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FACULDADE ATENAS MARANHENSE - FAMA
         COORDENAÇÃO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
            CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS




             Luis Fernando de Sousa Moreira




A HISTÓRIA DA CONTABILIDADE COMO REFLEXÃO DE
   SUA EVOLUÇÃO ATÉ A CONTEMPORANEIDADE




                        São Luís
                         2011
Luis Fernando de Sousa Moreira




A HISTÓRIA DA CONTABILIDADE COMO REFLEXÃO DE
   SUA EVOLUÇÃO ATÉ A CONTEMPORANEIDADE




                      Trabalho apresentado a Disciplina TAC VI do Curso
                      de Ciências Contábeis, ministrado pela Faculdade
                      Atenas Maranhense – FAMA, como meio de
                      avaliação do aprendizado.

                      Orientadora: Profª. Esp. Zenir Pontes




                       São Luís
                        2011
Luis Fernando de Sousa Moreira




A História da Contabilidade       como     reflexão    de       sua   evolução   até   a
contemporaneidade.




                                    Trabalho apresentado a Disciplina TAC VI do Curso
                                    de Ciências Contábeis, ministrado pela Faculdade
                                    Atenas Maranhense – FAMA, como meio de
                                    avaliação do aprendizado.

                                    Orientadora: Profª. Zenir Esp. Pontes




Recebido em:   /   /




          _________________________________________________
                       Profª. Esp. Zenir Pontes (Orientadora)
SUMÁRIO




1       CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA...........................................................................                                4
1.1     Tema..............................................................................................................................   4
1.2     Problema.......................................................................................................................      4

1.3     Hipótese........................................................................................................................     4

1.4     Objetivos.......................................................................................................................     5

1.4.1        Objetivos Gerais......................................................................................................          5

1.4.2        Objetivos Específicos...............................................................................................            5

1.5     Justificativa...................................................................................................................     5

2       REFERENCIAL TÉORICO............................................................................................                      6

3       METODOLOGIA............................................................................................................              17

4       CONOGRAMA...............................................................................................................             18

        REFERÊNCIAS..............................................................................................................
        .                                                                                                                                    11
4



1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA




1.1 Tema: A História da Contabilidade como reflexão de sua evolução até a
contemporaneidade.


1.2 Problema:


          A    História   como   disciplina   que   busca   demonstrar   desde   o
aparecimento do homem de Toumai até os dias atuais o caminho percorrido na
sua evolução, jamais poderia deixar de tecer considerações sobre a
contabilidade, esta parte integrante da própria história-evolução humana. Sem a
presença da contabilidade, por certo, o homem não teria chegado ao estágio de
homo sapiens, permanecendo no estágio se simples homo habilis.
          Pode-se dizer que a história da Contabilidade é a mesma história do
homem e, por isso, necessário o seu entender. Por muito tempo as
universidades e faculdades renunciaram ao estudo da Contabilidade como
condição sine qua non para o mais correto aplicar da própria ciência contábil.
          Sem romantismo, mas com o intuito de trazer a baila as questões
merecedoras de investigações no que concerne à História da Contabilidade, é
que se faz de suma importância o mais correto conhecer sobre esta evolução,
focando-se como ponto essencial as correntes do personalismo, o controlismo,
reditualismo, aziendolismo e patrimonialismo, dentre outras. Mesmo que as
citadas correntes não extingam as demais, as apresentadas representam as
doutrinas que servem de ícone para a Ciência da Contabilidade, ou seja, delas,
via de regra, surgem as mais diferentes posições contábeis.


1.3 Hipótese


          Desde o homem primitivo que controlava o seu patrimônio através das
inscrições nas grutas até o homem moderno de hoje que utiliza computadores,
que começa a se preocupar com o meio ambiente e que controla o seu
patrimônio e o de gigantescas empresas formadas pelo grande liberalismo
econômico decorrente da globalização, verifica-se o uso de práticas contábeis.
5



Neste sentir, há de ser observado que as correntes históricas da Contabilidade
vão influenciar de forma direta na vida do homem como um todo.
          Se faz de cunho essencial entender que como afirma Francesco Villa
a Contabilidade é um complexo de cognições e de operações, não só como
meio de controlar não só as questões administrativas, mas sim todas as
questões que referenciam à situação holística do homem, posto como falou Sá
(1997), “o homem necessita da presença da Contabilidade para o exercício de
seu pelo exercício organizacional”.
          Neste sentido, a busca de melhor entendimento sobre a história da
Contabilidade tende a propiciar àquele que debruçar-se-á sobre os meandros
contábeis, alicerces mais coerentes com a excelência do exercício contábil.


1.4 Objetivos


1.4.1 Objetivo Gerais


          Demonstrar a importância da História da Contabilidade para o mais amplo
exercício da Ciência Contábil.


1.4.2 Objetivos Específicos


          - Identificar e conceituar os períodos históricos da Contabilidade.
          - Pontuar as vertentes da Ciência da Contabilidade;
          - Traçar paralelo entre a positividade científica e a Contabilidade.
          - Observar questões sobre a Contabilidade no Brasil.


1.5 Justificativa


          Com efeito, outra não pode ser a justificativa para a escolha do tema, que
não seja aquela que diz da necessidade do profissional de Contabilidade, mas não
só ele conhecer com mais precisão a história da Ciência Contábil, sem a qual, como
já dito no bojo do trabalho, não poderá o profissional ter as devidas posições
necessárias o mais correto desenvolver da Contabilidade.
6



           Não se pode pensar a Contabilidade apenas como uma ciência pautada
no bacharelismo dogmático, a Contabilidade vai muito mais além, ela é fruto da
necesssidade humana e como tal deve acompanhar o seu desevolver.
           Entender a história da Contabilidade é poder efetivar posições de cunho
reflexivos capazes de dar-lhe o progresso necessário, sem a presença da história da
Contabilidade tem-se apenas um emaralhado de números, os quais sem a sua base
não poderiam em si mesmo se sustentarem.


2 REFERENCIAL TEORICO


           Vale dizer que a história da Contabilidade sofre influências diretas da
cultura européia e, também, a norte-americana. Da Europa, por certo, guarda as
primeiras correntes científicas que marcam a Contabilidade e que dão bases
para   a   formação   da     corrente   patrimonialista,   amplamente   difundida   e
reconhecida no Brasil. Já da cultura norte-americana, tem-se nas grandes
corporações de empresas formadas nos Estados Unidos pelo capitalismo, o
favorecimento do desenvolvimento de técnicas contábeis que pudessem atender
aos anseios locais.
           A leitura de Marion (1998, p. 237) afirma que “os historiadores dizem
que a Contabilidade já existia há pelo menos quatro mil anos a.C., existindo
desde o início da civilização humana”. É neste sentido que se pode afirmar que
a noção de Contabilidade acompanha a própria noção de homem.
           O período conceituado como primitivo, é aquele momento em que
estão bem presentes as manifestações rudimentares do homem, ou seja, é a
Contabilidade se fazendo presente na pré-história. Nela, o homem não possuía
ainda a formalização de uma vontade contábil, entretanto, mesmo que
intuitivamente, aquele homem produzia suas contas em memória embrionário.
           O homem primitivo procurava memorizar a quantidade de suas
reservas de caça e colheita não precisando mais buscar na natureza aquela
quantidade que dispunha; dessa forma ao inventar o número de caça e colheita,
já estava praticando de maneira primitiva a Contabilidade.
           Segundo os estudos de Sá (1997, p. 20) o homem primitivo
demonstrava suas posições contábeis através de figuras, de onde era possível o
registro de suas riquezas.
7


                      As mais antigas manifestações do pensamento contábil são as contas
                      primitivas, ou seja, as que identificam os objetos (geralmente por figuras) e a
                      quantidade desses mesmos objetos (geralmente por riscos ou sulcos) como
                      meios patrimoniais.
                      [...]
                      Admite-se, pois, que há cerca 20.000 anos, o homem já registrava os fatos
                      da riqueza em contas, de forma primitiva. O homem primitivo buscava, assim,
                      memorizar aquilo que dispunha e que não precisava mais buscar na
                      natureza, porque armazenara.

              Como observado, eram feitas inscrições nas grutas, onde habitava o
homem primitivo, enfocando, desta forma, a riqueza patrimonial e dando, de mesma
forma, os primeiros passos para as escriturações contábeis que evoluiu no tempo,
passando pela escrita tabular até chegar a partida dobrada.
              Após a invenção da escrita o sistema de registro desenvolveu-se muito
mais, dando surgimento a uma nova realidade. Segundo informações de estudiosos,
a escrita contábil é que dá origem à escrita comum. Esta afirmativa se dá em razão
de que observou-se que mesmo antes do homem se valer da escrita e do calculo,
valeu-se da forma artística para registrar o que havia conseguido para seu uso.
Dando assim, os primeiros passos no que se diz de registro.
              Os registros contábeis são as mais puras e fáticas demonstrações da
própria evolução racional do homem, deles pode-se auferir uma série de posições
que juntas convergem para a afirmativa que “[...] foram os desenvolvimentos das
sociedades, apoiadas nos dos Estados, dos Poderes religiosos e de suas riquezas,
somados aos das artes de escrever e contar, que influíram, decisivamente, na
evolução dos registros contábeis” (SÁ, 1997, p. 23), o que tende a caracterizar o
aparecimento do período denominado de racional-mnemônico.
              Uma das questões mais asseveradas, quando se trata de entender a
origem histórica da Contabilidade, está assentada na posição positiva que diz ser a
Mesopotâmia e o Egito, os berços de toda a civilização ocidental, de forma que, tal
posicionar permite dizer que a Contabilidade (em seus primórdios) teve seus passos
iniciais naquelas civilizações.
              Ainda hoje, passados muitos e muitos anos, se tem moedas (significado
de valor) cunhadas com figuras que as descriminam com mais ou menos valor
financeiro.
              Assim, o pensar de Sá (1997, p. 24) segue um caminho, entende-se,
correto quando afirma:
                        Tais foram os aperfeiçoamentos burocráticos para a realização da escrita,
                        na Mesopotâmia, que esse local, sem nenhuma dúvida, pode ser
8


                       caracterizado como o do ponto alto da racionalidade mnemônica da
                       riqueza.

           Como observado, o autor deixa claro que a Contabilidade (sem utilizar
essa nomenclatura) já estava bastante presente naquela civilização, tanto assim que
em localidades como na Suméria e na Babilônia, foram encontrados registros
imprimidos em blocos de argila, onde estavam registrados custos, contas, controles
etc., evidentemente, que não se pode esperar encontrar tais registros com a
facilidade dos dias atuais, bastando para tanto, uma leitura mais aprumada daqueles
pequenos blocos para que seja possível entender a expressa operação contábil.
           Quando se fala de uma história da Contabilidade não há como se deixar
de levar em conta as posições já colecionadas acima, entretanto, a grande marca
contábil – e não poderia ser diferente – tem início com o aparecimento do papel, de
onde é possível a utilização daquele artefato (o papel) como meio expresso para a
utilização contábil.
           Neste sentido assevera-se que os egípcios e sua descoberta (o papiro)
são os maiores responsáveis – nesta época – pelo desenvolver da Contabilidade e
suas matrizes, visto que tudo era de sumo interesse para os registros daquela
civilização.
           Como está claro, a Contabilidade segue uma via de aperfeiçoamento a
cada momento, não é de estranhar que passados muitos anos a Ciência Contábil se
faz cada dia mais presente nas atividades contemporâneas, hoje, como na época do
papiro, a informática deu um novo ponto de apoio à Contabilidade. Assim, juntando-
se os aspectos mesopotâmios em junção à grande civilização romana, a
Contabilidade chega ao período lógico-racional com rumos e posições diferenciadas
das iniciais, entretanto, guardando a sua essência.
           Importante dizer que a racionalidade humana (expressamente) tem seus
primeiros frutos no pensamento filosófico grego, mas sabe-se que a essência
humana é a própria racionalidade. Assim, quando cita-se em período lógico-racional
se fala em um período onde a expressão lógica, inaugurada – expressamente – por
Aristóteles, está bem presente, não sendo, a partir de agora, admitida uma
Contabilidade que fuja às regras lógicas.
           É neste período que se dá o aparecimento do sistema de Partidas
Dobradas, ou seja, trata-se de uma expressão equacional onde todo débito
9



corresponde a um crédito e vice-versa, o que pode ser equiparado ao registro de um
fato, assim, cada fato deve ser registrado em suas causas e seus efeitos.
           Segundo      os    estudos      de    Rodrigues       (1995,     p.    14)    não     há,
especificadamente, um autor de tal sistema, todavia, acredita-se que seu aparecer
date 1250 a 1280 na Toscana (Itália).
           O surgimento do método de Partidas Dobradas, exige a implementação
de registros específicos e em locais especiais, se dando assim o surgimento dos
livros Diário e Razão. É o que se deflui da explicação de Sá (1997, p. 37):
                        Como elemento essencial do processo das partidas dobradas, passou-se a
                        exigir, também, um livro Mestre, com cada folha dedicada a uma conta
                        específica, competente para registrar os débitos e os créditos de cada
                        conta, o denominado, posteriormente de Razão [...]. Outro livro que recebia
                        todos os registros acontecidos, à medida que fossem ocorrendo, dia-a-dia,
                        seria o Diário.

           É sabido que a ciência é aquele conhecimento que se prende na
aplicabilidade de suas provas e testes, em que a utilização de um método correto é
passo para a explicação de determinado problema. Neste sentido, o período
denominado de pré-científico busca distinguir as informações contábeis em suas
informações e conceitos, os quais devem, de agora em diante, ser objeto de
constantes reflexões.
           Segundo a posição de Sá (1997, p. 45, grifo do autor),
                        o período [...] pré-científico só ocorre, ostensivamente, a partir da obra de
                        Ângelo Pietra (sic), cuja primeira edição é de 1586. Admito, também, que,
                        de forma empírica, como ocorreu em muitos outros ramos do saber, a
                        explicação e a interpretação dos fenômenos da riqueza das aziendas tenha
                        sido objeto de preocupações e análises, mas faltou métodos que
                        autorizasse a criação de um corpo de doutrina, ou seja, faltou teorização
                        que chegasse até nossos dias como prova de tais esforços.

           O referido período tem seu nascer no século XVI evoluindo até o século
XIX, sendo datado desta época a famosa escola do Contismo. Tal escola debruçou-
se sobre os estudos com a finalidade de observar e compreender o principal
instrumento contábil, ou seja, a conta.
           A Contabilidade tem verdades universais e atende a requisitos que
comprovam um conhecimento que deve ser considerado como ciência. Ela possui
um objeto específico, permite previsões, acolhe correntes doutrinárias, presta
utilidade entre outras características.
10



          Neste período da história da Contabilidade, conquistou-se o raciocínio de
que a conta é apenas a informação daquilo que se vai observar, e não o próprio
objeto de estudo da ciência.
          De certo que, com a evolução do pensamento contábil através dos
raciocínios organizados surgem as teorias. Estas, como já amplamente afirmado,
formam a escola científica, e as escolas se somam e formam as correntes.
          Entre as principais correntes deste período destacam-se as seguintes:
          a) Materialismo Substancial;
          b) Personalismo;
          c) Controlismo;
          d) Reditualismo;
          e) Aziendalismo; e
          f) Patrimonialismo.
          De todas essas, a que mais se implantou no Brasil foi o Patrimonialismo,
hoje reconhecida oficialmente, em sua base de considerar a Contabilidade como a
ciência do patrimônio, pela lei e pelas Resoluções do Conselho Federal de
Contabilidade.
          Do exposto, é possível, auferir que a Contabilidade é uma ciência, no
entanto, querer afirmar que se trata de uma ciência social é algo bastante polêmico
mas também , há de dizer-que a Contabilidade não se reserva, apenas, às questões
administrativas-numericas, posto que ela sofre influência de todos os aspéctos que
exsurgem no mundo da realidade humana.


          No campo científico, verificou-se a anulação das correntes controlistas,
personalistas, reditualistas; e o fortalecimento do aziendalismo e posteriormente do
patrimonialismo que ganhou campo em todo o mundo.
          A Contabilidade libertou-se do excessivo envolvimento com o Direito e
com a Economia despertando para uma autonomia científica.
          Na atualidade muitos se preocupam em defender a corrente científica que
nasceu na Europa no período denominado de científico, outros atacam esse período
chamando de romântico, como é o caso de Iudícibus, que defende as ideias norte-
americanas desenvolvidas principalmente no início deste século.
          Conforme afirma Sá (1997, p. 212), verifica-se seu extremo envolvimento
com a corrente científica europeia: “A corrente científica inspira-se na lógica, na
11



filosofia da ciência, na busca pela verdade competente para ter universalidade de
entendimento e verificação”.
          Já Iudícibus (1995, p. 49) descreve da seguinte forma:
                      No fim do período a que chamei de romântico ou em seus limites, surgem
                      os vultos, entre outros, de Fábio Besta. Giuseppe Cerboni [...]. Seus
                      trabalhos tiveram grande repercussão na época e provocaram grandes
                      discussões entre os adeptos de uma ou outra corrente, com uma paixão
                      somente comparável às discussões clubisticas.

          No tocante às ideias contábeis norte-americanas, Iudícibus (1995, p. 46)
descreve: "A evolução da Contabilidade nos Estados Unidos apoia-se, portanto, em
um sólido embasamento [...]."
          Os últimos 50 anos do século XX foram determinantes para a evolução do
conhecimento contábil, nesse período inúmeros foram as pesquisas feitas no
Oriente e no Ocidente.
          A facilidade da comunicação, os estudos realizados em várias partes do
mundo difundidos com maior facilidade, e a troca de ideias apoiadas em livros e
artigos proporcionaram um grande progresso científico.
          Além do progresso das pesquisas científicas e conseqüente valorização
do ensino universitário, o século XX foi marcado por inúmeros fatores que
influenciaram e influenciam, ainda hoje, a evolução da história da Contabilidade.
Entre eles pode-se mencionar:
          a) As ideias norte-americanas;
          b) A globalização e o movimento normativo;
          c) O novo perfil do profissional contábil diante da globalização;
          d) O advento da informática e telemática;
          e) O Neopatrimonialismo;
          f)   A visão social no estudo contábil.
         Assim, claro está que as posições contábeis assumidas pelas doutrinas
expostas, todas, deram suas contribuições nos sentido de ter-se a atual
Contabilidade, a qual é devidamente reconhecida como uma das ciências que mais
se aperfeiçoa ao longo dos anos.
          A profissão contábil é muito antiga no Brasil data de quando ainda se
tratava de uma colônia de Portugal.
          Conforme afirma Rodrigues (2005, p. 19):
                      [...] na época em que o Brasil ainda era colónia de Portugal, em 23 de junho
                      de 1551, foi nomeado o primeiro contador. Naquela data, Brás Cubas
12


                      fundador da cidade de Santos, São Paulo, foi nomeado, [...] para o cargo de
                      Provedor da fazenda Real e Contador das Rendas e Direitos da Capitania.

           A formação profissional do contador tem sua origem em 1754 com a
proposta de criação de uma Aula de Comércio que viria a corresponder a academia,
e mais tarde a Faculdade ou Escola Superior.
           A carta de Lei de 30 de agosto de 1770 estabelece a primeira
regulamentação da profissão contábil, ao dispor sobre privilégios dos diplomados da
Aula de Comércio, estabelecendo a matrícula dos guarda-livros na Junta de
Comércio de Lisboa.
           Durante muito tempo a profissão contábil, no Brasil, recebeu a
denominação de escriturário e guarda-livros.
           Verifica-se que no século XX, a expressão escriturário perdeu totalmente
a conotação com a profissão contábil, expressando apenas o funcionário
administrativo.
           Em 27 de maio de 1946 o Decreto-lei n.° 9.295 criou o Conselho Federal
de Contabilidade e definiu as atividades pertinentes a profissão contábil.
           No V Congresso Brasileiro de Contabilidade, em 1950, foi aprovado o
primeiro Código de Ética Profissional do Contabilista.
           Além desse, outro fato que direcionou os rumos do exercício profissional
do contador que é hoje atribuição legal do Conselho Federal de Contabilidade, foi o
Código de Ética atual, o qual fixou os deveres, direitos, valores de serviços,
penalidades por infrações etc.
           Segundo dados dos Conselhos Regionais de Contabilidade, há
atualmente no Brasil, existem mais de 120.000 (cento e vinte mil) contadores
registrados. E, como em toda profissão há os que mais se destacam no mercado.
           Com o passar do tempo, formaram-se várias as especialidades existentes
dentro do mundo contábil, proporcionando ao profissional uma maior qualificação, e
entre elas pode-se destacar: a contabilidade de custos, a contabilidade gerencial e
financeira, a contabilidade pública, a perícia contábil, a auditoria entre outras.
           Apesar do campo de auditoria está crescendo bastante, o Brasil ainda
apresenta um pequeno número de auditores em comparação com outros países, o
que favorece as ondas de corrupção.
           De acordo com pesquisa apresentada por Marion (1998, p. 50) verifica-se
a situação dos auditores no país: “[...] existe aqui um auditor independente para
13



cada grupo de 25.000 habitantes. Na Holanda, há um auditor independente para
cada 900 habitantes; nos Estados Unidos, um para cada 2.300[...]”.
          Com os avanços tecnológicos surgem novas perspectivas profissionais,
como por exemplo, a de Investigador Contábil, a Contabilidade Ecológica, a
Auditoria Ambiental, a Contabilidade Prospectiva etc.
           Na atualidade do Brasil, o profissional contábil não tem um grande
reconhecimento por parte da sociedade. Isto pode ser ratificado com a afirmativa de
Marion (1998, p. 52) ao dizer que:
                      [...] precisamos entender que a imagem dessa profissão no Brasil ou em
                      países subdesenvolvidos (ou em desenvolvimento) está muito aquém que
                      nos países desenvolvidos. A certificação do contador na Inglaterra é dada
                      pela rainha. Nos Estados Unidos, se você perguntar qual a vocação que
                      alguém quer para seu filho, aparecem as profissões de médico, advogado e
                      contador [...]

           Conforme     pode-se      verificar   nos   países     desenvolvidos      há    um
reconhecimento da sociedade em geral e até das altas autoridades com relação a
pessoa do contador, o que permite a abertura de caminhos para que outras pessoas
queiram seguir essa profissão.
          No Brasil, os grandes escândalos envolvendo quebras de instituições
financeiras, fraudes, desfalques e outros fatos que evidenciam erros contábeis têm
posto em dúvida a qualidade e utilidade das informações contábeis e do
desempenho profissional e ético do contador. Toda essa situação acaba gerando
um desânimo nos estudantes, e desfavorecendo que outras pessoas desejem seguir
a profissão.
          Cabe ao profissional de contabilidade reverter essa situação, buscando
demonstrar a sociedade o seu real papel adotando um perfil que faça com que o
mesmo procure ser mais valorizado não só no mercado local, mas no mercado
global formado pela quebra das fronteiras.
          Na afirmativa de Marion (1998, p. 55), assim como em todo o mundo, o
contador, no Brasil, deve:
                      a) buscar maior qualificação profissional: isto quer dizer reciclar seus
                      conhecimentos, falar mais de um idioma, acompanhar o desenvolvimento
                      tecnológico;
                      b) saber lidar com pressões e frustrações;
                      c) ter dinamismo no desempenho de novas tarefas: saber tomar decisões
                      rápidas;
                      d) dar atenção especial ao cliente: é necessário saber ouvir o cliente,
                      entender seus anseios.
14



          Como observado, os teóricos da Contabilidade observam a muito a
necessidade de novas posturas dos profissionais desta área, como forma de
possibilitar a verdadeira valorização de tal profisão tão necessária ao desenvolver do
homem e da nação.
          Também, vale dizer que a compreensão dos problemas e da evolução da
educação contábil, no Brasil, depende de dois fatores básicos: as características do
país e da Profissão Contábil. Deve-se considerar que o Brasil é um país com
aproximadamente 8,6 milhões de quilómetros quadrados apresentando variadas
paisagens naturais e humanas, com grandes disparidades que chegam a atingir
também o campo educacional inclusive a nível superior.
          Assim,    algumas    universidades    apresentam   patamares    qualitativos
comparados com aquelas do mundo desenvolvido, e outras que se destacam pela
insuficiência de recursos materiais e financeiros.
          O segundo fator a ser considerado é a organização da profissão contábil
e do seu exercício. A profissão é regulamentada por lei específica, que estabelece
deveres e prerrogativas, códigos de ética e sanções, bem como os órgãos de
controle - os Conselhos Profissionais -, nos quais todo profissional deve estar,
obrigatoriamente, inscrito, a fim de que possa exercer a profissão.
          O sistema de registro, fiscalização e desenvolvimento profissional, na
área contábil do Brasil, é integrado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC),
sediado em Brasília e Conselhos Regionais, um por Estado.
          O universo dos profissionais compreende contadores, com curso superior
e técnicos em contabilidade de nível médio. Aos contadores são reservadas as
funções de auditoria, perícia, avaliações de acervos, análise econômico-financeira e
outras, além, evidentemente, do magistério superior.
           Falar da história da contabilidade, é falar das situações contábeis a nível
de Brasil, a qual sofre diretamente influência de suas escolas: a Escola Europeia e a
Escola Norte-Americana.
           A Escola Europeia tem o objetivo de estabelecer um corpo de doutrina
científica e parte da certeza de que o registro é apenas a memória de um fato e que
esse fato precisa ser estudado em sua essência. Os esforços dos doutrinadores
ocorreram na Itália, na França, em Portugal e na Alemanha; no Brasil entre os
15



principais seguidores dessa escola pode-se destacar: Francisco D'Auria, Frederico
Herrmann Jr., Hilário Franco e António Lopes de Sá.
           A corrente que mais se solidificou, no Brasil, foi o Patrimonialismo,
reconhecida oficialmente pelas Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade.
           Francisco D'Auria foi dos mais ilustres escritores da ciência contábil que o
Brasil já possuiu, seu primeiro livro foi editado em 1916 e tinha o título "A letra de
câmbio na Contabilidade", sua obra "Cinquenta anos de Contabilidade" descreve a
qualidade de uma vida dedicada à ciência e à cultura.
           Admite a Contabilidade como a ciência do património; classifica os
estudos contábeis em Contabilidade Geral e Aplicada. Em 1924 ainda era
controlista, mas a partir de 1928 tornou-se patrimonialista.
           Com a evolução do ensino contábil na década de 40, surge Herrmann Jr.
que produziu muitas obras de valor, entre as quais se destaca "Contabilidade
Superior" (cuja primeira edição é de 1936), editado em uma editora fundada por ele
mesmo: a Atlas de São Paulo (Apud SÁ, 1997, p. 375).
           A Atlas tornou-se a principal base de editoração de obras contábeis, nela
outros famosos autores publicaram suas obras.
           Define Herrmann (apud SÁ, 1997, p. 378) a Contabilidade da seguinte

maneira:   “Contabilidade   é a ciência que estuda o património à disposição das
aziendas, em seus aspectos estáticos e em suas variações, para enunciar, por meio
de fórmulas racionalmente deduzidas, os efeitos da administração sobre a formação
e a distribuição dos réditos”.
           Herrmann Jr. foi citado por Masi em suas obras, como também por
D'Auria; faleceu ainda muito jovem na década de 40.
           Hilário Franco se destacou no V Congresso Brasileiro de Contabilidade,
no qual apresentou um trabalho intitulado "Fundamento científico da Contabilidade"
que foi considerado o melhor trabalho sob o ângulo da doutrina patrimonialista.
Sobre esse trabalho, tem-se o comentário de Sá (1997, p. 328):
                      Depois de uma erudita introdução sobre o que é ciência, sobre o que a
                      Contabilidade diante dela significava e o que a escrituração contábil
                      representava, apenas como forma, o mestre paulista destaca o objeto da
                      Contabilidade e o faz de forma positiva, sem deixar dúvidas de suas
                      convicção patrimonialista.

           Dentre suas muitas obras publicadas se destaca, Hilário Franco, 50 anos
de Contabilidade publicada em 1993 que prova sua fidelidade ao intelectual
16



Francisco D'Auria que também deixou seu depoimento gravado para a história em
seus 50 anos de Contabilidade.
           Sá é dos mestres da Contabilidade brasileira mais conhecidos não só a
nível local como internacional. Entre suas obras destacam-se: Curso de Auditoria,
Perícia Contábil, Dicionário de Contabilidade, Teoria Geral da Contabilidade e
História Geral e das Doutrinas da Contabilidade; nesta última, a história da escrita e
da ciência contábil são narradas pela primeira vez no Brasil.
           Não se pode deixar de mencionar que a mais recente escola do
pensamento contábil que é a Escola Neopatrimonialista, fruto de estudos e reflexões
de Sá e outros teóricos da Ciência da Contabilidade.
           A escola Norte-Americana também conhecida como Escola Pragmática,
atende aos aspectos práticos das questões econômico-administrativas sem se
preocupar com as construções teóricas gerais.
          A Contabilidade é assim definida pelo American Accounting Associations:
"A Contabilidade é a arte de registrar, classificar e sumariar de maneira significativa
e em termos monetários transações e acontecimentos de caráter financeiro e de
interpretar os seus resultados."
          No Brasil adotam essa corrente: José Carlos Marion, Eliseu Martins,
Sérgio de ludícibus entre outros.
          Marion bastante conhecido no Brasil, é muito admirado principalmente
pelos estudantes. Entre suas obras destacam-se: Contabilidade Empresarial,
Contabilidade Básica e Manual de Contabilidade para não contadores (no qual é co-
autor). Esse respeitável contador é também grande pesquisador na área de
Metodologia do Ensino da Contabilidade, e sobre isso afirma:
                     Assim, é desejável que cada professor tenha algo relevante para gozar de
                     respeito e poder estimular seus alunos. Sucesso profissional, título,
                     produção cientifica etc., são alguns exemplos. Em segundo lugar, a
                     exaltação permanente da profissão é indispensável para estimular os alunos
                     (MARION, 2000, p. 04).

           Eliseu Martins é professor de Contabilidade, entre suas obras destacam-
se Contabilidade de Custos, Análise da correção monetária das demonstrações
financeiras e Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações (no qual é co-
autor).
           ludícibus é grande crítico da escola europeia, afirmando que estes
produziram trabalhos excessivamente teóricos e repetitivos e sem aplicações
17



práticas. Entre suas obras pode-se citar: Análise de Balanços, Contabilidade
Gerencial, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações (na qual é o diretor
responsável) etc.
          Assim, é possível afirmar que a Contabilidade como uma ciência que está
ligada à própria história do homem e que está voltada para a sociedade, sofre todas
as modificações ocorridas na área política e econômica, não só da abrangência
regional ou nacional, mas também, a abrangência mundial..
          Com o passar do tempo, a Contabilidade sempre buscou se adequar a
realidade brasileira e com isso ocorreram grandes evoluções referentes a tal ciência.
Não se pode deixar de mencionar as principais entidades e as legislações que
influenciaram e ainda influenciam os caminhos percorridos pela Contabilidade no
Brasil; e entre elas destacam-se: O Banco Central do Brasil (BACEN) a Comissão
de Valores Mobiliários (CVM), a Lei n.° 6.404/76 (Lei das S. A.), o Conselho Federal
de Contabilidade (CFC) e os Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC’s), a Lei
n.° 4.320/64, o Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON) e o Regulamento do
Imposto de Renda.
          Tudo isto faz com que a pesquisa se torne imprescindível para o melhor
entender da Ciência da Contabilidade.


3 METODOLOGIA


          Será realizada uma pesquisa bibliográfica, documental que venha a
propiciar o enriquecer do tema referenciado.
          Buscar-se-á na literatura mais abalizada os posicionamentos que se
tornam capazes de efetivar um melhor entendimento sobre a proposta apresentada,
ou seja, a questão histórica da contabilidade, de forma a propiciar um melhor
entender da atual conjuntura que passa a contabilidade como ciência.
          Serão efetivados fichamentos sobre o assunto e, de igual forma, coletar-
se-á artigos de revistas e periódicos especializados na matéria – em vias diferentes
– que tornem possível o exercício da reflexão sobre o assunto.
18


   4 CRONOGRAMA




      ATIVIDADES             Maio   Jun   Jul   Ago   Set   Out   Nov   Dez

Levantamento bibliográfico
e fichamento
Elaboração do Anteprojeto

Tabulação e análise dos
textos
Redação do trabalho

Entrega do Trabalho
Monográfico
Defesa
19

                                  REFERÊNCIAS




MARION, José Carlos. Discussão sobre metodologia de ensino aplicáveis à
Contabilidade. Jornal do Conselho Regional de Contabilidade de Minas
Gerais, maio/junho, 1998.


____________. Preparando-se para a profissão do futuro. Rio de Janeiro:
Pensar Contábil. CRC-RJ. vol. 1. n.° 2 nov/2000.


MENDES,     José      Martins.   Um   ideia   Milenar.   Revista   Brasileira   de
Contabilidade. N° 106, jul/ago 1997.


MONTEIRO, Martin Noel. Pequena história da contabilidade. Lisboa: Apotec,
1979.


RODRIGUES, Alberto Almada. A História da Profissão Contábil e das
Instituições de Ensino, Profissionais e Culturais da Ciência Contábil no Brasil.
Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. n.°
43. Porto Alegre: set/dez 1995.


SÁ, Antonio Lopes de. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade. São
Paulo: Atlas, 1997.

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A história da contabilidade desde os primórdios

  • 1. FACULDADE ATENAS MARANHENSE - FAMA COORDENAÇÃO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Luis Fernando de Sousa Moreira A HISTÓRIA DA CONTABILIDADE COMO REFLEXÃO DE SUA EVOLUÇÃO ATÉ A CONTEMPORANEIDADE São Luís 2011
  • 2. Luis Fernando de Sousa Moreira A HISTÓRIA DA CONTABILIDADE COMO REFLEXÃO DE SUA EVOLUÇÃO ATÉ A CONTEMPORANEIDADE Trabalho apresentado a Disciplina TAC VI do Curso de Ciências Contábeis, ministrado pela Faculdade Atenas Maranhense – FAMA, como meio de avaliação do aprendizado. Orientadora: Profª. Esp. Zenir Pontes São Luís 2011
  • 3.
  • 4. Luis Fernando de Sousa Moreira A História da Contabilidade como reflexão de sua evolução até a contemporaneidade. Trabalho apresentado a Disciplina TAC VI do Curso de Ciências Contábeis, ministrado pela Faculdade Atenas Maranhense – FAMA, como meio de avaliação do aprendizado. Orientadora: Profª. Zenir Esp. Pontes Recebido em: / / _________________________________________________ Profª. Esp. Zenir Pontes (Orientadora)
  • 5. SUMÁRIO 1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA........................................................................... 4 1.1 Tema.............................................................................................................................. 4 1.2 Problema....................................................................................................................... 4 1.3 Hipótese........................................................................................................................ 4 1.4 Objetivos....................................................................................................................... 5 1.4.1 Objetivos Gerais...................................................................................................... 5 1.4.2 Objetivos Específicos............................................................................................... 5 1.5 Justificativa................................................................................................................... 5 2 REFERENCIAL TÉORICO............................................................................................ 6 3 METODOLOGIA............................................................................................................ 17 4 CONOGRAMA............................................................................................................... 18 REFERÊNCIAS.............................................................................................................. . 11
  • 6. 4 1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 1.1 Tema: A História da Contabilidade como reflexão de sua evolução até a contemporaneidade. 1.2 Problema: A História como disciplina que busca demonstrar desde o aparecimento do homem de Toumai até os dias atuais o caminho percorrido na sua evolução, jamais poderia deixar de tecer considerações sobre a contabilidade, esta parte integrante da própria história-evolução humana. Sem a presença da contabilidade, por certo, o homem não teria chegado ao estágio de homo sapiens, permanecendo no estágio se simples homo habilis. Pode-se dizer que a história da Contabilidade é a mesma história do homem e, por isso, necessário o seu entender. Por muito tempo as universidades e faculdades renunciaram ao estudo da Contabilidade como condição sine qua non para o mais correto aplicar da própria ciência contábil. Sem romantismo, mas com o intuito de trazer a baila as questões merecedoras de investigações no que concerne à História da Contabilidade, é que se faz de suma importância o mais correto conhecer sobre esta evolução, focando-se como ponto essencial as correntes do personalismo, o controlismo, reditualismo, aziendolismo e patrimonialismo, dentre outras. Mesmo que as citadas correntes não extingam as demais, as apresentadas representam as doutrinas que servem de ícone para a Ciência da Contabilidade, ou seja, delas, via de regra, surgem as mais diferentes posições contábeis. 1.3 Hipótese Desde o homem primitivo que controlava o seu patrimônio através das inscrições nas grutas até o homem moderno de hoje que utiliza computadores, que começa a se preocupar com o meio ambiente e que controla o seu patrimônio e o de gigantescas empresas formadas pelo grande liberalismo econômico decorrente da globalização, verifica-se o uso de práticas contábeis.
  • 7. 5 Neste sentir, há de ser observado que as correntes históricas da Contabilidade vão influenciar de forma direta na vida do homem como um todo. Se faz de cunho essencial entender que como afirma Francesco Villa a Contabilidade é um complexo de cognições e de operações, não só como meio de controlar não só as questões administrativas, mas sim todas as questões que referenciam à situação holística do homem, posto como falou Sá (1997), “o homem necessita da presença da Contabilidade para o exercício de seu pelo exercício organizacional”. Neste sentido, a busca de melhor entendimento sobre a história da Contabilidade tende a propiciar àquele que debruçar-se-á sobre os meandros contábeis, alicerces mais coerentes com a excelência do exercício contábil. 1.4 Objetivos 1.4.1 Objetivo Gerais Demonstrar a importância da História da Contabilidade para o mais amplo exercício da Ciência Contábil. 1.4.2 Objetivos Específicos - Identificar e conceituar os períodos históricos da Contabilidade. - Pontuar as vertentes da Ciência da Contabilidade; - Traçar paralelo entre a positividade científica e a Contabilidade. - Observar questões sobre a Contabilidade no Brasil. 1.5 Justificativa Com efeito, outra não pode ser a justificativa para a escolha do tema, que não seja aquela que diz da necessidade do profissional de Contabilidade, mas não só ele conhecer com mais precisão a história da Ciência Contábil, sem a qual, como já dito no bojo do trabalho, não poderá o profissional ter as devidas posições necessárias o mais correto desenvolver da Contabilidade.
  • 8. 6 Não se pode pensar a Contabilidade apenas como uma ciência pautada no bacharelismo dogmático, a Contabilidade vai muito mais além, ela é fruto da necesssidade humana e como tal deve acompanhar o seu desevolver. Entender a história da Contabilidade é poder efetivar posições de cunho reflexivos capazes de dar-lhe o progresso necessário, sem a presença da história da Contabilidade tem-se apenas um emaralhado de números, os quais sem a sua base não poderiam em si mesmo se sustentarem. 2 REFERENCIAL TEORICO Vale dizer que a história da Contabilidade sofre influências diretas da cultura européia e, também, a norte-americana. Da Europa, por certo, guarda as primeiras correntes científicas que marcam a Contabilidade e que dão bases para a formação da corrente patrimonialista, amplamente difundida e reconhecida no Brasil. Já da cultura norte-americana, tem-se nas grandes corporações de empresas formadas nos Estados Unidos pelo capitalismo, o favorecimento do desenvolvimento de técnicas contábeis que pudessem atender aos anseios locais. A leitura de Marion (1998, p. 237) afirma que “os historiadores dizem que a Contabilidade já existia há pelo menos quatro mil anos a.C., existindo desde o início da civilização humana”. É neste sentido que se pode afirmar que a noção de Contabilidade acompanha a própria noção de homem. O período conceituado como primitivo, é aquele momento em que estão bem presentes as manifestações rudimentares do homem, ou seja, é a Contabilidade se fazendo presente na pré-história. Nela, o homem não possuía ainda a formalização de uma vontade contábil, entretanto, mesmo que intuitivamente, aquele homem produzia suas contas em memória embrionário. O homem primitivo procurava memorizar a quantidade de suas reservas de caça e colheita não precisando mais buscar na natureza aquela quantidade que dispunha; dessa forma ao inventar o número de caça e colheita, já estava praticando de maneira primitiva a Contabilidade. Segundo os estudos de Sá (1997, p. 20) o homem primitivo demonstrava suas posições contábeis através de figuras, de onde era possível o registro de suas riquezas.
  • 9. 7 As mais antigas manifestações do pensamento contábil são as contas primitivas, ou seja, as que identificam os objetos (geralmente por figuras) e a quantidade desses mesmos objetos (geralmente por riscos ou sulcos) como meios patrimoniais. [...] Admite-se, pois, que há cerca 20.000 anos, o homem já registrava os fatos da riqueza em contas, de forma primitiva. O homem primitivo buscava, assim, memorizar aquilo que dispunha e que não precisava mais buscar na natureza, porque armazenara. Como observado, eram feitas inscrições nas grutas, onde habitava o homem primitivo, enfocando, desta forma, a riqueza patrimonial e dando, de mesma forma, os primeiros passos para as escriturações contábeis que evoluiu no tempo, passando pela escrita tabular até chegar a partida dobrada. Após a invenção da escrita o sistema de registro desenvolveu-se muito mais, dando surgimento a uma nova realidade. Segundo informações de estudiosos, a escrita contábil é que dá origem à escrita comum. Esta afirmativa se dá em razão de que observou-se que mesmo antes do homem se valer da escrita e do calculo, valeu-se da forma artística para registrar o que havia conseguido para seu uso. Dando assim, os primeiros passos no que se diz de registro. Os registros contábeis são as mais puras e fáticas demonstrações da própria evolução racional do homem, deles pode-se auferir uma série de posições que juntas convergem para a afirmativa que “[...] foram os desenvolvimentos das sociedades, apoiadas nos dos Estados, dos Poderes religiosos e de suas riquezas, somados aos das artes de escrever e contar, que influíram, decisivamente, na evolução dos registros contábeis” (SÁ, 1997, p. 23), o que tende a caracterizar o aparecimento do período denominado de racional-mnemônico. Uma das questões mais asseveradas, quando se trata de entender a origem histórica da Contabilidade, está assentada na posição positiva que diz ser a Mesopotâmia e o Egito, os berços de toda a civilização ocidental, de forma que, tal posicionar permite dizer que a Contabilidade (em seus primórdios) teve seus passos iniciais naquelas civilizações. Ainda hoje, passados muitos e muitos anos, se tem moedas (significado de valor) cunhadas com figuras que as descriminam com mais ou menos valor financeiro. Assim, o pensar de Sá (1997, p. 24) segue um caminho, entende-se, correto quando afirma: Tais foram os aperfeiçoamentos burocráticos para a realização da escrita, na Mesopotâmia, que esse local, sem nenhuma dúvida, pode ser
  • 10. 8 caracterizado como o do ponto alto da racionalidade mnemônica da riqueza. Como observado, o autor deixa claro que a Contabilidade (sem utilizar essa nomenclatura) já estava bastante presente naquela civilização, tanto assim que em localidades como na Suméria e na Babilônia, foram encontrados registros imprimidos em blocos de argila, onde estavam registrados custos, contas, controles etc., evidentemente, que não se pode esperar encontrar tais registros com a facilidade dos dias atuais, bastando para tanto, uma leitura mais aprumada daqueles pequenos blocos para que seja possível entender a expressa operação contábil. Quando se fala de uma história da Contabilidade não há como se deixar de levar em conta as posições já colecionadas acima, entretanto, a grande marca contábil – e não poderia ser diferente – tem início com o aparecimento do papel, de onde é possível a utilização daquele artefato (o papel) como meio expresso para a utilização contábil. Neste sentido assevera-se que os egípcios e sua descoberta (o papiro) são os maiores responsáveis – nesta época – pelo desenvolver da Contabilidade e suas matrizes, visto que tudo era de sumo interesse para os registros daquela civilização. Como está claro, a Contabilidade segue uma via de aperfeiçoamento a cada momento, não é de estranhar que passados muitos anos a Ciência Contábil se faz cada dia mais presente nas atividades contemporâneas, hoje, como na época do papiro, a informática deu um novo ponto de apoio à Contabilidade. Assim, juntando- se os aspectos mesopotâmios em junção à grande civilização romana, a Contabilidade chega ao período lógico-racional com rumos e posições diferenciadas das iniciais, entretanto, guardando a sua essência. Importante dizer que a racionalidade humana (expressamente) tem seus primeiros frutos no pensamento filosófico grego, mas sabe-se que a essência humana é a própria racionalidade. Assim, quando cita-se em período lógico-racional se fala em um período onde a expressão lógica, inaugurada – expressamente – por Aristóteles, está bem presente, não sendo, a partir de agora, admitida uma Contabilidade que fuja às regras lógicas. É neste período que se dá o aparecimento do sistema de Partidas Dobradas, ou seja, trata-se de uma expressão equacional onde todo débito
  • 11. 9 corresponde a um crédito e vice-versa, o que pode ser equiparado ao registro de um fato, assim, cada fato deve ser registrado em suas causas e seus efeitos. Segundo os estudos de Rodrigues (1995, p. 14) não há, especificadamente, um autor de tal sistema, todavia, acredita-se que seu aparecer date 1250 a 1280 na Toscana (Itália). O surgimento do método de Partidas Dobradas, exige a implementação de registros específicos e em locais especiais, se dando assim o surgimento dos livros Diário e Razão. É o que se deflui da explicação de Sá (1997, p. 37): Como elemento essencial do processo das partidas dobradas, passou-se a exigir, também, um livro Mestre, com cada folha dedicada a uma conta específica, competente para registrar os débitos e os créditos de cada conta, o denominado, posteriormente de Razão [...]. Outro livro que recebia todos os registros acontecidos, à medida que fossem ocorrendo, dia-a-dia, seria o Diário. É sabido que a ciência é aquele conhecimento que se prende na aplicabilidade de suas provas e testes, em que a utilização de um método correto é passo para a explicação de determinado problema. Neste sentido, o período denominado de pré-científico busca distinguir as informações contábeis em suas informações e conceitos, os quais devem, de agora em diante, ser objeto de constantes reflexões. Segundo a posição de Sá (1997, p. 45, grifo do autor), o período [...] pré-científico só ocorre, ostensivamente, a partir da obra de Ângelo Pietra (sic), cuja primeira edição é de 1586. Admito, também, que, de forma empírica, como ocorreu em muitos outros ramos do saber, a explicação e a interpretação dos fenômenos da riqueza das aziendas tenha sido objeto de preocupações e análises, mas faltou métodos que autorizasse a criação de um corpo de doutrina, ou seja, faltou teorização que chegasse até nossos dias como prova de tais esforços. O referido período tem seu nascer no século XVI evoluindo até o século XIX, sendo datado desta época a famosa escola do Contismo. Tal escola debruçou- se sobre os estudos com a finalidade de observar e compreender o principal instrumento contábil, ou seja, a conta. A Contabilidade tem verdades universais e atende a requisitos que comprovam um conhecimento que deve ser considerado como ciência. Ela possui um objeto específico, permite previsões, acolhe correntes doutrinárias, presta utilidade entre outras características.
  • 12. 10 Neste período da história da Contabilidade, conquistou-se o raciocínio de que a conta é apenas a informação daquilo que se vai observar, e não o próprio objeto de estudo da ciência. De certo que, com a evolução do pensamento contábil através dos raciocínios organizados surgem as teorias. Estas, como já amplamente afirmado, formam a escola científica, e as escolas se somam e formam as correntes. Entre as principais correntes deste período destacam-se as seguintes: a) Materialismo Substancial; b) Personalismo; c) Controlismo; d) Reditualismo; e) Aziendalismo; e f) Patrimonialismo. De todas essas, a que mais se implantou no Brasil foi o Patrimonialismo, hoje reconhecida oficialmente, em sua base de considerar a Contabilidade como a ciência do patrimônio, pela lei e pelas Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade. Do exposto, é possível, auferir que a Contabilidade é uma ciência, no entanto, querer afirmar que se trata de uma ciência social é algo bastante polêmico mas também , há de dizer-que a Contabilidade não se reserva, apenas, às questões administrativas-numericas, posto que ela sofre influência de todos os aspéctos que exsurgem no mundo da realidade humana. No campo científico, verificou-se a anulação das correntes controlistas, personalistas, reditualistas; e o fortalecimento do aziendalismo e posteriormente do patrimonialismo que ganhou campo em todo o mundo. A Contabilidade libertou-se do excessivo envolvimento com o Direito e com a Economia despertando para uma autonomia científica. Na atualidade muitos se preocupam em defender a corrente científica que nasceu na Europa no período denominado de científico, outros atacam esse período chamando de romântico, como é o caso de Iudícibus, que defende as ideias norte- americanas desenvolvidas principalmente no início deste século. Conforme afirma Sá (1997, p. 212), verifica-se seu extremo envolvimento com a corrente científica europeia: “A corrente científica inspira-se na lógica, na
  • 13. 11 filosofia da ciência, na busca pela verdade competente para ter universalidade de entendimento e verificação”. Já Iudícibus (1995, p. 49) descreve da seguinte forma: No fim do período a que chamei de romântico ou em seus limites, surgem os vultos, entre outros, de Fábio Besta. Giuseppe Cerboni [...]. Seus trabalhos tiveram grande repercussão na época e provocaram grandes discussões entre os adeptos de uma ou outra corrente, com uma paixão somente comparável às discussões clubisticas. No tocante às ideias contábeis norte-americanas, Iudícibus (1995, p. 46) descreve: "A evolução da Contabilidade nos Estados Unidos apoia-se, portanto, em um sólido embasamento [...]." Os últimos 50 anos do século XX foram determinantes para a evolução do conhecimento contábil, nesse período inúmeros foram as pesquisas feitas no Oriente e no Ocidente. A facilidade da comunicação, os estudos realizados em várias partes do mundo difundidos com maior facilidade, e a troca de ideias apoiadas em livros e artigos proporcionaram um grande progresso científico. Além do progresso das pesquisas científicas e conseqüente valorização do ensino universitário, o século XX foi marcado por inúmeros fatores que influenciaram e influenciam, ainda hoje, a evolução da história da Contabilidade. Entre eles pode-se mencionar: a) As ideias norte-americanas; b) A globalização e o movimento normativo; c) O novo perfil do profissional contábil diante da globalização; d) O advento da informática e telemática; e) O Neopatrimonialismo; f) A visão social no estudo contábil. Assim, claro está que as posições contábeis assumidas pelas doutrinas expostas, todas, deram suas contribuições nos sentido de ter-se a atual Contabilidade, a qual é devidamente reconhecida como uma das ciências que mais se aperfeiçoa ao longo dos anos. A profissão contábil é muito antiga no Brasil data de quando ainda se tratava de uma colônia de Portugal. Conforme afirma Rodrigues (2005, p. 19): [...] na época em que o Brasil ainda era colónia de Portugal, em 23 de junho de 1551, foi nomeado o primeiro contador. Naquela data, Brás Cubas
  • 14. 12 fundador da cidade de Santos, São Paulo, foi nomeado, [...] para o cargo de Provedor da fazenda Real e Contador das Rendas e Direitos da Capitania. A formação profissional do contador tem sua origem em 1754 com a proposta de criação de uma Aula de Comércio que viria a corresponder a academia, e mais tarde a Faculdade ou Escola Superior. A carta de Lei de 30 de agosto de 1770 estabelece a primeira regulamentação da profissão contábil, ao dispor sobre privilégios dos diplomados da Aula de Comércio, estabelecendo a matrícula dos guarda-livros na Junta de Comércio de Lisboa. Durante muito tempo a profissão contábil, no Brasil, recebeu a denominação de escriturário e guarda-livros. Verifica-se que no século XX, a expressão escriturário perdeu totalmente a conotação com a profissão contábil, expressando apenas o funcionário administrativo. Em 27 de maio de 1946 o Decreto-lei n.° 9.295 criou o Conselho Federal de Contabilidade e definiu as atividades pertinentes a profissão contábil. No V Congresso Brasileiro de Contabilidade, em 1950, foi aprovado o primeiro Código de Ética Profissional do Contabilista. Além desse, outro fato que direcionou os rumos do exercício profissional do contador que é hoje atribuição legal do Conselho Federal de Contabilidade, foi o Código de Ética atual, o qual fixou os deveres, direitos, valores de serviços, penalidades por infrações etc. Segundo dados dos Conselhos Regionais de Contabilidade, há atualmente no Brasil, existem mais de 120.000 (cento e vinte mil) contadores registrados. E, como em toda profissão há os que mais se destacam no mercado. Com o passar do tempo, formaram-se várias as especialidades existentes dentro do mundo contábil, proporcionando ao profissional uma maior qualificação, e entre elas pode-se destacar: a contabilidade de custos, a contabilidade gerencial e financeira, a contabilidade pública, a perícia contábil, a auditoria entre outras. Apesar do campo de auditoria está crescendo bastante, o Brasil ainda apresenta um pequeno número de auditores em comparação com outros países, o que favorece as ondas de corrupção. De acordo com pesquisa apresentada por Marion (1998, p. 50) verifica-se a situação dos auditores no país: “[...] existe aqui um auditor independente para
  • 15. 13 cada grupo de 25.000 habitantes. Na Holanda, há um auditor independente para cada 900 habitantes; nos Estados Unidos, um para cada 2.300[...]”. Com os avanços tecnológicos surgem novas perspectivas profissionais, como por exemplo, a de Investigador Contábil, a Contabilidade Ecológica, a Auditoria Ambiental, a Contabilidade Prospectiva etc. Na atualidade do Brasil, o profissional contábil não tem um grande reconhecimento por parte da sociedade. Isto pode ser ratificado com a afirmativa de Marion (1998, p. 52) ao dizer que: [...] precisamos entender que a imagem dessa profissão no Brasil ou em países subdesenvolvidos (ou em desenvolvimento) está muito aquém que nos países desenvolvidos. A certificação do contador na Inglaterra é dada pela rainha. Nos Estados Unidos, se você perguntar qual a vocação que alguém quer para seu filho, aparecem as profissões de médico, advogado e contador [...] Conforme pode-se verificar nos países desenvolvidos há um reconhecimento da sociedade em geral e até das altas autoridades com relação a pessoa do contador, o que permite a abertura de caminhos para que outras pessoas queiram seguir essa profissão. No Brasil, os grandes escândalos envolvendo quebras de instituições financeiras, fraudes, desfalques e outros fatos que evidenciam erros contábeis têm posto em dúvida a qualidade e utilidade das informações contábeis e do desempenho profissional e ético do contador. Toda essa situação acaba gerando um desânimo nos estudantes, e desfavorecendo que outras pessoas desejem seguir a profissão. Cabe ao profissional de contabilidade reverter essa situação, buscando demonstrar a sociedade o seu real papel adotando um perfil que faça com que o mesmo procure ser mais valorizado não só no mercado local, mas no mercado global formado pela quebra das fronteiras. Na afirmativa de Marion (1998, p. 55), assim como em todo o mundo, o contador, no Brasil, deve: a) buscar maior qualificação profissional: isto quer dizer reciclar seus conhecimentos, falar mais de um idioma, acompanhar o desenvolvimento tecnológico; b) saber lidar com pressões e frustrações; c) ter dinamismo no desempenho de novas tarefas: saber tomar decisões rápidas; d) dar atenção especial ao cliente: é necessário saber ouvir o cliente, entender seus anseios.
  • 16. 14 Como observado, os teóricos da Contabilidade observam a muito a necessidade de novas posturas dos profissionais desta área, como forma de possibilitar a verdadeira valorização de tal profisão tão necessária ao desenvolver do homem e da nação. Também, vale dizer que a compreensão dos problemas e da evolução da educação contábil, no Brasil, depende de dois fatores básicos: as características do país e da Profissão Contábil. Deve-se considerar que o Brasil é um país com aproximadamente 8,6 milhões de quilómetros quadrados apresentando variadas paisagens naturais e humanas, com grandes disparidades que chegam a atingir também o campo educacional inclusive a nível superior. Assim, algumas universidades apresentam patamares qualitativos comparados com aquelas do mundo desenvolvido, e outras que se destacam pela insuficiência de recursos materiais e financeiros. O segundo fator a ser considerado é a organização da profissão contábil e do seu exercício. A profissão é regulamentada por lei específica, que estabelece deveres e prerrogativas, códigos de ética e sanções, bem como os órgãos de controle - os Conselhos Profissionais -, nos quais todo profissional deve estar, obrigatoriamente, inscrito, a fim de que possa exercer a profissão. O sistema de registro, fiscalização e desenvolvimento profissional, na área contábil do Brasil, é integrado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), sediado em Brasília e Conselhos Regionais, um por Estado. O universo dos profissionais compreende contadores, com curso superior e técnicos em contabilidade de nível médio. Aos contadores são reservadas as funções de auditoria, perícia, avaliações de acervos, análise econômico-financeira e outras, além, evidentemente, do magistério superior. Falar da história da contabilidade, é falar das situações contábeis a nível de Brasil, a qual sofre diretamente influência de suas escolas: a Escola Europeia e a Escola Norte-Americana. A Escola Europeia tem o objetivo de estabelecer um corpo de doutrina científica e parte da certeza de que o registro é apenas a memória de um fato e que esse fato precisa ser estudado em sua essência. Os esforços dos doutrinadores ocorreram na Itália, na França, em Portugal e na Alemanha; no Brasil entre os
  • 17. 15 principais seguidores dessa escola pode-se destacar: Francisco D'Auria, Frederico Herrmann Jr., Hilário Franco e António Lopes de Sá. A corrente que mais se solidificou, no Brasil, foi o Patrimonialismo, reconhecida oficialmente pelas Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade. Francisco D'Auria foi dos mais ilustres escritores da ciência contábil que o Brasil já possuiu, seu primeiro livro foi editado em 1916 e tinha o título "A letra de câmbio na Contabilidade", sua obra "Cinquenta anos de Contabilidade" descreve a qualidade de uma vida dedicada à ciência e à cultura. Admite a Contabilidade como a ciência do património; classifica os estudos contábeis em Contabilidade Geral e Aplicada. Em 1924 ainda era controlista, mas a partir de 1928 tornou-se patrimonialista. Com a evolução do ensino contábil na década de 40, surge Herrmann Jr. que produziu muitas obras de valor, entre as quais se destaca "Contabilidade Superior" (cuja primeira edição é de 1936), editado em uma editora fundada por ele mesmo: a Atlas de São Paulo (Apud SÁ, 1997, p. 375). A Atlas tornou-se a principal base de editoração de obras contábeis, nela outros famosos autores publicaram suas obras. Define Herrmann (apud SÁ, 1997, p. 378) a Contabilidade da seguinte maneira: “Contabilidade é a ciência que estuda o património à disposição das aziendas, em seus aspectos estáticos e em suas variações, para enunciar, por meio de fórmulas racionalmente deduzidas, os efeitos da administração sobre a formação e a distribuição dos réditos”. Herrmann Jr. foi citado por Masi em suas obras, como também por D'Auria; faleceu ainda muito jovem na década de 40. Hilário Franco se destacou no V Congresso Brasileiro de Contabilidade, no qual apresentou um trabalho intitulado "Fundamento científico da Contabilidade" que foi considerado o melhor trabalho sob o ângulo da doutrina patrimonialista. Sobre esse trabalho, tem-se o comentário de Sá (1997, p. 328): Depois de uma erudita introdução sobre o que é ciência, sobre o que a Contabilidade diante dela significava e o que a escrituração contábil representava, apenas como forma, o mestre paulista destaca o objeto da Contabilidade e o faz de forma positiva, sem deixar dúvidas de suas convicção patrimonialista. Dentre suas muitas obras publicadas se destaca, Hilário Franco, 50 anos de Contabilidade publicada em 1993 que prova sua fidelidade ao intelectual
  • 18. 16 Francisco D'Auria que também deixou seu depoimento gravado para a história em seus 50 anos de Contabilidade. Sá é dos mestres da Contabilidade brasileira mais conhecidos não só a nível local como internacional. Entre suas obras destacam-se: Curso de Auditoria, Perícia Contábil, Dicionário de Contabilidade, Teoria Geral da Contabilidade e História Geral e das Doutrinas da Contabilidade; nesta última, a história da escrita e da ciência contábil são narradas pela primeira vez no Brasil. Não se pode deixar de mencionar que a mais recente escola do pensamento contábil que é a Escola Neopatrimonialista, fruto de estudos e reflexões de Sá e outros teóricos da Ciência da Contabilidade. A escola Norte-Americana também conhecida como Escola Pragmática, atende aos aspectos práticos das questões econômico-administrativas sem se preocupar com as construções teóricas gerais. A Contabilidade é assim definida pelo American Accounting Associations: "A Contabilidade é a arte de registrar, classificar e sumariar de maneira significativa e em termos monetários transações e acontecimentos de caráter financeiro e de interpretar os seus resultados." No Brasil adotam essa corrente: José Carlos Marion, Eliseu Martins, Sérgio de ludícibus entre outros. Marion bastante conhecido no Brasil, é muito admirado principalmente pelos estudantes. Entre suas obras destacam-se: Contabilidade Empresarial, Contabilidade Básica e Manual de Contabilidade para não contadores (no qual é co- autor). Esse respeitável contador é também grande pesquisador na área de Metodologia do Ensino da Contabilidade, e sobre isso afirma: Assim, é desejável que cada professor tenha algo relevante para gozar de respeito e poder estimular seus alunos. Sucesso profissional, título, produção cientifica etc., são alguns exemplos. Em segundo lugar, a exaltação permanente da profissão é indispensável para estimular os alunos (MARION, 2000, p. 04). Eliseu Martins é professor de Contabilidade, entre suas obras destacam- se Contabilidade de Custos, Análise da correção monetária das demonstrações financeiras e Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações (no qual é co- autor). ludícibus é grande crítico da escola europeia, afirmando que estes produziram trabalhos excessivamente teóricos e repetitivos e sem aplicações
  • 19. 17 práticas. Entre suas obras pode-se citar: Análise de Balanços, Contabilidade Gerencial, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações (na qual é o diretor responsável) etc. Assim, é possível afirmar que a Contabilidade como uma ciência que está ligada à própria história do homem e que está voltada para a sociedade, sofre todas as modificações ocorridas na área política e econômica, não só da abrangência regional ou nacional, mas também, a abrangência mundial.. Com o passar do tempo, a Contabilidade sempre buscou se adequar a realidade brasileira e com isso ocorreram grandes evoluções referentes a tal ciência. Não se pode deixar de mencionar as principais entidades e as legislações que influenciaram e ainda influenciam os caminhos percorridos pela Contabilidade no Brasil; e entre elas destacam-se: O Banco Central do Brasil (BACEN) a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Lei n.° 6.404/76 (Lei das S. A.), o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e os Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC’s), a Lei n.° 4.320/64, o Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON) e o Regulamento do Imposto de Renda. Tudo isto faz com que a pesquisa se torne imprescindível para o melhor entender da Ciência da Contabilidade. 3 METODOLOGIA Será realizada uma pesquisa bibliográfica, documental que venha a propiciar o enriquecer do tema referenciado. Buscar-se-á na literatura mais abalizada os posicionamentos que se tornam capazes de efetivar um melhor entendimento sobre a proposta apresentada, ou seja, a questão histórica da contabilidade, de forma a propiciar um melhor entender da atual conjuntura que passa a contabilidade como ciência. Serão efetivados fichamentos sobre o assunto e, de igual forma, coletar- se-á artigos de revistas e periódicos especializados na matéria – em vias diferentes – que tornem possível o exercício da reflexão sobre o assunto.
  • 20. 18 4 CRONOGRAMA ATIVIDADES Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Levantamento bibliográfico e fichamento Elaboração do Anteprojeto Tabulação e análise dos textos Redação do trabalho Entrega do Trabalho Monográfico Defesa
  • 21. 19 REFERÊNCIAS MARION, José Carlos. Discussão sobre metodologia de ensino aplicáveis à Contabilidade. Jornal do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais, maio/junho, 1998. ____________. Preparando-se para a profissão do futuro. Rio de Janeiro: Pensar Contábil. CRC-RJ. vol. 1. n.° 2 nov/2000. MENDES, José Martins. Um ideia Milenar. Revista Brasileira de Contabilidade. N° 106, jul/ago 1997. MONTEIRO, Martin Noel. Pequena história da contabilidade. Lisboa: Apotec, 1979. RODRIGUES, Alberto Almada. A História da Profissão Contábil e das Instituições de Ensino, Profissionais e Culturais da Ciência Contábil no Brasil. Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. n.° 43. Porto Alegre: set/dez 1995. SÁ, Antonio Lopes de. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1997.