Conhecimento e diálogo

André Parreira e Karina Parreira
Material de apoio ao livro Matrimônio: Encontros de Preparação
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Formato recomendado para impressão 14,8 x 21cm (A5)
que equivale à metade do formato 21 x 29,7 (A4).
Autoria: André Parreira e Karina Parreira
Versão 1.0 - Janeiro/2021
www.andreparreira.com.br
 Contato: alparreira@gmail.com

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Sumário
Introdução 4
1º Encontro: O amor conjugal 8
2º Encontro: Conhecimento e diálogo: harmonia conjugal 11
3º Encontro: Os sacramentos e o sacramento do matrimônio 14
4º Encontro: A celebração do matrimônio 17
5º Encontro: Viver a fé no dia-a-dia da família 20
6º Encontro: A sexualidade na vida do casal 25
7º Encontro: Paternidade responsável 30
8º Encontro: Paternidade responsável e métodos naturais 35
9º Encontro: Reflexões sobre Educação e tempo para os filhos 39
10º Encontro: Reflexões sobre a administração do lar 42
Encontros adicionais: 45

4
Introdução
“Reitero a necessidade de um catecumenato
permanente para o sacramento do matrimônio
que diz respeito à sua preparação, celebração e
aos primeiros tempos sucessivos”, (Papa
Francisco, 27/09/2018)
Para apoiar e melhor aproveitar o livro Matrimônio:
Encontros de Preparação, tendo em vista diversas
solicitações recebidas, apresentamos dicas aos agentes de
preparação para o matrimônio (catequistas pré-
matrimoniais).
Destacamos que os EPVM são uma parte da preparação para
o matrimônio, a Preparação Próxima. O ideal é que estejam
dentro de uma estrutura ampla na paróquia, onde também
aconteçam diversas iniciativas da Preparação Próxima e que
também exista a Preparação Imediata. É muito importante
que este acompanhamento tenha continuidade nos
primeiros anos de vida matrimonial (conforme AL217), seja
pela equipe dos EPVM ou por outros grupos, movimentos
e, especialmente, o setor Pós-Matrimonial da Pastoral

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Familiar. Assim, além de acompanhados, os casais são
envolvidos na vida paroquial.
Após alguns anos de realização dos EPVM, acreditamos que
os encontros quinzenais sejam ainda mais produtivos que os
semanais, uma vez que os casais terão mais tempo para
realizar as tarefas, ler as mensagens enviadas e pensar sobre
o tema. Se os encontros forem quinzenas, os 10 encontros
(ou 12 se consideramos uma missa seguida de rápido
encontro no início e outra no encerramento) levarão em
torno de seis ou sete meses.
É importante aproveitar bem o intervalo entre um encontro
e outro, enviando textos, músicas e vídeos sempre
relacionados ao tema do último encontro. Em cada capítulo
deste livro, sugerimos algumas mensagens para serem
enviadas pelos aplicativos (Whats App, Telegram etc), mas
os agentes podem e devem buscar outras para que tenham
um volume adequado ao período entre reuniões, mantendo
o tema vivo na mente dos casais. Acreditamos que uma
mensagem a cada 3 dias seja um bom número, pois o excesso
de mensagens pode desvalorizá-las.
Destacamos que um dos pilares dos EPVM (Encontros de
Preparação para a Vida Matrimonial) é a geração de vínculo
entre catequistas e os casais que buscam a preparação, de

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modo que este seja o ponto de partida para uma futura e
constante pastoral de acompanhamento das famílias que se
formam na comunidade. “Acolhê-los e acompanhá-los com
paciência e delicadeza ”(AL 294). Por isso, o ideal é que os
encontros aconteçam sempre com o mesmo grupo, não
havendo rodizio. Não há necessidade de haver casais
“experts” em alguns temas, pois o objetivo é que casais que
vivem o matrimônio partilhem suas vidas e o conteúdo
necessário fica garantido através da leitura do livro nas
reuniões e realização das tarefas pelos casais. Mas é
fundamental que os grupos sejam pequenos, com até quatro
casais de candidatos ao matrimônio (os noivos), pois
somente em grupo menor se faz uma partilha madura e se
estabelece vínculos. Temos notícias de bons resultados
também quando um casal de agentes acompanha um único
casal de noivos, mas isso depende da disponibilidade de
agentes e da demanda paroquial pelos EPVM.
A participação de especialistas em temas específicos é
sempre construtiva, desde que acreditem ou, pelo menos,
respeitem a doutrina católica. Contudo, não é necessário que
os especialistas assumam capítulos do livro. A paróquia ou a
diocese pode promover palestras, seminários e retiros de

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temas específicos para os candidatos ao matrimônio de
forma paralela aos EPVM.
“É importante oferecer aos noivos a oportunidade de
participar de seminários e retiros de oração, que
também envolvem como animadores aos padres, até
mesmo casais com experiência familiar consolidada e
especialistas nas disciplinas psicológicas.”(Papa
Francisco, Discurso no Tribunal da Rota Romana, 27
de setembro de 2018)
Por outro lado, os catequistas/agentes precisam ser
responsáveis e interessados pelo tema do matrimônio. Não
basta que se apoiem na sua experiência de vida, que
enriquece muito os encontros, mas que se preparem com
responsabilidade, estudando previamente os capítulos,
fazendo seus destaques pessoais e buscando auxílio no seu
grupo de pastoral para sanar eventuais dúvidas. É bom que
sejam interessados pelos temas e busquem leituras de outras
fontes (de preferência católicas para não colocar em risco a
doutrina) para enriquecer cada capítulo.

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1º Encontro: O amor conjugal
• Questionar (ou mesmo, provocar) os casais sobre a
decisão de se casarem.
• É mesmo um desejo de contraírem o sacramento? (o
verbo para matrimônio não é receber, é contrair)
• Não será somente um costume de ficarem juntos?
• “Gostam” de ficar juntos e curtirem bons momentos,
mas também “gostam” de se doar?
• Para todos e principalmente, para quem já coabita há
anos, não é somente uma questão de “regularização:
mas é questão de fé
• A decisão de casar e constituir família deve ser o
resultado de um discernimento vocacional ”(AL 72).
• “O casamento não é apenas um evento 'social', mas
um verdadeiro sacramento que envolve preparação
adequada e celebração consciente.” (Papa Francisco,
Discurso no Tribunal da Rota Romana, 27 de
setembro de 2018)
• *Refletir sobre o amor, que é mais “dar” que
“receber”. Na verdade, é doar-se 100%.

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• E se a situação se complica, se dispõe a viver tempos
difíceis se doando e amando de forma concreta, a
exemplo de Jesus?
• *Reforçar que o amor é sempre plantando por Deus
em nossos corações, pois Ele nos deu a capacidade de
amar (faísca do amor de Javé, Ct 8,6). O amor conjugal
não é privilégio dos católicos, mas é possível a todos
os seres humanos. Os católicos entendem que é
preciso se comprometer diante de Deus. Buscar o
matrimônio é se comprometer um com outro e os dois
com Deus.
• Buscar o sacramento significa acreditar em uma opção
definitiva. Já pensaram nisso? Já pensaram em vocês
dois velhinhos?
• Reforçar o conteúdo do capítulo com o trecho da AL
na pág. 25. Aí há um resumo de todo o capítulo, leia
com calma destacando vários pontos com os casais.
DURANTE A SEMANA, sugerimos enviar algumas
mensagens pelos aplicativos de mensagens (Whats App,
Telegram etc) aos casais, como:

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Mensagem 1:
Estimados casais, reflitam essa frase Papa Francisco na
Amoris Laetitia (2016), parágrafo 123, que tem tudo a
ver com nosso último encontro: "Depois do amor que
nos une a Deus, o amor conjugal é a «amizade maior».
É uma união que tem todas as características duma boa
amizade: busca do bem do outro, reciprocidade,
intimidade, ternura, estabilidade e uma semelhança
entre os amigos que se vai construindo com a vida
partilhada.."
Mensagem 2:
Estimados casais, vejam que boa reflexão neste texto!:
https://pt.aleteia.org/2014/02/14/a-base-do-amor-
verdadeiro-e-a-doacao-reciproca/

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2º Encontro: Conhecimento e diálogo:
harmonia conjugal
• Provocar os casais ou, antes, provocar cada indivíduo
sobre o autoconhecimento.
• Falar da necessidade de transparência.
• Destacar a necessária amizade entre os cônjuges. Que
sejam, mutuamente, os melhores amigos, embora não
os únicos, pois outras amizades também são
saudáveis.
• Apresentar os problemas de se levar adiante um
relacionamento com segredos. Devem ser uma só
carne, conhecer-se integralmente.
• Não temer por apresentar fraquezas, erros passados,
costumes inadequados etc.
• Como é o diálogo do casal quando surgem pontos de
conflito? Os dois conseguem se expressar ou um
sempre “abafa” o outro? Cada um se coloca a pensar
no ponto de vista do outro?
• Estimular a busca do conhecimento do
temperamento, que ajuda bastante no entendimento

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das questões ligadas ao relacionamento. Conhecer os
próprios pontos fortes e fracos.
• Propor o exercício diário(ou semanal) da
reconciliação, que promove crescimento e desenvolve
a humildade.
• Aqui também, reforçar o conteúdo do capítulo com o
trecho da AL na pág. 39, que também resume todo o
capítulo. Leia com calma destacando vários pontos
com os casais.
 O exercício 3 das Atividades a Dois é bastante
importante, insistir que façam (particularmente, entre
o casal)
 O livro indicado(Castelo de Cartas) é muito bom,
recomendamos também para os catequistas/agentes.
 A ficha de Atividades no. 1 , pág. 46, é essencial.
DURANTE A SEMANA, sugerimos estas mensagens aos
casais:

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Mensagem 1:
Papa Francisco na Amoris Laetitia (2016), parágrafo
141: "para ser profícuo o diálogo, é preciso ter algo
para se dizer; e isto requer uma riqueza interior que se
alimenta com a leitura, a reflexão pessoal, a oração e a
abertura à sociedade. Caso contrário, a conversa torna-
se aborrecida e inconsistente. Quando cada um dos
cônjuges não cultiva o próprio espírito e não há uma
variedade de relações com outras pessoas, a vida
familiar torna-se endogâmica e o diálogo fica
empobrecido."
Mensagem 2:
Estimados casais, olhem que texto interessante sobre
o tema de nosso último encontro:
https://formacao.cancaonova.com/relacionamento/
namoro/seis-passos-para-melhorar-o-dialogo-no-
relacionamento/

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3º Encontro: Os sacramentos e o
sacramento do matrimônio
• Este deve ser uma revisão básica de catequese sobre
os sacramentos. O básico está no livro, mas há muitos
materiais adicionais que podem ajudar.
• Aqui, continuando o que foi dito no 1º Encontro,
deve-se reforçar que a opção pelo matrimônio é um
ato de fé e que implica compromissos.
• Destacar que o sacramento não é mágica (pág. 56) que
não resolve os problemas, mas fortalece o casal,
dependendo da determinação dos cônjuges.
• Reforçar o sacramento da penitência (confissão) e
sugerir um exame de consciência (Uma sugestão:
https://www.acidigital.com/sacramentos/penitencia
/exame.htm)
• Os compromissos fundamentais são os que estão no
Diálogo com os Noivos (pág. 57). Importante
comentar cada um e reforçar que se não acreditam em

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qualquer um deles, o sim no altar pode ser um ato
mentiroso, sem valor.
• Insistir muito na indissolubilidade e que não existe
“experiência”, é algo definitivo. Propor que, durante a
semana, conversem mais sobre isso, destacando que o
perdão faz parte deste compromisso, ou seja, diante
de problemas e até mesmo de traições, o perdão é o
ponto de recomeço para manter o compromisso.
• O consentimento é um momento especial e costuma
ser emocionante. Proponha que façam com
tranquilidade e com o “coração”.
• Percebendo defasagem na formação básica de
catequese, é recomendado encaminhar para a equipe
de catequese de adultos ou o próprio grupo preparar
atividades complementares.
 A Ficha de Atividade 2, pág. 60, é um importante
momento de contato com a Bíblia. Se necessário for,
invista um tempo para ensinar sobre a estrutura geral
da Bíblia e como encontrar as citações (Anexo 1, pág.
172). Também ajude os casais a interpretarem os
versículos de modo a identificarem a qual sacramento
se referem.

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casais:
Mensagem 1:
Estimados, em um breve vídeo podemos rever o
conteúdo do último encontro: https://youtu.be/i_-
B4VDP3yA
Mensagem 2:
Vamos refletir mais um pouco sobre o tema? Olha que
texto legal: https://pt.aleteia.org/2014/10/14/por-
que-se-casar-na-igreja-segundo-sao-joao-paulo-ii/

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4º Encontro: A celebração do matrimônio
e seus aspectos jurídicos e canônicos
• Este é o capítulo mais longo, pois aborda dois temas.
Mas a intenção não é ser demorado.
• Destacar que o matrimônio é o único sacramento que
não se recebe, mas se contrai. Isto é, depende da
disposição dos noivos e não do sacerdote, que
somente o assiste e abençoa.
• A parte inicial é sobre a celebração e está em sintonia
com os capítulos anteriores. Se entendem o que é o
sacramento e o desejam de coração, a parte exterior
tem pouca importância. Será que se casariam até
mesmo em uma humilde capela com a presença
somente da família? Sugiro que reflitam sobre isso.
• Aqui se percebe a importância de se fazer os EPVM
com antecedência, pois para muitos casais as
orientações deste capítulo serão inviáveis, uma vez que
já estejam com todo o casamento estruturado. Os
EPVM deviam ser feito mesmo antes de se

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marcar a data do casamento (por isso o
certificado de participação entregue aos casais
não pode ter uma data de validade).
• A segunda parte aborda os impedimentos. Não é
necessário ser um sacerdote para abordar o tema, pois
o objetivo é mostrar que há condições a serem
cumpridas e que estas condições zelam pelo
matrimônio.
• Sugerimos uma leitura dos impedimentos com alguns
exemplos e que o casal, identificando algum, procure
o sacerdote para conversar. À esta altura dos EPVM,
os catequistas/agentes já percebem se há algum
impedimento, especialmente um eventual casamento
anterior válido, um parentesco, um casamento por
pressão dos pais etc.
 A atividade 1, pág. 79, é importante e também uma
ocasião de contato dos casais com a Bíblia. Sugerimos
propor que leiam 2 textos, dos sugeridos, por dia
durante a semana/quinzena.

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casais:
Mensagem 1:
Falta de dinheiro não é desculpa para não se casar.
Vejam que interessante!
https://ocatequista.com.br/atitude-
catolica/item/18149-falta-de-dinheiro-para-
cerimonia-nao-e-desculpa-para-nao-casar-na-igreja
Mensagem 2:
Que que informação útil: Até o casamento civil pode
ser gratuito!
http://www.ecartorios.com/artigo/casamento-
gratuito-no-cartorio-civil/
Mensagem 3:
Um texto provocador, mas com ótima reflexão:
https://ocatequista.com.br/blog/item/2584-quando-
os-noivos-confundem-a-igreja-com-o-motel

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5º Encontro: Viver a fé no dia-a-dia da
família
• Este capítulo é também uma continuidade dos
anteriores, pois aponta a responsabilidade de uma das
respostas do Diálogo com os Noivos (3º Encontro,
pág. 57), que é Educar os filhos na lei de Cristo e da
Igreja que é, de modo prático, viver a fé dentro de casa.
• Insistir no exemplo dos pais como ponto forte para a
transmissão da fé. Contudo, não somente o exemplo,
mas os pais devem ter momentos intensos de
formação dos filhos, pois são seus primeiros
catequistas.
• Os pais precisam valorizar os sacramentos, ter
momentos de oração em família, falar de Deus,
investir em material de evangelização etc.
• A começar pelos 10 mandamentos: um casal católico
que deseja o matrimônio deve sabê-los sem titubear.
• Motivar que percebam a missa dominical como ponto
alto da vida de fé e não poupar esforços para participar
em família.

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• Estimular os casais a lerem o Evangelho diariamente.
Apresente aos casais o caderno mensal da liturgia
diária (que se usam nas missas) e também
aplicativos/sites ou agendas que apontam as leituras.
Também são muitos os sacerdotes que comentam o
evangelho e postam nas redes sociais.
• Interessante entregar algum folheto que ensine a rezar
o terço e falar de sua importância (e talvez presenteá-
los com um terço!)
 O desafio 2 das Atividades a Dois, pág. 93, é
particularmente importante.
casais:
Mensagem 1:

22
Estimados, sobre o último tema, veja o que o Papa fala
na Amoris Laetitia (exortação publicada em 2016): "A
oração em família é um meio privilegiado para
exprimir e reforçar esta fé pascal.[376] Podem-se
encontrar alguns minutos cada dia para estar unidos na
presença do Senhor vivo, dizer-Lhe as coisas que os
preocupam, rezar pelas necessidades familiares, orar
por alguém que está a atravessar um momento difícil,
pedir-Lhe ajuda para amar, dar-Lhe graças pela vida e
as coisas boas, suplicar à Virgem que os proteja com o
seu manto de Mãe. Com palavras simples, este
momento de oração pode fazer muito bem à família.
As várias expressões da piedade popular são um
tesouro de espiritualidade para muitas
famílias."(parágrafo 318)

23
Mensagem 2:
Vale a pena refletir o que nos diz o Papa Francisco:
"Se a família consegue concentrar-se em Cristo, Ele
unifica e ilumina toda a vida familiar. Os sofrimentos
e os problemas são vividos em comunhão com a Cruz
do Senhor e, abraçados a Ele, pode-se suportar os
piores momentos. Nos dias amargos da família, há
uma união com Jesus abandonado, que pode evitar
uma ruptura. As famílias alcançam pouco a pouco,
«com a graça do Espírito Santo, a sua santidade através
da vida matrimonial, participando também no mistério
da cruz de Cristo, que transforma as dificuldades e os
sofrimentos em oferta de amor».[374] Por outro lado,
os momentos de alegria, o descanso ou a festa, e
mesmo a sexualidade são sentidos como uma
participação na vida plena da sua Ressurreição. Os
cônjuges moldam, com vários gestos quotidianos, este
«espaço teologal, onde se pode experimentar a
presença mística do Senhor ressuscitado» (Amoris
Laetitia, 2016, parágrafo 317)

24
Mensagem 3:
Uma oração especial para o casal!
https://pt.aleteia.org/2020/09/02/a-poderosa-
oracao-que-esta-transformando-os-casais/

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6º Encontro: A sexualidade na vida do
casal
• Este capítulo tem como objetivo mostrar que a
sexualidade é plano de Deus e precisa ser cuidada pelo
casal, principalmente com um diálogo sincero
• Destacar bem o parágrafo 2363 do Catecismo, pág. 99,
focando na questão do “duplo fim” da união sexual,
onde o bem dos cônjuges é uma característica desta
união. Ou seja, buscar este momento de satisfação não
é algo sujo ou impuro, mas faz parte do plano de Deus.
Isto fica confirmado com o parágrafo 2362 do
catecismo, também na pág. 99, que é precedido de
uma importante citação do Papa Pio XII.
• Na partilha da pág. 99, a citação do catecismo que
aborda a ideia de penhor pode ser entendida como:
Penhor é uma garantia ou uma prova que comprove
algo, que pode ser uma dívida, por exemplo. Neste
caso o penhor prova que existe a dívida. A vida íntima
deve sinalizar algo que já existe, ela é um penhor, pois
aponta a comunhão espiritual, que deve vir antes. Não

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se tem plena união carnal sem comunhão espiritual,
por isso o ato sexual é também exclusivo dos casais
unidos em matrimônio.
• Importante destacar que as expectativas de homens e
mulheres são, geralmente, diferentes em relação à vida
sexual. Diferentes na forma, mas não no valor, pois
cada um tem sua maneira particular de expressar amor.
Casais precisam saber das diferenças para não se
sentirem nem usados e nem desvalorizados pelo
cônjuge. Não entender a natureza de homem e mulher
pode gerar sentimentos assim e afetar a harmonia do
casal.
• Não se deve ter medo de anunciar que o plano de
Deus é claro em relação às relações sexuais: só devem
acontecer dentro de um matrimônio. Diante do
relativismo de nossos tempos onde muitos casais que
seguem para o matrimônio, talvez a maioria, já
possuem vida íntima, deve-se evitar fazer algum
comentário que constranja os casais, principalmente
os que já coabitam. Em hipótese alguma se deve
aceitar que isso seja correto, mas que este encontro
não seja um ambiente de “tribunal”, que não se faça
julgamentos. Se proclamarmos a beleza de se viver o

27
plano de Deus já deixaremos uma semente no coração
dos casais. Ao invés de lutar de frente com o mal,
como dizia São Josemaría Escrivá, vamos “afogar o
mal em abundância de bem”.
 Talvez não seja apropriado ler junto com os casais a
Atividade 3, pág 108, mas lembrá-los que há um
bonito desafio ao final do capítulo.
Além dos livros indicados, como
material de apoio, tanto para os agentes
quanto para os casais que se preparam
para o matrimônio, indicamos nosso
livro O Amor Celebrado, a
sexualidade na vida matrimonial em
perguntas e respostas, Ed.
Quadrante.
casais:
Mensagem 1:

28
Estimados casais, sobre o última tema partilhado, veja
que beleza a fala do Papa Francisco na exortação
Amoris Laetitia: " O próprio Deus criou a sexualidade,
que é um presente maravilhoso para as suas criaturas.
Quando se cultiva e evita o seu descontrole, fazemo-
lo para impedir que se produza o «depauperamento de
um valor autêntico».[146] São João Paulo II rejeitou a
ideia de que a doutrina da Igreja leve a «uma negação
do valor do sexo humano» ou que o tolere
simplesmente «pela necessidade da procriação».[147]
A necessidade sexual dos esposos não é objeto de
menosprezo, e «não se trata de modo algum de pôr em
questão aquela necessidade».[148]

29
Mensagem 2:
Continuando a mensagem anterior, veja que riqueza de
análise do Papa Francisco na Amoris Laetitia: "A
quantos receiam que, com a educação das paixões e da
sexualidade, se prejudique a espontaneidade do amor
sexual, São João Paulo II respondia que o ser humano
«é também chamado à plena e matura espontaneidade
das relações», que «é o fruto gradual do discernimento
dos impulsos do próprio coração». É algo que se
conquista, pois todo o ser humano «deve, perseverante
e coerentemente, aprender o que é o significado do
corpo». A sexualidade não é um recurso para
compensar ou entreter, mas trata-se de uma linguagem
interpessoal onde o outro é tomado a sério, com o seu
valor sagrado e inviolável.” (parágrafos 150 e 151)

30
7º Encontro: Paternidade responsável
• Este capítulo explora o fim procriativo do ato sexual
que é uma das respostas “sim” dadas na celebração do
matrimônio: Aceitar os filhos que Deus os confiar.
• Mostrar que a abertura à fecundidade não é um
complemento, um acessório do matrimônio, mas um
fim (finalidade). O mais nobre objetivo do matrimônio
é colaborar com Deus na criação da vida. Reforçar o
parágrafo 2366 do Catecismo, pág. 112.
• Mostrar que a Igreja entende que, em algumas
situações, seja prudente regular a natalidade, mas que
isso deve ser discernido com generosidade, conforme
parágrafo 2368 do Catecismo, pág. 113/114. Ou seja,
enquanto muitas pessoas falam em razões para ter
filhos, os católicos unidos em matrimônio devem
avaliar as razões para não ter, pois a regra natural é tê-
los.
• Criticar o consumismo que torna a vida cara e, assim,
torna mais difícil a jornada da criação dos filhos. O
consumismo leva o casal a frustrar os planos de Deus.

31
• Apontar os impactos diversos, como na economia
mundial, da cultura antifilhos.
• Mostrar o incentivo do Papa para que as famílias sejam
mais generosas ( Pág. 117: “Dá-nos consolo... , pág.
118: “Posso dizer...”, pág. 119: “num mundo...” e pág.
122: AL 167)
 O filme Inverno Demográfico, das Atividades a Dois
é importante para todos, também para os
catequistas/agentes.
 Como material de apoio, tanto
para os agentes quanto para os
casais que se preparam para o
matrimônio, indicamos nosso
livro Família, Fora de Moda?
Tempos modernos, fé e
paternidade responsável, Ed.
Quadrante.

32
casais:
Mensagem 1:
Veja o que o Papa Francisco diz na Amoris Laetitia,
2016, parágrafos 165 2 166:
"O amor sempre dá vida. Por isso, o amor conjugal
«não se esgota no interior do próprio casal (...). Os
cônjuges, enquanto se doam entre si, doam para além
de si mesmos a realidade do filho, reflexo vivo do seu
amor, sinal permanente da unidade conjugal e síntese
viva e indissociável do ser pai e mãe». A família é o
âmbito não só da geração, mas também do
acolhimento da vida que chega como um presente de
Deus."

33
Mensagem 2:
Que bela reflexão do Papa na Amoris Laetitia, 2016,
parágrafo 168!
"Assim diz o Salmo: Senhor, «formaste-me no seio de
minha mãe» (Sl 139/138, 13). Cada criança, que se
forma dentro de sua mãe, é um projeto eterno de Deus
Pai e do seu amor eterno: «Antes de te haver formado
no ventre materno, Eu já te conhecia; antes que saísses
do seio de tua mãe, Eu te consagrei» (Jr 1, 5). Cada
criança está no coração de Deus desde sempre e, no
momento em que é concebida, realiza-se o sonho
eterno do Criador. Pensemos quanto vale o embrião,
desde que é concebido! É preciso contemplá-lo com
este olhar amoroso do Pai, que vê para além de toda a
aparência.

34
Mensagem 3:
Qual a visão da Igreja sobre as políticas de controle
dos nascimentos? Com este breve comentário do Papa
temos a resposta: "a Igreja rejeita com todas as suas
forças as intervenções coercitivas do Estado a favor da
contracepção, da esterilização e até mesmo do aborto».
Estas medidas são inaceitáveis mesmo em áreas com
alta taxa de natalidade, mas é notável que os políticos
as incentivem também nalguns países que sofrem o
drama duma taxa de natalidade muito baixa. Como
assinalaram os bispos da Coreia, isto é «agir de forma
contraditória e negligenciando o próprio dever».
(Amoris Laetitia, 2016, parágrafo 42).

35
8º Encontro: Paternidade responsável e
métodos naturais
• Mostrar que, havendo necessidade de se espaçar os
nascimentos, os métodos naturais constituem A
ÚNICA VIA moralmente aceitável.
• Importante destacar que o “natural” aqui comentado
não é o contrário de “artificial”. O natural é aquilo que
está em sintonia com nossa natureza, ou seja, com os
planos de Deus. Pela nossa natureza, o corpo tem um
funcionamento de forma que permite o casal ter vida
íntima sem engravidar. Não está em sintonia com
nossa natureza alterar o funcionamento do corpo em
função de nossas vontades. Este é o mal moral dos
métodos antinaturais (pílula, preservativo, DIU,
laqueadura, vasectomia, coito interrompido etc.)
• É, sem dúvida, um capítulo que pode gerar polêmicas.
A função dos catequistas/agentes é mostrar a beleza
do plano de Deus e não julgar (tal como falamos no
capítulo 6) os casais que não vivem ou não aceitam o
que foi dito.

36
• Recomendamos não fazer nenhum tipo de
questionamento para saber se alguém uso o método A
ou B, é um assunto bastante pessoal.
• Pode ser que os catequistas/agentes não sejam
usuários de métodos naturais, mas precisam acreditar
que este é o plano da Igreja. E como proposta da
Igreja, é perfeitamente possível de se viver, a partir da
graça de Deus. Existem vários métodos naturais e são
de eficácia cientificamente comprovada quando
utilizados de forma correta.
• Também não é momento de se ensinar um método
natural e não há necessidade de se procurar por
instrutores de métodos naturais para colaborar neste
encontro (embora possa acontecer, nada impede). O
grande objetivo do capítulo é mostrar o plano de Deus
e apresentar a possibilidade dos métodos naturais.
Importante ter contato de instrutores dos métodos
para aqueles que se interessem por aprendê-los.
 Para os catequistas/agentes, o estudo da encíclica
Humanae Vitae do Papa São Paulo VI será de grande
valor.

37
 Os textos indicados nas Atividades a Dois são
importantes. Recomende e comente com os casais.
 Como material de apoio, recomendo esta palestra:
https://youtu.be/RQIcaRTdSWo
 Os livros que indicamos no capítulo 6 e 7 também
ajudam muito a entender este tema.
casais:
Mensagem 1:
Um vídeo com as noções básicas sobre o Método de
Ovulação Billings pode ser visto aqui:
https://youtu.be/FKVPNfTvLx0

38
Mensagem 2:
Que tal assistirem juntos a este interessante e divertido
vídeo? https://youtu.be/QBhrwacQgVI
Mensagem 3:
E quando uma médica ginecologista fala do método
natural? Uma palestra muito simples e esclarecedora.
Mas o ideal é assistirem juntos!!!
https://youtu.be/lLAluLcWdJM

39
9º Encontro: Reflexões sobre Educação e
tempo para os filhos
• Discutir o compromisso dos pais com a educação dos
filhos, que vai além de suprir suas necessidades
materiais.
• Destacar que educar os filhos na lei de Cristo e da
Igreja é um dos compromissos a serem assumidos no
altar. Assim como em outras áreas da vida
matrimonial, esta é também exigente e poderá
depender de renúncias pessoais.
• Mostrar que os pais precisam ter uma vida de fé como
ponto de partida. A seguir, precisam ter bastante
convívio com seus filhos, como também momentos
de oração e instrução.
• Ter altivez para apontar a característica natural da
mulher no contato mais intenso com os filhos,
principalmente nos primeiros anos de vida. Ainda que
seja necessário abrir mão de objetivos pessoais e bens
materiais, estar com os filhos e acompanhá-los de
perto é o melhor investimento. Destacar o parágrafo

40
456 do Documento de Aparecida e o parágrafo 66 da
Familiaris Consortio, ambos na pág. 145.
• O parágrafo 173 da Amoris Laetitia na pág 150 merece
ser lido e comentado com calma.
casais:
Mensagem 1:
Vejam esta matéria sobre educação de filhos. Vale a
pena refletir:
http://www.gazetadopovo.com.br/viver-
bem/comportamento/filho-mimado-e-falta-de-
educacao-sim-e-a-culpa-e-dos-pais/

41
Mensagem 2:
Estimados casais, vale a pena escutarem esta palestra
da Dra. Filó, uma conhecida pediatra que se tornou
famosa por suas palestras, especialmente sobre
educação dos filhos:
https://soundcloud.com/user-520711638/dra-filo-
no-colegio-santo-antonio-2018

42
10º Encontro: Reflexões sobre a
administração do lar
• Um tema não menos importante: advogados que
tratam de divórcios relatam que a maior causa das
separações não é traição, mas sim as brigas de origem
financeira.
• Ser uma só carne implica em confiança plena entre
cônjuges. Por isso, não faz sentido para um casal
católico ter contas separadas e não partilhar tudo o que
recebem. Pior ainda é pensar em casais que onde um
cônjuge esconde do outro o valor de seu salário e valor
em conta bancária. É um ponto da fidelidade. Se não
conseguem partilhar o material é sinal que não buscam
a comunhão espiritual e é de se questionar se estão
prontos para contrair matrimônio.
• Reforçar que a vida simples, com menos consumismo,
torna tudo mais fácil. Não se vive somente para
comprar e pagar contas. Aliás, o vício em comprar
gera a necessidade de mais trabalhar, além das

43
preocupações e, tudo isso, afeta o matrimônio e a
família.
• Buscar exemplos de pessoas que vivem com pouco e
são felizes. Mostrar o risco do deslumbramento com
luxo e a posse de bens, que pode tornar a vida artificial
e fútil.
• Destacar a necessidade de se controlar as despesas e
estabelecer objetivos, pois os cônjuges são os
administradores do lar.
DURANTE A SEMANA, sugerimos esta mensagem aos
casais:
Mensagem 1:
Veja este link com sugestões de aplicativos para
controle financeiro:
https://www.bussoladoinvestidor.com.br/os-10-
melhores-aplicativos-financeiros-em-2020/

44
Mensagem 2:
Leiam esta reflexão do Papa Francisco sobre o os
ídolos e o dinheiro:
https://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-
os-idolos-matam-o-dinheiro-rouba-a-vida-e-o-prazer-
leva-a-solidao-80040

45
Encontros adicionais:
Havendo disponibilidade, há outros temas também
importantes que podem ser abordados em encontros
adicionais. A equipe pode preparar um texto-base para
leitura e reflexão. Além de formação, é uma forma de manter
o vínculo entre os casais.
Sugestões de alguns temas adicionais
- Relacionamento com a família do cônjuge;
- Dinheiro, bens e consumismo;
- A Sagrada Família e a santidade da minha família;
- Crescimento na vida espiritual;
- Equilíbrio entre carreira profissional e família;
- Dedicando tempo à família;
- Educação dos filhos;
- Como lidar com tendências homossexuais na família;
- O perigo da Ideologia de Gênero para a família;

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- Aprofundamento sobre a sexualidade e afetividade a
partir da Teologia do Corpo;
- Método de Ovulação Billings;
- Outros Métodos Naturais de Regulação da Natalidade;
- O aborto;
- Dependência de álcool e drogas;
- Internet e pornografia;
- Dependência da Internet;
- A influência dos amigos na relação do casal;
- Adoção de crianças ou idosos;
- Envelhecer com qualidade de vida;
- O suporte aos pais na velhice.

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Bibliografia recomendada
Reiteramos que os catequistas pré-matrimoniais devem ter
gosto por conhecer, cada vez mais, o magistério da Igreja.
Precisam ter sempre em mãos, pelo menos:
➢ Bíblia Sagrada (Sugerimos a edição CNBB)
➢ Catecismo da Igreja Católica
➢ Exortações e Encíclicas, especialmente:
o Humanae Vitae (1968, Papa São Paulo VI)
o Familiaris Consortio (1981, Papa São João
Paulo II)
o Amoris Laetitia (2016, Papa Francisco)

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