2. Para começar...
Segundo o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas),
(organização científico-política criada pela ONU em 1988 que estuda
as mudanças no clima do planeta), a probabilidade de que a atividade
humana seja responsável pelo aquecimento global é de 95%.
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3. Segundo esse relatório importantes fenômenos naturais como os furacões
deverão ser mais frequentes nas próximas décadas.
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4. Efeitos Humanos nas Mudanças Climáticas
Os cientistas consideram que neste relatório a descrição das mudanças climáticas
é muito mais consistente por estar baseada em:
uma série de evidências acompanhadas de uma melhor análise.
Uma análise mais aprofundada sobre o efeito das nuvens, dos aerossóis, das
radiações cósmicas sobre o clima e dos efeitos do fenômeno El Niño/La Niña
em escala regional.
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5. uma análise de um número bem maior de simulações numéricas produzidas
por uma nova geração de modelos climáticos mais avançados (Earth System
Models).
um conjunto de projeções climáticas tanto de curto prazo (2016-2035) quanto
de longo prazo (2086-2100).
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6. Secas e inundações
aumentarão de
número e de
intensidade, segundo
as previsões do IPCC.
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7. As principais conclusões do relatório do
IPCC
É "extremamente provável" que mais da metade do aumento da temperatura
superficial de 1951 a 2010 seja provocado pelo efeito humano sobre o clima
(emissões de gases de efeito-estufa, aerossóis e mudanças no uso do solo).
Tais fatores provocaram
o aquecimento dos oceanos
a fusão dos gelos
a redução da cobertura de neve
a elevação do nível médio dos mares
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9. Temperatura
O período 1983–2012 é muito provavelmente o período de 30 anos mais
quente dos últimos 1000 anos.
A temperatura média superficial global aumentou de 0,85 graus no período
entre 1880-2012.
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11. Um planeta cada vez mais
superaquecido
Hoje temos 43% mais CO2 do que na era pré-industrial (400 ppm) e o dobro do
metano. Isto já aqueceu o planeta em praticamente 1°C.
O sistema climático terrestre acumula o equivalente à energia de 4 bombas
de Hiroshima.
93% desse calor extra é armazenado nos oceanos. Ele é passado à atmosfera
de várias maneiras: em enorme quantidade, através da ocorrência de El Niños
muito intensos como os de 1997/1998 e, agora, o de 2015/2016; ou de forma
explosiva, através de ciclones tropicais: os furacões e tufões.
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12. 2015: Recorde de tempestades
O ano mais quente de todo o registro histórico, quebrou o recorde de
ocorrência de supertempestades, isto é, furacões e tufões de categoria 4 ou
5.
O recorde foi quebrado quando Koppu se tornou um supertufão e atingiu as
Filipinas e Champi passou à categoria 4. Koppu afetou que 2,7 milhões de
pessoas e causou 47 mortes.
Apenas com Koppu e Champi, já se havia chegado a 20 supertempestades em
2015, contra o recorde anterior de 2004 (18).
O por que disso?
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13. A Física explica...
A relação é fisicamente muito clara:
Essa energia se acumula na forma de calor nos oceanos, sendo transferida para
a atmosfera e liberada na forma de supertempestades, ao ponto de não
podermos mais chamá-los de "desastres naturais".
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14. Aquecimento dos oceanos
Os oceanos aqueceram durante os últimos decênios de 1971 a 2010. Nesse
período esse aquecimento manifestou-se particularmente acentuado,
superando 0.11°C/decênio (entre 0,09 e 0,13) nos primeiros 75 metros de
profundidade.
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15. Chuvas
Nas terras emersas a médias latitudes as precipitações aumentaram a partir de
1901.
A partir de 1950, foram observadas mudanças cada vez mais importantes na
ocorrência de eventos extremos meteorológicos e climáticos.
Em nível global, diminuiu o número de dias e noites frias, e aumentou o número
de dias e noites quentes.
A frequência de ondas de calor aumentou em vastas áreas da Europa, Ásia e
Austrália.
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16. Gases de efeito estufa
A concentração atmosférica global de CO2 aumentou cerca 40% em relação
aos níveis de 1750. Esse aumento é causado pelo uso de combustíveis fósseis,
pelo desflorestamento e, em menor medida, pela produção do cimento.
As concentrações atmosféricas globais dos gases CO2, CH4, N2O cresceram
respectivamente cerca de 40%, 150%, e 20% desde 1750.
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17. 400 ppm de CO2
Os cientistas consideram que 2°C e 450 partes por milhão (ppm) são os
"limites seguros" de temperatura e de concentração de CO2.
Na opinião de John Schellnhuber, um aquecimento de 4°C provocaria
alterações tão radicais no sistema climático terrestre, nos ecossistemas,
na frequência e intensidade de eventos extremos e outros fatores, que
seria simplesmente inviável qualquer estratégia de adaptação para tal
cenário.
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20. Limite de CO2
O acordo que resultou da COP-15, em Copenhague reconhece que o
aumento da temperatura global deve ser mantido abaixo de 2 graus
Celsius.
Mesmo considerando 2°C de aquecimento global e 450 ppm de CO2 como
limites seguros, 90% das reservas fósseis teriam de permanecer intactas,
pois:
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21. 2,12 bilhões de toneladas (gigatoneladas) de carbono geram uma quantidade
de CO2 que faria aumentar a concentração desse gás em 1 ppm.
Cerca de 57% do CO2 lançado ao ar se dissolve nos oceanos ou é sequestrado
pelas florestas, solo, etc., podemos então usar uma regra simples:
A cada 2,12 GtC queimados aumenta em 0,43 ppm a concentração.
Estamos com 400 ppm, restariam ainda 50 ppm para se alcançar a zona de
risco:
Com uma regra de três simples nos daria ainda a chance de queimarmos 116,3
bilhões de toneladas de carbono fóssil.
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22. As reservas de combustível fóssil tem
891 bilhões de toneladas de carvão,
186 trilhões de metros cúbicos de gás natural e
1,69 trilhões de barris de petróleo.
Isso dá aproximadamente a quantidade imensa de 1190 GtC. Com base nisso que,
se 450 ppm fosse de fato um limite seguro, poderíamos queimar míseros 10% das
reservas fósseis (não mais do que isso) sem detonar o sistema climático terrestre.
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24. O homem é mesmo o maior culpado
A tendência mostrada pela sucessão de relatórios do IPCC é a da "presença"
cada vez mais certa das ações do homem no clima do planeta.
As atividades da nossa espécie influenciam o clima global: do uso dos
combustíveis fósseis à derrubada das florestas, da pecuária à poluição do meio
ambiente.
Praticamente tudo que fazemos contribui para modificar o equilíbrio do
planeta.
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25. A ciência não pode dar certezas absolutas, mas uma probabilidade assim tão
alta significa que os pesquisadores estão praticamente certos. Embora 95% do
aquecimento seja devido ao homem, o 5% restante pode ter outra causa.
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26. O gelo está diminuindo em importantes cadeias de montanhas, como o da
foto, localizado nos Andes bolivianos.
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27. O atual relatório do IPCC ainda contem, na opinião de alguns analistas,
algumas falhas.
Necessita de uma análise mais precisa das consequências locais das mudanças
climáticas.
Se as temperaturas realmente subiram com regularidade (apesar daquilo que
dizem os negacionistas) ainda não é possível saber, com precisão, o que
acontecerá em nível local.
Ocorrerão mais furacões, mais secas, mais inundações, mais ondas de calor.
Onde poderão ocorrer ? A mesma ciência que claramente nos adverte sobre o
aquecimento global ainda não sabe apontar em quais lugares esse fenômeno
irá ocorrer com maior ou menor intensidade.
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