1. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
Disciplina: Biologia
Professora: Nathália Rocha
Adriany Tiffany Moura Reis 2008202021
Ingrid Vasconcelos Curcino 2008202025
Juliana Carneiro de Oliveira 2008202026
Kerolayne de Castro Bezerra 2008202030
Nathália Liliany Silva da Silva 2008202013
Sistema Endócrino
Belém – Pará
2010
3. O sistema endócrino é um sistema complexo de glândulas. Glândulas
são órgãos pequenos, mas importantes, cuja função é produzir hormônios.
Hormônios são substâncias químicas que transferem informações e instruções
entre as células, em animais e plantas. Também chamados de "mensageiros
químicos do corpo", os hormônios regulam o crescimento, o desenvolvimento,
controlam as funções de muitos tecidos, auxiliam as funções reprodutivas, e
regulam o metabolismo (o processo usado pelo organismo para produzir
energia a partir dos alimentos). Diferentemente das informações enviadas pelo
sistema nervoso, que são transmitidas via impulsos elétricos, se deslocam
rapidamente, têm um efeito quase imediato e de curto prazo, os hormônios são
mais vagarosos e seus efeitos mantêm-se por um período mais longo de
tempo.
Eles foram identificados pela primeira vez em 1902 pelos fisiologistas
britânicos William Bayliss e Ernest Starling. Os hormônios são produzidos por
glândulas ou tecidos especializados, que os segregam conforme as
necessidades do organismo. A maioria dos hormônios é produzida pelas
glândulas do sistema endócrino, como a hipófise, a tireóide, as supra-renais,
além dos ovários e testículos. Essas glândulas endócrinas produzem e
segregam os hormônios diretamente na corrente sangüínea. Porém, nem todos
os hormônios são produzidos pelas glândulas endócrinas. As mucosas do
intestino delgado produzem hormônios que estimulam a secreção de sucos
digestivos do pâncreas. Outros hormônios são também produzidos pela
placenta, um órgão formado durante a gravidez, com a finalidade de regular
alguns aspectos do desenvolvimento do feto.
Normalmente os hormônios são classificados em dois tipos principais,
com base na sua composição química. A maioria é constituída por proteínas ou
peptídeos e podem ter grupos de carboidratos associados. Possuem
capacidade de formar antígenos. Hormônio de crescimento, tirotrofina,
hormônio folículo estimulante, prolactina, insulina, glucagon e gastrina são
exemplos desses hormônios. São produzidos normalmente na hipófise,
pâncreas, ovários, tireóide, paratireóide, rins, estômago e duodeno.
Em segundo lugar está o grupo de hormônios produzidos a partir do
colesterol e são modificados por uma série de reações até se converterem em
4. esteróides adrenocorticais e gonadais. São secretados pelas glândulas supra-
renais, testículos e ovários.
O terceiro e menor grupo é de hormônios derivados dos aminoácidos
triptofano e tirosina, que são convertidos em serotonina, melatonina,
catecolaminas e hormônios da tireóide.
A maioria dos hormônios é lançada diretamente no sangue, onde
circulam através do corpo em concentrações muito baixas. Alguns hormônios
trafegam intactos pela corrente sangüínea. Outros já precisam de uma
substância portadora, como uma molécula de proteína, para se manterem
dissolvidos no sangue. Essas portadoras também funcionam como
reservatórios de hormônios, mantendo constante a concentração hormonal e
protegendo o hormônio a que estão ligadas contra decomposição química no
decorrer do tempo.
Os hormônios trafegam pelo sangue até atingirem seus tecidos-alvo,
onde eles ativam uma série de alterações químicas. Para atingir um pretendido
resultado, um hormônio precisa ser reconhecido por uma proteína
especializada nas células do tecido-alvo, chamada de "receptor". Normalmente,
hormônios hidrossolúveis (que se dissolvem em água) usam receptores
localizados na superfície da membrana da célula do tecido-alvo. Uma série de
moléculas especiais no interior da célula, conhecidas como "segundos
mensageiros", transportam as informações do hormônio para o interior da
célula. Já os hormônios lipossolúveis (se dissolvem em gordura), como os
esteróides, passam através da membrana da célula e ligam-se a receptores
encontrados no citoplasma. Quando um receptor e um hormônio se ligam, as
moléculas de ambos passam por alterações estruturais que ativam
mecanismos no interior da célula. Esses mecanismos produzem os efeitos
especiais induzidos pelos hormônios.
Os receptores na superfície das membranas das células são
constantemente renovados. Novos receptores são produzidos pelas células e
inseridos na parede celular. E os receptores que reagiram com hormônios são
decompostos quimicamente ou reciclados. A célula pode responder, se
necessário, a concentrações anormais de hormônios no sangue, através de um
aumento ou uma diminuição do número de receptores em sua superfície. Caso
a concentração de um hormônio no sangue aumente, o número de receptores
5. na parede celular pode ser diminuído, para manter o mesmo nível de interação
hormonal na célula. Se a concentração hormonal no sangue diminuir, esse
mecanismo de regulagem aumenta o número de receptores na célula.
Alguns hormônios são entregues diretamente ao tecido-alvo, em vez de
ficarem circulando por toda a corrente sangüínea. É o caso dos hormônios do
hipotálamo (uma parte do cérebro que controla o sistema endócrino), que são
entregues diretamente à vizinha glândula hipófise, onde suas concentrações
são centenas de vezes mais elevadas que no sistema circulatório.
Glândulas Endócrinas
Tireóide
A tireóide é uma glândula pequena que fica localizada na região anterior
do pescoço, em frente à passagem do ar (traquéia) e abaixo do pomo-de-Adão.
Os hormônios da tireóide controlam o seu metabolismo, que é a capacidade do
corpo quebrar os nutrientes provenientes dos alimentos para armazená-los na
forma de gordura, e também a capacidade de “queimar” esses nutrientes para
produzir energia. Os hormônios produzidos pela tireóide também regulam a
taxa de cálcio no sangue, inibindo sua remoção dos ossos, o que diminui a taxa
plasmática de cálcio.
A tireóide produz três hormônios, o T3 (ou tri-iodotironina), o T4 (ou
tiroxina) e a calcitonina.
Pâncreas
O pâncreas é uma glândula grande, localizada no abdome, atrás do
estômago, cuja função é ajudar a manter os níveis normais de açúcar (glicose)
no sangue. O pâncreas secreta a insulina que Aumenta a captação de glicose
pelas células e, ao mesmo tempo, inibe a utilização de ácidos graxos e
estimula sua deposição no tecido adiposo. No fígado, estimula a captação da
glicose plasmática e sua conversão em glicogênio. Portanto, provoca a
diminuição da concentração de glicose no sangue. O pâncreas também secreta
o glucagon, que Ativa a enzima fosforilase, que fraciona as moléculas de
glicogênio do fígado em moléculas de glicose, que passam para o sangue,
elevando a glicemia (taxa de glicose sangüínea).
Hipófise
A hipófise (antigamente conhecida como pituitária) é algumas vezes chamada
de “glândula-mestra”, devido à sua grande influência em outros órgãos do
6. corpo. Sua função é complexa e fundamental para o bem-estar geral do
indivíduo.
A hipófise é dividida em duas partes: a anterior (ou adeno-hipófise) e a
posterior (ou neuro-hipófise).
A hipófise anterior produz vários hormônios:
a) Prolactina (PRL): Estimula a produção de leite nas mulheres, após o
parto e persiste enquanto durar o estímulo da sucção, pode afetar os níveis de
hormônios provenientes dos ovários (em mulheres) e dos testículos (em
homens).
b) Hormônio de Crescimento (GH, do nome em inglês: Growth
Hormone): Atua no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e
estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular.
Também aumenta a utilização de gorduras e inibe a captação de glicose
plasmática pelas células, aumentando a concentração de glicose no sangue
(inibe a produção de insulina, predispondo ao diabetes).
c) Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH): Estimula a produção de um
importante hormônio pelas glândulas supra-renais, o cortisol. Este é
considerado um “hormônio do stress”, e ajuda a manter os níveis normais de
glicemia e pressão arterial, e por isso é indispensável à sobrevivência.
d) Hormônio Estimulador da Tireóide (TSH): Estimula a tireóide a
produzir e secretar hormônios tireoidianos, os quais regulam o metabolismo
corpóreo, a produção de energia, o crescimento e desenvolvimento e a
atividade do sistema nervoso central.
e) Hormônio Luteinizante (LH): Na mulher estimula a ovulação e o
desenvolvimento do corpo lúteo. No homem, estimula a produção de
testosterona pelas células instersticiais dos testículos.
f) Hormônio Folículo-Estimulante (FSH): Promove a produção de
esperma nos homens e estimula os ovários a liberar óvulos nas mulheres. O
LH e o FSH agem em conjunto para permitir a função normal das glândulas
sexuais: ovários e testículos.
Já a hipófise posterior armazena e secreta dois hormônios
diferentes:
7. a) Ocitocina: Provoca a ejeção (“descida”) do leite em mulheres que
estão amamentando e a contração uterina durante o trabalho de parto. No
homem, provoca relaxamento dos vasos e dos corpos eréteis do pênis,
aumentando a irrigação sangüínea.
b) Hormônio Anti-Diurético (ADH, ou Vasopressina): Regula o volume de
urina, aumentando a permeabilidade dos túbulos renais à água e,
conseqüentemente, sua reabsorção. Sua produção é estimulada pelo aumento
da pressão osmótica do sangue e por hemorragias intensas. O etanol inibe sua
secreção, tendo ação diurética.
O Lobo Intermédio da Hipófise secreta o seguinte hormônio:
a) Hormônio melanotrófico ou melanocortinas (MSH) ou intermedinas:
Estimulam a pigmentação da pele (aceleram a síntese natural de
melanina) e a síntese de hormônios esteróides pelas glândulas
adrenal e gonadal. Ainda interferem na regulação da temperatura
corporal, no crescimento fetal, secreção de prolactina, proteção do
miocárdio em caso de isquemia, redução dos estoques de gordura
corporal (*) etc.
Supra-Renais
As glândulas supra-renais, ou adrenais, ficam localizadas acima dos
rins. Cada supra-renal é, na verdade, 2 glândulas, visto que é formada por uma
porção interna (medula adrenal) e uma porção externa (córtex adrenal). Os
hormônios do córtex adrenal são essenciais à manutenção da vida; os
hormônios da medula adrenal, não.
O córtex adrenal produz os seguintes hormônios:
a) Cortisol (glicocorticóide): Estimulam a conversão de proteínas e de
gorduras em glicose, ao mesmo tempo que diminuem a captação de glicose
pelas células, aumentando, assim, a utilização de gorduras. Essas ações
elevam a concentração de glicose no sangue, a taxa metabólica e a geração de
calor. Os glicorcoticóides também diminuem a migração de glóbulos brancos
para os locais inflamados, determinando menor liberação de substâncias
capazes de dilatar as arteríolas da região; conseqüentemente, há diminuição
da reação inflamatória.
8. b) Aldosterona (mineralocorticóide): controla o volume de sangue e
ajuda a regular a pressão arterial, agindo nos rins para estimulá-los a reter
sódio e água.
c) Andrógenos adrenais: importantes para algumas características
sexuais secundárias, tanto em mulheres como em homens.
A medula adrenal produz adrenalina (ou epinefrina) e noradrenalina (ou
norepinefrina), hormônios também secretados pelas terminações nervosas e
que aumentam a freqüëncia dos batimentos cardíacos, abrem as vias aéreas
para melhorar a entrada de oxigênio, e aumentam o fluxo sangüíneo para os
músculos, geralmente quando uma pessoa encontra-se em situação
ameaçadora, assustada, excitada ou sob stress intenso. Portanto, esses
hormônios melhoram a capacidade da pessoa proteger-se, através da fuga ou
da luta (to fight or to flight).
Paratireóides
Localizadas atrás da glândula tireóide, no pescoço, as paratireóides são
quatro pequenas glândulas que produzem hormônios importantes para a
regulação dos íons cálcio e fósforo no sangue. As paratireóides são
indispensáveis para o desenvolvimento ósseo adequado, visto que o cálcio e o
fósforo são os principais minerais componentes da matriz óssea. Em resposta
à pouca quantidade de cálcio na dieta, por exemplo, as paratireóides secretam
o paratormônio (PTH), que retira cálcio dos ossos para que o nível sangüíneo
de cálcio continue normal. Os níveis de cálcio no sangue precisam ser
mantidos estáveis porque são importantes para a condução nervosa e a
contração muscular.
Hipotálamo
O hipotálamo é uma parte do cérebro que fica exatamente acima da
glândula hipófise. O hipotálamo produz hormônios que agem diretamente na
hipófise, estimulando ou inibindo a liberação dos hormônios hipofisários.
Alguns dos hormônios hipofisários são: o GHRH (que estimula a liberação do
GH), o TRH (que estimula a liberação do TSH), o CRH (que estimula a
liberação do ACTH) e o GnRH (que estimula a liberação de LH e FSH). O
hipotálamo também produz o neurotransmissor dopamina, que inibe a liberação
de prolactina pela hipófise. Portanto, o hipotálamo, por controlar diretamente a
9. função da glândula-mestra, a hipófise, constitui o elo de ligação entre o sistema
nervoso central (cérebro) e o sistema endócrino.
Ovários
a) Estrógenos: Promove o desenvolvimento dos caracteres sexuais
femininos (ou seja, o crescimento das mamas, o aparecimento dos
ciclos menstruais, a pilificação de padrão feminino e a distribuição de
gordura corporal típica) e da parede uterina (endométrio); estimula o
crescimento e a calcificação óssea, inibindo a remoção desse íon do
osso e protegendo contra a osteoporose; protege contra a
aterosclerose (deposição de placas de gorduras nas artérias).
b) Progesterona: controlam o ciclo menstrual (junto com o LH e o FSH),
liberam óvulos ciclicamente (ovulação) e ajudam a criar as condições
necessárias para a gestação como preparação do útero para
aceitação do óvulo fertilizado e das mamas para a lactação. Inibe as
contrações uterinas, impedindo a expulsão do feto em
desenvolvimento.
c) Os ovários produzem, ainda, a inibina (que inibe a liberação de FSH
pela hipófise e ajuda no desenvolvimento dos óvulos) e uma pequena
quantidade de hormônios masculinos.
Testículos
Os homens possuem duas glândulas reprodutivas gêmeas, chamadas
testículos, que produzem o hormônio sexual masculino, a testosterona. A
testosterona é responsável pelo aparecimento, na puberdade, das
características sexuais secundárias do sexo masculino (aumento de massa
muscular, pilificação, barba, engrossamento da voz, crescimento dos órgãos
genitais e produção de espermatozóides), e pela sua manutenção na vida
adulta. Os testículos também são o local de produção dos espermatozóides, as
células reprodutoras masculinas.
Timo
O timo é uma glândula necessária no início da vida para o
desenvolvimento adequado do sistema de defesa do organismo (sistema
imune, ou linfóide). Ele é grande no bebê recém-nascido, e atinge seu tamanho
máximo durante a puberdade, mas daí em diante o timo vai sendo
progressivamente substituído por gordura, até praticamente desaparecer na
10. vida adulta. O timo secreta fatores humorais, hormônios importantes para a
maturação da resposta imunológica.
Glândula Pineal
A glândula pineal ainda é alvo de intensos estudos por parte dos
cientistas, pois seu funcionamento e sua importância ainda não foram
completamente esclarecidos. A pineal fica localizada no interior do cérebro e
produz a melatonina, um hormônio que pode influenciar a função dos ovários e
testículos e também pode ajudar a controlar os padrões de sono e vigília de um
indivíduo.
Placenta
A placenta, além de fazer a conexão entre a mãe e o feto durante a
gravidez, produz vários hormônios que ajudam na manutenção da gestação e
no preparo das mamas para a amamentação. Alguns desses hormônios são: a
gonadotrofina coriônica humana (hCG), o lactogênio placentário (hPL) e o
estrógeno e a progesterona.
Pele, Fígado e Rins
Esses três órgãos agem em conjunto para produzir a 1,25-di-hidroxi-
vitamina D, que é a forma biologicamente ativa da vitamina D. Essa vitamina,
juntamente com o paratormônio, age na manutenção dos níveis de cálcio e
fósforo no sangue.
Estômago e Intestino Delgado
O trato digestivo é o maior sistema orgânico relacionado à função
endócrina, pois secreta vários hormônios importantes que regulam o
metabolismo corporal, tais como a ghrelina e o peptídeo YY3-36, que regulam
o apetite e podem ter um papel fundamental na regulação do peso corporal e
na gênese da obesidade.
Tecido Adiposo
O tecido adiposo produz várias substâncias importantes para a
regulação dos estoques de energia no corpo, dos quais um dos mais
estudados é a leptina, que pode ter ação ainda na regulação da ação da
insulina em diversos tecidos.
Coração
O coração produz um hormônio chamado peptídeo natriurético atrial,
que produz aumento da perda renal de sódio e dilatação dos vasos sangüíneos
11. em resposta a situações de aumento do volume de sangue circulante e
aumento da pressão arterial.
As Principais Disfunções Hormonais
Tireóide (T3 e T4)
Os sintomas do hipotireoidismo (falta de hormônios tireoidianos)
incluem: falta de energia, batimentos cardíacos muito lentos, pele seca,
intestino preso, e sensação de frio o tempo todo. Em crianças, o
hipotireoidismo comumente leva à diminuição do crescimento. Bebês nascidos
com hipotireoidismo podem apresentar atraso do desenvolvimento e retardo
mental se não tratados adequadamente. Em adultos, o hipotireoidismo
freqüentemente provoca um ganho discreto de peso. Um aumento da tireóide,
ou bócio, pode ocorrer.
O hipertireoidismo (hormônio tireoidiano em excesso) pode resultar em
bócio com aumento exagerado dos olhos (exoftalmia), o que é conhecido como
Doença de Graves. Os sintomas do hipertireoidismo incluem: ansiedade,
batimentos cardíacos muito rápidos (taquicardia), diarréia, perda de peso sem
motivo, fome demasiada, suor excessivo, tremores e fraqueza muscular. Um
aumento do tamanho da tireóide (bócio) e inchaço atrás dos olhos, que
empurra os olhos para a frente, tornando-os maiores e mais saltados, são
características comuns desse distúrbio.
Pâncreas (insulina)
O diabetes mellitus é um desequilíbrio dos níveis de glicose no sangue.
Ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente (diabetes tipo 1) ou
quando a insulina produzida pelo pâncreas não age adequadamente, devido a
uma resistência do corpo à ação da insulina (diabetes tipo 2). Sem insulina
suficiente para fazer a glicose passar para o interior das células, esta glicose
acaba se acumulando no sangue, onde atinge níveis maiores que o normal.
No diabetes tipo 1, mais comum em pessoas jovens e magras, o paciente
precisa tomar injeções de insulina.
No diabetes tipo 2, que acomete principalmente pessoas de meia-idade
com excesso de peso, o paciente pode ser tratado com exercício, dieta e
outras medicações, mas algumas vezes pode precisar tomar injeções de
insulina também.
12. Uma condição chamada hiperinsulinismo é causada pelo excesso de
insulina, e leva à diminuição da glicose no sangue para níveis abaixo do normal
(hipoglicemia). Existe uma forma hereditária, ou congênita, que provoca
hipoglicemias em bebês. Algumas vezes, essa doença pode ser tratada com
medicações, mas freqüentemente é necessária a remoção cirúrgica de parte ou
todo o pâncreas. Um tumor do pâncreas que secreta insulina (insulinoma) é
uma causa menos comum de hipoglicemia. Os sintomas da hipoglicemia
incluem: ansiedade, suor em excesso, fraqueza, fome, confusão, sensação de
“cabeça vazia” e taquicardia. O baixo nível de glicose no sangue estimula a
liberação de hormônios como o glucagon, a adrenalina e o hormônio de
crescimento, que ajudam a glicose a retornar aos níveis normais.
Hipófise
Adeno-hipófise (hormônio somatotrófico)
Como a glândula hipófise produz hormônios que regulam o
funcionamento de praticamente todas as demais glândulas endócrinas do
organismo, é fácil deduzir que doenças da hipófise podem se manifestar com o
excesso ou a deficiência de hormônios os mais diversos, tanto da hipófise
como das glândulas-alvo. Por exemplo: a produção aumentada de hormônio de
crescimento pode levar ao gigantismo (crescimento exagerado), e a deficiência
desse mesmo hormônio pode causar nanismo (baixa estatura).
Hipófise posterior (hormônio antidiurético)
Quando o Hormônio Anti-Diurético (ADH, ou Vasopressina) não é
secretado corretamente, isso pode levar à perda exagerada de água através da
urina, o chamado diabetes insípidos. Isso pode levar a problemas renais sérios,
e até à falência dos rins (insuficiência renal) se não for instituído o tratamento
adequado.
OBS.: Diabetes mellitus é diferente de diabetes insípidos. Diabetes
mellitus é a elevação dos níveis de açúcar (glicose) no sangue, devido a falhas
na produção ou na ação da insulina. Diabetes insípidos é a perda excessiva de
água pelos rins, devido a problemas com a produção ou com a ação do
hormônio anti-diurético (ADH).
Outras alterações como a hipofunção no adulto, a qual é muito rara,
provoca alterações no controle da glicemia e descalcificação óssea, já a
hiperfunção no adulto, também chamada de acromegalia provoca
13. espessamento ósseo anormal nos dedos, queixo, nariz, mandíbula, arcada
superciliar.
Supra-Renais
Exemplos de doenças causadas por problemas do córtex adrenal são: a
Síndrome de Cushing, causada pelo excesso de cortisol, e a Síndrome de
Addison, provocada pela deficiência do cortisol e causa diminuição na pressão
arterial, fraqueza muscular, distúrbios digestivos, como náuseas e vômitos,
aumento da perda urinária de sódio e de cloreto, aumento da concentração
plasmática de potássio, melanização da pele, embotamento mental,
enfraquecimento geral. Emagrecimento. A hiperfunção, nas mulheres é
conhecida como virilização tendo como sintomas Acentuação dos caracteres
sexuais masculinos: pêlos no rosto, mudança no tom de voz, desenvolvimento
muscular.
Paratireóides (paratormônio)
Se as paratireóides forem removidas, como pode acontecer em algumas
situações (por exemplo, cirurgia para retirada da tireóide), o cálcio do sangue
cai para valores muito baixos (hipocalcemia), o que produz diversos sintomas,
tais como: arritmias cardíacas, espasmos e cãibras musculares, formigamento
(parestesias) nas mãos e pés e dificuldade para respirar. Esse quadro,
provocado pela deficiência de paratormônio, é chamado hipoparatireoidismo.
Existem doenças que podem provocar o excesso de PTH, ou
hiperparatireoidismo, como alguns tumores das paratireóides ou alguns
distúrbios renais graves. Nesse caso, observam-se: dores ósseas, pedras nos
rins, aumento do volume de urina, fraqueza muscular e fadiga crônica, podendo
em alguns casos ocorrer fraturas severas devido ao enfraquecimento dos
ossos pela retirada de cálcio.
A obesidade é um dos maiores problemas da atualidade, sendo motivo
de preocupação principalmente para os países mais desenvolvidos, onde os
índices são maiores. Um estudo desenvolvido por cientistas britânicos, revelou
que um hormônio produzido no aparelho digestivo, conhecido como PYY3-36,
quando consumido em doses extras pode reduzir o apetite de pessoas obesas.
Um segundo estudo mostrou que um ácido também está envolvido na
regulação da fome.
14. O estudo britânico constatou que a quantidade do hormônio no
organismo de pessoas obesas é cerca de um terço mais baixa do que no
organismo de magros.
O hormônio PYY3-36 é liberado depois de uma refeição e informa ao
cérebro que foi ingerido alimento suficiente.
Pesquisadores do Imperial College London and Hammersmith Hospital
estudaram os níveis hormonais de 12 pacientes obesos e 12 magros.
Depois de jejuarem de um dia para o outro, parte deles recebeu via
intravenosa, na forma de um "soro" durante meia hora, uma dose do hormônio
e outra, de uma mera solução salina.
Os pacientes não sabiam quem havia recebido cada substância.
Duas horas depois, foi oferecido um buffet aos pacientes para que
comessem o quanto desejassem.
A experiência foi repetida uma segunda vez, e os pacientes que haviam
recebido solução salina da segunda vez receberam hormônio e vice-versa.
No final do estudo, financiado pelo Wellcome Trust e pelo Medical
Research Council, constatou-se que todos os 24 pacientes comeram menos
quando haviam recebido a solução de hormônio.
De maneira geral, o consumo de calorias foi reduzido em um terço.
Steve Bloom, um dos autores do estudo, disse: "A descoberta de que
pessoas obesas têm níveis mais baixos de PYY3-36, um fator importante na
redução do apetite, sugere um possível tratamento novo para milhões de
pessoas com obesidade".