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A Reforma da Atenção Primária em Portugal 
Luís Pisco 
Vice Presidente da ARSLVT 
Coordenador MCSP 2005-2010 
Rio de Janeiro 
18 de Novembro de 2014
Í N D I C E 
1. A reforma da Atenção Primária em Portugal 
2. A ARSLVT 
3. As Unidades de Saúde Familiar 
4. Os Agrupamentos de Centros de Saúde 
5. Sustentabilidade do SNS
Cuidados de Saúde Pr imár ios 
Realidade em 2005 
 O ponto de partida para a reforma assentou num baixo nível 
de satisfação de todos os intervenientes, 
 Cidadãos, 
 Profissionais 
 Decisores políticos 
 motivado pela baixa acessibilidade, ineficiência, barreiras 
burocráticas e falta de incentivos para melhorar a 
produtividade e a qualidade.
Estratégia de reforma que permita obter: 
 Doentes – melhores cuidados de saúde. 
 Profissionais – recompensa pelas boas práticas. 
 Financiadores – contenção de custos. 
How physicians can change 
the future of health care 
Michael Porter, Elizabeth Teisberg 
JAMA, March 14, 2007 – vol 297, No. 10
NOVAS FORMAS DE PRESTAÇÃO 
 A evidência científica a nível 
DE MEDICINA FAMILIAR 
internacional indica que os sistemas 
de saúde baseados em cuidados 
primários efetivos, com Profissionais 
altamente treinados e exercendo na 
comunidade, 
 prestam cuidados com maior 
efetividade, tanto em termos de 
custos como em termos clínicos, em 
comparação com os sistemas com 
uma fraca orientação para os 
cuidados primários. 
Barbara Starfield. 
The New England 
Journal of Medicine 
November 2008.
NOVAS FORMAS DE PRESTAÇÃO 
DE MEDICINA FAMILIAR 
 Na Europa, é necessário um maior 
investimento nos Cuidados de 
Saúde Primários para permitir que 
os sistemas de saúde cumpram o 
seu potencial em benefício dos 
doentes. 
 Esse investimento tem a ver não só 
com recursos humanos e infra-estruturas, 
mas também com 
 educação, investigação, formação, 
e melhoria contínua da qualidade. 
What are the advantages and disadvantages of 
restructuring a health care system to be more 
focused on primary care services? 
WHO Regional Office for Europe’s Health 
Evidence Network (HEN) January 2004.
OBSERVATÓRIO EUROPEU ANALISA MUDANÇAS 
ORGANIZACIONAIS NA APS 
Livro corrobora Princípios da Reforma Portuguesa 
 Investigadores do Observatório Europeu dos 
Sistemas e Políticas de Saúde editaram um livro 
que faz o ponto da situação em matéria de atenção 
primária e enuncia algumas recomendações quanto 
ao futuro. 
 Para que os resultados sejam os esperados, há que 
apostar: 
 no trabalho em equipa, 
 em listas de usuários, 
 maior acessibilidade, 
 num pagamento diferenciado, 
 na informatização dos serviços. 
 Cada vez mais a APS é entendida como a base dos 
sistemas de saúde. 
www.euro.who.int 
Tempo Medicina Online 
número 1180 de 2006.05.15
 Todos os cidadãos, 
Um futuro para a Medicina de Família em 
independentemente das 
suas condições ou 
características, devem ter 
acesso a cuidados de saúde 
de que necessitem, 
respeitando padrões de 
Qualidade. 
Portugal - APMCG 1990 
www.apmgf.pt
Reforma da Atenção Primária 
Principais objetivos 
 Melhorar a 
acessibilidade 
 Aumentar a satisfação 
de Profissionais e 
Usuários 
 Melhorar a Qualidade 
e a Continuidade de 
Cuidados 
 Melhorar a eficiência Missão para os 
Cuidados de Saúde 
Primários 2005
A RECONFIGURAÇÃO DOS CENTROS DE SAÚDE 
obedeceu a um duplo movimento 
Constituição de pequenas 
unidades funcionais 
autónomas, (USF), que 
proporcionam maior 
proximidade ao cidadão e 
maior qualidade de serviço. 
A agregação de recursos e 
estruturas de gestão, (ACES) 
eliminando concorrências 
estruturais, e obtendo 
economias de escala.
MODELO ORGANIZACIONAL 
 A criação das USF é um 
processo voluntário da base 
para o topo 
 Total envolvimento dos 
profissionais de saúde 
 Escolha da equipa 
 Autonomia organizacional 
 Definição do Plano de Ação 
 Gestão em função de 
objetivos 
 Co-responsabilização
Reforma da Atenção Primária 
Principais características 
 Adesão voluntária de Profissionais e Usuários 
 Trabalho em Equipa Multiprofissional 
 Obrigatoriedade de Sistema de Informação 
 Regime remuneratório sensível ao desempenho 
 Regime de incentivos 
 Contratualização e Avaliação
Número de USF em actividade por 
ano entre 2006 e 2013 
43 
118 
159 
231 
276 
319 
357 
390 
450 
400 
350 
300 
250 
200 
150 
100 
50 
0 
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Profissionais de saúde a trabalhar em 
USF até final de 2013. 
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 
2006 
2007 
2008 
2009 
2010 
2011 
2012 
2013 
7.377 
2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 
Administrativos 2098 1942 1755 1,560 1,308 897 573 231 
Médicos 2652 2452 2177 1,935 1,629 1,126 716 288 
Enfermeiros 2627 2428 2201 1,959 1,649 1,145 740 293
População em USF 
5% 12% 19% 28% 
5,000,000 
4,500,000 
4,000,000 
3,500,000 
3,000,000 
2,500,000 
2,000,000 
1,500,000 
1,000,000 
500,000 
INE 2008 
Continente 
10 135 309 
34% 
500.129 
1.261.752 
1.969.755 
2.880.422 
3,451,026 
3,909,909 
4,345,230 
4.746.890 
0 
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 
39% 43% 47%
Processo de Mudança 
 Constituição de USF; 
 Agrupamentos de Centros de Saúde; 
 Introdução de novo modelo de gestão; 
 Instituição de governação clínica; 
 Reorganização dos serviços de suporte.
R E F O R M A D A A P S 
Satisfação dos Profissionais 
www.jmfamilia.com
TRABALHO 
EM EQUIPA
Cuidados de Saúde Primários
REFORMA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM PORTUGAL 
Pisco L. Ciência & Saúde Coletiva, 16(6):2841-2852, 2011.
Í N D I C E 
1. A reforma da Atenção Primária em Portugal 
2. A ARSLVT 
3. As Unidades de Saúde Familiar 
4. Os Agrupamentos de Centros de Saúde 
5. Sustentabilidade do SNS
Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
Movimento assistencial na ARSLVT num dia 
Saúde Adultos 34.586 
Saúde Infantil 4.010 
Saúde Materna 904 
Planeamento Familiar 1.643 
Especialidade 200 
TOTAL 41.343 
Consultas por Programa de Saúde 
Fonte: SIGA - 18 de junho de 2012
Orçamento ARSLVT 2011 
1.764.931.419 € 
69% 
803.236.703 € 
31% 
17 Hospitais 
22 ACES
Custos observados nos anos de 2010, 
2011 e 2012 (milhões de Euros) 
290 
244 251 
313 
253 
222 
160 
135 
115 126 110 126 
890 
743 
714 
-13,6% - 29,0% 
-28,3% -0,2% 
-19,7% 
2010 2011 2012 2010 2011 2012 2010 2011 2012 2010 2011 2012 2010 2011 2012 
Pessoal Medicamentos MCDT Outros Total
Plano Atividades ARSLVT 
Vetores estratégicos 
1. Promover e melhorar a saúde da população 
 A promoção de estilos de vida indutores de saúde e a 
informação aos cidadãos, como estímulo para a 
adoção de comportamentos saudáveis, constituem 
elementos centrais da estratégia de atuação da 
ARSLVT.
Plano Atividades ARSLVT 
Vetores estratégicos 
2. Reforçar o Sistema de Saúde 
 Os desafios do SNS devem ser no sentido de melhorar a 
qualidade dos resultados e corrigir as desigualdades 
ainda existentes. 
 Estes Objetivos passam pelas seguintes ações: 
 ganhos de eficiência na gestão, 
 ganhos no acesso aos cuidados de saúde, 
 garantia da sustentabilidade, 
 responsabilização dos profissionais de saúde.
Plano Atividades ARSLVT 
Vetores estratégicos 
3. Garantir um SNS sustentável e bem gerido 
 A sustentabilidade do SNS é fundamental para a sua 
sobrevivência, devendo, no entanto, a mesma ser assegurada 
através da valorização da importância da saúde e da eficiência 
dos serviços. 
 É determinante a aposta na melhoria da gestão do SNS, 
potenciando a eficiência e combatendo o desperdício, 
valorizando os seus recursos humanos, ao nível da formação e 
do seu aperfeiçoamento profissional. 
 Também se reveste de grande relevância a inovação ao nível da 
organização dos cuidados de saúde, particularmente na 
Atenção Primária já em curso.
Í N D I C E 
1. A reforma da Atenção Primária em Portugal 
2. A ARSLVT 
3. As Unidades de Saúde Familiar 
4. Os Agrupamentos de Centros de Saúde 
5. Sustentabilidade do SNS
Imagem das USF
Os espaços físicos 
Fotos: Jornal Médico de Família
Os espaços interiores 
Fotos: Jornal Médico de Família
Os profissionais 
Fotos: Jornal Médico de Família
Os profissionais 
Fotos: Jornal Médico de Família
UNIDADES DE SAÚDE FAMILIAR 
 As USF, são pequenas equipas multiprofissionais, formadas 
voluntariamente, auto-organizadas, compostas por 3 a 8 
médicos de família, por um mesmo número de enfermeiros 
de família e profissionais administrativos, que abarcam uma 
população entre 4.000 e 14.000 pessoas. 
 Estas equipas dispõe de autonomia técnica, funcional e 
organizativa, e, muito importante, um sistema de 
pagamento misto, (capitação/salário/objetivos), incentivos 
financeiros e profissionais que recompensam o mérito e são 
sensíveis à produtividade, acessibilidade, mas também, e 
sobretudo, à qualidade.
Relatório de Avaliação 
USF e UCSP 2012 
www.arslvt.min-saude.pt
Inscritos (31/12/2012), nas USF e UCSP 
que contratualizaram no ano de 2012 
Mod B - 46 
681.887 Sem 
Mod A - 54 
632.689 
Com Médico 
Médico 
de Família 
649.558 
de Família 
1.322.484 
UCSP - 115 
1.972.042 
População inscrita em USF é, no 
final de 2012, de cerca de 31,8%. 
Mod A Mod B Total 
2012 62 48 110 
2013 69 54 123
Taxa de Utilização Global de Consultas 
56,4% 64,0% 68,7% 
53,5% 
80% 
70% 
60% 
50% 
40% 
30% 
20% 
10% 
0% 
UCSP USF A USF B ARSLVT 
Realizado Contratualizado
Taxa de visitas domiciliárias médicas 
por 1.000 inscritos 
7,6 ‰ 
20,1 ‰ 
34,9 ‰ 
12,3 ‰ 
35 ‰ 
30 ‰ 
25 ‰ 
20 ‰ 
15 ‰ 
10 ‰ 
5 ‰ 
0 ‰ 
UCSP USF MODELO A USF MODELO B ARSLVT 
Realizad 
o 
Contratualizado
Taxa de visitas domiciliárias de 
enfermagem por 1.000 inscritos 
74,5 ‰ 
104,8 ‰ 
133,9 ‰ 
95,5 ‰ 
160 ‰ 
140 ‰ 
120 ‰ 
100 ‰ 
80 ‰ 
60 ‰ 
40 ‰ 
20 ‰ 
0 ‰ 
UCSP USF MODELO A USF MODELO B ARSLVT 
Realizado Contratualizado
% de mulheres entre 25 e 64 anos 
com colpocitologia atualizada 
15,7% 
47,6% 
60,5% 
25,1% 
70% 
60% 
50% 
40% 
30% 
20% 
10% 
0% 
UCSP USF MODELO A USF MODELO B ARSLVT 
Realizado Contratualizado
% diabéticos com pelo menos duas HbA1C 
nos últimos 12 meses 
(que abranjam os 2 semestres) 
26,4% 
71,3% 
86,6% 
51,2% 
100% 
90% 
80% 
70% 
60% 
50% 
40% 
30% 
20% 
10% 
0% 
UCSP USF MODELO A USF MODELO B ARSLVT 
Realizado Contratualizado
% de mulheres entre 25 e 64 anos com 
colpocitologia atualizada (2007 – 2012) 
21,1% 
34,8% 
41,9% 44,4% 
48,8% 
53,8% 
70% 
60% 
50% 
40% 
30% 
20% 
10% 
0% 
2007 2008 2009 2010 2011 2012 
MÉDIA USF 
USF A 
USF B
Custo médio de medicamentos por utilizador 
2012 141,9€ 
176,06 
166,39 
162,04 
164,55 
230,00 
220,00 
210,00 
200,00 
190,00 
180,00 
170,00 
160,00 
150,00 
2007 2008 2009 2010 2011 
USF MODELO A + B USF MODELO A USF MODELO B ARSLVT
Incentivos Institucionais e Financeiros 
2007-2012 
80.200 
184.667 
148.000 
300.100 
766.400 
992.400 
440.508 
338.768 
603.075 
1.017.875 
1.363.925 
150.000 150.000 
1.600.000 
1.400.000 
1.200.000 
1.000.000 
800.000 
600.000 
400.000 
200.000 
0 
2007 2008 2009 2010 2011 2012 
USF Incentivos Institucionais USF Incentivos Financeiros Incentivos ACES
Agência da Qualidade da Andaluzia 
http://www.juntadeandalucia.es/agenciadecalidadsanitaria/
Processo de mudança 
 As USF conseguiram simultaneamente: 
 mais eficiência, 
 mais acessibilidade, 
 melhor clima laboral, 
 maior satisfação dos cidadãos, 
 numa palavra, mais qualidade. 
 São um bom exemplo do sucesso da filosofia de gestão que 
recomenda não dizer às pessoas como fazer as coisas. Dizer o 
que fazer e elas surpreender-nos-ão com a sua criatividade. 
 Atribuir uma missão para cumprir e dar liberdade para o 
fazer.
Estudo: 25 anos de 
Portugal Europeu 
 Portugal evoluiu nas infra-estruturas e nas condições de vida, mas 
ainda evidencia níveis baixos de organização e eficiência 
colectivas que dificultam a obtenção de resultados. 
 há uma lógica de copo meio cheio ou copo meio vazio, de semi 
sucesso e de semi falhanço, do que foi a trajectória do país após a 
adesão à União Europeia (UE). 
 "Evoluímos muito em tudo o que é infra-estruturas, condições de 
vida, o que tem a ver com as questões ambientais, rede de 
estradas, condições de equipamentos na saúde e educação“. 
Paulo Madruga 
Professor do ISEG 
29 Agosto 2013
A conclusão da Reforma dos 
Cuidados de Saúde Primários 
Jornal Médico 
Novembro 2013 
Concluir a Reforma dos 
Cuidados de Saúde Primários 
em coerência com o que foi 
pensado e desenhado e 
adaptado aos tempos que 
vivemos parece-me não só 
crucial como um imperativo 
ético.
Í N D I C E 
1. A reforma da Atenção Primária em Portugal 
2. A ARSLVT 
3. As Unidades de Saúde Familiar 
4. Os Agrupamentos de Centros de Saúde 
5. Sustentabilidade do SNS
Planeamento Governação Monitorização 
Clínica 
ACES 
Âmbito 
de 
actuação 
Cuidados personalizados de saúde (individual e familiar) 
Intervenção na comunidade (grupos e comunidade) 
Serviços de Suporte 
Tecnologias de 
Informação 
Recursos 
Humanos 
Financeiro 
Assessoria 
Especializada 
Instalações e 
Equipamentos 
Compras 
Saúde Pública 
Agrupamentos de Centros de Saúde 
Âmbito de actuação
Governação Clínica 
A hierarquia técnica deverá ser instituída através da formação de um 
Conselho Clínico, cujo presidente é o Diretor Clínico. 
Competências 
na área de 
Governação 
Clínica 
 Organizar e controlar as atividades de formação contínua; 
 Dar instruções para o cumprimento das normas técnicas 
emitidas pelas entidades competentes; 
 Análise de efetividade de práticas clínicas, adoção de protocolos 
e práticas baseadas na evidência, homogeneização das práticas 
utilizadas nas várias unidades operativas; 
 Fixar procedimentos que garantam a melhoria contínua da 
qualidade dos cuidados de saúde; 
 Realização de auditorias clínicas e gestão do risco clínico e 
global; 
 Promover a divulgação de medidas de desempenho, garantindo a 
transparência; 
 Promover a investigação e aprendizagem interna; 
 Verificar o grau de satisfação dos utentes e dos profissionais.
Agrupamento de Centros de Saúde 
USP URAP 
Conselho 
Comunidade 
Conselho 
Executivo 
Conselho 
Clínico 
Unidade de 
Apoio à Gestão 
Gabinete do 
Cidadão 
Director 
Executivo 
ECLCCI 
Governação 
Clínica 
Gestão
22/15 ACES em LVT
Relatório de Avaliação – ACES 2012 
www.arslvt.min-saude.pt
% de primeiras consultas na vida 
efetuadas até aos 28 dias 
70% 
64% 
0% 
10% 
20% 
30% 
40% 
50% 
60% 
80% 
90% 
Odivelas 
Lisboa Central 
Lisboa Oriental 
Sintra-Mafra 
Oeste Sul 
Vila Franca de Xira 
Lisboa Norte 
Cascais 
ARS LVT 
Setúbal- Palmela 
Algueirão - Rio de Mouro 
Loures 
Cacém-Queluz 
Oeiras 
Lezíria II 
Amadora 
Zêzere 
Almada 
Ribatejo 
Serra d'Aire 
Arco Ribeirinho 
Seixal - Sesimbra 
Oeste Norte 
2010 2011 2012 
64%
Incidência de amputações major em 
diabéticos na população residente (10.000 residentes) 
0,60 
0,67 
0,00 
0,20 
0,40 
0,80 
1,00 
1,20 
1,40 
1,60 
1,80 
Oeste Sul 
Loures 
Cascais 
Zêzere 
Amadora 
Oeste Norte 
Almada 
Lisboa Oriental 
Oeiras 
Sintra-Mafra 
Cacém-Queluz 
Seixal - Sesimbra 
ARS LVT 
Lisboa Central 
Setúbal- Palmela 
Arco Ribeirinho 
Algueirão - Rio de Mouro 
Ribatejo 
Lezíria II 
Serra d'Aire 
Lisboa Norte 
Odivelas 
Vila Franca de Xira 
2010 2011 2012 
0,67
% de mulheres entre os 50-69 anos com 
mamografia registada nos últimos 2 anos 
40% 
0% 
10% 
20% 
30% 
40% 
50% 
60% 
70% 
Lisboa Central 
Sintra-Mafra 
Odivelas 
Cacém-Queluz 
Setúbal- Palmela 
Lisboa Oriental 
Lisboa Norte 
Amadora 
Arco Ribeirinho 
Algueirão - Rio de Mouro 
Oeste Sul 
ARS LVT 
Vila Franca de Xira 
Oeiras 
Almada 
Cascais 
Loures 
Oeste Norte 
Serra d'Aire 
Ribatejo 
Seixal - Sesimbra 
Lezíria II 
Zêzere 
2010 2011 2012 
40%
Consumo de medicamentos ansiolíticos, 
hipnóticos, sedativos e antidepressivos 
ambulatório (DDD/1.000 habitantes) 
60 
67 
0 
20 
40 
80 
100 
120 
Zêzere 
Ribatejo 
Serra d'Aire 
Lezíria II 
Oeste Norte 
Almada 
Oeste Sul 
Lisboa Norte 
Lisboa Central 
ARS LVT 
Seixal - Sesimbra 
Lisboa Oriental 
Arco Ribeirinho 
Sintra-Mafra 
Setúbal- Palmela 
Oeiras 
Loures 
Vila Franca de Xira 
Cascais 
Odivelas 
Algueirão - Rio de Mouro 
Amadora 
Cacém-Queluz 
2010 2011 2012 
67%
% de consumo de genéricos em 
embalagens, no total de embalagens de 
medicamentos 
40% 
0% 
39% 
5% 
10% 
15% 
20% 
25% 
30% 
35% 
45% 
50% 
Zêzere 
Setúbal- Palmela 
Cacém-Queluz 
Lisboa Central 
Serra d'Aire 
Algueirão - Rio de Mouro 
Lisboa Oriental 
Odivelas 
Lezíria II 
Loures 
Oeste Sul 
Lisboa Norte 
ARS LVT 
Sintra-Mafra 
Cascais 
Oeiras 
Amadora 
Ribatejo 
Arco Ribeirinho 
Vila Franca de Xira 
Oeste Norte 
Almada 
Seixal - Sesimbra 
2010 2011 2012 
39%
% de consumo de quinolonas no consumo 
total de antibióticos em ambulatório 
15% 
16% 
0% 
5% 
10% 
20% 
25% 
30% 
35% 
Zêzere 
Lezíria II 
Arco Ribeirinho 
Serra d'Aire 
Oeiras 
Lisboa Oriental 
Setúbal- Palmela 
Lisboa Central 
Oeste Sul 
ARS LVT 
Amadora 
Almada 
Cacém-Queluz 
Seixal - Sesimbra 
Sintra-Mafra 
Ribatejo 
Odivelas 
Vila Franca de Xira 
Oeste Norte 
Lisboa Norte 
Loures 
Algueirão - Rio de Mouro 
Cascais 
2010 2011 2012 
16%
ACES em termos de acesso desempenho 
assistencial e eficiência 
2.ºQ 1.ºQ 
Lisboa Norte 
Lisboa Central 
Lisboa Oriental 
Oeiras 
Loures 
Amadora 
Odivelas 
Sintra-Mafra 
Algueirão - Rio de Mouro 
Cacém-Queluz 
Cascais 
Vila Franca de Xira 
Almada 
Seixal - Sesimbra 
15 
10 
5 
Setúbal- Palmela Arco Ribeirinho 
Oeste Norte 
Oeste Sul 
Serra d'Aire 
Zêzere 
Ribatejo 
Lezíria II 
0 
-5 
-10 
-15 
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 
Eficiência 
Acesso e 
Desempenho Assistencial 
4.ºQ 
3.ºQ
Í N D I C E 
1. A reforma da Atenção Primária em Portugal 
2. A ARSLVT 
3. As Unidades de Saúde Familiar 
4. Os Agrupamentos de Centros de Saúde 
5. Sustentabilidade do SNS
OCDE 2013-2014
Despesa com Saúde 
Ao longo dos últimos dez 
anos, a despesa com saúde 
nos países da OCDE cresceu 
quase duas vezes mais 
rápido que toda a economia
Gastos com Saúde 
Em 2010, pela 
primeira vez em 50 
anos, o 
crescimento dos 
gastos com saúde 
nos países da 
OCDE foi zero.
Gastos Farmacêuticos
População acima dos 80
Melhorar a utilização dos recursos 
 Há ampla evidência de que a maioria dos doentes nem 
sempre recebem o melhor tratamento disponível. 
 Enquanto isso, existem grandes variações na prática 
médica entre países e mesmo dentro de cada país que não 
podem ser explicados com diferenças nas necessidades. 
 O trabalho da OCDE explora diferentes políticas de saúde 
procurando reduzir as variações injustificadas e melhorar a 
alocação de recursos.
 A eficiência é a dimensão da qualidade 
do nossos tempo. 
 Todos na área da saúde têm um papel a 
desempenhar na redução dos custos e 
do desperdício, mas são aqueles que 
trabalhando no ambulatório e 
participando em programas de 
melhoria, são a chave para a prestação 
de melhores cuidados de saúde com 
menores custos. Donald Berwick 
Dezembro 2011 
Donald Berwick 
Dezembro de 2011 
Eficiência
Relatório Mundial de Saúde 
OMS 2010 
65 Utilizar os recursos racionalmente 
66 Dez causas principais de ineficiência 
66 Eliminar despesas desnecessárias em medicamentos 
68 Melhorar o controlo de qualidade dos medicamentos 
69 Utilização apropriada dos medicamentos 
69 Retirar o máximo benefício dos serviços e da tecnologia 
71 Motivar as pessoas 
72 Melhorar eficiência hospitalar-dimensão e duração da estadia 
73 Definir o tratamento correcto desde o início 
73 Eliminar o desperdício e a corrupção 
74 Levantamento crítico dos serviços necessários 
76 Benefícios potenciais de melhorar a eficiência 
78 Incentivos, financiamento da saúde e eficiência 
80 Pagamentos de acordo com o desempenho 
82 Aquisições estratégicas 
83 Fragmentação 
84 Corrigir as desigualdades 
85 Conclusão
Budget Constraints Can Lead to 
Improved Quality http://blogs.hbr.org/ 
The emphasis on providing accountable care, will 
require health care organizations to shift from 
focusing on volume of care to focusing on value. 
Value in health care depends on less waste, less 
variation, and better health. 
Derek Feeley 
Chief Executive of the 
National Health Service in Scotland 
IHI Executive Vice President 
November 2013
Melhor ia do Acesso
Melhor ia do Acesso
Serviço Nacional de Saúde 
atividade em 2012
Projecto para o Século 21
Que cuidados de saúde 
para o Século 21 
 Parte desta atenção renovada nos cuidados primários resulta 
do sentimento generalizado, em particular nos países mais 
ricos, de uma crise iminente, com Médicos de Família 
insuficientes, uma carga de trabalho cada vez mais 
insustentável, subfinanciamento por parte dos governos, 
fragmentação entre serviços primários, secundários e terciários 
e uma população com perfis de risco e cargas de doença em 
permanente alteração. 
 A questão que se coloca, é: Como deverá um sistema de 
cuidados de saúde primários operar no século 21?
Que cuidados de saúde para o 
Século 21 
 Desde a definição de cuidados de saúde primários 
estabelecida em Alma-Ata em 1978 que não havia tanta 
procura sobre a melhor forma de fornecer um sistema 
de primeiro contacto que seja justo, equitativo, 
acessível, eficaz, sustentável e, sobretudo, que 
melhore a saúde e o bem-estar da população que serve.
 In effect there are fewer GPs doing more work with less 
resource and it is simply not sustainable. 
 There has been a doubling of consultation figures in the 
past 10 years but on top of that there is probably a 
doubling of complexity. 
Martin Marshall 
Professor of health-care Improvement 
University College - London
% dos gastos em CSP 
Reino Unido 2004 - 2012 
2 de Abril de 2014
Uma Visão para o sistema de saúde 
Holandês em 2040 
Se nada for feito em 2040 a 
Holanda gastará um quarto do 
PIB e ocupará um quarto da sua 
população activa na saúde. 
McKinsey
Prof. Dionne Kringos – projecto 
PHAMEU CSP em 31 Países Europeus 
Investigadora de sistemas de saúde 
Departamento de Medicina Social 
Faculdade de Medicina 
Universidade de Amesterdão
Desenvolvimento dos Cuidados de 
Saúde Primários - projecto PHAMEU 
 há um conjunto de questões, cujo 
desenvolvimento é imprescindível para o 
fortalecimento dos CSP: uma visão 
governamental clara do futuro dos 
CSP, protecção da equidade no 
acesso, regimes remuneratórios 
adequados, planificação dos recursos 
humanos para evitar carências futuras, 
melhoria da coordenação e 
articulação entre níveis de cuidados. 
Jornal Médico de Família 
Março 2012 
 se os Estados pretendem uma melhor gestão/organização 
dos seus CSP, terão que investir num sistema de 
informação integrado e de alta qualidade, a nível 
nacional – um aspecto actualmente em falta ou com 
deficiências na grande maioria dos países estudados.
CSP – Prioridades para o Futuro 
 Aumentar a acessibilidade nomeadamente nos casos de 
doença aguda 
 Centrar a atenção na prevenção e na intervenção precoce 
 Melhorar a gestão da doença crónica 
 Apoiar a integração e prestação de cuidados 
multidisciplinares 
 Seleccionar a evidência disponível para a prestação efectiva 
de cuidados de qualidade 
 Utilizar a tecnologia para apoiar boas práticas
Medicina Geral e Familiar 
que futuro? 
 O futuro da Medicina Familiar está cada vez mais interligado 
com o sucesso ou insucesso da actual reforma dos Cuidados 
de Saúde Primários. 
 O futuro da Medicina Familiar está ligado ao nosso sucesso ou 
insucesso em lidar com a formação e a investigação. 
 Vai depender de se ganhar ou perder a batalha dos sistemas 
de informação e comunicação, de se perder ou ganhar a 
batalha pela eficiência, pela gestão, pela governação clínica, 
pela qualidade e pelas boas práticas.
Medicina Geral e Familiar 
que futuro? 
 O futuro, vai depender cada vez mais, de se ganhar ou perder 
a aposta nas pessoas, no trabalho em equipa, numa cultura de 
saúde, de organização, de intervenção na comunidade, da 
criação de condições e espaços de trabalho, verdadeiros locais 
de serviço à população, com profissionais motivados, que 
gostem do seu trabalho e gostem de lidar com os outros. 
Luis Pisco 
Julho 2008
Um Futuro para a Saúde: 
todos temos um papel a desempenhar 
 O relatório propõe uma transição do sistema actual, 
centrado no hospital e na doença, em que todas as acções 
têm como objecto e alvo o doente, 
 para um sistema centrado nas pessoas e baseado na 
saúde, em que os cidadãos são parceiros na promoção da 
saúde e na organização dos cuidados. 
Relatório Gulbenkian 
Setembro 2014
Não nos devemos intimidar com a 
dimensão da tarefa
Obrigado 
pela vossa atenção 
luispisco@arslvt.min-saude.pt

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Rio 18 nov 2014

  • 1. A Reforma da Atenção Primária em Portugal Luís Pisco Vice Presidente da ARSLVT Coordenador MCSP 2005-2010 Rio de Janeiro 18 de Novembro de 2014
  • 2. Í N D I C E 1. A reforma da Atenção Primária em Portugal 2. A ARSLVT 3. As Unidades de Saúde Familiar 4. Os Agrupamentos de Centros de Saúde 5. Sustentabilidade do SNS
  • 3. Cuidados de Saúde Pr imár ios Realidade em 2005  O ponto de partida para a reforma assentou num baixo nível de satisfação de todos os intervenientes,  Cidadãos,  Profissionais  Decisores políticos  motivado pela baixa acessibilidade, ineficiência, barreiras burocráticas e falta de incentivos para melhorar a produtividade e a qualidade.
  • 4. Estratégia de reforma que permita obter:  Doentes – melhores cuidados de saúde.  Profissionais – recompensa pelas boas práticas.  Financiadores – contenção de custos. How physicians can change the future of health care Michael Porter, Elizabeth Teisberg JAMA, March 14, 2007 – vol 297, No. 10
  • 5. NOVAS FORMAS DE PRESTAÇÃO  A evidência científica a nível DE MEDICINA FAMILIAR internacional indica que os sistemas de saúde baseados em cuidados primários efetivos, com Profissionais altamente treinados e exercendo na comunidade,  prestam cuidados com maior efetividade, tanto em termos de custos como em termos clínicos, em comparação com os sistemas com uma fraca orientação para os cuidados primários. Barbara Starfield. The New England Journal of Medicine November 2008.
  • 6. NOVAS FORMAS DE PRESTAÇÃO DE MEDICINA FAMILIAR  Na Europa, é necessário um maior investimento nos Cuidados de Saúde Primários para permitir que os sistemas de saúde cumpram o seu potencial em benefício dos doentes.  Esse investimento tem a ver não só com recursos humanos e infra-estruturas, mas também com  educação, investigação, formação, e melhoria contínua da qualidade. What are the advantages and disadvantages of restructuring a health care system to be more focused on primary care services? WHO Regional Office for Europe’s Health Evidence Network (HEN) January 2004.
  • 7. OBSERVATÓRIO EUROPEU ANALISA MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS NA APS Livro corrobora Princípios da Reforma Portuguesa  Investigadores do Observatório Europeu dos Sistemas e Políticas de Saúde editaram um livro que faz o ponto da situação em matéria de atenção primária e enuncia algumas recomendações quanto ao futuro.  Para que os resultados sejam os esperados, há que apostar:  no trabalho em equipa,  em listas de usuários,  maior acessibilidade,  num pagamento diferenciado,  na informatização dos serviços.  Cada vez mais a APS é entendida como a base dos sistemas de saúde. www.euro.who.int Tempo Medicina Online número 1180 de 2006.05.15
  • 8.  Todos os cidadãos, Um futuro para a Medicina de Família em independentemente das suas condições ou características, devem ter acesso a cuidados de saúde de que necessitem, respeitando padrões de Qualidade. Portugal - APMCG 1990 www.apmgf.pt
  • 9. Reforma da Atenção Primária Principais objetivos  Melhorar a acessibilidade  Aumentar a satisfação de Profissionais e Usuários  Melhorar a Qualidade e a Continuidade de Cuidados  Melhorar a eficiência Missão para os Cuidados de Saúde Primários 2005
  • 10. A RECONFIGURAÇÃO DOS CENTROS DE SAÚDE obedeceu a um duplo movimento Constituição de pequenas unidades funcionais autónomas, (USF), que proporcionam maior proximidade ao cidadão e maior qualidade de serviço. A agregação de recursos e estruturas de gestão, (ACES) eliminando concorrências estruturais, e obtendo economias de escala.
  • 11. MODELO ORGANIZACIONAL  A criação das USF é um processo voluntário da base para o topo  Total envolvimento dos profissionais de saúde  Escolha da equipa  Autonomia organizacional  Definição do Plano de Ação  Gestão em função de objetivos  Co-responsabilização
  • 12. Reforma da Atenção Primária Principais características  Adesão voluntária de Profissionais e Usuários  Trabalho em Equipa Multiprofissional  Obrigatoriedade de Sistema de Informação  Regime remuneratório sensível ao desempenho  Regime de incentivos  Contratualização e Avaliação
  • 13. Número de USF em actividade por ano entre 2006 e 2013 43 118 159 231 276 319 357 390 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
  • 14. Profissionais de saúde a trabalhar em USF até final de 2013. 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 7.377 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 Administrativos 2098 1942 1755 1,560 1,308 897 573 231 Médicos 2652 2452 2177 1,935 1,629 1,126 716 288 Enfermeiros 2627 2428 2201 1,959 1,649 1,145 740 293
  • 15. População em USF 5% 12% 19% 28% 5,000,000 4,500,000 4,000,000 3,500,000 3,000,000 2,500,000 2,000,000 1,500,000 1,000,000 500,000 INE 2008 Continente 10 135 309 34% 500.129 1.261.752 1.969.755 2.880.422 3,451,026 3,909,909 4,345,230 4.746.890 0 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 39% 43% 47%
  • 16.
  • 17. Processo de Mudança  Constituição de USF;  Agrupamentos de Centros de Saúde;  Introdução de novo modelo de gestão;  Instituição de governação clínica;  Reorganização dos serviços de suporte.
  • 18. R E F O R M A D A A P S Satisfação dos Profissionais www.jmfamilia.com
  • 20. Cuidados de Saúde Primários
  • 21. REFORMA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM PORTUGAL Pisco L. Ciência & Saúde Coletiva, 16(6):2841-2852, 2011.
  • 22. Í N D I C E 1. A reforma da Atenção Primária em Portugal 2. A ARSLVT 3. As Unidades de Saúde Familiar 4. Os Agrupamentos de Centros de Saúde 5. Sustentabilidade do SNS
  • 23. Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
  • 24. Movimento assistencial na ARSLVT num dia Saúde Adultos 34.586 Saúde Infantil 4.010 Saúde Materna 904 Planeamento Familiar 1.643 Especialidade 200 TOTAL 41.343 Consultas por Programa de Saúde Fonte: SIGA - 18 de junho de 2012
  • 25. Orçamento ARSLVT 2011 1.764.931.419 € 69% 803.236.703 € 31% 17 Hospitais 22 ACES
  • 26. Custos observados nos anos de 2010, 2011 e 2012 (milhões de Euros) 290 244 251 313 253 222 160 135 115 126 110 126 890 743 714 -13,6% - 29,0% -28,3% -0,2% -19,7% 2010 2011 2012 2010 2011 2012 2010 2011 2012 2010 2011 2012 2010 2011 2012 Pessoal Medicamentos MCDT Outros Total
  • 27. Plano Atividades ARSLVT Vetores estratégicos 1. Promover e melhorar a saúde da população  A promoção de estilos de vida indutores de saúde e a informação aos cidadãos, como estímulo para a adoção de comportamentos saudáveis, constituem elementos centrais da estratégia de atuação da ARSLVT.
  • 28. Plano Atividades ARSLVT Vetores estratégicos 2. Reforçar o Sistema de Saúde  Os desafios do SNS devem ser no sentido de melhorar a qualidade dos resultados e corrigir as desigualdades ainda existentes.  Estes Objetivos passam pelas seguintes ações:  ganhos de eficiência na gestão,  ganhos no acesso aos cuidados de saúde,  garantia da sustentabilidade,  responsabilização dos profissionais de saúde.
  • 29. Plano Atividades ARSLVT Vetores estratégicos 3. Garantir um SNS sustentável e bem gerido  A sustentabilidade do SNS é fundamental para a sua sobrevivência, devendo, no entanto, a mesma ser assegurada através da valorização da importância da saúde e da eficiência dos serviços.  É determinante a aposta na melhoria da gestão do SNS, potenciando a eficiência e combatendo o desperdício, valorizando os seus recursos humanos, ao nível da formação e do seu aperfeiçoamento profissional.  Também se reveste de grande relevância a inovação ao nível da organização dos cuidados de saúde, particularmente na Atenção Primária já em curso.
  • 30. Í N D I C E 1. A reforma da Atenção Primária em Portugal 2. A ARSLVT 3. As Unidades de Saúde Familiar 4. Os Agrupamentos de Centros de Saúde 5. Sustentabilidade do SNS
  • 32. Os espaços físicos Fotos: Jornal Médico de Família
  • 33. Os espaços interiores Fotos: Jornal Médico de Família
  • 34. Os profissionais Fotos: Jornal Médico de Família
  • 35. Os profissionais Fotos: Jornal Médico de Família
  • 36. UNIDADES DE SAÚDE FAMILIAR  As USF, são pequenas equipas multiprofissionais, formadas voluntariamente, auto-organizadas, compostas por 3 a 8 médicos de família, por um mesmo número de enfermeiros de família e profissionais administrativos, que abarcam uma população entre 4.000 e 14.000 pessoas.  Estas equipas dispõe de autonomia técnica, funcional e organizativa, e, muito importante, um sistema de pagamento misto, (capitação/salário/objetivos), incentivos financeiros e profissionais que recompensam o mérito e são sensíveis à produtividade, acessibilidade, mas também, e sobretudo, à qualidade.
  • 37. Relatório de Avaliação USF e UCSP 2012 www.arslvt.min-saude.pt
  • 38. Inscritos (31/12/2012), nas USF e UCSP que contratualizaram no ano de 2012 Mod B - 46 681.887 Sem Mod A - 54 632.689 Com Médico Médico de Família 649.558 de Família 1.322.484 UCSP - 115 1.972.042 População inscrita em USF é, no final de 2012, de cerca de 31,8%. Mod A Mod B Total 2012 62 48 110 2013 69 54 123
  • 39. Taxa de Utilização Global de Consultas 56,4% 64,0% 68,7% 53,5% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% UCSP USF A USF B ARSLVT Realizado Contratualizado
  • 40. Taxa de visitas domiciliárias médicas por 1.000 inscritos 7,6 ‰ 20,1 ‰ 34,9 ‰ 12,3 ‰ 35 ‰ 30 ‰ 25 ‰ 20 ‰ 15 ‰ 10 ‰ 5 ‰ 0 ‰ UCSP USF MODELO A USF MODELO B ARSLVT Realizad o Contratualizado
  • 41. Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por 1.000 inscritos 74,5 ‰ 104,8 ‰ 133,9 ‰ 95,5 ‰ 160 ‰ 140 ‰ 120 ‰ 100 ‰ 80 ‰ 60 ‰ 40 ‰ 20 ‰ 0 ‰ UCSP USF MODELO A USF MODELO B ARSLVT Realizado Contratualizado
  • 42. % de mulheres entre 25 e 64 anos com colpocitologia atualizada 15,7% 47,6% 60,5% 25,1% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% UCSP USF MODELO A USF MODELO B ARSLVT Realizado Contratualizado
  • 43. % diabéticos com pelo menos duas HbA1C nos últimos 12 meses (que abranjam os 2 semestres) 26,4% 71,3% 86,6% 51,2% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% UCSP USF MODELO A USF MODELO B ARSLVT Realizado Contratualizado
  • 44. % de mulheres entre 25 e 64 anos com colpocitologia atualizada (2007 – 2012) 21,1% 34,8% 41,9% 44,4% 48,8% 53,8% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 2007 2008 2009 2010 2011 2012 MÉDIA USF USF A USF B
  • 45. Custo médio de medicamentos por utilizador 2012 141,9€ 176,06 166,39 162,04 164,55 230,00 220,00 210,00 200,00 190,00 180,00 170,00 160,00 150,00 2007 2008 2009 2010 2011 USF MODELO A + B USF MODELO A USF MODELO B ARSLVT
  • 46. Incentivos Institucionais e Financeiros 2007-2012 80.200 184.667 148.000 300.100 766.400 992.400 440.508 338.768 603.075 1.017.875 1.363.925 150.000 150.000 1.600.000 1.400.000 1.200.000 1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 USF Incentivos Institucionais USF Incentivos Financeiros Incentivos ACES
  • 47. Agência da Qualidade da Andaluzia http://www.juntadeandalucia.es/agenciadecalidadsanitaria/
  • 48. Processo de mudança  As USF conseguiram simultaneamente:  mais eficiência,  mais acessibilidade,  melhor clima laboral,  maior satisfação dos cidadãos,  numa palavra, mais qualidade.  São um bom exemplo do sucesso da filosofia de gestão que recomenda não dizer às pessoas como fazer as coisas. Dizer o que fazer e elas surpreender-nos-ão com a sua criatividade.  Atribuir uma missão para cumprir e dar liberdade para o fazer.
  • 49. Estudo: 25 anos de Portugal Europeu  Portugal evoluiu nas infra-estruturas e nas condições de vida, mas ainda evidencia níveis baixos de organização e eficiência colectivas que dificultam a obtenção de resultados.  há uma lógica de copo meio cheio ou copo meio vazio, de semi sucesso e de semi falhanço, do que foi a trajectória do país após a adesão à União Europeia (UE).  "Evoluímos muito em tudo o que é infra-estruturas, condições de vida, o que tem a ver com as questões ambientais, rede de estradas, condições de equipamentos na saúde e educação“. Paulo Madruga Professor do ISEG 29 Agosto 2013
  • 50. A conclusão da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários Jornal Médico Novembro 2013 Concluir a Reforma dos Cuidados de Saúde Primários em coerência com o que foi pensado e desenhado e adaptado aos tempos que vivemos parece-me não só crucial como um imperativo ético.
  • 51. Í N D I C E 1. A reforma da Atenção Primária em Portugal 2. A ARSLVT 3. As Unidades de Saúde Familiar 4. Os Agrupamentos de Centros de Saúde 5. Sustentabilidade do SNS
  • 52. Planeamento Governação Monitorização Clínica ACES Âmbito de actuação Cuidados personalizados de saúde (individual e familiar) Intervenção na comunidade (grupos e comunidade) Serviços de Suporte Tecnologias de Informação Recursos Humanos Financeiro Assessoria Especializada Instalações e Equipamentos Compras Saúde Pública Agrupamentos de Centros de Saúde Âmbito de actuação
  • 53. Governação Clínica A hierarquia técnica deverá ser instituída através da formação de um Conselho Clínico, cujo presidente é o Diretor Clínico. Competências na área de Governação Clínica  Organizar e controlar as atividades de formação contínua;  Dar instruções para o cumprimento das normas técnicas emitidas pelas entidades competentes;  Análise de efetividade de práticas clínicas, adoção de protocolos e práticas baseadas na evidência, homogeneização das práticas utilizadas nas várias unidades operativas;  Fixar procedimentos que garantam a melhoria contínua da qualidade dos cuidados de saúde;  Realização de auditorias clínicas e gestão do risco clínico e global;  Promover a divulgação de medidas de desempenho, garantindo a transparência;  Promover a investigação e aprendizagem interna;  Verificar o grau de satisfação dos utentes e dos profissionais.
  • 54. Agrupamento de Centros de Saúde USP URAP Conselho Comunidade Conselho Executivo Conselho Clínico Unidade de Apoio à Gestão Gabinete do Cidadão Director Executivo ECLCCI Governação Clínica Gestão
  • 56. Relatório de Avaliação – ACES 2012 www.arslvt.min-saude.pt
  • 57. % de primeiras consultas na vida efetuadas até aos 28 dias 70% 64% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 80% 90% Odivelas Lisboa Central Lisboa Oriental Sintra-Mafra Oeste Sul Vila Franca de Xira Lisboa Norte Cascais ARS LVT Setúbal- Palmela Algueirão - Rio de Mouro Loures Cacém-Queluz Oeiras Lezíria II Amadora Zêzere Almada Ribatejo Serra d'Aire Arco Ribeirinho Seixal - Sesimbra Oeste Norte 2010 2011 2012 64%
  • 58. Incidência de amputações major em diabéticos na população residente (10.000 residentes) 0,60 0,67 0,00 0,20 0,40 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 Oeste Sul Loures Cascais Zêzere Amadora Oeste Norte Almada Lisboa Oriental Oeiras Sintra-Mafra Cacém-Queluz Seixal - Sesimbra ARS LVT Lisboa Central Setúbal- Palmela Arco Ribeirinho Algueirão - Rio de Mouro Ribatejo Lezíria II Serra d'Aire Lisboa Norte Odivelas Vila Franca de Xira 2010 2011 2012 0,67
  • 59. % de mulheres entre os 50-69 anos com mamografia registada nos últimos 2 anos 40% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% Lisboa Central Sintra-Mafra Odivelas Cacém-Queluz Setúbal- Palmela Lisboa Oriental Lisboa Norte Amadora Arco Ribeirinho Algueirão - Rio de Mouro Oeste Sul ARS LVT Vila Franca de Xira Oeiras Almada Cascais Loures Oeste Norte Serra d'Aire Ribatejo Seixal - Sesimbra Lezíria II Zêzere 2010 2011 2012 40%
  • 60. Consumo de medicamentos ansiolíticos, hipnóticos, sedativos e antidepressivos ambulatório (DDD/1.000 habitantes) 60 67 0 20 40 80 100 120 Zêzere Ribatejo Serra d'Aire Lezíria II Oeste Norte Almada Oeste Sul Lisboa Norte Lisboa Central ARS LVT Seixal - Sesimbra Lisboa Oriental Arco Ribeirinho Sintra-Mafra Setúbal- Palmela Oeiras Loures Vila Franca de Xira Cascais Odivelas Algueirão - Rio de Mouro Amadora Cacém-Queluz 2010 2011 2012 67%
  • 61. % de consumo de genéricos em embalagens, no total de embalagens de medicamentos 40% 0% 39% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 45% 50% Zêzere Setúbal- Palmela Cacém-Queluz Lisboa Central Serra d'Aire Algueirão - Rio de Mouro Lisboa Oriental Odivelas Lezíria II Loures Oeste Sul Lisboa Norte ARS LVT Sintra-Mafra Cascais Oeiras Amadora Ribatejo Arco Ribeirinho Vila Franca de Xira Oeste Norte Almada Seixal - Sesimbra 2010 2011 2012 39%
  • 62. % de consumo de quinolonas no consumo total de antibióticos em ambulatório 15% 16% 0% 5% 10% 20% 25% 30% 35% Zêzere Lezíria II Arco Ribeirinho Serra d'Aire Oeiras Lisboa Oriental Setúbal- Palmela Lisboa Central Oeste Sul ARS LVT Amadora Almada Cacém-Queluz Seixal - Sesimbra Sintra-Mafra Ribatejo Odivelas Vila Franca de Xira Oeste Norte Lisboa Norte Loures Algueirão - Rio de Mouro Cascais 2010 2011 2012 16%
  • 63. ACES em termos de acesso desempenho assistencial e eficiência 2.ºQ 1.ºQ Lisboa Norte Lisboa Central Lisboa Oriental Oeiras Loures Amadora Odivelas Sintra-Mafra Algueirão - Rio de Mouro Cacém-Queluz Cascais Vila Franca de Xira Almada Seixal - Sesimbra 15 10 5 Setúbal- Palmela Arco Ribeirinho Oeste Norte Oeste Sul Serra d'Aire Zêzere Ribatejo Lezíria II 0 -5 -10 -15 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 Eficiência Acesso e Desempenho Assistencial 4.ºQ 3.ºQ
  • 64. Í N D I C E 1. A reforma da Atenção Primária em Portugal 2. A ARSLVT 3. As Unidades de Saúde Familiar 4. Os Agrupamentos de Centros de Saúde 5. Sustentabilidade do SNS
  • 66. Despesa com Saúde Ao longo dos últimos dez anos, a despesa com saúde nos países da OCDE cresceu quase duas vezes mais rápido que toda a economia
  • 67. Gastos com Saúde Em 2010, pela primeira vez em 50 anos, o crescimento dos gastos com saúde nos países da OCDE foi zero.
  • 70. Melhorar a utilização dos recursos  Há ampla evidência de que a maioria dos doentes nem sempre recebem o melhor tratamento disponível.  Enquanto isso, existem grandes variações na prática médica entre países e mesmo dentro de cada país que não podem ser explicados com diferenças nas necessidades.  O trabalho da OCDE explora diferentes políticas de saúde procurando reduzir as variações injustificadas e melhorar a alocação de recursos.
  • 71.  A eficiência é a dimensão da qualidade do nossos tempo.  Todos na área da saúde têm um papel a desempenhar na redução dos custos e do desperdício, mas são aqueles que trabalhando no ambulatório e participando em programas de melhoria, são a chave para a prestação de melhores cuidados de saúde com menores custos. Donald Berwick Dezembro 2011 Donald Berwick Dezembro de 2011 Eficiência
  • 72. Relatório Mundial de Saúde OMS 2010 65 Utilizar os recursos racionalmente 66 Dez causas principais de ineficiência 66 Eliminar despesas desnecessárias em medicamentos 68 Melhorar o controlo de qualidade dos medicamentos 69 Utilização apropriada dos medicamentos 69 Retirar o máximo benefício dos serviços e da tecnologia 71 Motivar as pessoas 72 Melhorar eficiência hospitalar-dimensão e duração da estadia 73 Definir o tratamento correcto desde o início 73 Eliminar o desperdício e a corrupção 74 Levantamento crítico dos serviços necessários 76 Benefícios potenciais de melhorar a eficiência 78 Incentivos, financiamento da saúde e eficiência 80 Pagamentos de acordo com o desempenho 82 Aquisições estratégicas 83 Fragmentação 84 Corrigir as desigualdades 85 Conclusão
  • 73. Budget Constraints Can Lead to Improved Quality http://blogs.hbr.org/ The emphasis on providing accountable care, will require health care organizations to shift from focusing on volume of care to focusing on value. Value in health care depends on less waste, less variation, and better health. Derek Feeley Chief Executive of the National Health Service in Scotland IHI Executive Vice President November 2013
  • 74.
  • 75. Melhor ia do Acesso
  • 76. Melhor ia do Acesso
  • 77. Serviço Nacional de Saúde atividade em 2012
  • 78.
  • 79. Projecto para o Século 21
  • 80. Que cuidados de saúde para o Século 21  Parte desta atenção renovada nos cuidados primários resulta do sentimento generalizado, em particular nos países mais ricos, de uma crise iminente, com Médicos de Família insuficientes, uma carga de trabalho cada vez mais insustentável, subfinanciamento por parte dos governos, fragmentação entre serviços primários, secundários e terciários e uma população com perfis de risco e cargas de doença em permanente alteração.  A questão que se coloca, é: Como deverá um sistema de cuidados de saúde primários operar no século 21?
  • 81. Que cuidados de saúde para o Século 21  Desde a definição de cuidados de saúde primários estabelecida em Alma-Ata em 1978 que não havia tanta procura sobre a melhor forma de fornecer um sistema de primeiro contacto que seja justo, equitativo, acessível, eficaz, sustentável e, sobretudo, que melhore a saúde e o bem-estar da população que serve.
  • 82.  In effect there are fewer GPs doing more work with less resource and it is simply not sustainable.  There has been a doubling of consultation figures in the past 10 years but on top of that there is probably a doubling of complexity. Martin Marshall Professor of health-care Improvement University College - London
  • 83. % dos gastos em CSP Reino Unido 2004 - 2012 2 de Abril de 2014
  • 84. Uma Visão para o sistema de saúde Holandês em 2040 Se nada for feito em 2040 a Holanda gastará um quarto do PIB e ocupará um quarto da sua população activa na saúde. McKinsey
  • 85. Prof. Dionne Kringos – projecto PHAMEU CSP em 31 Países Europeus Investigadora de sistemas de saúde Departamento de Medicina Social Faculdade de Medicina Universidade de Amesterdão
  • 86. Desenvolvimento dos Cuidados de Saúde Primários - projecto PHAMEU  há um conjunto de questões, cujo desenvolvimento é imprescindível para o fortalecimento dos CSP: uma visão governamental clara do futuro dos CSP, protecção da equidade no acesso, regimes remuneratórios adequados, planificação dos recursos humanos para evitar carências futuras, melhoria da coordenação e articulação entre níveis de cuidados. Jornal Médico de Família Março 2012  se os Estados pretendem uma melhor gestão/organização dos seus CSP, terão que investir num sistema de informação integrado e de alta qualidade, a nível nacional – um aspecto actualmente em falta ou com deficiências na grande maioria dos países estudados.
  • 87. CSP – Prioridades para o Futuro  Aumentar a acessibilidade nomeadamente nos casos de doença aguda  Centrar a atenção na prevenção e na intervenção precoce  Melhorar a gestão da doença crónica  Apoiar a integração e prestação de cuidados multidisciplinares  Seleccionar a evidência disponível para a prestação efectiva de cuidados de qualidade  Utilizar a tecnologia para apoiar boas práticas
  • 88. Medicina Geral e Familiar que futuro?  O futuro da Medicina Familiar está cada vez mais interligado com o sucesso ou insucesso da actual reforma dos Cuidados de Saúde Primários.  O futuro da Medicina Familiar está ligado ao nosso sucesso ou insucesso em lidar com a formação e a investigação.  Vai depender de se ganhar ou perder a batalha dos sistemas de informação e comunicação, de se perder ou ganhar a batalha pela eficiência, pela gestão, pela governação clínica, pela qualidade e pelas boas práticas.
  • 89. Medicina Geral e Familiar que futuro?  O futuro, vai depender cada vez mais, de se ganhar ou perder a aposta nas pessoas, no trabalho em equipa, numa cultura de saúde, de organização, de intervenção na comunidade, da criação de condições e espaços de trabalho, verdadeiros locais de serviço à população, com profissionais motivados, que gostem do seu trabalho e gostem de lidar com os outros. Luis Pisco Julho 2008
  • 90. Um Futuro para a Saúde: todos temos um papel a desempenhar  O relatório propõe uma transição do sistema actual, centrado no hospital e na doença, em que todas as acções têm como objecto e alvo o doente,  para um sistema centrado nas pessoas e baseado na saúde, em que os cidadãos são parceiros na promoção da saúde e na organização dos cuidados. Relatório Gulbenkian Setembro 2014
  • 91. Não nos devemos intimidar com a dimensão da tarefa
  • 92. Obrigado pela vossa atenção luispisco@arslvt.min-saude.pt