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Métodos e
Instrumentos
de Pesquisa
Prof. Ms. Franco Noce
fnoce2000@yahoo.com.br
MÉTODO E INSTRUMENTOS
DE PESQUISA
•Entrevista
•Questionários
•Técnicas de Observação
•Sociometria
•Estudos de Caso
•Testes cognitivos
ENTREVISTA
“Encontro entre duas pessoas, a fim de que
uma delas obtenha informações a respeito de
um determinado assunto”
(Marconi & Lakatos, 1999:94)
• Averiguação de “fatos”
• Determinação das opiniões sobre os “fatos”
• Conduta atual ou do passado
• Motivos conscientes para opiniões
• Descoberta de planos de ação
TIPOS DE ENTREVISTA
•Estruturada: o entrevistador segue um
roteiro previamente estabelecido. Não é
permitido adaptar as perguntas a determinada
situação, inverter a ordem ou elaborar outras
perguntas.
•Não Estruturada: o entrevistador tem
liberdade para desenvolver cada situação em
qualquer direção. Permite explorar mais
amplamente uma questão.
FORMAS DE ENTREVISTA
•Entrevista Narrativa: pesquisador estimula o
entrevistado para conversar abertamente. Através da
narração o entrevistado reconstrui seu comportamento
no passado de forma real. O ambiente da entrevista é
cordial e amigável.
•Entrevista centrada a problemas: pesquisador
pergunta baseado em um conceito teórico flexível. A
base da entrevista é um guia de temas e problemas que
orienta a sua execução.
FORMAS DE ENTREVISTA
•Entrevista Profunda: o objetivo é obter
informações das estruturas profundas do entrevistado
(informações inconscientes). A base teórica da
entrevista é a psicanálise.
•Entrevista Receptiva: é uma entrevista aberta e
realizada de forma unilateral. Exige do entrevistador
grande capacidade de comunicação não verbal.
•Entrevista Focalizada: pesquisador pretende
verificar suas hipóteses sobre um comportamento
concreto do entrevistado
2
ENTREVISTA: Vantagens
•Pode ser utilizada com todos segmentos da
população (alfabetizados ou não)
•Há maior flexibilidade: o entrevistador pode
repetir a pergunta; formular de maneira
diferente; garantir que foi compreendido
•Permite obter dados que não se encontram
nas fontes documentais
•Informações mais precisas
•Permite que os dados sejam quantificados e
submetidos a tratamento estatístico
ENTREVISTA: Limitações
•Dificuldade de expressão de ambas as partes
•Incompreensão por parte do informante
•Possibilidade do entrevistado ser influenciado
•Disposição do entrevistado em dar informações
necessárias
•Retenção de alguns dados importantes
•Ocupa muito tempo
•Tamanho da amostra menor que o questionário
ENTREVISTA: Preparação
•Planejamento: objetivo a ser alcançado
•Conhecimento prévio do entrevistado
•Oportunidade da entrevista: hora e local
(garantir que será recebido)
•Condições favoráveis: local adequado,
clima amistoso e de confiança
•Preparação específica: organização do
roteiro, material necessário
ENTREVISTA: Diretrizes
•Contato inicial: clima amistoso; objetivos
•Formulação das perguntas: de acordo com o tipo
(estruturada: seguir roteiro; não estruturada: deixar
entrevistado à vontade); uma pergunta de cada vez;
começar pelas que não tenham probabilidade de ser
recusadas; evitar perguntas sugestivas ou que induzam
•Registro das respostas: anotação simultânea,
gravador (caso o entrevistado concorde).
•Término entrevista: clima de cordialidade;
aprovação por parte do informante.
DIMENSÕES DE ENTREVISTA
DIMENSÕES FORMAS
Intenção do
entrevistador
♦ Obter informações
♦ Mudar comportamento
Estruturação ♦ Estruturado
♦ Semi-estruturado
♦ Não estruturado
Realização ♦ Individual
♦ Grupo
Forma de
comunicação
♦ Escrita
♦ Verbal
Estilo ♦ Formal
♦ Amigável
Forma de perguntas ♦ Abertas
♦ Fechadas
QUESTIONÁRIO
“instrumento de coleta de dados constituído
por uma série de perguntas, que devem ser
respondidas por escrito”
(Marconi & Lakatos, 1999:100)
•Carta explicando natureza da pesquisa
•Evidenciar importância
•Despertar interesse do recebedor
•Prazos de retorno
•Forma atraente; extensão; carta explicativa;
facilidades de preenchimento e devolução.
3
QUESTIONÁRIO: Vantagens
•Economiza tempo, viagens e obtém grande
número de dados
•Atinge maior número de pessoas
simultaneamente
•Abrange uma área geográfica mais ampla
•Economiza pessoal (treinamento; coleta campo)
•Obtém respostas mais rápidas e exatas
•Liberdade de respostas (anonimato)
•Mais tempo para responder; horário favorável
QUESTIONÁRIO: Limitações
•Percentagem pequena dos questionários que voltam
(correio)
•Perguntas sem resposta
•Não pode ser aplicado a pessoas analfabetas
•Limitação em auxiliar o informante em questões mal
compreendidas
•Dificuldade de compreensão gera uniformidade
aparente
•Devolução tardia prejudica o cronograma
•Desconhecimento das circunstâncias de
preenchimento
QUESTIONÁRIO: Informações
•Processo de elaboração (normas, eficácia,
validade)
•Pré-teste (verificação falhas no processo)
•Classificação das perguntas (abertas, fechadas,
múltipla escolha)
•Conteúdo (relevância em relação ao objetivo)
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FORMAS DE PERGUNTAS
•Abertas: Não existem categorias
preestabelecidas. O entrevistado pode
responder de forma expontânea.
•Fechadas: Existem categorias diferenciadas.
•Alternativa: sim - não
•Escalas: 1 a 5 (1=concordo totalmente a 5=discordo
totalmente)
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Princípios para
Formulação de Perguntas
•Evitar sobre exigência do entrevistado
•Formular perguntas de forma simples de
entender, de forma concreta e precisa
•Considerar o grau de conhecimento e
informação do entrevistado
•Evitar palavras e formulações ambivalentes
•Evitar perguntas sugestivas
•Evitar perguntas indiscretas
OBSERVAÇÃO
“...utiliza os sentidos na obtenção de
determinados aspectos da realidade. Consiste
de ver, ouvir e examinar fatos ou fenômenos”
(Marconi & Lakatos, 1999:90)
É considerada Científica quando ...
•é planejada sistematicamente
•é registrada metodicamente
•está sujeita a verificações e controles sobre a
validade e segurança
4
OBSERVAÇÃO: Vantagens
•Possibilita meios diretos e satisfatórios de se
observar ampla variedade de fenômenos
•Exige menos do observador do que as outras
técnicas
•Permite a coleta de dados sobre um conjunto
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•Depende menos da introspecção ou reflexão
•Permite a evidência de dados não constantes
do roteiro de entrevistas ou questionários.
OBSERVAÇÃO: Limitações
•O observado tende a criar impressões
favoráveis ou desfavoráveis no observador
•A ocorrência espontânea não pode ser prevista
•Fatores imprevistos podem interferir na tarefa
•A duração dos acontecimentos é variável
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Classificação das formas
de Observação
aberta secreta
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aberta secreta
não participante
Estruturada
aberta secreta
Participante
aberta secreta
não participante
Não Estruturada
Observação sistemática
Avaliação
Quantitativa
Avaliação
Qualitativa
Atteslander (1971)
FORMAS DE OBSERVAÇÃO
Sistemática: baseada em critérios científicos,
planejada, controlada.
Não Sistemática: observação diária sem critérios
científicos
Estruturada: sistema diferenciado de categorias, alto
grau de confiabilidade.
Não Estruturada: categorias gerais e abertas;
liberdade de observação
Lamnek (1995)
FORMAS DE OBSERVAÇÃO
Aberta: as pessoas sabem que são observadas.
Secreta: as pessoas não sabem que são observadas
Participante: observador faz parte do sistema a ser
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Não Participante: observa a certa distância.
Direta: análise do comportamento atual.
Indireta: análise de fenômenos indiretos.
Lamnek (1995)
DIMENSÕES FORMAS OBSERVAÇÃO
Cientificidade ♦ Não sistemática
♦ Sistemática
Estruturação ♦ Estruturado
♦ Não estruturado
Transparência ♦ Aberta
♦ Secreta
Papel do observador ♦ Participante
♦ Não participante
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a realidade
♦ Direta
♦ Indireta
Naturalidade da
situação
♦ Campo
♦ Laboratório
FORMAS DE OBSERVAÇÃO
Lamnek (1995)
5
Guia para Construção de
um Sistema de Observação
•Definição do problema
•Decisão sob as formas de observação
•Decisão sobre o levantamento de dados
•Definição das características a serem observadas
•Determinação das modalidades e técnicas de
registro
•Verificar os critérios científicos
•Construção do sistema final de observação
•Aplicação do inventário de observação
Edmann (1978)
Regras de comportamento
para o observador
•Não deve interferir no campo social e mudar o
comportamento das pessoas a serem
observadas
•Observar de forma objetiva e correta
•Deve comportar de forma flexível, variável e
natural
•Deve convencer as pessoas sobre a
necessidade e importância da observação
•Deve demonstrar tolerância e respeito
OBRIGADO
PELA
ATENÇÃO
Prof. Ms. Franco Noce
fnoce2000@yahoo.com.br

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  • 1. 1 Métodos e Instrumentos de Pesquisa Prof. Ms. Franco Noce fnoce2000@yahoo.com.br MÉTODO E INSTRUMENTOS DE PESQUISA •Entrevista •Questionários •Técnicas de Observação •Sociometria •Estudos de Caso •Testes cognitivos ENTREVISTA “Encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de um determinado assunto” (Marconi & Lakatos, 1999:94) • Averiguação de “fatos” • Determinação das opiniões sobre os “fatos” • Conduta atual ou do passado • Motivos conscientes para opiniões • Descoberta de planos de ação TIPOS DE ENTREVISTA •Estruturada: o entrevistador segue um roteiro previamente estabelecido. Não é permitido adaptar as perguntas a determinada situação, inverter a ordem ou elaborar outras perguntas. •Não Estruturada: o entrevistador tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direção. Permite explorar mais amplamente uma questão. FORMAS DE ENTREVISTA •Entrevista Narrativa: pesquisador estimula o entrevistado para conversar abertamente. Através da narração o entrevistado reconstrui seu comportamento no passado de forma real. O ambiente da entrevista é cordial e amigável. •Entrevista centrada a problemas: pesquisador pergunta baseado em um conceito teórico flexível. A base da entrevista é um guia de temas e problemas que orienta a sua execução. FORMAS DE ENTREVISTA •Entrevista Profunda: o objetivo é obter informações das estruturas profundas do entrevistado (informações inconscientes). A base teórica da entrevista é a psicanálise. •Entrevista Receptiva: é uma entrevista aberta e realizada de forma unilateral. Exige do entrevistador grande capacidade de comunicação não verbal. •Entrevista Focalizada: pesquisador pretende verificar suas hipóteses sobre um comportamento concreto do entrevistado
  • 2. 2 ENTREVISTA: Vantagens •Pode ser utilizada com todos segmentos da população (alfabetizados ou não) •Há maior flexibilidade: o entrevistador pode repetir a pergunta; formular de maneira diferente; garantir que foi compreendido •Permite obter dados que não se encontram nas fontes documentais •Informações mais precisas •Permite que os dados sejam quantificados e submetidos a tratamento estatístico ENTREVISTA: Limitações •Dificuldade de expressão de ambas as partes •Incompreensão por parte do informante •Possibilidade do entrevistado ser influenciado •Disposição do entrevistado em dar informações necessárias •Retenção de alguns dados importantes •Ocupa muito tempo •Tamanho da amostra menor que o questionário ENTREVISTA: Preparação •Planejamento: objetivo a ser alcançado •Conhecimento prévio do entrevistado •Oportunidade da entrevista: hora e local (garantir que será recebido) •Condições favoráveis: local adequado, clima amistoso e de confiança •Preparação específica: organização do roteiro, material necessário ENTREVISTA: Diretrizes •Contato inicial: clima amistoso; objetivos •Formulação das perguntas: de acordo com o tipo (estruturada: seguir roteiro; não estruturada: deixar entrevistado à vontade); uma pergunta de cada vez; começar pelas que não tenham probabilidade de ser recusadas; evitar perguntas sugestivas ou que induzam •Registro das respostas: anotação simultânea, gravador (caso o entrevistado concorde). •Término entrevista: clima de cordialidade; aprovação por parte do informante. DIMENSÕES DE ENTREVISTA DIMENSÕES FORMAS Intenção do entrevistador ♦ Obter informações ♦ Mudar comportamento Estruturação ♦ Estruturado ♦ Semi-estruturado ♦ Não estruturado Realização ♦ Individual ♦ Grupo Forma de comunicação ♦ Escrita ♦ Verbal Estilo ♦ Formal ♦ Amigável Forma de perguntas ♦ Abertas ♦ Fechadas QUESTIONÁRIO “instrumento de coleta de dados constituído por uma série de perguntas, que devem ser respondidas por escrito” (Marconi & Lakatos, 1999:100) •Carta explicando natureza da pesquisa •Evidenciar importância •Despertar interesse do recebedor •Prazos de retorno •Forma atraente; extensão; carta explicativa; facilidades de preenchimento e devolução.
  • 3. 3 QUESTIONÁRIO: Vantagens •Economiza tempo, viagens e obtém grande número de dados •Atinge maior número de pessoas simultaneamente •Abrange uma área geográfica mais ampla •Economiza pessoal (treinamento; coleta campo) •Obtém respostas mais rápidas e exatas •Liberdade de respostas (anonimato) •Mais tempo para responder; horário favorável QUESTIONÁRIO: Limitações •Percentagem pequena dos questionários que voltam (correio) •Perguntas sem resposta •Não pode ser aplicado a pessoas analfabetas •Limitação em auxiliar o informante em questões mal compreendidas •Dificuldade de compreensão gera uniformidade aparente •Devolução tardia prejudica o cronograma •Desconhecimento das circunstâncias de preenchimento QUESTIONÁRIO: Informações •Processo de elaboração (normas, eficácia, validade) •Pré-teste (verificação falhas no processo) •Classificação das perguntas (abertas, fechadas, múltipla escolha) •Conteúdo (relevância em relação ao objetivo) •Vocabulário (adequado ao grupo selecionado) •Ordem das perguntas (progressão lógica) FORMAS DE PERGUNTAS •Abertas: Não existem categorias preestabelecidas. O entrevistado pode responder de forma expontânea. •Fechadas: Existem categorias diferenciadas. •Alternativa: sim - não •Escalas: 1 a 5 (1=concordo totalmente a 5=discordo totalmente) •Alternativas qualitativas: selecionar de uma série perguntas qualitativas uma alternativa (ex: conceitos) Princípios para Formulação de Perguntas •Evitar sobre exigência do entrevistado •Formular perguntas de forma simples de entender, de forma concreta e precisa •Considerar o grau de conhecimento e informação do entrevistado •Evitar palavras e formulações ambivalentes •Evitar perguntas sugestivas •Evitar perguntas indiscretas OBSERVAÇÃO “...utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Consiste de ver, ouvir e examinar fatos ou fenômenos” (Marconi & Lakatos, 1999:90) É considerada Científica quando ... •é planejada sistematicamente •é registrada metodicamente •está sujeita a verificações e controles sobre a validade e segurança
  • 4. 4 OBSERVAÇÃO: Vantagens •Possibilita meios diretos e satisfatórios de se observar ampla variedade de fenômenos •Exige menos do observador do que as outras técnicas •Permite a coleta de dados sobre um conjunto de atitudes comportamentais típicas •Depende menos da introspecção ou reflexão •Permite a evidência de dados não constantes do roteiro de entrevistas ou questionários. OBSERVAÇÃO: Limitações •O observado tende a criar impressões favoráveis ou desfavoráveis no observador •A ocorrência espontânea não pode ser prevista •Fatores imprevistos podem interferir na tarefa •A duração dos acontecimentos é variável (rápida ou lenta; simultânea) •Vários aspectos da vida cotidiana podem não ser acessíveis ao pesquisador. Classificação das formas de Observação aberta secreta Participante aberta secreta não participante Estruturada aberta secreta Participante aberta secreta não participante Não Estruturada Observação sistemática Avaliação Quantitativa Avaliação Qualitativa Atteslander (1971) FORMAS DE OBSERVAÇÃO Sistemática: baseada em critérios científicos, planejada, controlada. Não Sistemática: observação diária sem critérios científicos Estruturada: sistema diferenciado de categorias, alto grau de confiabilidade. Não Estruturada: categorias gerais e abertas; liberdade de observação Lamnek (1995) FORMAS DE OBSERVAÇÃO Aberta: as pessoas sabem que são observadas. Secreta: as pessoas não sabem que são observadas Participante: observador faz parte do sistema a ser observado. Não Participante: observa a certa distância. Direta: análise do comportamento atual. Indireta: análise de fenômenos indiretos. Lamnek (1995) DIMENSÕES FORMAS OBSERVAÇÃO Cientificidade ♦ Não sistemática ♦ Sistemática Estruturação ♦ Estruturado ♦ Não estruturado Transparência ♦ Aberta ♦ Secreta Papel do observador ♦ Participante ♦ Não participante Grau de participação ♦ Ativa ♦ Passiva Relacionamento com a realidade ♦ Direta ♦ Indireta Naturalidade da situação ♦ Campo ♦ Laboratório FORMAS DE OBSERVAÇÃO Lamnek (1995)
  • 5. 5 Guia para Construção de um Sistema de Observação •Definição do problema •Decisão sob as formas de observação •Decisão sobre o levantamento de dados •Definição das características a serem observadas •Determinação das modalidades e técnicas de registro •Verificar os critérios científicos •Construção do sistema final de observação •Aplicação do inventário de observação Edmann (1978) Regras de comportamento para o observador •Não deve interferir no campo social e mudar o comportamento das pessoas a serem observadas •Observar de forma objetiva e correta •Deve comportar de forma flexível, variável e natural •Deve convencer as pessoas sobre a necessidade e importância da observação •Deve demonstrar tolerância e respeito OBRIGADO PELA ATENÇÃO Prof. Ms. Franco Noce fnoce2000@yahoo.com.br