2. O texto narrativo, que pode ser escrito em
prosa ou em verso, conta uma história com o
recurso a des-crições. Os acontecimentos
narrados, que envolvem personagens, locali-
zam-se num determinado tempo e num dado
espaço.
3. 1. Ação
Conjunto de acontecimentos que têm o seu desenrolar num
espaço ou diferentes espaços e num tempo mais ou menos
extenso.
Relevo Delimitação Estrutura
- Principal:
conjun-to de
sequências
narrativas que de-
têm maior relevo.
- Secundária:
con-junto de
sequências
narrativas que de-
têm menor relevo.
- Aberta: ação
não
solucionada.
- Fechada: ação
solucionada até
ao pormenor.
- Encadeamento: a ação é
constituída por sequências
narrativas que se articulam
por ordem cronológica.
- Encaixe: uma ou mais se-
quências narrativas
encaixam numa outra, que
estava a ser narrada e que
depois se re-toma.
- Alternância: as diferentes
histórias vão sendo
narradas alternadamente.
4. 2. Espaço
Físico Social Psicológico
Espaço real que
serve de cenário
ao desenrolar da
ação.
Ambiente social
on-de se
movimentam as
personagens, par-
ticularmente os
figu-rantes.
Espaço perspetivado
pe-las vivências
íntimas das
personagens, por
pensa-mentos, por
sonhos, etc.
1. Ação (cont.)
Momentos determinantes
- Introdução: situação inicial, apresentação.
- Desenvolvimento: peripécias e ponto culminante.
- Conclusão: desenlace.
5. 3. Tempo
Histórico Cronológico Psicológico
Época ou mo-
mento histórico
em que a ação
se desenrola.
Sucessão
cronológi-ca de
aconteci-mentos
suscetíveis de
serem datados.
É um tempo subjetivo, fil-
trado pelas emoções e vi-
vências das personagens.
Re-flete, também, o
desgaste que sobre elas
provoca a passagem do
tempo.
Do discurso
Tempo elaborado pelo narrador. Este pode narrar os acon-
tecimentos por ordem linear ou com recuos (analepse) e ante-
cipações (prolepse). O narrador também pode narrar ao ritmo
dos acontecimentos (isocronia), resumindo-os (resumo ou
sumário), omitindo factos (elipse) ou fazendo momentos de
pausa para des-crição ou divagação.
6. 4. Narrador
Presença Ciência
- Não participante ou hetero-
diegético: não participa na
ação e narra os
acontecimentos na 3.ª pessoa.
- Participante: participa na
ação e narra os
acontecimentos na 1.ª pessoa.
Se participa como perso-
nagem principal, designa-se
autodiegético; se participa
como personagem
secundária, desig-na-se
homodiegético.
- Focalização omnisciente: o
narra-dor coloca-se numa posição
de transcendência, conhecendo
mesmo o que se passa no íntimo
das per-sonagens.
- Focalização interna: o narrador
apaga-se e adota o ponto de vista
de uma ou mais personagens.
- Focalização externa: o narrador
sabe apenas o que vê, o seu
ponto de vista limita-se ao que é
obser-vável exteriormente.
Posição
- Objetiva: o narrador não emite juízos de valor.
- Subjetiva: o narrador emite juízos de valor.
7. 5. Personagens
Relevo Composição
- Protagonistas,
persona-gens principais
ou heróis:
desempenham os papéis
mais importantes.
- Personagens
secundárias: assumem
papéis de menor relevo.
- Figurantes:
personagens sem relevo
que ilustram um espaço
social.
- Modeladas ou redondas: dotadas
de densidade psicológica, capazes
de alterar os seus comportamentos
com o desenrolar dos
acontecimentos.
- Planas: assumem sempre
comporta-mentos previsíveis; não
têm profundi-dade nem
complexidade.
- Personagens-tipo: representantes
de uma camada ou tipo social,
sendo- -lhes atribuídas as
qualidades e/ou os defeitos dessa
classe ou grupo.
8. 5. Personagens (cont.)
Processos de caracterização
- Direta: as características são apresentadas pela própria per-
sonagem (autocaracterização) e/ou pelo narrador e/ou por
outras personagens (heterocaracterização).
- Indireta: as características não estão explícitas, sendo
deduzidas a partir das atitudes, comportamentos e ações das
personagens.
6. Narratário
É o destinatário da narrativa, a quem o narrador se
dirige de uma forma explícita ou não.
9. 7. Modos de Expressão
Diálogo Monólogo
Forma de comunicação
ver-bal em que o emissor
e o re-cetor alternam de
posições.
Forma de comunicação
em que o emissor é
também o recetor (fala de
si para si).
8. Modos de Representação
Narração Descrição
Momentos de progressão
da ação em que se faz o
relato de
acontecimentos.
Momentos de pausa na
nar-rativa em que o
narrador dá informações
sobre persona-gens,
objetos ou espaços.
10. Géneros da Narrativa
- Romance: narrativa de grande complexidade e variedade
de técnica narrativa, frequentemente com estudo psicológico
das personagens e introdução de episódios autónomos,
refletindo a atmosfera psicossocial da época em que se
insere.
- Novela: género narrativo que se distingue normalmente por
uma extensão menor que a do romance e maior que a do
conto.
- Conto: narrativa pouco extensa e concisa. Detentora de
unidade dramática, a sua ação concentra-se num único
ponto de interesse.
- Epopeia: o género épico distingue-se pela presença de
certas características temáticas e formais: o heroico, o
maravilhoso e o histórico combinados numa narrativa poética
11. O conto:
características essenciais
Pequena extensão;
Pouca diversidade espacial;
Concentração temporal;
Reduzido número de personagens;
Diálogo geralmente dominante;
Presença de narração;
Descrição pouco frequente.