SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 14
MUSEUS, ARTE, EDUCAÇÃO
A arte, em sentido lato, deveria ser a base da educação. Herbert Read
[object Object],[object Object]
Eisner afirma que os seres humanos chegam ao mundo sem mente mas com cérebro. Segundo este autor, o cérebro é biológico e a mente é o resultado de um  desenvolvimento cultural . Assim, a mente é fruto de um processo, constrói-se. Constrói-a o próprio indivíduo mas também aqueles, cujo trabalho é fomentar o desenvolvimento individual, e esses são aqueles a quem chamamos professores.
[object Object]
A educação em museus é um esforço para usar as obras de arte para dar forma à experiência humana e, formar assim, a maneira de pensar e sentir das pessoas. A satisfação estética é um dos resultados desse esforço.
Como afirma Eisner, não será talvez bom, separar as palavras sentir e pensar. A capacidade para sentir aquilo que uma obra de arte exprime, ou para participar na viagem emocional que proporciona, resulta do que pensamos sobre o que vemos. Por outro lado, o que vemos resulta daquilo que aprendemos a procurar.
O ACTO DE  VER  NÃO É APENAS UMA ACTIVIDADE QUOTIDIANA, MAS TAMBÉM UMA “REALIZAÇÃO”, ENQUANTO QUE  OLHAR  É UMA TAREFA; É VENDO QUE ALTERAMOS A EXPERIÊNCIA, E UMA VEZ ALTERADA, ESTA EXPERIẼNCIA VAI MUDAR A MENTE HUMANA.
Ao longo dos tempos, separámos razão e emoção estabelecendo uma hierarquia que coloca a razão em primeiro lugar. Esta é uma forma inadequada de caracterizar aquilo que  pensar   implica, pois pensar é aperceber-se, distinguir, retirar ilações, fazer comparações e confrontos e estabelecer relações.
Assim, a tarefa de todos nós implicados na educação  em museus é entender e criar as condições que ajudem a  ver ,  para poder assim, fomentar o desenvolvimento do pensamento humano.
Assim,a nossa função consiste em criar de condições que permitam às pessoas aprender, formular juízos críticos. Para isso é necessário ajudá-las a usar os sentidos, de modo a que a sua experiência do mundo se possa tornar mais profunda, mais verdadeira.
Aquilo que os museus fazem para promover experiências educativas é da maior importância e é uma condição necessária para que a visita tenha algum tipo de retorno, ou seja, proporcione uma experiência estética. Não sendo assim, a visita não terá significado, não trará uma nova experiência, ficará apenas como um mero desfilar de imagens sem significado.
A arte não fala por si própria, as obras não têm o poder de penetrar na ignorância e, se assim fosse, a educação em museus não faria qualquer sentido. As obras, tal como os livros, têm de ser “lidas” e sem cultura visual não podemos decifrar as suas mensagens.
O nosso papel é ajudar a decifrar, é ensinar a colocar as questões que permitam  ver,   ajudar a que a experiência estética, transformadora tenha lugar. Baseado Eisner, Elliot W., “The Museum as a Place for Education”. Maria de Lourdes Riobom

Más contenido relacionado

Destacado

CAHIERSDART-BULTRINI_LR
CAHIERSDART-BULTRINI_LRCAHIERSDART-BULTRINI_LR
CAHIERSDART-BULTRINI_LRRodrigo P
 
Training Manual (PRADG Project) - Bangla (update)
Training Manual (PRADG Project) - Bangla (update)Training Manual (PRADG Project) - Bangla (update)
Training Manual (PRADG Project) - Bangla (update)Jhuma Halder
 
Panache Media Kit 2015
Panache Media Kit 2015Panache Media Kit 2015
Panache Media Kit 2015Nick Choudhury
 
História e Literatura MNAA
História e Literatura MNAAHistória e Literatura MNAA
História e Literatura MNAAJoão Lima
 
all ceritificte
all ceritificte all ceritificte
all ceritificte Shain Mcc
 
Mark Conner Portfolio.2meg
Mark Conner Portfolio.2megMark Conner Portfolio.2meg
Mark Conner Portfolio.2megMark Conner
 
Literacia Visual
Literacia VisualLiteracia Visual
Literacia VisualJoão Lima
 
AGRIOR BIO CERTIFICATE 2015
AGRIOR BIO CERTIFICATE 2015AGRIOR BIO CERTIFICATE 2015
AGRIOR BIO CERTIFICATE 2015Ariel Alon
 
Algumas implicações do desrespeito docente pelo saber matemático discente
Algumas implicações do desrespeito docente pelo saber matemático discenteAlgumas implicações do desrespeito docente pelo saber matemático discente
Algumas implicações do desrespeito docente pelo saber matemático discenteAndréa Thees
 

Destacado (20)

scanned cert,,,
scanned cert,,,scanned cert,,,
scanned cert,,,
 
CAHIERSDART-BULTRINI_LR
CAHIERSDART-BULTRINI_LRCAHIERSDART-BULTRINI_LR
CAHIERSDART-BULTRINI_LR
 
clonehd01
clonehd01clonehd01
clonehd01
 
magazine
magazinemagazine
magazine
 
Training Manual (PRADG Project) - Bangla (update)
Training Manual (PRADG Project) - Bangla (update)Training Manual (PRADG Project) - Bangla (update)
Training Manual (PRADG Project) - Bangla (update)
 
1 SFTY324.PDF
1 SFTY324.PDF1 SFTY324.PDF
1 SFTY324.PDF
 
Panache Media Kit 2015
Panache Media Kit 2015Panache Media Kit 2015
Panache Media Kit 2015
 
História e Literatura MNAA
História e Literatura MNAAHistória e Literatura MNAA
História e Literatura MNAA
 
LuminesceResults
LuminesceResultsLuminesceResults
LuminesceResults
 
all ceritificte
all ceritificte all ceritificte
all ceritificte
 
Diplom Master
Diplom MasterDiplom Master
Diplom Master
 
Mark Conner Portfolio.2meg
Mark Conner Portfolio.2megMark Conner Portfolio.2meg
Mark Conner Portfolio.2meg
 
Literacia Visual
Literacia VisualLiteracia Visual
Literacia Visual
 
Point Zero
Point ZeroPoint Zero
Point Zero
 
AGRIOR BIO CERTIFICATE 2015
AGRIOR BIO CERTIFICATE 2015AGRIOR BIO CERTIFICATE 2015
AGRIOR BIO CERTIFICATE 2015
 
VVD-Banner-85x200cm-V1
VVD-Banner-85x200cm-V1VVD-Banner-85x200cm-V1
VVD-Banner-85x200cm-V1
 
Transcript+Cer
Transcript+CerTranscript+Cer
Transcript+Cer
 
Algumas implicações do desrespeito docente pelo saber matemático discente
Algumas implicações do desrespeito docente pelo saber matemático discenteAlgumas implicações do desrespeito docente pelo saber matemático discente
Algumas implicações do desrespeito docente pelo saber matemático discente
 
AyurvedX_JC1
AyurvedX_JC1AyurvedX_JC1
AyurvedX_JC1
 
2014AR
2014AR2014AR
2014AR
 

Similar a Museus, arte, educação

Curso introdu o_educa_o__77366 (1)
Curso introdu o_educa_o__77366 (1)Curso introdu o_educa_o__77366 (1)
Curso introdu o_educa_o__77366 (1)julianabtu2017
 
Seminário sobre Arte e Educação
Seminário sobre Arte e Educação Seminário sobre Arte e Educação
Seminário sobre Arte e Educação EducadorCriativo
 
3º congresso internacional de educaçao
3º congresso internacional de educaçao3º congresso internacional de educaçao
3º congresso internacional de educaçaoSolange Cordeiro
 
Arte, infância e formação de professores
Arte, infância e formação de professoresArte, infância e formação de professores
Arte, infância e formação de professoresConvenção Cimadeba
 
Curadoria educativa inventando conversas - Mirian Celeste Martins
Curadoria educativa inventando conversas - Mirian Celeste MartinsCuradoria educativa inventando conversas - Mirian Celeste Martins
Curadoria educativa inventando conversas - Mirian Celeste MartinsAndréia De Bernardi
 
Ercher x piaget entrega
Ercher x piaget entregaErcher x piaget entrega
Ercher x piaget entregaLuciana
 
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...Ateliê Giramundo
 
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...Ateliê Giramundo
 
A ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO NA SALA DE AULA
A ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO NA SALA DE  AULAA ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO NA SALA DE  AULA
A ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO NA SALA DE AULAGuilhermeVillela4
 
Artigo o desenho no desenvolvimento infantil
Artigo o desenho no desenvolvimento infantilArtigo o desenho no desenvolvimento infantil
Artigo o desenho no desenvolvimento infantilariana limonta
 
1 pensar, sentir e agir fund i
1 pensar, sentir e agir fund i1 pensar, sentir e agir fund i
1 pensar, sentir e agir fund iLuzDoSaber1
 
DESENHO: CAMINHO PARA UMA NOVA VISÃO DE MUNDO
DESENHO: CAMINHO PARA UMA NOVA VISÃO DE MUNDODESENHO: CAMINHO PARA UMA NOVA VISÃO DE MUNDO
DESENHO: CAMINHO PARA UMA NOVA VISÃO DE MUNDOFlávia Gonzales Correia
 
Resumo expandido (1) (1).pdf
Resumo expandido (1) (1).pdfResumo expandido (1) (1).pdf
Resumo expandido (1) (1).pdfDirceGrein
 
Resumo expandido (1).pdf
Resumo expandido (1).pdfResumo expandido (1).pdf
Resumo expandido (1).pdfDirceGrein
 

Similar a Museus, arte, educação (20)

Curso introdu o_educa_o__77366 (1)
Curso introdu o_educa_o__77366 (1)Curso introdu o_educa_o__77366 (1)
Curso introdu o_educa_o__77366 (1)
 
Seminário sobre Arte e Educação
Seminário sobre Arte e Educação Seminário sobre Arte e Educação
Seminário sobre Arte e Educação
 
35 127-1-pb
35 127-1-pb35 127-1-pb
35 127-1-pb
 
3º congresso internacional de educaçao
3º congresso internacional de educaçao3º congresso internacional de educaçao
3º congresso internacional de educaçao
 
Arte, infância e formação de professores
Arte, infância e formação de professoresArte, infância e formação de professores
Arte, infância e formação de professores
 
Curadoria educativa inventando conversas - Mirian Celeste Martins
Curadoria educativa inventando conversas - Mirian Celeste MartinsCuradoria educativa inventando conversas - Mirian Celeste Martins
Curadoria educativa inventando conversas - Mirian Celeste Martins
 
Ercher x piaget entrega
Ercher x piaget entregaErcher x piaget entrega
Ercher x piaget entrega
 
Arte e movimento para o dia 16 e 17 de 2013
Arte e movimento para o dia 16 e 17 de 2013Arte e movimento para o dia 16 e 17 de 2013
Arte e movimento para o dia 16 e 17 de 2013
 
Artigo improvisação
Artigo improvisaçãoArtigo improvisação
Artigo improvisação
 
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...
 
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...
A arte como um direito da criança - o papel do professor na construção de um ...
 
A ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO NA SALA DE AULA
A ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO NA SALA DE  AULAA ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO NA SALA DE  AULA
A ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO NA SALA DE AULA
 
Artigo o desenho no desenvolvimento infantil
Artigo o desenho no desenvolvimento infantilArtigo o desenho no desenvolvimento infantil
Artigo o desenho no desenvolvimento infantil
 
1 pensar, sentir e agir fund i
1 pensar, sentir e agir fund i1 pensar, sentir e agir fund i
1 pensar, sentir e agir fund i
 
Conceito de arte
Conceito de arteConceito de arte
Conceito de arte
 
Meu tcc
Meu tccMeu tcc
Meu tcc
 
DESENHO: CAMINHO PARA UMA NOVA VISÃO DE MUNDO
DESENHO: CAMINHO PARA UMA NOVA VISÃO DE MUNDODESENHO: CAMINHO PARA UMA NOVA VISÃO DE MUNDO
DESENHO: CAMINHO PARA UMA NOVA VISÃO DE MUNDO
 
Resumo expandido (1) (1).pdf
Resumo expandido (1) (1).pdfResumo expandido (1) (1).pdf
Resumo expandido (1) (1).pdf
 
Resumo expandido (1).pdf
Resumo expandido (1).pdfResumo expandido (1).pdf
Resumo expandido (1).pdf
 
Cap 15 Filosofia Estética
Cap 15  Filosofia EstéticaCap 15  Filosofia Estética
Cap 15 Filosofia Estética
 

Más de João Lima

Ensaio sobre a fome
Ensaio sobre a fome Ensaio sobre a fome
Ensaio sobre a fome João Lima
 
Utopias 2014 Programa
Utopias 2014 ProgramaUtopias 2014 Programa
Utopias 2014 ProgramaJoão Lima
 
Um Gato Verde e um Homem Velho
Um Gato Verde e um Homem VelhoUm Gato Verde e um Homem Velho
Um Gato Verde e um Homem VelhoJoão Lima
 
Aula Cenários e Silêncios
Aula Cenários e SilênciosAula Cenários e Silêncios
Aula Cenários e SilênciosJoão Lima
 
Prototype Present
Prototype PresentPrototype Present
Prototype PresentJoão Lima
 
Ideas and Choices
Ideas and ChoicesIdeas and Choices
Ideas and ChoicesJoão Lima
 
Empathy Map and Problem Statement
Empathy Map and Problem StatementEmpathy Map and Problem Statement
Empathy Map and Problem StatementJoão Lima
 
Roteiro de exploração pedagógica 5
Roteiro de exploração pedagógica 5Roteiro de exploração pedagógica 5
Roteiro de exploração pedagógica 5João Lima
 
Roteiro de exploração pedagógica 4
Roteiro de exploração pedagógica 4Roteiro de exploração pedagógica 4
Roteiro de exploração pedagógica 4João Lima
 
Roteiro de exploração pedagógica 3
Roteiro de exploração pedagógica 3Roteiro de exploração pedagógica 3
Roteiro de exploração pedagógica 3João Lima
 
Roteiro de exploração pedagógica 2
Roteiro de exploração pedagógica 2Roteiro de exploração pedagógica 2
Roteiro de exploração pedagógica 2João Lima
 
Arte e literatura cacgm
Arte e literatura cacgmArte e literatura cacgm
Arte e literatura cacgmJoão Lima
 
Roteiro de exploração pedagógica 1
Roteiro de exploração pedagógica 1Roteiro de exploração pedagógica 1
Roteiro de exploração pedagógica 1João Lima
 
Roteiro de exploração pedagógica 6
Roteiro de exploração pedagógica 6Roteiro de exploração pedagógica 6
Roteiro de exploração pedagógica 6João Lima
 
Museu das Comunicações Cristina Weber
Museu das Comunicações Cristina WeberMuseu das Comunicações Cristina Weber
Museu das Comunicações Cristina WeberJoão Lima
 
Da escola ao museu das comunicações Cristina Weber
Da escola ao museu das comunicações Cristina WeberDa escola ao museu das comunicações Cristina Weber
Da escola ao museu das comunicações Cristina WeberJoão Lima
 
Da escola ao museu das comunicações Cristina Weber
Da escola ao museu das comunicações Cristina WeberDa escola ao museu das comunicações Cristina Weber
Da escola ao museu das comunicações Cristina WeberJoão Lima
 

Más de João Lima (20)

Ensaio sobre a fome
Ensaio sobre a fome Ensaio sobre a fome
Ensaio sobre a fome
 
Utopias 2014 Programa
Utopias 2014 ProgramaUtopias 2014 Programa
Utopias 2014 Programa
 
Um Gato Verde e um Homem Velho
Um Gato Verde e um Homem VelhoUm Gato Verde e um Homem Velho
Um Gato Verde e um Homem Velho
 
Aula Cenários e Silêncios
Aula Cenários e SilênciosAula Cenários e Silêncios
Aula Cenários e Silêncios
 
Prototype
PrototypePrototype
Prototype
 
Prototype Present
Prototype PresentPrototype Present
Prototype Present
 
Ideas and Choices
Ideas and ChoicesIdeas and Choices
Ideas and Choices
 
Empathy Map and Problem Statement
Empathy Map and Problem StatementEmpathy Map and Problem Statement
Empathy Map and Problem Statement
 
Roteiro de exploração pedagógica 5
Roteiro de exploração pedagógica 5Roteiro de exploração pedagógica 5
Roteiro de exploração pedagógica 5
 
Roteiro de exploração pedagógica 4
Roteiro de exploração pedagógica 4Roteiro de exploração pedagógica 4
Roteiro de exploração pedagógica 4
 
Roteiro de exploração pedagógica 3
Roteiro de exploração pedagógica 3Roteiro de exploração pedagógica 3
Roteiro de exploração pedagógica 3
 
Roteiro de exploração pedagógica 2
Roteiro de exploração pedagógica 2Roteiro de exploração pedagógica 2
Roteiro de exploração pedagógica 2
 
Arte e literatura cacgm
Arte e literatura cacgmArte e literatura cacgm
Arte e literatura cacgm
 
Roteiro de exploração pedagógica 1
Roteiro de exploração pedagógica 1Roteiro de exploração pedagógica 1
Roteiro de exploração pedagógica 1
 
Roteiro de exploração pedagógica 6
Roteiro de exploração pedagógica 6Roteiro de exploração pedagógica 6
Roteiro de exploração pedagógica 6
 
Op mni 2
Op mni 2Op mni 2
Op mni 2
 
Op mni 1
Op mni 1Op mni 1
Op mni 1
 
Museu das Comunicações Cristina Weber
Museu das Comunicações Cristina WeberMuseu das Comunicações Cristina Weber
Museu das Comunicações Cristina Weber
 
Da escola ao museu das comunicações Cristina Weber
Da escola ao museu das comunicações Cristina WeberDa escola ao museu das comunicações Cristina Weber
Da escola ao museu das comunicações Cristina Weber
 
Da escola ao museu das comunicações Cristina Weber
Da escola ao museu das comunicações Cristina WeberDa escola ao museu das comunicações Cristina Weber
Da escola ao museu das comunicações Cristina Weber
 

Último

O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...marcelafinkler
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubeladrianaguedesbatista
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...azulassessoria9
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfLidianeLill2
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024azulassessoria9
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)Centro Jacques Delors
 
Falando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introdFalando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introdLeonardoDeOliveiraLu2
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturasSistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturasrfmbrandao
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfAutonoma
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docPauloHenriqueGarciaM
 
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPEli Gonçalves
 
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfMissa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfFbioFerreira207918
 
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxtensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxgia0123
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024azulassessoria9
 

Último (20)

O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
 
Falando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introdFalando de Física Quântica apresentação introd
Falando de Física Quântica apresentação introd
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturasSistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João EudesNovena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
 
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
 
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfMissa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
 
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptxtensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
tensoes-etnicas-na-europa-template-1.pptx
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 

Museus, arte, educação

  • 2. A arte, em sentido lato, deveria ser a base da educação. Herbert Read
  • 3.
  • 4. Eisner afirma que os seres humanos chegam ao mundo sem mente mas com cérebro. Segundo este autor, o cérebro é biológico e a mente é o resultado de um desenvolvimento cultural . Assim, a mente é fruto de um processo, constrói-se. Constrói-a o próprio indivíduo mas também aqueles, cujo trabalho é fomentar o desenvolvimento individual, e esses são aqueles a quem chamamos professores.
  • 5.
  • 6. A educação em museus é um esforço para usar as obras de arte para dar forma à experiência humana e, formar assim, a maneira de pensar e sentir das pessoas. A satisfação estética é um dos resultados desse esforço.
  • 7. Como afirma Eisner, não será talvez bom, separar as palavras sentir e pensar. A capacidade para sentir aquilo que uma obra de arte exprime, ou para participar na viagem emocional que proporciona, resulta do que pensamos sobre o que vemos. Por outro lado, o que vemos resulta daquilo que aprendemos a procurar.
  • 8. O ACTO DE VER NÃO É APENAS UMA ACTIVIDADE QUOTIDIANA, MAS TAMBÉM UMA “REALIZAÇÃO”, ENQUANTO QUE OLHAR É UMA TAREFA; É VENDO QUE ALTERAMOS A EXPERIÊNCIA, E UMA VEZ ALTERADA, ESTA EXPERIẼNCIA VAI MUDAR A MENTE HUMANA.
  • 9. Ao longo dos tempos, separámos razão e emoção estabelecendo uma hierarquia que coloca a razão em primeiro lugar. Esta é uma forma inadequada de caracterizar aquilo que pensar implica, pois pensar é aperceber-se, distinguir, retirar ilações, fazer comparações e confrontos e estabelecer relações.
  • 10. Assim, a tarefa de todos nós implicados na educação em museus é entender e criar as condições que ajudem a ver , para poder assim, fomentar o desenvolvimento do pensamento humano.
  • 11. Assim,a nossa função consiste em criar de condições que permitam às pessoas aprender, formular juízos críticos. Para isso é necessário ajudá-las a usar os sentidos, de modo a que a sua experiência do mundo se possa tornar mais profunda, mais verdadeira.
  • 12. Aquilo que os museus fazem para promover experiências educativas é da maior importância e é uma condição necessária para que a visita tenha algum tipo de retorno, ou seja, proporcione uma experiência estética. Não sendo assim, a visita não terá significado, não trará uma nova experiência, ficará apenas como um mero desfilar de imagens sem significado.
  • 13. A arte não fala por si própria, as obras não têm o poder de penetrar na ignorância e, se assim fosse, a educação em museus não faria qualquer sentido. As obras, tal como os livros, têm de ser “lidas” e sem cultura visual não podemos decifrar as suas mensagens.
  • 14. O nosso papel é ajudar a decifrar, é ensinar a colocar as questões que permitam ver, ajudar a que a experiência estética, transformadora tenha lugar. Baseado Eisner, Elliot W., “The Museum as a Place for Education”. Maria de Lourdes Riobom