leucodermo: indivíduo de pele de coloração branca. – Melanodermo: indivíduo de pele de coloração escura. • As anormalidades de coloração, em geral de difícil avaliação em indivíduos de pele escura podem ser divididas basicamente em: – 1) PALIDEZ: (generalizada: anemias, estresse físico ou emocional ou localizada/segmentar: isquemias). A palidez deve ser pesquisada nas regiões palmo-plantares e sempre correlacionada com a coloração das mucosas corporais.
  • 166. COLORAÇÃO – 2) VERMELHIDÃO: generalizada (indivíduos obesos com policitemia relativa em geral hipertensos em uso de diurético) ou segmentar (persistente: processos inflamatórios com dor e calor locais; fugaz ou de duração efêmera: pessoas emotivas ou após a ingestão de bebidas alcoólicas). O eritema da pele pode ainda ser decorrente de vasodilatação capilar epidérmica (doenças exantemáticas, alergias medicamentosas e outras septicemias).
  • 167. COLORAÇÃO – 3) CIANOSE: coloração azulada da pele (niveis elevados de hemoglobina reduzida – que está ligada ao hidrogênio – acima de 5g/dL no sangue circulante). Influência: hematócrito, débito cardíaco/perfusão tissular, cor da pele, temperatura corporal. A cianose pode ser caracterizada como: central (baixa saturação arterial de O2), periférica (maior extração de O2, saturação normal) e diferencial (quando é vista preferencialmente nos membros inferiores ou superiores). Elas podem ser mistas!
  • 168. COLORAÇÃO • 3.1 CIANOSE CENTRAL (características clinicas) – com hipoxemia: Generalizada; acometendo mucosas (AVALIAR A LÍNGUA); história de depressão respiratória; pneumopatia ou tabagismo; cardiopatia prévia; época de aparecimento). Deve-se investigar os seguintes aspectos: – A) Fluxo pulmonar: aumentado ou hiperfluxo e diminuído ou hipofluxo pulmonar; – B) Época de aparecimento: Cianose grave desde o nascimento; cianose moderada durante a primeira semana de vida; cianose progressiva; cianose tardia na infância.
  • 169. COLORAÇÃO • 3.2 Cianose periférica - sem hipoxemia: Não acomete mucosas: DADO MAIS IMPORTANTE para o seu reconhecimento clínico!; Localizada (ou generalizada); Aliviada pelo aquecimento da área acometida pela cianose; Saturação normal de oxigênio na hemoglobina circulante; Checar sempre a vascularização. • 3.3 Cianose diferencial: Nos PÉS - ductus arteriosus (Com complexo de Eisenmenger); Nas MÃOS: - transposição dos grandes vasos e fluxo reverso através do ducto arterioso (que melhora a oxigenação dos membros inferiores).
  • 170. COLORAÇÃO • Complicações clínicas esperadas em pacientes com cianose crônica: – Baqueteamento digital; – Policitemia secudária a hipoxemia; – Embolia paradoxal / abscesso cerebral; – Retardo mental e do crescimento; – Distúrbios da coagulação (Htc >60%); – “Posição preferencial de cócoras”;
  • 171. COLORAÇÃO – 4) ICTERÍCIA; • PRINCIPAIS CAUSAS DE COLORAÇÃO ANORMAL DA PELE: – MARROM: D. de Addison; hemocromatose porfiria cutânea tarda; esclerodermia; neurofibromatose. – AMARELO: icterícia; anemia (especialmente perniciosa); carotenemia; abuso de quinacrina. – CINZENTA: depósito de sais de ouro ou ferro (uso via IM); depósito de prata (ARGIRIA); uso crônico de fenotiazina.
  • 172. EXAMES DA SUPERFÍCIE DA PELE • LESÕES ELEMENTARES DA PELE: – A- Lesões primárias: Mácula ou mancha; Pápula; Nódulo; Tumor; Vesícula; Bolha; Pústula – B- Lesões secundárias: Crosta; Escama; Escoriação; Fissura; Ulceração; Cicatriz; Pigmentação secundária; Liquenificação; Atrofia.
  • 173.
  • 174. PRINCIPAIS CARACTERISTICAS • Mácula ou mancha - área de coloração diferente circundada por pele sem alteração do seu plano ou da sua superfície. Podem ser divididas em: – Hipocrômicas - vitiligo, lepra, ptiriase versicalor, etc. – Hipercrômicas - efélides, manchas hipercrômicas causadas por: depósitos pigmentares. • Outras formas comuns de pigmentação são as hemorrágicas que dividimos em: – Petéquias - de forma arredondada com até 2 mm de diâmetro vistas na plaquetopenia e anormalidade funcional dos capilares- pesrsistem após a vitro pressão. – Equimoses - em forma de placa, decorre de traumatismos ou deficiências de fatores de coagulação. (Hematomas são volumosas equimoses confluentes que ocupam espaço) – Víbices: com forma linear (possuem fisiopatologia semelhante a das petéquias).
  • 175. PRINCIPAIS CARACTERISTICAS • Outras MANCHAS encontradas na prática clínica são as telangiectasias que representam pequenas dilatações vasculares, observação comum nos membros inferiores de pessoas (especialmente do sexo feminino, multíparas) que são pequenas varizes; as telangiectasias podem ainda ser encontradas na face anterior do tronco de pacientes com cirrose hepática onde se denominam aranhas vasculares (-”spider nevi”), nas extremidades de pacientes com a doença de Rendu-Osler (telangiectasia hemorrágia familiar) ou com nevos vasculares, etc.
  • 176. PRINCIPAIS CARACTERISTICAS • Pápulas - são pequenas lesões (1 mm a 1 cm), sólidas, delimitadas que fazem relevo; involuindo sem deixar cicatriz. São causas comuns a sifílide papulosa, o líquen plano, as placas de urticária e as lesões de prurigo. O tubérculo é uma lesão que apresenta infiltração celular mais profunda que a pápula, e em geral com maiores dimensões; atinge toda o derme e por isso mesmo, deixa cicatriz quando involui. A lepra, sarcoidose, tuberculose, sífilis tardia entre outras são exemplos a serem considerados em pacientes com esta anormalidade. • Nódulos - são formações sólidas que se localizam na hipoderme. São exemplos os nódulos da lepra, tuberculose, eritema nodoso, metástase cutânea carcinomatosa, os nódulos da artrite reumatóide, da febre reumática, etc. Um tipo especial de nódulo é a goma que se acompanha de necrose e ulceração e que ocorrem na sífilis, micoses, etc. * Chamamos PLACA - uma confluência de nódulos ou pápulas.
  • 177. PRINCIPAIS CARACTERISTICAS• Tumor - Nódulo acima de 2 cm de diâmetro, classicamente representado pelos lipomas, epiteliomas, ou doença de Von Recklinghausen que se exterioriza por múltiplos tumores pediculados que se espalham pelo corpo em geral acompanhados por uma mancha de cor “café com leite”. • Vesícula - Elevação circunscrita da pele decorrente da coleção de líquido seroso e de diâmetro entre 1 mm a ½ cm. A varicela e o herpes (nas fases iniciais de evolução), queimaduras são seus exemplos mais comuns. • Bolha - Coleção líquida, serosa intra-epidérmica ou sub-epidérmica acima de ½ cm. Encontrada nas queimaduras, pênfigos, etc. • Pústula - Coleção purulenta encontrada na varíola (já extinta) ou nas piodermites. * Na prática diária é comum encontrarmos a associação de lesões elementares como: lesões máculo-pápulosas, vésico-bolhosas, vésico- pápulo-bolhosas, etc. • Crosta - Resíduo proveniente do ressecamento de secreção serosa, sangüínea, purulenta ou mista. Encontrada nas úlceras, feridas e piodermites.
  • 178. PRINCIPAIS CARACTERISTICAS • Escoriação - Arrancamento epidérmico simples. É a lesão deixada pelos arranhões ou ato de coçar o que deve nos levar a considerar nesses pacientes possíveis doenças que possam causar prurido. • Fissura - Solução de continuidade da pele ou mucosa comprometendo toda a extensão da camada epitelial. Comum nos eczemas, fissuras dos lábios devidas ao frio, fissuras anais, etc. • Ulceração - Perda delimitada de camada epitelial, atingindo camadas mais profundas (derma e submucosa). Deixa cicatriz. São exemplos: cancro, úlcera dos processos de estase venosa crônica dos membros inferiores, proliferações malignas, etc. Denomina-se escara ao ferimento conseqüente a processos abrasivos ou isquêmicos de pacientes acamados, impossibilitados de se locomover adequadamente. * Cicatriz - Reposição de tecido destruído, por tecido fibroso.
  • 179.
  • 180. PRINCIPAIS CARACTERISTICAS • Liquenificação: Espessamento da pele com exuberância dos acidentes naturais da pele. Comuns nos eczemas de longa duração, linfedemas e neurodermite. • Hiperqueratose - Aumento da espessura da camada córnea da pele, que surge conseqüente a processos traumáticos, na avitaminose A (xerodermia), atrito contínuo (calosidades). • Atrofia: Adelgaçamento da pele que pode ser encontrada como seqüela das dermatoses em geral, e na esclerodermia. A pele senil é o exemplo mais objetivo. * Nas lesões secundárias as combinações são também comuns, como por exemplo: lesão escamato-crostosa, úlcero-crostosa etc.
  • 181. • As avaliações podem ser feitas ainda de acordo com a região acometida – conforme exemplos apresentados a seguir:
  • 182.
  • 183. TEMPERATURA DA PELE A temperatura da pele deve ser analisada com a face dorsal da mão, e comparando simetricamente cada segmento examinado. AS ALTERAÇÕES DA TEMPERATURA DA PELE SÃO: • Hipertermia: 1) Generalizada: Febre - Que conceituamos como elevação da temperatura corporal, acima de 37,7 graus, que é mediada pela elevação do limiar termoregulatório hipotalâmico ou Hipertermia quando a elevação da temperatura corporal acima do limiar hipotalâmico é secundária a dissipação de calor insuficiente. Como ocorres no exercício intenso, uso de drogas que inibem a perspiração ou na presença de aumento do calor ambiental. 2) Segmentar: a hipertermia segmentar geralmente se acompanha de dor, rubor e eventualmente tumor, tendo em vista serem os processos inflamatórios as causas mais freqüentes de hipertermia segmentar. Outros exemplos de hipertermia segmentar são: hipertireoidismo (mãos quentes), cardiopatias hipercinéticas (extremidades), fístulas arteriovenosas (local ou região da fístula), tromboflebites etc.
  • 184. TEMPERATURA DA PELE • Hipotermia: 1. Generalizada nos casos de má perfusão tissular primária (estados de choque) ou secundária a vasoconstrição por ansiedade, frio ambiental etc 2. Segmentar comum nos processos de oclusão arterial. A hipotermia segmentar pode ser encontrada nas síndromes paralíticas. A frialdade das extremidades (mãos e pés) é achado freqüente em pessoas normais (constitucional) e nos indivíduos simpaticotônicos e neuróticos. Existem aparelhos especiais que podem registrar com precisão a temperatura de diversos segmentos do corpo; são os chamados termômetros cutâneos, e que fornecem com alta fidelidade a temperatura cutânea do segmento que interessa investigar.
  • 185. UMIDADE DA PELE • A pele apresenta normalmente certo grau de umidade e oleosidade. Estudaremos separadamente as alterações da secreção líquida e da secreção sebácea. • ALTERAÇÕES DA UMIDADE e DA SECREÇÃO SEBÁCEA DA PELE 1. Hiperidrose - pode ser fisiológica, após exercícios, emoções, ambientes quentes ou consequência de febres, hipertireoidismo, fístulas arteriovenosas periféricas, dos distúrbios do sistema nervoso autônomo, decorrentes do uso de drogas simpaticomiméticas, de neuroses, de quadros dolorosos excruciantes, de choque enfim com quadros onde existe “hiperatividade simpática’. 2. Hipoidrose / anidrose - que é a diminuição ou ausência da sudorese encontrada na desidratação ou em neuropatias e dermatopatias crônicas, ictiose, esclerodermia, mixedema, avitaminose A, diabete, insuficiência renal crônica, intoxicação pela atropina. Em alguns grupos de pacientes como os idosos, que apresentam certo grau de atrofia das glândulas sudoríparas, esse achado pode ser considerado constitucional.
  • 186. UMIDADE DA PELE • A sudorese pode apresentar variações de coloração. Nos pacientes ictéricos, por exemplo, podemos, às vezes, observar sudorese amarelada. Outros distúrbios do metabolismo pigmentar podem provocar transpiração de coloração variada. O suor de odor forte e desagradável é denominado de bromidrose. Na mucoviscidose, teores de sódio no suor acima de 60 mEq/L possui grande valor para o diagnóstico da doença. • Aumento da secreção sebácea, reconhecido pela oleosidade excessiva da pele, é chamado seborréia, condição que, ocasionalmente, pode acompanhar outras alterações da pele que por se acompanharem de prurido e de descamacão, é mais conhecida como dermatite seborréica. A hipoleosidade da pele confere à mesma uma aspereza discreta, anormalidade que será estudada na textura da pele.
  • 187. TEXTURA DA PELE • A textura corresponde à sensação que temos, quando deslizamos a mão levemente sobre a pele, e a encontramos lisa, aveludada, áspera, ou com outra qualquer qualidade contextual. 1. Pele fina: encontrada nos estados de senilidade, na esclerodermia, em regiões recentemente edemaciadas, no hipertireoidismo etc. 2. Pele áspera: trabalhadores braçais, dos indivíduos que mantêm contato prolongado e permanente com o sol ou ambientes superaquecidos (pescadores, foguistas, etc.), mixedema, dermatoses crônicas, etc.
  • 188. TURGOR E ELASTICIDADE DA PELE • É a propriedade que a pele normal tem de, ao ser pinçada entre dois dedos, apresentar uma consistência tal que, quando desfeita a manobra, volte rapidamente ao lugar primitivo, sem deixar pregas residuais. 1. Aumento do turgor: encontrado nos edemas, nas pessoas com excesso de panículo adiposo, etc. 2. Diminuição do turgor: NÃO TRADUZ DESIDRATAÇÃO ! pessoas idosas (fisiológico), e como importante sinal nos estados de desidratação ou não em que ocorre depleção do sódio sérico (Hiponatremia dilucional).
  • 189. TURGOR E ELASTICIDADE DA PELE • A pele normal é móvel em relação aos seus planos mais profundos com os quais entra em contato. A pele é menos móvel ou mesmo imóvel nos edemas, tumores malignos, na esclerodermia e nos locais onde exista retração cicatricial. Aumento da sua mobilidade pode ser vista em pessoas idosas, caquéticas, obesos que perderam quantidade apreciável de peso ou no abdome das multíparas. A pele hiperelástica tem como sua causa clássica as síndromes secundárias ao acometimento do colágeno como a síndrome de Ehlers- Danlos (cútis hiperelástica) ou o pseudoxantoma elástico que a exemplo da primeira é reconhecida pela presença de hiperelasticidade da pele.
  • 190. ESPESSURA DA PELE • A espessura da pele está aumentada nos processos que conduzem à hipertrofia e diminuída nos estados atróficos. A pele atrófica caracteriza-se pelo aspecto mais translúcido assim como pela perda das suas dobras naturais. A pele é menos espessa nos velhos, nos recém-natos, na esclerodermia, nos pacientes com linfedema ou mixedema. O aumento da espessura cutânea costuma ser encontrado em processos de regeneração epitelial (cicatrizes) e nas hiperqueratoses.
  • 191. VASCULARIZAÇÃO • Em condições normais, podemos visualizar, a olho nu, relevos e trajetos de vasos de topografia superficial. Estes vasos são sempre mais facilmente visualizados em locais onde a pele é mais fina (lóbulo da orelha, asa do nariz, bolsa escrotal, etc.).
  • 193. Funções da pele • Proteção: isola o meio interno do externo =2 barreiras: camada córnea e a melânica. - Camada córnea: queratinócitos e lipídeos intercelulares que impedem a perda excessiva de água=evita desidratação. - Barreira melânica: contra queimaduras solares, fotocarcinogênese e o fotoenvelhecimento causados pela RUV Melanina=evita o aumento da lesão no DNA nuclear - Receptores e terminaçòes nervosas livres= defesa contra agentes nocivos
  • 194.
  • 195. Funções da pele • Endócrinas: ativação de hormônios (conversão de testosterona em 5-di- hidrotestosterona ou estradiol e de t4 em t3) . Participa na síntese de vitamina D
  • 196. Função da pele • Imunológica:integridade da pele depende do sistema imune cutâneo:células dendríticas,linfócitos T de memória,mastócitos e os macrófagos • Células dentríticas:células de langerhans =apresentadoras de atg da pele aos linfócitos T –transformam em linfócitos T de memória.Quando atgs apresentados previamente são reexpostos na pele,os linfócitos T de memória reconhecem através de seus receptores e sintetizam citocinas
  • 197.
  • 198.
  • 199.
  • 200. Reparação das Feridas Cutâneas • 3 Fases:inflamatória=coágulo sanguíneo-hemostasia- ativa cascata da coagulação e via do complemento = geram fatores quimiotáticos que estimulam a migração de leucócitos para ferida • Esses leucócitos removem partículas estranhas e bactérias • Reepitalização começa=queratinócitos se deslocam do tecido friável e a crosta • Os queratinócitos da borda da ferida se proliferam e epiderme se restaura
  • 201. Reparação das Feridas Cutâneas • Formação da cicatriz :A partir do tecido de granulação e pela remodelação do colágeno • Caracteriza-se pela síntese e destruição do colágeno que diminui o número de células na derme.
  • 202.
  • 203. Propedêutica Dermatológica • Ambiente iluminado • Exame físico precede a anamnese Exame Físico: • Inspeção:localização,topografia e distribuição das lesões • Palpação:espessura,volume,consistência,elasti cidade • Digitopressão ou vitopressão:pressiona com dedo ou vidro as lesões =isquemia • Compressão:avalia edema e linear verifica o dermografismo
  • 204. • Importância :A pele pode revelar precocemente doenças sistêmicas • Problemas internos podem se exteriorizar através de reações cutâneas • Ex:xantelasma =hipercolesterolemia
  • 205. Lesões Elementares : • Degenerações:Perda da estrutura original • Alterações Metabólicas:No processo de síntese e degradação dos nutrientes da célula . • Proliferações:Replicação das células • Mal formações:Anomalia estrutural ou funcional na constituição da pele • Disfunções:Perda da função da pele • Inflamações:Processo responsivo à agressão.
  • 206. Classificações em Grupos 1)Alterações de cor (mancha ou mácula) 2)Formações sólidas 3)Coleções líquidas 4)Alterações da espessura 5)Perdas e reparações Obs: lesões primárias:Mácula,nódulo,tumor, vesícula,bolha,pústula secundárias:crosta,escama,escoriações,fissura ,ulceração,cicatriz,liquenificação, atrofia
  • 207.
  • 208.
  • 209.
  • 210. MANCHAS VÁSCULO SANGUÍNEAS Eritema figurado Mancha lívida Mancha angiomatosa Mancha anêmica Púrpura-não desaparece à digitopressão • Petéquia-1cm • Equimose +1cm • Víbice
  • 211.
  • 212.
  • 213. MANCHAS PIGMENTARES Leucodermia • Hipocromia • Acromia Hipercromia • Melanodermia • Outros pigmentos Pigmentação Exógena
  • 214.
  • 215.
  • 216.
  • 217.
  • 218. 2-Formações Sólida: Pápula:<1cm—placa =confluência de pápulas e >1cm Nódulo:1-3cm Tubérculo:localização dérmica(em desuso) Nodosidade ou tumor:>3cm Goma:nódulo que se liquefaz no centro Vegetação:’’couve flor’’ Verrucosidade:dura e hiperqueratósica
  • 219.
  • 220.
  • 221.
  • 222.
  • 223.
  • 224. 4)Alteraçòes da Expessura Queratose=↑camada córnea Liquenificação=acentuação dos sulcos Edema=por extravasamento de plasma Infiltração=menor evidência dos sulcos pelo infiltrado celular na derme Esclerose=↑consistência da pele pela fibrose de colágeno Atrofia=↓espessura
  • 225.
  • 226.
  • 227.
  • 228.
  • 229. 5)Perdas e Reparações teciduais Por eliminação ou destruição e reparações de tecidos Escamas:por alteração de queratinização Erosões ou exulcerações:perda da epiderme Escoriações:arrancamento epidérmico simples =arranhões ou coçagem Ulceração:perda circunscrita da derme e epiderme
  • 230. Úlcera:ulceração crônica Fissura:perda linear da epiderme e derme em área de orifícios naturais,dobras Crosta: resulta do dessecamento da serosidade,pús ou sangue. Escara: úlcera de decúbito por pressão consequente falta de oxigênio e nutrição dos tecidos.
  • 231.
  • 232.
  • 233. PERDAS E REPARAÇÕES TECIDUAIS Cicatriz:Resulta da reparação • Atrófica • Críbrica(‘’ponto crivo’’) • Hipertrófica
  • 234.
  • 235.
  • 236. TÉCNICAS SEMIÓTICAS ESPECIAIS Curetagem metódica de Brocq: Sinal da vela Sinal de Auspitz ou‘’orvalho sangrante’’ Sinal de Nikolsky Sinal da Unha e Sinal de zileri Luz de Wood-em local escuro Pesquisa de sensibilidade Dermatoscopia
  • 238. SINAL DA UNHA E SINAL DE ZILERY- PITIRÍASE VERSICOLOR
  • 239. LUZ DE WOOD • Dimensões das lentes: 0,10m x 0,06m. • 2 lâmpadas fluorescentes negras de 4W. • Alimentação elétrica: 110 ou 220 volts. • Opcional: Lâmpada fluorescente branca
  • 241. EXAMES COMPLEMENTARES Laboratoriais Anatomo Patológicos-biópsia Exame de imagens:USG-100MH ,com dopller colorido-Alterações vasculares Genéticos:Alteração cromossômica Identificação do gene mutado Aconselhamento genético: genodermatoses
  • 242. Exames complementares • Imuno-histoquímicas:enzimas,hormônios, polipeptídeos ,imunoglobulinas,antígeno de desenvolvimento oncogênico,virais... • Associado ao diagnóstico patológico • Micológico direto e cultura-Micoses • Citologias:tzanck no herpes simples tipo 1 e 2 • IFD :detecta atg,atc e componentes celulares:Pênfigos,Lupus.. • IFI:pesquisa de atc no sangue.
  • 243. Exames Complementares • IGg=pesquisa de anticorpo em fase crônica da doença • IGg=fase ativa da doença:Doenças exantemáticas :Rubéola,Sarampo,Dengue

Notas del editor

  1. 1) Palidez que pode ser: generalizada se decorrente de anemias, estresse físico ou emocional (dor aguda, feocromocitoma e estados de baixo débito cardíaco como síncopes, choque, etc) e localizada ou segmentar que tem como causas principais as isquemias. Assim, uma obstrução arterial poderá, entre outros sintomas e sinais, provocar palidez do membro acometido, tendo em vista a isquemia regional. A arteriosclerose obliterante, síndrome de Raynaud, as arterites de um modo geral, são exemplos de palidez segmentar causada por isquemia.. A palidez deve ser pesquisada nas regiões palmo-plantares (especialmente nos indivíduos de pele escura) e sempre correlacionada com a coloração das mucosas corporais. Assinalamos que os estados anêmicos caracterizam-se por palidez cutâneo-mucosa, enquanto nos quadros de baixo débito cardíaco a palidez é preferencialmente cutânea
  2. 2) Vermelhidão: - generalizada (que pode ser constitucional em indivíduos obesos com policitemia relativa em geral hipertensos em uso de diurético = fácies pletórica). Esta vermelhidão generalizada pode ainda ser vista em pacientes com febres exantemáticas, escarlatina, policitemias ou a outras formas de eritrodermias, tais como a síndrome carcinóide , as mastocitoses ou o eritema causado por sol ou ambientes super aquecidos (fornalhas , caldeiras, etc). A distribuição segmentar da vermelhidão pode ser encontrada em duas formas principais: a) Vermelhidão segmentar persistente, comum aos processos inflamatórios com dor e calor locais. Um tipo especial a ser valorizado clinicamente é o eritema palmar que podendo ser constitucional em algumas pessoas em geral revela quadros metabólicos como o da insuficiência hepática. b) fugaz ou de duração efêmera, o que é visto em pessoas emotivas ou após a ingestão de bebidas alcoólicas O eritema da pele pode ainda ser decorrente de vasodilatação capilar epidérmica o que pode ser visto em algumas doenças exantemáticas como sarampo, rubéola, enteroviroses, mononucleose, SIDA/AIDS, escarlatina, erisipela, na sífilis (roséola sifilítica), febre reumática (eritema marginado), febre tifóide, alergias medicamentosas, e outras septicemias bacterianas especialmente por bactérias gram positivas.
  3. 3) Cianose Conceituada como coloração azulada da pele que se relaciona à níveis elevados de hemoglobina reduzida (que está ligada ao hidrogênio) acima de 5g/dl. no sangue circulante. Sofre influência de alguns fatores como : -hematócrito -débito cardíaco / perfusão tissular -cor da pele -temperatura corporal
  4. Características clínicas da cianose central - com hipoxemia : 1. Generalizada 2. Acometendo mucosas - AVALIAR NA LÍNGUA !!! 3. História de depressão respiratória 4. Pneumopatia ou Tabagismo ? 5. Cardiopatia prévia 6. Época de aparecimento Investigar quanto os seguintes aspectos: A) FLUXO PULMONAR: 1.Aumentado ou hiperfluxo pulmonar encontrado em comunicação intracavitárias com shunt esquerdo - direito, Presença de ventrículo único, Truncus arteriosus, e transposição dos grandes vasos cardíacos 2.Diminuido ou hipofluxo pulmonar: vistos em pacientes com tetralogia de Fallot, estenose pulmonar, hipoplasia ventricular direita, atresia da valva tricúspide etc B) ÉPOCA DE APARECIMENTO 1.Cianose grave desde o nascimento - Atresia Tricúspide. - Transposição dos grandes vasos. - Atresia pulmonar com hipoplasia de ventriculo direito. 2. Cianose moderada durante a primeira semana de vida (hipofluxo pulmonar é compensado pela patência inicial do ducto arterioso) - Transposição dos grandes vasos- Atresia pulmonar acompanhada de comunicação inter ventricular - Síndrome da angústia respiratória 3.Cianose progressiva - Tetralogia de Fallot - Truncus arteriosus - Drenagem anômala das veias pulmonares 4.Cianose tardia na infância - Síndrome de Eisenmenger nos pacientes com hiperfluxo pulmonar (*) - Insuficiência cardíaca congestiva - Metahemoglobinemia (*) Hipertensão pulmonar secundária a hiperfluxo com inversão do shunt cardíaco da direita para a esquerda.
  5. 5. Cianose periférica - sem hipoxemia 1. Não acomete mucosas: DADO MAIS IMPORTANTE para o seu reconhecimento clínico !! 2. Localizada (ou generalizada) 3. Aliviada pelo aquecimento da área acometida pela cianose 4. Saturação normal de oxigênio na hemoglobina circulante 5. Checar sempre a vascularização Cianose diferencial 1. Nos PÉS - ductus arteriosus (Com complexo de Eisenmenger) 2. Nas MÃOS: - transposição dos grandes vasos e fluxo reverso através do ducto arterioso (que melhora a oxigenação dos membros inferiores)
  6. As diferentes colorações da pele além de depender de características raciais traduz envolvimento de diferentes mecanismos fisiopatológicos na lesão cutânea: Eritematoso - nos estados acompanhados por intensa dilatação vascular; Carmim nas metahemogobinemias por monóxido de carbono; Marron - na presença de melanina na epiderme ou Amarela quando derivada da coloração do próprio colágeno normal ou pelo acúmulo tissular anormal de bilirrubina ou caroteno. Hipercarotenemia - carotenose (falsa icterícia) coloração amarelada decorrente do abuso de substâncias ou fórmulas vitamínicas ricas em vitamina A (tomate, cenoura, mamão etc). Diferencia-se da icterícia verdadeira por não comprometer as mucosas. Doenças como a de Addison, Hemocromatose (ou “diabetes bronzeado), SIDA / AIDS e a Síndrome de Nelson também são causas desta coloração pardo-escura. Na hemocromatose a pele torna-se acastanhado-escura e existe infiltração de ferro em outros órgãos vitais como o coração, pâncreas, testículos etc. e) as Intoxicacões a pele de coloração acinzentada pode decorrer da intoxicação pelos sais de prata (ou argiria) Outras doenças em que podemos observar coloração anormal da pele são o albinismo onde a descoloração da pele é devida à ausência congênita do pigmento melanina e que por ser difuso é diferenciado de vitiligo (de distribuição irregular) ou de anemia intensa (AMARELÃO ou necatorose) que se acompanha de palidez mucosa.