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Roraima  Urgente RORAIMA, no atual momento, apresenta um quadro  com todos os ingredientes e recheio  que a  história já registrou... Nela se insere um “palco” com o mesmo roteiro,  o mesmo cenário e na mesma região... Progressão manual ou automática
 
Localização  :  Região Norte  - Estados limítrofes:  Venezuela (ao norte e noroeste),  Guiana (leste),  Pará (sudeste) e  Amazonas (sudeste e oeste)  ,[object Object],[object Object],[object Object]
Indígenas Quando foi descoberta pelos portugueses (em meados do século XVIII), Roraima era habitada especialmente por indígenas. Os indígenas apresentavam-se em sua maior parte pertencentes ao troncos dos Caribes, essa é a base da maioria dos povos indígenas do estado (Macuxi, Taurepang,  Ingarikó, Patamanona, Wai-wai e Waimiri-atroari). Pertencentes ao tronco linguístico Arawak existem os Wapixama.  Os Ianomâmi, ou Yanomami, pertencem à família lingüística Yanomami, não classificada em tronco lingüístico. Roraima também reconhece a identidade mestiça. O Dia do Mestiço é data oficial no estado. (dados obtidos por meio de  pesquisa de autodeclaração).
As oito etnias que habitam terras de Roraima: Povo Ingarikó- Povo Macuxi- Povo Maiongong- Povo Taurepang- Povo Waimiri-Atroari- Povo Wai Wai- Povo Wapixana- Povo Yanoma mi
Povos indígenas  Os povos indígenas de Roraima estão divididos em oito grandes etnias, dentre as quais as dos grupos lingüísticos Caribe e Aruaque. Fugindo das perseguições dos espanhóis, holandeses, franceses e ingleses,  que disputavam o antigo território do  Rio Branco desde o início do século XVI,  aqui chegaram acossados desde o litoral das ilhas caribenhas.  Na época do descobrimento estes povos não habitavam este local,  só vindo para cá cerca  de 250 anos após o descobrimento,  quando das incursões daqueles expedicionários  em busca de novas terras. Etnias/Regiões
Cultura wapixana – mulheres e  crianças – conselho indígena - Roraima
A História de Roraima As primeiras expedições portuguesas na região remontam ao início da  década de 1660, em busca de drogas do sertão, metais e pedras preciosas,  e de indígenas para o apresamento.  Entre estas, destaca-se a do Capitão Francisco Ferreira e o padre carmelita Jerônimo Coelho, que penetrou o vale do rio Branco (1718).
Seus propósitos  eram  aprisionar índios  e recolher  ovos de tartaruga  para a produção  de manteiga.
A partir de 1725, missionários Carmelitas iniciaram a tarefa de conversão do indígena na região. Pelas demarcações previstas pelo Tratado de Madrid (1750) foi criada uma nova unidade administrativa na região. Com isso, pretendia-se implementar, na prática, a colonização do alto rio Negro, criando-se a infra-estrutura necessária ao encontro e aos trabalhos das comissões de demarcação portuguesa e espanhola, encontro esse que jamais ocorreu, tendo forças portuguesas ocupado nesse ínterim, provisoriamente, o curso do baixo rio Branco, efetuando plantações de mandioca e de outros víveres, para o aprovisionamento da Comissão.
Povo Taurepang A criação da Capitania Real de São José do Rio Negro, pela Carta-régia de 3 de março de 1755, foi fruto da preocupação da Coroa portuguesa com as fronteiras do rio Negro e do rio Branco, a primeira ameaçada pelos espanhóis do Vice-reino do Peru, e a segunda pelas expedições de neerlandeses do Suriname, com fins de comércio e  de apresamento de indígenas.
Em 1755 foi criada a Capitania Real de São José do Rio Negro.  Em 1770 ocorreu a revolta da praia de sangue.  O nome deveu-se ao fato de tantos soldados e índios terem sidos mortos que tingiram as águas do rio Branco de sangue.  Diante da cobiça internacional pela região do  vale do rio Branco,  em 1775 decidiu-se que seria construída uma fortaleza,  o Forte de  São Joaquim do Rio Branco  (hoje desaparecido).
Forte São Joaquim Fazenda São Marcos Terra indígena São Marcos - Igreja  Comunidade do Milho Com o estabelecimento do Forte de São Joaquim do rio Branco a partir de 1775, diversos aldeamentos de indígenas convertidos foram estabelecidos para o seu serviço, entre os quais a povoação de Nossa Senhora do Carmo, fundada por religiosos Carmelitas. Em 1789/1799, o comandante Manuel da Gama Lobo  D'Almada , para garantir a presença de civilizados na região, introduziu a criação de bovinos e eqüinos;  na fazenda São Marcos.  Esta ainda hoje existe, pertence aos índios e está localizada em frente ao local onde existia o Forte São Joaquim.
Robert Schomburgk Rei Dom Vittorio Emanuele II Inglaterra ocupa o Pirara. 1835 – Robert Schomburgk, chefiando expedição da Inglaterra, chega ao Forte São Joaquim.  A pretensão britânica a alguns rios formadores do rio Branco (afluente do rio Amazonas),  conduziu à chamada Questão do Pirara .  O governo inglês alega que o Pirara pertence a tribos independentes.  A Inglaterra ocupa os espaços vazios e demarca novas fronteiras. Na disputa diplomática o Rei Dom Victório Emanuele, da Itália, arbitrou a entrega de 19.630 km2  do território brasileiro para a Inglaterra. Mapa com as áreas contestadas pelos ingleses.  A escala está  levemente desproporcional. Fronteira  Brasil-Guiana
Mapa da Grã Colômbia (1819) que inclui a região do Essequibo. A região em litígio foi repartida entre ambas as partes,  garantindo à Guiana inglesa uma saída fluvial para o Amazonas,  e perdendo o Brasil a região oriental do Pirara.
Mapas venezuelanos mostram a Guiana Essequiba como Zona  em litígio
Durante o Brasil Império (1822-1889), esta foi elevada a vila e sede de freguesia com o nome de Boa Vista (1858).  Com a proclamação da República (1889), a freguesia foi transformada no município de Boa Vista do Rio Branco (1890), integrante do Estado do Amazonas. Seu povoamento só começou no século XVIII,  após o extermínio de grande número de indígenas.
. A partir de 1943, foi criado o Território Federal do Rio Branco, cuja área foi desmembrada do Estado do Amazonas.  Passou a chamar-se Território Federal de Roraima, "serra verde" na língua Ianomâmi, a partir de 13 de dezembro de 1962.
Em 5 de outubro de 1988, com a promulgação da nova Constituição do País,  o Território foi transformado em Estado da Federação. Se a colonização da região foi incentivada em fins do século XIX com o estabelecimento de Fazendas Nacionais, um século mais tarde os garimpos de ouro e diamantes atraíram levas migratórias de diversas regiões do país.  Monumento do Garimpeiro – Boa vista -  RR
Roraima Artesanato macuxi. Esta imigração  e exploração desordenadas ocasionaram  muitos conflitos  e mortes por  doenças e assassinatos, sobretudo  nas  populações indígenas.
Apoiados por políticos locais, os garimpeiros foram substituídos pela exploração agrícola em grande escala (agronegócio) em terras indígenas, gerando novos conflitos ao final do século XX e XXI. Monumento aos Pioneiros – Boa Vista - RR Em sua base tem uma placa fixada com os dizeres: "Iniciaram a construção de um sonho chamado Roraima"
Atualmente,  quase todas as reservas indígenas  do estado  encontram-se homologadas. Etnia Roraima - Macuxí.
Mapa FUNAI Parques Indígenas
A população indígena em Roraima soma aproximadamente 40 mil pessoas.  A etnia mais numerosa, segundo dados do Instituto Socioambiental é a macuxi (16.500).  Também estão presentes no Estado os índios wapichana (6.500), ingarikó (675), taurepang (532), patamona (50).  E abaixo da linha do Equador, na área de Floresta Amazônica, vivem os wai wai (2.020, incluindo a população do Pará e Amazonas), Wamiri atroari (798, Roraima e  Amazonas) e, no sentido Oeste, os Yanomami (11.700) e Yekuana (462). Um jovem índio yanomani - Brasil-1998
 
Um dos argumentos constantemente levantados na discussão sobre o desenvolvimento econômico de Roraima é que a "imobilização" de grandes áreas, principalmente através da demarcação de terras indígenas, representaria o principal empecilho ao desenvolvimento. Desenvolvimento econômico e meio ambiente no Estado de Roraima  Por André Vasconcelos 19/04/2004 às 18:55
Totootobi  -  Comunidade Yanomami. Efetivamente, 32 terras indígenas englobam 44% do Estado, sendo quatro áreas contínuas: Yanomami, São Marcos, Waimiri-Atroari e Raposa Serra do Sol. Várias outras áreas pequenas estão demarcadas em ilhas.
Uma das fronteiras mais remotas de ocupação econômica da Amazônia, Roraima se desenvolveu em ritmo lento até a década de 70 - primeiro como parte do Amazonas, e depois como Território Federal de Roraima.  A pecuária extensiva foi a principalmente atividade econômica de Roraima durante décadas. Indígenas Yanomamis
O gado bovino foi,  junto ao eqüino,  a primeira criação da região Diferentemente do modelo adotado em outras regiões da Amazônia, a pecuária em Roraima afetou apenas marginalmente áreas de floresta, concentrando-se principalmente na exploração dos campos abertos naturais do lavrado, a savana amazônica local, que representa cerca de 1/4 do território.
A maioria dos indígenas vive nas aldeias preservando costumes, crenças, tradições e organização social própria.
Porém, mesmo não existindo um estudo específico,  estima-se que mais de 10 mil índios ou descendentes  vivem em Boa Vista, capital de Roraima,  a maior parte em condições subumanas,  inclusive no lixão da cidade.
Em Raposa Serra do Sol vivem os macuxi, wapichana, ingarikó, patamona e taurepang, povos tradicionalmente seminômades, caçadores e horticultores.  A principal fonte de alimentação destes povos é a mandioca, que serve para fazer farinha, beiju e o caxiri / pajuarú, bebidas tradicionais.  Outro recurso importante para a segurança alimentar é criação de gado bovino.
Jovens Macuxi em dias de festa.
Indígenas - Povo Wai Wai
 
Na realidade, o verdadeiro impacto da expansão pecuária nos lavrados de Roraima não pode ser entendido sem o filtro histórico e cultural das relações entre os brancos colonizadores e os índios locais, habitantes originários dos lavrados. Nesta fase, poderíamos, portanto, supor que o impacto ambiental da atividade econômica tivesse permanecido relativamente modesto, pelo menos em termos comparativos com outras áreas da Amazônia onde a expansão da pecuária se fez a custo de milhões de hectares de floresta.
Parques  Terra indígena yanomami. Fica no extremo norte brasileiro entre Amazonas e Roraima.
Raposa Serra do So l Policiais fazem a segurança no Vale do Surumu. A versão indígena: Terra de Índio A luta pelo  reconhecimento mobiliza indígenas no Brasil
Em Boa Vista, a capital do estado brasileiro de Roraima, mais concretamente fica a  sede de Hutukura, a organização indígena da qual é presidente e que foi criada pelos próprios yanomami para defender sua cultura. Depois de avisar que seu português ainda não é fluente mas o suficiente para nos comunicar, deixa uma mensagem com simplicidade porém com a profundidade  e clareza: “ Se o homem branco seguir assim e não mudar, não só vai destruir aos yanomami senão a todo o planeta”. Davi Kopenawa Yanomami é sem dúvida um dos líderes indígenas mais conhecidos e reconhecidos do mundo. Reportagem:  Boa Vista, 20 de novembro de 2007 Acaba de regressar ao Brasil com seu filho Dário de uma viagem pela Grã-Bretanha e Alemanha,  convidados pela organização de defesa dos povos indígenas  Survival Internacional.  Em Londres se reuniram com o Primeiro Ministro Gordon Brown  e falou ante a Câmara dos Comuns.
Davi Kopenawa "Eu nasci para lutar, para defender a meu povo", disse Kopenawa. Apesar de as terras ianomâmis já terem sido demarcadas e reconhecidas oficialmente no Brasil, este povo indígena continua tendo "muitos problemas", segundo Kopenawa. Para o líder ianomâmi, o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva "deve olhar mais" para os povos indígenas. Os ianomâmis enfrentam graves problemas de saúde, muitas vezes relacionados a doenças trazidas pelo homem branco, como a tuberculose. Este povo indígena é um dos que menos tiveram contato com outras civilizações dentre os existentes no Brasil e ocupa uma das maiores reservas do país, com cerca de 9,6 milhões de hectares. "Não somos políticos. Nossa política é não destruir a terra. Que nos deixem viver e proteger a natureza, que nos dá saúde e alegria", concluiu Kopenawa.  terça-feira, 2 de junho de 2009 Davi Kopenawa, líder Yanomami, é homenageado na Espanha  http://merciogomes.blogspot.com/search/label/Yanomami Da EFE, Espanha - Madri, 2 jun (EFE). O líder ianomâmi Davi Kopenawa recebeu hoje uma homenagem em Madri por sua defesa dos direitos de seu povo e de outras terras indígenas no Brasil, em um ato no qual declarou que nasceu "para lutar" e que continuará o fazendo. Chamado pela imprensa local de o "Dalai Lama da Amazônia", Kopenawa recebeu hoje uma menção honrosa do júri do Prêmio Bartolomé de las Casas, um prêmio convocado pela Casa América de Madri e pela Secretaria de Estado de Cooperação Internacional do Ministério de Assuntos Exteriores espanhol. Este prêmio reconhece o trabalho a favor do entendimento com os povos indígenas e da proteção de seus direitos e valores. Em entrevista coletiva em Casa América de Madri, o líder ianomâmi se mostrou "muito contente" e agradecido pelo prêmio. Kopenawa é tido como um dos principais responsáveis por ter salvado o povo ianomâmi de sua quase extinção ao liderar uma campanha junto com a ONG Survival  International e a Comissão Pró-Yanomami (CCPY) para conseguir a demarcação de suas terras, o que ocorreu em 1992. Na década de 80, as áreas dos ianomâmis, espalhadas entre os estados de Amazonas e Roraima e a Venezuela, sofreram com a presença de milhares de garimpeiros  em busca de ouro. Em apenas sete anos, 20% dos indígenas da tribo morreram.
Protesto feito pelos Yanomami ontem, em Boa Vista, diante da Funai Qua, 07 de Abril de 2010 22:29 Administrador  “ Se algo ruim acontecer, a culpa será do Governo Federal.”  Davi Kopenawa  Davi Kopenawa – Foto: Edinaldo Morais “ FORA, INVASORES!”  Indígenas protestam contra garimpeiros em frente à Funai  Os índios querem a retirada de garimpeiros e madeireiros em suas terras.  Índios Yanomami foram à sede regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), protestar contra invasores de suas terras.  Os indígenas cobraram, durante toda a manhã desta quarta-feira (07), uma posição mais enérgica por parte do Governo Federal. O protesto foi coordenado pela Hutukara Associação Ianomâmi e teve o apoio do Conselho Indígena de Roraima (CIR).
MANIFESTANTES CAMINHAM RUMO A FUNAI - RR
Faixas e cartazes traziam dizeres como  “Chega de invasão” e “FUNAI cumpra o seu papel!” e denunciavam a prática de garimpo e a extração ilegal de madeira, dentro da Terra Yanomami. “ Os índios querem ter paz em suas terras.  Os garimpeiros são hostis com as famílias e andam armados. Isso não é de hoje.  Há seis anos que estão causando terror para os nossos parentes”, denunciou Davi Kopenawa, presidente da Associação Hutukara.
Reportagem:  MENSAGEM DE DAVI KOPENAWA  Para as crianças, não tão crianças, os jovens de 10, 11, 12, 13,14 anos, que aprendam com os índios.  Esses jovens que estudam na escola, os que estudam para ser deputado, outros que estudam para ser presidente, médico,... outros que estudam para ser amigos da terra, amigos dos índios também.  Eu gostaria que aprendessem a nos respeitar, a floresta e tudo o que existe. Isso é bom para conhecer índio e branco, para ser amigo, não necessitamos ser inimigos todo o tempo. Hoje em dia nós índios necessitamos fazer amizade, não faz falta continuar usando o costume do pai, isso já é velho, pensamento novo é fazer amizade para conhecer o  índio, para ser amigo, ser amigo para lutar juntos para defender nosso país, para defender nosso lugar.  Porque tem muitos inimigos que são fortes, inimigos são os políticos que nos estão empurrando para um buraco. Então estou enviando esta mensagem para as moças, os moços, para todos, isso é importante, para amigo, eu não quero ser inimigo de ninguém.  Sou inimigo das doenças, dos políticos, sou realmente contra a mineração, o latifundiário, o pescador,  as grandes mineradoras, sou contra mesmo, não me gostam porque nunca vi na minha vida mineradora destruindo minha terra e não quero. Minha mensagem é que eles pensem e pressionem nosso governo brasileiro para que respeite o povo indígena, a floresta, a natureza,... o meio ambiente.  Esta é minha mensagem para o povo da cidade.
Terra Indígena  Raposa Serra do Sol.
Por isso iremos realizar uma  Manifestação na frente da  FUNAI no dia 07 de abril de 2010, Quarta-feira próxima ,inicio às 10:00 horas  da manhã e termino às 12:00 horas e necessitamos do apoio e divulgação de  todos para fortalecer  nossa luta contra os invasores da Terra Indígena Yanomami.  Caso queiram fazer uma faixa, cartazes podem fazer e trazer para a MANIFESTAÇÃO.  Agradece. DAVI KOPENAWA YANOMAMI - PRESIDENTE – HUTUKARA ASSOCIAÇÃO YANOMAMI - HAY CONVITE SOLICITAÇÃO DE APOIO AO POVO YANOMAMI E YE´KUANA MANIFESTAÇÃO NA FUNAI DIA 07 DE ABRIL DE 2010 QUARTA-FEIRA PRÓXIMA, 10:00 HORAS DA MANHÃ A Terra Indígena Yanomami demarcada em 1991 e homologada pelo Governo Federal em 1992,  continua até hoje invadida por fazendeiros na  região do Ajarani e  Repartimento  e por mais de  2.000  garimpeiros  em toda a Terra  Indígena, e as  autoridades  não fazem  nada  para retirar  os  invasores. Davi e  Dario Kopenawa - Yanomamis
A grilagem internacional feita em nome dos índios Foi o que aconteceu com a região do Pirara, a leste do estado de Roraima.  Hoje, a área compõe o sul da Guiana, mas foi parte do território brasileiro até o início do século XX.  A "Questão do Pirara" surgiu ainda no século XIX, quando a Inglaterra fomentou uma disputa fronteiriça com o Brasil, alegando que os índios que viviam na região  reclamavam a proteção inglesa.  O Brasil cedeu, e retirou do Pirara suas representações civis e o destacamento militar, reconhecendo provisoriamente a neutralidade do território indígena.  Em 1842, no entanto, a Inglaterra colocou marcos fronteiriços na região, usurpando terras brasileiras para sua colônia, a Guiana.  Finalmente, em 1904, o governo brasileiro aceitou o laudo arbitral da Itália, cujo parecer foi favorável à Inglaterra.  O resultado da "grilagem" praticada sob o pretexto da proteção aos índios foi a perda de 19.630 km² do território nacional. Hoje, algo semelhante vem acontecendo com a área da Raposa-Serra do Sol, em Roraima.  http://amazoniaimortaisguerreiros.blogspot.com/2008/10/em-nome-dos-ndios-ou-de-bolvar-brasil.html Para Nilder Costa, na Amazônia, os territórios não são conquistados no sentido militar clássico, mas pela neutralização de seu desenvolvimento socioeconômico e de  seu povoamento, para, em uma fase posterior, serem eventualmente  declarados como territórios sem "soberania efetiva".
Julgamento Raposa Serra do Sol.
Em 2005, sob pressão de Ongs indigenistas patrocinadas com dinheiro internacional, o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos,  assinou uma portaria autorizando e o presidente Lula decretou a retirada de toda a população não-índia desta região da extremidade norte de Roraima.  Terras indígenas  demarcadas(vermelho)  e a demarcar (amarelo). Instalada de fato a reserva, não há dúvidas que o processo passaria para a fase seguinte, que seria a obtenção da plena "autonomia" indígena sobre o território e sobre o sub-solo da reserva.  Do ponto de vista geopolítico e histórico, pressupõe-se que a enorme pressão "externa" para a criação da reserva indígena Raposa-Serra do Sol pode ser considerada uma espécie de continuação do caso Pirara, por conter os mesmos ingredientes e motivações.
Reportagens: Novo mapa elimina 'vazios' da Amazônia Brasília, 16/07/2010 http://www.pnud.org.br/meio_ambiente/reportagens/index.php?id01=3519&lay=mam http://nacaoyanomami.blogspot.com/ RODOLFO ALBIERO da Prima Pagina O mapa faz parte do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7), que foi criado com apoio do PNUD. A Base Cartográfica da Amazônia Legal passa a fazer parte do Sistema Cartográfico Nacional, supervisionado pelo IBGE. A Amazônia legal é formada pelos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.  A área total da região é de aproximadamente 5,2 milhões de km², de acordo com dados do Governo Federal.  Com imagens via satélite, Base Cartográfica da Amazônia Legal ajuda a combater incertezas geográficas em 1,8 milhão de km² na região O novo mapa da Amazônia Legal apresenta a inovação do uso da escala 1:100.000, em que cada centímetro do mapa equivale ao tamanho real de 1 Km.  Com isso, é possível pesquisar com mais precisão dados cartográficos da região, com detalhes nunca antes vistos sobre hidrografia, malha viária e divisão política.
REVELADA  A FARSA DAS NAÇÕES INDÍGENAS  Por Carlos Chagas Era para ter sido manchete de seis colunas na primeira página, com direito a editorial, entrevistas variadas e repercussão imediata no Congresso. Infelizmente, a matéria ganhou um pé-de-página no final do noticiário político, aliás, página 17.  Dirão uns estar o Congresso de recesso.  Outros, que a sucessão presidencial prende muito mais as atenções. Artigo do Jornalista CARLOS CHAGAS .  No portal www.claudiohumberto.com.br  (de 27 Jul 10). (Isto já era previsível) Área fronteiriça entre Brasil, Guiana e Venezuela
Trata-se da Reserva Indígena Raposaerra do Sol,  onde há alguns anos cidadãos brasileiros só entram com a aprovação de ONGs alienígenas,  região da qual foram  expulsos fazendeiros plantadores de arroz. A acusação não partiu de aventureiros,  de grileiros ou de garimpeiros interessados em explorar aquele território entregue aos índios,  46% do estado de Roraima.  Mesmo assim, louve-se a  “ Folha de S. Paulo”,  que em sua edição de domingo,  publicou pequena reportagem informando a existência de um relatório entregue pela ABIN à  presidência da República,  dando conta de que governos estrangeiros, ONGs e o Conselho Indígena estimula a criação de um “estado independente” em Roraima, com  autonomia política, administrativa e judiciária.  Ponte rio Tacutu – Fronteira Brasil – Guiana
Crianças Macuxi.
Deveu-se à Agência Brasileira de Inteligência, instituição respeitada até por haver desfeito os erros e abusos de seu antecessor, o SNI. A constatação é gravíssima, aqui e ali já denunciada especulativamente, mas agora inequívoca por sua origem.  O relatório encontra-se no Gabinete de Segurança Institucional, funcionando no palácio do Planalto e diretamente subordinado ao presidente da República.  Não pode ser descartado nem engavetado.  Pelo contrário, deveria ser distribuído aos  ministérios da Defesa,  Relações Exteriores,  Justiça  e ao Congresso,  para providências.  O rio Takutu em Lethem visto do lado guianês
Acima de tudo, porém, para conhecimento da opinião pública e das entidades da sociedade civil, como CNBB, OAB, ABI e congêneres. O que se pretendem em Roraima, com óbvia participação de governos estrangeiros e ONGs financiadas por multinacionais, é incrementar a escalada em curso: de reserva indígena passou-se a território autônomo, agora para estado independente e, logo, para nação soberana.  Melhor dizendo, nações, porque são várias as reservas indígenas espalhadas pela Amazônia,  quase sempre  na fronteira. Centro de Pacaraima - divisa com a Venezuela
 
Uma organização internacional qualquer poderá encarregar-se de reconhecê-las, no devido tempo,  como repúblicas soberanas.  Índios com  PHD na Holanda ou nos Estados Unidos  seriam “presidentes”, as diversas etnias formariam os “partidos políticos” e enviariam representantes parta o  “Legislativo”, a “Suprema Corte” e penduricalhos. O mais importante nessa farsa é que as “nações indígenas”, sem recursos, celebrariam convênios com as nações ricas e obsequiosas, encarregadas de prover o seu desenvolvimento através de contratos de concessão para exploração do subsolo  rico em minerais nobres, do nióbio ao urânio.  Sem esquecer a biodiversidade.  Vale do Surumu, que fica na entrada de Paracaima, está na terra demarcada.
Conseqüência natural seria que os “irmãos do Norte”  cuidassem também da defesa dessas nações,  contribuindo com suas forças  armadas. Até pouco, nem governos nem elites nacionais davam atenção aos poucos alertas divulgados, fosse por ignorância,  soberba ou más intenções.  A partir de agora,  não dá mais para empurrar a sujeira embaixo do tapete,  risco tão óbvio quando abominável.  Com a palavra o nosso presidente.
 
 
"É uma questão de soberania.  A desculpa para internacionalizar a Amazônia é dizer que não há controle.  http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2701200911.htm “
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Som:  Indian Attak – Interpretação: David  Arkenstone Canção Indigena – Voz feminina (autor desconhecido) FIM Formatação: José Carlos Suman Botucatu – SP - julho de 2010 [email_address]

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Roraima

  • 1. Roraima Urgente RORAIMA, no atual momento, apresenta um quadro com todos os ingredientes e recheio que a história já registrou... Nela se insere um “palco” com o mesmo roteiro, o mesmo cenário e na mesma região... Progressão manual ou automática
  • 2.  
  • 3.
  • 4. Indígenas Quando foi descoberta pelos portugueses (em meados do século XVIII), Roraima era habitada especialmente por indígenas. Os indígenas apresentavam-se em sua maior parte pertencentes ao troncos dos Caribes, essa é a base da maioria dos povos indígenas do estado (Macuxi, Taurepang, Ingarikó, Patamanona, Wai-wai e Waimiri-atroari). Pertencentes ao tronco linguístico Arawak existem os Wapixama. Os Ianomâmi, ou Yanomami, pertencem à família lingüística Yanomami, não classificada em tronco lingüístico. Roraima também reconhece a identidade mestiça. O Dia do Mestiço é data oficial no estado. (dados obtidos por meio de pesquisa de autodeclaração).
  • 5. As oito etnias que habitam terras de Roraima: Povo Ingarikó- Povo Macuxi- Povo Maiongong- Povo Taurepang- Povo Waimiri-Atroari- Povo Wai Wai- Povo Wapixana- Povo Yanoma mi
  • 6. Povos indígenas Os povos indígenas de Roraima estão divididos em oito grandes etnias, dentre as quais as dos grupos lingüísticos Caribe e Aruaque. Fugindo das perseguições dos espanhóis, holandeses, franceses e ingleses, que disputavam o antigo território do Rio Branco desde o início do século XVI, aqui chegaram acossados desde o litoral das ilhas caribenhas. Na época do descobrimento estes povos não habitavam este local, só vindo para cá cerca de 250 anos após o descobrimento, quando das incursões daqueles expedicionários em busca de novas terras. Etnias/Regiões
  • 7. Cultura wapixana – mulheres e crianças – conselho indígena - Roraima
  • 8. A História de Roraima As primeiras expedições portuguesas na região remontam ao início da década de 1660, em busca de drogas do sertão, metais e pedras preciosas, e de indígenas para o apresamento. Entre estas, destaca-se a do Capitão Francisco Ferreira e o padre carmelita Jerônimo Coelho, que penetrou o vale do rio Branco (1718).
  • 9. Seus propósitos eram aprisionar índios e recolher ovos de tartaruga para a produção de manteiga.
  • 10. A partir de 1725, missionários Carmelitas iniciaram a tarefa de conversão do indígena na região. Pelas demarcações previstas pelo Tratado de Madrid (1750) foi criada uma nova unidade administrativa na região. Com isso, pretendia-se implementar, na prática, a colonização do alto rio Negro, criando-se a infra-estrutura necessária ao encontro e aos trabalhos das comissões de demarcação portuguesa e espanhola, encontro esse que jamais ocorreu, tendo forças portuguesas ocupado nesse ínterim, provisoriamente, o curso do baixo rio Branco, efetuando plantações de mandioca e de outros víveres, para o aprovisionamento da Comissão.
  • 11. Povo Taurepang A criação da Capitania Real de São José do Rio Negro, pela Carta-régia de 3 de março de 1755, foi fruto da preocupação da Coroa portuguesa com as fronteiras do rio Negro e do rio Branco, a primeira ameaçada pelos espanhóis do Vice-reino do Peru, e a segunda pelas expedições de neerlandeses do Suriname, com fins de comércio e de apresamento de indígenas.
  • 12. Em 1755 foi criada a Capitania Real de São José do Rio Negro. Em 1770 ocorreu a revolta da praia de sangue. O nome deveu-se ao fato de tantos soldados e índios terem sidos mortos que tingiram as águas do rio Branco de sangue. Diante da cobiça internacional pela região do vale do rio Branco, em 1775 decidiu-se que seria construída uma fortaleza, o Forte de São Joaquim do Rio Branco (hoje desaparecido).
  • 13. Forte São Joaquim Fazenda São Marcos Terra indígena São Marcos - Igreja Comunidade do Milho Com o estabelecimento do Forte de São Joaquim do rio Branco a partir de 1775, diversos aldeamentos de indígenas convertidos foram estabelecidos para o seu serviço, entre os quais a povoação de Nossa Senhora do Carmo, fundada por religiosos Carmelitas. Em 1789/1799, o comandante Manuel da Gama Lobo D'Almada , para garantir a presença de civilizados na região, introduziu a criação de bovinos e eqüinos; na fazenda São Marcos. Esta ainda hoje existe, pertence aos índios e está localizada em frente ao local onde existia o Forte São Joaquim.
  • 14. Robert Schomburgk Rei Dom Vittorio Emanuele II Inglaterra ocupa o Pirara. 1835 – Robert Schomburgk, chefiando expedição da Inglaterra, chega ao Forte São Joaquim. A pretensão britânica a alguns rios formadores do rio Branco (afluente do rio Amazonas), conduziu à chamada Questão do Pirara . O governo inglês alega que o Pirara pertence a tribos independentes. A Inglaterra ocupa os espaços vazios e demarca novas fronteiras. Na disputa diplomática o Rei Dom Victório Emanuele, da Itália, arbitrou a entrega de 19.630 km2 do território brasileiro para a Inglaterra. Mapa com as áreas contestadas pelos ingleses. A escala está levemente desproporcional. Fronteira Brasil-Guiana
  • 15. Mapa da Grã Colômbia (1819) que inclui a região do Essequibo. A região em litígio foi repartida entre ambas as partes, garantindo à Guiana inglesa uma saída fluvial para o Amazonas, e perdendo o Brasil a região oriental do Pirara.
  • 16. Mapas venezuelanos mostram a Guiana Essequiba como Zona em litígio
  • 17. Durante o Brasil Império (1822-1889), esta foi elevada a vila e sede de freguesia com o nome de Boa Vista (1858). Com a proclamação da República (1889), a freguesia foi transformada no município de Boa Vista do Rio Branco (1890), integrante do Estado do Amazonas. Seu povoamento só começou no século XVIII, após o extermínio de grande número de indígenas.
  • 18. . A partir de 1943, foi criado o Território Federal do Rio Branco, cuja área foi desmembrada do Estado do Amazonas. Passou a chamar-se Território Federal de Roraima, "serra verde" na língua Ianomâmi, a partir de 13 de dezembro de 1962.
  • 19. Em 5 de outubro de 1988, com a promulgação da nova Constituição do País, o Território foi transformado em Estado da Federação. Se a colonização da região foi incentivada em fins do século XIX com o estabelecimento de Fazendas Nacionais, um século mais tarde os garimpos de ouro e diamantes atraíram levas migratórias de diversas regiões do país. Monumento do Garimpeiro – Boa vista - RR
  • 20. Roraima Artesanato macuxi. Esta imigração e exploração desordenadas ocasionaram muitos conflitos e mortes por doenças e assassinatos, sobretudo nas populações indígenas.
  • 21. Apoiados por políticos locais, os garimpeiros foram substituídos pela exploração agrícola em grande escala (agronegócio) em terras indígenas, gerando novos conflitos ao final do século XX e XXI. Monumento aos Pioneiros – Boa Vista - RR Em sua base tem uma placa fixada com os dizeres: "Iniciaram a construção de um sonho chamado Roraima"
  • 22. Atualmente, quase todas as reservas indígenas do estado encontram-se homologadas. Etnia Roraima - Macuxí.
  • 23. Mapa FUNAI Parques Indígenas
  • 24. A população indígena em Roraima soma aproximadamente 40 mil pessoas. A etnia mais numerosa, segundo dados do Instituto Socioambiental é a macuxi (16.500). Também estão presentes no Estado os índios wapichana (6.500), ingarikó (675), taurepang (532), patamona (50). E abaixo da linha do Equador, na área de Floresta Amazônica, vivem os wai wai (2.020, incluindo a população do Pará e Amazonas), Wamiri atroari (798, Roraima e Amazonas) e, no sentido Oeste, os Yanomami (11.700) e Yekuana (462). Um jovem índio yanomani - Brasil-1998
  • 25.  
  • 26. Um dos argumentos constantemente levantados na discussão sobre o desenvolvimento econômico de Roraima é que a "imobilização" de grandes áreas, principalmente através da demarcação de terras indígenas, representaria o principal empecilho ao desenvolvimento. Desenvolvimento econômico e meio ambiente no Estado de Roraima Por André Vasconcelos 19/04/2004 às 18:55
  • 27. Totootobi - Comunidade Yanomami. Efetivamente, 32 terras indígenas englobam 44% do Estado, sendo quatro áreas contínuas: Yanomami, São Marcos, Waimiri-Atroari e Raposa Serra do Sol. Várias outras áreas pequenas estão demarcadas em ilhas.
  • 28. Uma das fronteiras mais remotas de ocupação econômica da Amazônia, Roraima se desenvolveu em ritmo lento até a década de 70 - primeiro como parte do Amazonas, e depois como Território Federal de Roraima. A pecuária extensiva foi a principalmente atividade econômica de Roraima durante décadas. Indígenas Yanomamis
  • 29. O gado bovino foi, junto ao eqüino, a primeira criação da região Diferentemente do modelo adotado em outras regiões da Amazônia, a pecuária em Roraima afetou apenas marginalmente áreas de floresta, concentrando-se principalmente na exploração dos campos abertos naturais do lavrado, a savana amazônica local, que representa cerca de 1/4 do território.
  • 30. A maioria dos indígenas vive nas aldeias preservando costumes, crenças, tradições e organização social própria.
  • 31. Porém, mesmo não existindo um estudo específico, estima-se que mais de 10 mil índios ou descendentes vivem em Boa Vista, capital de Roraima, a maior parte em condições subumanas, inclusive no lixão da cidade.
  • 32. Em Raposa Serra do Sol vivem os macuxi, wapichana, ingarikó, patamona e taurepang, povos tradicionalmente seminômades, caçadores e horticultores. A principal fonte de alimentação destes povos é a mandioca, que serve para fazer farinha, beiju e o caxiri / pajuarú, bebidas tradicionais. Outro recurso importante para a segurança alimentar é criação de gado bovino.
  • 33. Jovens Macuxi em dias de festa.
  • 34. Indígenas - Povo Wai Wai
  • 35.  
  • 36. Na realidade, o verdadeiro impacto da expansão pecuária nos lavrados de Roraima não pode ser entendido sem o filtro histórico e cultural das relações entre os brancos colonizadores e os índios locais, habitantes originários dos lavrados. Nesta fase, poderíamos, portanto, supor que o impacto ambiental da atividade econômica tivesse permanecido relativamente modesto, pelo menos em termos comparativos com outras áreas da Amazônia onde a expansão da pecuária se fez a custo de milhões de hectares de floresta.
  • 37. Parques Terra indígena yanomami. Fica no extremo norte brasileiro entre Amazonas e Roraima.
  • 38. Raposa Serra do So l Policiais fazem a segurança no Vale do Surumu. A versão indígena: Terra de Índio A luta pelo reconhecimento mobiliza indígenas no Brasil
  • 39. Em Boa Vista, a capital do estado brasileiro de Roraima, mais concretamente fica a sede de Hutukura, a organização indígena da qual é presidente e que foi criada pelos próprios yanomami para defender sua cultura. Depois de avisar que seu português ainda não é fluente mas o suficiente para nos comunicar, deixa uma mensagem com simplicidade porém com a profundidade e clareza: “ Se o homem branco seguir assim e não mudar, não só vai destruir aos yanomami senão a todo o planeta”. Davi Kopenawa Yanomami é sem dúvida um dos líderes indígenas mais conhecidos e reconhecidos do mundo. Reportagem: Boa Vista, 20 de novembro de 2007 Acaba de regressar ao Brasil com seu filho Dário de uma viagem pela Grã-Bretanha e Alemanha, convidados pela organização de defesa dos povos indígenas Survival Internacional. Em Londres se reuniram com o Primeiro Ministro Gordon Brown e falou ante a Câmara dos Comuns.
  • 40. Davi Kopenawa "Eu nasci para lutar, para defender a meu povo", disse Kopenawa. Apesar de as terras ianomâmis já terem sido demarcadas e reconhecidas oficialmente no Brasil, este povo indígena continua tendo "muitos problemas", segundo Kopenawa. Para o líder ianomâmi, o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva "deve olhar mais" para os povos indígenas. Os ianomâmis enfrentam graves problemas de saúde, muitas vezes relacionados a doenças trazidas pelo homem branco, como a tuberculose. Este povo indígena é um dos que menos tiveram contato com outras civilizações dentre os existentes no Brasil e ocupa uma das maiores reservas do país, com cerca de 9,6 milhões de hectares. "Não somos políticos. Nossa política é não destruir a terra. Que nos deixem viver e proteger a natureza, que nos dá saúde e alegria", concluiu Kopenawa. terça-feira, 2 de junho de 2009 Davi Kopenawa, líder Yanomami, é homenageado na Espanha http://merciogomes.blogspot.com/search/label/Yanomami Da EFE, Espanha - Madri, 2 jun (EFE). O líder ianomâmi Davi Kopenawa recebeu hoje uma homenagem em Madri por sua defesa dos direitos de seu povo e de outras terras indígenas no Brasil, em um ato no qual declarou que nasceu "para lutar" e que continuará o fazendo. Chamado pela imprensa local de o "Dalai Lama da Amazônia", Kopenawa recebeu hoje uma menção honrosa do júri do Prêmio Bartolomé de las Casas, um prêmio convocado pela Casa América de Madri e pela Secretaria de Estado de Cooperação Internacional do Ministério de Assuntos Exteriores espanhol. Este prêmio reconhece o trabalho a favor do entendimento com os povos indígenas e da proteção de seus direitos e valores. Em entrevista coletiva em Casa América de Madri, o líder ianomâmi se mostrou "muito contente" e agradecido pelo prêmio. Kopenawa é tido como um dos principais responsáveis por ter salvado o povo ianomâmi de sua quase extinção ao liderar uma campanha junto com a ONG Survival International e a Comissão Pró-Yanomami (CCPY) para conseguir a demarcação de suas terras, o que ocorreu em 1992. Na década de 80, as áreas dos ianomâmis, espalhadas entre os estados de Amazonas e Roraima e a Venezuela, sofreram com a presença de milhares de garimpeiros em busca de ouro. Em apenas sete anos, 20% dos indígenas da tribo morreram.
  • 41. Protesto feito pelos Yanomami ontem, em Boa Vista, diante da Funai Qua, 07 de Abril de 2010 22:29 Administrador “ Se algo ruim acontecer, a culpa será do Governo Federal.” Davi Kopenawa Davi Kopenawa – Foto: Edinaldo Morais “ FORA, INVASORES!” Indígenas protestam contra garimpeiros em frente à Funai Os índios querem a retirada de garimpeiros e madeireiros em suas terras. Índios Yanomami foram à sede regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), protestar contra invasores de suas terras. Os indígenas cobraram, durante toda a manhã desta quarta-feira (07), uma posição mais enérgica por parte do Governo Federal. O protesto foi coordenado pela Hutukara Associação Ianomâmi e teve o apoio do Conselho Indígena de Roraima (CIR).
  • 43. Faixas e cartazes traziam dizeres como “Chega de invasão” e “FUNAI cumpra o seu papel!” e denunciavam a prática de garimpo e a extração ilegal de madeira, dentro da Terra Yanomami. “ Os índios querem ter paz em suas terras. Os garimpeiros são hostis com as famílias e andam armados. Isso não é de hoje. Há seis anos que estão causando terror para os nossos parentes”, denunciou Davi Kopenawa, presidente da Associação Hutukara.
  • 44. Reportagem: MENSAGEM DE DAVI KOPENAWA Para as crianças, não tão crianças, os jovens de 10, 11, 12, 13,14 anos, que aprendam com os índios. Esses jovens que estudam na escola, os que estudam para ser deputado, outros que estudam para ser presidente, médico,... outros que estudam para ser amigos da terra, amigos dos índios também. Eu gostaria que aprendessem a nos respeitar, a floresta e tudo o que existe. Isso é bom para conhecer índio e branco, para ser amigo, não necessitamos ser inimigos todo o tempo. Hoje em dia nós índios necessitamos fazer amizade, não faz falta continuar usando o costume do pai, isso já é velho, pensamento novo é fazer amizade para conhecer o índio, para ser amigo, ser amigo para lutar juntos para defender nosso país, para defender nosso lugar. Porque tem muitos inimigos que são fortes, inimigos são os políticos que nos estão empurrando para um buraco. Então estou enviando esta mensagem para as moças, os moços, para todos, isso é importante, para amigo, eu não quero ser inimigo de ninguém. Sou inimigo das doenças, dos políticos, sou realmente contra a mineração, o latifundiário, o pescador, as grandes mineradoras, sou contra mesmo, não me gostam porque nunca vi na minha vida mineradora destruindo minha terra e não quero. Minha mensagem é que eles pensem e pressionem nosso governo brasileiro para que respeite o povo indígena, a floresta, a natureza,... o meio ambiente. Esta é minha mensagem para o povo da cidade.
  • 45. Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
  • 46. Por isso iremos realizar uma  Manifestação na frente da FUNAI no dia 07 de abril de 2010, Quarta-feira próxima ,inicio às 10:00 horas da manhã e termino às 12:00 horas e necessitamos do apoio e divulgação de todos para fortalecer nossa luta contra os invasores da Terra Indígena Yanomami. Caso queiram fazer uma faixa, cartazes podem fazer e trazer para a MANIFESTAÇÃO. Agradece. DAVI KOPENAWA YANOMAMI - PRESIDENTE – HUTUKARA ASSOCIAÇÃO YANOMAMI - HAY CONVITE SOLICITAÇÃO DE APOIO AO POVO YANOMAMI E YE´KUANA MANIFESTAÇÃO NA FUNAI DIA 07 DE ABRIL DE 2010 QUARTA-FEIRA PRÓXIMA, 10:00 HORAS DA MANHÃ A Terra Indígena Yanomami demarcada em 1991 e homologada pelo Governo Federal em 1992, continua até hoje invadida por fazendeiros na região do Ajarani e Repartimento e por mais de 2.000 garimpeiros em toda a Terra Indígena, e as autoridades não fazem nada para retirar os invasores. Davi e Dario Kopenawa - Yanomamis
  • 47. A grilagem internacional feita em nome dos índios Foi o que aconteceu com a região do Pirara, a leste do estado de Roraima. Hoje, a área compõe o sul da Guiana, mas foi parte do território brasileiro até o início do século XX. A "Questão do Pirara" surgiu ainda no século XIX, quando a Inglaterra fomentou uma disputa fronteiriça com o Brasil, alegando que os índios que viviam na região reclamavam a proteção inglesa. O Brasil cedeu, e retirou do Pirara suas representações civis e o destacamento militar, reconhecendo provisoriamente a neutralidade do território indígena. Em 1842, no entanto, a Inglaterra colocou marcos fronteiriços na região, usurpando terras brasileiras para sua colônia, a Guiana. Finalmente, em 1904, o governo brasileiro aceitou o laudo arbitral da Itália, cujo parecer foi favorável à Inglaterra. O resultado da "grilagem" praticada sob o pretexto da proteção aos índios foi a perda de 19.630 km² do território nacional. Hoje, algo semelhante vem acontecendo com a área da Raposa-Serra do Sol, em Roraima. http://amazoniaimortaisguerreiros.blogspot.com/2008/10/em-nome-dos-ndios-ou-de-bolvar-brasil.html Para Nilder Costa, na Amazônia, os territórios não são conquistados no sentido militar clássico, mas pela neutralização de seu desenvolvimento socioeconômico e de seu povoamento, para, em uma fase posterior, serem eventualmente declarados como territórios sem "soberania efetiva".
  • 49. Em 2005, sob pressão de Ongs indigenistas patrocinadas com dinheiro internacional, o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, assinou uma portaria autorizando e o presidente Lula decretou a retirada de toda a população não-índia desta região da extremidade norte de Roraima. Terras indígenas demarcadas(vermelho) e a demarcar (amarelo). Instalada de fato a reserva, não há dúvidas que o processo passaria para a fase seguinte, que seria a obtenção da plena "autonomia" indígena sobre o território e sobre o sub-solo da reserva. Do ponto de vista geopolítico e histórico, pressupõe-se que a enorme pressão "externa" para a criação da reserva indígena Raposa-Serra do Sol pode ser considerada uma espécie de continuação do caso Pirara, por conter os mesmos ingredientes e motivações.
  • 50. Reportagens: Novo mapa elimina 'vazios' da Amazônia Brasília, 16/07/2010 http://www.pnud.org.br/meio_ambiente/reportagens/index.php?id01=3519&lay=mam http://nacaoyanomami.blogspot.com/ RODOLFO ALBIERO da Prima Pagina O mapa faz parte do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7), que foi criado com apoio do PNUD. A Base Cartográfica da Amazônia Legal passa a fazer parte do Sistema Cartográfico Nacional, supervisionado pelo IBGE. A Amazônia legal é formada pelos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. A área total da região é de aproximadamente 5,2 milhões de km², de acordo com dados do Governo Federal. Com imagens via satélite, Base Cartográfica da Amazônia Legal ajuda a combater incertezas geográficas em 1,8 milhão de km² na região O novo mapa da Amazônia Legal apresenta a inovação do uso da escala 1:100.000, em que cada centímetro do mapa equivale ao tamanho real de 1 Km. Com isso, é possível pesquisar com mais precisão dados cartográficos da região, com detalhes nunca antes vistos sobre hidrografia, malha viária e divisão política.
  • 51. REVELADA A FARSA DAS NAÇÕES INDÍGENAS Por Carlos Chagas Era para ter sido manchete de seis colunas na primeira página, com direito a editorial, entrevistas variadas e repercussão imediata no Congresso. Infelizmente, a matéria ganhou um pé-de-página no final do noticiário político, aliás, página 17. Dirão uns estar o Congresso de recesso. Outros, que a sucessão presidencial prende muito mais as atenções. Artigo do Jornalista CARLOS CHAGAS . No portal www.claudiohumberto.com.br (de 27 Jul 10). (Isto já era previsível) Área fronteiriça entre Brasil, Guiana e Venezuela
  • 52. Trata-se da Reserva Indígena Raposaerra do Sol, onde há alguns anos cidadãos brasileiros só entram com a aprovação de ONGs alienígenas, região da qual foram expulsos fazendeiros plantadores de arroz. A acusação não partiu de aventureiros, de grileiros ou de garimpeiros interessados em explorar aquele território entregue aos índios, 46% do estado de Roraima. Mesmo assim, louve-se a “ Folha de S. Paulo”, que em sua edição de domingo, publicou pequena reportagem informando a existência de um relatório entregue pela ABIN à presidência da República, dando conta de que governos estrangeiros, ONGs e o Conselho Indígena estimula a criação de um “estado independente” em Roraima, com autonomia política, administrativa e judiciária. Ponte rio Tacutu – Fronteira Brasil – Guiana
  • 54. Deveu-se à Agência Brasileira de Inteligência, instituição respeitada até por haver desfeito os erros e abusos de seu antecessor, o SNI. A constatação é gravíssima, aqui e ali já denunciada especulativamente, mas agora inequívoca por sua origem. O relatório encontra-se no Gabinete de Segurança Institucional, funcionando no palácio do Planalto e diretamente subordinado ao presidente da República. Não pode ser descartado nem engavetado. Pelo contrário, deveria ser distribuído aos ministérios da Defesa, Relações Exteriores, Justiça e ao Congresso, para providências. O rio Takutu em Lethem visto do lado guianês
  • 55. Acima de tudo, porém, para conhecimento da opinião pública e das entidades da sociedade civil, como CNBB, OAB, ABI e congêneres. O que se pretendem em Roraima, com óbvia participação de governos estrangeiros e ONGs financiadas por multinacionais, é incrementar a escalada em curso: de reserva indígena passou-se a território autônomo, agora para estado independente e, logo, para nação soberana. Melhor dizendo, nações, porque são várias as reservas indígenas espalhadas pela Amazônia, quase sempre na fronteira. Centro de Pacaraima - divisa com a Venezuela
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  • 57. Uma organização internacional qualquer poderá encarregar-se de reconhecê-las, no devido tempo, como repúblicas soberanas. Índios com PHD na Holanda ou nos Estados Unidos seriam “presidentes”, as diversas etnias formariam os “partidos políticos” e enviariam representantes parta o “Legislativo”, a “Suprema Corte” e penduricalhos. O mais importante nessa farsa é que as “nações indígenas”, sem recursos, celebrariam convênios com as nações ricas e obsequiosas, encarregadas de prover o seu desenvolvimento através de contratos de concessão para exploração do subsolo rico em minerais nobres, do nióbio ao urânio. Sem esquecer a biodiversidade. Vale do Surumu, que fica na entrada de Paracaima, está na terra demarcada.
  • 58. Conseqüência natural seria que os “irmãos do Norte” cuidassem também da defesa dessas nações, contribuindo com suas forças armadas. Até pouco, nem governos nem elites nacionais davam atenção aos poucos alertas divulgados, fosse por ignorância, soberba ou más intenções. A partir de agora, não dá mais para empurrar a sujeira embaixo do tapete, risco tão óbvio quando abominável. Com a palavra o nosso presidente.
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  • 61. "É uma questão de soberania. A desculpa para internacionalizar a Amazônia é dizer que não há controle. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2701200911.htm “
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  • 64. Som: Indian Attak – Interpretação: David Arkenstone Canção Indigena – Voz feminina (autor desconhecido) FIM Formatação: José Carlos Suman Botucatu – SP - julho de 2010 [email_address]